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Modelo de PI, (reconhecimento de vinculo)

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DA ______ VARA DO TRABALHO DE TERESINA, ESTADO DO PIAUÍ.
JONATHAS MIRANDA TORRES, brasileiro, casado, analista de implantação, inscrito no CPF sob o nº 057.823.483-13 e RG nº 19424304 SSP/MG, residente e domiciliado quadra 254 casa 15, Dirceu II, CEP nº 64076-490, Teresina - PI, vem mui respeitosamente a presença de Vossa Excelência por intermédio de seu advogado (procuração anexa) com escritório sito na quadra 64 casa 19, Saci, CEP nº 64020-370, Teresina – PI, propor a seguinte
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
Em face de BRAVIL SISTEMAS E INFORMATICA, pessoa jurídica de direito privado, com inscrição no CNPJ/CEI de nº 03.703.802/0001-56, com filial no endereço sito na Rua Pedro Guimarães Mariz, casa nº 3036, Parque Ideal, com CEP de nº 64077-785, em Teresina – Piauí, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:
I - PRELIMINARMENTE: DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA
O reclamante por ser pobre na forma da lei, é impossibilitado de arcar com as custas processuais sem que isso ocasione em prejuízo do seu sustento e de sua família. Desta forma requer-se o benefício DA JUSTIÇA GRATUITA segundo os termos do artigo 5º inciso LXXIV da CF/88 e artigo 98 e seguintes do NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.
II- DA SÍNTESE FÁTICA:
O Reclamante foi contratado verbalmente como empregado pela Reclamada em 01 de abril de 2019, para cumprir a função de Analista de Implantação. A remuneração avençada na época fora de R$ 2.000,00 (dois mil reais) mensal.
Tinha como jornada de trabalho de segunda a sexta-feira, das 8h ás 18h, com intervalo intrajornada de 02h, exceção ao último mês trabalhado em que foi obrigado a reduzir a jornada de trabalho tendo como jornada das 08h às 12h. A reclamada deu como motivo para mudança unilateral do contrato o fato do reclamante não está rendendo o esperado nas vendas, tendo com isso reduzido o valor da remuneração para R$ 1.000,00(mil reais), reforço que a contragosto do reclamante.
Ocorre que em 02 de agosto de 2019, o Reclamante foi dispensado sem justa causa, sem receber qualquer valor a título de verba rescisória, o qual tem direito por força de lei.
Ressalta-se que durante o período em que laborou para a Reclamada, por diversas vezes procurou sua chefe Sra. Patrícia, esta representante local da mesma, para regularizar o contrato de trabalho, como também, para obter a devida anotação em sua CTPS, porém sem êxito.
O Reclamante recebeu uma moto para locomoção, porém todo combustível utilizado, bem como as manutenções eram feitas às custas do reclamante conforme recibos anexos. O reclamante não recebia vale transporte nem refeição, exceção ao último mês em que a Reclamada retirou a moto do Reclamante e por conta disso pagou os vales correspondentes ao período.
Imperioso ressaltar que o reclamante tentou de diversas formas uma composição, onde a Reclamada reconhece o vínculo, reconhece o trabalho prestado, porém não concorda com os valores devidos, o que para sanar tal controvérsia, fez o reclamante se valer deste douto juízo. 
Ante os fatos expostos, a ausência de pagamento das verbas rescisórias, bem como a ausência do registro do contrato de trabalho, motivaram a busca da tutela jurisdicional pelo Reclamante com a presente reclamatória trabalhista.
III - DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO – ANOTAÇÃO DA CTPS
Conforme exposto, o Reclamante foi contratado verbalmente para exercer a função de analista de implantação no dia 01 de abril de 2019 permanecendo até 02 de agosto de 2019, quando foi dispensado injustamente pela Reclamada. Durante todo o período de labor mencionado, o Reclamante não teve sua Carteira de Trabalho Assinada.
Todavia, merece que seja reconhecido o vínculo empregatício, uma vez que o trabalho foi realizado com a presença de todos os requisitos indispensáveis para a configuração da relação de emprego, sendo eles: pessoalidade, onerosidade, não eventualidade e subordinação.
Tais requisitos estão previstos nos artigos 2 e 3 da Consolidação das Leis do Trabalho, in verbis:
Art. 2º – Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
Art. 3º – Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. (BRASIL, 1943).
Primeiramente comprova-se a pessoalidade, pois o contrato de trabalho, mesmo realizado verbalmente, era infungível, não podendo o Reclamante ser substituído em suas funções por outro trabalhador.
O contrato fora avençado que o Reclamante receberia a remuneração mensal supracitada (comprovantes anexos), demonstrada então o requisito da onerosidade.
A não eventualidade também estava presente, pois o Reclamante prestava os serviços, de segunda a sexta-feira, das 08h00min às 18h, de forma continua. E a subordinação comprova-se na medida em que a reclamada dirigia a prestação de serviços do Reclamante, criando um estado de sujeição entre os mesmos e caracterizando uma dependência jurídica (conversas em rede social comprovando a subordinação do reclamante a reclamada anexo.)
O Reclamante alega ainda que, em diversas ocasiões, procurou regularizar a situação quanto a falta de registro, porém sem sucesso. Nos termos do art. 29 da Consolidação das Leis Trabalhistas.
Art. 29 – A Carteira de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o qual terá o prazo de quarenta e oito horas para nela anotar, especificamente, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, sendo facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho. ( BRASIL, 1943).
Ante o exposto, requer o reconhecimento do vínculo empregatício e, que, a Reclamada seja compelida a realizar as devidas anotações na CTPS do Reclamante.
IV- DAS VERBAS A SEREM PAGAS AO RECLAMANTE:
IV.1 - DO AVISO PRÉVIO INDENIZADO
Tendo em vista a inexistência de justa causa para a rescisão do contrato de trabalho, surge para o Reclamante o direito ao Aviso Prévio indenizado, prorrogado o término do contrato para o mês de setembro de 2019, uma vez que o § 1ºdo art. 487, da CLT, estabelece que a não concessão de aviso prévio pelo empregador dá direito ao pagamento dos salários do respectivo período, integrando-se ao seu tempo de serviço para todos os fins legais.
Dessa forma, o período de aviso prévio indenizado, corresponde a mais 30 dias de tempo de serviço para efeitos de cálculo do 13º salário, férias + 40%.
O reclamante faz jus, portanto, ao recebimento do Aviso Prévio indenizado.
IV.2 - DAS FÉRIAS PROPORCIONAIS + 1/3
O reclamante tem direito a receber o período incompleto de férias, acrescido do terço constitucional, em conformidade com o art. 146, parágrafo único da CLT e art. 7º, XVII da CF/88.
O parágrafo único do art. 146 da CLT, prevê o direito do empregado ao período de férias na proporção de 1/12 por mês trabalhado ou fração superior a 14 dias.
Sendo assim, tendo o contrato iniciado no mês de abril de 2019 e terminado no mês de setembro de 2019, o reclamante faz jus as férias proporcionais acrescidas do terço constitucional.
IV.3 - DO 13º SALÁRIO PROPORCIONAL
As leis 4090/62 e 4749/65 preceituam que o décimo terceiro salário será pago até o dia 20 de dezembro de cada ano.
Ainda certo que a fração igual ou superior a 15 dias de trabalho será havida como mês integral para efeitos do cálculo do 13º salário.
Assim, tendo iniciado o contrato do reclamante no mês de abril de 2019 com o término em setembro de 2019, deverá ser paga a quantia de 5/12 em relação à remuneração percebida.
IV.4 - DO FGTS + MULTA DE 40%
Diz o art. 15 da lei 8036/90 que todo empregador deverá depositar até o dia 7 de cada mês na conta vinculada do empregado a importância correspondente a 8% de sua remuneração devida no mês anterior.
Sendo assim, Vossa Exa. Deverá condenar a Reclamada a efetuar os depósitos correspondentes todoo período da relação de emprego, tendo em vista que a CTPS do Reclamante não foi sequer assinada.
Além disso, por conta da rescisão injusta do contrato de trabalho, deverá ser paga uma multa de 40% sobre o valor total a ser depositado a título de FGTS, de acordo com § 1º do art. 18 da lei 8036/90 c/c art. 7º, I, CF/88.
IV.5 - MULTA DO ART. 477 DA CLT
No prazo estabelecido no art. 477, § 6º, da CLT, nada foi pago ao Reclamante pelo que se impõe o pagamento de uma multa equivalente a um mês de salário revertida em favor da Reclamante, conforme § 8º do mesmo art.
IV.6 - MULTA DO ART. 467 DA CLT
A Reclamada deverá pagar a Reclamante, no ato da audiência, todas as verbas incontroversas, sob pena de acréscimo de 50%, conforme art. 467 da CLT, transcrito a seguir:
“Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do comparecimento a Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinquenta por cento. ”
IV.7 – DA NULIDADE DA REDUÇÃO DA JORNADA UNILATERAL E CONSEQUENTE DIMINUIÇÃO SALARIAL
	Conforme outrora explanado, o reclamante teve sua jornada de trabalho reduzida e consequentemente seu salário diminuído, reforçando que em nenhum momento concordou com tal atitude tomada pela reclamada de forma unilateral, alterando assim os moldes do contrato inicial.
Tal atitude configura-se manifestamente ilegal, feita à revelia do reclamante, contra sua vontade e ainda lhe causando transtorno de buscar um novo trabalho no horário que ficou vago, já que viu sua remuneração reduzir inesperadamente e ter compromissos a honrar, já que os contraiu contando com o valor que recebia quando do início do contrato.
Assim rege a CLT em seu art. 468:
Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e, ainda assim, desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.
Nessa linha segue a seguinte ementa da Primeira Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (Recurso Ordinário 00599.029/94-3): ALTERAÇÃO CONTRATUAL. REDUÇÃO DE SALÁRIO E REDUÇÃO DE CARGA HORÁRIA. A redução da carga horária não autoriza a diminuição do ganho mensal, ainda que mantido o valor do salário-hora. Alteração de jornada resultante da transferência da empregada de uma empresa para um banco, tido como sucessor. Devidas as diferenças decorrentes desta redução de jornada. 
Sendo portanto devido o valor da diferença do salário pago a menor no último mês trabalhado, bem como a incidência em seus reflexos.
V - DA OBRIGAÇÃO DE FAZER - ANOTAÇÃO DE BAIXA NA CTPS DA RECLAMANTE
Em flagrante fraude aos preceitos trabalhistas consolidados e previdenciários a reclamada não registrou corretamente o contrato e a baixa do contrato de trabalho na CTPS do recte., devendo então ser a CTPS devidamente retificada na forma do pedido e por estar em desacordo com o estatuído pelos artigos 29 e 41 da CLT, devendo ser oficiado inclusive aos órgãos competentes, para aplicação da multa contida no artigo 8 e 48 da referida norma então consolidada, requerendo-se, ainda, em face da irregularidade apontada, a expedição de ofícios ao SRT, CEF, E INSS, para tomada das devidas providências.
Outrossim requer, ab initio, seja compelida a mesma a anotar corretamente a CTPS do obreiro, sob pena de incorrer em multa diária sugerida no valor de R$ 100,00 (cem reais), ou outro que entenda cabível Vossa Excelência.
V- DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS:
Requer, ainda, que a Reclamada seja condenada ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios no importe de 15% sobre o valor da condenação, conforme prevê o artigo Art. 791-A da CLT. 
XVIII - DOS PEDIDOS:
São devidos ao reclamante pela reclamada os seguintes valores e verbas rescisórias:
Salário para base de cálculo........................................................................R$ 2.000,00
Aviso prévio................................................................................................R$ 2.000,00
13º salário proporcional 5/12.......................................................................R$ 833,33
Férias proporcional 5/12..............................................................................R$ 833,33
1/3 constitucional.........................................................................................R$ 277,77
FGTS do período..........................................................................................R$ 800,00
40% FGTS....................................................................................................R$ 320,00
Multa do art. 477..........................................................................................R$ 2.000,00
SUB TOTAL................................................................................................R$ 7.064,43
Honorários advocatícios a base de 15%.......................................................R$ 1059,66 
Valor total do pedido....................................................................................R$ 8.124,09
Ante o exposto o requerente faz os seguintes pedidos:
a) Requer o Reclamante, seja citada a Empresa Reclamada, para que no prazo de lei, conteste a presente ação, caso não o faça, seja julgada e condenada à revelia;
b) Seja a presente petição recebida na sua integralidade;
c) Que sejam concedidos os benefícios da Assistência Judiciária Gratuita ao Reclamante;
d) Que sejam julgados procedentes todos os pedidos nela constante, bem como anotada sua CTPS com as referidas datas;
e) Finalmente seja a Empresa Reclamada julgada e condenada ao pagamento de todas as verbas rescisórias e os direitos trabalhistas do Reclamante;
f) a condenar a reclamada ao pagamento da multa do art. 477 da CLT, devido ao não pagamento das verbas rescisórias dentro do prazo legal, no valor da maior remuneração do reclamante;
h) a condenar a reclamada ao pagamento de todas as verbas que se caracterizam como salário, em sentido amplo e incontroverso, já em primeira audiência sob pena do previsto no o art. 467 da CLT;
i) A condenação da reclamada ao pagamento de honorários advocatícios sobre o valor atualizado da condenação no percentual de 15%;
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente, pelo depoimento do Reclamado, sob pena de confesso, oitiva de testemunhas e juntada de novos documentos, que ficam desde já requeridas.
Dá-se a presente causa o valor de R$ 8.124,09(oito mil sento e vinte e quatro reais e nove centavos) para efeitos meramente fiscais.
Nestes termos, 
Pede e espera deferimento.
Teresina – Piauí, ____ de dezembro de 2019.
DIEGO LEONARDO DA ROCHA SANTOS
Advogado OAB/PI nº 14.042

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