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SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM SEGURANÇA PUBLICA 4° SEMESTRE XXXXXXXXXXXXXXXXX “Desabamento de prédio ocupado irregularmente após ciclone “bomba” xxxxxxxxxxxx 2020 XXXXXXXXXXXXX DESABAMENTO DE PRÉDIO OCUPADO IRREGULARMENTE APÓS CICLONE “BOMBA Trabalho apresentado em requisito a produção textual em grupo referente ao 4° semestre, Portfólio para as disciplina de: Negociação e Gestão de Conflitos de Segurança; Gestão de Risco e Desastres em Defesa Civil; Consultoria em Segurança; Direito, proteção e inclusão social; Tecnologias Aplicadas ao Sistema de Segurança. Professores: Luisa Maria Sarabia Cavenaghi Maurilio Cristiano Batista Bergamo Jaqueline dos Santos Ferrarezi Patrícia Graziela Gonçalves Eduardo Faria Nogueira. xxxxxxxxxxx 2020 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 4 2 DESENVOLVIMENTO ......................................................................................................... 5 2.1 NEGOCIAÇÃO E GESTÃO DE CONFLITOS DE SEGURANÇA ............................. 5 2.2 GESTÃO DE RISCO E DESASTRAS EM DEFESA CIVIL ........................................ 7 2.3 CONSULTORIA EM SEGURANÇA ........................................................................... 111 2.4 DIREITO, PROTEÇÃO E INCLUSÃO SOCIAL ....................................................... 122 2.5 TECNOLOGIAS APLICADAS AO SISTEMA DE SEGURANÇA .......................... 133 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 155 REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 166 4 1 INTRODUÇÃO A produção textual Interdisciplinar individual proposta é direcionada a um caso hipotético que parte de uma notícia do desabamento do Edifício Cauã, localizado no Município de São Bento, que provocou intensas discussões acerca do problema de moradias no país, partindo desse pressuposto será sugerido algumas considerações na tentativa de solucionar problemas oriundos da problemática já mencionada. O dia a dia do profissional de segurança pública tende a ser ativo uma vez que as mais variadas situações surgem rotineiramente, para isso torna-se necessário que o profissional esteja sempre muito bem qualificado, por conta inúmeras situações que impetram riscos bem como precisam de negociações, as quais, habitualmente surgem para abrandar conflitos entre direitos o que não é comum em outras situações diversas da segurança pública. Para isso, consultorias em segurança pública são importantes, pois, presume-se que o profissional responsável possui conhecimento especializado. Portanto, a presente atividade tem como objetivo geral utilizar o conhecimento adquirido das disciplinas deste 4° semestre e busca agregar conhecimentos aos estudantes quanto à sua formação; 5 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 PASSO 1: NEGOCIAÇÃO E GESTÃO DE CONFLITOS DE SEGURANÇA No primeiro momento utilizaremos da metodologia de negociação de Harvard1, cujas etapas serão descritas a seguir: 2.1.1 Preparação O ponto inicial é se preparar de maneira prévia a negociação, para isso, é necessário que se busque os assuntos principais e, após isso, levantar o máximo de informação relevante possível. É necessário também que sejam elaborados planos para cada assunto em separado de forma a dar autonomia a cada assunto na negociação. Uma negociação envolve no mínimo dois lados assim, é imprescindível, também que aprenda tudo em relação ao outro negociante, vale ressaltar que a atenção deve existir de formar a separar fatos de suposições. Os primeiros darão consistência à negociação, os segundos não, logo após, analisa todas as alternativas, nas quais deverá escolher a melhor. É sugerido que se tenha várias “saídas” ou opções para a situação, especialmente, opções que possam ser levadas em consideração pela outra parte como, por exemplo, maior visibilidade a pontos em comuns do conflito. 2.1.2. Criação Uma das etapas muito importante na negociação sob várias expectativas. Primeiro, por que esse é um momento propício à criação de um ambiente favorável, desde que o principal interessado forneça confiança, cortesia e harmonia à parte oposta. Diante a situação haverá o primeiro contato entre os polos da negociação, desta forma, a atenção deve ser redobrada, uma vez que a primeira impressão sugere a ser decisiva na escolha e, independente de primeiro contato, sempre haverá alguns cuidados a serem tomados como, por exemplo, ser direto quando ao 1 FERREIRA, Mario Luis Tavares. Negociação: como funciona o Método de Harvard. Disponível em < http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/negociacao-o-metodo-de-harvard/28822/ > acessado em agosto de 2020. 6 objeto da negociação. A civilidade pode ser arma para a quebra de determinadas barreiras. 2.1.3. Negociação Na negociação, é importante, manter sempre a calma. Deverá buscar interesses mútuos, pois do contrário, não seria negociação, mas sim imposição. O negociador deve usar táticas ao seu dispor para manter sua posição. Deve-se, sempre estar pronto para às informações oferecidas pela outra parte, para que assim haja uma revisão eficaz da proposta. Deve-se ter em sua linha de raciocínio a projeção de novas rotas, para o caso de alguma rota principal ser inibida, assim é necessário deixar margem de espaço para manobra negocial e, por fim, como regra básica, não deve haver por parte do negociador, o ato de se envaidecer em caso de negociação de sucesso, em atenção aos negociadores envolvidos, bem como por questões éticas. 2.1.4. Fechamento No fechamento, a idéia é de estruturar o acordo de maneira que preencha as lacunas existentes para ambas as partes. Nessa fase, não se pode colocar o negociador contra a parede, por isso, a fase de preparação é essencial para subsidiar essa fase. É importante, também, que não se aceite contraproposta ou que se faça uma contraproposta sem antes fazer uma pausa para revê-la, pois, alguma informação pode ter passada despercebida. Em relação as ambiguidades, os negociadores devem checá-las e resolve- las. Observa-se que se houve eficiência na negociação, seu fechamento será natural. Prévio a esse momento deverá haver um retrospecto dos ganhos já contabilizados, das perdas etc. Não se deve intimidar com ofertas finais, pois sempre haverá diversas. Pode-se ainda, oferecer uma vantagem adicional condicionada ao fechamento. Ficar atento aos sinais de que a outra parte não 7 pode/consegue ceder além do já cedido. Concluído o acordo, deve-se sela-lo o quanto antes, considerando que, com o tempo, as situações e satisfações podem mudar, dificultando ainda mais a negociação. 2.1.5. Reconstrução O mero fechamento da negociação não basta, pois deve-se investir na reputação. Negociar e não cumprir, ainda que parcialmente, o acordado, trará prejuízos a imagem do negociador, e o prejudicará em outras situações futuras. o investimento no relacionamento e na reputação minimizará os riscos de má implementação do acordo e facilitará negociações futuras. No que se refere ao caso do Edifício Cauã, a negociação quanto ao objeto se tipifica como integrativa, pois deverá haver uma somatória de interesses. Quanto a concorrência, podemos classificar como cooperativa, pois deverá haver ganhos e perdas de ambos os lados, diferenteda adversarial em que quando um ganha o outro necessariamente perde. Quanto a comunicação, será de maneira direta, pois ocorrerá sem a necessidade um terceiro interventor, mas o próprio Estado por meio das forças de segurança. Quanto a reciprocidade a referida negociação é do tipo ganha-ganha, pois haverá democracia e integração nas escolhas, compreensão das partes quanto as suas limitações e, consequentemente ambas as partes ganharão, ainda que para isso exista algumas renúncias. 2.2 PASSO 2 – GESTÃO DE RISCO E DESASTRES EM DEFESA CIVIL A previsão legal para a criação do COMDEC está na lei que Institui a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil – PNPDEC2 (lei nº 12.608, de 10 de abril de 2 BRASIL. Lei nº 12.608, de 10 de abril de 2012. Disponível em <M http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12608.htm > acessado em agosto de 2020. 8 2012) suplementada pela portaria nº 912-a, de 29 de maio de 20083 do ministro de estado da integração nacional. A lei supracitada informa, dentre outras atribuições, as atribuições próprias dos municípios, transcritas na íntegra a seguir: Art. 8o Compete aos Municípios: I - executar a PNPDEC em âmbito local; II - coordenar as ações do SINPDEC no âmbito local, em articulação com a União e os Estados; III - incorporar as ações de proteção e defesa civil no planejamento municipal; IV - identificar e mapear as áreas de risco de desastres; V - promover a fiscalização das áreas de risco de desastre e vedar novas ocupações nessas áreas; VI - declarar situação de emergência e estado de calamidade pública; VII - vistoriar edificações e áreas de risco e promover, quando for o caso, a intervenção preventiva e a evacuação da população das áreas de alto risco ou das edificações vulneráveis; VIII - organizar e administrar abrigos provisórios para assistência à população em situação de desastre, em condições adequadas de higiene e segurança; IX - manter a população informada sobre áreas de risco e ocorrência de eventos extremos, bem como sobre protocolos de prevenção e alerta e sobre as ações emergenciais em circunstâncias de desastres; X - mobilizar e capacitar os radioamadores para atuação na ocorrência de desastre; XI - realizar regularmente exercícios simulados, conforme Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil; XII - promover a coleta, a distribuição e o controle de suprimentos em situações de desastre; XIII - proceder à avaliação de danos e prejuízos das áreas atingidas por desastres; XIV - manter a União e o Estado informados sobre a ocorrência de desastres e as atividades de proteção civil no Município; XV - estimular a participação de entidades privadas, associações de voluntários, clubes de serviços, organizações não governamentais e associações de classe e comunitárias nas ações do SINPDEC e promover o treinamento de associações de voluntários para atuação conjunta com as comunidades apoiadas; e XVI - prover solução de moradia temporária às famílias atingidas por desastres. 3 BRASIL. 912-a/2008. Disponível em < http://www.mi.gov.br/defesacivil/legislacoes > acessado em agosto de 2020. 9 Ademais, a portaria citada anteriormente, garante aos municípios, aporte financeiro advindo da União, desde que se habilitem para tanto, bem como possuem COMDEC, senão vejamos: Art. 1º- Os municípios, para se habilitarem à transferência de recursos federais destinados às ações de defesa civil, deverão comprovar a existência e o funcionamento do Órgão Municipal de Defesa Civil – COMDEC ou correspondente. A seguir, seguem algumas sugestões, de departamentos que devam conter no COMDEC do município: Médio e Grande Porte Área de Minimização de Desastres - Setor de Prevenção de Desastres - Setor de Preparação de Emergências e Desastre Área Operacional - Setor de Resposta e reabilitação aos desastres - Setor de Reconstrução Centro de Operação ( com plantão 24horas, para municípios de grande porte) Pequeno Porte - Coordenador ou Secretário Executivo - Um técnico que irá acompanhar as atribuições de cadastramento e revisão dos recursos. - Um setor técnico operativo que desenvolverá as atividades de minimização de desastres e emergências. De forma sucinta, conforme Pascoal Junior (2018)4 para a criação de um COMDEC no âmbito de um município, deve-se seguir os seguintes passos: 4 PASCOAL JUNIOR, José Maria. Gestão de risco e desastres em Defesa Civil. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018 10 1. O prefeito municipal deve enviar Mensagem à Câmara Municipal para encaminhar o Projeto de Lei de criação da COMPDEC 2. na sequência, após elaboração, remete-se o Projeto de Lei de criação da COMPDEC 3. após aprovação, o projeto converte-se em lei. Nesse contexto, novo ato deve ser exarado do poder executivo, sendo que dessa vez é um Decreto de Regulamentação da Lei que cria a COMPDEC. 4. após regulamentado, devem haver processos seletivos/concursos, para selecionar os integradores, o quais serão nomeados via portaria. 5. Nova portaria, dessa vez, nomeando os membros do COMPDEC. De forma resumida, ainda conforme Pascoal Junior (2018) o referido órgão compõe o COMPDEC, os seguintes integrantes: Coordenador geral: maior responsável pelo órgão, uma vez que tem função de comissionada de “chefe” de todo o órgão. É, comumente, de livre nomeação e exoneração do chefe do poder executivo. Coordenador de Proteção e Defesa Civil: Coordena as atividades dos Agentes de Proteção e Defesa Civil nas atividades preventivas e de urgência; implanta e mantem atualizado o cadastro de recursos humanos, materiais e equipamentos a serem convocados e utilizados em situações de anormalidades. Apoio administrativo: são as secretarias, comumente compostas auxiliares administrativas, que lidam com a parte burocrática, confecção de documentos, armazenamento de dados, etc. Setor técnico: compostos por técnicos de várias especialidades e são responsáveis por, dentre outros, implantar banco de dados e elaborar mapas sobre ameaças, vulnerabilidades e riscos de desastres; desenvolver programas de treinamento, inclusive voluntário, bem como desenvolver e promover campanhas educativas quantos aos riscos geridos. Setor operacional: composto por quem efetivamente executa o controle e a distribuição de suprimentos necessários em situações de desastre. 11 2.3 PASSO 3 - CONSULTORIA EM SEGURANÇA Com base no que foi analisado, percebe-se que há dois principais problemas a serem resolvidos pelo poder público. 1 lidar com pessoas em situação de rua de modo a possibilitar que estes tenham “um teto”. 2 provar a ausência de responsabilidade quanto ao desabamento. O primeiro problema é necessário resolver pois pessoas em situação de rua criam risco para a população e para elas próprias. Isto porque, ausente condições de vida, o morador de rua esta sujeita à pratica de crimes, dentre eles a invasão de propriedade estatal, por exemplo. Nesse contexto, é válido programas sociais de desenvolvimento de moradias e de emprego. No tocante ao segundo, se comprovada responsabilidade estatal, é plenamente possível perdas vultuosas de dinheiro público com o pagamento de indenizações. Na administração pública, há o que se chama de Responsabilidade civil objetiva, de modo que a administração responde pelos fatos em que haja nexo de causalidade entre uma conduta ou omissão por parte da administração pública e o efeito danoso existente entre o fato ocorrido e as consequências dele resultantes (DI PIETRO, 2019)5. A responsabilidade objetiva difere a subjetiva, que é regra no direito privado, pois nessa última, é necessária comprovar dolo ouculpa na conduta danosa (DI PIETRO, 2019). Assim, como a responsabilidade é objetiva, o Estado responde pelos danos ocasionados a terceiros, usuários ou não do serviço, pelas condutas danosas, licitas ou ilícitas, de seus funcionários no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, independente de dolo ou culpa, desde que exista nexo causal entre o dano ocasionado e a ação omissiva ou comissiva do agente, na forma do código civil de 2002 (LEI N 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002). Houve conduta omissiva no momento que o Estado não se dispôs a promover a desocupação do prédio, mesmo sabendo que a ocupação do bem público dominical era irregular e que haveria risco de desabamento em consequência da precariedade das estruturas, devidamente comprovada, sendo este o nexo causal principal entre o evento danoso e a atividade do Estado. 5 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 32ª ed. Rio de Janeiro, Editora FORENSE: 2019. 12 No Brasil, há adesão a teoria do risco administrativo, admitindo apenas duas excludentes de responsabilidades que são: Caso de culpa exclusiva da vítima ou caso fortuito e força maior6, com exceção nesse último caso, quando há previsibilidade. No caso, em tela, no entanto, podemos ver que há excludente de responsabilidade do Estado, uma vez que a precariedade das estruturas se deu logo após um “ciclone bomba” o que pode ser considerado força maior. 2.4 PASSO 4 – DIREITO, PROTEÇÃO E INCLUSÃO SOCIAL A pessoa idosa tem tido especial tratamento contemporaneamente. O Estatuto do Idoso, instituído pela Lei Nº 10.741/20037 é importante ferramenta de tal tratamento. Segundo o seu art. 1o, afirma que ele é destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. Conforme art. 3º do mesmo diploma legal, É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária (BRASIL, Art. 3o, Lei Nº 10.741/2003). No caso estudado, por outro lado, percebe-se a clara desídia de um dos próprios responsáveis pelo zelo do idoso, que é neto Marcos, o qual era responsável por maus tratos físicos e emocionais ao idoso, além de destituir-lhe de sua aposentadoria. Pode-se inclusive afirmar que esse neto incorreu no consentimento de crime disposto no art. 102 do Estatuto do Idoso, segundo o qual, é crime 6 JUS BRASIL. Causas excludentes da responsabilidade civil. Disponível em. < https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/247386/causas-excludentes-da-responsabilidade-civil > acesso em agosto de 2020. 7 BRASIL, Lei Nº 10.741/2003 (estatuto do Idoso). Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm> acesso em agosto de 2020. 13 Art. 102. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão ou qualquer outro rendimento do idoso, dando-lhes aplicação diversa da de sua finalidade: Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa. O Estado, para resguardar a integridade física e psíquica desse idoso, pode aplicar-lhe uma medida protetiva, consoante sugestões dispostas no art. 45 do diploma estudado. Art. 45. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 43, o Ministério Público ou o Poder Judiciário, a requerimento daquele, poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas: I – Encaminhamento à família ou curador, mediante termo de responsabilidade; II – orientação, apoio e acompanhamento temporários; III – requisição para tratamento de sua saúde, em regime ambulatorial, hospitalar ou domiciliar; IV – Inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a usuários dependentes de drogas lícitas ou ilícitas, ao próprio idoso ou à pessoa de sua convivência que lhe cause perturbação; V – Abrigo em entidade; VI – Abrigo temporário. O Ministério público, por sua vez, tem importante papel no ato de proteção ao idoso. Isto porque, conforme a Constituição de 19888, cabe ao MP “(...) a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis” (Art. 127). Além disso, ainda é sua função, dentre outras, “zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias à sua garantia” (Art. 129). 2.5 PASSO 5 – TECNOLOGIAS APLICADAS AO SISTEMA DE SEGURANÇA Com o rápido desenvolvimento tecnológico, fazendo com que as informações circulem com uma rapidez exorbitante, o profissional da segurança pública torna-se ainda mais necessário como encargo de propiciar a utilização responsável e eficiente dessas tecnologias, em prol do bem comum (SÊMOLA, 2014)9. 8 _________. CFRB de 1988. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm > acessado em agosto de 2020. 9 SÊMOLA, M. Gestão de segurança da informação: uma visão executiva. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. 14 Nesse contexto podemos afirmar que a segurança pública em si, deve acompanhar esse avanço tecnológico. Tal sistematização fornecida pelo profissional da segurança pública poderá garantir movimentação saudável das informações, pois permite a sintetização e consequente percepção das informações verdadeiras ou não, bem como adequá-las ao nível de relevância que de fato tem (BRASILIANO, 2003)10. Por essa esteira, contextualizando ao caso estudado, pode-se utilizar sistemas de vigilância via câmeras, com fito em verificar, por exemplo, a invasão de bens públicos. Outro exemplo é a utilização de drones para verificar localizações de difícil acesso (o interior de um prédio interditado e cujas entradas estão bloqueadas, por exemplo). 10 BRASILIANO, A. C. R.; BLANCO, L. Manual de Planejamento Tático e Técnico de Segurança Empresarial. São Paulo: Sicurezza, 2003 15 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Conclui-se quanto ao processo de negociação, este se mostrou de grande valia, em especial se executado por pessoa com capacidade para executa-la. Uma negociação, devido a sua complexibilidade de fases e peculiaridades, se executada por quem não tem competência para tal, pode ocasionar grandes danos, em especial quando se tratar de situações críticas, tais como as vislumbradas no caso em questão. Em se tratando de gestão de risco, consultoria em segurança e direito e proteção à pessoa idosa, percebeu-se que o conhecimento legislacional se mostra bastante pertinente e indispensável quando da prática das atribuições que competem ao profissional da segurança pública. É notório, também, que o uso de tecnologia pode trazer grandes benefícios às mais variadas áreas, assim, sendo utilizada em prol de diversos aspectos de negociações, em destaque o de preparação, desta forma, é inconcebível que não se utilize a tecnologia como forma de auxiliar a segurança pública a coibir situações que se oponham a ela. Cabe destacar a importância da figura do gestor/empreendedor no papel já mencionado, devendo este rejeitar os sentimentos de fraquezas e desmotivações, tomando para si o seu papel, com iniciativa, flexibilidade e adaptabilidade. Por fim, deve saber utilizar de todos os métodos disponíveis como forma de solidificação de seus conhecimentos em busca do alcance das situações que gerir. 16 REFERÊNCIASBRASIL. Lei nº 12.608, de 10 de abril de 2012. Disponível em <M http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12608.htm > acessado em agosto de 2020. _______. 912-a/2008. Disponível em < http://www.mi.gov.br/defesacivil/legislacoes > acessado em agosto de 2020. __________, Lei Nº 10.741/2003 (estatuto do Idoso). Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm> acesso em agosto de 2020. _________. CFRB de 1988. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm > acessado em agosto de 2020. BRASILIANO, A. C. R.; BLANCO, L. Manual de Planejamento Tático e Técnico de Segurança Empresarial. São Paulo: Sicurezza, 2003 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 32ª ed. Rio de Janeiro, Editora FORENSE: 2019. FERREIRA, Mario Luis Tavares. Negociação: como funciona o Método de Harvard. Disponível em < http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/negociacao-o- metodo-de-harvard/28822/ > acessado em agosto de 2020. JUS BRASIL. Causas excludentes da responsabilidade civil. Disponível em. < https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/247386/causas-excludentes-da-responsabilidade- civil > acesso em agosto de 2020. PASCOAL JUNIOR, José Maria. Gestão de risco e desastres em Defesa Civil. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018 SÊMOLA, M. Gestão de segurança da informação: uma visão executiva. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
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