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CADEIAS PRODUTIVAS NA ÁREA DE SAÚDE: INDÚSTRIA FARMACÊUTICA RESUMO O presente artigo discorre acerca do conceito e dos atributos e elementos fundamentais da Indústria Farmacêutica, apresentando uma síntese do seu desenvolvimento e crescimento no decorrer de sua implementação no Brasil e no mundo, contemplando o cenário nacional e internacional, através da abordagem das principais cadeias produtivas, bem como a sua direta relação com a competitividade e inovação, associadas a esse campo. Nesse sentido, é destacado, de forma mais específica, a estrutura da indústria farmacêutica desenvolvida na região do Nordeste brasileiro e na Bahia, além de apresentar os gargalos - que norteia sobre a desafios a serem superados - e correlaciona com a existência das restrições tecnológicas e com as oportunidades da pesquisa tecnológica nesse setor. Por fim, são postos em evidência, as considerações sobre as políticas públicas voltadas para a cadeia produtiva do setor farmacêutico. Dessa forma, mediante uma pesquisa bibliográfica, este trabalho busca entender como a indústria farmacêutica foi incorporada ao cotidiano dos países e como o desenvolvimento científico-tecnológico está relacionado ao processo de agregação aos mais diversos produtos, discorrendo Palavras-chave: indústria farmacêutica; cadeia produtiva; mercado nacional e internacional; políticas pública; competitividade e inovação; restrições tecnológicas; gargalos. 1 INTRODUÇÃO A cadeia produtiva é um conjunto de etapas consecutivas pelas quais os insumos são submetidos, transformados e transferidos (PROCHNIK, 2002). Cada item comprado é o final de uma longa corrente cheia de elos, que corresponde à cadeia produtiva, cadeia de valor ou cadeia de suprimento (BRASIL, 2011). Pode-se afirmar que a cadeia produtiva ajuda o indivíduo a entender a história de um produto, desde o momento em que o material era apenas uma matéria-prima, passando pelo beneficiamento, intermediários comerciais, até atingir o varejo ou o mercado externo. Uma das vantagens de estudar as cadeias produtivas é conhecer melhor a qualidade do produto que se compra, proporcionando orientações ao consumidor em prol de compras mais conscientes (BRASIL, 2011). Nessa perspectiva, é importante que o consumidor esteja informado sobre as etapas pelas quais um determinado produto é submetido, seja por meio das informações nas embalagens, selos, divulgação nos meios de comunicação, vigilância efetiva e ações governamentais. Ademais, informar-se acerca das cadeias produtivas permite que o cidadão não compactue com problemas sociais e ambientais que, muitas vezes, ocorrem na produção das mercadorias. Entretanto, é difícil para o indivíduo saber todas essas informações, pois não é justo esperar apenas que os consumidores conheçam todas as cadeias produtivas de todos os produtos que compram, tampouco que eles se informem sobre os problemas em cada uma dessas cadeias por conta própria, visto que essa demanda também é uma responsabilidade dos produtores e da sociedade civil organizada (BRASIL, 2011). Face aos argumentos supracitados, têm-se no mercado diversas formas de cadeias. Dentre essas formas variadas de cadeias produtivas, o presente estudo visa analisar a indústria farmacêutica como uma cadeia produtiva na área de saúde. 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 OBJETIVO GERAL Analisar e compreender conceitos e elementos fundamentais que estão relacionados ao campo da Indústria Farmacêutica. 2.1.1 OBJETIVO ESPECÍFICO ● Discorrer acerca do conceito da cadeia produtiva e suas estratégias; ● Apresentar, abordagens e problematizações referentes ao campo da Indústria Farmacêutica; ● Expor e detalhar o crescimento da indústria farmacêutica nacional, bem como o mercado internacional; ● Discutir aspectos da estrutura farmacêutica do Nordeste brasileiro e na Bahia; ● Descrever a competitividade e inovação na cadeia produtiva da indústria farmacêutica; ● Mostrar os aspectos e as características dos gargalos, as restrições tecnológicas e as suas respectivas oportunidades de pesquisa tecnológica; ● Desenvolver a relação da Indústria Farmacêutica e as políticas públicas. 2.2 METODOLOGIA O presente artigo trata-se de um estudo de caráter explicativo e de abordagem quali- quantitativa, que visa obter esclarecimentos concisos acerca dos conceitos e elementos que envolvem o campo relacionado à Indústria Farmacêutica. Ademais, apresenta uma ênfase que perpassa as concepções do âmbito da indústria produtora de remédios juntamente com as suas respectivas cadeias produtivas, desde os tempos mais remotos até os dias atuais, levando em consideração a contextualização sobre o desenvolvimento da mesma envolvendo tanto o mercado nacional quanto o internacional, bem como as questões de saúde pública, que se deu através de uma análise de coleta quantitativa de dados familiarizados aos métodos e as suas respectivas cadeias produtivas; ao modo de planejamento que os países envolvidos nessas pesquisas, terão a respeito do esboço, gráficos e tabelas, e também sobre os resultados obtidos em relação ao crescimento do mercado farmacêutico nacional, derivado da alta produção de medicamentos genéricos, tidos como consequência da expiração das patentes, entre outros. Vale ressaltar, ainda, que este trabalho é fundamentalmente baseado na investigação dos aspectos supracitados e que utiliza, como forma de apreensão desses dados, a análise das informações recolhidas em bases bibliográficas, principalmente, as encontradas em artigos, livros e revistas. 3 CADEIA PRODUTIVA NA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA A indústria farmacêutica teve o seu início e desenvolvimento no Brasil entre os anos 1890 e 1950. Essa indústria apresenta relação com a saúde pública, com a instituição de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, além da prevenção e combate às doenças infecciosas. A cadeia produtiva da indústria farmacêutica é ampla, inclui a fabricação de especialidades farmacêuticas alopáticas ou homeopáticas, as quais estão inseridas em um conjunto de classes terapêuticas (CNQ, 2015). A cadeia farmacêutica envolve a fabricação de substâncias químicas que são obtidas por síntese química, utilizadas na preparação de medicamentos. Nesse ínterim, a indústria farmacêutica inclui a produção de fármacos e medicamentos, numa relação intrínseca, pois o princípio ativo do medicamento está inserido no fármaco. Os fármacos podem ser obtidos pela extração de farmoquímicos de origem vegetal, animal e biotecnologia (CNQ, 2015) O setor farmacêutico apresenta quatro estágios evolutivos (esquema 1): pesquisa e desenvolvimento; produção de farmoquímicos; produção de especialidades farmacêuticas; marketing e comercialização das especialidades farmacêuticas. A incorporação de um dos estágios evolutivos do setor farmacêutico em uma empresa ou país representa um importante salto nas barreiras competitivas (CNQ, 2015). Fonte: CNQ, 2015. Visando uma melhor compreensão acerca desses estágios, faz-se necessário analisar cada um deles. O primeiro estágio refere-se à pesquisa e desenvolvimento de novos princípios ativos (fármacos), é responsável pela descoberta de farmoquímicos, exige elevados níveis de capacitação tecnológica, recursos financeiros e envolve riscos, uma vez que nem todos os princípios ativos resultarão em medicamentos com sucesso comercial. O segundo estágio exige capacitação tecnológica do processo, conhecimentos específicos de química e do ambiente onde será realizada a manufatura e apresenta gastos de desenvolvimento inferiores ao primeiro estágio. A produção de farmoquímicos, equivalente ao segundo estágio apresenta relação direta com a indústria farmacêutica, pois é responsável pela matéria-prima dos fármacos e é fundamental para formulação dos medicamentos. O terceiro estágio englobaa produção de medicamentos, baixa complexidade técnica e equivale à transformação dos fármacos. O quarto estágio está relacionado com o marketing e comercialização das especialidades. As grandes empresas internacionais da indústria farmacêutica operam nos quatro estágios, já no Brasil a maioria das empresas opera no terceiro e quarto estágios, e uma pequena parte no segundo, sendo que o país depende da importação dos princípios ativos fundamentais para a composição dos medicamentos, sendo que essa importação é calculada em cerca de 80% de seus insumos (TEIXEIRA e VIEIRA, 2015). Vale ressaltar que em relação à legislação de propriedade industrial, a indústria farmacêutica pode adotar patentes para a sua proteção. As patentes permitem um período de vendas com controle de mercado e retornos financeiros que compensam os investimentos e os riscos envolvidos e os medicamentos podem apresentar patentes vigentes ou expiradas. No âmbito internacional, os medicamentos protegidos por patentes são subdivididos em: inovadores ou seja, os que apareceram pela primeira vez no mercado; e o medicamento desenvolvido posteriormente, com atividade terapêutica semelhante ao produto inovador, mas com características químicas diferentes (TEIXEIRA e VIEIRA, 2015. Também é importante citar sobre os genéricos, medicamentos que não possuem marca comercial e começaram a ser comercializados em 1960, com base nos nomes das suas substâncias ativas. Apresentam bioequivalência e biodisponibilidade comprovados e são mais baratos do que os seus medicamentos referência. 4 RELAÇÃO ENTRE A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA E O MERCADO INTERNACIONAL A indústria farmacêutica internacional é marcada por grandes transformações, iniciando-se desde o início da década de 1990. Dessa maneira, essas transformações se difundem para regiões fora de suas fronteiras onde estão sediadas as matrizes, descentralizando não apenas atividades comerciais e industriais, mas também processos de pesquisa e desenvolvimento dos quais resultam inovações. Com isso, a tendência dessa difusão é concentrar determinadas atividades em alguns países que se especializam em produtos ou em etapas da cadeia produtiva do setor farmacêutico (TEIXEIRA E VIEIRA, 2015). Posto isso, a relação do ranking mundial do mercado farmacêutico merece destaque, visto que, na tabela abaixo, disponibilizada pela (Institute for Healthcare Informatics apud TEIXEIRA e VIEIRA, 2015), para os próximos anos se projeta um crescimento do Brasil da atual posição no ranking mundial, de 6ª (2013) para a 4ª colocação até 2017. Esse dinamismo também será seguido por outros países como China e Rússia. Ainda segundo os dados da tabela, entre os cinco maiores mercados, dois têm origem nos países em desenvolvimento, no ano 2017 - esse crescimento está diretamente ligado ao aumento do mercado de fármacos genéricos, que vem tomando grande proporção no mercado mundial (TEIXEIRA E VIEIRA, 2015). Vale ressaltar que, nos países em desenvolvimento esse mercado, no ano de 2012, respondia por 58% e até o ano de 2017, passará a ser representado por 63%. Ademais, no mundo, as vendas de genéricos vão passar de 27% para 36% entre os anos de 2012 e 2017. E, nos países desenvolvidos, em que o mercado de genéricos representa um percentual menor, a participação crescerá dos atuais 16% para 21% no mesmo período (TEIXEIRA E VIEIRA, 2015). Tabela 1 – Ranking mundial do mercado farmacêutico Fonte: IMS INSTITUTE FOR HEALTHCARE INFORMATICS, 2013 apud TEIXEIRA e VIEIRA (2015). Já em relação aos gastos globais, o setor farmacêutico apresentava no ano de 2012, US$ 965,4 bilhões, conforme mostra a tabela abaixo, a mesma expõe a distribuição dos gastos com o setor por região. Nesse viés, o mercado global é fortemente concentrado nos países da tríade (América do Norte, Europa e Japão), que correspondem conjuntamente por 86% das vendas mundiais de produtos farmacêuticos. Dentre esses, com destaque para os Estados Unidos, principal mercado, arrecadando cerca de 34% do total, seguido do Japão com 11% e da China com 8%. Todavia, Brasil, Rússia, China e Índia, conjuntamente, são os países que mais crescem ampliando sua participação de 23% entre 2008 e 2012 para 33% entre 2013 e 2017 (TEIXEIRA E VIEIRA, 2015). Tabela 2 - Gastos por Região e Países – Indústria Farmacêutica * Previsão Fonte: IMS INSTITUTE FOR HEALTHCARE INFORMATICS, 2013 apud TEIXEIRA e VIEIRA (2015). Além disso, seguindo a tabela (3) abaixo, mostra que o destino das exportações brasileiras de produtos farmacêuticos foi, principalmente, a América Latina, sendo responsável por mais de 43% do total exportado, no ano de 2014. Ademais, em relação às importações, ficou evidente que são originadas de países desenvolvidos, com destaque para a Alemanha, EUA e Suíça, que respondem por mais de 48% das importações brasileiras (TEIXEIRA E VIEIRA, 2015). Tabela 3: Exportações e importações de produtos farmacêuticos por país, 2014 Fonte: AliceWeb - MDIC apud TEIXEIRA e VIEIRA (2015). Dessa forma, parafraseando Teixeira e Vieira (2015), os principais reflexos dessas transformações e, consequentemente, é derivado do movimento dos fluxos globais do comércio internacional de medicamentos e matérias-primas, corroborando para o seu crescimento. Dentro dessa perspectiva, isso se dá através do impulso de diversos fatores, alguns tendo especificidades do setor, outros são característicos da globalização produtiva, atrelados ao processo de internacionalização da cadeia farmacêutica. Por fim, é indispensável relatar que esse crescimento é fruto das principais estratégias da indústria farmacêutica: com as fusões e aquisições entre empresas do setor localizadas em diversos países (TEIXEIRA e VIEIRA, 2015). 5 RELAÇÃO ENTRE A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA E O MERCADO NACIONAL Entre as décadas de 1890 e 1950, foi um período marcado pela consolidação da indústria farmacêutica brasileira. Nesse sentido, esse desenvolvimento primordial tem direta relação com a questão de saúde pública e, também, com as políticas de prevenção e promoção da saúde atrelado ao combate de doenças infectocontagiosas e, em especial, com a articulação das pesquisas básicas e aplicadas (TEIXEIRA e VIEIRA, 2015). Concomitantemente a isso, o mercado farmacêutico no Brasil era fragmentado de duas formas: De um lado, estavam os produtos inovadores comercializados pelo capital estrangeiro; por outro, as empresas de capital nacional responsáveis pela produção e venda de produtos genéricos que, a propósito, as patentes já haviam sido expiradas (TEIXEIRA e VIEIRA, 2015). Diante disso, as empresas farmacêuticas nacionais só começaram a crescer devido a essa exploração dos produtos genéricos. Segundo a Confederação Nacional do Ramo Químico (CNQ), em 2007, o mercado farmacêutico nacional aumentou de 33,8% para 41,6% e, em 2012, para 50%. Dentro dessa perspectiva, isso mais uma vez ratifica a importância dessa exploração e desenvolvimento dos produtos genéricos. Ainda nesse sentido, como mostra o gráfico 1, em 2013, haviam 3587 medicamentos genéricos registrados no país, e 3243 de origem nacional (TEIXEIRA e VIEIRA, 2015). Gráfico 1: Registro de medicamentos genéricos no país Fonte: ANVISA, 2013 apud TEIXEIRA e VIEIRA (2015). Destarte, perante a ampliação das empresas farmacêuticas nacionais frente à sua participação no mercado brasileiro, fez com que, atualmente, das 10 maiores empresas que atuam no Brasil, 50% fossem nacionais, correspondendo por mais de 20% do setor. Com isso, seguindo a tabela abaixo, as empresas nacionais: Hypermarcas (liderando o ranking, devido a aquisição de outras empresas, atuando na área de consumo e de produtos farmacêuticos; EMS (primeira empresa a produzir medicamentos genéricos no Brasil); Eurofarma; Aché e a União Química. Vale ressaltar, queas quatro primeiras supracitadas, detém 75% do mercado juntas, e esse crescimento das empresas nacionais vem sendo reforçado tanto por investimentos em expansão da capacidade produtiva, quanto por aquisições de outras empresas (TEIXEIRA E VIEIRA, 2015). Tabela 4 – As 10 maiores empresas da indústria farmacêutica no Brasil por vendas - 2013 Fonte: Exame – Melhores e Maiores - edição 2014 apud TEIXEIRA e VIEIRA (2015). Seguindo esse mesmo panorama, tomando como norte o gráfico (2) abaixo do desempenho das vendas da indústria farmacêutica no Brasil. Entre os anos de 2003 e 2014, as indústrias farmacêuticas nacionais vivenciaram um crescimento de 345%, passando de R$ 14.780 bilhões para R$ 65.785 bilhões. Em unidades de porcentagem, o crescimento foi de 155%. Assim, evidenciando a proporção da consolidação desse mercado (TEIXEIRA e VIEIRA, 2015). Gráfico 2 – Mercado farmacêutico brasileiro (Canal Farmácia) Vendas em Reais (R$) Fonte: Sindusfarma apud TEIXEIRA e VIEIRA (2015). Já em relação às vendas do mercado farmacêutico brasileiro de genéricos, como mostra o gráfico (3) abaixo, entre os anos de 2013 e 2014, ocorreu um crescimento de 72%, passando de R$ 943.708 milhões para R$ 16.249 bilhões, em unidades de porcentagem, o crescimento foi de 817%. Com isso, em vendas, o setor representa 25% das vendas totais da indústria farmacêutica no Brasil (TEIXEIRA e VIEIRA, 2015). Gráfico 3 – Mercado farmacêutico brasileiro de genéricos (Canal Farmácia), Vendas em Reais (R$ Fonte: Sindusfarma apud TEIXEIRA e VIEIRA (2015). Em contraponto, ao mesmo tempo em que ascensão das indústrias brasileiras sejam um ponto positivo, devido a sua acessibilidade dos mesmo, que muitas das vezes são dados de forma gratuita, como os de tratamento para hipertensão, mas urge também repensar o porquê que isso está acontecendo. Diante disso, deve-se levar em consideração que a população brasileira está ficando cada vez mais velha e que de certa forma, a dependência por medicamentos derivados de doenças crônicas também aumenta, então isso significa dizer, em outras palavras, em que a medida que a população adoece, favorece a demanda por medicamentos, que por sua vez, a indústria acaba fabricando uma centena de novos medicamentos. Assim, a saúde brasileira precisa de atenção e cuidado, precisa de reestruturar e fazer novas campanhas para a promoção e prevenção de doenças crônicas, visto que, o incentivo por alimentação e a prática de exercícios físicos e a forma mais simples de se prevenir e que fazem muita diferença (ANDRADE, 2014). 6 ESTRUTURA DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA NO NORDESTE E NA BAHIA De forma contrária ao que acontece com as indústrias de transformação tradicionais, a indústria farmacêutica é fortemente regulamentada pelo poder público. Neste contexto, nenhum dos produtos sujeitos aos processos de vigilância sanitária, como os medicamentos, insumos farmacêuticos, e outros, poderão ser extraídos, produzidos ou comercializados sem a aprovação do registro do produto feito pelo o poder público regulador (ALENCAR, 2005). Segundo Alencar (2005), além das exigências de concessão do registro do produto, a fabricação de medicamentos perpassa por uma série de práticas e controles, chamadas de Boas Práticas de Fabricação (BPF), que visam, justamente, assegurar que os produtos sigam os padrões de qualidade apropriados para o uso pretendido e requerido pelo registro. De fato, a implantação das BPF está relacionada principalmente, a diminuição dos riscos que são inerentes a qualquer produção farmacêutica, como por exemplo, a contaminação-cruzada, contaminação por partículas e a troca ou mistura de produtos (BRASIL, 2003 apud ALENCAR 2005). Afinal, dentre outros requisitos propostos, as BPF determinam que todos os processos que envolvem a fabricação sejam definidos de forma clara, revisados sistematicamente, assim como exigem que os sujeitos envolvidos na fabricação e o produtor, tenham a infraestrutura necessária: qualificação, espaço e instalações adequados, procedimentos, instruções, entre outros fatores (BRASIL, 2003 apud ALENCAR 2005). De forma clara, o processo de produção na indústria farmacêutica é complexo e vincula-se às políticas industrial, científica, tecnológica e de saúde. Sendo assim, a indústria farmacêutica se caracteriza por seus processos que necessitam de um grande investimento nas áreas de pesquisa e desenvolvimento (P&D), produção, no setor de controle e qualidade, armazenamento, distribuição e manutenção na qualificação da mão de obra (ALENCAR, 2005). No que se refere às estruturas das indústrias farmacêutica localizadas na região nordeste do Brasil, e na Bahia, podemos também encontrar desde altos custos com investimentos infraestruturais e organizacionais, até a aplicação dos princípios estabelecidos pelas BPF. Como mostra Teixeira e Vieira (2015), o setor farmacêutico é classificado pelo CNAE (Classificação Nacional por Atividade Econômica) em 4 segmentos: fabricação de produtos farmoquímicos, fabricação de medicamentos para uso humano, uso veterinário e fabricação de preparações farmacêuticas. Já a estrutura organizacional da indústria farmacêutica (comparando com todas as regiões do país), podemos citar que em 2015, o setor farmacêutico, em todo o país, englobava cerca de 99.388 trabalhadoras/es, sendo que 47% correspondia ao gênero feminino. Onde a região Nordeste é responsável por concentrar cerca de 5,9% desses trabalhadores. Porém, o Nordeste não é responsável por ter o maior percentual de mulheres, ficando com 40,6%; para a distribuição etária, o estudo concluiu que existe, em todo o país, uma concentração nas faixas de 25 a 39 para homens e mulheres; a escolaridade é muito elevada, em torno de 37,2% de todos os trabalhadores, possuem ensino superior completo e o resultado para as mulheres é superior em determinados segmentos, a exemplo de produtos farmoquímicos, com cerca de 45% das mulheres possuem ensino superior completo, mas que mesmo assim, apresentam menores salários (TEIXEIRA e VIEIRA, 2015). Mesmo diante da instabilidade econômica no Brasil, a indústria farmacêutica continua em ascensão no mercado, abrindo inclusive novas plantas no Nordeste brasileiro, o que permite um aumento na participação da região no cenário econômico. De forma contrária ao que é esperado pela economia, o setor farmacêutico vem apresentando o maior faturamento nacional, causado principalmente, pelo aumento da expectativa de vida da população, pela maior preocupação com a saúde, pelos avanços tecnológicos e outros fatores (PANORAMA FARMACÊUTICO, 2019). A exemplo do alto investimento que estão sendo feitos no país, temos a Aché Laboratórios Farmacêuticos, que realizou um investimento de R$ 500 milhões na construção de sua unidade em Pernambuco, a quarta implantada no país e a primeira na região. O laboratório deverá dobrar a sua escala produtiva no Brasil, com uma produção de 550 milhões de unidades de medicamentos por ano (BLOG DE JAMILDO, 2019). Além dos novos investimentos realizados nos últimos anos, podemos citar a existência da LAPON Indústria Farmacêutica Ltda. que possui como objetivo, transformar recursos naturais em produtos renomados e que se caracteriza por ser primeira indústria no Nordeste a ter obtido a certificação ISO 9001:2008, bem como o selo BPF; e a Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos - Bahiafarma, que se apresenta como fundação pública de direito privado que integra a administração pública indireta do Poder Executivo do Estado da Bahia (SESAB). 7 COMPETITIVIDADE E INOVAÇÃO NA CADEIA PRODUTIVA DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA Segundo Vieira, a inovação na indústria farmacêutica, por ser um processo sistêmico, requer a conjunção de diversas atividades, confluindo ações específicase multidisciplinares, a exemplo das ações organizacionais tecnológicas e produtivas. Alterações profundas vêm sendo experimentadas, ao longo dos anos, pela indústria farmacêutica brasileira, acirrando a sua competitividade, tais como a abertura econômica, a liberação dos preços de medicamentos, a aprovação da Lei de Patentes, em 1996, a regulamentação da Lei dos Genéricos e a criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), em 1999 (LOPES, 2011). Segundo Lopes, a proibição de publicidade de medicamentos diretamente ao consumidor (Lei RDC 102, da ANVISA) pode ser considerada uma característica mercadológica de grande impacto no Brasil. Isso faz com que os laboratórios farmacêuticos centrem investimentos de publicidade na classe médica, de forma direta, tornando-a um agente capaz de gerar demanda para os medicamentos através do receituário e da confiabilidade gerada pela relação médico-paciente. O apoio governamental aos medicamentos genéricos se deu junto às farmácias e aos diversos públicos consumidores, através do esclarecimento da população, gerando, portanto, uma pressão no varejista pela demanda, o que viria a abrir espaço para esses medicamentos e possibilitar o seu sucesso de mercado (QUENTAL, 2008). A Lei dos Genéricos permite a quebra das patentes de medicamentos originais após dez anos, gerando grande risco econômico aos laboratórios (LOPES, 2011). Diante dessa problemática, a indústria farmacêutica tornou-se mais cautelosa em suas estratégias de análise de retorno financeiro, direcionando investimentos de P&D para medicamentos que apresentam retorno lucrativo inferior a dez anos. Segundo Quental, a abertura de dois programas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi essencial para que a indústria farmacêutica brasileira ganhasse competitividade e aumentasse a sua participação de mercado: a importação de medicamentos e a produção e registro de medicamentos. Esses programas geraram linhas de financiamento que dinamizaram e modernizaram a capacitação tecnológica de empresas nacionais do ramo – principalmente produção de ensaios de equivalência farmacêutica e bioequivalência -, como Medley e EMS Sigma Pharma, reposicionando-as frente a grupos multinacionais já atuantes no país. O acesso aos canais de distribuição de medicamentos genéricos foi facilitado com a produção de medicamentos similares por parte das empresas líderes na sua produção e comercialização. Segundo Caparroz, é considerado um alto fator de competitividade empresarial o lançamento pioneiro de um novo medicamento genérico no mercado. Há, portanto, uma ampliação do porte financeiro da empresa, ocasionado pela alta exploração das vantagens competitivas existentes no processo e investimentos potencialmente arriscados. A atuação em mais mercados aumenta o retorno dos investimentos em P&D, conferindo maior poder de barganha à empresa que lançar determinado produto. A inovação e a competitividade na indústria farmacêutica apresentam, portanto, um comportamento analítico, explorador de mercados exigentes e galgado por estratégias de diferenciação através da inovação em pesquisa e desenvolvimento. 8 GARGALOS, RESTRIÇÕES TECNOLÓGICAS E OPORTUNIDADES DE PESQUISA TECNOLÓGICA No setor industrial, os gargalos são os pontos de dificuldade operacional ou as restrições de um determinado sistema, ocasionando um desequilíbrio entre as respostas necessárias e as respostas que estão disponíveis para atender determinada demanda. Esses gargalos podem afetar a confiabilidade do fornecimento de bens e serviços de determinada empresa (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2007 apud DE OLIVEIRA, 2019). No que tange à indústria farmacêutica brasileira, os gargalos logísticos de importação expõem questões antigas e complexas ainda não solucionadas. A logística nacional é fortemente afetada por problemas de infraestrutura e intensa burocracia. Segundo De Oliveira, os principais gargalos logísticos de importação de produtos farmacêuticos envolvem precárias estruturas de transporte e processos que tornam ineficiente o tempo de execução do fluxo de importação. Há, portanto, ausência de políticas público-privadas nessa problemática, observando-se o excesso de barreiras para a importação por parte do poder público. Altos custos logísticos são gerados pelo transporte de produtos farmacêuticos. Esse transporte possui diversas exigências a serem obedecidas, como o controle da quantidade dos produtos, o uso de embalagens especiais, rotas controladas e horários e temperaturas específicas para a manipulação dos mesmos (DE OLIVEIRA, 2019). Torna-se necessário a realização do balanceamento das linhas de produção (e, consequentemente, do sistema produtivo), reduzindo os tempos de fabricação e otimizando os prazos de entrega de produtos e serviços (CORRÊA, 2006 apud DE OLIVEIRA, 2019). Segundo Palmeira Filho, as principais restrições ao desenvolvimento do setor farmacêutico são os baixos investimentos em P&D e a fragilidade das empresas de controle nacional. Ações governamentais de política industrial se fazem necessárias, como o financiamento para fortalecimento das empresas de controle nacional, permitindo fusões e confluências de empresas com portfólios complementares e o apoio à produção doméstica de farmoquímicos, substituindo competitivamente as importações do ramo. Uma ideal política industrial para a indústria farmacêutica deve levar em consideração a disponibilização de linhas de financiamento - através do BNDES e da FINEP, por exemplo -, possibilitando a adequação das empresas aos padrões técnicos internacionais e o seu aumento da capacidade produtiva e competitiva. Uma eficaz utilização do poder de compra do governo pode estabelecer condições para a produção de medicamentos e farmoquímicos estratégicos e de alto custo no Brasil. Além disso, uma capacitação técnica e de gestão dos laboratórios oficias permitiria uma coordenação central e estratégica, adequando suas instalações, processos e produtos às normas da Anvisa. 9 POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS PARA A CADEIA PRODUTIVA NA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA A cadeia produtiva farmacêutica foi incluída pelo governo federal como um dos alvos de prioridade para a política industrial do Brasil. Nesse sentido, o Fórum de Competitividade da Cadeia Produtiva Farmacêutica, realizado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) em parceria com o Ministério da Saúde, em 2003, possibilitou discussões acerca das políticas governamentais na indústria farmacêutica, tornando-se um importante encontro para fomentar tal debate. Outras importantes instituições nacionais que participam ativamente do fórum são o órgão regulador do setor, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e os órgãos financiadores públicos: a Finep, o BNDES e o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Nesse âmbito, o BNDES possibilita uma execução ativa dessa política, ofertando o crédito adequado às necessidades do setor. Um dos pilares da Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE) é o Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Cadeia Produtiva Farmacêutica (Profarma), permitindo a implementação da política a nível da cadeia produtiva farmacêutica. Foi criado o Departamento de Produtos Intermediários Químicos e Farmacêuticos (Defarma), que, além de delinear o desenvolvimento de projetos relativos aos setores químico e farmacêutico, fomenta o estabelecimento de parcerias e articulação com órgãos e entidades públicas e privadas. Segundo Capanema, o Profarma tem os seguintes objetivos: fortalecer a empresa nacional a níveis econômico, financeiro e tecnológico; estimular atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação; reduzir o déficitcomercial no setor da indústria farmacêutica; melhorar os padrões de qualidade dos medicamentos produzidos no Brasil e incentivar o aumento dessa produção e seus insumos. O Profarma se dividiu de forma a otimizar o atendimento de diferentes áreas. O Profarma-Produção objetiva expansão e modernização da capacidade produtiva, adequando as empresas aos padrões regulatórios da Anvisa. O Profarma-PD&I objetiva promover investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação. O Profarma-Fortalecimento de Empresas Nacionais promove o apoio à incorporação ou fusão de empresas que acarretem a criação de outras empresas de maior porte e verticalizadas. Ainda no âmbito das políticas públicas na cadeia produtiva farmacêutica, a Lei 9.787 fundamenta a política de medicamentos genéricos no Brasil. A lei em questão determina que os medicamentos sejam vendidos pela especificação científica, e não somente pelas marcas criadas pelos laboratórios privados. Tal política visa estimular a concorrência comercial, melhorar a qualidade dos medicamentos e facilitar o acesso da população a medicamentos mais baratos. 10 CONSIDERAÇÕES FINAIS Conclui-se que a organização da cadeia produtiva da indústria farmacêutica está segmentada em quatro etapas: importação, fabricação, distribuição e comercialização. Além de englobar pesquisas, desenvolvimento, comércio e distribuição de drogas e cosméticos farmacêuticos. Mesmo diante da instabilidade econômica enfrentada por alguns países, a exemplo do Brasil, existe um grande aumento no número de investimento no setor, nos quais, podemos citar entre os principais motivos a esse incentivo: a preocupação com a saúde,o aumento da expectativa de vida e os avanços tecnológicos. Destarte, de forma contrária aos grandes investimentos que são feitos nesse setor, ainda podemos dizer que a maior parte das pesquisas nessa área priorizam o lucro, o que propicia a existência das doenças negligenciadas e afetam principalmente a população mais pobre que mora em países em desenvolvimento e que não pode pagar altos preços pelos remédios de que necessita. Assim, a indústria privilegia os investimentos na pesquisa e desenvolvimento de medicamentos para doenças que afetam a população mais rica, a qual está mais concentrada nos países desenvolvidos e pode pagar e garantir o retorno dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento. REFERÊNCIAS ALENCAR, João Rui Barbosa de. 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