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Direito Administrativo resumo 2018 provas da OAB

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Licensed to luciasilva.ls2014@gmail.com
Introdução
CONCEITOS
1. Conjunto harmônico de regras e princípios que regem os órgãos
integrantes da Administração Pública, seus agentes e as atividades
administrativas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os
fins desejados pelo Estado, visando o interesse público.
2. É o ramo do Direito Público que estuda princípios e normas reguladores
do exercício da função administrativa.
- Interesse público:
- Interesse público primário: verdadeiro interesse da sociedade
- Interesse público secundário: interesse do Estado como pessoa
jurídica.
FUNÇÃO ADMINISTRATIVA
Função administrativa é uma das funções básicas do Estado, é a
atividade desempenhada pelas pessoas estatais, sujeitas a controle
jurisdicional, no fiel cumprimento do dever de alcançar o interesse público.
Em suma, é toda atividade desenvolvida pela Administração
representando os interesses da coletividade.
Temos como identificação da função administrativa três
critérios:
1) Subjetivo (ou orgânico): dá ênfase ao sujeito ou agente da função;
2) Objetivo Material: examina-se o conteúdo da atividade;
3) Objetivo Formal: ilustra a função pelo regime jurídico em que se situa
a sua disciplina.
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A cada um dos poderes Estatais, foi atribuído uma função típica
(aquela exercida predominantemente): a) o Poder Legislativo exerce a
função legislativa; b) o Poder Judiciário exerce a função jurisdicional; c) O
Poder Executivo exerce a função administrativa, também chamada função
executiva.
Ocorre que, esses poderes também atuam de modo atípico, ou
seja, é possível que um Poder exerça uma função atribuída a outro, de
forma secundária.
Temos como exemplos: O poder Legislativo tem como função
principal elaborar o regramento jurídico Estatal (sua função típica),
todavia, também administra seus órgãos, momento em que exerce uma
atividade típica do poder executivo. Temos ainda, a possibilidade do
julgamento do chefe do executivo pelo Legislativo nos crimes de
responsabilidade. Da mesma forma, a função legislativa pode ser exercida
atipicamente pelos poderes Legislativo e Judiciário.
Aqueles que exercem a competência administrativa, em razão
do interesse público, possuem uma posição privilegiada e de supremacia
em face de terceiros que com ela se relacionam, ela tem prerrogativas e
obrigações que não são extensíveis aos particulares. Tendo como
finalidade o alcance das necessidades sociais.
Sentidos da Administração Pública:
- Sentido Objetivo: a administração pública nesse contexto representa o
próprio exercício da função administrativa pelo Estado, por meio de seus
agentes e órgãos.
- Sentido Subjetivo: por essa concepção, a administração pública vertente
considera-se, aqui, o sujeito da função administrativa.
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Princípios do Direito 
Administrativo
Princípios expressos do Direito Administrativo
O Direito Administrativo tem como base dois princípios norteadores, são eles
:
1) O princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse
privado: Por tal princípio entende-se, que sempre que houver conflito
entre um particular e um interesse público coletivo, deve prevalecer o
interesse público. Essa é uma das prerrogativas conferidas a
administração pública.
2) Princípio da indisponibilidade do interesse público: são limitações as
prerrogativas do interesse público. Exemplo: licitações, cargos públicos,
etc.
Não obstante, a Administração Pública possui outros princípios (princípios
constitucionais), expressos no Art. 37 da CF/88:
a) Legalidade: tal princípio preceitua que a atuação está vinculada à
observância do disposto na lei em sentido amplo, ou seja, o administrador só
pode atuar nos limites previstos no ordenamento jurídico. É, portanto, a
base do Estado Democrático de Direito e garante que todos os conflitos
serão resolvidos mediante lei;
b) Impessoalidade: o agir da administração pública não pode prejudicar ou
beneficiar o cidadão individualmente considerado, de modo que será
imposto ao Administrador Público que só pratique ato para o seu fim legal.
Ademais, a impessoalidade é o fundamento para a Responsabilidade
Objetiva do Estado, porquanto, o agir da Administração Pública não se
confunde com a pessoa física de seu agente.
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Princípios do Direito 
Administrativo
c) Moralidade: a Administração Pública impõem ao Agente Público que
pratica o ato administrativo um comportamento ético, jurídico, adequado.
Não basta a simples previsão legal que autorize o agir da administração
pública, é necessário que além de legal, o ato administrativo também seja
aceitável do ponto de vista ético-moral, segundo o que está expresso no
artigo 37, § 4º da CF/88.
d) Publicidade: diz respeito à imposição legal da divulgação no Órgão
Oficial, do ato administrativo, como regra geral, no intuito do
conhecimento do conteúdo deste pelo Administrado e início de seus
efeitos externos. A publicidade do ato administrativo o torna exequível.
Todavia, nem todos os atos administrativos necessitam de divulgação
oficial para serem válidos. A publicidade pode ser restringida e limitada
pela Constituição Federal, desde que decorra de uma situação de
relevante interesse coletivo, para garantir a segurança nacional ou para
proteção da intimidade de garantia ou honra privada.
e) Eficiência: este princípio ingressou no rol dos princípios mínimos da
Administração com o advento da EC 19/98, quando foi inserido no caput
do artigo 37. Por meio deste princípio, exige-se que o Administrador aja de
modo rápido e preciso, produzindo resultados que satisfaçam as
necessidades dos administrados, ou seja, é a eficiência do poder público.
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Outros Princípios.
Princípios infraconstitucionais (art. 2°. Da Lei 9784/99)
a) Princípio da autotutela: Estabelece que a Administração pode rever os
seus próprios atos, seja para anulá-los (se ilegais) ou revogá-los (se
inconvenientes). Trata-se, pois, de um controle interno realizado através
da revogação de atos inconvenientes ou inoportunos, com efeito ex nunc;
e da anulação (Lei 9784/99 art. 54) de atos ilegais (vício, fraude, erro), com
efeito ex tunc.
b) Princípio da Finalidade: Na visão de Hely Lopes Meireles (doutrina
minoritária), tal princípio se assemelha ao princípio da impessoalidade.
Ocorre que, sempre que um ato for praticado visando interesse alheio ao
interesse público o ato será nulo devido ao desvio de finalidade.
Atenção: desvio de finalidade constitui ato de improbidade administrativa,
tipificado no art. 11 da Lei 8429/92.
c) Princípio da obrigatória motivação: Todo ato deve ser acompanhado de
uma explicação por escrito das razões de fato e de direito que levaram a
sua prática.
d) Princípio da Razoabilidade: Alguns autores defendem que este também
é princípio explícito, art. 5°, XXVIII, CF. A administração deve agir de
maneira racional, usando o bom-senso, praticar atos com moderação.
e) Princípio da Proporcionalidade: É inerente ao princípio da razoabilidade.
Corresponde a adequação entre fins e meios da administração pública, em
outras palavras, o motivo da prática do ato deve ser proporcional a prática
do ato.
f) Princípio da Continuidade: Este princípio é implícito da CF/88, mas
expresso na lei nº 8.987/95. Versa que o administrador público deve
entender que a atuação administrativa não deve ser interrompida, deve
ser contínua.
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Poderes da 
Administração Pública
Os poderes administrativos são prerrogativas especiais e
instrumentos que o ordenamento jurídico confere ao Estado para que este
cumpra suas finalidades institucionais na busca e alcance do interesse
público.
Características dos Poderes Administrativos
a) Instrumentalidade;
b) Poder-dever;
c) Irrenunciabilidade;
d) Exercício dos poderes da lei;
e) Responsabilização do Administrador;
Classificação dos Poderes Administrativos quanto à margem de liberdade
a) Poder Vinculado: No exercício dopoder vinculado, a lei tipifica objetiva
e claramente a situação em que o agente deve agir e o comportamento a
ser tomado. O Administrador, pois, é obrigado a agir de acordo com o que
está definido na lei, sem possuir nenhuma margem de escolha.
b) Poder Discricionário: O poder discricionário permite uma margem de
liberdade ao administrador, que exercerá um juízo de valor segundo
critérios de conveniência e oportunidade, dentro dos limites definidos pela
lei, avaliando a situação e escolhendo o melhor comportamento a ser
tomado dentre os que são legalmente possíveis e que melhor atenda ao
interesse público buscado ou se aplique melhor ao caso concreto.
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Classificação dos Poderes Administrativos quanto às espécies
a) Poder Hierárquico: Prerrogativa que tem o Estado de organizar sua
estrutura, escalonando e definindo funções de seus órgãos, bem como
fiscalizar, ordenar e rever a atuação de seus agentes, através do
estabelecimento de relações de subordinação entre aqueles que integram
o seu quadro de pessoal. Tem-se a Hierarquia Horizontal, que se dá por
atos de coordenação, tendo a distribuição da competência territorial ou
por especialidade por matéria e a Hierarquia Vertical, a qual possui sua
competência distribuída por atos de subordinação, um órgão superior
controla um inferior. As características do Poder Hierárquico são: a) edição
de atos normativos internos; b) dar ordens (poder de comando); c)
fiscalização e controle; e d) delegação e avocação de competência.
b) Poder Disciplinar: É o poder conferido ao agente público de aplicar
sanções aos demais agentes diante da prática de uma infração funcional,
bem como às pessoas que mantêm vínculo contratual ou pela hierarquia
com a Administração e cometem alguma falta durante a execução do
contrato.
c) Regulamentar ou Normativo: Refere-se à prerrogativa que tem o Chefe
do Executivo de expedir regulamentos que irão complementar o teor das
leis, preparando-se sua execução (art. 84, IV da CF/88). Ademais, importa
destacar que no exercício do poder regulamentar, a Administração não
pode criar direitos, obrigações, proibições, medidas punitivas, devendo
limitar-se a estabelecer normas sobre a forma como a lei vai ser cumprida.
No Direito Internacional, o Regulamento ou Decreto, divide-se em dois
grupos: A) EXECUTIVO – Para execução da lei . B) AUTÔNOMO – Possui
seu regulamento somo substituto do texto legal, quando não há lei ou
ela é omissa. Ocorre a cria de direitos e obrigações devido a uma
Emenda Constitucional, o Art. 84, VI da CF/88.
ATENÇÃO
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d) De Polícia: É a atividade da administração pública que, limitando ou
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou
abstenção de fato, em razão de interesse Público concernente à
segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do
mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de
concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao
respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. Nesta
ocasião a polícia atuante é a Administrativa não a Judiciária (prevenção e
repressão de ilícitos criminais).
Sendo assim, com alicerce nos poderes da Administração
Pública, podemos utilizar um método Mnemônico bastante conhecido
para fixação do conteúdo:
HI = Poder Hierárquico
PO = Poder de Polícia
DI = Poder Disciplinar
DI = Poder Discricionário
VI = Poder Vinculado
NO = Poder Normativo
Temos então a palavra : HI.PO.DI DI.VI.NO.
Do Abuso de Poder
O abuso de poder ocorre quando o agente, no exercício de suas 
atribuições legais, atua com desrespeito a normas de competência ou em 
forma contrária a sua finalidade institucional.
- Excesso de Poder: Atuação fora dos limites de competência;
- Desvio de Poder ou Finalidade: Deixa de observar a finalidade 
estabelecida em lei para o ato.
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Organização da 
Administração Pública e o 
Terceiro Setor
Trata-se da estruturação da Administração Pública,
identificando seus elementos constitutivos e a forma como se inter-
relacionam.
Órgãos Públicos
Segundo o que dispõe o artigo 1°, § 2°, inciso I, da Lei 9.784/ 99:
Art. 1° (...)
§ 2o Para os fins desta Lei, consideram-se:
I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração
direta e da estrutura da Administração indireta;
São divisões das entidades estatais (União, Estados e
Municípios) ou centros especializados de competência, instituídos para o
desempenho de funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é
imputada à pessoa jurídica a que pertencem.
Ademais, podem ter representação própria, por seus 
procuradores, bem como ingressar em juízo, na defesa de suas 
prerrogativas, contra outros órgãos públicos. 
Os órgãos não possuem personalidade jurídica própria, são destituídos
de legitimidade para atuar em Juízo. Excepcionalmente os tribunais
admitem a legitimidade do órgão para a defesa de competências,
atribuições e prerrogativas próprias.
ATENÇÃO
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- Classificação:
a) Independentes: são os derivados da Constituição órgãos representantes
do poder e independentes hierarquicamente (ex. Senado Federal);
b) Autônomos: são órgãos com autonomia técnica e financeira (ex.
Ministérios);
c) Superiores: são os órgãos de direção, mas sem autonomia técnica.
Dependem de um órgão autônomo mas possuem poder de decisão para o
estabelecimento de regras em suas atividades (ex. Coordenadorias,
Gabinetes, Secretaria da Receita Federal);
d) Subalternos: são órgãos de execução. Executam uma atividade direta,
obedecem ordens, auxiliam, prestam serviços públicos de forma direta,
porém, não possuem poder de decisão (ex. seções e os serviços)
e) Simples: são os que não têm outros órgãos agregados à sua estrutura
f) Compostos: são os que têm outros órgãos agregados à sua estrutura,
para funções complementares ou especializadas;
g) Singulares: são órgãos de um só titular (ex. Presidência da República);
h) Colegiados: são os compostos por duas ou mais pessoas (ex. Conselhos
e Tribunais).
Como forma de buscar eficiência, a Administração Pública
transfere a prestação de serviços para uma pessoa jurídica especializada
(exemplo: empresa de correios, INSS, etc.), essa transferência é chamada
de Descentralização e caracteriza a ADMINISTRAÇÃO INDIRETA. Quando o
poder público, não transfere a prestação do serviço, ou seja, cria órgãos
especializados, divide-se internamente distribuindo competência entre
uma mesma pessoa jurídica, essa organização é chamada de
Desconcentração e caracteriza a ADMINISTRAÇÃO DIRETA.
- Administração pública direta: União, Estados, Municípios, DF;
- Administração pública indireta: autarquias, fundações, sociedades de
economia mista, empresas públicas, agencias reguladoras, agencia
executiva, consórcio público com personalidade jurídica de direito público
(associação pública, Lei 11.107/05).
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A Administração Indireta está subordinada à Administração Direta?
R.: Não. Entre a Administração Direta e Indireta há relação de
vinculação. Existe um controle externo chamado de tutela
administrativa, controle finalístico ou supervisão ministerial, que nada
mais é do que uma fiscalização que os entes políticos e seus órgãos
exercem sobre as entidades administrativas da administração indireta,
visando o cumprimento das suas finalidades institucionais. Ademais,
insta destacar que todas as entidades da administração indireta federal,
sejam elas de direito público ou de direito privado, estão sujeitas ao
controle externo realizado pelo Poder Legislativo, com auxilio do
Tribunal de Contas da União.
Pergunta
Desconcentração Descentralização
• Órgãos;
• Distribuição das atividades dentro 
da mesma pessoa;
• Sem personalidade jurídica 
(despersonalizados);
• Subordinação hierárquica;
• Ministérios, Secretarias, 
Delegacias;
• Administração pública direta, ou 
centralizada.
• Entidades;
• Distribuiçãodas atividades para 
diferentes pessoas jurídicas;
• Pessoas jurídicas de direito privado 
(autônomas);
• Não são subordinadas, mas vinculas a 
ministérios;
• Autarquias, fundações públicas;
• Administração pública indireta ou 
descentralizada;
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Figuras da Administração Indireta
Os entes da Administração Indireta possuem personalidade
jurídica própria, são pessoas jurídicas titulares de direitos e obrigações,
entidades que respondem pelos seus atos.
As entidades da Administração Indireta são criadas através de
Lei Específica (EXCEÇÃO: Art.37º, XIX, CF/88 – “somente por lei específica
poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública,
de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)”).
Dois tipos de pessoas jurídicas: pessoas de direito público e pessoas de
direito privado.
1. Direito público: autarquias e fundações públicas (clássicas). Agências
reguladoras e associações públicas (novas).
2. Direito privado: empresas públicas e sociedades de economia mista
(clássicas).
Fundações governamentais (nova).
Autarquias e fundações públicas:
São pessoas jurídicas de direito público interno, criadas por lei
específica (art. 37, XIX, CF/ 88), as quais é atribuída, para melhor
funcionamento, autonomia administrativa, econômica e financeira para
exercício de algum serviço público típico do Estado.
Alguns órgãos possuem capacidade processual especial para defesa de
suas prerrogativas em juízo. Capacidade para impetrar mandado de
segurança ou ser autoridade coatora em mandado de segurança.
ATENÇÃO
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Ex. INSS, IBAMA, CADE, INCRA, FUNAI, Banco Central, etc.
Características: 
a) Pessoas de direito público; 
b) Criadas e extintas por lei específica; 
c) Não podem falir; 
d) Possuem autonomia (capacidade de autogoverno); 
e) São imunes a impostos; 
f) Praticam atos administrativos e celebram contratos administrativos;
g) São executadas pelo sistema de precatórios (art. 100, CF); 
h) Responsabilidade direta e objetiva.
i) Possuem prerrogativas processuais (O art. 183 do CPC/2015 estabelece 
que a Fazenda Pública goza de prazo em dobro para todas as suas 
manifestações processuais e que a contagem dos prazos terá início a partir 
da intimação pessoal dos seus representantes legais, sendo possível que a 
intimação ocorra por remessa dos autos, carga destes ou através de 
intimação por meio eletrônico);
j) Precisam licitar ao contratar com terceiros;
Os Conselhos Profissionais são considerados autarquias federais (ADI
1.717-DF). Porém, em relação a OAB, o STF, no julgamento da ADI 3026-
DF, classificou esta autarquia como “categoria ímpar no elenco das
personalidades jurídicas existentes no direito brasileiro”.
ATENÇÃO
Espécies:
- Autarquias de Controle: Atuam no serviço de polícia do Estado, pois,
regulamentam, controlam e fiscalizam. Exemplos: CRM, CREA, CRO.
- Autarquias em Regime Especial: Possuem maior liberdade de atuação
no exercício de suas atividades. São detentoras de um mandado certo e
possuem a garantia de estabilidade de suas funções. Exemplo:
universidades públicas.
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- Agencias Reguladoras: São autarquias de regime especial, são
responsáveis pela regulamentação, o controle e a fiscalização de
serviços públicos transferidos ao setor privado.
Ex.: ANATEL – Agência Nacional das Telecomunicações, ANP – Agência
Nacional de Petróleo, etc.
As Agências Reguladoras possuem uma forma diferenciada de
escolha dos seus dirigentes, eles são nomeados pelo chefe do Executivo
(Presidente da República) devendo essa nomeação ser aprovada pelo
Senado Federal. Após a nomeação, o Dirigente cumpre um mandato certo
e definido pela lei interna da agência podendo perde-lo por meio de um
processo administrativo ou por renúncia de sua parte. Ao fim do mandato,
o dirigente cumpre um período de quarentena (estabelecido pela lei nº
9.986/2000) por quatro meses, ficando o ex dirigente impedido de prestar
serviços a qualquer empresa vinculada a agência que participava.
- Agências Executivas: trata-se de uma qualificação prevista no art. 37, §
8° da CF/ 88 conferida às autarquias e fundações públicas integrantes
da Administração Indireta que hajam celebrado contrato de gestão
com o Ministério Supervisor e possuam um plano estratégico de
reestruturação e desenvolvimento institucional, voltado para a
melhoria da qualidade da gestão e para a redução de custos.
Além da maior autonomia, podemos apontar como vantagem de
uma agência executiva a ampliação dos valores para a contratação direta.
Entretanto, as agências executivas devem cumprir objetivos e metas
fixados no contrato de gestão, visando uma atuação mais eficiente. Um
exemplo de Agência Executiva é o INMETRO.
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Fundações públicas e Empresas Estatais
As Fundações surgem quando um determinado patrimônio é
destacado pelo fundador, ao qual é atribuída uma personalidade jurídica,
visando ao atendimento de uma finalidade específica, devendo haver uma
lei específica definindo as áreas que poderão ser criadas essas fundações.
A natureza jurídica das fundações será estabelecida pela sua
própria lei específica. Definida a natureza jurídica da fundação, saber-se-á
o ordenamento jurídico que será aplicado á ela, pois, se a natureza jurídica
for de direito público a ela serão aplicadas as regras das Autarquias, serão
as chamadas Autarquias fundacionais; se a natureza jurídica da fundação
for de direito privado, nela haverá um regime híbrido ou misto, não
gozando de nenhuma prerrogativa pública mas será submetida a todas as
limitações estatais.
As empresas estatais são autorizadas por lei, sendo que sua
criação efetiva ocorre com o registro dos atos constitutivos no registro
competente. Ademais, a criação de subsidiárias das empresas estatais ou
sua participação em empresas privadas também exigem autorização
legislativa, conforme dispõe o artigo 37, inciso XX, da CF/ 88.
De outro norte, entende-se por empresas estatais as
EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA. Alguns
autores denominam estas entidades de “empresas paraestatais”.
Empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado,
integrantes da Administração Indireta, instituídas pelo Poder Público,
mediante autorização de lei específica, com capital exclusivamente
público, para a exploração de atividades de natureza econômica ou
execução de serviços públicos.
Ao passo que Sociedades de economia mista, são pessoas
jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Indireta,
instituídas pelo Poder Público, mediante autorização legal, sob a forma de
sociedade anônima e com capitais públicos e privados, para a exploração
de atividades de natureza econômica ou execução de serviços públicos.
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As empresas públicas e as sociedades de economia mista são
criadas com o objetivo de permitir ao Estado a exploração de atividades de
caráter econômico. Embora tais entidades estejam intimamente ligadas à
ideia de exploração de atividade econômica, de cunho lucrativo, há
empresas públicas e sociedades de economia mista que prestam serviços
públicos, sujeitando-se, portanto, a regime jurídico distinto daquele
aplicável às que se dedicam a atividades econômicas.
Fundações públicas e Empresas Estatais
QUANDO COMPARATIVO
Fundações públicas Empresas Estatais 
(Governamentais)
• Pessoas de direito público;
• FUNAI, FUNASA, PROCON;
• Criadas por lei específica;
• Exerce atividade social;
• Responsabilidade civil objetiva;
• Necessitam de licitação para 
contratar com terceiros;
• Imunidade tributária recíproca e 
prerrogativas processuais;
• Seus bens são públicos;
• Juízo privativo;
• Pessoas de direito privado;
• Fundação Pe. Anchieta (TV cultura);
• Criadas por autorização legislativa;
• Podem prestar serviço público ou 
explorar atividade econômica;• Responsabilidade civil objetiva, 
quando prestar serviço público e, 
subjetiva, em caso de exploração de 
atividade econômica;
• Necessitam de licitação para contratar 
com terceiros;
• Não tem imunidade tributária nem 
prerrogativas processuais;
Somente os bens afetados são 
públicos;
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Consórcios Públicos
Podem ser pessoas públicas ou privadas, se públicas, são
associações públicas de natureza autárquica.
Quando constituídos sob a forma de associação pública, o
consórcio assumirá personalidade jurídica de direito público e terá
natureza de autarquia, observando as prerrogativas destas entidades
administrativas e integrando a Administração Pública Indireta de todos os
entes consorciados.
Ademais, o consórcio público também pode se constituir sob a
forma pessoa jurídica de direito privado, observando-se que a legislação
civil dispõe sobre o tema. Entretanto, mesmo neste caso, o consórcio
público observará as normas de direito público no que tange à realização
de licitação, celebração de contratos, prestação de contas e admissão de
pessoal, que será regido pela CLT.
Os consórcios públicos poderão gozar dos seguintes privilégios:
– Firmar convênios, contratos, acordos de qualquer natureza, receber
auxílios, contribuições e subvenções sociais ou econômicas de outras
entidades e órgãos do governo;
– Nos termos do contrato de consórcio de direito público, promover
desapropriações e instituir servidões nos termos de declaração de
utilidade ou necessidade pública, ou interesse social, realizada pelo Poder
Público;
– Ser contratado pela administração direta ou indireta dos entes da
Federação consorciados, dispensada a licitação;
- Emitir documentos de cobrança e exercer atividades de arrecadação de
tarifas e outros preços públicos pela prestação de serviços ou pelo uso ou
outorga de uso de bens públicos por eles administrados ou, mediante
autorização específica, pelo ente da Federação consorciado;
- Outorgar concessão, permissão ou autorização de obras ou serviços
públicos mediante autorização prevista no contrato de consórcio público,
que deverá indicar de forma específica o objeto da concessão, permissão
ou autorização e as condições a que deverá atender, observada a
legislação de normas gerais em vigor.
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A criação de um consórcio público seguirá os seguintes passos: a)
subscrição de protocolo de intenções entre os entes interessados na
constituição do consórcio; b) publicação de protocolo de intenções na
imprensa oficial; c) promulgação de lei por cada um dos entes integrantes
ratificando o protocolo, salvo se existir lei prévia autorizando a subscrição; e
d) celebração do correspondente contrato.
A União não poderá constituir consórcio público diretamente
com municípios, assim como os Estados não poderão consorciar-se com
Municípios que não estejam localizados em seu território.
Fique 
Sabendo
Outrossim, além do próprio contrato de criação, há a previsão
de duas modalidades de contratos firmados entre os entes consorciados,
quais sejam, os contratos de rateio e programa.
O contrato de rateio é o instrumento por meio do qual os entes
consorciados assumem o compromisso de transferir recursos financeiros
ao consórcio, para que este possa atingir os objetivos estabelecidos no ato
de criação. Já o contrato de programa é instrumento pelo qual devem ser
constituídas e reguladas as obrigações de que um ente da Federação,
inclusive sua administração indireta, tenha para com outro ente da
Federação, ou para com o consórcio público, no âmbito da prestação de
serviços públicos por meio de cooperação federativa.
Terceiro Setor
O Terceiro Setor é composto por entidades da sociedade civil,
sem fins lucrativos, que se destinam à prestação de serviços de interesse
coletivo e social, não exclusivos do Estado, podendo receber incentivo
estatal para o desempenho de tais atividades. Tais entidades são
chamadas de entes de cooperação ou entidades paraestatais.
As entidades integrantes do terceiro setor não integram a
Administração Pública direta ou indireta.
ATENÇÃO
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QUESTÕES COMENTADAS
QUESTÃO 1
No Estado X, foi constituída autarquia para a gestão do regime próprio de
previdência dos servidores estaduais. A lei de constituição da entidade
prevê a possibilidade de apresentação de recurso em face das decisões da
autarquia, a ser dirigido à Secretaria de Administração do Estado (órgão ao
qual a autarquia está vinculada). Sobre a situação descrita, assinale a
opção correta.
A) Não é possível a criação de autarquia para a gestão da previdência dos
servidores, uma vez que se trata de atividade típica da Administração
Pública.
B) Não cabe recurso hierárquico impróprio em face das decisões da
autarquia, uma vez que ela goza de autonomia técnica, administrativa e
financeira.
C) A previsão de recurso dirigido à Secretaria de Administração do Estado
(órgão ao qual a autarquia está vinculada) configura exemplo de recurso
hierárquico próprio.
D) São válidas tanto a constituição da autarquia para a gestão do regime
previdenciário quanto a previsão de cabimento do recurso ao órgão ao
qual a autarquia está vinculada.
Comentário: Não existe qualquer irregularidade na constituição de uma
autarquia para a gestão de regime previdenciário. Vale ressaltar que o
INSS é uma autarquia federal que desempenha esta atividade. Alternativa
correta: D
Questões Comentadas
dos Últimos Exames
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QUESTÃO 2
A ONG “Festivus”, uma associação de caráter assistencial, qualificada
como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP),
celebrou Termo de Parceria com a União e dela recebeu R$ 150.000,00
(cento e cinquenta mil reais) para execução de atividades de interesse
público. Uma revista de circulação nacional, entretanto, divulgou
denúncias de desvio de recursos e de utilização da associação como forma
de fraude. Com base na hipótese apresentada, considerando a disciplina
constitucional e legal, assinale a afirmativa correta.
A) O Tribunal de Contas da União não tem competência para apurar
eventual irregularidade, uma vez que se trata de pessoa jurídica de direito
privado, não integrante da Administração Pública.
B) O Tribunal de Contas da União tem competência para apurar eventual
irregularidade praticada pela OSCIP, por se tratar de pessoa jurídica
integrante da administração indireta federal.
C) O Tribunal de Contas da União tem competência para apurar eventual
irregularidade praticada pela OSCIP, por se tratar de recursos públicos
federais.
D) O controle exercido sobre a utilização dos recursos repassados à OSCIP
é realizado apenas pela própria Administração e pelo Ministério Público
Federal.
Comentário: A competência do Tribunal de Contas tem fundamento nos
indícios de desvio de recursos públicos, ainda que a OSCIP não faça parte
da Administração Pública. Assim, no caso narrado, o TCU deveráinvestigar
o fato. Alternativa correta: C
QUESTÃO 3
O Governador do Estado Y criticou, por meio da imprensa, o Diretor-
Presidente da Agência Reguladora de Serviços Delegados de Transportes
do Estado, autarquia estadual criada pela Lei nº 1.234, alegando que
aquela entidade, ao aplicar multas às empresas concessionárias por
supostas falhas na prestação do serviço, “não estimula o empresário a
investir no Estado”. Ainda, por essa razão, o Governador ameaçou,
também pela imprensa, substituir o Diretor-
Presidente da agência antes de expirado o prazo do mandato daquele
dirigente. Considerando o exposto, assinale a afirmativa correta.
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A) A adoção do mandato fixo para os dirigentes de agências reguladoras
contribui para a necessária autonomia da entidade, impedindo a livre
exoneração pelo chefe do Poder Executivo.
B) A agência reguladora, como órgão da Administração Direta, submete-se
ao poder disciplinar do chefe do Poder Executivo estadual.
C) A agência reguladora possui personalidade jurídica própria, mas está
sujeita, obrigatoriamente,ao poder hierárquico do chefe do Poder
Executivo.
D) Ainda que os dirigentes da agência reguladora exerçam mandato fixo,
pode o chefe do Poder Executivo exonerálos, por razões políticas não
ligadas ao interesse público, caso discorde das decisões tomadas pela
entidade.
Comentário: Agência reguladores tem mandado fixo para seus dirigentes,
e isso impossibilita a exoneração de cargo. Alternativa correta: A
QUESTÃO 4
Após autorização em lei, o Estado X constituiu empresa pública para
atuação no setor bancário e creditício. Por não possuir, ainda, quadro de
pessoal, foi iniciado concurso público com vistas à seleção de 150
empregados, entre economistas, administradores e advogados.
A respeito da situação descrita, assinale a afirmativa correta.
A) Não é possível a constituição de empresa pública para exploração direta
de atividade econômica pelo Estado.
B) A lei que autorizou a instituição da empresa pública é,
obrigatoriamente, uma lei complementar, por exigência do texto
constitucional.
C) Após a Constituição de 1988, cabe às empresas públicas a prestação de
serviços públicos e às sociedades de economia mista cabe a exploração de
atividade econômica.
D) A empresa pública que explora atividade econômica sujeita-se ao
regime trabalhista próprio das empresas privadas, o que não afasta a
exigência de concurso público.
Comentário: Empresa pública que explora atividade econômica está
sujeita ao regime trabalhista das empresas privadas, ou seja, CLT. O que
não elimina a necessidade de concurso público. Alternativa correta: D
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Ato Administrativo
Trata-se de toda manifestação unilateral de vontade da
Administração, a qual tenha por fim imediato adquirir, resguardar,
transferir, modificar, extinguir e declarar direitos ou impor obrigações a
ela mesma e aos particulares.
- Atributos dos Atos Administrativos:
a) Presunção de Legitimidade e Veracidade;
b) Imperatividade ou coercibilidade;
c) Autoexecutoriedade ou exigibilidade;
d) Tipicidade.
- Requisitos de validade:
a) Competência – prerrogativa para a edição de um ato, esfera de atuação;
b) Forma – somente a prescrita em lei, maneira de exteriorização dos atos
administrativos, em regra, são escritos;
c) Motivo – razões que justificam a edição do ato;
d) Objeto – é ato em si mesmo considerado, é o que o ato decide, opina,
certifica;
e) Finalidade – única, o interesse público.
Invalidação e Anulação dos Atos Administrativos
Os atos administrativos devem ser convenientes, oportunos e
legítimos e, quando isso não ocorre, devem ser desfeitos pela própria
Administração ou pelo Poder Judiciário, sempre que se revelarem
inadequados aos fins visados pelo Poder Público, ou ainda contrários às
normas legais que os regem. A invalidação, portanto, pode se dar pela
revogação ou anulação dos atos administrativos, figuras que se
diferenciam na doutrina.
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A anulação é a declaração de invalidade de um ato
administrativo ilegítimo ou ilegal, feita pela própria Administração (Súmula
473, STF) independendo de provocação, podendo ocorrer de ofício, ou
pelo Poder Judiciário, este atuando somente quando provocado. Funda-se,
ademais, em razões de legitimidade ou legalidade.
Espécies de atos administrativos
a) Enunciativos: declaram algum fato;
b) Negociais: em concordância com o particular, ampliativos;
c) Ordinatórios: atos internos de disciplina do Estado;
d) Normativos: criam regras para particulares e agentes;
e) Punitivos: aplicam sansões.
Classificação do ato administrativo
a) Discricionário ou vinculado;
b) Concreto ou abstrato;
c) De Império, de gestão ou de expediente (atos de rotina);
d) Gerais ou individuais (especiais).
Invalidade do ato administrativo
a) Inexistentes – não admitem convalidação;
b) Nulos – não admitem convalidação;
c) Anuláveis – admitem convalidação;
d) Irregulares – vício irrelevante.
Extinção do ato administrativo
a) Renúncia: o particular abre mão da vantagem que lhe foi concedida;
b) Cumprimento de seus efeitos (ato exaurido);
c) Desaparecimento do sujeito ou objeto;
d) Cassação: quando o particular não cumpre com seus deveres (cassação
de licença, por uso indevido), hipótese de retirada do ato administrativo
por ilegalidade superveniente;
e) Caducidade: lei nova não mais permite a prática do ato; alteração 
judiciária (ato x lei);
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f) Contraposição/derrubada: o ato é extinto em razão de novo ato 
antagônico/contrário ao primeiro (exoneração extingue a nomeação); ato 
x ato;
g) Revogação: forma de retirada do mundo jurídico de atos válidos, todos 
os efeitos que o ato produziu foram válidos;
h) Anulação: decorre de um vício de ilegalidade, aniquilando todos os 
efeitos que este ato já produziu.
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QUESTÃO 1
Manoel da Silva é comerciante, proprietário de uma padaria e confeitaria
de grande movimento na cidade ABCD. A fim de oferecer ao público um
serviço diferenciado, Manoel formulou pedido administrativo de
autorização de uso de bem público (calçada), para a colocação de mesas e
cadeiras. Com a autorização concedida pelo Município, Manoel comprou
mobiliário de alto padrão para colocá-lo na calçada, em frente ao seu
estabelecimento. Uma semana depois, entretanto, a Prefeitura revogou a
autorização, sem apresentar fundamentação.
A respeito do ato da prefeitura, que revogou a autorização, assinale a
afirmativa correta.
A) Por se tratar de ato administrativo discricionário, a autorização e sua
revogação não podem ser investigadas na via judicial.
B) A despeito de se tratar de ato administrativo discricionário, é admissível
o controle judicial do ato.
C) A autorização de uso de bem público é ato vinculado, de modo que,
uma vez preenchidos os pressupostos, não poderia ser negado ao
particular o direito ao seu uso, por meio da revogação do ato.
D) A autorização de uso de bem público é ato discricionário, mas, uma vez
deferido o uso ao particular, passa-se a estar diante de ato vinculado, que
não admite revogação.
Comentário: Sendo tal autorização ato discricionário da Administração
Pública, a incidência do poder judiciário se aplicará no que diz respeito a
esfera da justiça ,somente. Alternativa correta: B
Questões Comentadas
dos Últimos Exames
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QUESTÃO 2
O Estado X publicou edital de concurso público de provas e títulos para o
cargo de analista administrativo. O edital prevê a realização de uma
primeira fase, com questões objetivas, e de
uma segunda fase com questões discursivas, e que os 100 (cem)
candidatos mais bem classificados na primeira fase avançariam para a
realização da segunda fase. No entanto, após a divulgação dos resultados
da primeira fase, é publicado um edital complementar estabelecendo que
os 200 (duzentos) candidatos mais bem classificados avançariam à
segunda fase e prevendo uma nova forma de composição da pontuação
global. Nesse caso,
A) a alteração não é válida, por ofensa ao princípio da impessoalidade,
advindo da adoção de novos critérios de pontuação e da ampliação do
número de candidatos na segunda fase.
B) a alteração é válida, pois a aprovação de mais candidatos na primeira
fase não gera prejuízo aos candidatos e ainda permite que mais
interessados realizem a prova de segunda fase.
C) a alteração não é válida, porque o edital de um concurso público não
pode conter cláusulas ambíguas.
D) a alteração é válida, pois foi observada a exigência de provimento dos
cargos mediante concurso público de provas e títulos.
Comentário: Todo comportamento da Administração Pública tem que ser
impessoal. Alternativa correta: A
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Licitações
Licitação é o procedimento pelo qual o ente público seleciona a
proposta de contratação mais vantajosa dentre as que forem oferecidas
pelos interessados. Ademais, a licitação deverá ser processada e julgada
em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da
impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, daprobidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do
julgamento objetivo e dos que lhe são correlatos.
Em regra, são obrigados a licitar os entes políticos (União,
Estados, Distrito Federal e Municípios), além de suas autarquias,
fundações, empresas estatais e demais entidades controladas direta ou
indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal ou Municípios.
De modo que, de acordo com artigo 2° da Lei de Licitações, é
obrigatória a realização de licitação para a contratação de obras, serviços,
inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e
locações.
Legislação
• Lei 8666/93 – alterada pela medida provisória 495/2010;
• Lei 10520/02 – lei do pregão;
• Lei 12232/10 – serviços de publicidade, em especial o art. 2° (ler com
atenção).
• Art. 37, XXI da CF/88.
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Finalidades (art. 3° e §§ da lei 8666/93)
• Selecionar a proposta mais vantajosa, não necessariamente é o menor
preço;
• Respeitar o princípio da isonomia, visto que todos podem participar;
• Promoção do desenvolvimento nacional sustentável (novidade!, trazida
com a MP 495/10).
Competência legislativa
• Para normas gerais: União;
• Para norma não geral: os estados e municípios poderão legislar;
Princípios
• Princípio da Legalidade – a licitação é um procedimento administrativo
vinculado á lei. A administração não poderá descumprir as normas e
condições do edital.
• Princípio da Impessoalidade – determina que não há espaço para
privilégios ou discriminações, ou seja, todos os participantes devem ser
tratados igualmente em termos de direitos e obrigações.
• Princípio da Isonomia – todos os licitantes devem concorrer em
condições idênticas.
• Princípio da Publicidade – objetiva conferir transparência ao
procedimento licitatório.
• Vinculação ao instrumento convocatório (edital de publicação e/ou
carta- convite – instrumento convocatório da modalidade Convite) – todos
(inclusive a administração) devem obedecer ao instrumento convocatório.
• Adjudicação compulsória ao licitante vencedor – a atribuição do objeto
da licitação deve ir obrigatoriamente para o vencedor adjudicação é uma
das fases da licitação. Vencer a licitação não gera um dever, a contratação
é ato discricionário da administração, mas se for contratar, deve ser o
vencedor. O vencedor não pode ser preterido na contratação.
Fases da licitação
1. Publicação do edital ou envio da carta-convite: é o ato pelo qual se
divulga a abertura da licitação (exceto na modalidade Convite), fixa os
requisitos para a participação, define o objeto e as condições básicas
do contrato e convida todos os interessados para apresentarem suas
propostas. (Os requisitos necessários ao edital encontram-se na lei
8.666/93)
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2. Habilitação : momento que será verificada a qualificação dos licitantes. É
realizada em público a abertura dos envelopes contendo a documentação
dos licitantes, após a examinação dos documentos, serão considerados
habilitados os licitantes que tiverem atendido ás exigências do edital.
3. Julgamento e classificação das propostas: nesta fase, a Administração
faz o julgamento das propostas, classificando-as, segundo os critérios do
edital. O julgamento será de acordo com o tipo de licitação previsto no
instrumento convocatório.
4. Homologação: é a aprovação do procedimento. A autoridade superior à
comissão licitante examina as fases da licitação, estando de acordo com a
legalidade, ela homologa o procedimento.
5. Adjudicação: é o ato final da licitação. A autoridade competente, atribui
ao vencedor o objeto da licitação, reconhecendo seu direito de
preferência em uma possível contratação.
Feita a Adjudicação, a Administração convocará o adjudicatório
para assinar o contrato no prazo de 60 dias da data da entrega das
propostas; ultrapassado esse prazo, ficam os licitantes liberados do
compromisso assumido.
A Contratação não é fase da licitação, uma vez que o contrato
poderá não ser firmado. Assim, pode existir licitação que não leve à
contratação.
ATENÇÃO
Tipos de licitação
Elencados no Art. 45, § 1o da lei 8.666/93; São relacionados com os 
critérios (do edital) de julgamento e classificação de propostas:
• Menor preço: vence o licitante que ofertar o menor preço;
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• Melhor técnica: voltada para contratos que tenham por objeto serviços
de natureza intelectual, como elaboração de projetos, engenharia
consultiva, etc. Aqui, são abertos os envelopes contendo as propostas
técnicas e feita sua classificação;
• Técnica e preço: classifica-se a proposta técnica e, em seguida as
propostas de preço;
• Maior lance ou oferta: usado nos casos de alienação de bens e concessão
de direito real de uso de uso;
• Menor lance (apenas para alguns autores);
Exceções ao dever de licitar
A regra é que todos devem licitar para contratar. Onde haja dinheiro
público, é necessário licitação para contratar com terceiros.
• Inexigibilidade – quando a competição for inviável (art. 25 da lei de
licitações).
• Dispensa – de fato é possível licitar, mas a lei dispensa.
a) Dispensável – a administração tem discricionariedade para decidir se
licita ou não.
b) Dispensada – a administração não tem discricionariedade para decidir
se licita. Em alguns casos de alienação de bens públicos, seguidas as
exigências legais, a licitação está dispensada pela própria lei de licitações.
Modalidades de licitação (art. 22 da lei 8666/93)
a) Concorrência – contratações de maior vulto. É a modalidade de licitação
entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação,
comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no
edital para execução de seu objeto. É obrigatória para:
- Obras e serviços de engenharia no valor acima de R$ 1.500.000 (um
milhão e meio de reais);
- Compras e demais Serviços de valor acima de R$ 650.000 (seiscentos e
cinquenta mil reais);
- Licitação internacional;
- Compra e Alienação de bens imóveis, de qualquer valor;
- Outorga de concessão de serviço público;
- Concessão de direito real de uso.
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b) Tomada de preços – é a modalidade de licitação entre interessados
devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas
para cadastramento, os cadastrados e os não cadastrados que preenchem os
requisitos para cadastro em até três dias do recebimento das propostas (art.
27 a 31 da lei 8666/93). A tomada de preços é indicada para transações de
médio vulto:
- Obras e serviços de engenharia de valor até R$ 1.500.000 (um milhão e
meio de reais);
- Compras e demais Serviços de valor até R$ 650.000 (seiscentos e
cinquenta mil reais)
c) Convite – modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente
ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em numero
mínimo de 3 pela unidade administrativa, que afixará, em local apropriado,
cópia da carta convite e a estenderá aos demais cadastrados na
correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com
antecedência de até 24 horas da apresentação das propostas. É a única
modalidade de licitação em que a lei não exige publicação de edital, já que a
convocação se faz por escrito, com antecedência de 5 dias úteis, por meio da
Carta Convite. O convite é indicado para transações de menor vulto:
- Obras e serviços de engenharia, de valor até R$ 150.000;
- Compras e Serviços de valor até R$ 80.000.
- Admite-se o Convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço
no País, respeitados os valores de até R$ 150.000,00 para obras e serviços
de engenharia; e até R$ 80.000,00 para compras e demais serviços.
d) Concurso – Modalidade de licitação entre quaisquer interessados para
escolha de trabalho técnico, cientifico ou artístico, mediante a instituição de
prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de
edital. Não se trata de concurso para o provimento de cargos e empregos
públicos.
e) Leilão – Modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a
venda de bens móveisinservíveis para a administração (no valor de até R$
650.000,00) ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para
a alienação de bens imóveis adquiridos pelas Administração Pública por meio
de procedimento judicial ou dação em pagamento.
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Fica com o bem aquele que oferecer o maior lance, igual ou superior ao
valor da avaliação.
f) Pregão (lei 10520/02) – aquisição de bens e serviços comuns (art. 1° da
aludida lei): aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser
objetivamente definidos pelo edital por meio de especificações usuais no
mercado. Não tem limite de valor para o pregão. Só pode ser do tipo
menor preço, e alguns autores defendem que na verdade é o menor lance.
A ordem procedimental é invertida: a habilitação é feita depois
das propostas, é mais inteligente, pois primeiro classifica para depois
analisar a documentação, se a documentação do vencedor não estiver
"ok", passa-se para o segundo colocado, e assim por diante. Deve ser de
preferência eletrônico. Na seleção da proposta teremos uma fase termos
um momento que os participantes darão lances: aquele que apresentou o
menor preço e todos aqueles que apresentaram um preço até 10% maior
que o menor preço.
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QUESTÃO 1
Diante das chuvas torrenciais que destruíram o telhado do prédio de uma
Secretaria de Estado, o administrador entende presentes as condições
para a dispensa de licitação com fundamento no Art. 24, IV, da Lei nº
8.666/1993 (contratação direta quando caracterizada urgência de
atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a
segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens,
públicos ou particulares). Submete, então, à Assessoria Jurídica a
indagação sobre a possibilidade de contratação de empresa de construção
civil de renome nacional para a reconstrução da estrutura afetada do
edifício.
Sobre as hipóteses de contratação direta, assinale a afirmativa correta.
A) As hipóteses de dispensa e inexigibilidade de licitação não exigem
justificativa de preço, porque são casos em que a própria legislação
entende inconveniente ou inviável a competição pelas melhores condições
de contratação.
B) A dispensa de licitação, assim como a de inexigibilidade, não prescinde
de justificativa de preço, uma vez que a autorização legal para não licitar
não significa possibilidade de contratação por preços superiores aos
praticados no mercado.
C) Apenas as hipóteses de dispensa de licitação (e não as situações de
inexigibilidade) exigem justificativa de preço até porque a inexigibilidade
significa que somente uma pessoa pode ser contratada, o que afasta
possibilidade de discussão quanto ao preço.
D) A dispensa de licitação não exige justificativa de preço, pois a própria lei
prevê, taxativamente, que não se faça licitação nas hipóteses elencadas;
na inexigibilidade, a justificativa de preço é inafastável, diante do caráter
exemplificativo do Art. 25 da Lei.
Questões Comentadas
dos Últimos Exames
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Comentário: Impossibilidade de se contratar diretamente obras e serviços
pelo preço acima ao do mercado, mesmo diante das exceções ao dever de
licitar. (art.26, Parágrafo Único, III, da Lei 8666/93). Alternativa correta: B
QUESTÃO 2
O Estado X, após regular processo licitatório, celebrou contrato de
concessão de serviço público de transporte intermunicipal de passageiros,
por ônibus regular, com a sociedade empresária “F”, vencedora do
certame, com prazo de 10 (dez) anos. Entretanto, apenas 5 (cinco) anos
depois da assinatura do contrato, o Estado publicou edital de licitação para
a concessão de serviço de transporte de passageiros, por ônibus do tipo
executivo, para o mesmo trecho. Diante do exposto, assinale a afirmativa
correta.
A) A sociedade empresária “F” pode impedir a realização da nova licitação,
uma vez que a lei atribui caráter de exclusividade à outorga da concessão
de serviços públicos.
B) A outorga de concessão ou permissão não terá caráter de exclusividade,
salvo no caso de inviabilidade técnica ou econômica devidamente
justificada.
C) A lei atribui caráter de exclusividade à concessão de serviços públicos,
mas a violação ao comando legal somente confere à sociedade empresária
“F” direito à indenização por perdas e danos.
D) A lei veda a atribuição do caráter de exclusividade à outorga de
concessão, o que afasta qualquer pretensão por parte da concessionária,
salvo o direito à rescisão unilateral do contrato pela concessionária,
mediante notificação extrajudicial.
Comentário: Art. 16. A outorga de concessão ou permissão não terá
caráter de exclusividade, salvo no caso de inviabilidade técnica ou
econômica justificada no ato a que se refere o art. 5o desta Lei. Alternativa
correta: B
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Contratos Administrativos
São considerados contratos administrativos os ajustes celebrados
entre a Administração e terceiro, pessoa física ou jurídica, regidos por
normas de direito público, cujo objeto busca atingir algum interesse público.
São regidos pelas regras de direito público, Lei nº 8.666/93, Lei nº 8987/95,
Lei nº 11.079/04.
Diversos são os contratos administrativos existentes no
ordenamento jurídico brasileiro, podendo-se citar como exemplos os
contratos de obras públicas, de prestação de serviços, de fornecimento, de
concessão e permissão de serviços públicos.
Características
- Participação da Administração Pública no ajuste: a Administração Pública
atuará valendo-se do seu poder de império, ocorrendo, pois, um
desequilíbrio na relação contratual;
- Busca de um interesse Público: os contratos administrativos visam atingir
um interesse público imediata e diretamente;
- Regime jurídico de Direito Público: a existência de interesse público nos
contratos administrativos permite a aplicação de regime jurídico próprio de
contratação trazido pela Lei 8.666/ 93, também aplicável, no que couber, aos
convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres celebrados
por órgãos e entidades da Administração.
- Cláusulas exorbitantes: estas cláusulas conferem à Administração algumas
prerrogativas exclusivas, assegurando-lhe posição de prevalência
relativamente ao contratado.
- Possibilidade de alteração contratual: a Administração poderá modificar os
contratos unilateralmente para melhor adequação às finalidades de interesse
público, respeitados os direitos do contratado.
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- Possibilidade de rescisão unilateral (Lei nº8.666/93): a Administração
poderá rescindir unilateralmente o contrato nas seguintes formas:
a) Por inadimplemento (Art. 78, I a VIII). Exemplos: não cumprimento ou
cumprimento irregular do contrato, lentidão, atraso injustificado,
paralisação sem justa causa;
b) Situações que caracterizam o desaparecimento do sujeito, sua
insolvência ou comprometimento da execução do contrato (Art.78, IX
a XI), falecimento do contratante, falência, entre outros;
OBS: Nas duas hipóteses apresentadas, a Administração não deve ao
contratado, pois, a rescisão contratual se deu por atos a ele atribuídos;
c) Razões de interesse público (Art.78, XII)
d) Caso fortuito ou de força maior (Art.78, XVII)
OBS: Nessas hipóteses, não havendo culpa do contratado, haverá
ressarcimento dos prejuízos regularmente comprovados.
- Fiscalização da execução do contrato: de acordo com o artigo 67 da LLC,
a execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um
representante da Administração especialmente designado; Todas as
ocorrências devem ser anotadas, para que se possam determinar
eventuais regularizações. Caso não sejam cumpridas as determinações da
autoridade fiscalizadora, o contrato poderá ser rescindido.
- Aplicação de sanções: a Administração poderá aplicar e executar
diretamente, sem intervenção do judiciário, sanções legais e contratuais
caso exista inexecução parcial ou integral do ajuste, assegurando-se o
contraditório e a ampla defesa ao contratado;São aplicáveis as seguintes
sanções:
a) Advertência;
b) Multa;
c) Suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de
contratar com a Administração por prazo de até 2 anos;
d) Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a
Administração, por prazo mínimo de 2 anos.
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- Ocupação temporária: os casos de serviços essenciais, a Administração
poderá ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços
vinculados ao objeto do contrato, nas hipóteses de necessidade de
acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contrato, bem
como na hipótese de rescisão do contrato administrativo, com o intuito de
preservar a continuidade do serviço público essencial.
- Restrição ao uso da exceção de contrato não cumprido: caso a
Administração suspenda a execução do contrato ou atrase no pagamento
dos valores devidos ao contrato, este não poderá deixar de cumprir
automaticamente suas obrigações.
- Invalidação: Quando a ilegalidade for imputável a Administração, ela
ficará obrigada a indenizar o contratado pelo que este houver executado,
até a data da declaração de nulidade. Bem como por outros prejuízos
regularmente comprovados.
- Formalismo: a lei 8.666/ 93 estabelece uma série de formalismos que
devem ser observados, vejamos:
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam:
I - o objeto e seus elementos característicos;
II - o regime de execução ou a forma de fornecimento;
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e
periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de atualização
monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo
pagamento;
IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de
observação e de recebimento definitivo, conforme o caso;
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação
funcional programática e da categoria econômica;
VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando
exigidas;
VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e
os valores das multas;
VIII - os casos de rescisão;
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IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão
administrativa prevista no art. 77 desta Lei;
X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão,
quando for o caso;
XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a
inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor;
XII - a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos
casos omissos;
XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do
contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas
as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação. (...)
- Publicidade: o instrumento do contrato, ou de seus aditamentos, 
deverão ser publicados resumidamente na Imprensa Oficial.
- Pessoalidade: os contratos administrativos são intuito personae não 
podendo o contrato, em regra, transferir o objeto contratado a terceiros.
De acordo com o artigo 60, parágrafo único, será nulo e de 
nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo de 
pequenas compras de pronto pagamento, valores que não poderão 
exceder a 5% do limite estabelecido no artigo 23, II, a, desta Lei.
ATENÇÃO
Espécies de contratos Administrativos
a) Concessão de Serviço Público: é o contrato pelo qual o estado (Poder
Concedente) transfere à pessoa jurídica privada (concessionária) a
prestação de serviço público, mediante remuneração (tarifa) paga pelo
usuário.
b) Parcerias Público Privada (PPPs): são tipo de concessão, com
distribuição de riscos entre o parceiro público e o privado, com duração
acima de 5 anos e valor superior a 20 milhões.
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Execução dos Contratos
A Administração deverá fiscalizar a execução do contrato,
determinando os ajustes que entender necessários. Ademais, a execução
do contrato traz algumas peculiaridades, vejamos:
- Responsabilidade do contratado: o contratado é obrigado a reparar,
corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou
em parte, o objeto do contrato em que forem constatados vícios, defeitos
ou incorreções. Outrossim, o contratado será responsável pelos danos
causados diretamente à Administração ou a terceiros, decorrentes de sua
culpa ou dolo na execução do contrato.
- Encargos do contrato: o contratado é responsável pelos encargos
trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução
do contrato.
- Prorrogação do contrato: os prazos de início de etapas de execução, de
conclusão e de entrega do objeto do contrato admitem prorrogação,
mantidas as demais cláusulas do contrato.
Equilíbrio econômico-financeiro
Essa garantia obriga o contratante a alterar a remuneração do
contratado sempre que sobrevier circunstância excepcional capaz de
tornar mais onerosa a execução, tais como:
- Alteração Unilateral do Contrato;
- Fato do príncipe: ato praticado pelo poder público (de caráter geral) que
não está diretamente relacionado ao contrato, mas que acaba causando
desequilíbrio econômico-financeiro;
- Fato da administração: ação ou omissão do Poder Público, diretamente
relacionado ao contrato, que acaba causando desequilíbrio econômico-
financeiro, por retardar ou impedir a execução do contrato. Aqui o Poder
Público é parte do contrato.
- Álea econômica: é o acontecimento externo ao contrato, de natureza
econômica e estranho à vontade das partes, imprevisível quanto à sua
ocorrência e ao alcance de suas consequências, inevitável, que cause
desequilíbrio contratual.
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- Sujeições ou Interferências imprevistas: são dificuldades imprevisíveis,
de ordem material que oneram o contrato.
Extinção dos contratos
A extinção do contrato administrativo se dá quando cessa o
vínculo obrigacional entre as partes pelo integral cumprimento de suas
cláusulas ou pelo rompimento, através da rescisão ou da anulação.
Os contratos Administrativos podem ser extintos através de:
- Advento do termo ou conclusão do contrato: esta forma de extinção
do contrato administrativo é a mais comum. Ocorre quando as partes
cumprem integralmente suas prestações contratuais.
- Recisão unilateral: é prevista nos artigos 78 e 79 da Lei n.º 8.666/93, e
trata da rescisão por parte da Administração pública quando o
contratado não cumprir, ou cumprir irregularmente sua obrigação.
- Recisão judicial: normalmente é requerida pelo contratado, quando
haja inadimplemento pela Administração, já que ele não pode paralisar
a execução do contrato nem fazer a rescisão unilateral. No caso do
Poder Público este não tem necessidade de ir a juízo, já que a lei lhe
confere o poder de rescindir unilateralmente o contrato, nas hipóteses
previstas na própria lei.
- Anulação: a extinção do contrato pela anulação é também uma forma
excepcional e só pode ser declarada quando se verificar ilegalidade na
sua formalização ou em cláusula essencial.
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Serviços Públicos
Serviço Público é todo e qualquer serviço prestado pela
Administração ou por seus delegados, a fim de satisfazer necessidades
essenciais ou secundárias da coletividade ou simples conveniência do
Estado.
Levando-se em conta a essencialidade, a adequação, a
finalidade e os destinatários dos serviços, podemos classificá-los em:
Serviços Públicos Indelegáveis - são os que a Administração presta
diretamente à comunidade, por reconhecer sua essencialidade e
necessidade para a sobrevivência do grupo social e do próprio Estado. Tais
serviços são considerados privativos do Poder Público, no sentido de que
só a Administração deve prestá-los.
Ex.: defesa nacional, de polícia, de preservação da saúde pública.
Serviços Delegáveis – são aqueles serviços públicos que podem ser
prestados pelo Estado ou delegados a particulares mediante contratos de
concessãoou permissão de serviço público.
Ex: serviços de telefonia, fornecimento de energia elétrica, transporte
coletivo, etc.
Serviços próprios do Estado – prestações que representam comodidades
materiais para a população, desempenhadas sob regime jurídico de
direito público, pela administração pública de forma direta ou indireta.
Ex.: segurança, polícia, higiene e saúde públicas etc.
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Serviços impróprios do Estado – são atividades de natureza social
executadas por particulares sem delegação (serviços privados) , sujeitos a
fiscalização e controle estatais inerentes ao poder de polícia.
Ex.: autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista,
fundações governamentais), ou delega sua prestação.
Serviços Gerais (ou Indivisíveis) - são aqueles prestados a toda
coletividade, sem distinção, seus usuários são indeterminados e
indetermináveis. Ex.: polícia, iluminação pública, calçamento.
Serviços Individuais ( Específicos ou Singulares) - são os que têm usuários
determinados e utilização particular e mensurável para cada destinatário.
Esses serviços podem ser remunerados mediante cobrança de taxas ou de
tarifas.
Ex.: serviços telefônicos; a coleta de lixo, fornecimento de água e a energia
elétrica domiciliares.
Serviços Administrativos – são as atividades internas da administração
pública, atividades necessárias ao adequado funcionamento dos órgãos
públicos e entidades administrativas.
Ex.: Imprensa Oficial.
Serviços Sociais – essa modalidade de serviço público é de prestação
obrigatória pelo Estado e estão elencadas no Art. 6º e no Título VIII da
CF/88.
Ex: serviços de educação, saúde, assistência social.
Serviços Econômicos (Comerciais ou Industriais) – são serviços públicos
que se enquadram como atividade econômica em sentido amplo, que
podem ser explorados com finalidade lucrativa. Esses serviços são de
titularidade do Estado, que pode exercê-las de forma direta ou indireta
(mediante delegação a particulares).
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Responsabilidade do 
Estado (Civil e 
Extracontratual)
A responsabilidade em estudo é civil, ou seja, patrimonial de
ordem pecuniária. Costuma-se afirmar que a responsabilidade civil é a
obrigação atribuída ao Estado de recompor os danos causados a terceiros,
em decorrência de comportamentos omissivos ou comissivos, lícitos ou
ilícitos, que lhe sejam imputáveis. Essa responsabilidade civil do Estado é
aceita universalmente, tal consenso é vislumbrado na doutrina,
jurisprudência e legislação.
Vejamos algumas teorias (períodos) divergentes da atual teoria
da Responsabilidade Civil do Estado:
1. Teoria da irresponsabilidade Civil Estatal (até 1873) – nesta fase
negava-se que o Estado soberano tivesse obrigação de indenizar os
prejuízos que causasse a terceiros; ficou conhecida a frase "o rei não
erra";
1. Teoria da responsabilidade civil com culpa – Divide-se em:
a) Responsabilidade com culpa civil (Responsabilidade Subjetiva) =
Instaura-se um sistema onde, para fins de ressarcimento, o Estado é
equiparado ao particular. Assim, o Estado tornava-se responsável e
obrigado a indenizar sempre que seus agentes agissem com dolo ou
culpa. Essa doutrina foi acolhida pelo Código Civil de 1916 e vigorou
sozinha até o advento da Constituição Federal de 1946.
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b) Responsabilidade com culpa Administrativa = esse sistema mudou o cerne
da responsabilização, transferindo-o do agente público para o serviço, onde,
para efeitos de responsabilidade estatal, não se fazia necessária a
identificação do agente causador do ano, bastando que demonstrasse a falta
de serviço. O STF reconhece em diversos julgados a teoria da falta de serviço,
utilizada até hoje, em se tratando de atos omissivos do Poder Público.
3. Teoria da Responsabilidade sem culpa – também conhecida como
responsabilidade objetiva ou teoria do risco administrativo, onde o
administrado tem sua proteção ampliada, justamente por prescindir da
apreciação dos elemento subjetivos (dolo ou culpa). Nessa teoria, é
suficiente a prova do dano e de que esta foi causada pelo Estado, ou seja,
basta a existência do nexo de causalidade entre o dano e a atuação estatal.
Fundamento Constitucional da Responsabilidade do Estado (§6° do art. 37
da CF)
O agente deve estar atuando com status de agente público. Há
quem defenda que para algumas funções públicas o status de agente público
é permanente (policial, promotor de justiça, juiz). Pessoas jurídicas de direito
público sempre respondem pela teoria objetiva (ex. entidades federativas,
autarquias e fundações públicas). As pessoas jurídicas de direito privado só
respondem objetivamente se prestar serviço público, caso contrário
respondem pela teoria subjetiva (empresas públicas, sociedades de
economia mista, fundações governamentais, concessionários e
permissionários). Na ação regressiva a responsabilidade do agente depende
de culpa ou dolo. A responsabilidade pessoal do agente é subjetiva.
A partir da CF de 1946 houve um deslocamento do momento de
discussão de culpa ou dolo. Essa discussão saiu da ação de indenização
(vítima e Estado) e foi transferida para a ação regressiva (Estado e
agente público). Não é totalmente irrelevante. Não é necessário falta
(erro), somente fato do serviço.
ATENÇÃO
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Risco Integral x Risco Administrativo
Existem no mundo, duas correntes explicativas da responsabilidade
objetiva:
Risco Integral – entende-se a que obriga o Estado a indenizar todo e
qualquer dano, desde que esteja envolvido no respectivo evento, ou seja,
não há causas que possam atenuar ou excluir a responsabilidade estatal.
Ex: um individuo, desejando suicidar-se, atira-se diante de um trem em
movimento. Nesse caso hipotético, o Estado foi envolvido no evento pelo
simples fato de ser proprietário do trem.
Risco Administrativo – pela teoria do risco administrativo surge a
obrigação econômica de reparar o dano sofrido injustamente pelo
particular, independentemente da existência de falta do serviço e de culpa
do Agente Público, ou seja, basta a existência do dano, sem que para ele
tenha concorrido o particular.
Risco integral Risco administrativo
Mais radical Mais moderada
Mais vantajosa para a vítima Menos vantajosa para a vítima
Exceção (CF 88) Vale como regra geral no Brasil
Sem excludentes Três excludentes
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Agentes Públicos
De maneira geral, podemos definir agente público como todo
aquele que exerce, ainda que temporariamente ou sem remuneração, por
eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer forma de
investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função pública, ou
seja, são todas as pessoas que se relacionam profissionalmente com o
Estado.
ESPÉCIES:
1) Servidor Público: São os agentes que mantem relação funcional com o
Estado, em regime estatutário (legal), ou seja, são os titulares de
cargos públicos, efetivos ou em comissão, sempre sujeitos a regime
jurídico de direito público.
2) Empregado Público: São os agentes públicos que, sob regime
contratual trabalhista (celetista), mantém vínculo funcional
permanente com a administração pública, são os ocupantes de
empregos públicos sujeitos a regime jurídico de direito privado.
CLASSIFICAÇÃO:
Agentes Políticos: São os integrantes dos mais altos escalões do Poder
Público, aos quais incumbe a elaboração das diretrizes de atuação
governamental, e as funções de direção, orientação e supervisão geral da
administração pública. Características: sua competência é haurida da
própria constituição; não se sujeitam ás regras comuns aplicáveis aos
servidores públicos em geral; são investidos em seus cargos por meio de
eleição, nomeação ou designação; não são hierarquizados. Ex: Presidente
da República, governadores, prefeitos, ministros, senadores, etc.
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Agentes Administrativos: são todos aqueles que exercem uma atividade
pública de natureza profissional e remunerada, sujeitos á hierarquia funcionale ao regime jurídico estabelecido pelo ente federado ao qual pertencem. São
os servidores públicos, empregados públicos e temporários.
Agentes Honoríficos: são cidadãos requisitados ou designados para,
transitoriamente, colaborarem com o Estado mediante a prestação de
serviços específicos. Não possuem vínculo profissional com a administração
pública e atuam sem remuneração. Ex: jurados, mesários eleitorais, membros
dos conselhos tutelares, etc.
Agentes Delegados: são particulares que recebem a incumbência de exercer
determinada atividade, obra ou serviço público e o fazem em nome próprio,
por sua conta e risco, sob a permanente fiscalização do poder delegante.
Sujeitam-se à responsabilidade civil objetiva e ao mandado de segurança. EX:
leiloeiros, tradutores públicos, entre outros.
Agentes Credenciados: “são os que recebem a incumbência da administração
para representá-la em determinado ato ou praticar certa atividade específica,
mediante remuneração do poder público credenciante.”- Hely Lopes
Meirelles. Ex: representante do Brasil em evento internacional.
Não é possível acumulação nem de cargos e nem de empregos públicos,
nem da administração direta ou indireta, nem da União, Estados,
Municípios ou DF. Exceções: pode acumular dois cargos de professor; dois
cargos de profissionais da saúde; um cargo técnico ou científico e cargo de
professor; um carg efetivo e um cargo de vereador.
ATENÇÃO
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QUESTÃO 1
Em determinado estado da Federação, o Estatuto dos Servidores Públicos,
lei ordinária estadual, prevê a realização de concurso interno para a
promoção de servidores de nível
médio aos cargos de nível superior, desde que preencham todos os
requisitos para investidura no cargo, inclusive a obtenção do bacharelado.
A partir da situação descrita e tomando como base os requisitos
constitucionais para acesso aos cargos públicos, assinale a afirmativa
correta.
A) A previsão é inválida, pois só poderia ter sido veiculada por lei
complementar.
B) A previsão é válida, pois a disciplina dos servidores públicos compete à
legislação de cada ente da Federação.
C) A previsão é inválida, por ofensa à Constituição da República.
D) A previsão é válida, desde que encontre previsão na Constituição do
estado.
Comentário: As normas gerais referentes a concurso público devem ter
previsão no texto constitucional. Com efeito, a Constituição Federal não
autoriza a realização de concurso interno no Brasil. Alternativa correta: C
QUESTÃO 2
Carlos, servidor público federal, utilizou dois servidores do departamento
que chefia para o pagamento de contas em agência bancária e para outras
atividades particulares. Por essa razão, foi aberto processo administrativo
disciplinar, que culminou na aplicação de penalidade de suspensão de 5
(cinco) dias.
Questões Comentadas
dos Últimos Exames
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Sobre o caso apresentado, assinale a alternativa correta.
A) Carlos procedeu de forma desidiosa e, por essa razão, a penalidade
aplicável seria a de advertência, não a de suspensão.
B) A infração praticada por Carlos dá ensejo à penalidade de demissão,
razão pela qual se torna insubsistente a penalidade aplicada.
C) Caso haja conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão
poderá ser convertida em multa, ficando o servidor obrigado a
permanecer em serviço.
D) A penalidade aplicada a Carlos terá seu registro cancelado após 3 (três)
anos de efetivo exercício, caso ele não cometa, nesse período, nova
infração disciplinar.
Comentário: Art. 117. Ao servidor é proibido:
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou
atividades particulares. Alternativa correta: B
QUESTÃO 3
Fernando, servidor público de uma autarquia federal há nove anos, foi
acusado de participar de um esquema para favorecer determinada
empresa em uma dispensa de licitação, razão pela qual foi instaurado
processo administrativo disciplinar, que resultou na aplicação da
penalidade de demissão.
Sobre a situação apresentada, considerando que Fernando é ocupante de
cargo efetivo, por investidura após prévia aprovação em concurso, assinale
a afirmativa correta.
A) Fernando não pode ser demitido do serviço público federal, uma vez
que é servidor público estável.
B) Fernando somente pode ser demitido mediante sentença judicial
transitada em julgado, uma vez que a vitaliciedade é garantida aos
servidores públicos.
C) É possível a aplicação de penalidade de demissão a Fernando, servidor
estável, mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada
ampla defesa.
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D) A aplicação de penalidade de demissão ao servidor público que pratica
ato de improbidade independe de processo administrativo ou de sentença
judicial.
Comentário: É possível a demissão de funcionário público uma vez que lhe
seja assegurada a ampla defesa. Alternativa correta: C
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Bens Públicos
São todos aqueles pertencentes às pessoas jurídicas de direito
público interno, podendo ser de uso próprio ou por toda a coletividade, e
regidos por regime de direito público.
Características:
a) Inalienabilidade : são absolutamente inalienáveis aqueles bens que, pela
sua própria natureza, não tem valor patrimonial. Ex: rios, mares, praias.
b) Impenhorabilidade: bens públicos não são sujeitos a constrição judicial ,
a exemplo da penhora (Art. 100 da CF);
c) Imprescritibilidade: bens públicos não se sujeitam a prescrição, ou seja,
são insuscetíveis de aquisição mediante usucapião.
d) Não Onerabilidade: os bens públicos não podem ser gravados como
garantia em favor de terceiro (penhor, anticrese, hipoteca).
Destinação dos bens públicos:
a) Bens de uso comum do povo: são aqueles destinados a uma utilização
geral por todos os indivíduos;
b) Bens de uso especial: bens de propriedade das pessoas jurídicas de
direito público utilizados para a prestação de serviços públicos;
c) Bens dominiais ou dominicais: todos os bens que não se enquadram
como de uso comum do povo ou de uso especial.
Formas de intervenção do estado na propriedade
Em algumas situações o Estado deve intervir na propriedade
privada, restringindo seu uso, impondo algum dever ao proprietário ou
mesmo transferindo-a para seu domínio, por razões de interesse público.
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Há dois tipos de intervenção:
Intervenção Restritiva – O Estado estabelece regras, condições para o uso
do bem, que é mantido sob a propriedade do particular. Ex: servidão.
Intervenção Supressiva – O Estado adquire, coercitivamente, a
propriedade do bem. Ex: desapropriação.
Modos de Intervenção
Desapropriação: é o ato administrativo unilateral e compulsório do Poder
Público, que tem por objetivo transferir a propriedade privada para o
patrimônio público, seja por interesse social, seja por utilidade pública,
sempre perseguindo o interesse público mediante justa e prévia
indenização por dinheiro, salvo nas exceções previstas pela CF/88.
Servidão Administrativa: é ônus real imposto à propriedade privada de
sorte a assegurar a realização da obra, serviço ou atividade pública,
mediante indenização quando for o caso. São exemplos de servidão
administrativa os aquedutos, as passagens aéreas de fios elétricos, fixação
de torres para condução de energia elétrica.
Requisição: é ato compulsório e auto-executório do Poder público, com
vistas a se utilizar da propriedade privada (móvel ou imóvel) ou serviços
particulares em razão de necessidades urgentes e coletivas, com posterior
indenização, se houver dano. Tem previsão no artigo 5º, XXV da CF/88.
Ocupação Temporária: implica na utilização da propriedade privada, de
forma transitória, gratuita ou onerosa, de modo a assegurar a realização
de obras, serviços e atividades públicas. O fundamento da ocupação
temporária é, normalmente a necessidade de local para depósito de
equipamentos e materiais destinados à realização de obras e serviços
públicos.
Tombamento: é o ato administrativo que tem por objetivo proteger

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