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Literatura Comparada

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AULA 01
1. A frase navegar é preciso, viver não é preciso é encontrada tanto na canção de Caetano como em texto mais antigo de Fernando Pessoa. Além disso, o próprio poeta português atribui a frase a marinheiros antigos... De tudo isso, podemos deduzir que:
		 A canção de Caetano representa uma tentativa frustrada de recontar as aventuras dos marinheiros portugueses que colonizaram o Brasil.
		 A canção de Caetano visa sobretudo homenagear Fernando Pessoa e, por consequência, os marinheiros portugueses.
 A canção de Caetano pode ser considerada um tributo à valentia dos marinheiros portugueses, que realizaram a aventura das grandes navegações.
 A canção de Caetano apenas se aproveita de um tema trabalhado por Pessoa, sem possuir vínculo de espécie alguma com a obra do poeta português.
A canção de Caetano diz respeito, indiferentemente, aos mais variados tipos de pessoas que buscam enriquecer suas vidas com aventuras no mar.
 2. Conforme abordado na aula 1, que entre outros temas abordou o caráter múltiplo e transdisciplinar da Literatura Comparada, podemos afirmar que a Literatura Comparada, hoje em dia, é:
Disciplina
Método Comparativo
Método
Campo de estudos
História da literatura	
 3. Pelo que estudamos acerca do significado da Literatura Comparada, a única alternativa que não corresponde aos fatos é que:
		Pode ser concebida como conjunto de práticas voltadas para estabelecer prioridades e hierarquias no que diz respeito à análise de Literatura de diferentes países.
		Trata-se de uma disciplina que ganhou novo corpo no contexto de um mundo em descolonização, na segunda metade do século XX, quando novas literaturas buscavam seu espaço nos debates globais.
		Não pode ser concebida como conjunto de práticas voltadas para estabelecer prioridades e hierarquias no que diz respeito à análise de Literatura de diferentes países.
 		Trata-se de uma disciplina que foi concebida de maneiras diferentes ao longo de sua história, estando sujeita às transformações provocadas pelo transcurso do processo histórico.
		Trata-se de uma disciplina concebida dentro inicialmente dentro do contexto de uma Europa divida por conflitos nacionais, o que a levou a funcionar como oportunidade para um debate além de fronteiras políticas e culturais.
4. Da frase ¿Navegar é preciso, viver não é preciso¿, compilada por Fernando Pessoa do folclore dos antigos navegantes, Caetano Veloso tirou o tema central de uma canção do começo da década de 1970, intitulada ¿Os argonautas¿. Neste caso, fica claro que:
 Ao passar do folclore dos antigos para as palavras de Fernando Pessoa, e depois para a canção de Caetano, a frase foi adquirindo novos sentidos, na medida em que passou a dialogar com diferentes contextos e veio a ser decodificada por diferentes tipos de leitor.
		Ao retomar a frase original de Fernando Pessoa, coube ao compositor brasileiro Caetano Veloso dar-lhe novos sentidos, uma vez que se dirigia a um público que se encontrava do outro lado do Atlântico.
	Ao retomar dos antigos a frase, Pessoa deu novo sentido ao texto, na medida em que ¿navegar¿ é verbo polissêmico que tanto diz respeito às aventuras vividas no mar, como às demais peripécias que enfrentamos ao longo da vida. O mesmo se pode dizer de Caetano.
		Nenhuma das opções acima.
		Ao retomar dos antigos a frase, Pessoa quis apenas homenagear nos navegantes portugueses, valentes desbravadores dos mares antigos. Somente Caetano teria se preocupado em dar novos sentidos ao texto.
5. A respeito dos possíveis contatos entre Literatura Comparada e Teoria da Literatura NÃO é possível afirmar que:
		O comparatismo necessita constantemente de se enriquecer das contribuições metodológicas dos estudos teóricos.
		Nenhuma das respostas acima.
		A Literatura Comparada sempre mantém uma perspectiva historicista, ao passo que nas correntes teóricas do século XX predomina um interesse por análises de viés linguístico e psicológico.
		A Literatura Comparada se alimenta da Teoria, da mesma forma como apresenta novos dilemas que passam a ser debatidos pelos teóricos, de forma que o diálogo entre os dois campos de estudo é uma via de mão dupla.
		A Literatura Comparada sempre se enriquece nos momentos em que busca se atualizar com as conquistas mais recentes dos debates teóricos.
6. O objetivo central da Literatura Comparada é:
		Analisar comparativamente textos de autores de diferentes épocas e nacionalidades, tendo em vista não somente o universo do livro, mas também o de outras mídias.
		Analisar comparativamente textos de autores de diferentes nacionalidades.
 	Analisar comparativamente textos de autores da mesma nacionalidade, mas de diferentes épocas.
		Todas as opções acima se combinam para compor o amplo espectro de objetivos da disciplina.
		Nenhuma das opções acima.
AULA 02
 1. Em nossa segunda aula, vimos que um autor mais recente pode ter como modelo mestres da tradição, sem que se configure seu trabalho como mera cópia. Diante deste fato, os dois últimos versos da citada estrofe,
Cesse tudo o que a Musa antiga canta / Que outro valor mais alto se alevanta podem ser interpretados da seguinte maneira:
 Ainda que consciente da importância da tradição épica da antiguidade, o poema de Camões se propõe a afirmar novos valores, o que deixa claro que seu texto vai muito além da mera cópia dos padrões consagrados.
		 Ainda que livre da necessidade de escrever em latim ou grego, Camões precisa se ater aos conceitos mais gerais da épica clássica, a fim de que o povo português pudesse ter o seu heroísmo reconhecido.
		Ainda que livre da necessidade de escrever em latim ou grego, pois o idioma nacional lusitano estava se afirmando, Camões não consegue fugir a uma submissão aos procedimentos mais comuns dos poemas épicos antigos
		Ainda que inspirado em modelos da tradição antiga, Camões se propõe a afirmar um novo valor, que seria justamente a excelência de seu próprio idioma natal.
 Ainda que inspirado em modelos da tradição antiga, Camões se propõe a afirmar um novo valor, fazendo questão de deixar claro que é preciso esquecer tudo o que escreveram os antigos, como fica claro em Cesse tudo o que a Musa antiga canta.
 2. Pelo que estudamos em nossa segunda aula, as manifestações ancestrais da Literatura Comparada se caracterizavam por:
 Não se preocuparem, nem com o estudo da obra dos grandes autores da tradição literária, nem com a produção mais recente.
 Apesar de já estarem estabelecidos nas principais universidades europeias, eram ainda incapazes de um trabalho mais profundo de análise comparativa dos textos literários.
 Não possuírem qualquer tipo de projeto de comparatismo que se sustentasse num método capaz de ir além da observação empírica.
 Não possuírem ainda os instrumentos de análise trazidos pelos avanços da Teoria da Literatura no século XX, limitando-se a uma visão centrada na análise dos textos em diálogo com o determinismo do século XIX.
 Apesar de ainda não estarem estabelecidas nas principais universidades europeias, já demonstravam uma capacidade de análise comparativa considerável.
3. Os estudos comparados oitocentistas se revestiam de uma dimensão política na medida em que:
 Colocavam em debate a necessidade de se lutar por um modo de vida mais adequado aos novos valores, oriundos da consolidação da mentalidade burguesa e do processo de industrialização. 
		 Colocavam em debate a necessidade de se contrapor aos valores burgueses uma nova ótica, que libertasse os homens das injustiças sociais.
 Colocavam em debate a necessidade de se revalorizar o modo de vida dos homens antigos, pela via da afirmação dos textos literários clássicos, que passavam a ser vistos como modelares.
 Colocavam em debate a necessidade de se aderir a uma visão transnacional, capaz de superar as barreiras impostaspela ótica dos nacionalismos extremados.
		 Colocavam em debate a necessidade de se superar as contradições do capitalismo, rumo a novos modelos de organização social, capazes de livrar os homens das injustiças. 	
4. De acordo com o que estudamos em nossa segunda aula, a respeito do nascimento da Literatura Comparada, podemos afirmar que:
 A emergência de um período de importantes transições históricas, no começo do século XIX, como as revoluções burguesas e o processo de afirmação do nacionalismo permitiam um vivo interesse pelo novo campo de estudos, que ainda lutava por afirmar-se.
 O surgimento da nova disciplina, no começo do século XIX, se ligou à tentativa de afirmar um espírito cosmopolita, capaz de se opor aos nacionalismos que emergiam na Europa daquele período.
 O surgimento da nova disciplina, no começo do século XX, se ligou à tentativa de afirmar um espírito cosmopolita, capaz de se opor aos nacionalismos que emergiam na Europa daquele período.
 A emergência de um período de importantes transições históricas, no começo do século XIX, como o avanço da industrialização e o processo de afirmação do nacionalismo permitiam um vivo interesse pelo novo campo de estudos, que ainda lutava por afirmar-se.
 O processo de afirmação da nova disciplina se realizou a despeito dos acontecimentos históricos do período, tais como o avanço da industrialização e o processo de afirmação dos nacionalismos.
 	
5. Sabe-se que a Literatura Comparada está ligada diretamente aos rumos da História do Pensamento, de um modo geral. Desse modo, é correto afirmar que:
	Havia, entre os antigos, um ¿projeto de comparatismo elaborado¿, ou seja, parâmetros teóricos que eram usados pelos estudiosos para alcançar resultados efetivos em seus esforços de compreensão do material pesquisado.
		Embora acompanhe os rumos da História do Pensamento, a Literatura Comparada está desvinculada das Ciências Humanas, ou seja, segue um caminho paralelo.
		O hábito de comparar textos oriundos de diferentes tradições culturais é muito antigo, assim sendo, a Literatura Comparada, como um estudo sistemático, existe desde a Antiguidade.
		A Literatura Comparada acompanha sempre de perto a história da Teoria Literária, por esta razão, costuma lidar com um único método.
	O Romantismo foi de extrema importância para a consolidação da Literatura Comparada: o gosto pelo exótico levará estudiosos a se interessar pelo estudo da produção literária de povos distantes, para além das fronteiras das nações mais ricas da Europa.
6. Por ter exercitado seus primeiros passos no período de vigência da estética romântica, a Literatura Comparada adquiriu certo interesse em:
		A necessidade de corresponder aos ditames da lógica ideológica burguesa, com a máxima valorização do herói nas narrativas de ficção.
		Nenhuma das opções acima.
		A necessidade imperiosa de romper com os ditames da lógica ideológica burguesa, com a busca de novas maneiras de investigar as obras literárias, dando início a uma visão que traz a linguística para o centro das atenções.
		Um certo sabor pelo exótico, experimentado nas pesquisas que buscavam as contribuições literárias de povos diferentes.
		Romper com as tradições culturais, recusando-se a dar leitura aos textos da época do classicismo.
	
7. A Literatura Comparada assumiu, desde seus primeiros anos, uma perspectiva transnacional. Isso equivale a dizer que:
Certo 		Para os estudiosos dos primeiros tempos, só era possível realizar estudos comparados caso se trabalhe com obras de diferentes nacionalidades. Hoje, isso ainda é importante, mas já deixou de ser obrigatório.
		A presença de estudiosos interessados no comparatismo num determinado país do terceiro mundo sempre acompanhava a presença de empresas transnacionais.
		Somente após o fim das desavenças políticas entre os diferentes povos do mundo poderemos ter um comparatismo realmente sério.
		Desde o começo da história do comparatismo, só é possível realizar estudos comparados se tivermos em conta obras de diferentes nacionalidades.
		Nenhuma das opções acima.
 8. Nos primeiros tempos, a disciplina foi dominada por pesquisas que punham em diálogo autores de nacionalidades diferentes. O objetivo era traçar paralelos, em busca de um saber capaz de ultrapassar fronteiras. A Literatura Comparada funcionaria, então, como uma instância intermediária entre cada literatura nacional, estudada em separado, e a literatura geral, objeto de estudo bem mais ambicioso, no qual poucos se aventuravam.
Com base no texto acima, da nossa aula 2, marque a assertiva que é uma das limitações do comparativismo naquele período.
 Uma delas era a tendência a hierarquizar as literaturas, tendo como ponto de honra a superioridade das literaturas europeias sobre as demais e da francesa, em particular, sobre as outras do continente.		
 Uma delas era a tendência a priorizar as literaturas de outros países que não poderiam dialogar com a literatura matriz.
 Uma delas era a tendência a priorizar as literaturas do seu país que não poderiam dialogar com a literatura matriz.
 Uma delas era a tendência a priorizar as literaturas de outros países que poderiam dialogar com a literatura matriz.
 Uma delas era priorizar, mas não hierarquizar as literaturas, tendo como ponto de honra a não superioridade das literaturas europeias sobre as demais e da francesa, em particular, sobre as outras do continente. 
AULA 2 CONTINUAÇÃO
1 Segundo Tânia Carvalhal, o interesse da Europa renascentista pelas obras poética da Poética Clássica se revela
	Um projeto bastante avançado para sua época, por já ter adiantado conquistas realizadas pelos estudos comparados nos séculos XIX e XX.
		Um projeto que não foi adiante justamente pela falta de um lastro teórico mais consistente, já que a Literatura Comparada, como disciplina acadêmica, ainda não existia.
	Um projeto que possui evidente cunho comparatista, ainda que a disciplina ainda não tivesse se desenvolvido como um campo de estudos.
		Nenhuma das opções acima.
		Um projeto que nada tem a ver com a Literatura Comparada, tendo em vista que a disciplina ainda não existia nos séculos XV e XVI.
2. A respeito das origens da Literatura Comparada, podemos afirmar que:
Certo 		O hábito de comparar é tão antigo quanto os mais remotos contatos entre manifestações poéticas de povos diferentes, mas a disciplina começou a ser sistematizada como campo de pesquisa acadêmica na Europa do século XIX.
		Nenhuma das opções acima.
		O hábito de comparar literaturas nasceu no contexto da Europa do século XIX, mas só veio a ganhar corpo depois da metade do século XX, com o advento de um novo interesse pelos diálogos culturais.
		O hábito de comparar é recente, uma vez que os povos mais antigos viviam isolados em si mesmos, sem contato algum com o mundo ao redor.
		Ainda que seja antigo, o hábito de comparar diferentes literaturas se via prejudicado pelo desconhecimento e desinteresse dos povos antigos por outros idiomas.
	
3. Uma das características marcantes dos Lusíadas, de Camões, é o fato de trabalhar o heroísmo numa perspectiva coletiva, fugindo ao padrão da antiguidade clássica de individualizar os heróis épicos. Por este motivo:
 	 É possível realizar uma análise comparativa entre a obra camoniana e os épicos da antiguidade, desde que se leve em conta as diferenças de contexto que faziam a Europa renascentista ser diferente das antigas Grécia e Roma.
		É possível realizar uma análise comparativa entre a obra camoniana e os épicos da antiguidade, desde que se leve em conta que Portugal era uma nação secundária, do ponto de vista da produção literária,
		Nenhuma das opções acima.
		Não é possível realizar uma análise comparatista, tendo em vista que a obra de Camões não é propriamente um épico, uma vez que não destaca os feitos heroicos de personagens individualizados.
		Não é possível realizar uma análise comparativa entre a obra camoniana e os épicos da antiguidade, mesmo que se tome os devidos cuidados.
	
4.Até o começo do século XX, a Literatura Comparada se norteou por uma visão evolucionista, segundo a qual:
		Os países novos tinham um destino a cumprir, aproveitando as lições aprendidas com os europeus e desenvolvendo-as, buscando evoluir sempre mais.
		A conquista de novos territórios pelos europeus deixava clara a superioridade deste continente, de tal modo que passaram a ser modelos de civilização.
		Nenhuma das respostas acima.
Certo 		Uma visão etnocêntrica, segundo a qual seria destino dos demais povos do mundo imitar os europeus, para fazer jus ao status de povos civilizados.
		O ideal cosmopolita se estendeu a todos os lugares do planeta, contribuindo cada vez mais para erradicar preconceitos e particularismos nacionalistas.	
	
AULA 3
1. Se um comparatista analisa um romance de Graciliano Ramos, buscando enxergar nesta autor traços da influência de Eça de Queirós, então ele pertencerá a qual escola:
 	 A italiana, uma vez que o estudo de sobre as influências já se fazia presente nas análises dos teóricos renascentistas, preocupados em saber como dialogar com a tradição da antiguidade clássica.
	A francesa, uma vez que os estudos sobre as influências preocupavam estes pesquisadores, que podem ser considerados os pioneiros do comparatismo.
		A japonesa, uma vez que estes pesquisadores desenvolveram métodos inovadores sobre como sua própria cultura poderia se relacionar com o Ocidente.
		A norte-americana, uma vez que estes buscavam manter as conquistas civilizatórias da Europa no contexto de um novo continente.
		A soviética, uma vez que o marxismo toma como tarefa uma revisão crítica e dialética da tradição cultural do Ocidente.
 2. A influência das ideologias na construção dos discursos literários é um aspecto estudado com mais atenção pelos pesquisadores ligados:
		À escola norte-americana é à marxista
		A somente alguns representantes de cada escola.
	 À escola norte-americana.
		À escola francesa e à marxista.
 À escola marxista.	
	 3. A busca de uma perspectiva crítica mais voltada para análise literária em diálogo com as contribuições da Linguística predomina:
 Em qualquer uma das três escolas.
		Somente na escola marxista.
		Somente na escola francesa.
		Em nenhuma das escolas
 Somente na escola norte-americana.
 4. Por escola norte-americana do comparatismo entende-se:
	Nenhuma das opções acima.
	Um conjunto de teóricos, de diversas nacionalidades, mas atuando em universidades dos EUA, que buscaram atualizar os estudos de Literatura Comparada tendo em vista as conquistas de algumas das principais correntes teóricas do século XX, como o formalismo russo e o neocriticismo.
		Um conjunto de teóricos norte-americanos, que se espalharam por universidades de todo o mundo, buscando atualizar os estudos de Literatura Comparada tendo em vista as conquistas de algumas das principais correntes teóricas do século XX, como o formalismo russo e o neocriticismo.
		Um grupo de teóricos de várias nacionalidades que buscavam testar seus argumentos com exemplos tirados de preferência da literatura norte-americana.
		Um grupo bem restrito de teóricos, comandados por René Wellek, que buscavam revitalizar o interesse dos norte-americanos pelo formalismo russo em plena era da guerra fria, que opunha os governos dos EUA e da Rússia.
5. De acordo com a formulação teórica de René Wellek, podemos afirmar que:
 Os estudos literários comparativistas devem sempre ter como ponto de partida uma leitura profunda dos textos, e ao mesmo tempo buscar um diálogo com o contexto que supere os contornos do velho determinismo.
 Os estudos literários comparativistas nem sempre devem ter como ponto de partida uma leitura profunda dos textos, sem levar em conta somente fatores que lhe são externos, ou seja, ele atribui menos importância ao contexto social, ou mesmo a aspectos da individualidade do autor, entre outros aspectos externos ao texto.
 Os estudos literários comparativistas não devem sempre ter como ponto de partida uma leitura profunda dos textos, levando em conta somente fatores que lhe são externos, ou seja, ele atribui mais importância ao contexto social, ou mesmo a aspectos da individualidade do autor, entre outros aspectos externos ao texto.
 Os estudos literários comparativistas devem sempre ter como ponto de partida uma leitura profunda dos textos, procurando sempre levar em conta fatores que lhe são externos, com destaque para o contexto social.
 Os estudos literários comparativistas devem sempre ter como ponto de partida uma leitura profunda dos textos, sem levar em conta somente fatores que lhe são externos, ou seja, ele atribui menos importância ao contexto social, ou mesmo a aspectos da individualidade do autor, entre outros aspectos externos ao texto.
	 6. Tomando como ponto de partida o conceito de influência do modo como é retrabalhado pelo pesquisador russo Zhirmunsky, o que é acertado dizer acerca da análise comparativa do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis com a peça teatral Otelo, de Shakespeare?
 Tendo em vista a capacidade de Machado de Assis de retrabalhar o tema do ciúme, o que demonstraria a capacidade de a literatura brasileira encontrar uma formulação própria para o tema, não se pode falar em influência propriamente dita.
 Tendo em vista a capacidade de Machado de Assis de retrabalhar o tema do ciúme, o que não demonstraria a capacidade de a literatura brasileira encontrar uma formulação própria para o tema, pode-se falar em influência propriamente dita.
 Tendo em vista a pobreza do meio cultural brasileiro no século XIX, teriam faltado a Machado condições de trabalhar a problemática do ciúme de modo peculiar. Desta forma, é adequado propor que houve influência.
Mesmo considerando a capacidade de Machado de Assis de retrabalhar o tema do ciúme, ainda se pode falar em influência
 A influência teria ficado notória, a partir do momento em que o próprio Machado citou Shakespeare, de modo que não devemos nos deixar levar pelos argumentos de Zhirmunsky.
7. O binarismo, ou seja, a exigência de que os estudos de Literatura Comparada se concentrem em autores de apenas duas nacionalidades de cada vez, é um traço marcante da orientação teórica determinada...
	 	 Tanto pela escola francesa como pela norte-americana.
 Apenas da escola francesa.
Tanto pela escola norte-americana como pela marxista, chamada de soviética por Tânia Carvalhal.
 De nenhuma das escolas teóricas.
		Apenas da escola norte-americana. 		
8. Para os pesquisadores da escola francesa, esta é uma das questões fundamentais do trabalho de um comparatista: verificar em que medida um autor de nacionalidade alemã, por exemplo, tem sua obra enriquecida no contato com a literatura inglesa, ou vice-versa.
De acordo com o que foi discutido na aula 3, este enriquecimento é chamado de: 
		Tendência
 Método comparativo
 Comparativismo
 Escola
 Influência
AULA 3 CONTINUAÇÃO
1. A obra "Madame Bovary", de Flaubert, trata:
 de uma obra realista que discute o adultério
		de uma obra naturalista que discute o adultério
 		de uma história romântica e idealizada
		de uma obra nacionalista
		de um a obra do simbolismo
2. Pelo que estudamos em nossa terceira aula, os estudiosos que seguiam as orientações da escola francesa se preocupavam sobretudo com:
 O conceito influência, por ele considerado um dos mais importantes fundamentos da disciplina.
		Uma leitura pormenorizada de cada obra, de modo a destacar os aspectos propriamente textuais, afastando as considerações de ordem contextual.
A busca de novos conceitos teóricos que permitissem uma atualização dos procedimentos de análise comparatista.
 A formulação de conceitos capazes de ultrapassar as noções de fonte e influência,por eles consideradas um entrave ao estudo comparatista mais sério.
Uma leitura pormenorizada de cada obra, de modo a destacar elementos que fossem além das considerações puramente textuais.
3. Leia as afirmações a seguir:
I. A Escola Francesa, no século XIX, tinha por objetivo o estudo das influências que cada autor ou nação teria recebido ao longo de sua formação.
II. Os Franceses, nos estudos comparatistas, seguiam a doutrina clássica, que consiste no historicismo, ou seja, na concepção de "empréstimo", dívida com os textos "originais".
III. A Escola Comparatista Norte-Americana privilegiava a análise do texto literário em detrimento das relações entre autores ou obras, aceitando os estudos comparados dentro das fronteiras de uma única literatura.
IV. A paródia tem um caráter contestador: é uma disputa aberta do sentido, uma luta, um choque de interpretação.
V. A paráfrase é um discurso sem voz, pois quem está falando está falando o que o outro já disse. É uma máscara que se identifica totalmente com a voz que fala atrás de si.
Assinale a alternativa correta:
		Somente I, II, IV e V são verdadeiras.
		Somente II, III e IV são verdadeiras.
 	 Somente II, III e V são verdadeiras.
		Somente I, III, IV e V são verdadeiras.
		Todas as alternativas são verdadeiras. 
4. O Estudo comparativo de textos literários sempre precisa ser guiado por métodos de análise que orientam os pesquisadores. Tais métodos são buscados nos fundamentos teóricos da Literatura Comparada. Sobre essa questão, é incorreto afirmar que:
		Os autores da escola soviética se utiliza das ferramentas teóricas do marxismo para empreender análises literárias com viés histórico e sociológico; o teórico russo Zhirmunsky é um deles, como também o é o próprio Antonio Candido, um dos pioneiros do comparativismo brasileiro.
		Um dos aspectos que mais chamam a atenção nas pesquisas realizadas pelos ¿franceses¿ é o fato de estes autores se interessarem somente pela comparação entre autores de nacionalidades diferentes.
Certo 		A três importantes escolas que muito contribuíram, cada uma à sua maneira, para os estudos comparados na literatura: a escola francesa, a escola inglesa e a escola soviética.
		Outra exigência da ¿escola francesa¿ era a de somente levar em conta o diálogo entre produções literárias, não levando em conta a possibilidade de se analisar o diálogo entre textos literários, a produção de músicos, artistas plásticos, etc.
		A escola francesa orientava-se pelos padrões historicistas e deterministas vigentes no século XIX.
 5. O esforço de crítica às limitações teóricas da escola francesa, levou René Wellek, articulador central da escola ¿norte-americana¿ a combater, entre outros aspectos, o determinismo, segundo o qual:
		As condições de meio social, clima e considerações de ordem linguística marcavam decisivamente, a obra literária.
		Nenhuma das opções acima.
Certo 		As condições de meio social, clima, bem como aspectos da vida pessoal do autor marcavam decisivamente a obra literária.
		As condições de meio social, clima, bem como aspectos da vida pessoal do autor marcavam de modo importante, porém não decisivo, a obra literária.
		As condições de meio social, clima e considerações de ordem linguística marcavam de modo importante, porém não decisivo, a obra literária
6. As análises comparatistas de cunho determinista e positivista foram dominantes entre os adeptos da escola:
		¿Soviética¿, tendo em vista que o marxismo punha a história no centro das atenções de todo e qualquer estudo dos fatos estéticos e sociais.
		¿Norte-americana¿, uma vez que os teóricos desta escola se debruçavam em pesquisas para conhecer a história de todos os povos do mundo.
		Nenhuma das opções acima.
Errado 		Todas elas, já que o estudo da história sempre é fundamental para uma conveniente apreciação dos fatos literários.
 	 ¿Francesa¿, ainda sob a égide de uma mentalidade forjada no século XIX e que ainda vigorou entre os comparatistas nas primeiras décadas do século XX.
7. Quem foi o discípulo brasileiro de Paul Van Tieghem na Literatura Comparada?
		René Wellek
		Tobias Barreto
 	Tasso da Silveira
 	 Antonio Cândido
		João Ribeiro 
8. A respeito das relações entre Literatura e Ideologia, podemos afirmar que
		Ao contrário de outros tipos de discurso, o literário encontra um modo de escapar das ideologias de seu tempo, por intermédio dos recursos criativos do autor		Nenhuma das opções acima.
		O discurso literário serve para confirmar os padrões ideológicos vigentes em seu tempo, uma vez que o escritor se vale de vantagens oferecidas por quem está no poder.
	Juntamente com outros tipos de discurso, o literário não tem como escapar às determinações ideológicas de seu tempo, servindo sempre para confirmar o domínio político de quem está no poder.
	O discurso literário pode, muitas vezes, mexer com aspectos que fogem aos padrões ideológicos de seu tempo, mas não consegue escapar por completo da presença destes padrões. Sua fuga, quando ocorre, sempre é parcial.
		AULA 4
1. Mikhail Bakhtin resgata a perspectiva diacrônica do texto literário, relegada pelos primeiros formalistas, anti-historicistas, reatando com a história. Bakhtin identifica os traços fundamentais da organização do romance, não só interpretando-o como uma construção polifônica, onde várias vozes se cruzam, num jogo dialógico, mas também considerando essa polifonia romanesca como um cruzamento de várias ideologias.
Sobre essa contribuição de Bakhtin, seria incorreto afirmar:
		O texto literário escuta vozes da história e não mais as representa como uma unidade, mas como jogo de confrontações.
Errado 		Esse pensamento de Bakthin deu margem à elaboração do conceito de intertextualidade, por Julia Kristèva, cujo fundamento é que todo texto é absorção e transformação de outro.
		O conceito de intertextualidade, cunhado a partir da tese de Bakthin, em nada alterou os conceitos de fontes e influências do texto literário, uma vez que a dívida do texto influenciado sempre haverá em relação ao texto que o influenciou.
		A compreensão de Bakhtin do texto literário como um mosaico, construção caleidoscópica e polifônica, estimulou a reflexão sobre a produção do texto.
		A contribuição de Bakhtin nos ajudou a perceber alguns pontos básicos que agiram sobre a atuação comparativista, minando em suas bases as visões mecanicistas do processo de evolução literária.
2. A intertextualidade é um diálogo entre os textos. Tal conceito de diálogo foi proposto por Bakhtin, quando estudou o romance e apresentou a noção de dialogismo. Também podemos dizer que a intertextualidade é a influência de um texto sobre outro que o toma como modelo ou ponto de partida, e que gera a atualização do texto citado. Sobre a intertextualidade, analise as sentenças a seguir :
I- O conceito de intertextualidade descarta a noção de texto como entidade fechada.
II- A intertextualidade é uma escritura réplica de outro texto.
III- A intertextualidade não permite o compartilhamento de ideias de outros textos.
Agora, assinale a alternativa CORRETA :
I e III são corretas.		
I, II e III.
Somente II é correta.
I e II.
Somente I é correta.
3. Pertencente ao Círculo Linguístico de Moscou, ele trouxe para movimento que veio a ser conhecido como Formalismo Russo, o destaque para questões como a dos gêneros literários, da tradição e da história e, principalmente, a relação entre séries literárias e não literárias, com os clássicos estudos "Da evolução literária". Assinale o nome do formalista que fez estas contribuições e os estudos.
Vladimir Propp
Roman Jakobson
Iuri Tynianov
Bóris Eikhembaum
Mikhail Bakhtin
	
4. Marque a alternativa INCORRETA com relação ao conceito de dialogismo em Bakhtin:
No dialogismo e na existência do discurso acontece a necessidade de interação entre os indivíduos. 
A linguagem é um produto social e todo discurso é ocupado. Assim, o dialogismo é a relação de sentido entre um enunciado e outro. 
A linguagem é restrita à língua e, portanto, o dialogismo embasa-seapenas em signos.
O dialogismo caracteriza a linguagem como espelho do mundo.
Dialogismo é o discurso em si e este constitui-se a partir do discurso de outrem.
5. A contribuição da Teoria Literária para as pesquisas comparatistas é de um enorme significado. Um dos conceitos centrais usados pela Literatura Comparada, hoje em dia, é o de intertextualidade. A respeito deste conceito, não podemos afirmar que:
		Embora os textos literários estejam em constante diálogo, a Literatura Comparada considera a possibilidade da originalidade de um texto literário, pois nisso estaria a capacidade artística do autor.
		Intimamente ligada a este processo da intertextualidade está a interferência das ideologias, os discursos hegemônicos de cada momento histórico.
		O teórico russo, Tynianov, contribuiu para a formulação desse conceito, ao afirmar que o estudo isolado de uma obra literária não fornece elementos suficientes para a compreensão plena de sua construção, pois um mesmo elemento tem funções diferentes em sistemas diferentes.
		A contribuição de Bakhtin parte da própria experiência humana, à medida que afirma que não somos resultados dos conceitos que nós mesmos formulamos sobre nossa identidade, mas de um diálogo que mantemos com os que estão ao nosso redor.
		Outro teórico que muito contribui para a elaboração do conceito de intertextualidade foi Bakhtin, afirmando que todo discurso é um campo que se abre ao debate, em que, muitas vozes diferentes se manifestam e se interpenetram.
6. Assinale a alternativa INCORRETA:
Ao comparar textos de épocas diferentes, não se pode mais pensar na questão da fonte, mas antes no confronto ideológico que esta comparação traz à tona.
O conceito de superioridade literária permanece nos estudos comparados até os dias atuais, uma vez que todos os textos literários "bebem de alguma fonte" para que sejam criados.
Mikhail Bakhtin reconhece que o texto literário é uma construção polifônica: nele, várias vozes se cruzam, num jogo dialógico.		
Na visão bakhtiniana, não se deve relegar a história conforme fizeram os formalistas, mas antes entendê-la como uma fonte de onde provém a intertextualidade, e não o conceito de dívida.
7. A relação entre textos sempre existiu como retomada de um texto mais novo de outro que o antecede, contudo o termo intertextualidade foi usado pela primeira vez por Julia Kristeva, que, baseando-se nos estudos de Bakhtin sobre o discurso, concluiu: ¿todo texto se constrói como mosaico de citações, todo texto é absorção e transformação de um outro texto¿. (Fonte: KRISTEVA, Julia. Introdução à Semanálise. São Paulo: Perspectiva, 1974. p.72.)
Sobre intertextualidade, analise os textos 1 e 2.
Assinale a alternativa CORRETA:	
O diálogo entre textos conduz indiscutivelmente ao plágio; dessa maneira, a montagem, como paródia de três diferentes textos, realizada por Renato Russo, não o isenta da responsabilidade de ter usado indevidamente a produção de autores que o antecederam. 		
Partindo do conceito de intertextualidade, expresso por Julia Kristeva, pode-se afirmar que Renato Russo não devia ter lançado mão de partes da Bíblia Sagrada para montar a letra de uma música profana. 		
Monte Castelo não foi uma montagem de dois textos, pois não houve intencionalidade do poeta em realizar tal façanha. A semelhança entre os textos é mera coincidência. 
O trabalho artístico do compositor brasileiro não pode ser considerado arte, porque não apresenta originalidade e ineditismo; trata-se de uma mera paráfrase de textos anteriores a ele. Inadmissível de acordo com as concepções dos dois autores: Bakhtin e Kristeva. 		
Em Monte Castelo, Renato Russo dialoga com dois textos distintos: o poema de Camões Amor é fogo que arde sem se ver; e a Bíblia, no Capítulo 13 da 2ª Carta de Paulo aos Coríntios, quando fala do Amor como um bem supremo, além de o título aludir a uma batalha da Segunda Guerra Mundial, da qual participaram soldados brasileiros. 
8. Como você pode notar, é possível preparar um texto novo a partir de um texto já existente. É deste modo que os textos "conversam" entre si. Tomando como base esta afirmação, os textos abaixo são exemplos de:
Quadrilha 
João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e
Lili casou-se com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história.
(Carlos Drummond de Andrade) 
Quadrilha da sujeira
João joga um palitinho de sorvete na
rua de Teresa que joga uma latinha de
refrigerante na rua de Raimundo que
joga um saquinho plástico na rua de Joaquim que joga uma garrafinha velha na rua de Lili.
Lili joga um pedacinho de isopor na
rua de João que joga uma embalagenzinha
de não sei o quê na rua de Teresa que
joga um lencinho de papel na rua de
Raimundo que joga uma tampinha de
refrigerante na rua de Joaquim que joga
um papelzinho de bala na rua de J.Pinto
Fernandes que ainda nem tinha entrado na história.
Ricardo Azevedo ("Você Diz Que Sabe Muito, Borboleta Sabe Mais¿, Fundação Cargill)
		
Evolução literária
Estranhamento
Texto Literário
Texto Literário
Literariedade
Intertextualidade
AULA 4 CONTINUAÇÃO 
1. Falar de Intertexto e de literatura comparada nos exige inicialmente perceber que ao lermos um texto (A) estamos lendo também um texto (B), e que este entrecruzamento de vozes percebidas ou levemente transparentes é algo que perpassa a escrita, e em especial a literatura, ao longo de todos os tempos.
Assinale a alternativa que não se articula com o texto acima:
		O dialogismo é um princípio constitutivo da linguagem e a condição de sentido do discurso.
		Somente o texto literário se constrói como um mosaico de citações e é absorção e transformação de outro texto.
		A palavra literária não é um ponto, um sentido fixo, mas um cruzamento de superfícies textuais.
		A intertextualidade se dá tanto na produção como na recepção da grande rede cultural, de que todos participam.
		Escrever é sempre rescrever, não difere de citar. Ler ou escrever é realizar um ato de citação.	
2. "Ignorar a natureza do enunciado e as particularidades de gênero que assinalam a variedade do discurso em qualquer área do estudo linguístico leva ao formalismo e à abstração, desvirtua a historicidade do estudo, enfraquece o vínculo existente entre a língua e a vida. A língua penetra na vida através dos enunciados concretos que a realizam, e é também através dos enunciados concretos que a vida penetra na língua. O enunciado situa-se no cruzamento excepcionalmente importante de uma problemática."(Os gêneros do discurso. In: BAKHTIN. M. Estética da criação verbal. Tradução: Maria Ermantina Galvão Gomes Pereira. São Paulo: Martins Fontes, 1992.) 
Mikhail Bakhtin não fez parte do movimento e não integrou os Círculos Linguísticos nascidos na Rússia, no século XX, mas seu legado é rico e variado. Assinale a única assertiva que contém uma das contribuições deste filósofo da linguagem aos estudos da Literatura Comparada.
 		
Não resgata o estudo das relações do Texto Literário com a História
Deve se perder o diálogo da literatura com o momento histórico em que a obra é produzida.
Não separar a análise dos textos literários do estudo de outros fatos sociais;
Foge às concepções formalistas, fechadas na análise do texto.
Não perder de vista o que é próprio e único na literatura;
 3. Fiz uma casinha branca
Lá no pé da serra
Pra nós dois morar
Fica perto da barranca
Do Rio Paraná
Eu, Marília, não fui nenhum Vaqueiro,
Fui honrado Pastor da tua aldeia; (...)
Fiadas comprarei as ovelhinhas,
Que pagarei dos poucos do meu ganho;
E dentro em pouco tempo nos veremos
Senhores outra vez de um bom rebanho.
Comparando a música e o poema, analise as afirmações abaixo e, depois, assinale a alternativa correta: 
 Ambos apresentam ausência de figuras de linguagem: no árcade predomina o racionalismo e a ruptura com os exageros barrocos; no pós moderno, verifica-se o uso simples da linguagem esem ambiguidades para despistar a censura.
 A música apresenta o mesmo ideal árcade: o fugere urbem (fuga da cidade), a fim de buscar um um locus amoenus (lugar ameno) para viver com simplicidade e equilíbrio na relação com a natureza.
 A vida calma e tranquila no campo, diferentemente dos centros urbanos, não tem sentido algum se a mulher amada não estiver nesse cenário.
 Embora a vida simples seja exaltada, implicitamente o desejo de viver confortavelmente é notável nas duas obras, oriundo de sociedades industrializadas, que visavam o progresso.
 A diversão é tema recorrente nas duas composições, crítica ao trabalho exaustivo e ao individualismo, próprios das sociedades em questão.
		Somente II, III, IV e V estão corretas.
		Somente I, IV e V estão corretas.
		Todas estão corretas.
		Somente III, IV e V estão corretas.
		Somente II está correta.
4. Acerca do conceito de intertextualidade, podemos afirmar que:
		Esteja presente em todos os textos literários, uma vez que todos eles nascem de um diálogo com outros textos, tanto os que de sua mesma época, como os da tradição.
		Esteja presente apenas em obras literárias de autores consagrados, visto ser um objetivo difícil de alcançar.
		Esteja presente em qualquer tipo de texto, ainda que seja um objetivo difícil de alcançar.
		Esteja presente em qualquer tipo de texto literário, uma vez que todos eles nascem de um diálogo com a tradição.
		Esteja presente em todos os textos literários, uma vez que todos eles nascem de um diálogo com outros textos, mais nos de sua mesma época, do que nos da tradição.
5. Vimos em nossa aula que Chaplin, após estabelecer uma relação entre a arte e o cinema, libertou o artístico da diversão mágica que predominava no cinema. Na ciência, Einstein mudaria para sempre a forma de pensar do mundo científico com a sua teoria da Relatividade. Ocorreu a Revolução Russa e a queda do czar, fato que fez surgir uma Rússia diferente em vários setores, principalmente no que concerne ao social e aos meios acadêmicos, culturais e artísticos; neste contexto desta nova Rússia, surgiu uma corrente crítica da literatura, muito importante. Qual das assertivas abaixo é a única que pode atender a afirmativa acima?
		Comparatismo
		Estudos Culturais
		Formalismo Russo
		New Criticism
 		Nova Crítica 
6. Assinale a alternativa INCORRETA:
Na visão bakhtiniana, não se deve relegar a história conforme fizeram os formalistas, mas antes entendê-la como uma fonte de onde provém a intertextualidade, e não o conceito de dívida.
O conceito de superioridade literária permanece nos estudos comparados até os dias atuais, uma vez que todos os textos literários "bebem de alguma fonte" para que sejam criados.
Ao comparar textos de épocas diferentes, não se pode mais pensar na questão da fonte, mas antes no confronto ideológico que esta comparação traz à tona.		
Julia Kristeva, a partir dos estudos teóricos bakthinianos, elaborou o conceito de intertextualidade, cujo princípio baseia-se na ideia de que todo texto é a absorção e transformação de outro, sincrônica e diacronicamente.		
Mikhail Bakhtin reconhece que o texto literário é uma construção polifônica: nele, várias vozes se cruzam, num jogo dialógico.
AULA 5
1. Atente para os textos I e II, abaixo:
I - O universo (que outros chamam a Biblioteca) compõe-se de um número indefinido, e talvez infinito, de galerias hexagonais, com vastos poços de ventilação no centro, cercados por balaustradas baixíssimas. (...)
II- Sertão velho de idades. Porque serra pede serra e dessas, altas, é que o senhor vê bem: como é que o sertão vem e volta.Não adianta de dar as costas...
O sentido de uma insuficiência: o espaço explorado não estimula o pensamento metafísico.
O sentimento de auto-suficiência do indivíduo, confiante na razão
O sentido de um anacronismo: a biblioteca e o sertão expressam valores ultrapassados.
O sentimento de superioridade do homem em relação à natureza.
O sentido de uma totalização: a biblioteca e o sertão são apresentados como universos de máxima abrangência.
	
2. (ENADE- 2005- adaptada)
TEXTO 1
Antefinal noturno
Dorme, Alonso Quejana.
Pelejaste mais do que a peleja
(e perdeste)....
TEXTO 2
Consolo na praia
A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido...
Os versos dos poemas Antefinal noturno e Consolo na praia têm fortes pontos de contato. Entre os poemas, há em comum a expressão dos sentimentos
 		 da indignação inútil e do consolo na fé
		 da amargura amorosa e da vingança reparadora
		da hipocrisia social e da culpa pessoal.
		do ideal religioso e da perseverança inútil.
 		da impotência do indivíduo e do malogro do ideal.
	
3. A alusão e a citação direta se diferenciam pelo fato de que...
	Na alusão, o autor retomado se faz presente de modo mais claro, por se tratar de alguém de amplo conhecimento do público, enquanto na citação direta a presença do autor retomado é mais sutil.
		Na citação direta, o autor retomado fala diretamente, uma vez que ele se torna coautor da nova obra, enquanto que na alusão, a retomada de trechos do texto original é insignificante.
		Tanto na alusão como na citação direta, temos o emprego de recursos sutis de retomada do texto anterior pelo mais recente. A diferença está no fato de que somente na citação direta dizemos de quem se trata.
		Nenhuma das respostas acima.
 		Na citação direta, é indispensável que o novo texto retome o anterior, estabelecendo um diálogo explícito com a tradição; enquanto na alusão a retomada é indireta, vaga e imprecisa.
4. Canção do exílio ¿ Gonçalves Dias
"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Jogos Florais ¿ Antonio Carlos de Brito (Cacaso)
Dentre os poemas de nossa tradição literária, talvez seja a ¿Canção do Exílio¿, a que sofreu mais releituras. Acerca do poema de Cacaso, é possível afirmar que:
Certo 		Trata-se de uma parródia de Gonçalves Dias, uma vez que oferece um releitura crítica de elementos básicos da obra romântica, em especial a imagem simbólica do sabiá.
		Trata-se de uma paráfrase de Gonçalves Dias, uma vez que oferece um releitura crítica de elementos básicos da obra romântica, em especial a imagem simbólica do sabiá.
		Nenhuma das respostas anteriores.
		Trata-se de uma paródia do texto de Gonçalves Dias, uma vez que rompe por completo com os pressupostos do autor romântico.
		Trata-se de uma paráfrase, por não se afastar dos fundamentos propostos na obra de Gonçalves Dias.
5. leia o poema de Cláudio Manuel da Costa e a música de Peninha:
Quem deixa o trato pastoril, amado (Cláudio Manuel da Costa), séc. XVIII
Embora pertençam a épocas distintas, ambas as obras apresentam um ideal bucólico. Assinale a alternativa incorreta quanto à escolha dos artistas pós modernos por essa temática:
		Como a censura não permitia que os artistas se manifestassem contra o governo, esses procuravam expressar sua insatisfação metaforizando o centro urbano como um lugar ruim para se viver, em detrimento ao campo, onde se encontra a paz e a liberdade.
		A vida no campo representa a liberdade e é a metáfora da fuga à repressão oriunda do sistema ditatorial.
		O contexto histórico do Arcadismo e do Pós Modernismo se assemelham, daí a arte de ambas sofrerem uma mimese no campo ideológico.
		Os artistas pós modernos acreditavam na felicidade através de uma vida simples e calma, assim como os poetas arcadistas, e por esta razão compunham obras exaltando a vida no campo, onde moravam.
		"Viver no campo" metaforiza a tranquilidade não encontrada nos centros urbanos. Deste modo, os artistas não denotavam a vontade de se afastar da cidade, mas o desejo de que ela fosse diferente.
 6. É possível dizer que há paráfrase quando:
 		Algumas ideias de uma obra original são retomadas, mas sofrem profundas alterações, de tal modo que fiquem quase irreconhecíveis.
		Nenhuma das opções acima.
		Algumas ideias de uma obra original são retomadas, mas sofrem visíveis modificações, devido a um impulso de releitura crítica.
		Algumas ideiasde uma obra original são retomadas, mas recontadas de tal modo que fiquem irreconhecíveis aos olhos do leitor.
 		Algumas ideias de uma obra original são retomadas, de tal modo que o novo texto consiga manter-se fiel ao que há de essencial nelas.
7. As epígrafes, que encontramos ao início de muitos textos, é um exemplo de:
	 Pastiche
		Alusão
		Citação Direta
		Paráfrase
		Paródia
8.
1. O filme A vida de Pi é uma adaptação de um livro canadense, de Yann Martel. No entanto, esse autor está sendo acusado de ter plagiado a obra Max e os Felinos, do brasileiro Moacyr Scliar, lançado em 1980 e traduzido na Inglaterra em 1990. A questão do plágio é muito séria e é considerada crime. Caso fôssemos convidados a examinar as duas obras, que aspecto deveríamos considerar como plágio:
 		Se o novo autor subverte o sentido geral do que se pretendia a princípio.
		Se o escritor se vale de um tema já trabalhado por um autor consagrado pela tradição, mas não altera o sentido do que se pretendia comunicar no texto original.
 		Se fragmentos de um texto são copiados pura e simplesmente, sem nenhuma transformação ou acréscimo.
		Se o autor se apropriou de um trecho de outro do passado, fazendo-se passar por ele, como forma de homenagem.
		Se o texto que não é fiel ao original, mas modifica as noções nele expostas, a mensagem transmitida.
AULA 5 CONTINUAÇÃO
 1.(ENADE- 2011)
Leia o fragmento da canção abaixo:
Iracema voou
Iracema voou
Para a América
Leva roupa de lã
E anda lépida
Vê um filme de quando em vez
Não domina o idioma inglês
Lava chão numa casa de chá
A canção de Chico Buarque reproduzida acima mostra que personagens e temas da literatura permanecem presentes em formas e suportes diversos. Nessa perspectiva, como se estabelece a relação entre essa canção e o romance Iracema, de José de Alencar?
 Ampliado pelo gênero musical, o texto de Chico Buarque apresenta aspectos culturais semelhantes aos da obra alencariana, relacionados ao projeto de construção da identidade nacional, sob a influência do movimento emancipatório iniciado no século XIX.
		A (re)valorização e a fixação da identidade nacional constituem a antítese que fundamenta a escrita da canção, o que explica a negação do passado nacional
e artístico revelada por Chico Buarque.
		Os temas viagens, natureza e novo mundo, bem como a linguagem, convergentes tanto na canção quanto na obra de Alencar, retratam anseios nacionalistas em criar uma literatura portadora da identidade brasileira.	
 Embora a canção reaproveite da obra de Alencar a figura do indígena, exílio e busca pela modernidade, ela o faz em uma perspectiva de desconstrução desses elementos caracterizadores do período.
		A relação de intertextualidade que se estabelece entre o texto contemporâneo e o romântico confirma a predominância da cultura colonizada em relação ao colonizador português na América.
2. Sabe-se que um texto literário se enriquece no contato com o conjunto dos textos que formam a tradição literária, não somente de seu povo, como de toda a humanidade. Tal diálogo pode se realizar de maneiras diversas: alusão, citação, paráfrase, estilização, paródia e o pastiche, como vimos em nossas aulas. Quando, num texto, o autor dar a entender que está falando de alguém, sem a necessidade de citar o nome desta pessoa, ele está utilizando:
		Da paródia
		Do pastiche
		Da alusão
		Do plágio
		Da estilização
3. Texto 1
Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
(¿Poema de sete faces¿, Carlos Drummond de Andrade)
Texto 2 ¿
Quando nasci veio um anjo safado
O chato de um querubim
E decretou que eu tava predestinado
A ser errado assim
Já de saída minha estrada entortou,
Mas vou ate o fim,
(¿Até o fim¿, Chico Buarque de Holanda)
 Uma leitura em paralelo dos dois fragmentos de textos acima é suficiente para determinar que:
 	 Nenhuma das respostas acima.
		O texto da canção de Chico Buarque realiza uma paródia do poema drummondiano, uma vez que não lança mão das mesmas palavras para dar conta do sentido de vida errante, fora dos padrões.
		O texto da canção de Chico Buarque faz uma paráfrase do poema drummondiano, por se prestar a uma releitura crítica do que diz a obra do modernista.
		O texto da canção de Chico Buarque faz uma paráfrase do poema drummondiano, por se oferecer como uma releitura que não altera os fundamentos do texto original, centrado na ideia de um personagem que nasceu para estar fora dos padrões.
		O texto da canção de Chico Buarque realiza uma paródia do poema drummondiano, por se prestar a uma releitura crítica do que diz a obra do modernista.
4. O termo complexidade em Literatura Comparada pode ser definido como:
 Pode ser explicada de modo claro e acessível.
Nenhuma das respostas.
É a dificuldade de se fazer entender por seus ouvintes ou leitores.
O que reside na riqueza de detalhes, no emaranhado de diferentes informações a serem processadas por nosso cérebro.
O interesse pelo estudo diacrônico
5. O dialogismo, marca central da contribuição teórica de Mikhail Bakhtin, se faz presente a partir do momento em que?
	d) Somente os textos literários desprovidos de originalidade deixam transparecer as marcas do diálogo com outros textos.
Certo 	c) Em todo e qualquer texto literário se fazem presentes as marcas do diálogo com outros textos.
	a) Somente os textos literários mais bem elaborados guardam as marcas do diálogo com outros textos.
	Nenhum das opções acima.
	b) Somente em textos literários de qualidade e valor duvidosos se percebe as marcas do diálogo com outros textos.
6. A produção literária do Romantismo Brasileiro oscila entre o imperativo de trabalhar pela afirmação de nossa identidade no campo das letras, por um lado, e o impulso ao cosmopolitismo, ou seja, a tendência a dialogar com o mundo, por outro.
Sobre o impulso ao cosmopolitismo, por parte da produção literária brasileira, é incorreto afirmar:
No século XIX, eram as nações cosmopolitas europeias que ditavam os modelos de civilização a serem copiados e seguidos pelos demais povos que pretendessem se livrar do atraso.
	Nossos principais autores viviam constantemente a dialética entre o local e o universal cosmopolita.
Segundo Antônio Candido, durante o período neoclássico, a literatura brasileira era mais fortemente influenciada pela produção europeia, em vista da perspectiva universalista dos intelectuais do século XVIII.
O romântico Álvares de Azevedo não se furtava a um diálogo constante com seus autores europeus de predileção, como o francês Alfred de Musset e o inglês Byron.
Para os românticos brasileiros uma literatura com perspectivas universais só podia existir nas nações cultas, pois somente elas tinham obras capazes de resistir ao confronto severo dos intercâmbios culturais. 
7. Para atender ao que se pede, considere o texto dos dois poemas abaixo:
Texto 1 - Canção do exílio- Gonçalves Dias :
Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas......
Texto 2 - Canto de regresso à pátria - Oswald de Andrade:
 Minha terra tem palmares Onde gorjeia o mar Os passarinhos daqui Não cantam como os de lá Minha terra tem mais rosas E quase que mais amores
Uma leitura comparativa dos dois poemas, com suporte nas proposições de Antonio Candido, em Literatura e Subdesenvolvimento, nos leva a reconhecer que:
O texto de Gonçalves Dias não escapa à verve crítica dos modernistas, que a ele a consciência do subdesenvolvimento e a vontade de transformação, que se manifesta na troca do substantivo ¿palmeiras¿ por ¿palmares¿, clara alusão a uma das mais antigas revoltas populares de nosso país.
	O texto de Gonçalves Dias não poderia escapar à verve crítica dos modernistas, que a ele nada acrescentam além da visão regionalista, uma vez que o segundo poema se reporta apenas a São Paulo como sendo a terra do sujeito lírico.
	O texto de Gonçalves Dias não poderia escapar à verve críticados modernistas, que a ele acrescentam não somente a visão regionalista como a proposta concreta de se lutar pelo progresso industrial.
	Nenhuma das respostas anteriores.
	O texto de Gonçalves Dias não poderia escapar à verve crítica dos modernistas, que a ele nada acrescentam, a não ser o livre jogo da ironia.
8. O escritor moçambicano Mia Couto tem forte ligação com o Brasil. Segundo o autor, a literatura brasileira influenciou um momento de ruptura na literatura de Moçambique, principalmente por intermédio da obra de Jorge Amado. A relação entre as literaturas africanas de língua portuguesa e a literatura brasileira se se evidencia de várias formas, EXCETO por:
	A presença de um autor angolano em nossas terras, no período do Romantismo brasileiro, colocou-o em contato com a nossa poesia.
	A realização do Movimento Novos Intelectuais de Angola, inspirados no Modernismo brasileiro.
	O Movimento de Passargadismo cabo-verdiano aponta a releitura da obra de Manuel Bandeira, por uma perspectiva que busca driblar a censura.
	O fato de ser um país autônomo fez do Brasil uma referência para os países africanos lusófonos.
Certo 	O Tarzanismo, ou seja, o olhar do estrangeiro sobre a África, nela enxergando o estereótipo etnocêntrico
9. Sobre a relação entre Literatura Comparada e os Estudos Culturais, não é válido afirmar que:
Certo 	No nascimento dos Estudos Culturais, tem destaque o leavisismo, que defendia a proposta de fazer com que todos os produtos culturais, inclusive a literatura, se restringissem apenas à elite, visto que se tratava da grande tradição.
10. Um dos aspectos mais importantes no que diz ao diálogo entre a literatura e as novas artes que emergem do universo do audiovisual é a questão das adaptações de obras literárias, principalmente de romances, para outras linguagens. Isto pode se dar quando se transpõe uma narrativa ficcional para vários meios, como o rádio, a TV, as histórias em quadrinhos.
Considerando a afirmativa acima, não se pode dizer que:
	Um roteiro de cinema adaptado de uma obra literária não é obrigado a manter uma relação de estrita fidelidade ao texto literário.
	Desde as primeiras décadas do século XX, a adaptação de obras literárias para o cinema já ocupava um lugar importante no conjunto da produção cinematográfica.
	O tempo e a natureza da linguagem do cinema são impeditivos de uma fidelidade rigorosa do filme, em relação à obra literária adaptada para o cinema.
Certo 	Obras literárias sem grande expressão sempre darão origem a filmes medíocres.
	A despeito do diálogo da literatura com o cinema, este tem uma linguagem própria, na qual os enquadramentos de câmeras são fundamentais.
	
 
	
 
	
 
 
	
 
 
		
		
		
		
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