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RELATÓRIO SOBRE SENFFA: 8ª SEMANA DE ENFERMAGEM DA FASETE

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ORGANIZAÇÃO SETE DE SETEMBRO DE CULTURA E ENSINO – LTDA
FACULDADE SETE DE SETEMBRO – FASETE
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM
EMILY LETÍCIA GOMES VENTURA
SENFFA
8ª SEMANA DE ENFERMAGEM DA FASETE
PAULO AFONSO-BA
2019
EMILY LETÍCIA GOMES VENTURA
SENFFA
8ª SEMANA DE ENFERMAGEM DA FASETE
Relatório sobre a 8ª Semana de enfermagem
apresentado ao Curso de Enfermagem, da 
faculdade Sete de Setembro – FASETE, a
ser utilizado para avaliação.
PAULO AFONSO- BA
 2019
RESUMO
A 8ª Semana de Enfermagem da Fasete- SENFFA foi um evento com palestras, minicursos e apresentações de trabalhos científicos que buscaram discutir a atuação do profissional de Enfermagem diante de vários cenários.
O evento ocorreu de 13 a 17 de maio de 2019 no campus sede da Faculdade Sete de Setembro em Paulo Afonso e era aberto para estudantes e profissionais de áreas afins.
A programação do SENFFA teve como destaque a participação de profissionais especialistas e a realização de minicursos práticos e teóricos.
No dia 13 de maio abrindo o evento, houve a palestra que tinha como tema: ‘’Os desafios da enfermagem para a prática com equidade’’ apresentado pelas palestrantes Cristina Maria Meira de Melo e Tatiane Araújo dos Santos das 18:30 às 22:00.
No dia 14 de maio, no segundo dia do evento, houve o minicurso de Reações Adversas na transfusão de sangue/ hemoderivados e órgãos das 13:00 às 17:00. Mais tarde do mesmo dia, houve a apresentação de trabalhos científicos que trazia diversos temas na área da saúde apresentado por alunos da instituição das 19:00 às 21:00.
No dia 15 de maio, terceiro dia do evento, houve os minicursos de Emergências Clínicas: diabetes e hipertensão ministrado por Paulo César Feitosa Ferraz Filho; O uso da prática baseada em evidências na atuação profissional ministrado por Andréa Kedima Diniz Cavalcanti Tenório; RCP e o uso do desfibrilador ministrado por Deivide Araújo Sandes, ambos ocorreram das 13:00 às 17:00. A noite, houve a palestra que tinha como tema: ‘’Doação de sangue e doação de medula’’ apresentado pela palestrante Shirlane Pereira de Araújo e a palestra e que tinha como tema: ‘’Hemocomponentes e hemoderivados’’ apresentado pela palestrante Isabela Cristina Cordeiro Farias das 19:00 às 21:00.
No dia 16 de maio, penúltimo dia do evento, houve os minicursos de ‘’O cuidar de enfermagem à mulher vítima de violência’’ ministrado por Renata Fernandes do Nascimento Rosa; ‘’ Pré-Natal de baixo risco’’ ministrado por Jamile Daltro Pereira; ‘’Prescrição, cálculo e administração de medicamentos em pediatria’’ ministrado por Ysnaia Poliana Holanda Colombo e ‘’Terapias ocupacionais para redução de estresse e ansiedade no âmbito de trabalho’’ ministrado por Luís Filipe Dias Bezerra, ambos ocorreram das 13:00 ás 17:00. Já a noite, houve as palestras de ‘’Emergências Neurológicas’’ conduzida pelo palestrante Paulo César Feitoza Ferraz Filho e ‘’Suporte ao trauma do Aph: atualizações e desafios’’ conduzida pela palestrante Fabiana Pereira Guimarães Britos das 19:00 às 22:00.
No dia 17 de maio, último dia do evento, houve apenas o minicurso ‘’Atuação o enfermeiro na diálise peritoneal’’ ministrado por Fabiana Pereira Guimarães Britos das 8:00 às 12:00
Palavras chaves: SENFFA, minicursos, palestras, enfermagem.
PAULO AFONSO-BA
2019
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO	1
2.DESENVOLVIMENTO	2
2.1 Os desafios da Enfermagem para a prática com equidade	2
2.2 Apresentação de Trabalhos Científicos	3
2.3 Emergências clínicas: Diabetes e hipertensão	3
2.4 Doação de sangue e Doação de Medula Óssea	4
2.5 Hemocomponentes e hemoderivados	5
2.6 Emergências Neurológicas	6
2.7 Suporte ao trauma de Aph: Atualizações e Desafios	6
2.8 Atuação do enfermeiro na diálise peritoneal	7
3.CONCLUSÃO	9
4.ANEXOS...............................................................................................................................................10
PAULO AFONSO- BA
2019
INTRODUÇÃO
Ocorreu entre 13 e 17 de maio de 2019, a 8ª Semana de Enfermagem da Fasete, esse evento ocorre anualmente entre os dias 12 a 20 de maio, datas nas quais ocorreram, respectivamente, em 1820 e 1880, o nascimento de Florence Nightingale e o falecimento de Ana Neri, duas figuras muito importantes na história da enfermagem. No transcurso da Semana foram dados ampla divulgação às atividades da Enfermagem e posta em relevo a necessidade de congraçamento de classe e suas diferentes categorias profissionais, estudando os problemas nessa área de cuja solução possa resultar melhor prestação de serviço ao público.
No dia 13 de maio abrindo o evento, houve a palestra que tinha como tema: ‘’Os desafios da enfermagem para a prática com equidade’’ apresentado pelas palestrantes Cristina Maria Meira de Melo e Tatiane Araújo dos Santos das 18:30 às 22:00.
No dia 14 de maio, no segundo dia do evento, houve a apresentação de trabalhos científicos que trazia diversos temas na área da saúde apresentado por alunos da instituição das 19:00 às 21:00.
No dia 15 de maio, terceiro dia do evento, houve alguns minicursos, mas o que será citado será o de Emergências Clínicas: diabetes e hipertensão ministrado por Paulo César Feitosa Ferraz Filho. A noite, houve a palestra que tinha como tema: ‘’Doação de sangue e doação de medula’’ apresentado pela palestrante Shirlane Pereira de Araújo e a palestra e que tinha como tema: ‘’Hemocomponentes e hemoderivados’’ apresentado pela palestrante Isabela Cristina Cordeiro Farias das 19:00 às 21:00.
No dia 16 de maio, penúltimo dia do evento a noite, houve as palestras de ‘’Emergências Neurológicas’’ conduzida pelo palestrante Paulo César Feitoza Ferraz Filho e ‘’Suporte ao trauma do Aph: atualizações e desafios’’ conduzida pela palestrante Fabiana Pereira Guimarães Brito das 19:00 às 22:00.
No dia 17 de maio, último dia do evento, houve apenas o minicurso ‘’Atuação o enfermeiro na diálise peritoneal’’ ministrado por Fabiana Pereira Guimarães Brito das 8:00 às 12:00
PAULO AFONSO- BA
2019
DESENVOLVIMENTO
‘’Os desafios da enfermagem para a prática com equidade’’ foi o tema das palestras do primeiro dia do evento, 13 de maio de 2019, a palestra começou com a palestrante Cristina Maria Meira de Melo. Ela falou sobre tratamento recebido pelos enfermeiros no Brasil, que segundo ela, já é precário e ficará pior com as novas políticas, com falta de direitos trabalhistas e fez um paralelo com outros países como, por exemplo, o Reino Unido no qual, segundo ela, é um país que engrandece o trabalho dos enfermeiros, principalmente na área primária que ganha o dobro do que a área de UTI, enfermeira(o) é a profissão mais respeitada no Reino Unido. Isso mostra a desigualdade de tratamento desses profissionais, de acordo com os países, enquanto o Brasil oferece péssimas condições trabalhistas e desvaloriza o curso, o Reino Unido oferece boas condições para seus trabalhadores da área de enfermagem. Citou a campanha Nursing Now que é uma iniciativa da OMS(Organização Mundial de Saúde) e do Conselho Internacional de Enfermeiros que buscam chamar a atenção dos governos de países integrantes da ONU, para que valorizem os profissionais de enfermagem. Além disso, fez o paralelo entre a Casa Grande e a Senzala, que seriam respectivamente, a medicina e a enfermagem, falando que é necessário sair do conforto. Ela citou: ‘’ A enfermagem é fazer aquilo que é necessário para salvar vidas! Sabermos ponderar o que devemos e o que não devemos fazer, é ter as habilidades necessárias.’’. Citou também: ‘’ A gente só aprende com a experiências com o outro’’. Além disso, disse que a divisão de trabalho de enfermagem entre enfermeiro, técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem é uma eterna luta de classes.
A segunda palestrante Tatiane Araújo dos Santos falou dos desafios gerais e perspectivas na área da enfermagem. Segundo ela, o primeiro desafio geral é a valorização da mulher/LGBTQI+. Ela citou: ‘’Não é uma luta entre os sexos, é uma luta entre gêneros’’, ‘’Segundoa OMS, o Brasil é o pior país da América Latina para se nascer mulher.’’, ‘’Os enfermeiros homens ganham mais que as mulheres especialmente nos últimos 5 anos.’’ Essas citações demonstram a desvalorização das mulheres em nosso país e, principalmente, na área de enfermagem que é um desafio que ainda precisa ser combatido. O segundo desafio geral, segundo Tatiane, é a precarização do trabalho causada pelas últimas políticas que querem aumentar a jornada de trabalho sem compensação financeira. O terceiro desafio geral, para ela, é a uberização do trabalho, ‘’chamou, chegou’’ devido a essas últimas políticas e ao trabalho intermitente. Além desses desafios, ela cita alguns problemas como o desmonte do SUS( Sistema Único de Saúde) que é o maior empregador de enfermeiros, causado pela terceirização. Ela falou que é preciso criar uma identidade profissional, que muitas vezes, o enfermeiro é considerado ‘’tábua de salvação de todos os problemas’’, fazendo prática avançada de enfermagem, devido a escassez da prática médica, e que nesses desafios e problemas, o Sindicato não faz nada pelos enfermeiros, depende do trabalhador correr atrás dos seus direitos. Já nas perspectivas, Tatiane fala que a enfermagem nunca irá acabar ou ser substituída, a segunda perspectiva, segundo ela é que a força do trabalho feminina está ultrapassando mais de 50% no mercado de trabalho e a terceira perspectiva é que a forma de divisão de trabalho está acabando, ficando menos desfragmentado e mais organizado.
Já na terça, dia 14 de maio de 2019, houve a ‘’ Apresentação de Trabalhos Científicos’’ no Espaço de Convivência da FASETE, que teve ínicio as 19:00 e fim ás 21:00 que contou com a presença de alunos de diversos períodos que apresentaram artigos com assuntos importantes na área da enfermagem e o papel que os profissionais de enfermagem tem nessas situações. Alguns dos assuntos foram: A prevenção de infecções de corrente sanguínea relacionada com o catéter venoso central; Suicídio: uma discussão necessária; Esquizofrenia: uma revisão bibliográfica; Boas práticas de enfermagem para a prevenção da pneumonia associada a ventilação mecânica; O papel do enfermeiro na prevenção de infecções no âmbito hospitalar; Uma discussão sobre o planejamento familiar; Uma revisão sobre fibromialgia em pacientes do sexo feminino; Tuberculose pulmonar: dificuldades frente ao diagnóstico na atenção básica; Considerações sobre o sono: perturbações do ciclo circadiano e o impacto no bem estar dos indivíduos; Imersão na água durante o parto: o que dizem as evidências; Hora dourada e seus beneficios para puérpera e recém-nascido; Atuação do enfermeiro em relação à amamentação puérpera portadora do vírus HIV; O uso de práticas integrativas e complementares durante o trabalho de parto; A interdisciplinaridade na monitoria em enfermagem como estratégia de aprendizagem na formação acadêmica; O papel do enfermeiro frente à criança portadora do transtorno do espectro autista; Depressão entre os profissionais de enfermagem e Obesidade como fator de risco às doenças cardiovasculares, dentre outros. Essas apresentações foram feitas de forma dinâmica, no qual o próprio visitante dos estandes escolhia quais assuntos o interessava e ia assistir o que os alunos iam falar, esse trabalho foi orientada pela docente Renata Fernandes do Nascimento Rosa e serviu para informar e orientar quem passava por ali. No final, houve uma apresentação musical.
Na quarta, dia 15 de maio, houve o minicurso de Emergências Clínicas: diabetes e hipertensão ministrado por Paulo César Feitosa Ferraz Filho. Nesse minicurso foram falados diversos fatores relacionados a diabetes e hipertensão e como identificar quando é urgência ou emergência. Segundo o ministrante, a diabetes é uma das doenças altamente prevalentes na sociedade, é a maior epidemia não transmissível presente em todo o mundo e é a causa da morte de, aproximadamente, 2,5 milhões de pessoas por ano no mundo. As emergências diabéticas são a hiperglicemia (cetoacidose diabéticas e síndrome hiperosmolar não cetótica) e hipoglicemia. Falou um pouco sobre a retrospectiva sobre a doença de base, citando a diabetes mellitus tipo 1 que é insulinodependente que ocorre mais na fase juvenil e seus afetados não produz insulina ou insulina insuficiente, seu tratamento é aplicar insulina em suas vias cutâneas, e falou da diabetes mellitus tipo 2 que não é insulinodependente(tem resistência a receptores de insulina) e ocorre normalmente após os 45 anos de idade e é causada, principalmente, por maus hábitos alimentares, ele lembrou que a diabetes não é só relacionada a carboidratos(glicose), como também em lipídios e proteínas. Explorou mais a cetoacidose diabética, citada anteriormente, falando que esta é uma complicação metabólica aguda do diabetes caracterizada por hiperglicemia, hipercetonemia e acidose metabólica que ocorre, principalmente no diabetes melito tipo 1, mas que também pode ocorrer no diabetes melito tipo 2, a cetoacidose diabética têm como sinais e sintomas clássicos: taquiapnéia (kussmaul), desidratação grave, hiperglicemia, poliúria, perda de peso, vômito/ náuseas, desorientação, PH ácido, redução do bicarbonato sérico, cetonemia (hálito de frutas), cetonúria, hipernametria. O diagnóstico pode ser: exame físico, teste de glicemia, gasometria arterial e teste de cetonúria, já seu tratamento pode ser feito com: insulinoterapia de imediato, hidratação parental, suporte ventilatório, correção do PH e alterações eletrólicas e controle glicêmico rigoroso 30/ 30 min. Indo para a outra emergência diabética da hiperglicemia, a Síndrome hiperosmolar não cetótica é uma complicação metabólica do diabetes melito caracterizada por hiperglicemia, extrema desidratação, hiperosmolaridade do plasma e alteração do nível de consciência. Com mais frequência, ocorre em pacientes com diabetes melito tipo 2, em geral por ocasião de estresse fisiológico. A síndrome não é diagnosticada por hiperglicemia grave e hiperosmolaridade plasmática e ausência de cetose significativa que pode gerar complicações neurológicas graves. Os fatores de risco associados ao diabetes melito 2 são infecções, drogas que prejudicam a tolerância á glicose(glicocorticoides) ou aumentem a perda de líquidos(diuréticos) e a não adesão ao tratamento do diabetes. Seus sinais e sintomas são: hiperglicemia(> 600 MG/ DL), desidratação, poliúria, alteração no nível de consciência( coma) + convulsões e osmolaridade sanguínea elevada( > 320 MMOL/ L). E seu tratamento é a insulinoterapia, hidratação parenteral, controle glicêmico e da osmolaridade sanguínea, controle convulsivo e suporte ventilatório. Já a hipoglicemia, em pacientes com diabetes melito, a hipoglicemia é definida como todo episódio de concentração da glicose plasmática anormalmente baixa, com ou sem sintomas, que exponha o indivíduo a dano. Seus sinais e sintomas são: alterações no nível de consciência, sudorese, pele fria, tremores, convulsões e PCR(parada cardiorrespiratória) e seu diagnóstico é por meio de: hemoglicoteste(HGT) e pelos sinais e sintomas. Indo para hipertensão, ele disse que a hipertensão é a tesão acima do normal exercida pelo sangue sobre as paredes dos vasos de um determinado órgão, também conhecido como pressão alta. Seus sinais e sintomas são: dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal e seu diagnostico pode ser feito com um exame de 24 horas. A emergência e urgência, o que vai diferenciar ambas são os sinais e os sintomas, as emergências hipertensivas são encefalopatia hipertensiva, dissecção da aorta, AVE (Acidente vascular encefálico), edema agudo pulmonar e síndrome coronariana aguda. Já no mesmo dia, 15 de maio, houve duas palestras das 19:00 ás 22:00, a primeira foi sobre ‘’Doação de sangue e doação de medula’’ apresentado pela palestrante Shirlane Pereira de Araújo que teve como objetivo incentivar as pessoas a doarem seu sangue e sua medula e falar da importância desse ato. Falou do Hemoba(Fundação de Hematologia e Hemoterapiado Estado da Bahia) que tem como objetivo coordenar a política de sangue e apresenta 25 unidades de coleta em todo o estado e 4 unidades móveis. O Hemocentro coordenador fica em Salvador. Informou alguns aspectos da doação de sangue e de medula como o fato de ser ilegal receber qualquer benefício com essas doações e ter sigilo nas informações desse processo, falou sobre o sangue, pois ele não é fabricado, é insubstituível e só é adquirido por doação, além de falar sobre seus hemocomponentes que são as hemácias, plaquetas, o crio e o plasma. Explicou os tipos de doadores e de doação, falando que há o doador voluntário e o doador de reposição (que vai doar para alguém específico) e as doações podem ser de sangue total ou plaquetas por aférese. Porém, o cenário atual não é tão favorável, pois contém estoques baixos, território grande e heterogêneo e alta inaptidão clínica. Informou sobre os intervalos entre as doações que nas mulheres é a cada 90 dias com limite de 3 vezes no ano e nos homens a cada 60 dias com limite de 4 vezes no ano, mulheres doam menos e com menos frequência por causa do período menstrual que já faz elas perderem boa quantidade de sangue. As etapas da doação são: cadastro, triagem clínica, triagem hematológica, coleta, testes sorológicos (para ver se o doador tem alguma doença como HIV, hepatites B e C, doença de Chagas ou sífilis), repouso e hidratação e cuidados pós-doação. Os desafios da captação são ações educativas, aumentar o número de doadores fidelizados, conquistar e motivas núcleos, convocação por busca ativa e convocações por campanhas. Já a medula óssea, segundo Shirlane, é um tecido líquido que ocupa o interior dos ossos, sendo conhecida popularmente como tutano. O transplante é indicado para pacientes com produção anormal de células. Para se tornar um doador tem que ter entre 18 e 35 anos e é permitido até os 60 anos, é preciso ter bom estado de saúde, assinar um termo e ter histocompatibilidade (estado de semelhança ou identidade genética entre dois indivíduos, que possibilita ou não o transplante de tecidos) com o receptor. Essa histocompatibilidade e as informações do doador são registradas no Registro Nacional de doadores voluntários de medula óssea (REDOME), já a dos receptores é registrado no Registro Nacional de receptores voluntários de medula óssea (REREME), quando há compatibilidade, o receptor e o doador são chamados para ser realizado o processo de doação. Um dos fatores limitantes para a doação de medula óssea é a constituição ética da nossa população. Essa doação pode ser feita pelo método convencional ou pela doação de aférese. No final da palestra de Shirlane ela convidou Jaqueline umas das doadoras entre 100 mil que teve sucesso na doação de medula óssea que contou um pouco da história de sua doação e que junto com Shirlane convocou, caso quisessem, o público para doar sangue e medula óssea. Já na segunda palestra do dia 15 de maio tinha como tema: ‘’Hemocomponentes e hemoderivados’’ apresentado pela palestrante Isabela Cristina Cordeiro Farias, essa palestra teve seu foco nos componentes lábeis do sangue que são produtos obtidos a partir do sangue total por meio de processos físicos (hemocomponentes) e nos produtos obtidos a partir do plasma por meio de processos físico-químicos, geralmente produzido em escala industrial(hemoderivados), exemplos de hemoderivados são: albumina, gamaglobulinas, concentrados de fatores de coagulação. A bolsa de sangue total (que contém todos os componentes sanguíneos) coletada em uma doação de sangue pode dar origem a hemocomponentes e hemoderivados. Hemocomponentes são os produtos gerados em serviços de hemoterapia através de técnicas de centrifugação que permitem o fracionamento da bolsa de sangue total em concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas, plasma fresco congelado e crioprecipitado. Estes hemocomponentes são utilizados para transfusão sanguínea, sendo que cada bolsa proveniente de uma doação pode beneficiar até 4 pacientes. Os grupos sanguíneos mais conhecidos são do tipo A, B, O ou AB e do sistema Rh(D). Há uma maior prevalência dos grupos O e A e menor do grupo AB, assim como o grupo Rh(D) negativo é mais difícil de se encontrar na população em geral. Os hemoderivados são produzidos em escala industrial através do processamento do plasma, que é submetido a um tipo de fracionamento que permite extrair proteínas específicas como, por exemplo, os fatores da coagulação sanguínea e albumina. O sangue possui elementos celulares (hemácias, plaquetas e leucócitos) que têm função na coagulação sanguínea (plaquetas), no mecanismo de defesa contra infecções (leucócitos) e no transporte de O2 e CO2 (hemácias). O sangue também é constituído pelo plasma (parte líquida) onde existem proteínas que ajudam na coagulação do sangue (fatores da coagulação). Para se obter estes componentes sanguíneos específicos de uma bolsa de sangue total coletada do doador são utilizados processos de centrifugação, dando origem a concentrado de hemácias, plaquetas, plasma fresco congelado e crioprecipitado. Os leucócitos provenientes de uma bolsa de sangue total são considerados contaminantes estando presentes em pequenas quantidades no concentrado de hemácias e plaquetas, mas são capazes de provocar alguns tipos de reações transfusionais. Existe uma forma de se coletar leucócitos com finalidade transfusional, através de um método especial de doação (aférese) que consiste em se coletar apenas parte dos leucócitos do doador através de um equipamento com esta finalidade (máquina de aférese). Neste caso, o restante dos componentes do sangue é devolvido ao doador. A área de processamento são áreas limpas e climatizadas, contendo equipamentos e agitadores de plaquetas.
No dia 16 de maio, a primeira palestra foi com a palestrante Fabiana Pereira Guimarães Brito sobre ‘’Suporte ao trauma de Aph: Atualizações e Desafios’’, a palestrante começou falando sobre a epidemiologia do Trauma no Brasil, expondo como fazer a avaliação e o atendimento quem tem como prioridades: a avaliação da cena, o reconhecimento em incidentes de múltiplas vitimas e desastres e avaliar cada doente. Na avaliação primária, tem que atender as condições com risco de vida o doente traumatizado multissistêmico e fazer a avaliação primária e secundária do doente traumatizado em um único sistema. O XABCDE do trauma são uma série de cuidados básicos e extremamente importantes para garantir a sobrevivência da vítima após sofrer um acidente. O ‘’X’’ é de hemorragias exsanguinantes que é um sangramento arterial de de uma extremidade podendo ocorrer no couro cabeludo ou na junção de uma extremidade, é necessário o uso de torniquete para hemorragia juncional. O ‘’A’’ é de gerenciamento de vias aéreas e estabilização da coluna cervical, é preciso o manejo da via aérea, procurando por sinais de obstrução, fazendo aspiração/ retirada do corpo estranho, considerar portador de lesão cervical, fazer via aérea definitiva( com cuff) na traqueia( intubação assistida por droga) e uso de dispositivos supraglóticos e máscara laríngea. O ‘’B’’ é de respiração (ventilação e oxigenação) que é necessário fazer um exame físico com exposição do tórax, inspeção, palpação, percussão e ausculta. O ‘’C’’ é de Circulação (perfusão e outras hemorragias) quem tem que ser feito a avaliação dos pulsos periféricos, cor da pele, temperatura e umidade. O ‘’D’’ é de deficiência neurológica que tem que ser feito o rebaixamento nível consciência observando se há oxigenação/ perfusão cerebral, uso de drogas ou álcool, lesão do SNC (sistema nervoso central) e distúrbio metabólico, sua avaliação é feita através da escala de Coma Glasgow e exame pupilar. E por fim, o ‘’E’’ é de Expor/Ambiente que sua avaliação é feita tirando a roupa do paciente, aquecendo e a avaliação secundária é revendo o XABCDE. No mesmo dia, houve a palestra com o assunto ‘’Emergências Neurológicas’’ que teve como palestrante Paulo César Feitosa Ferraz Filho, que começou sua palestra falando da anatomia e composição do sistema nervoso central,mostrando o cérebro, cerebelo, hipotálamo, dentre outros, ele usou esse enfoque para explicar como ocorre a emergência neurológica, ele disse que toda injúria ao sistema nervoso central é subdividida em: dano primários e secundários. As repercussões dos danos secundários são: progressão do edema, aumento do FSC, elevação da PIC(HIC), redução da PPC, potencialização dos danos primários e morte neuronal massiva, resultando em morte ou limitação permanente ao paciente. Segundo ele, os processos patológicos são aqueles que cursam com HIC (TCE e AVEh), aqueles que cursam com isquemias (AVEi) e aquele que é consequência(convulsões). Explicou um pouco sobre processos patológicos que são um conjunto de alterações morfológicas, moleculares e\ ou funcionais que surgem nos tecidos após agressões. Falou sobre as convulsões dizendo que muitas vezes a manifestação é secundária que pode ser causado por: traumas, febre(crianças), hipoglicemia, hiperglicemia (SHH), HIC, hipoxemia e pode causar danos diretos e predispor a danos indiretos como TCE e hipóxia e podem ser focais ou generalizadas. Afirmou que os cuidados ao paciente com HIC deve ser feita da seguinte forma: todos os esforços devem ser voltados a minimizar danos e elevação progressiva da HIC mantendo a cabeceira do paciente em 30º, mantendo a cabeça alinhada,, evitar procedimentos que elevem a PIC, evitar ao máximo hipotensão, evitar hipo e hiperglicemia, manter o paciente sob leve hipotermia, evitar hipertemia, evitar hipoxemia e hipercapnia a todo custo, em caso dede TCE com suspeita de trauma nos ossos e base do crânio é para evitar procedimentos que envolvam a nasofaringe, evitar vasodilatação compensatória (nimodipino), caso indicado o tratamento cirúrgico é vital. Nos cuidados isquêmicos, todos os esforços devem ser voltados para minimizar a progressão da isquemia e a elevação da PIC que pode surgir pelo edema mantendo a cabeceira do paciente em 30º, mantendo a cabeça alinhada, evitar procedimentos que elevem a PIC, evitar ao máximo hipotensão. Já nos cuidados aos pacientes em convulsão é necessário proteger a cabeça do paciente contra traumas durante o evento, tentar melhorar o aporte de O2 via oxigenoterapia, jamais tentar colocar a mão ou qualquer objeto na cavidade oral do paciente, uso de anticonvulsionais injetáveis (bemzodiazepínicos, barbitúricos..) e tentar evidenciar causas secundárias que podem estar desencadeando as crises e corrigi-las o mais rápido possível. Essas palestras começaram as 19:00 e terminaram as 22:00.
Na sexta-feira, dia 17 de maio, encerrando a semana de enfermagem houve o último minicurso que teve como tema: ‘’Atuação do enfermeiro na diálise peritoneal’’ que teve como ministrante Fabiana Pereira Guimarães Brito. Nessa palestra, Fabiana iniciou falando dos rins e suas funções, os rins são responsáveis pela hemodinâmica, pelos produtos finais do metabolismo( remoção de ureia, creatinina, etc.), balanço de potássio(age nos músculos cardíacos se tiver em excesso terá PCR, na pressão sanguínea( remoção de sal e balanço de água), na estrutura óssea(balanço de cálcio e ativação de vitamina D), regulador do PH do sangue(regeneração do bicarbonato) e formação do sangue. Falou da sintomatologia urêmica que são: falta de apetite, náusea, vômito, fadiga, cansaço, cefaleia. Explicou que a doença renal são anormalidades da estrutura ou função dos rins presentes por mais de 3 meses e com implicações para a saúde e é classificada em 5 estágios, de acordo com a filtração glomerular(néfron). Já a filtração glomerular é dividida em duas etapas: o filtrado (filtrado e reabsorvido) que formam a urina e a excreção que é quando a ureia e ácidos são retirados na urina. E aí, a ministrante adentrou no assunto da diálise, segundo ela, a dialise peritoneal é o processo de depuração do sangue no qual a transferência de solutos e líquidos ocorre através de uma membrana semipermeável que separa dois compartimentos e pode ser feita de Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua (DPAC):realizada diariamente e de forma manual pelo paciente e/ou familiar. Geralmente 4 trocas ao dia (manhã, almoço, tarde, noite), sendo que o tempo de troca leva aproximadamente 30 minutos. No período entre as trocas, o paciente fica livre das bolsas. Ou de Diálise Peritoneal Automatizada (DPA): realizada todos os dias, normalmente à noite, em casa, utilizando uma pequena máquina cicladora, que infunde e drena o líquido, fazendo as trocas do líquido. Antes de dormir, o paciente conecta-se à máquina, que faz as trocas automaticamente de acordo com a prescrição médica. A drenagem é realizada conectando a linha de saída a um ralo sanitário e/ou recipiente rígido para grandes volumes. Durante o dia, se necessário, podem ser programadas “trocas manuais”. Mostrou também alguns casos que ela atendeu. Esse minicurso começou as 08:00 e terminou as 12:00 e encerrou a 8ª Semana de Enfermagem da Fasete.
CONCLUSÃO
Portando, com a 8ª Semana de Enfermagem da FASETE aprendemos por meio de palestras, minicursos e trabalhos científicos a importância do profissional de enfermagem nos respectivos assuntos citados durante o evento. E percebemos o quanto o profissional de enfermagem está envolvido em cada processo, prestando atendimento ético e legal, respeita a vida, a dignidade e os direitos da pessoa humana, e percebemos que o enfermeiro está cada dia mais inserido no atendimento e comprometido com a saúde do ser humano. Ou seja, o enfermeiro assume um papel cada vez mais decisivo e proativo no que se refere à identificação das necessidades de cuidado da população, bem como na promoção e proteção da saúde dos indivíduos em suas diferentes dimensões.
Aprendemos também, a importância da visão crítica sobre assuntos como as atuais políticas implantadas, a questão da desigualdade de gêneros ainda vivida em nossa sociedade e, principalmente, na área de enfermagem, da uberização do trabalho dos enfermeiros, do excesso de carga horaria sem um bom salário, dentre outros. 
E, informou os ouvintes do evento, sobre diversos assuntos que serão necessários para um bom atendimento, enfocando o papel do enfermeiro em determinadas situações para que se o enfermeiro(a) se deparar com a seguinte circunstâncias, ele(a) saber como agir com um atendimento rápido e que não bote o paciente em risco.
ANEXOS
Fotografias – 1º dia do Senffa que teve como primeira palestra o tema: ‘’Os desafios da Enfermagem para a prática com equidade’’, respectivamente estão Cristina Maria Meira de Melo e Tatiane Araújo dos Santos.
 
Fotografias – 2º dia da Semana de Enfermagem da FASETE, fotos de alguns estandes de apresentações cujo alunos apresentavam assuntos relacionando-os á a enfermagem.
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Fotografias – Fotos tiradas do minicurso de Emergências Clínicas: diabetes e hipertensão ministrado por Paulo César Feitosa Ferraz Filho realizado na quarta-feira.
Fotografias – Fotos do 3º dia de Senffa que teve palestras com os temas ‘’Doação de Sangue e Doação de Medula’’ por Shirlane Pereira de Araújo e ‘’Hemocomponentes e hemoderivados’’ por Isabela Cristina Cordeiro Farias.
 
Fotografias – Fotos do 4º dia de Senffa que teve palestras com os temas ‘’Suporte ao trauma de Aph: Atualizações e desafios’’ por Fabiana Pereira Guimarães Brito e ‘’Emergências Neurológicas’’ por Paulo César Feitoza Ferraz Filho.
 
Fotografias – Fotos tiradas no último dia do Senffa, sexta-feira, no minicurso de ‘’Atuação do enfermeiro na diálise peritoneal’’ por Fabiana Pereira Guimarães Filho.

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