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Língua Portuguesa_EnsinoMédio-2ºano_semana2

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LÍNGUA PORTUGUESA 
 
Aula 02 – Língua Portuguesa (16/04/2020) 
Romantismo (2ª e 3ª geração da poesia) 
Turma: 2º Ano do Ensino Médio 
Acesso em: https://www.youtube.com/watch?v=5d5xXT9VhkQ 
 
01. Leia o poema a seguir. 
 
Vagabundo 
 
Eu durmo e vivo ao sol como um cigano, 
Fumando meu cigarro vaporoso; 
Nas noites de verão namoro estrelas; 
Sou pobre, sou mendigo e sou ditoso! 
 
Ando roto, sem bolsos nem dinheiro; 
Mas tenho na viola uma riqueza: 
Canto à lua de noite serenatas, 
E quem vive de amor não tem pobrezas. 
(...) 
 
(Álvares de Azevedo) 
 
A visão de mundo expressa pelo eu lírico nos versos de Álvares de Azevedo revela o(a) 
 
a) desequilíbrio do poeta adolescente e indeciso, que não é capaz de amar uma mulher nem a si próprio. 
b) valorização da vida boêmia que proporciona um outro tipo felicidade, desvinculada de valores materiais. 
c) postura acrítica que o poeta tem diante da realidade, seja em relação ao amor, seja em relação à vida social. 
d) lamento do poeta que leva a vida peregrina e pobre, sem bens materiais e nenhuma forma de felicidade. 
e) constatação de que a música é o único expediente capaz de levá-lo à obtenção de recursos materiais. 
 
02. Leia o poema a seguir. 
 
Lembrança de morrer 
 
[...] 
Eu deixo a vida como deixa o tédio 
Do deserto o poento caminheiro, 
- Como as horas de um longo pesadelo 
Que se desfaz ao dobre sineiro 
[...] 
 
AZEVEDO, Álvares de. Poesias completas de Álvares de Azevedo. 7. ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995. p. 37. 
 
 
Este fragmento mostra uma atitude escapista típica do romantismo. O eu lírico idealiza 
 
a) a vida como um ofício de prazer, destinado à fruição eterna. 
b) a morte como um meio de libertação do terrível fardo de viver. 
https://www.youtube.com/watch?v=5d5xXT9VhkQ
 
c) o tédio como a repetição dos fragmentos belos e significativos da vida. 
d) o deserto como um destino sereno para quem vence as hostilidades da vida. 
 
 
Leia o poema de Tobias Barreto. 
 
A Escravidão 
 
Se é Deus quem deixa o mundo 
Sob o peso que o oprime, 
Se ele consente esse crime, 
Que se chama escravidão, 
Para fazer homens livres, 
Para arrancá-los do abismo, 
Existe um patriotismo 
Maior que a religião. 
 
Se não lhe importa o escravo 
Que a seus pés queixas deponha, 
Cobrindo assim de vergonha 
A face dos anjos seus, 
Em delírio inefável, 
Praticando a caridade, 
Nesta hora a mocidade 
Corrige o erro de Deus! 
 
03. Considerando a temática abordada no poema, é correto afirmar que ele se enquadra no 
movimento romântico 
 
a) condoreiro, a exemplo de Castro Alves que, com o poema Navio Negreiro, aborda a questão da escravidão no Brasil. 
b) indianista, a exemplo de Gonçalves Dias que, com o poema I – Juca Pirama, analisa a condição dos excluídos 
socialmente. 
c) ultrarromântico, a exemplo de Fagundes Varela que, com o poema Cântico do Calvário, mostra o sofrimento do 
negro no Brasil. 
d) condoreiro, a exemplo de Castro Alves que, com o poema Vozes d’África, exalta a força e a simpatia dos negros 
africanos. 
e) ultrarromântico, a exemplo de Casimiro de Abreu que, com o poema Meus oito anos, recorda a escravidão que 
conhecera na infância. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
01. [B] 
 
No poema “Vagabundo” de Álvares de Azevedo, o eu lírico valoriza a vida boêmia (“Fumando meu cigarro vaporoso;/ 
Nas noites de verão namoro estrelas”, “Canto à lua de noite serenatas”) ao mesmo tempo que se considera feliz por 
possuir riquezas que não estão associadas a bens materiais (“Ando roto, sem bolsos nem dinheiro”, “Sou pobre, sou 
mendigo e sou ditoso!”), como se afirma em [B]. 
 
02. [B] 
 
A morte como forma de libertação desta realidade mundana e sofrida era um dos temas mais caros da segunda geração 
romântica, sobretudo em Álvares de Azevedo. 
 
03. [A] 
 
A poesia condoreira, vertente do Romantismo brasileiro da 3ª. Geração e que teve em Castro Alves seu representante 
mais ativo, usa como temática a denúncia da escravidão e a exaltação dos ideais democráticos, como acontece no 
poema “Navio Negreiro”. Em “Vozes de África”, ao contrário do que se afirma em D, o poeta compara a situação de 
liberdade e pujança em que viviam os negros na sua terra natal e a de opressão e violência em terras brasileiras, sob o 
jugo da escravidão.

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