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Análise de dados do IBGE Com PNAD contínua e evolução do mercado de trabalho

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TAXA DE DESOCUPAÇÃO
	Para realizar uma análise específica sobre os efeitos da Reforma Trabalhista no contexto econômico e social, vamos identificar e analisar dados relativos ao emprego, de forma a entender como que se relacionam com as proposições feitas pela Reforma Trabalhista. para isso vamos utilizar os dados que são fornecidos por meio do IBGE, de acordo com os registros Pesquisa de Amostra Domiciliar (PNAD contínua). A pesquisa visa a pesquisa de dados de forma contínua. Como consequência, podem ser geradas informações mais realistas e coniventes com a realidade social e econômica do brasileiro de forma direta, tratando da inserção dos indivíduos no mercado de trabalho, assim como a atual conjectura.
	O conjunto de informações que é adquirida continuamente é reunida em um relatório anual e, como consequência é possível analisar os dados e gerar informações sobre outros assuntos, como é o caso das taxas de mortalidade infantil, outras modalidades de trabalho, número de habitantes e taxa de fecundidade, por exemplo. A junção das pesquisas trimestrais permite que sejam desenvolvidas políticas públicas e mecanismos que garantam, com maior eficiência, o avanço de tópicos relacionados ao desenvolvimento social e econômico do país.
	Dentro do contexto da classificação estabelecida pelo IBGE temos o tópico que trata de pessoas desocupadas. São classificados nesse grupo os indivíduos que estão sem ocupação no momento da pesquisa e que estão a procura de um emprego.[footnoteRef:1] De acordo com os dados captados na PNAD contínua entre 2012 e primeiro trimestre de 2019 podemos notar um grande avanço da taxa de desemprego. Usualmente, analisando o período de cada um dos trimestres dentro dos anos, também notamos uma redução da taxa de desocupação no 4º trimestre de cada um dos anos, tendo em vista o aquecimento do setor terciário (comércio e serviços) devido ao incremento das vendas de final de ano. [1: https://ww2.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pnad_continua/primeiros_resultados/analise01.shtm Acesso em 04/07/2019.] 
	Entretanto, deixando de lado a análise em relação ao aquecimento da economia gerado pelas vendas de final de ano, é normal observar como que o crescimento da taxa de desocupação para o território brasileiro evoluiu rapidamente entre o 1º trimestre de 2012 e 1º trimestre de 2019 – a taxa mais que dobrou entre os dois períodos, variando de 6,2% até 12,7%, respectivamente.
	Comparando com o Estado de São Paulo, um dos Estados mais ricos e populosos da Federação, nota-se que a taxa de desocupação está acima da média nacional e no 4º trimestre de 2018 atinge cerca de 13,5%. Ainda assim, é importante destacar a disparidade da taxa entre os Estados, podemos identificar o Amapá como o estado com a maior taxa de desocupação com pouco mais de 20% e o menor sendo Santa Catarina com taxa de pouco mais de 7%. Indicando a grande disparidade em termos de desocupação para as regiões Norte e Sul do país, respectivamente. 
	Dentro os indivíduos que estão inseridos na taxa de desocupados, o IBGE identifica que a maior proporção dessas pessoas tem o nível educacional médio completo, o que representa pouco mais de 43% da amostra, e são seguidas por pessoas que não têm o fundamental completo. Analisando a série histórica, o IBGE afirma, que dentre os anos analisados o maior nível de desocupação foi observado no grupo em que estão inseridos os indivíduos cm ensino médio incompleto ou equivalente.	
TAXA DE OCUPAÇÃO
	Analisando o gráfico que trata do nível de ocupação dentre o período de análise que vai do 1º trimestre d 2012 ao 1º trimestre de 2019, notamos que o nível de ocupação se mantém praticamente o mesmo, com leves oscilações durante o período.	 	
	O destaque que pode ser feito, a partir do gráfico acima mostra a relação de disparidade do nível de ocupação entre homens e mulheres – os homens têm uma taxa de ocupação maior do que a das mulheres em quase 20% de diferença. Uma das analistas da PNAD contínua destaque que, no final das contas, o que manteve os níveis de ocupação estáveis ao longo dos últimos anos foi gerado a partir de pessoas que estão ocupadas sem que haja formalização do trabalho, ou seja, sem carteira assinada e por pessoas que resolveram trabalhar por conta própria sem qualquer tipo de registro oficial, ou seja, sem CNPJ.[footnoteRef:2] [2: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/24909-desemprego-fica-estavel-mas-populacao-subutilizada-e-a-maior-desde-2012 Acesso em 03/07/2019] 
Nível de emprego com carteira assinada e sem carteira assinada
	No espectro da taxa de ocupação, podemos diferenciar as análises em outras categorias que permitem analisar a qualidade do nível de emprego, como é o caso dos trabalhadores com carteira assinada e sem carteira assinada especificando cada um dos setores: privado, público e doméstico – como é indicado no gráfico abaixo:
	Para facilitar as análises vamos analisar os trabalhadores com carteira assinada e os trabalhadores que estão sem carteira assinada. A partir da série de dados exposta pelo IBGE entre o 1º trimestre de 2012 e o 1º trimestre de 2019 podemos notar uma evolução negativa em termos de desenvolvimento de ocupação com carteira assinada em todos os setores.
	Para os trabalhadores do setor privado, dentro da série histórica proposta pelo IBGE, em 2015 houve o ápice de pessoas ocupadas com carteira de trabalho – atingindo valores superiores a 78%. A partir desse ano, a taxa de pessoas empregadas passa a reduzir e no 1º trimestre de 2019 atinge 74,7%. Dentro do setor doméstico a mesma queda distribuição é notada a partir de 2016 em que os percentuais de empregos com carteira assinada foram de 34,9% para 28,9% - identificando uma queda de 6% em 3 anos. Quando analisamos o setor público, podemos notar que houve uma ligeira queda na distribuição de empregos com carteira assinada, a série variou apenas 2,5% entre o início da série destacada, entre o mesmo período de 2012 e 2019.
	Por outro lado, neste momento vamos analisar os setores a partir de trabalhadores que não possuem carteira assinada. Dentro do setor privado o número de trabalhadores sem carteira assinada aumentou a partir do 1º trimestre de 2015 e foi de 21,7% para 25,3% levando em consideração o mesmo período em 2019.
	É interessante, ainda notar a grande disparidade que existe entre os setores com relação as pessoas com carteira assinada e pessoas sem carteira assinada. Dentro do setor privado a proporção é quase 3:1 em relação a pessoas com carteira de trabalho e pessoas sem carteira de trabalho. Já no setor doméstico este dado torna-se o oposto, mas com mesmas proporções, ou seja, a proporção se mantém em 3:1, mas em relação ao número de pessoas sem carteira assinada em relação ao número de pessoas com carteira assinada. 
Em termos de proporção com o restante do território nacional, o estado de São Paulo é o único que mantém os maiores valores dentre as análises feitas para o setor privado – justamente por abrigar um dos maiores polos de concentração de empregos do país – tanto os formais quanto os informais. 
Trabalhadores por conta própria
	De acordo com as informações fornecidas pelo IBGE se encaixam como trabalhadores por conta própria:																				“A pessoa que trabalhava explorando o seu 									próprio empreendimento, sozinha ou em sócio, 								sem ter empregado e contando, ou não com a 								ajuda de trabalhador não-remunerado.”[footnoteRef:3] [3: https://ww2.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/mapa_mercado_trabalho/notastecnicas.shtm Acesso em 03/07/2019] 
	A tabela abaixo mostra a variação do percentual de trabalhadores que estão empregados por conta própria entre o 1º trimestre de 2018 e o 1º trimestre de 2019. A variação é notável, especialmente, para os estados que estão localizados na Região Norte e Nordeste país – com algumas participações da Região Sudeste e Centro-Oeste.
	
	O estado de São Paulo, apesar de ter a menor variação percentual durante o período analisado,é o estado com maior número de trabalhadores por conta própria. Por outro lado, estados com números bem inferiores cresceram em termos proporcionais com os valores que tinham no 1º trimestre de 2018 em comparação com os números obtidos no 1º trimestre de 2019. 
MEDIDAS DE SUBUTILIZAÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO
	Com o intuito de realizar uma medida complementar aos dados atuais do mercado de trabalho brasileiro, o IBGE implementou nas análises de suas últimas pesquisas o conceito associado às medidas de subutilização da força de trabalho, de acordo com o Instituto
“A Subutilização da Força de Trabalho (labour underutilization) é um conceito construído para complementar o monitoramento do mercado de trabalho, além da medida de desocupação (unemployement), que tem como objetivo fornecer a melhor estimativa possível da demanda por trabalho em ocupação (employement). São identificados três componentes mutuamente exclusivos, sendo que dois componentes integram a força de trabalho: i) os subocupados por insuficiência de horas trabalhadas e os ii) desocupados; a eles se somam os que integram a iii) força de trabalho potencial.”[footnoteRef:4] [4: http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:844WtxBrVywJ:ftp://ftp.ibge.gov.br/Trabalho_e_Rendimento/Pesquisa_Nacional_por_Amostra_de_Domicilios_continua/Trimestral/Novos_Indicadores_Sobre_a_Forca_de_Trabalho/pnadc_201201_201603_trimestre_novos_indicadores.pdf+&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br Acesso em 03/07/2019] 
		
	A partir do que foi identificado a partir dos dados fornecidos pelo IBGE notamos que a taxa de subutilização é uma composição de outros três índices em que são consideradas as pessoas que trabalham menos de 40 horas por semana; são incluídas as pessoas que têm a intenção de trabalhar mas, no momento da pesquisa, procuraram ou não estavam disponíveis para procurar um emprego naquele momento; também são adicionadas as mulheres que estão em seus lares para cuidarem de filhos. No final, a junção desses aspectos acaba relacionando o potencial que é desperdiçado pela economia brasileira em termos de mão de obra. Atualmente, esses números apresentam um aumento, praticamente, contínuo a partir de 2015.
	Mesmo notando que os índices de desemprego das últimas avaliações da PNAD contínua não cresceram com tanta intensidade em relação a períodos anteriores, é de se notar que o número de pessoas subutilizadas no Brasil chegou a 28,5 milhões de pessoas em maio de 2019, de acordo com publicação do IBGE[footnoteRef:5] [5: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/24909-desemprego-fica-estavel-mas-populacao-subutilizada-e-a-maior-desde-2012 acesso em 03/07/2019] 
	 O grande aumento da subutilização da força de trabalho pode ser elencado pelo aumento do número de pessoas que estão disponíveis para atuar por um número maior de horas no mercado de trabalho, por meio do incremento da força produtiva – como mostra as definições utilizadas para a subutilização da força de trabalho, a partir das combinações feitas para análise no gráfico abaixo:
	
	Cada uma das taxas combinadas acaba por indicar o percentual de pessoas que estão dentro do grupo de subutilização da força de trabalho elencando as diversas categorias – a partir de uma taxa de subutilização de maneira geral e taxas de subutilização que agregam grupos específicos e fazem combinações entre eles. Dessa forma, a taxa de pessoas que estão combinadas de subocupação a partir de insuficiência de horas trabalhadas está em 19% no 1º trimestre de 2019; a taxa de desocupação está em 12,7% e a taxa combinada de desocupação e força de trabalho potencial também atinge os 19%. Por fim, a combinação das análises anteriores acaba gerando uma taxa composta de subutilização da força de trabalho. É interessante notar, ainda, como que ocorreu a evolução dos perfiz que estavam mais expostos à subutilização do trabalho como podemos identificar no gráfico a seguir, por grupos de idade em porcentagem: 
	Os grupos etários que naturalmente era atingido pela subutilização da força de trabalho estavam inseridos na categoria dos jovens entre 18 a 24 anos e pessoas entre 25 e 39 anos – com maior proporção para as pessoas do grupo entre 25 a 39 anos. Para 2019 houve uma diferenciação da composição das pessoas que estão também inseridas em um número elevado de taxa de subutilização, como é o caso das pessoas que estão entre os 40 e 59 anos de idade. Dessa forma, atualmente são três grupos etários que estão com taxa de subutilização superior a 25%: grupo etário de 18 a 24 anos, grupo etário de 25 a 39 anos e grupo etário de 40 a 59 anos – indicando que as combinações das taxas que indicam o percentual da força de trabalho que é desperdiçada economicamente no Brasil evoluiu e atingiu populações de todas as idades e faixas etárias.
TAXA DE POPULAÇÃO DESALENTADA
	São componentes da população que é considerada em desalento os indivíduos que estão fora da força de trabalho e que ao mesmo tempo são considerados força de trabalho potencial para serem utilizados – entretanto, que estão fora deste contingente de trabalho por não conseguirem um emprego, por não terem experiência suficiente, por serem muito jovens ou idosos, por não conseguirem um emprego nas proximidades de sua localidade e que não estaria disponível para assumir um cargo. Dessa forma, para os efeitos de cálculos são consideradas a população desalentada (que está fora da força de trabalho pelos motivos citados anteriormente) em relação as pessoas que compõe a força de trabalho somadas com a população desalentada. Assim, é possível estabelecer uma proporção entre desalentados em relação à força de trabalho real e potencial, gerando a força de trabalho ampliada, como podemos observar por meio do gráfico abaixo
	Considerando esses dados podemos observar que a população desalentada – quando comparada com a força de trabalho real da população – notamos que praticamente dois terços do país está fora do ciclo de trabalho, poderiam estar empregadas formalmente, de forma a gerar e adquirir algum tipo de rendimento.
TRABALHO INTERMITENTE
	Uma das propostas da reforma trabalhista estava relacionada ao que os deputados e senadores pró reforma cunham de “modernização das leis trabalhistas” ao inserir a modalidade de trabalho intermitente na legislação trabalhista. Trata-se do Projeto de Lei do Senado (PLS) nº 218, de 2016, do Senador Ricardo Ferraço, que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para instituir o contrato de trabalho intermitente. De acordo com o parecer do Senador Armando Monteiro da Comissão de Assuntos Sociais do Senado – sobre o que é entendido como trabalho intermitente e o seu desenrolar a seguinte definição:

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