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AV1 Contabilidade Publica v2

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UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO - “Prof. José de Souza Herdy”
UNIGRANRIO - ESCOLA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
ALLAN COSTA DE SOUZA BUENO
LILIANE DOS SANTOS FARCHA FERREIRA DA SILVA
MICHELE FELIX MARTINS
GISELE MARQUES SILVEIRA
POLIANA GENTIL
RECEITAS E DESPESAS PÚBLICAS: CLASSIFICAÇÃO E CONCEITOS.
RIO DE JANEIRO
2020
ALLAN COSTA DE SOUZA BUENO
LILIANE DOS SANTOS FARCHA FERREIRA DA SILVA
MICHELE FELIX MARTINS
GISELE MARQUES SILVEIRA
POLIANA GENTIL
RECEITAS E DESPESAS PÚBLICAS: CLASSIFICAÇÃO E CONCEITOS. 
Trabalho com Tema “Receitas e Despesas públicas: classificação e conceitos.", desenvolvido durante a disciplina de Contabilidade Pública, como parte da avaliação referente ao semestre em questão.
Professor: Davi Terezino
RIO DE JANEIRO
2020
Sumário
1.	INTRODUÇÃO	4
2.	RECEITA PÚBLICA	5
2.1.	ESTÁGIOS DA RECEITA PÚBLICA	5
2.1.1 INGRESSOS ORÇAMENTÁRIOS	7
2.1.2 INGRESSOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS	7
2.2.	CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA	7
2.3.	CATEGORIA ECONÔMICA	8
3.	DESPESA PÚBLICA	8
3.1.	DESPESA ORÇAMENTÁRIA	9
3.1.1.	DESPESA CORRENTE	9
3.1.2.	DESPESA DE CAPITAL	9
3.2.	DESPESA EXTRAORÇAMENTÁRIA	10
3.3.	PROCESSAMENTO DAS DESPESAS PÚBLICAS	10
3.3.1.	ESTÁGIO DA DESPESA PÚBLICA	11
4.	CONCLUSÃO	13
5.	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	14
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO
 	 
 O presente trabalho tem por objetivo detalhar os componentes e conceitos das receitas e despesas públicas, que são os principais elementos do orçamento público.
 Para uma administração pública eficiente é importante para um governo conhecer suas receitas e suas despesas, e se o orçamento está compatível com os montantes dessas variáveis.
O Estado visando garantir a satisfação das necessidades da coletividade arrecada receitas públicas e realiza despesas públicas.
Entende-se por receita pública os recursos previstos em legislação e arrecadados pelo poder público com a finalidade de realizar gastos que atenda às necessidades da sociedade e por despesas públicas o conjunto de dispêndios realizados pelos entes públicos para o funcionamento e manutenção dos serviços públicos prestados a sociedade.
O sistema fiscal, entendido no seu sentido amplo, como um conjunto de normas jurídicas que regulam a atividade fiscal e tributária de um país, constitui um dos meios de assegurar o desenvolvimento do Estado, sendo fundamental no crescimento dos serviços administrativos e consequentemente desenvolvimento do país, com isso a importância de estrutura-lo de forma que seja abrangente e ou inclusiva com a finalidade de garantir o bem-estar comum. 
Esse trabalho foi baseado nas aulas assistidas e em pesquisas a sites relacionados referentes à matéria acadêmica de contabilidade pública.	
 Palavras-chave: Receita pública. Despesa Pública. Contabilidade pública.
2. RECEITA PÚBLICA
Para atender às necessidades da sociedade, o governo precisa prestar serviços e realizar obras, o que exige gastos.
Receita pública é o montante total (impostos, taxas, contribuições e outras fontes de recursos) em dinheiro recolhido para o Tesouro Nacional, incorporado ao patrimônio do Estado, que serve para custear as despesas públicas e as necessidades de investimentos públicos. É o dinheiro que o governo dispõe para manter sua estrutura e oferecer bens e serviços à sociedade, como hospitais, escolas, iluminação, saneamento, etc.
No orçamento, a receita precisa ser primeiro estimada. Sem uma ideia de quanto vai receber, o governo não pode ter uma ideia de quanto pode gastar. Por isso os técnicos fazem, a cada ano, uma previsão dos valores para as diferentes formas de receita do Governo. Essa previsão é constantemente atualizada, para evitar que o governo gaste mais do que recebe.
O próximo passo, é o lançamento. Isso ocorre cada vez que o governo identifica quem tem que pagar quanto e quando. É uma ideia mais concreta de quanto o governo vai receber de fato, mas ainda não significa que o dinheiro entrou nos cofres públicos.
Quando os valores são realmente obtidos pelo governo e passam a ficar disponíveis na conta única do Tesouro Nacional, tem-se a arrecadação e recolhimento da receita. Agora, esse recurso pode ser aplicado nas políticas públicas.
ESTÁGIOS DA RECEITA PÚBLICA
Estágio da receita é cada passo identificado que evidencia o comportamento da receita e facilita o conhecimento e a gestão dos ingressos de recursos, como ilustra a imagem a seguir:
 Figura1- Infográfico explicativo sobre os três estágios da receita pública.
Todos os recursos recolhidos pelo Tesouro Nacional geram as receitas públicas. Segundo Wlademir Ribeiro, “receita” é um termo utilizado mundialmente pela contabilidade para evidenciar a variação positiva da situação líquida patrimonial resultante do aumento de ativos ou da redução de passivos de uma entidade, as públicas são aquelas auferidas pelos entes públicos. 
As receitas públicas têm por objetivo cobrir o total das despesas e as necessidades de investimentos públicos. E o conceito de receita se divide em duas vertentes, com enfoque patrimonial, que é a variação da situação líquida patrimonial e enfoque orçamentário, todos os ingressos disponíveis para cobertura das despesas públicas, podem ser orçamentárias e extraorçamentárias.
Segundo a Enap (Escola Nacional de Administração Pública) os conceitos de ingressos orçamentários e Extraorçamentários são:
2.1.1 INGRESSOS ORÇAMENTÁRIOS
Representam disponibilidades de recursos financeiros para o erário. Portanto, as receitas orçamentárias pertencem ao Estado, integram o patrimônio do Poder Público, aumentam-lhe o saldo financeiro e estão previstas na LOA.
O montante total das receitas públicas que entram no Tesouro é a soma das receitas orçamentária e da extraorçamentária, conforme vemos na imagem:
2.1.2 INGRESSOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS
Representam apenas entradas compensatórias, ou seja, são recursos financeiros de caráter temporário e não integram a Lei Orçamentária Anual (LOA). Nesse caso, o Estado é mero depositário desses recursos. Por exemplo, depósitos em caução, fianças, operações de crédito por antecipação de receita orçamentária (ARO). 
CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA
A classificação da receita orçamentária é de utilização obrigatória para todos os entes da Federação, sendo facultado seu desdobramento para atendimento das respectivas peculiaridades.
Nesse sentido, as receitas orçamentárias são classificadas segundo os seguintes critérios:
a.	Natureza;
b.	Fonte/Destinação de recursos; e
c.	Indicador de resultado primário.
CATEGORIA ECONÔMICA
A receita é classificada em duas categorias econômicas:
1. Receitas Correntes: É o somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender às despesas classificáveis em despesas correntes. São as que aumentam a disponibilidade, afetando positivamente o Patrimônio Líquido.
1. Receita de Capital: É a soma das provenientes da realização de recursos financeiros oriundos da constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; dos recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender às despesas classificáveis em Despesas de Capital. As receitas de capital são: Operações de Crédito, Alienação de Bens, Amortização de Empréstimos, Transferências de Capital, outras Receitas de Capital.
O conceito de Receita Financeira surgiu com a adoção pelo Brasil da metodologia de apuração do resultado primário, oriundo de acordos com o Fundo Monetário Internacional – FMI. Desse modo, passou a denominar como Receitas Financeiras aquelas que não são consideradas na apuração do resultado primário, como as derivadas de aplicações no mercado financeiro ou da rolagem e emissão de títulos públicos, assim como as provenientes de privatizações, entre outras.
3. DESPESA PÚBLICA
Despesa pública é a aplicação do dinheiro arrecadado por meio de impostos ou outras fontespara custear os serviços públicos prestados à sociedade ou para a realização de investimentos.
DESPESA ORÇAMENTÁRIA
Despesa orçamentária é aquela que depende de autorização legislativa para ser realizada e que não pode ser efetivada sem a existência de crédito orçamentário que a corresponda suficientemente.
Classificam-se em categorias econômicas, também chamadas de natureza da despesa e tem como objetivo responder à sociedade o que será adquirido e qual o efeito econômico do gasto público. Dividem-se, de acordo com o art. 12 da Lei 4.320/1964, conforme o esquema abaixo:
DESPESA CORRENTE
Despesas de custeio: destinadas à manutenção dos serviços criados anteriormente à Lei Orçamentária Anual (LOA), e correspondem, dentre outros gastos, os com pessoal, material de consumo, serviços de terceiros e gastos com obras de conservação e adaptação de bens imóveis;
Transferências correntes: são despesas que não correspondem à contraprestação direta de bens ou serviços por parte do Estado e que são realizadas à conta de receitas cuja fonte seja transferências correntes. Subdividem-se em:
· Subvenções sociais: destinadas a cobrir despesas de custeio de instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, desde que sem fins lucrativos;
· Subvenções econômicas: destinadas a cobrir despesas de custeio de empresas públicas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril.
DESPESA DE CAPITAL
Despesas de investimentos: despesas necessárias ao planejamento e execução de obras, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente, constituição ou aumento do capital do Estado que não sejam de caráter comercial ou financeiro, incluindo-se as aquisições de imóveis considerados necessários à execução de tais obras;
Inversões financeiras: são despesas com aquisição de imóveis, bens de capital já em utilização, títulos representativos de capital de entidades já constituídas (desde que a operação não importe em aumento de capital), constituição ou aumento de capital de entidades comerciais ou financeiras (inclusive operações bancárias e de seguros). Em suma, são operações que importem a troca de dinheiro por bens.
Transferências de capital: transferência de numerário a entidades para que estas realizem investimentos ou inversões financeiras. Nessas despesas, incluem-se as destinadas à amortização da dívida pública. Podem ser:
· Auxílios: se derivadas da lei orçamentária;
· Contribuições: derivadas de lei anterior à lei orçamentária.
DESPESA EXTRAORÇAMENTÁRIA
Constituem despesas extraorçamentárias os pagamentos que não dependem de autorização legislativa, ou seja, não integram o orçamento público. Resumem-se à devolução de valores arrecadados sob título de receitas extraorçamentárias.
PROCESSAMENTO DAS DESPESAS PÚBLICAS
Processamento da despesa é o conjunto de atividades desempenhadas por órgãos de despesa com a finalidade de adquirir um bem ou serviço.
O processamento da despesa envolve dois períodos ou estágios, quais sejam: a fixação da despesa (vide Orçamento público) e a realização da despesa.
0. ESTÁGIO DA DESPESA PÚBLICA
É a realização das despesas previstas no orçamento público, seguindo os três estágios presentes na Lei nº 4.320/64: empenho, liquidação e pagamento.
Empenho: é a etapa em que o governo reserva o dinheiro que será pago quando o bem for entregue ou o serviço concluído. Isso ajuda o governo a organizar os gastos pelas diferentes áreas do governo, evitando que se gaste mais do que foi planejado.
Liquidação: é quando se verifica que o governo recebeu aquilo que comprou. Ou seja, quando se confere que o bem foi entregue corretamente ou que a etapa da obra foi concluída como acordado.
Por fim, se estiver tudo certo com as fases anteriores, o governo pode fazer o pagamento, repassando o valor ao vendedor ou prestador de serviço contratado.
Figura 2- Infográfico explicativo sobre os três estágios da despesa pública.
Figura 2 – Execução das Despesas 2020
Fonte: Portal da Transparência ²
4. CONCLUSÃO
Neste trabalho abordamos os tipos de receitas e despesas públicas, bem como seus estágios e classificações.
Podemos ver que com o crescimento da sociedade e desenvolvimento que é acompanhado pelo aumento do nível das despesas públicas como consequência disso, e também considerando as receitas arrecadas através dos tributos vindos da população, há de se ter um controle para equilibrar essas despesas de acordo com a arrecadação, não podendo haver desequilíbrio onde as despesas são maiores que as receitas, pois isso iria acarretar um déficit público.
Com o intuito de manter o orçamento o mais real possível as alterações são feitas a cada gestão, com isso percebemos a importância de organizar e controlar o orçamento público, para que não seja desviado para outros fins e deixe de investir nos objetivos especificados no orçamento público.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 PORTAL da Transparência. Execução da despesa pública. [S. l.], 24 set. 2020. Disponível em: <http://www.portaltransparencia.gov.br/entenda-a-gestao-publica/execucao-despesa-publica.> Acesso em: 22 set. 2020.
WIKIPÉDIA. Despesas Publicas. [S. l.], 24 set. 2020. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Despesa_p%C3%BAblica#:~:text=Despesa%20p%C3%BAblica%20%C3%A9%20o%20conjunto,investimentos%20(despesas%20de%20capital>. Acesso em: 22 set. 2020.
PLANEJAMENTO e Execução da Despesa Pública para Servidores do MDA. Disciplina 4 - Gestão Financeira. [S. l.], 24 set. 2020. Disponível em: <http://antigo.enap.gov.br/downloads/ec43ea4fEstagios_da_despesa.pdf.> Acesso em: 22 set. 2020.
FERNANDO Lima Gama Junior: «Despesa pública». [S. l.: s. n.], 2014. Ebook.
ALBANIR RAMOS: «Despesa pública». [S. l.: s. n.], 2006. Ebook.
ECONOMIA Aplicada vol. 11 n°. 4 por Fabiana Rocha e Ana Carolina Giuberti: Composição do gasto público e crescimento econômico: uma avaliação macroeconômica da qualidade dos gastos dos Estados brasileiros. [S. l.: s. n.], 2007. Ebook.
BRUNET, Julio Francisco Gregory; BERTE, Ana Maria de Aveline e BORGES, Clayton Brito: Estudo Comparativo das Despesas Públicas dos Estados Brasileiros: um Índice de Qualidade do Gasto Público ou Secretaria do Planejamento e Gestão do Estado do Rio Grande do Sul / Estados Comparados por Funções do Orçamento.. [S. l.: s. n.], 2007. Ebook.
MARIOTTI, Francisco C. E: As receitas e as despesas públicas. [S. l.: s. n.], 2007. Ebook.

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