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CADEIAS PRODUTIVAS NA ÁREA DE SAÚDE - Janinne S

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CADEIAS PRODUTIVAS NA ÁREA DE SAÚDE: INDÚSTRIA FARMACÊUTICA 
 
 
 
 
RESUMO 
 
O presente artigo discorre acerca do conceito e dos atributos e elementos fundamentais da 
Indústria Farmacêutica, apresentando uma síntese do seu desenvolvimento e crescimento no 
decorrer de sua implementação no Brasil e no mundo, contemplando o cenário nacional e 
internacional, através da abordagem das principais cadeias produtivas, bem como a sua direta 
relação com a competitividade e inovação, associadas a esse campo. Nesse sentido, é destacado, 
de forma mais específica, a estrutura da indústria farmacêutica desenvolvida na região do 
Nordeste brasileiro e na Bahia, além de apresentar os gargalos - que norteia sobre a desafios a 
serem superados - e correlaciona com a existência das restrições tecnológicas e com as 
oportunidades da pesquisa tecnológica nesse setor. Por fim, são postos em evidência, as 
considerações sobre as políticas públicas voltadas para a cadeia produtiva do setor farmacêutico. 
Dessa forma, mediante uma pesquisa bibliográfica, este trabalho busca entender como a 
indústria farmacêutica foi incorporada ao cotidiano dos países e como o desenvolvimento 
científico-tecnológico está relacionado ao processo de agregação aos mais diversos produtos, 
discorrendo 
 
 
Palavras-chave: indústria farmacêutica; cadeia produtiva; mercado nacional e internacional; 
políticas pública; competitividade e inovação; restrições tecnológicas; gargalos. 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A cadeia produtiva é um conjunto de etapas consecutivas pelas quais os insumos são 
submetidos, transformados e transferidos (PROCHNIK, 2002). Cada item comprado é o final 
de uma longa corrente cheia de elos, que corresponde à cadeia produtiva, cadeia de valor ou 
cadeia de suprimento (BRASIL, 2011). 
Pode-se afirmar que a cadeia produtiva ajuda o indivíduo a entender a história de um 
produto, desde o momento em que o material era apenas uma matéria-prima, passando pelo 
beneficiamento, intermediários comerciais, até atingir o varejo ou o mercado externo. Uma das 
vantagens de estudar as cadeias produtivas é conhecer melhor a qualidade do produto que se 
compra, proporcionando orientações ao consumidor em prol de compras mais conscientes 
(BRASIL, 2011). Nessa perspectiva, é importante que o consumidor esteja informado sobre as 
etapas pelas quais um determinado produto é submetido, seja por meio das informações nas 
embalagens, selos, divulgação nos meios de comunicação, vigilância efetiva e ações 
governamentais. 
Ademais, informar-se acerca das cadeias produtivas permite que o cidadão não 
compactue com problemas sociais e ambientais que, muitas vezes, ocorrem na produção das 
mercadorias. Entretanto, é difícil para o indivíduo saber todas essas informações, pois não é 
justo esperar apenas que os consumidores conheçam todas as cadeias produtivas de todos os 
produtos que compram, tampouco que eles se informem sobre os problemas em cada uma dessas 
cadeias por conta própria, visto que essa demanda também é uma responsabilidade dos 
produtores e da sociedade civil organizada (BRASIL, 2011). 
Face aos argumentos supracitados, têm-se no mercado diversas formas de cadeias. 
Dentre essas formas variadas de cadeias produtivas, o presente estudo visa analisar a indústria 
farmacêutica como uma cadeia produtiva na área de saúde. 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
 
 
2.1 OBJETIVO GERAL 
Analisar e compreender conceitos e elementos fundamentais que estão relacionados ao 
campo da Indústria Farmacêutica. 
 
2.1.1 OBJETIVO ESPECÍFICO 
 
● Discorrer acerca do conceito da cadeia produtiva e suas estratégias; 
● Apresentar, abordagens e problematizações referentes ao campo da Indústria 
Farmacêutica; 
● Expor e detalhar o crescimento da indústria farmacêutica nacional, bem como o mercado 
internacional; 
● Discutir aspectos da estrutura farmacêutica do Nordeste brasileiro e na Bahia; 
● Descrever a competitividade e inovação na cadeia produtiva da indústria farmacêutica; 
● Mostrar os aspectos e as características dos gargalos, as restrições tecnológicas e as suas 
respectivas oportunidades de pesquisa tecnológica; 
● Desenvolver a relação da Indústria Farmacêutica e as políticas públicas. 
 
2.2 METODOLOGIA 
 
O presente artigo trata-se de um estudo de caráter explicativo e de abordagem quali-
quantitativa, que visa obter esclarecimentos concisos acerca dos conceitos e elementos que 
envolvem o campo relacionado à Indústria Farmacêutica. Ademais, apresenta uma ênfase que 
perpassa as concepções do âmbito da indústria produtora de remédios juntamente com as suas 
respectivas cadeias produtivas, desde os tempos mais remotos até os dias atuais, levando em 
consideração a contextualização sobre o desenvolvimento da mesma envolvendo tanto o 
mercado nacional quanto o internacional, bem como as questões de saúde pública, que se deu 
através de uma análise de coleta quantitativa de dados familiarizados aos métodos e as suas 
respectivas cadeias produtivas; ao modo de planejamento que os países envolvidos nessas 
pesquisas, terão a respeito do esboço, gráficos e tabelas, e também sobre os resultados obtidos 
em relação ao crescimento do mercado farmacêutico nacional, derivado da alta produção de 
medicamentos genéricos, tidos como consequência da expiração das patentes, entre outros. Vale 
ressaltar, ainda, que este trabalho é fundamentalmente baseado na investigação dos aspectos 
supracitados e que utiliza, como forma de apreensão desses dados, a análise das informações 
recolhidas em bases bibliográficas, principalmente, as encontradas em artigos, livros e revistas. 
 
3 CADEIA PRODUTIVA NA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA 
 
A indústria farmacêutica teve o seu início e desenvolvimento no Brasil entre os anos 
1890 e 1950. Essa indústria apresenta relação com a saúde pública, com a instituição de pesquisa 
e desenvolvimento tecnológico, além da prevenção e combate às doenças infecciosas. A cadeia 
produtiva da indústria farmacêutica é ampla, inclui a fabricação de especialidades farmacêuticas 
alopáticas ou homeopáticas, as quais estão inseridas em um conjunto de classes terapêuticas 
(CNQ, 2015). 
A cadeia farmacêutica envolve a fabricação de substâncias químicas que são obtidas 
por síntese química, utilizadas na preparação de medicamentos. Nesse ínterim, a indústria 
farmacêutica inclui a produção de fármacos e medicamentos, numa relação intrínseca, pois o 
princípio ativo do medicamento está inserido no fármaco. Os fármacos podem ser obtidos pela 
extração de farmoquímicos de origem vegetal, animal e biotecnologia (CNQ, 2015) 
O setor farmacêutico apresenta quatro estágios evolutivos (esquema 1): pesquisa e 
desenvolvimento; produção de farmoquímicos; produção de especialidades farmacêuticas; 
marketing e comercialização das especialidades farmacêuticas. A incorporação de um dos 
estágios evolutivos do setor farmacêutico em uma empresa ou país representa um importante 
salto nas barreiras competitivas (CNQ, 2015). 
 
 
Fonte: CNQ, 2015. 
 
Visando uma melhor compreensão acerca desses estágios, faz-se necessário analisar 
cada um deles. O primeiro estágio refere-se à pesquisa e desenvolvimento de novos princípios 
ativos (fármacos), é responsável pela descoberta de farmoquímicos, exige elevados níveis de 
capacitação tecnológica, recursos financeiros e envolve riscos, uma vez que nem todos os 
princípios ativos resultarão em medicamentos com sucesso comercial. O segundo estágio exige 
capacitação tecnológica do processo, conhecimentos específicos de química e do ambiente onde 
será realizada a manufatura e apresenta gastos de desenvolvimento inferiores ao primeiro 
estágio. A produção de farmoquímicos, equivalente ao segundo estágio apresenta relação direta 
com a indústria farmacêutica, pois é responsável pela matéria-prima dos fármacos e é 
fundamental para formulação dos medicamentos. 
O terceiro estágio englobaa produção de medicamentos, baixa complexidade técnica 
e equivale à transformação dos fármacos. O quarto estágio está relacionado com o marketing e 
comercialização das especialidades. As grandes empresas internacionais da indústria 
farmacêutica operam nos quatro estágios, já no Brasil a maioria das empresas opera no terceiro 
e quarto estágios, e uma pequena parte no segundo, sendo que o país depende da importação 
dos princípios ativos fundamentais para a composição dos medicamentos, sendo que essa 
importação é calculada em cerca de 80% de seus insumos (TEIXEIRA e VIEIRA, 2015). 
Vale ressaltar que em relação à legislação de propriedade industrial, a indústria 
farmacêutica pode adotar patentes para a sua proteção. As patentes permitem um período de 
vendas com controle de mercado e retornos financeiros que compensam os investimentos e os 
riscos envolvidos e os medicamentos podem apresentar patentes vigentes ou expiradas. No 
âmbito internacional, os medicamentos protegidos por patentes são subdivididos em: 
inovadores ou seja, os que apareceram pela primeira vez no mercado; e o medicamento 
desenvolvido posteriormente, com atividade terapêutica semelhante ao produto inovador, mas 
com características químicas diferentes (TEIXEIRA e VIEIRA, 2015. Também é importante 
citar sobre os genéricos, medicamentos que não possuem marca comercial e começaram a ser 
comercializados em 1960, com base nos nomes das suas substâncias ativas. Apresentam 
bioequivalência e biodisponibilidade comprovados e são mais baratos do que os seus 
medicamentos referência. 
 
 
4 RELAÇÃO ENTRE A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA E O MERCADO 
INTERNACIONAL 
 
A indústria farmacêutica internacional é marcada por grandes transformações, 
iniciando-se desde o início da década de 1990. Dessa maneira, essas transformações se 
difundem para regiões fora de suas fronteiras onde estão sediadas as matrizes, descentralizando 
não apenas atividades comerciais e industriais, mas também processos de pesquisa e 
desenvolvimento dos quais resultam inovações. Com isso, a tendência dessa difusão é 
concentrar determinadas atividades em alguns países que se especializam em produtos ou em 
etapas da cadeia produtiva do setor farmacêutico (TEIXEIRA E VIEIRA, 2015). 
Posto isso, a relação do ranking mundial do mercado farmacêutico merece destaque, 
visto que, na tabela abaixo, disponibilizada pela (Institute for Healthcare Informatics apud 
TEIXEIRA e VIEIRA, 2015), para os próximos anos se projeta um crescimento do Brasil da 
atual posição no ranking mundial, de 6ª (2013) para a 4ª colocação até 2017. Esse dinamismo 
também será seguido por outros países como China e Rússia. Ainda segundo os dados da tabela, 
entre os cinco maiores mercados, dois têm origem nos países em desenvolvimento, no ano 2017 
- esse crescimento está diretamente ligado ao aumento do mercado de fármacos genéricos, que 
vem tomando grande proporção no mercado mundial (TEIXEIRA E VIEIRA, 2015). 
Vale ressaltar que, nos países em desenvolvimento esse mercado, no ano de 2012, 
respondia por 58% e até o ano de 2017, passará a ser representado por 63%. Ademais, no mundo, 
as vendas de genéricos vão passar de 27% para 36% entre os anos de 2012 e 2017. E, nos países 
desenvolvidos, em que o mercado de genéricos representa um percentual menor, a participação 
crescerá dos atuais 16% para 21% no mesmo período (TEIXEIRA E VIEIRA, 2015). 
 
Tabela 1 – Ranking mundial do mercado farmacêutico 
 
Fonte: IMS INSTITUTE FOR HEALTHCARE INFORMATICS, 2013 apud TEIXEIRA e 
VIEIRA (2015). 
 
 
Já em relação aos gastos globais, o setor farmacêutico apresentava no ano de 2012, 
US$ 965,4 bilhões, conforme mostra a tabela abaixo, a mesma expõe a distribuição dos gastos 
com o setor por região. Nesse viés, o mercado global é fortemente concentrado nos países da 
tríade (América do Norte, Europa e Japão), que correspondem conjuntamente por 86% das 
vendas mundiais de produtos farmacêuticos. Dentre esses, com destaque para os Estados 
Unidos, principal mercado, arrecadando cerca de 34% do total, seguido do Japão com 11% e 
da China com 8%. Todavia, Brasil, Rússia, China e Índia, conjuntamente, são os países que 
mais crescem ampliando sua participação de 23% entre 2008 e 2012 para 33% entre 2013 e 
2017 (TEIXEIRA E VIEIRA, 2015). 
 
Tabela 2 - Gastos por Região e Países – Indústria Farmacêutica 
 
* Previsão Fonte: IMS INSTITUTE FOR HEALTHCARE INFORMATICS, 2013 apud 
TEIXEIRA e VIEIRA (2015). 
 
 
Além disso, seguindo a tabela (3) abaixo, mostra que o destino das exportações 
brasileiras de produtos farmacêuticos foi, principalmente, a América Latina, sendo responsável 
por mais de 43% do total exportado, no ano de 2014. Ademais, em relação às importações, ficou 
evidente que são originadas de países desenvolvidos, com destaque para a Alemanha, EUA e 
Suíça, que respondem por mais de 48% das importações brasileiras (TEIXEIRA E VIEIRA, 
2015). 
 
 
Tabela 3: Exportações e importações de produtos farmacêuticos por país, 2014 
 
Fonte: AliceWeb - MDIC apud TEIXEIRA e VIEIRA (2015). 
 
Dessa forma, parafraseando Teixeira e Vieira (2015), os principais reflexos dessas 
transformações e, consequentemente, é derivado do movimento dos fluxos globais do comércio 
internacional de medicamentos e matérias-primas, corroborando para o seu crescimento. Dentro 
dessa perspectiva, isso se dá através do impulso de diversos fatores, alguns tendo 
especificidades do setor, outros são característicos da globalização produtiva, atrelados ao 
processo de internacionalização da cadeia farmacêutica. Por fim, é indispensável relatar que 
esse crescimento é fruto das principais estratégias da indústria farmacêutica: com as fusões e 
aquisições entre empresas do setor localizadas em diversos países (TEIXEIRA e VIEIRA, 
2015). 
 
 
 
5 RELAÇÃO ENTRE A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA E O MERCADO 
NACIONAL 
 
 
Entre as décadas de 1890 e 1950, foi um período marcado pela consolidação da 
indústria farmacêutica brasileira. Nesse sentido, esse desenvolvimento primordial tem direta 
relação com a questão de saúde pública e, também, com as políticas de prevenção e promoção 
da saúde atrelado ao combate de doenças infectocontagiosas e, em especial, com a articulação 
das pesquisas básicas e aplicadas (TEIXEIRA e VIEIRA, 2015). 
Concomitantemente a isso, o mercado farmacêutico no Brasil era fragmentado de duas 
formas: De um lado, estavam os produtos inovadores comercializados pelo capital estrangeiro; 
por outro, as empresas de capital nacional responsáveis pela produção e venda de produtos 
genéricos que, a propósito, as patentes já haviam sido expiradas (TEIXEIRA e VIEIRA, 2015). 
Diante disso, as empresas farmacêuticas nacionais só começaram a crescer devido a 
essa exploração dos produtos genéricos. Segundo a Confederação Nacional do Ramo Químico 
(CNQ), em 2007, o mercado farmacêutico nacional aumentou de 33,8% para 41,6% e, em 2012, 
para 50%. Dentro dessa perspectiva, isso mais uma vez ratifica a importância dessa exploração 
e desenvolvimento dos produtos genéricos. Ainda nesse sentido, como mostra o gráfico 1, em 
2013, haviam 3587 medicamentos genéricos registrados no país, e 3243 de origem nacional 
(TEIXEIRA e VIEIRA, 2015). 
 
Gráfico 1: Registro de medicamentos genéricos no país 
 
Fonte: ANVISA, 2013 apud TEIXEIRA e VIEIRA (2015). 
Destarte, perante a ampliação das empresas farmacêuticas nacionais frente à sua 
participação no mercado brasileiro, fez com que, atualmente, das 10 maiores empresas que 
atuam no Brasil, 50% fossem nacionais, correspondendo por mais de 20% do setor. Com isso, 
seguindo a tabela abaixo, as empresas nacionais: Hypermarcas (liderando o ranking, devido a 
aquisição de outras empresas, atuando na área de consumo e de produtos farmacêuticos; EMS 
(primeira empresa a produzir medicamentos genéricos no Brasil); Eurofarma; Aché e a União 
Química. Vale ressaltar, queas quatro primeiras supracitadas, detém 75% do mercado juntas, e 
esse crescimento das empresas nacionais vem sendo reforçado tanto por investimentos em 
expansão da capacidade produtiva, quanto por aquisições de outras empresas (TEIXEIRA E 
VIEIRA, 2015). 
 
Tabela 4 – As 10 maiores empresas da indústria farmacêutica no Brasil por vendas - 2013 
 
Fonte: Exame – Melhores e Maiores - edição 2014 apud TEIXEIRA e VIEIRA (2015). 
 
Seguindo esse mesmo panorama, tomando como norte o gráfico (2) abaixo do 
desempenho das vendas da indústria farmacêutica no Brasil. Entre os anos de 2003 e 2014, as 
indústrias farmacêuticas nacionais vivenciaram um crescimento de 345%, passando de R$ 
14.780 bilhões para R$ 65.785 bilhões. Em unidades de porcentagem, o crescimento foi de 
155%. Assim, evidenciando a proporção da consolidação desse mercado (TEIXEIRA e 
VIEIRA, 2015). 
 
Gráfico 2 – Mercado farmacêutico brasileiro (Canal Farmácia) Vendas em Reais (R$) 
 
Fonte: Sindusfarma apud TEIXEIRA e VIEIRA (2015). 
 
Já em relação às vendas do mercado farmacêutico brasileiro de genéricos, como mostra 
o gráfico (3) abaixo, entre os anos de 2013 e 2014, ocorreu um crescimento de 72%, passando 
de R$ 943.708 milhões para R$ 16.249 bilhões, em unidades de porcentagem, o crescimento foi 
de 817%. Com isso, em vendas, o setor representa 25% das vendas totais da indústria 
farmacêutica no Brasil (TEIXEIRA e VIEIRA, 2015). 
 
 
Gráfico 3 – Mercado farmacêutico brasileiro de genéricos (Canal Farmácia), Vendas em 
Reais (R$ 
 
Fonte: Sindusfarma apud TEIXEIRA e VIEIRA (2015). 
 
 
Em contraponto, ao mesmo tempo em que ascensão das indústrias brasileiras sejam um 
ponto positivo, devido a sua acessibilidade dos mesmo, que muitas das vezes são dados de forma 
gratuita, como os de tratamento para hipertensão, mas urge também repensar o porquê que isso 
está acontecendo. Diante disso, deve-se levar em consideração que a população brasileira está 
ficando cada vez mais velha e que de certa forma, a dependência por medicamentos derivados 
de doenças crônicas também aumenta, então isso significa dizer, em outras palavras, em que a 
medida que a população adoece, favorece a demanda por medicamentos, que por sua vez, a 
indústria acaba fabricando uma centena de novos medicamentos. Assim, a saúde brasileira 
precisa de atenção e cuidado, precisa de reestruturar e fazer novas campanhas para a promoção 
e prevenção de doenças crônicas, visto que, o incentivo por alimentação e a prática de exercícios 
físicos e a forma mais simples de se prevenir e que fazem muita diferença (ANDRADE, 2014). 
 
 
 
 
6 ESTRUTURA DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA NO NORDESTE E NA 
BAHIA 
 
De forma contrária ao que acontece com as indústrias de transformação tradicionais, a 
indústria farmacêutica é fortemente regulamentada pelo poder público. Neste contexto, nenhum 
dos produtos sujeitos aos processos de vigilância sanitária, como os medicamentos, insumos 
farmacêuticos, e outros, poderão ser extraídos, produzidos ou comercializados sem a aprovação 
do registro do produto feito pelo o poder público regulador (ALENCAR, 2005). 
Segundo Alencar (2005), além das exigências de concessão do registro do produto, a 
fabricação de medicamentos perpassa por uma série de práticas e controles, chamadas de Boas 
Práticas de Fabricação (BPF), que visam, justamente, assegurar que os produtos sigam os 
padrões de qualidade apropriados para o uso pretendido e requerido pelo registro. De fato, a 
implantação das BPF está relacionada principalmente, a diminuição dos riscos que são inerentes 
a qualquer produção farmacêutica, como por exemplo, a contaminação-cruzada, contaminação 
por partículas e a troca ou mistura de produtos (BRASIL, 2003 apud ALENCAR 2005). 
Afinal, dentre outros requisitos propostos, as BPF determinam que todos os processos 
que envolvem a fabricação sejam definidos de forma clara, revisados sistematicamente, assim 
como exigem que os sujeitos envolvidos na fabricação e o produtor, tenham a infraestrutura 
necessária: qualificação, espaço e instalações adequados, procedimentos, instruções, entre 
outros fatores (BRASIL, 2003 apud ALENCAR 2005). De forma clara, o processo de produção 
na indústria farmacêutica é complexo e vincula-se às políticas industrial, científica, tecnológica 
e de saúde. Sendo assim, a indústria farmacêutica se caracteriza por seus processos que 
necessitam de um grande investimento nas áreas de pesquisa e desenvolvimento (P&D), 
produção, no setor de controle e qualidade, armazenamento, distribuição e manutenção na 
qualificação da mão de obra (ALENCAR, 2005). 
No que se refere às estruturas das indústrias farmacêutica localizadas na região nordeste 
do Brasil, e na Bahia, podemos também encontrar desde altos custos com investimentos 
infraestruturais e organizacionais, até a aplicação dos princípios estabelecidos pelas BPF. Como 
mostra Teixeira e Vieira (2015), o setor farmacêutico é classificado pelo CNAE (Classificação 
Nacional por Atividade Econômica) em 4 segmentos: fabricação de produtos farmoquímicos, 
fabricação de medicamentos para uso humano, uso veterinário e fabricação de preparações 
farmacêuticas. 
Já a estrutura organizacional da indústria farmacêutica (comparando com todas as 
regiões do país), podemos citar que em 2015, o setor farmacêutico, em todo o país, englobava 
cerca de 99.388 trabalhadoras/es, sendo que 47% correspondia ao gênero feminino. Onde a 
região Nordeste é responsável por concentrar cerca de 5,9% desses trabalhadores. Porém, o 
Nordeste não é responsável por ter o maior percentual de mulheres, ficando com 40,6%; para 
a distribuição etária, o estudo concluiu que existe, em todo o país, uma concentração nas faixas 
de 25 a 39 para homens e mulheres; a escolaridade é muito elevada, em torno de 37,2% de todos 
os trabalhadores, possuem ensino superior completo e o resultado para as mulheres é superior 
em determinados segmentos, a exemplo de produtos farmoquímicos, com cerca de 45% das 
mulheres possuem ensino superior completo, mas que mesmo assim, apresentam menores 
salários (TEIXEIRA e VIEIRA, 2015). 
Mesmo diante da instabilidade econômica no Brasil, a indústria farmacêutica continua 
em ascensão no mercado, abrindo inclusive novas plantas no Nordeste brasileiro, o que permite 
um aumento na participação da região no cenário econômico. De forma contrária ao que é 
esperado pela economia, o setor farmacêutico vem apresentando o maior faturamento nacional, 
causado principalmente, pelo aumento da expectativa de vida da população, pela maior 
preocupação com a saúde, pelos avanços tecnológicos e outros fatores (PANORAMA 
FARMACÊUTICO, 2019). 
A exemplo do alto investimento que estão sendo feitos no país, temos a Aché 
Laboratórios Farmacêuticos, que realizou um investimento de R$ 500 milhões na construção de 
sua unidade em Pernambuco, a quarta implantada no país e a primeira na região. O laboratório 
deverá dobrar a sua escala produtiva no Brasil, com uma produção de 550 milhões de unidades 
de medicamentos por ano (BLOG DE JAMILDO, 2019). 
Além dos novos investimentos realizados nos últimos anos, podemos citar a existência 
da LAPON Indústria Farmacêutica Ltda. que possui como objetivo, transformar recursos 
naturais em produtos renomados e que se caracteriza por ser primeira indústria no Nordeste a 
ter obtido a certificação ISO 9001:2008, bem como o selo BPF; e a Fundação Baiana de 
Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de 
Medicamentos - Bahiafarma, que se apresenta como fundação pública de direito privado que 
integra a administração pública indireta do Poder Executivo do Estado da Bahia (SESAB). 
 
7 COMPETITIVIDADE E INOVAÇÃO NA CADEIA PRODUTIVA DA 
INDÚSTRIA FARMACÊUTICA 
Segundo Vieira, a inovação na indústria farmacêutica, por ser um processo sistêmico, 
requer a conjunção de diversas atividades, confluindo ações específicase multidisciplinares, a 
exemplo das ações organizacionais tecnológicas e produtivas. 
 Alterações profundas vêm sendo experimentadas, ao longo dos anos, pela indústria 
farmacêutica brasileira, acirrando a sua competitividade, tais como a abertura econômica, a 
liberação dos preços de medicamentos, a aprovação da Lei de Patentes, em 1996, a 
regulamentação da Lei dos Genéricos e a criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(ANVISA), em 1999 (LOPES, 2011). 
 Segundo Lopes, a proibição de publicidade de medicamentos diretamente ao 
consumidor (Lei RDC 102, da ANVISA) pode ser considerada uma característica 
mercadológica de grande impacto no Brasil. Isso faz com que os laboratórios farmacêuticos 
centrem investimentos de publicidade na classe médica, de forma direta, tornando-a um agente 
capaz de gerar demanda para os medicamentos através do receituário e da confiabilidade gerada 
pela relação médico-paciente. 
 O apoio governamental aos medicamentos genéricos se deu junto às farmácias e aos 
diversos públicos consumidores, através do esclarecimento da população, gerando, portanto, 
uma pressão no varejista pela demanda, o que viria a abrir espaço para esses medicamentos e 
possibilitar o seu sucesso de mercado (QUENTAL, 2008). 
 A Lei dos Genéricos permite a quebra das patentes de medicamentos originais após dez 
anos, gerando grande risco econômico aos laboratórios (LOPES, 2011). Diante dessa 
problemática, a indústria farmacêutica tornou-se mais cautelosa em suas estratégias de análise 
de retorno financeiro, direcionando investimentos de P&D para medicamentos que apresentam 
retorno lucrativo inferior a dez anos. 
 Segundo Quental, a abertura de dois programas pelo Banco Nacional de 
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi essencial para que a indústria farmacêutica 
brasileira ganhasse competitividade e aumentasse a sua participação de mercado: a importação 
de medicamentos e a produção e registro de medicamentos. Esses programas geraram linhas de 
financiamento que dinamizaram e modernizaram a capacitação tecnológica de empresas 
nacionais do ramo – principalmente produção de ensaios de equivalência farmacêutica e 
bioequivalência -, como Medley e EMS Sigma Pharma, reposicionando-as frente a grupos 
multinacionais já atuantes no país. 
 O acesso aos canais de distribuição de medicamentos genéricos foi facilitado 
com a produção de medicamentos similares por parte das empresas líderes na sua produção e 
comercialização. Segundo Caparroz, é considerado um alto fator de competitividade 
empresarial o lançamento pioneiro de um novo medicamento genérico no mercado. Há, 
portanto, uma ampliação do porte financeiro da empresa, ocasionado pela alta exploração das 
vantagens competitivas existentes no processo e investimentos potencialmente arriscados. A 
atuação em mais mercados aumenta o retorno dos investimentos em P&D, conferindo maior 
poder de barganha à empresa que lançar determinado produto. A inovação e a competitividade 
na indústria farmacêutica apresentam, portanto, um comportamento analítico, explorador de 
mercados exigentes e galgado por estratégias de diferenciação através da inovação em pesquisa 
e desenvolvimento. 
 
 
8 GARGALOS, RESTRIÇÕES TECNOLÓGICAS E OPORTUNIDADES DE 
PESQUISA TECNOLÓGICA 
 No setor industrial, os gargalos são os pontos de dificuldade operacional ou as restrições 
de um determinado sistema, ocasionando um desequilíbrio entre as respostas necessárias e as 
respostas que estão disponíveis para atender determinada demanda. Esses gargalos podem afetar 
a confiabilidade do fornecimento de bens e serviços de determinada empresa (SLACK; 
CHAMBERS; JOHNSTON, 2007 apud DE OLIVEIRA, 2019). 
 No que tange à indústria farmacêutica brasileira, os gargalos logísticos de importação 
expõem questões antigas e complexas ainda não solucionadas. A logística nacional é fortemente 
afetada por problemas de infraestrutura e intensa burocracia. Segundo De Oliveira, os principais 
gargalos logísticos de importação de produtos farmacêuticos envolvem precárias estruturas de 
transporte e processos que tornam ineficiente o tempo de execução do fluxo de importação. Há, 
portanto, ausência de políticas público-privadas nessa problemática, observando-se o excesso 
de barreiras para a importação por parte do poder público. 
 Altos custos logísticos são gerados pelo transporte de produtos farmacêuticos. Esse 
transporte possui diversas exigências a serem obedecidas, como o controle da quantidade dos 
produtos, o uso de embalagens especiais, rotas controladas e horários e temperaturas específicas 
para a manipulação dos mesmos (DE OLIVEIRA, 2019). 
 Torna-se necessário a realização do balanceamento das linhas de produção (e, 
consequentemente, do sistema produtivo), reduzindo os tempos de fabricação e otimizando os 
prazos de entrega de produtos e serviços (CORRÊA, 2006 apud DE OLIVEIRA, 2019). 
 Segundo Palmeira Filho, as principais restrições ao desenvolvimento do setor 
farmacêutico são os baixos investimentos em P&D e a fragilidade das empresas de controle 
nacional. Ações governamentais de política industrial se fazem necessárias, como o 
financiamento para fortalecimento das empresas de controle nacional, permitindo fusões e 
confluências de empresas com portfólios complementares e o apoio à produção doméstica de 
farmoquímicos, substituindo competitivamente as importações do ramo. 
 Uma ideal política industrial para a indústria farmacêutica deve levar em consideração 
a disponibilização de linhas de financiamento - através do BNDES e da FINEP, por exemplo -, 
possibilitando a adequação das empresas aos padrões técnicos internacionais e o seu aumento 
da capacidade produtiva e competitiva. Uma eficaz utilização do poder de compra do governo 
pode estabelecer condições para a produção de medicamentos e farmoquímicos estratégicos e 
de alto custo no Brasil. Além disso, uma capacitação técnica e de gestão dos laboratórios oficias 
permitiria uma coordenação central e estratégica, adequando suas instalações, processos e 
produtos às normas da Anvisa. 
 
 
9 POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS PARA A CADEIA PRODUTIVA NA 
INDÚSTRIA FARMACÊUTICA 
 
A cadeia produtiva farmacêutica foi incluída pelo governo federal como um dos alvos 
de prioridade para a política industrial do Brasil. Nesse sentido, o Fórum de Competitividade 
da Cadeia Produtiva Farmacêutica, realizado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e 
Comércio Exterior (MDIC) em parceria com o Ministério da Saúde, em 2003, possibilitou 
discussões acerca das políticas governamentais na indústria farmacêutica, tornando-se um 
importante encontro para fomentar tal debate. Outras importantes instituições nacionais que 
participam ativamente do fórum são o órgão regulador do setor, a Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (Anvisa) e os órgãos financiadores públicos: a Finep, o BNDES e o 
Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Nesse âmbito, o BNDES possibilita uma 
execução ativa dessa política, ofertando o crédito adequado às necessidades do setor. 
 Um dos pilares da Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE) é o 
Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Cadeia Produtiva Farmacêutica (Profarma), 
permitindo a implementação da política a nível da cadeia produtiva farmacêutica. Foi criado o 
Departamento de Produtos Intermediários Químicos e Farmacêuticos (Defarma), que, além de 
delinear o desenvolvimento de projetos relativos aos setores químico e farmacêutico, fomenta 
o estabelecimento de parcerias e articulação com órgãos e entidades públicas e privadas. 
 Segundo Capanema, o Profarma tem os seguintes objetivos: fortalecer a empresa 
nacional a níveis econômico, financeiro e tecnológico; estimular atividades de pesquisa, 
desenvolvimento e inovação; reduzir o déficitcomercial no setor da indústria farmacêutica; 
melhorar os padrões de qualidade dos medicamentos produzidos no Brasil e incentivar o 
aumento dessa produção e seus insumos. 
 O Profarma se dividiu de forma a otimizar o atendimento de diferentes áreas. O 
Profarma-Produção objetiva expansão e modernização da capacidade produtiva, adequando as 
empresas aos padrões regulatórios da Anvisa. O Profarma-PD&I objetiva promover 
investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação. O Profarma-Fortalecimento de 
Empresas Nacionais promove o apoio à incorporação ou fusão de empresas que acarretem a 
criação de outras empresas de maior porte e verticalizadas. 
 Ainda no âmbito das políticas públicas na cadeia produtiva farmacêutica, a Lei 9.787 
fundamenta a política de medicamentos genéricos no Brasil. A lei em questão determina que os 
medicamentos sejam vendidos pela especificação científica, e não somente pelas marcas criadas 
pelos laboratórios privados. Tal política visa estimular a concorrência comercial, melhorar a 
qualidade dos medicamentos e facilitar o acesso da população a medicamentos mais baratos. 
 
 
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Conclui-se que a organização da cadeia produtiva da indústria farmacêutica está 
segmentada em quatro etapas: importação, fabricação, distribuição e comercialização. Além de 
englobar pesquisas, desenvolvimento, comércio e distribuição de drogas e cosméticos 
farmacêuticos. Mesmo diante da instabilidade econômica enfrentada por alguns países, a 
exemplo do Brasil, existe um grande aumento no número de investimento no setor, nos quais, 
podemos citar entre os principais motivos a esse incentivo: a preocupação com a saúde,o 
aumento da expectativa de vida e os avanços tecnológicos. 
Destarte, de forma contrária aos grandes investimentos que são feitos nesse setor, ainda 
podemos dizer que a maior parte das pesquisas nessa área priorizam o lucro, o que propicia a 
existência das doenças negligenciadas e afetam principalmente a população mais pobre que 
mora em países em desenvolvimento e que não pode pagar altos preços pelos remédios de que 
necessita. Assim, a indústria privilegia os investimentos na pesquisa e desenvolvimento de 
medicamentos para doenças que afetam a população mais rica, a qual está mais concentrada nos 
países desenvolvidos e pode pagar e garantir o retorno dos investimentos em pesquisa e 
desenvolvimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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