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Ética Profissional ÉTICA NA PESQUISA Desenvolvimento Científico Pesquisas Poder. A Ciência e o crescimento do conhecimento estão sempre partindo de problemas e talvez terminando em problemas - problemas de profundidade sempre crescente e com uma fertilidade sempre crescente para sugerir novos problemas. Karl Popper “A medicina precisa comprovar a eficácia de seus atos mediante experimentos rigorosos que inevitavelmente devem realizar-se no homem”. Josélia Barbosa de Oliveira Desenvolvimento Científico: Fins Nobres ou Fins Prejudiciais. 1797: juridicamente, pode ser considerado o marco inicial. Os médicos ingleses Baker e Staplenton, que queriam testar um novo aparelho, foram condenados pela falta de solicitação de um consentimento para desunir uma fratura óssea; Noruega,1880: Gerhart Armauner Hansen (grande descobridor do bacilo da Lepra) é condenado por não ter obtido a autorização antecipada para inocular bacilos causadores de tuberculose no olho de uma senhora; 1884: Louis Pasteur tenta realizar testes de vacinas, em prisioneiros brasileiros, o que foi rejeitado por D.Pedro II, mas que acabou sendo testada em crianças na França, em 1885. 1886: condenação de Albert Neisser (descobridor da Neisseria Gonorréia) na Prússia, por ter realizado pesquisas em meninas e prostitutas sem informa-las. 1900: Walter Reed realiza experimentos com febre amarela em pessoas iniciando o recrutamento de sujeitos pagando 100 dólares para aqueles que não se adoecem e 200 para os que adoecessem, expondo-os ou a material contaminado ou ao mosquito. Alemanha, 1931: Publicação das "Diretrizes para Novas Terapêuticas e Pesquisas em Seres Humanos", (após um teste com a vacina de BCG realizado na cidade de Lübeck, com 100 crianças, sem o conhecimento e o consentimento dos seus pais, teste no qual faleceram 75 participantes) que inclusive foram mantidas por todo o período da II Grande Guerra, mas que infelizmente não tinham força de lei. Outros experimentos nazistas; 1932-1972: O estudo de Tuskegee, Alabana-não tratamento de paciente negros sifilíticos para analisar sua evolução; O estudo na State School in Massachusetts, com 19 rapazes entre 1946 e 1956, que pensavam estar participando de um clube de ciências e que foram alimentados com leite contendo cálcio e ferro radioativo para que os pesquisadores da Havard School e do MIT entendessem melhor a fisiologia digestivas dos minerais; 1950-1970: A introdução de vírus da hepatite em crianças com deficiência mental; 1963- Injeção de células cancerosas vivas em pacientes crônicos terminais; NORMATIVAS 1900-Regulamentação de experimentos científicos em Seres Humanos (Washington DC/EEUU) 1947- Código de Nuremberg 1964- Declaração de Helsinque I (Associação Médica Mundial / WMA- Finlândia) 1975- Declaração de Helsinque II (WMA- Japão) 1983- Declaração de Helsinque III (WMA- Itália) 1988- Resolução CNS 01/88 (Brasil) 1989- Declaração de Helsinque IV (WMA- Hong Kong) 1993 - Diretrizes Internacionais - CIOMS (OMS -UNESCO) 1996 - Resolução CNS 196/96 (Brasil) 1996- Declaração de Helsinque V (WMA- África do Sul) 1997 - Resolução CNS 251/97- Novos Fármacos, medicamentos, vacinas e testes diagnósticos - (Brasil) 2000 - Declaração de Helsinque VI (WMA- Escócia) 2008- Declaração de Helsinque VII (WMA-Seul) 2012- Resolução CNS 466/2012 (Brasil) REGULAMENTAÇÃO DE EXPERIMENTOS CIENTÍFICOS A pesquisa só poderia ser realizada por médicos; Exclusão de bebês, crianças, adolescentes, gestantes, idosos e doentes mentais; Maiores de 20 anos; Necessidade de autorização: comitê e pesquisados. CÓDIGO DE NUREMBERG (1947) Uso do consentimento informado internacionalmente; Não prevê consentimento por procuração nem realização sem o seu uso; Risco de morte ou invalidez permanente: impedimento para o experimento, exceto quando o pesquisador é o sujeito da pesquisa. DECLARAÇÃO DE HELSINQUE I (1964) X DECLARAÇÃO DE HELSINQUE VII (2008) Declaração de Helsinque I Pesquisa clínica sempre sob supervisão médica; Não refere sobre comitês de ética especificamente; Estabelece comentários sobre dois tipos de pesquisa: clínica com cuidado profissional e clínica não terapêutica; Necessidade de consentimento por escrito; Liberdade para o pesquisado desistir a qualquer tempo. Declaração de Helsinque VI Supervisão médica obrigatória; A investigação inclui material humano e informações sobre o indivíduo; Direito do indivíduo de desistir da pesquisa; Consentimento informado: Uso de testemunhas Crianças Preocupação com o meio ambiente e os animais; Uso do placebo. Declaração de Helsinque VII Na pesquisa médica envolvendo seres humanos, o bem- estar de cada sujeito de pesquisa deve prevalecer sobre todos os demais interesses. O PP deve ser submetido a um CEP para análise, comentários, diretrizes e aprovação antes do estudo ter início. Este Comitê deve ser independente do pesquisador, do patrocinador e de qualquer outra influência indevida. O CEP deve levar em consideração as leis e regulamentações do país ou dos países onde a pesquisa será executada, bem como as normas e padrões internacionais aplicáveis, porém estes não devem reduzir ou eliminar quaisquer das proteções para os sujeitos de pesquisa estabelecidas nesta Declaração. O Comitê deve ter o direito de monitorar os estudos em andamento. O pesquisador deve fornecer informações de monitoramento ao Comitê, especialmente informações sobre quaisquer eventos adversos graves. Nenhuma mudança no protocolo deve ser realizada sem análise e aprovação do Comitê; Preocupação com os riscos ao sujeito da pesquisa; Preocupação com os sujeitos vulneráveis; AVALIAÇÃO ÉTICA DE UM PROJETO DE PESQUISA RESPEITO À PESSOA: Sujeito da pesquisa, Pesquisador, Trabalhador, Sociedade. PESQUISA COM SERES HUMANOS Aspectos Éticos e legais Resolução CNS 466/2012 Resolução CNS 251/97 NORMATIVAS BRASILEIRAS Definições Aspectos Éticos Consentimento Livre e Esclarecido Riscos e Benefícios Protocolo Comitês de ética Toda pesquisa envolvendo seres humanos de natureza instrumental, ambiental, nutricional, educacional, sociológica, econômica, física, psíquica ou biológica, sejam eles farmacológicos, clínicos ou cirúrgicos e de finalidade preventiva, diagnóstica ou terapêutica, em qualquer área do conhecimento, deverá observar as exigências das normativas. Resolução CNS 196/96 ASPECTOS ÉTICOS Consentimento livre e esclarecido dos indivíduos-alvo e proteção a grupos vulneráveis e aos legalmente incapazes (autonomia); Ponderação entre riscos e benefícios, tanto atuais como potenciais, individuais ou coletivos (beneficência); Garantia de que danos previsíveis serão evitados (não- maleficência); Relevância social da pesquisa com vantagens significativas para os sujeitos da pesquisa e minimização do ônus para os sujeitos vulneráveis, o que garante a igual consideração dos interesses envolvidos (justiça e equidade). EXIGÊNCIAS RESOLUÇÃO 466/12 respeito ao participante da pesquisa em sua dignidade e autonomia, reconhecendo sua vulnerabilidade, assegurando sua vontade de contribuir e permanecer, ou não, na pesquisa, por intermédio de manifestação expressa, livre e esclarecida; ponderação entre riscos e benefícios, tanto conhecidos como potenciais, individuais ou coletivos, comprometendo- se com o máximo de benefícios e o mínimo de danos e riscos; garantia de que danos previsíveis serão evitados; e relevância social da pesquisa, o que garante a igual consideração dos interesses envolvidos, não perdendo o sentido de sua destinação sócio humanitária. As pesquisas, em qualquer área do conhecimento envolvendo seres humanos, deverão observar as seguintes exigências: ser adequadaaos princípios científicos que a justifiquem e com possibilidades concretas de responder a incertezas; estar fundamentada em fatos científicos, experimentação prévia e/ou pressupostos adequados à área específica da pesquisa; ser realizada somente quando o conhecimento que se pretende obter não possa ser obtido por outro meio; buscar sempre que prevaleçam os benefícios esperados sobre os riscos e/ou desconfortos previsíveis; utilizar os métodos adequados para responder às questões estudadas, especificando-os, seja a pesquisa qualitativa, quantitativa ou quali-quantitativa; se houver necessidade de distribuição aleatória dos participantes da pesquisa em grupos experimentais e de controle, assegurar que, a priori, não seja possível estabelecer as vantagens de um procedimento sobre outro, mediante revisão de literatura, métodos observacionais ou métodos que não envolvam seres humanos; obter consentimento livre e esclarecido do participante da pesquisa e/ou seu representante legal, inclusive nos casos das pesquisas que, por sua natureza, impliquem justificadamente, em consentimento a posteriori; Contar com os recursos humanos e materiais necessários que garantam o bem-estar do participante da pesquisa, devendo o (s) pesquisador (es) possuir (em) capacidade profissional adequada para desenvolver sua função no projeto proposto; prever procedimentos que assegurem a confidencialidade e a privacidade, a proteção da imagem e a não estigmatização dos participantes da pesquisa, garantindo a não utilização das informações em prejuízo das pessoas e/ou das comunidades, inclusive em termos de autoestima, de prestígio e/ou de aspectos econômico-financeiros; ser desenvolvida preferencialmente em indivíduos com autonomia plena. Indivíduos ou grupos vulneráveis não devem ser participantes de pesquisa quando a informação desejada possa ser obtida por meio de participantes com plena autonomia, a menos que a investigação possa trazer benefícios aos indivíduos ou grupos vulneráveis; respeitar sempre os valores culturais, sociais, morais, religiosos e éticos, como também os hábitos e costumes, quando as pesquisas envolverem comunidades; garantir que as pesquisas em comunidades, sempre que possível, traduzir-se-ão em benefícios cujos efeitos continuem a se fazer sentir após sua conclusão. Quando, no interesse da comunidade, houver benefício real em incentivar ou estimular mudanças de costumes ou comportamentos, o protocolo de pesquisa deve incluir, sempre que possível, disposições para comunicar tal benefício às pessoas e/ou comunidades; comunicar às autoridades competentes, bem como aos órgãos legitimados pelo Controle Social, os resultados e/ou achados da pesquisa, sempre que estes puderem contribuir para a melhoria das condições de vida da coletividade, preservando, porém, a imagem e assegurando que os participantes da pesquisa não sejam estigmatizados; assegurar aos participantes da pesquisa os benefícios resultantes do projeto, seja em termos de retorno social, acesso aos procedimentos, produtos ou agentes da pesquisa; assegurar aos participantes da pesquisa as condições de acompanhamento, tratamento, assistência integral e orientação, conforme o caso, enquanto necessário, inclusive nas pesquisas de rastreamento; comprovar, nas pesquisas conduzidas no exterior ou com cooperação estrangeira, os compromissos e as vantagens, para os participantes das pesquisas e para o Brasil, decorrentes de sua realização. utilizar o material e os dados obtidos na pesquisa exclusivamente para a finalidade prevista no seu protocolo, ou conforme o consentimento do participante; levar em conta, nas pesquisas realizadas em mulheres em idade fértil ou em mulheres grávidas, a avaliação de riscos e benefícios e as eventuais interferências sobre a fertilidade, a gravidez, o embrião ou o feto, o trabalho de parto, o puerpério, a lactação e o recém-nascido; considerar que as pesquisas em mulheres grávidas devem ser precedidas de pesquisas em mulheres fora do período gestacional, exceto quando a gravidez for o objeto fundamental da pesquisa; garantir, para mulheres que se declarem expressamente isentas de risco de gravidez, quer por não exercerem práticas sexuais ou pôr as exercerem de forma não reprodutiva, o direito de participarem de pesquisas sem o uso obrigatório de contraceptivos; e ser descontinuada somente após análise e manifestação, por parte do Sistema CEP/CONEP/CNS/MS que a aprovou, das razões dessa descontinuidade, a não ser em casos de justificada urgência em benefício de seus participantes. As pesquisas que utilizam metodologias experimentais na área biomédica, envolvendo seres humanos, além do preconizado no item anterior, deverão ainda: estar fundamentadas na experimentação prévia, realizada em laboratórios, utilizando-se animais ou outros modelos experimentais e comprovação científica, quando pertinente; ter plenamente justificadas, quando for o caso, a utilização de placebo, em termos de não maleficência e de necessidade metodológica, sendo que os benefícios, riscos, dificuldades e efetividade de um novo método terapêutico devem ser testados, comparando-o com os melhores métodos profiláticos, diagnósticos e terapêuticos atuais. Isso não exclui o uso de placebo ou nenhum tratamento em estudos nos quais não existam métodos provados de profilaxia, diagnóstico ou tratamento; utilizar o material biológico e os dados obtidos na pesquisa exclusivamente para a finalidade prevista no seu protocolo, ou conforme o consentimento dado pelo participante da pesquisa; assegurar a todos os participantes ao final do estudo, por parte do patrocinador, acesso gratuito e por tempo indeterminado, aos melhores métodos profiláticos, diagnósticos e terapêuticos que se demonstraram eficazes: o acesso também será garantido no intervalo entre o término da participação individual e o final do estudo, podendo, nesse caso, esta garantia ser dada por meio de estudo de extensão, de acordo com análise devidamente justificada do médico assistente do participante. TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO SINONIMIA: CONSENTIMENTO INFORMADO CONSENTIMENTO PÓS-INFORMAÇÃO CONSENTIMENTO CONSCIENTE CONSENTIMENTO ESCLARECIDO CONSENTIMENTO VOLUNTÁRIO E INFORMADO Inglaterra (1767): 1ª citação; Prússia (1901): recomendação para a informação dos pacientes; Alemanha (1931): O pesquisado deveria consentir livremente salvo em casos para “salvar vidas ou prevenir danos severos”; Nuremberg (1947): Uso internacionalmente; 1957: Terminologia atual, usada pela 1ª vez em uma sentença judicial; Declaração de Helsinque IV (1989): possibilidade de pesquisas clínicas sem consentimento; Diretrizes do CIOMS (1993): Não estabelece qualquer possibilidade de pesquisa sem este documento. CONCEITO: Decisão voluntária, realizada por uma pessoa autônoma e capaz, tomada após um processo informativo e deliberativo, visando a aceitação de um tratamento específico ou experimentação, sabendo da natureza do mesmo, das suas consequências e dos seus riscos. Josélia Barbosa de Oliveira DEVE POSSUIR QUATRO ELEMENTOS FUNDAMENTAIS: a informação; a compreensão; a voluntariedade; a autorização para participação. Elaborado pelo pesquisador Aprovado pelo CEP Assinado ou identificado por impressão dactiloscópica pelo pesquisado ETAPA INICIAL: buscar o momento, condição e local mais adequados para que o esclarecimento seja efetuado, considerando, para isso, as peculiaridades do convidado a participar da pesquisa e sua privacidade; prestar informações em linguagem clara e acessível, utilizando- se das estratégias mais apropriadas à cultura, faixa etária, condição socioeconômica e autonomia dos convidados a participar da pesquisa; e conceder o tempo adequado para que o convidadoa participar da pesquisa possa refletir, consultando, se necessário, seus familiares ou outras pessoas que possam ajudá-los na tomada de decisão livre e esclarecida. COMO SE ELABORA UM TERMO DE CONSENTIMENTO ESCLARECIDO? Informações gerais Você está sendo convidado(a) para participar, como voluntário em uma pesquisa. Após ser esclarecido (a) sobre as informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte do estudo, assine ao final deste documento, que está em duas vias. Uma dela é sua e a outra do pesquisador responsável. Em caso se recusa você não será penalizado de forma alguma. Informações sobre a pesquisa Título do Projeto: Estudo comparativo entre a documentação convencional e a tridimensional no diagnóstico em cirurgia ortognática Pesquisadores: Prof. Dr Ricardo José de Holanda Vasconcellos (responsável): Paloma Rodrigues Genú. Telefone para contato: (81) 34667051 ou (81) 9975-7039. Justificativa dos objetivos: A pesquisa será realizada utilizando pacientes com problemas de oclusão dentária que tenham indicação para serem submetidos à cirurgia ortognática. O objetivo da pesquisa é verificar se haverão mudanças no diagnóstico e planejamento cirúrgico dos profissionais avaliadores para cada paciente a partir da comparação dos dados obtidos da análise de rotina e da analise tridimensional Metodologia: Nesta pesquisa, o paciente se comprometerá a ceder sua documentação convencional para a cirurgia ortognática ao pesquisador afim de que ele apresente a seis profissionais avaliadores (três cirurgiões e três ortodontistas). Após, o paciente será submetido à uma tomografia de feixe cônico (sem custos para o mesmo) para que a partir dela seja feita a análise tridimensional dos problemas de oclusão dentária a qual também será apresentada aos mesmos seis avaliadores. Após a avaliação feita pelos examinadores, os exames serão devolvidos aos pacientes. Riscos e desconfortos: A pesquisa limita-se a coleta e avaliação de dados, desta forma não causando nenhum prejuízo e risco ao paciente. Benefícios: Como benefício maior deste projeto está na obtenção de uma melhor visualização dos problemas de oclusão dentária, minimizando a possibilidade de erros tanto no diagnóstico quanto no planejamento da cirurgia. Direitos do pesquisado: A sua participação em qualquer tipo de pesquisa é voluntária. Você poderá desistir da pesquisa a qualquer momento sem nenhum prejuízo para si. As informações obtidas de você para esta pesquisa serão mantidas confidenciais e não serão divulgadas sem sua permissão escrita, a menos que sejam exigidas por Lei. Sua identidade não será revelada em nenhuma publicação ou apresentação de resultados. Entretanto, se você decidir participar desta pesquisa, você estará concordando que os resultados podem ser usados na elaboração e publicação de trabalhos científicos tanto na forma escrita quanto oral em revistas e/ou eventos especializados. Dúvidas e esclarecimentos: Quaisquer dúvidas relativas à pesquisa, problemas ou dificuldade em realizar etapas da pesquisa devem ser informadas diretamente ao pesquisador responsável através dos telefones: Dra. Paloma Genú (81) 9975-7039 ou e-mail: paloma_genu@uol.com.br. Também poderá ser procurado o comitê de ética em pesquisa da UPE localizado na Av. Agamenon Magalhães, S/N Santo Amaro- Recife-PE. F: 3183-3775. MEDIDAS DE PROTEÇÃO A CONFIDENCIALIDADE Serão guardadas e resguardadas as informações obtidas, não sendo revelada, sob qualquer pretexto, a identificação dos respondentes. Todavia pode-se, através da leitura do trabalho final, suspeitar-se sobre quais profissionais tenham participado da pesquisa, sem haver, no entanto, a possibilidade de individualização. PREVISÃO DE RESSARCIMENTO DE GASTOS Os gastos para a realização do presente trabalho serão totalmente custeados pelo pesquisador. DECLARAÇÃO DE CONCORDÂNCIA EM PARTICIPAR DO ESTUDO Eu,______________________________________ __________________, RG_____________, li e concordo em participar da pesquisa, como sujeito. Fui devidamente informado (a) e esclarecido (a) pelo pesquisador (a) _______________________________________ _ sobre a pesquisa, os procedimentos nela envolvidos, assim como os possíveis riscos e benefícios decorrentes de minha participação. Foi-me garantido (a) que posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isso leve a qualquer penalidade ou interrupção de meu acompanhamento. Eu li todas as informações acima e estou satisfeito e esclarecido desta pesquisa com sua metodologia, possíveis benefícios, riscos e alternativas. Minhas questões sobre esta pesquisa foram respondidas. Eu, por este meio, consinto voluntariamente minha participação nesta pesquisa médica- odontológica como foi descrita. Eu recebi cópias deste termo de consentimento. ________________________________ Nome do pesquisado ou responsável PALOMA RODRIGUES GENÚ Aluno do Curso de Doutorado Ricardo José de Holanda Vasconcellos Nome do orientador _________________________________ Assinatura do pesquisado ou responsável ____________________________________ Assinatura do pesquisador ____________________________________ Assinatura do orientador Este formulário foi lido para ____________________________ em _____/_____/_____ pelo pesquisador ___________________________ enquanto eu estava presente. ____________________________ Nome da testemunha CUIDADOS NA ELABORAÇÃO LINGUAGEM INFORMAÇÕES SOBRE O PROJETO (devem ser evitadas expressões como foram fornecidas todas as informações necessárias a compreensão do projeto....) RISCOS E DESCONFORTOS BENEFÍCIOS (tanto os individuais como os coletivos) ALTERNATIVAS ACOMPANHAMENTO ASSISTENCIAL (Devem ser esclarecidas as formas de acompanhamento assistencial dos voluntários, do ponto de vista assistencial, bem como o nome do pesquisador responsável pelo seu atendimento durante o período da pesquisa. VOLUNTARIEDADE (evitar recrutar voluntários que possam se sentir coagidos em função de sua atividade acadêmica ou profissional). CONFIDENCIALIDADE, PRIVACIDADE E ANONIMATO (O pesquisador deve se comprometer formalmente, quando da sua divulgação dos resultados do projeto, com a preservação do anonimato dos participantes do estudo. Isto inclui a não utilização de iniciais, números de registros em instituições outras formas de cadastros). USO DA IMAGEM (Nesta autorização deverá constar a forma e a utilização previstas para as imagens). RESSARCIMENTO INDENIZAÇÃO E COMPENSAÇÃO POR DANOS DECORRENTES DA PESQUISA NOVAS INFORMAÇÕES PARTICIPANTES ANALFABETOS (O Termo de Consentimento deverá ser lido na frente de uma testemunha imparcial, sem envolvimento direto com o projeto de pesquisa. Esta pessoa deverá assinar o documento certificando que todas as informações foram dadas ao voluntário, ou ao seu representante legal, e que as perguntas suscitadas pelo mesmo foram amplamente esclarecidas pelo pesquisador. O voluntário, ou seu representante legal, deverão apor sua impressão datiloscópica ao Termo de Consentimento). MATERIAL BIOLÓGICO CRIANÇAS E ADOLESCENTES (O Termo de Consentimento será assinado por seus representantes, garantida a sua participação no processo, na medida de seu desenvolvimento moral, a partir dos sete anos. Às crianças menores de sete anos é garantido o direito de serem informadas, de forma adequada ao seu nível de compreensão. A recusa em participar, por parte da criança ou do adolescente, deverá ser sempre acatada, salvo quando a intervenção proposta for a única possibilidade terapêutica disponível ao caso e os pais ou representantes legais autorizarem a sua realização. A rigor, o consentimento é dado pela própria criança ou adolescente, o responsável legal dá é uma autorização). PARTICIPANTES COM REDUÇÃO DA CAPACIDADE http://www.ufrgs.br/HCPA/gppg/res19696.htm (Participarão em projetosde pesquisa com a autorização dada por seus representantes legais, garantindo-se a informação e participação no processo, dentro dos limites de suas capacidades) PARTICIPANTES COM DIFICULDADES DE COMPREENSÃO DEVIDO A PROBLEMAS DE IDIOMA OU DE ALGUM DEFICIÊNCIA SENSORIAL (estrangeiros, silvícolas, etc.) IDENTIFICAÇÃO DOS PESQUISADORES E FORMA DE CONTATO (Pesquisador responsável, pesquisadores associados, endereço, telefone para contato). ASSINATURA E ARQUIVAMENTO (são 02 vias, uma para o pesquisado e outra para o pesquisador. O membro da equipe que obteve o consentimento deverá ser identificado pelo nome e assinatura). O termo de consentimento livre e esclarecido poderá ser, em alguns casos, dispensado: Utilização de prontuários? Sujeito da pesquisa não sendo identificável? UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIENCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE MEDICINA SOCIAL DISCIPLINA DE ODONTOLOGIA LEGAL OF.S/N Recife, 09 de outubro de 2006 Da: Prof. Paloma Rodrigues Genu A: Delegada de Polícia da 1ª Delegacia especializada em homicídios S O L I C I T A Ç Ã O Venho por meio deste, mui respeitosamente solicitar que V.Sa. Se digne a autorizar por escrito a pesquisa em seus arquivos sobre o número de retratos falados realizados no período de 01 de janeiro a 01de julho de 2007, juntamente com a natureza dos crimes que os deram origem, em função da realização do trabalho de conclusão de curso em Odontologia da Universidade Federal de Pernambuco, conforme o previsto no projeto em anexo. Atenciosamente, xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Aluna de graduação em Odontologia da UFPE xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Aluna de graduação em Odontologia da UFPE PALOMA RODRIGUES GENU Prof. Assistente Depto.Medicina Social da UFPE Orientadora AINDA SOBRE A DISPENSA DO TCLE Nos casos em que seja inviável a obtenção do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ou que esta obtenção signifique riscos substanciais à privacidade e confidencialidade dos dados do participante ou aos vínculos de confiança entre pesquisador e pesquisado, a dispensa do TCLE deve ser justificadamente solicitada pelo pesquisador responsável ao Sistema CEP/CONEP, para apreciação, sem prejuízo do posterior processo de esclarecimento. RESOL CNS 466/12 PROTOCOLO DE PESQUISA TRABALHO OU PESQUISA CIENTÍFICA “É UM TRABALHO DE NATUREZA CIENTÍFICA REALIZADO COM METODOLOGIA CRITERIOSA, EM QUE PARTE-SE DE UM PROBLEMA À PROCURA DE SUA (S) SOLUÇÃO (ÕES)”. OBJETIVOS DO TRABALHO CIENTÍFICO *AUMENTAR E MELHORAR O CONHECIMENTO; *DESCOBERTA DE NOVOS FATOS; * UTILIZAÇÃO ESPIRITUAL E MATERIAL DO CONHECIMENTO; PESQUISA * PLANEJAMENTO * EXECUÇÃO * DIVULGAÇÃO PLANEJAMENTO Identificação Introdução Objetivos Metodologia Cronograma Orçamento Referências PESQUISA PARA QUEM? DEFINIR A QUEM SE APLICARÃO OS RESULTADOS AONDE? 1 - INDICAR O LOCAL DA PESQUISA 2 - CARACTERIZAR A POPULAÇÃO 3 - INDICAR A AMOSTRA E A TÉCNICA DE AMOSTRAGEM COM QUÊ? Definir e descrever o instrumento de coleta dos dados que será utilizado e como será testado e aplicado. QUANTO? 1 – COMO OS DADOS SERÃO TRATADOS 2 – AS PROVAS ESTATÍSTICAS PARA VERIFICAR AS HIPÓTESES COM QUE EQUIPE? INDICAR O PESSOAL RESPONSÁVEL PELA PESQUISA ESTRUTURA DO PROJETO IDENTIFICAÇÃO Título: primeiro contato com o projeto conciso e abrangente. Pesquisadores: responsabilidade intelectual Local de Origem e Realização: Origem: avaliza o projeto Realização: sedia o projeto INTRODUÇÃO Deve conter os antecedentes do problema e a evolução do mesmo em pequena revisão da literatura; o que está motivando a realização do estudo em termos teóricos e práticos, bem como as contribuições que o estudo trará para a ciência. PROPOSIÇÃO OU OBJETIVOS OBJETIVO GERAL: VINCULA-SE À HIPÓTESE PRINCIPAL. DEFINE O QUE PRETENDE ALCANÇAR COM A REALIZAÇÃO DA PESQUISA. PROPOSIÇÃO OU OBJETIVOS. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: VINCULAM-SE AO OBJETIVO GERAL. DEFINEM OS ASPECTOS QUE SE PRETENDE ESTUDAR E QUE CONTRIBUEM PARA ALCANÇAR O OBJETIVO GERAL. METODOLOGIA O TIPO DE ESTUDO AS DESCRIÇÕES DAS AMOSTRAS O MATERIAL EMPREGADO O DELINEAMENTO METODOLÓGICO COM OS MÉTODOS E TÉCNICAS APLICADAS, SENDO ELABORADA DE MODO SIMPLES, CLARO E OBJETIVO. QUANDO? 1–DEFINIR O TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DE CADA FASE DA PESQUISA 2–ESTABELECER O TEMPO TOTAL CRONOGRAMA Compatibilização das ações com o tempo disponível. TEMPO: Planejar, Executar e Divulgar. COM QUANTO? PREVISÃO DE GASTOS ORÇAMENTO RELAÇÃO DE RECURSOS NECESSÁRIOS Materiais Permanentes Materiais de Consumo Serviços de Terceiros Recursos Humanos Remuneração Bolsas ORIGEM DOS RECURSOS Instituição Fontes Externas REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Fontes de Informações Utilizadas Referências Bibliográficas Completas e Padronizadas - padrão ABNT o Leitura crítica o Confiabilidade o Documentação EXECUÇÃO DA PESQUISA EXECUÇÃO CARACTERÍSTICAS DO PESQUISADOR *VOCAÇÃO *SERIEDADE E RESPONSABILIDADE *CONHECIMENTO TÉCNICO-CIENTÍFICO * BOA REPUTAÇÃO DIVULGAÇÃO ONDE PUBLICAR? REVISTAS? CONGRESSOS? OUTROS ASPÉCTOS DA BIOÉTICA CONFIDENCIALIDADE E PRIVACIDADE CEO – Sigilo das informações DIREITO E DEVER FUNDAMENTAL INFRAÇÃO ÉTICA A confidencialidade é um dos pilares fundamentais à sustentação de uma relação médico-paciente produtiva e de confiança. Francisconi & Goldim A confidencialidade pressupõe que o paciente revele informações diretamente ao profissional, que passa a ser o responsável pela preservação das mesmas. Goldim PRIVACIDADE É a limitação do acesso às informações de uma dada pessoa, bem como do acesso à própria pessoa e à sua intimidade. É o respeito ao direito de o indivíduo manter-se afastado ou permanecer só. É o direito que o paciente tem de não ser observado sem sua autorização. Doenças de Notificação Compulsória Brasil – portaria1100/96 – Ministério da Saúde NAS ATIVIDADES DE PESQUISA: PRONTUÁRIOS E BASES DE DADOS: DESCARACTERIZAÇÃO DA IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE Em caso de necessidade imperiosa, isto será permitido apenas com o consentimento por escrito. Constituição Federal, Art. 5º. Item X As gravações em vídeo, assim como as fotografias ou outros métodos de registros de imagem pessoal, devem ser realizadas após a obtenção de uma Autorização para Uso de Imagem. Goldim Normatização NO BRASIL: preocupação com a normatização ética da pesquisa com seres humanos: Em 1988 – Resolução CNS 1/88: OBRIGATORIEDADE DA EXISTÊNCIA DE COMITÊS DE ÉTICA EM TODA INSTITUIÇÃO QUE REALIZE PESQUISA EM SERES HUMANOS. Em 1995 = 26 instituições universitárias foram consultadas Apenas 01 (uma) possuía comitê de Ética organizado segundo as normas exigidas pela CNS. COMITÊS DE ÉTICA EM PESQUISA – CEP Um dos principais instrumentos de proteção dos participantes das pesquisas e de controle ético das mesmas. O QUE SÃO OS COMITÊS DE ÉTICA EM PESQUISA? Os CEP são colegiados interdisciplinares e independentes, de relevância pública, de caráter consultivo, deliberativo e educativo, criados para defender os interesses dos participantes da pesquisa em sua integridade e dignidade e para contribuir no desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões éticos Resolução CNS Nº466/12 – SOBRE PESQUISA ENVOLVENDO SERES HUMANOS. Pesquisas envolvendo seres humanos devem ser submetidas à apreciação do Sistema CEP/CONEP, que, ao analisar e decidir, se torna corresponsável por garantir a proteção dos participantes. As instituições e/ou organizações nas quais se realizem pesquisas envolvendo seres humanos podem constituir um ou mais de um Comitê de Ética em Pesquisa - CEP, conforme suas necessidades eatendendo aos critérios normativos; e Os membros integrantes do Sistema CEP/CONEP deverão ter, no exercício de suas funções, total independência na tomada das decisões, mantendo em caráter estritamente confidencial, as informações conhecidas. Desse modo, não podem sofrer qualquer tipo de pressão por parte de superiores hierárquicos ou pelos interessados em determinada pesquisa. Devem isentar-se da tomada de decisões quando envolvidos na pesquisa em análise. E se não houver possibilidade de constituir um CEP na instituição, o que fazer? Na inexistência de um CEP na instituição proponente ou em caso de pesquisador sem vínculo institucional, caberá à CONEP a indicação de um CEP para proceder à análise da pesquisa dentre aqueles que apresentem melhores condições para monitorá-la. Composição - O CEP deverá ser constituído por colegiado com número não inferior a 7(sete) membros. Sua constituição deverá incluir a participação de profissionais da área de saúde, das ciências exatas, sociais e humanas, incluindo, por exemplo, juristas, teólogos, sociólogos, filósofos, bioeticistas e, pelo menos, um membro da sociedade representando os usuários da instituição. Poderá variar na sua composição, dependendo das especificidades da instituição e das linhas de pesquisa a serem analisadas. (Na Resol. 196/96) Os CEP e a CONEP poderão contar com consultores ad hoc, pessoas pertencentes, ou não, à instituição/organização, com a finalidade de fornecer subsídios técnicos; Os membros do CEP/CONEP deverão isentar-se da análise e discussão do caso, assim como da tomada de decisão, quando envolvidos na pesquisa; Pesquisa que não se faça acompanhar do respectivo protocolo não deve ser analisada; Considera-se antiética a pesquisa aprovada que for descontinuada pelo pesquisador responsável, sem justificativa previamente aceita pelo CEP ou pela CONEP; Qual é o salário de um membro do CEP? Os membros dos CEP e da CONEP não poderão ser remunerados no desempenho de sua tarefa, podendo, apenas, receber ressarcimento de despesas efetuadas com transporte, hospedagem e alimentação, sendo imprescindível que sejam dispensados, nos horários de seu trabalho nos CEP, ou na CONEP, de outras obrigações nas instituições e/ou organizações às quais prestam serviço, dado o caráter de relevância pública da função. Arquivo - O CEP deverá manter em arquivo o projeto, o protocolo e os relatórios correspondentes, por 5 (cinco) anos após o encerramento do estudo. ATRIBUIÇÕES DO CEP. Apresentação detalhada da informação pré-clínica necessária para justificar a fase do projeto, contendo relato dos estudos experimentais (materiais e métodos, animais utilizados, testes laboratoriais, dados referentes a farmacodinâmica, margem de segurança, margem terapêutica, farmacocinética e toxicologia, no caso de drogas, medicamentos ou vacinas). Os resultados pré-clínicos devem ser acompanhados de uma discussão quanto à relevância dos achados em conexão com os efeitos terapêuticos esperados e possíveis efeitos indesejados em humanos. Os dados referentes à toxicologia pré clinica compreendem o estudo da toxicidade aguda, subaguda a doses repetidas e toxicidade crônica (doses repetidas). Emitir parecer devidamente motivado, no qual se apresente de forma clara, objetiva e detalhada, a decisão do colegiado, em prazo estipulado em norma operacional; Encaminhar, após análise fundamentada, os protocolos de competência da CONEP, observando de forma cuidadosa toda a documentação que deve acompanhar esse encaminhamento, conforme norma operacional vigente, incluindo a comprovação detalhada de custos e fontes de financiamento necessários para a pesquisa; Ainda cabe ao CEP Manter a guarda confidencial de todos os dados obtidos na execução de sua tarefa e arquivamento do protocolo completo; Acompanhar o desenvolvimento dos projetos, por meio de relatórios semestrais dos pesquisadores e de outras estratégias de monitoramento, de acordo com o risco inerente à pesquisa; O CEP deverá manter em arquivo o projeto, o protocolo e os relatórios correspondentes, por um período de 5 anos após o encerramento do estudo, podendo esse arquivamento processar-se em meio digital; Receber denúncias de abusos ou notificação sobre fatos adversos que possam alterar o curso normal do estudo, decidindo pela continuidade, modificação ou suspensão da pesquisa, devendo, se necessário, solicitar a adequação do Termo de Consentimento; Requerer a instauração de apuração à direção da instituição e/ou organização, ou ao órgão público competente, em caso de conhecimento ou de denúncias de irregularidades nas pesquisas envolvendo seres humanos e, havendo comprovação, ou se pertinente, comunicar o fato à CONEP e, no que couber, a outras instâncias; e Manter comunicação regular e permanente com a CONEP, por meio de sua Secretaria Executiva. A revisão de cada protocolo culminará com seu enquadramento em uma das seguintes categorias: a) aprovado; b) pendente: quando o CEP considera necessária a correção do protocolo apresentado, e solicita revisão específica, modificação ou informação relevante, que deverá ser atendida em prazo estipulado em norma operacional; e c) não aprovado; Os CEP e a CONEP deverão determinar o arquivamento do protocolo de pesquisa nos casos em que o pesquisador responsável não atender, no prazo assinalado, às solicitações que lhe foram feitas. Poderão ainda considerar o protocolo retirado, quando solicitado pelo pesquisador responsável; CONEP: 1) Examinar os aspectos éticos da pesquisa envolvendo seres humanos, como também a adequação e atualização das normas atinentes, podendo, para tanto, consultar a sociedade, sempre que julgar necessário; 2) Estimular a participação popular nas iniciativas de Controle Social das Pesquisas com Seres Humanos, além da criação de CEP institucionais e de outras instâncias, sempre que tal criação possa significar o fortalecimento da proteção de participantes de pesquisa no Brasil; 3) Registrar e supervisionar o funcionamento e cancelar o registro dos CEP que compõem o Sistema CEP/CONEP; 4) Analisar os protocolos de pesquisa envolvendo seres humanos, emitindo parecer, devidamente justificado, sempre orientado, dentre outros, pelos princípios da impessoalidade, transparência, razoabilidade, proporcionalidade e eficiência, dentro dos prazos estabelecidos em norma operacional, evitando redundâncias que resultem em morosidade na análise; 1. genética humana, quando o projeto envolver: 1.1. Envio para o exterior de material genético ou qualquer material biológico humano para obtenção de material genético, salvo nos casos em que houver cooperação com o Governo Brasileiro; 1.2. Armazenamento de material biológico ou dados genéticos humanos no exterior e no País, quando de forma conveniada com instituições estrangeiras ou em instituições comerciais; 1.3. Alterações da estrutura genética de células humanas para utilização in vivo; 1. Genética humana, quando o projeto envolver: 1.4. Pesquisas na área da genética da reprodução humana (reprogenética); 1.5. Pesquisas em genética do comportamento; e 1.6. Pesquisas nas quais esteja prevista a dissociação irreversível dos dados dos participantes de pesquisa; 2. Reprodução humana: Pesquisas que se ocupam com o funcionamento do aparelho reprodutor, procriação e fatores que afetam a saúde reprodutiva de humanos, sendo que nessas pesquisas serão considerados "participantes da pesquisa" todos os que forem afetados pelos procedimentos delas. Reprodução assistida; Manipulação de gametas, pré-embriões, embriões e feto; Medicina fetal, quando envolver procedimentos invasivos; 3. Equipamentos e dispositivos terapêuticos, novos ou não registrados no País; 4. novos procedimentos terapêuticos invasivos; 5. estudos com populações indígenas; 6. projetos de pesquisa que envolvam organismos geneticamente modificados (OGM),células-tronco embrionárias e organismos que representem alto risco coletivo, incluindo organismos relacionados a eles, nos âmbitos de: experimentação, construção, cultivo, manipulação, transporte, transferência, importação, exportação, armazenamento, liberação no meio ambiente e descarte; 7. protocolos de constituição e funcionamento de biobancos para fins de pesquisa; 8. pesquisas com coordenação e/ou patrocínio originados fora do Brasil, excetuadas aquelas com copatrocínio do Governo Brasileiro; 9. projetos que, a critério do CEP e devidamente justificados, sejam julgados merecedores de análise pela CONEP. Fortalecer a participação dos CEP por meio de um processo contínuo de capacitação, qualificação e acreditação; Coordenar o processo de acreditação dos CEP, credenciando-os de acordo com níveis de competência; Analisar e monitorar, direta ou indiretamente, no prazo estipulado em normativa, os protocolos de pesquisa que envolvam necessidade de maior proteção em relação aos seus participantes, em especial os riscos envolvidos. Analisar e monitorar, direta ou indiretamente, protocolos de pesquisas com conflitos de interesse que dificultem ou inviabilizem a justa análise local; Analisar, justificadamente, qualquer protocolo do Sistema CEP/CONEP, sempre que considere pertinente; Analisar, em caráter de urgência e com tramitação especial, protocolos de pesquisa que sejam de relevante interesse público, tais como os protocolos que contribuam para a saúde pública, a justiça e a redução das desigualdades sociais e das dependências tecnológicas, mediante solicitação do Ministério da Saúde, ou de outro órgão da Administração Pública, ou ainda a critério da Plenária da CONEP/CNS. Resolução 251/97 FASE I É o primeiro estudo em seres humanos em pequenos grupos de pessoas voluntárias, em geral sadias de um novo princípio ativo, ou nova formulação pesquisado geralmente em pessoas voluntárias. Estas pesquisas se propõem estabelecer uma evolução preliminar da segurança e do perfil farmacocinético e quando possível, um perfil farmacodinâmico. FASE II (ESTUDO TERAPÊUTICO PILOTO) Visa demonstrar a atividade e estabelecer a segurança a curto prazo do princípio ativo, em pacientes afetados por uma determinada enfermidade ou condição patológica. As pesquisas realizam-se em um número limitado (pequeno) de pessoas e frequentemente são seguidas de um estudo de administração. Deve ser possível, também, estabelecer-se as relações dose-resposta, com o objetivo de obter sólidos antecedentes para a descrição de estudos terapêuticos ampliados (Fase III). FASE III (ESTUDO TERAPÊUTICO AMPLIADO) Estudos realizados em grandes e variados grupos de pacientes, com o objetivo de determinar: O resultado do risco/benefício a curto e longo prazos das formulações do princípio ativo. De maneira global (geral) o valor terapêutico relativo. Exploram-se nesta fase o tipo e perfil das reações adversas mais frequentes, assim como características especiais do medicamento e/ou especialidade medicinal, por exemplo: interações clinicamente relevantes, principais fatores modificatórios do efeito tais como idade etc. FASE IV São pesquisas realizadas depois de comercializado o produto e/ou especialidade medicinal. Estas pesquisas são executadas com base nas características com que foi autorizado o medicamento e/ou especialidade medicinal. Geralmente são estudos de vigilância pós-comercialização, para estabelecer o valor terapêutico, o surgimento de novas reações adversas e/ou confirmação da frequência de surgimento das já conhecidas, e as estratégias de tratamento DISPOSIÇÕES ESPECIAIS PESQUISA COM IDOSOS Questões: Consentimento informado Avaliação risco-benefício Avaliação por um CEP Qualificação dos pesquisadores Adequação metodológica do PP A condição essencial: verificar se a pessoa tem capacidade para tomar decisões. Caso o paciente não seja considerado capaz para consentir, a autorização pode ser dada pelo seu representante legal. A participação de pessoas incapazes em pesquisas não deve ser considerada como usual. Preservar a voluntariedade A institucionalização não é sinônimo de perda de capacidade. Os responsáveis pela instituição não podem assumir o consentimento para pesquisa de forma indiscriminada. Para estas pessoas devem ser cumpridas todas as condições anteriormente comentadas. Tamanho de letra compatível com a leitura por idosos. Os idosos não devem ser incluídos em pesquisas que não tragam qualquer benefício para si ou outros indivíduos de características semelhantes. Todas as pesquisas devem ser precedidas de estudos em animais ou outras formas de obtenção de dados que visem aumentar a segurança dos procedimentos. A questão da pesquisa em idosos não é abordada especificamente, nos documentos nacionais ou internacionais sobre ética na pesquisa. Quando um PP envolve apenas idosos como sujeitos de pesquisa, caso não exista um representante dos idosos no CEP, deve haver um representante qualificado, presente apenas nesta reunião, que seja capaz de discutir as características específicas deste grupo de pessoas que será investigado. Os pesquisadores devem ter uma qualificação prévia de trabalho com pessoas nesta faixa etária. PESQUISA COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES 1901- Prússia: primeira norma neste sentido. A pesquisa em crianças foi explicitamente proibida. 1931- Alemanha: Propôs especial atenção quanto ao uso de novas terapêuticas em menores. Não permitia a participação de menores caso houvesse risco associado. 1947- Código de Nuremberg: As crianças e os adolescentes foram excluídos de pesquisas, justamente pela sua incapacidade legal. 1964- Declaração de Helsinki: Possibilidade da participação de menores de idade em projetos de pesquisa em saúde, desde que haja o consentimento de seu responsável legal. DIRETRIZES INTERNACIONAIS (CIOMS) - 1993 Os pais ou representantes legais devem dar um consentimento por procuração; http://www.bioetica.ufrgs.br/consinf.htm http://www.bioetica.ufrgs.br/risco.htm http://www.bioetica.ufrgs.br/cep.htm http://www.bioetica.ufrgs.br/avalproj.htm http://www.bioetica.ufrgs.br/competen.htm http://www.bioetica.ufrgs.br/animaul.htm http://www.bioetica.ufrgs.br/diraber.htm http://www.bioetica.ufrgs.br/diraber.htm http://www.bioetica.ufrgs.br/prussia1.htm http://www.bioetica.ufrgs.br/nuremcod.htm http://www.bioetica.ufrgs.br/helsin4.htm O consentimento de cada criança deve ser obtido na medida da sua capacidade; A recusa da criança em participar na pesquisa deve sempre ser respeitada, a menos que, de acordo com o PP, a terapia que a criança receberá não tenha qualquer alternativa medicamente aceitável. RESOLUÇÃO 196/96 Tem apenas o direito de serem informados, "no limite de sua capacidade", sem que possam participar no processo de consentimento propriamente dito. O consentimento para a participação destas crianças e adolescentes deve ser dado por seus representantes legais. RESOLUÇÃO 251/97 As crianças e adolescentes passaram a poder participar mais ativamente do processo de consentimento informado, na medida de sua capacidade. PESQUISA EM GESTANTES Código de Nuremberg/47 - omisso Declaração de Helsinki/89 - omisso Diretrizes do CIOMS/93 – (11): Não devem ser, sob quaisquer circunstâncias, participantes de pesquisa não-clínica, a menos que a pesquisa não acarrete risco maior que o mínimo para o feto ou bebê em aleitamento e o objetivo da pesquisa é gerar novos conhecimentos sobre a gestação ou lactação. Gestantes e nutrizes não devem participar de quaisquer pesquisas clínicas exceto aquelas planejadas para proteger ou melhorar a saúde da gestante, nutriz, feto ou bebê em aleitamento, e que outras mulheres não- grávidas não possam ser sujeitos adequados a este propósito.RES.196/96 CNS III.3.u Riscos, benefícios e interferências sobre a fertilidade, gravidez, embrião, feto, trabalho de parto, puerpério, lactação e recém- nascido. III.3.v Pesquisas em grávidas devem ser precedidas de pesquisas em não grávidas, exceto quando a gravidez for o objetivo fundamental do projeto. PESQUISA EM PRISIONEIROS 1901- Prússia 1931-Alemanha 1947 - Omissão do Código de Nuremberg Declaração de Helsinque (omissa até 1996) Diretrizes Internacionais (diretriz específica) Resolução CNS 196/96 (abordagem específica) PESQUISA EM EMERGÊNCIA REFLEXÕES: Condições de trabalho Fatores de risco Contato anterior inexistente DISCUSSÃO: Relevância Geração de conhecimentos Exequibilidade - Gera discussões em torno da relevância, potencial de geração de novos conhecimentos e exequibilidade - Relevância é indiscutível visto que estes são os pacientes que mais necessitam de auxílio. CONSENTIMENTO INFORMADO Ausência de abordagem específica nos documentos nacionais e internacionais Escritório de Proteção aos riscos da pesquisa (EUA, 1996) Situação de perigo de vida associado Estudos prévios com animais Adequada relação custo-benefício PESQUISA COM CADÁVERES Autorização de familiares ou representantes Extinção de outras alternativas Procedimentos previamente descritos no Projeto de Pesquisa Preservação da privacidade Respeito à memória do envolvido Lei 8.501 (30/11/92) - Não reclamados O cadáver não reclamado junto às autoridades públicas, no prazo de trinta dias, poderá ser destinado às escolas de medicina, para fins de ensino e de pesquisa de caráter científico. Será destinado para estudo, na forma do artigo anterior, o cadáver: Sem qualquer documentação; Identificado, sobre o qual inexistem informações relativas a endereços de parentes ou responsáveis legais. No caso acima, a autoridade competente fará publicar, nos principais jornais da cidade, a título de utilidade pública, pelo menos dez dias, a notícia do falecimento. Se a morte resultar de causa não natural, o corpo será, obrigatoriamente, submetido à necropsia no órgão competente. Lei 8.501 (30/11/92) - Não reclamados É defeso encaminhar o cadáver para fins de estudo, quando houver indício de que a morte tenha resultado de ação criminosa. Para fins de reconhecimento, a autoridade ou instituição responsável manterá, sobre o falecido: Os dados relativos às características gerais; A identificação; As fotos do corpo; A ficha datiloscópica; O resultado da necropsia, se efetuada; Outros dados e documentos julgados pertinentes. Cumpridas as exigências estabelecidas nos artigos anteriores, o cadáver poderá ser liberado para fins de estudo PESQUISA EM INDÍGENAS O protocolo de pesquisa deve ser encaminhado à FUNAI que deve autorizar a pesquisa antecipadamente; Obtenção da concordância da comunidade alvo da pesquisa, sem prejuízo do consentimento individual; Atestado de vacinas contra doenças endêmicas; Atestado de não portador de moléstias; Recomenda-se a não realização de pesquisas em comunidades de índios isolados. Considerar as peculiaridades de cada povo e/ou comunidade (costumes, crenças, organização social, etc.); Não admitir exploração física, mental, psicológica ou social dos indígenas; Será considerado eticamente inaceitável o patenteamento por outros de produtos químicos e material biológico de qualquer natureza obtidos a partir de pesquisas com povos indígenas. A formação de bancos de DNA, de linhagens de células ou de quaisquer outros materiais biológicos relacionados aos povos indígenas, não é admitida sem a expressa concordância da comunidade envolvida, sem a apresentação detalhada da proposta no protocolo de pesquisa a ser submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa - CEP e à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa - CONEP, e a formal aprovação do CEP e da CONEP Resolução CNS 304/00 IN/FUNAI 01/95 PESQUISA EM PACIENTES PSIQUIÁTRICOS Problemas relacionados à autonomia do paciente; O consentimento, sempre que possível, deve ser obtido do próprio paciente; Responsáveis: família, tutor legal ou diretor da instituição. UTILIZAÇÃO DE MATERIAL BIOLÓGICO DESCARTADO Obtenção sem causar alteração na rotina Utilização se descarte habitual Manutenção do anonimato Cultura de células somente com consentimento informado Uso com finalidade exclusiva Resolução 196/96 CIOMS 1993 UTILIZAÇÃO DE DADOS DE PRONTUÁRIOS E DE BASES DE DADOS Necessidade de aprovação da CEP; Assinatura do Termo de Compromisso de Utilização de Dados; Compromisso com a confidencialidade dos dados; Utilização com finalidade exclusiva. PESQUISAS EM PESSOAS COM O DIAGNÓSTICO DE MORTE ENCEFÁLICA Requisitos Documento comprobatório da morte encefálica; Consentimento explícito, diretiva antecipada da vontade da pessoa, ou consentimento dos familiares e/ou do representante legal; Respeito à dignidade do ser humano; Inexistência de ônus econômico-financeiro adicional à família; Inexistência de prejuízo para outros pacientes aguardando internação ou tratamento; e Possibilidade de obter conhecimento científico relevante, ou novo, que não possa ser obtido de outra maneira; Que haja um canal de comunicação oficial do governo, que esclareça as dúvidas de forma acessível aos envolvidos nos projetos de pesquisa, igualmente, para os casos de diagnóstico com morte encefálica; e Em comunidades cuja cultura grupal reconheça a autoridade do líder ou do coletivo sobre o indivíduo, a obtenção da autorização para a pesquisa deve respeitar tal particularidade, sem prejuízo do consentimento individual, quando possível e desejável. PESQUISAS COM ANIMAIS Diretrizes Definição de objetivos legítimos; Imposição de limites à dor e ao sofrimento; A fiscalização de instalações e procedimentos; A garantia de tratamento humanitário. Os seres humanos são mais importantes que os animais, mas o animal também tem importância, diferenciada de acordo com a espécie considerada; Nem tudo o que é tecnicamente possível de ser realizado deve ser permitido; Nem todo o conhecimento gerado em pesquisas com animais é plenamente transponível ao ser humano; O conflito entre o bem dos seres humanos e o bem dos animais deve ser evitado sempre que possível. Manejo com respeito O PP deve passar pelo comitê de ética Garantia de condições de vida adequadas Número de animais deve ser justificado. Forma de sacrifício dos animais JURAMENTO PARA PESQUISADORES “Pelo que depende de mim, juro não colocar meus conhecimentos, minhas invenções e as aplicações que deles possam fazer, a serviço da violência, da destruição e da morte, do crescimento da miséria ou da ignorância, da escravização ou da desigualdade; mas sim dedicá-las, ao contrário, à igualdade entre os seres humanos, à sua sobrevivência, à sua elevação e liberdade. ” Michel Serres http://www.bioetica.ufrgs.br/lutz.htm
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