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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE FLORIANÓPOLIS. Distribuição por dependência ao processo nº... PEDRO DE CASTRO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade n°..., inscrito no CPF n °..., com endereço eletrônico, domiciliado ..., residente (endereço completo), vem por seu advogado, com endereço profissional na..., bairro..., cidade..., Estado..., que indica para os fins do artigo 77, inciso V do CPC, com fundamento no artigo 914 e seguintes do Código de Processo Civil, opor EMBARGOS À EXECUÇÃO COM EFEITO SUSPENSIVO, em face do BANCO QUERO SEU DINHEIRO S/A, inscrito no CNPJ n°..., com sede (endereço completo), pelos fatos e fundamentos a seguir aduzidos: I- DA TEMPESTIVIDADE Conforme o art. 915, caput do Código de Processo Civil, o Embargante possui o prazo de 15 (quinze) dias para ajuizar o Embargo à Execução. Art. 915. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contado, conforme o caso, na forma do art. 231 . Com isso, percebe-se que a presente ação cumpre o requisito da tempestividade, já que está sendo utilizado dentro do prazo legal. II- DA JUSTIÇA GRATUITA Declara o Embargante não ter condição financeira para arcar com o pagamento das custas processuais, sob pena de implicar em prejuízo próprio e de sua família, nos termos do art. 98, caput, e art. 99, § 3º, ambos do Código de Processo Civil. Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso. (…) § 3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural. Portanto, requer que seja concedido o pedido de gratuidade da justiça nos termos da lei. III- DOS FATOS http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art231 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art231 O Embargante, em agosto de 2015, assinou uma nota promissória assumindo o encargo de avalista do empréstimo de mútuo financeiro contraído por Laura junto ao banco Embargado. Foi informado que Laura havia deixado de cumprir sua obrigação a partir da quarta parcela. O Embargante quitou a dívida, porém descobriu que o banco Embargado havia ajuizado uma Ação de Execução fundada em título executivo extrajudicial em face do Embargante e de Laura, com base em outro empréstimo contraído apenas por Laura. IV- DO DIREITO a) DA INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO A norma legal autoriza ao Embargante a oposição de embargos à execução para alegar a inexigibilidade de título executivo extrajudicial, conforme orienta o art. 917, I, do Código Processual Civil. Art. 917. Nos embargos à execução, o executado poderá alegar: I - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação; O citado artigo se aplica ao caso em tela uma vez que, de acordo com a narração, o título em que se funda a presente execução já foi pago. Da análise do contrato de empréstimo executado se conclui que o mesmo, além de ter sido firmado em valor superior ao avalizado pelo Embargante, não possui nenhuma garantia. Ainda mais, o título executivo assinado pelo Embargado e em que se funda a executória não corresponde ao contrato embargado. Deste modo, temos a inexistência de relação jurídica entre o Embargado e o Embargante, logo, configurada a ilegitimidade do embargado para figurar no polo passivo da presente execução. Sendo assim, requer que o título não seja executado, visto que já foi pago anteriormente pelo Embargante. V- DA CONCESSÃO DO EFEITO SUSPENSIVO Conforme mencionado anteriormente, o banco Embargado requereu a penhora do consultório do Embargante, mediante outro empréstimo contraído por Laura, o qual nem ao menos estava vinculado à nota promissória assinada pelo Embargante, já que esta foi quitada em abril de 2015. Contudo, o bando Embargado a atualizou para embasar a Execução. Neste caso, caberá efeito suspensivo, conforme o artigo 919, §1º, do Código de Processo Civil, uma vez que o Embargante está sendo cobrado por uma dívida que não contraiu e, ainda, foi penhorada a sala comercial onde fica seu consultório, para o pagamento de tal dívida. Art. 919. Os embargos à execução não terão efeito suspensivo. § 1º O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando verificados os requisitos para a concessão da tutela provisória e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes. Constatada a presente demanda, faz necessária a suspensão da deferida tutela, visto que o Embargante vem sendo cobrado por dívidas já realizadas e houve o deferimento da penhora sobre o bem imóvel onde desenvolve suas atividades profissionais. VI- DOS PEDIDOS Diante do exposto, requer: a) Sejam os presentes embargos devidamente recebidos e distribuídos por dependência à Execução nº ..., ofertando prazo para que o embargado se manifeste no prazo de 15 (quinze) dias e, ao final, sejam julgados procedentes para o fim de anular/ desconstituir o título que fundamenta a execução ora intentada, conforme o art. 915, caput, do CPC; b) A condenação do embargado nas custas e honorários advocatícios a serem arbitrados por Vossa Excelência; c) A juntada da inclusa guia de custas devidamente recolhida ou concessão da justiça gratuita, nos termos do art. 98, caput, e art. 99, § 3º, ambos do CPC;A concessão do efeito suspensivo nos termos do artigo 919, § 1o, do CPC/2015. d) A concessão do efeito suspensivo, conforme o art. 919, §1º, do CPC; e) A produção de provas por todos os meios em direito admitidos, em especial o depoimento pessoal do embargado, oitiva de testemunhas, as quais serão tempestivamente arroladas, e juntada de novos documentos que se façam necessários. DO VALOR DA CAUSA Dá-se à causa o valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais). Nestes termos, Pede deferimento Local, Data Advogado OAB/ UF nº…
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