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Avanços tecnológicos no campo: mudanças e transformações
Resumo
Eduarda Stein Melz[footnoteRef:1] [1: Acadêmica do curso de Pedgogia da instituição FAI Faculdades, duda.melz@outlook.com.] 
Gláucia Petry Dorneles[footnoteRef:2] [2: Acadêmica do curso de Pedagogia da FAI Faculdades, glaucia.petry@hotmail.com.] 
O presente artigo tem por objetivo (re) pensar o estágio supervisionado, de forma a compreender os aspectos condicionantes a práxis pedagógica que estabelece, contextualizando o estudo que decorre do projeto desenvolvido na disciplina de Estágio Supervisionado IV, destinado aos alunos do Ensino Médio, durante o 6° semestre do curso de Pedagogia da instituição FAI Faculdades de Itapiranga/SC. O estágio, no entanto, foi desenvolvido na Escola Estadual de Ensino Médio João Leopoldo Vogt, localizada no município de Barra do Guarita/RS, com a turma do 1° ano do Ensino Politécnico, no período de um dia totalizando 4 horas. No decorrer da prática docente, diversas situações fizeram-se presentes, desvendando desafios e experiências que visam uma constante reflexão sobre os anseios que regem a riqueza do trabalho (projeto/estágio) e a capacidade de acrescer profissionalmente. 
Palavras-chave: Tecnologias; Meio Rural; Educação do Campo; Ensino Politécnico; Seminário Integrado.
1. Introduzindo a escrita 
O Estágio Supervisionado, inserido à esfera pedagógica do curso de Pedagogia, como propiciador das ações e experiências do contexto social e educacional, contribui para com o desenvolvimento de potencialidades dos acadêmicos, bem como, auxilia na compreensão da realidade escolar em que é realizado. Além disso, condiciona a práxis pedagógica no âmbito de articular o currículo à interdisciplinaridade, intensificando os conceitos básicos da diversidade.
Através da temática integradora, Meio Rural, que opõe-se à grade curricular do Ensino Politécnico, associada aos conteúdos dos adolescentes da Escola Estadual de Ensino Médio João Leopoldo Vogt, de Barra do Guarita/RS, destacamos a presença dos Avanços tecnológicos neste meio, como também, suas mudanças e transformações.
Desta forma, quais estratégias e condições os meios tecnológicos trouxeram à produção e à vida no campo? A partir daí, objetivamos a compreensão dos avanços tecnológicos no campo e suas influências na vida escolar do meio rural, de modo a perceber a tecnologia como recurso fundamental no desenvolvimento desse processo.
Com o intuito de relacionar os educandos (adolescentes) nesta perspectiva, buscamos, através do tema, desenvolver uma postura ética diante dos aspectos relacionados ao meio rural, instigando a curiosidade em vista do conhecimento. Além do mais, os sensibilizamos à importância de rever e assegurar o trabalho agrícola como meio de fortalecer o comércio, a educação e a sociedade em geral, bem como, pretendemos oportunizar vivências de interação e cooperação através do diálogo e a participação nos momentos de socialização, reconhecendo na tecnologia possibilidades de saberes, interagindo com o mesmo.
Refletir sobre os aspectos relevantes ao contexto rural, requer a inserção do homem neste meio, em específico nessa pesquisa, o adolescente. Ao adentrar na perspectiva de perceber o desenvolvimento da vida no campo, estabelece uma relação harmônica e sustentável com as ações significativas que tornaram o avanço sistemático deste, mais abrangente, através da utilização de uma ferramenta que controla e facilita esse processo, a tecnologia.
Sendo assim, acreditamos ser fundamental o estudo dos avanços tecnológicos no meio rural, pois, além de proporcionar a interação dos educandos para com este meio, condiciona possibilidades de entender e usufruir da tecnologia, no âmbito de amparar os processos que se estabelecem na agricultura, desencadeados no consumo alimentício e no contexto educacional da sociedade. 
Além disso, o tema aborda questões significativas sobre a vivência e o trabalho no campo, tornando-se fonte de pesquisa para cursos superiores, dentre eles, o curso de agronomia. Será também sustentado pelo trabalho pedagógico que compreende conteúdos que auxiliam no processo de ensino e aprendizagem dos acadêmicos, quando aderido ao contexto educacional, além de abranger à população em geral, que busca por uma abordagem sucinta de como se estabelecem as condições e situações no meio rural.
2. Refletindo e dialogando sobre aspectos relevantes ao contexto rural
Quando pensamos no espaço rural, geralmente, adentramo-nos na perspectiva agropecuária, demasiada pelo trabalho agrícola, criação de gado e plantios que, de certa forma, desencadeiam a realidade vivenciada pelas pessoas e produtores que convivem neste local.
Até a década de 1950, a vida no campo desenvolvia-se através dos costumes, das vivências e experiências das pessoas, pois, o trabalho agrícola era realizado manualmente, de forma a compreender os recursos existentes na época. Mesmo com trabalho forçado, a agricultura manteve-se presente no desenvolvimento do meio urbano, tornando perceptíveis as ações que regem o progresso do comércio na sociedade em geral.
Ao dialogar com pessoas que viveram nesta época, percebe-se que entre o ano de 1950 até meados de 1990, houve pouca evolução na agricultura, pois o homem ainda trabalhava de forma rústica e braçal, por falta de incentivos governamentais e financeiros para que houvessem melhorias. A partir daí, estimulou-se ainda mais a facilidade da vida no campo, constituindo maus rentáveis e viáveis, para que as próximas gerações concretizassem sua participação no meio rural. 
Sendo assim, os programas governamentais auxiliaram no processo de progressão do meio rural, possibilitando recursos para a liberação de maquinários e investimentos, buscando aumentar a produção e capacitação dos agricultores. A produção leiteira, carnes e derivados, produção de grãos, entre outros, foram alguns dos produtos que obtiveram investimentos sob a inserção da administração neste meio.
Conforme o Ministério da Agricultura (2015), o contexto agropecuário,
Tem crescido de forma sustentável, fortemente ancorada em aumentos crescentes de produtividade, em políticas públicas adequadas e no empreendedorismo do produtor rural, expandindo e consolidando, cada vez mais, a integração econômica [...] agrícola. (MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, 2015, p. 01).
Com o passar dos anos, o contexto rural aderiu-se à utilização de meios tecnológicos que desenvolveram as ações e o trabalho no campo, de forma a perceber os avanços que a produção agrícola, a educação e o convívio social obtiveram ao concretizar suas ramificações no processo que rege sua abrangência na sociedade. 
2.1 Contextualizando a tecnologia no campo
Dessa forma, ao estabelecer intensas modificações no contexto rural, conduzimo-nos à perspectiva de relacionar a educação camponesa neste processo que, por sua vez, adere-se às manifestações existentes neste meio, sendo pertinente ao trabalho agrícola, mesmo caracterizando-se como,
[...] um espaço de precariedade por descasos, especialmente pela ausência de políticas públicas para as populações que lá residem. Essa situação tem repercutido nesta realidade social, na ausência de estradas apropriadas para escoamento da produção; na falta de atendimento adequado à saúde; na falta de assistência técnica; no não acesso à educação básica e superior de qualidade, entre outros [...] (PINHEIRO, 2011, p. 59).
Entretanto, a educação rural incorporou-se a partir do ano de 1930, através do movimento migratório que desencadeou um olhar atento a este patamar, desenvolvendo um ruralismo pedagógico, com o intuito de constituir as condições locais e fixar o homem no campo, tornando fundamental a perspectiva agrária, de modo a entender que a felicidade do homem gratificaria seu convívio social.
Assim, percebe-se o quão importante se torna a educação do campo ao advir sob a relevância de manter-se presente na realidade dos educandos que a frequentam, através de técnicas agrícolas, que buscam desenvolver sua autonomia diante dos preceitos e regalias oferecidospela sociedade.
A educação do campo, no entanto, encontra-se presente não somente no meio rural, como também no meio urbano, quando há o deslocamento dos educandos para as instituições escolares da cidade. Contudo, torna-se relativa a interação entre ambos, pois, o currículo que se mantém nas escolas em geral, abrange aspectos significativos no que diz respeito à diversidade, condicionando assim, o estudo do Ensino Médio Politécnico neste contexto. 
2.2 Ensino Médio Politécnico: Conceituando o espaço da prática
Conforme a Proposta Pedagógica do Ensino Médio Politécnico do estado do Rio Grande do Sul, compreende-se que este iniciou-se no ano de 2012 nas escolas públicas rio grandenses, com o intuito de propiciar o desenvolvimento dos educandos, assegurando-lhes o exercício da formação cidadã, em prol de sua autonomia intelectual, sua formação ética e o pensamento crítico, preparando-os para a inserção no mercado de trabalho ou continuidade no Ensino Superior.
Contudo, o ensino politécnico busca desenvolver a articulação entre as áreas do conhecimento e suas tecnologias, fundamentadas teórica e praticamente na apropriação do conhecimento e no contexto social do educando, visando ampliar suas potencialidades, através do Seminário Integrado, o qual, sociabiliza os trabalhos/projetos desenvolvidos de forma a entender e dimensioná-los à prática social. 
Conforme Azevedo; Reis (2014), 
A politecnia como princípio filosófico é instrumento fundamental na educação contemporânea. Enseja a relação entre teoria e prática, o domínio das diversas técnicas e tecnologias a partir da construção do conhecimento interdisciplinar entre os componentes curriculares para que seja possível compreender os processos científicos e sociais e sua amplitude. (AZEVEDO; REIS, 2014, p. 98)
Percebe-se tal influência, no que diz respeito ao Seminário Integrado[footnoteRef:3], quando este, torna-se o reprodutor das ações realizadas no decorrer do projeto e na socialização do mesmo, adentrando na perspectiva de que, [3: Componente que integra a nova base curricular do Ensino Médio Politécnico do Rio Grande do Sul. Desenvolvimento de atividades através da pesquisa, colocando em prática os conhecimentos teóricos.] 
Os Seminários Integrados constituem-se em espaços planejados, integrados por professores e alunos, a serem realizados desde o primeiro ano e em complexidade crescente. Organizam o planejamento, a execução e a avaliação de todo o projeto político-pedagógico, de forma coletiva, incentivando a cooperação, a solidariedade e o protagonismo do jovem adulto (RIO GRANDE DO SUL, 2011-2014, p. 24).
Sendo assim, os trabalhos a serem realizados no ensino politécnico, condicionam a pesquisa como ferramenta importante para a construção do projeto, pois, além de proporcionar a descoberta, as inovações e o compartilhamento de informações, auxilia no desenvolvimento de potencialidades dos educandos, de modo a aprimorar os conhecimentos relativos ao contexto em que se inserem.
Por intermédio do trabalho que, ao construírem processos de transformação da natureza, expressos a prática pedagógica na educação politécnica na construção das relações societárias, os indivíduos se constituem na sua humanidade, inserem-se no contexto social e desenvolvem suas potencialidades. (AZEVEDO; REIS, 2014, p. 99)
De acordo com o Regimento referência das Escolas de Ensino Médio Politécnico da Rede Estadual, a utilização de uma metodologia baseada na pesquisa, possibilita a
[...] construção de novos conhecimentos e a formação de sujeitos pesquisadores, críticos e reflexivos no cotidiano da escola, oportunizando a apropriação adequada da realidade, projetando possibilidades de intervenção potencializada pela investigação e pela responsabilidade ética (RIO GRANDE DO SUL, 2012, P. 9-10).
Assim, percebe-se que ao desenvolver um projeto, torna-se essencial o uso de ferramentas que auxiliam neste processo, não somente a pesquisa como fonte, mas também, livros e instrumentos tecnológicos que proporcionam a interação com o aprender. “ A compreensão do conhecimento que subjaz a tecnologia se torna significativa ao educando tanto no aspecto imediato como na explicação dos processos constitutivos das tecnologias do mundo contemporâneo. ” (AZEVEDO; REIS, 2014, p. 100)
Cabe ainda ressaltar que, ao conduzirmos o processo tecnológico no âmbito de amparar as relevâncias sociais, condicionaremos sua utilização, beneficiando, “as relações de produção que fundamentam a sociedade e as expressões construídas na esfera da cultura, [...] bem como seus processos constitutivos. ” (AZEVEDO; REIS, 2014, p. 102)
Desta maneira, é importante que o ensino politécnico, contemplado à esfera rural, utilize-se de uma metodologia baseada no currículo oculto, proporcionando a cooperação, a participação e o interesse dos educandos. Observa-se que diante do trabalho que busca desenvolver, alternando suas perspectivas à articulação que os contextos rural e urbano concretizam em suas especificidades, é uma modalidade que desafia o aluno e proporciona seu crescimento. 
Sendo assim, Azevedo e Reis ressaltam que, “partindo da realidade que o educando traz consigo, a escola tem o compromisso de ampliar essa perspectiva, fazendo mediações entre os “saberes feitos de experiência. ” (AZEVEDO; REIS, 2014, p. 103)
Percebe-se, no entanto, que a evolução do campo manteve-se ativa aos processos tecnológicos que desencadearam tanto a produção e os maquinários agrícolas, quanto o contexto educacional que direciona aspectos relevantes a este meio.
De acordo com Azevedo e Reis, “ no contexto atual da educação, a politecnia é elemento fundamental na construção do conhecimento e objetiva a compreensão dos processos tecnológicos e suas articulações inseridas nos contextos sociais. ” (AZEVEDO; REIS, 2014, p. 108)
Portanto, não podemos enxergar a vida no campo como atrasada e a vida na cidade como avançada, pois ambos constituem aspectos que sustentam e fundamentam a cultura e a sociedade em geral. Além disso, é importante destacar que os avanços tecnológicos condicionaram uma forte ligação entre os meios, determinando os anseios que regem a convivência social, ao compreender a relevância das produções, das informações e das escolarizações.
Contudo, pensa-se ainda que as dimensões tecnológicas que fortalecem o patamar rural, auxiliaram no desenvolvimento deste, não somente no âmbito agrário e educacional, como também, na interação comunicativa, facilitando o contato das pessoas, visando assim, uma melhor compreensão tecnológica por parte desses sujeitos, o que, no entanto, ampara os conhecimentos que se obtém diante da ferramenta e seu uso na agricultura.
3. Projetando as ações da prática docente
Para compreendermos a ação do projeto desenvolvido, problematizamos uma metodologia baseada nos conceitos que estabelecem a integralidade dos educandos diante dos conteúdos/ atividades propostas. 
	Com este projeto, no entanto, buscamos sensibilizar os educandos sobre a importância dos avanços tecnológicos no meio rural, contribuindo para com sua adaptação neste meio. Através disso, visamos o envolvimento e a participação destes, por meio de uma Oficina pedagógica que proporcionará um olhar reflexivo, no que se refere aos aspectos relativos ao campo.
	Entretanto, a oficina, contribuirá com aspectos reflexivos e dialogáveis, permitindo uma breve discussão sobre as relevâncias do tema. Assim, permite-se que o educando realize questionamentos, discussão, como também, coopere, na perspectiva de ampliar os conhecimentos e desenvolver suas potencialidades.
	A oficina organizar-se-á de forma a proporcionar uma visão mais ampla sobre o assunto, em que utilizaremos a sala do auditório e o laboratório de informática da escola, para sua realização. Serão disponibilizados slides, imagens, vídeos e objetos (ferramentas), tais como: enxada, foice, maquinários manuais, dentre outros elementos fundamentais para o desenvolvimento teórico sobre o conteúdo, com o intuito de instigar os educandos e envolvê-los nesta perspectiva. Além disso,possibilitaremos que os educandos realizem, através de objetos de estudos, atividades complementares ao assunto, no âmbito de amparar seus conhecimentos e designar a tecnologia como recurso auxiliador ao trabalho e vivências no meio rural.
	No intuito de abranger novos espaços para aprimorar o processo de ensino e aprendizagem, Marques (1999), ressalta que “ p. 174 )
	Além de apresentar os objetos de estudos como contribuintes ao processo de ensino e aprendizagem dos educandos e, ainda, como propiciador dos conhecimentos a serem desenvolvidos, sabemos da importância que as ferramentas dos dispositivos móveis têm quando bem utilizadas. Desta forma, adentraremos sucintamente, na perspectiva de aprimorar os conceitos tecnológicos no campo, através de um diálogo e demonstração de aplicativos de dispositivos móveis que podem ser acessados e utilizados pelos educandos, no intuito de amparar a produção agrícola e a utilização de maquinários.
	Acreditando que a construção de conhecimentos ocorre na interação dos educandos e educadores, estaremos propondo uma oficina que contemple a tecnologia como ferramenta importante ao desenvolvimento social, instigando a participação de todos na perspectiva de aprimorar o ensino e aprendizagem através dos conceitos teóricos e da prática educativa.
Diante disso, ressaltamos que a prática docente manteve-se focada nos aspectos tecnológicos, permitindo uma melhor compreensão do processo que desencadeou o contexto rural, bem como, concretizou sua importância no espaço educacional, na realização de atividades e na utilização deste meio mediante a interação comunicativa entre os educandos.
Assim, percebemos que o desenvolvimento da Oficina ocorreu de modo a viajar no tempo e (re) conhecer as condições de vida estabelecidos na época, tendo em vista, o progresso do meio rural, sob as influências tecnológicas, resultando na perspectiva de aprimorar os conceitos educacionais, adentrando o Ensino Politécnico como meio propiciador dos conhecimentos científicos conduzidos à realidade dos adolescentes.
Além disso, proporcionamos um olhar mais amplo sobre a educação do campo, no âmbito de relacionar a tecnologia no contexto pedagógico deste meio, permitindo refletir sobre os anseios educacionais que se estabelecem no processo metodológico através das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). Citação 
Através do diálogo que obtivemos sobre a temática, conduzimos os educandos até o Museu da cidade, onde puderam desfrutar do espaço e apreciar materiais (ferramentas) que contemplavam a vida e o trabalho no campo há um tempo atrás. Diante disso, estabelecemos uma constante conversação com o responsável deste espaço, o qual, permitiu a presença de alguns devaneios vivenciados pelos adolescentes, quando mais jovens, antes dos avanços tecnológicos. Citação espaços 
Com isso, ao retornarmos ao ambiente escolar, permitimos que os educandos, utilizando-se da criatividade, organizassem e dramatizassem um pequeno teatro, determinando suas vivências cotidianas e a socialização do tema proposto, diferenciando a vida no campo com e sem os meios tecnológicos. 
Percebemos que a turma realiza um trabalho cooperativo e integral, de modo a aprimorar seus conhecimentos e desenvolver uma postura ética diante dos preceitos que regem sua convivência social. Além de, passaram a usufruir da expressão oral e corporal, o que, de certa forma, determina o crescimento pessoal e profissional. 
Teatro citação 
	 As atividades realizadas através dos objetos de estudos (textos relativos à temática), foram desenvolvidas por meio de slides, em que os adolescentes realizaram leituras de textos condizentes às tecnologias no campo, relacionando-os aos aspectos mencionados durante a socialização da oficina. Logo, reescreveram-nos em slides, através de tópicos e ou parágrafos que mencionaram seus entendimentos sobre. Assim, organizaram slides de forma a convencer o público alvo (turma), seguidos de uma breve apresentação.
Em contrapartida, a atividade manteve-se flexível em relação ao planejamento, o qual sancionava a realização desta através do Prezi – Software online utilizado na realização de apresentações não lineares, uma alternativa ao Power Point. Assim, percebemos que os computadores do laboratório de informática da escola encontravam-se desatualizados, por isso, houve-se a necessidade da improvisação, conduzindo a atividade de acordo com os meios tecnológicos existentes nos aparelhos. 
Portanto, mesmo com a presença da flexibilidade na prática docente, dialogamos com os adolescentes sobre a importância de utilizar essa ferramenta, ressaltando que o Prezi permite aos educandos atender estes meios como fonte de crescimento pessoal e tecnológico, de modo a contribuir para com as inovações no contexto educacional, possibilitando o (re) conhecimento de novas redes tecnológicas que vão além das redes sociais (facebook, Whatsapp, etc.).
Diante disso, apresentamos aos alunos maneiras fáceis e rápidas de como baixar vídeos da internet, neste caso, do Youtube, permitindo que, ao baixá-los, integrasse-os aos slides. Estes, por sua vez, também concretizaram aspectos relevantes aos avanços tecnológicos no meio rural. 
Ao término das atividades, os educandos apresentaram a síntese dos trabalhos desenvolvidos, desvendando suas potencialidades durante a elaboração destes, além de, obterem-se de um conhecimento propício à continuação de seus estudos/projetos. 
Contudo, finalizamos a Oficina contemplando uma breve socialização sobre a temática, instigando os alunos à criticidade e autonomia, no momento de expressar e dialogar sobre suas vivências e experiências durante a mesma.
A seguir, algumas imagens que representam as vivências da prática: 
Imagens 
4. Considerações finais
Percebe-se que as tecnologias, vêm ampliando cada vez mais seu papel na sociedade, concretizando avanços que modificam e transformam a mesma. Pensando sobre, torna-se fundamental adentrá-la no contexto educacional, de modo a possibilitar um autoconhecimento da mesma, aderindo-a ao âmbito de aprimorar o processo de ensino e aprendizagem dos educandos.
É importante destacar que as tecnologias favorecem a participação dos indivíduos neste contexto, auxiliando no desenvolvimento de potencialidades, bem como, no reconhecimento tecnológico que facilita o manuseio das mesmas. Considerando que é de suma importância “criar proximidade, construir espaços para tocar a máquina, ampliar as aprendizagens, estabelecer uma inter-relação de sujeitos por meio da linguagem virtual” (Cunegatti, ano, p. 79). 
Desta forma, o contexto educacional adere-se à esta perspectiva no âmbito de enfatizar a pesquisa como meio propiciador de aprendizagens e conhecimentos, quando permeia conteúdos que partem das vivências e experiências dos educandos. Assim, os avanços tecnológicos no meio rural, suas mudanças e transformações, trouxeram à tona, aspectos condicionantes à realidade dos educandos, repercutindo o passado na concretização do processo que desencadeou o progresso da vida no campo.
REFERÊNCIAS
RIO GRANDE DO SUL. Secretaria da Educação. Regimento referência das Escolas de Ensino Médio Politécnico da Rede Estadual. Parecer CEED nº 310/2012. 
AZEVEDO, José Clóvis; REIS, Jonas Tarcísio. O Ensino Médio e os desafios da experiência: movimentos da prática. 1 ed. São Paulo: Fundação Santillana: Moderna, 2014.

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