Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Características gerais dos fungos Prof. Dr. Mauro Cintra Giudice Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo ICB – USP Objetivos Definir e conceituar fungos entre os seres vivos Reconhecer as divisões do Reino Fungi Conceituar as diferentes morfologias dos fungos Reconhecer a estrutura básica da célula fúngica e seus métodos de reprodução Conceituar doenças fúngica Definição μύκητες “mýkes” fungos Fungos Grupo de organismos com características únicas, diferentes de todos os outros pelo seu comportamento e organização celular. Ao longo da história da classificação dos seres vivos isso nem sempre foi claro Fungos Inicialmente incluídos no Reino Plantae Haeckel (1866) – Reino Protista A partir de 1950 Microscopia eletrônica Whittaker (1969) – Cinco Reinos diferenças na organização celular e no seu modo de nutrição Fungos Woess (1978) Estudos de comparação molecular e bioquímica de organismos diferenças, principalmente entre bactérias. proposta a divisão dos organismos em três domínios, com relações evolutivas entre si: Bacteria, Archaea e Eucarya. http://www.biota.org.br/publi/livros/arvore Os três domínios dos seres vivos http://www.biota.org.br/publi/livros/arvore Reino Fungi Sistema de classificação adotado por Alexopoulos et al. (1996) Alexoupoulos, C. J., Mims, C. W. e Blackwell, M. (1996). Introdutory Mycology. 4ª ed., John Wiley and Sons, EUA. Reino Fungi Os grupos Deuteromycota e Líquens, não são reconhecidos como grupos taxonômicos formais mas são utilizados correntemente para designar, respectivamente, "fungos principalmente microscópicos com padrão celular filamentoso bem desenvolvido" e associações mutualísticas de fungos e algas. http://www.biota.org.br/publi/livros/arvore Fungos Amplamente distribuído na natureza (ar, água, solo, material orgânico decaído) 1,5 milhões de espécies 75.000 catalogadas Eucariótico, estrutura celular altamente desenvolvida Uni ou multinucleados HAWKSWORTH D. L. The magnitude of fungal diversity: the 1.5 million species estimate revised. Mycological Research 105 (12): p. 1422-1432, 2001. Fungos Facultativo anaeróbico/estrito aeróbico Nutrição por absorção - heterótrofos Não fotossintetizante - não sintetizam clorofila, Não tem celulose na parede celular, exceto alguns fungos aquáticos Não armazenam amido como substância de reserva Armazenam glicogênio Não constituem tecido verdadeiro HAWKSWORTH D. L. The magnitude of fungal diversity: the 1.5 million species estimate revised. Mycological Research 105 (12): p. 1422-1432, 2001. Fungos Classificação morfológica Fungos macroscópicos Fungos microscópicos Desenvolvem-se em meios especiais formando colônias de dois tipos filamentosas (bolores) leveduriformes Fungos MACROSCÓPICOS comestíveis alucinógenos venenosos MICROSCÓPICOS interesse industrial patogênicos fitopatógenos homem outros animais toxigênicos Fungos macroscópicos http://ppbio.inpa.gov.br/Port/noticias/fungosducke 14 Fungos microscópicos Fungos filamentosos Colônias filamentosas variam em Textura, topografia e cor Formadas fundamentalmente por elementos multicelulares em forma de tubo hifas contínuas ou cenocíticas (Divisões Mastigomycota e Zygomycota) tabicadas ou septadas (Divisões Ascomycota, Basidiomycota e Deuteromycota) Conjunto de hifas – micélio septo http://proascg10.pbworks.com/w/page/18656894/FUNGOS Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 61(2) MICÉLIO SEPTADO MICÉLIO CENOCÍTICO Tipos de micélios Tipos de hifas Forma das hifas raquete espiral corpos nodulares rizóides pectinada candelabro Fungos leveduriformes colônias leveduriformes são: pastosas ou cremosas formadas por micro-organismos unicelulares tem funções vegetativas e reprodutivas. Blastoconídios(ou gêmulas), são derivadas por brotamento da célula-mãe. Podem permanecem ligados à célula-mãe, formando cadeias pseudo-hifas, pseudomicélio. 21 Fungos leveduriformes blastoconídios pseudo hifa 22 Dimórficos Capaz de crescer como bolor ou levedura em diferentes condições ambientais temperatura CO2 nutrientes Dimórficos Dimorfismo térmico fungos patogênicos Paracoccidioides brasiliensis Histoplasma capsulatum Sporothrix schenckii Blastomyces dermatitidis Coccidioides posadasii Penicillium marneffei Fungos pigmentados Hifas e esporos podem conter pigmentos na parede Os fungos dematiáceos (fungos negros) possuem pigmentação escura, devido à presença do complexo melanínico na sua parede celular. A melanina destes fungos é formada pelo polímero Diidroxinaftaleno (DNH) que é produzido no citoplasma e excretado na parede celular POLAK, A. Melanin as a virulence factor in pathogenic fungi. Mycoses: v.33, n.5, p.215-224. 1990. Fungos pigmentados Estruturas celulares dos fungos Cápsula (só em alguns fungos) Parede celular Membrana celular citoplasma núcleo, membrana nuclear, nucléolos, retículo endoplasmático, mitocôndrias, vacúolos Esquema de uma célula fúngica Cápsula Estrutura: polissacarídica Função: - Antifagocitária - fator de virulência Cryptococcus neoformans (levedura capsulada) Parede celular Antigênica Estrutura: multilamelada a. polissacarídeos (~90%): hexose e polímeros de hexosamina b. proteinas e glicoproteinas (~10%) Função: proporcionar forma, rigidez, intensidade e proteção contra o choque osmótico Principais polissacarídeos da padere da célula fúngica POLÍMEROS MONÔMEROS Quitina N-acetil glucosamina Quitosamina D-Glucosamina Celulose D-Glicose -Glucana D-Glicose -Glucana D-Glicose Manana D-Manose O tipo e a quantidade dos polissacarídeos variam entre as espécies de fungos Membrana celular Estrutura: dupla camada Fosfolipídios Esteróis (ergosterol, zimosterol) Função: a. Proteção do citoplasma b. Regular a entrada e saída de solutos c. Facilitar a síntese da parede fúngica e da cápsula Componentes citoplasmáticos núcleo com nucléolo, freqüentemente centralizado. mitocôndria. Outros componentes citoplasmáticos Ribossomos (80S e subunidades 40S e 60S), retículo endoplasmático, vacúolos, corpos lipídicos, partículas de glicogênio, aparelho de Golgi, filassomos, corpos multivesiculares, microtubulos e microfilamentos, que compreendem o citoesqueleto. Reprodução dos fungos Reprodução sexual esporos sexuados Reprodução assexuada “ esporos “ assexuados - conídios Reprodução parassexual variação genética Esporos sexuados 1. Zigosporos 2. Ascosporos 3. Basidiosporos Esporos assexuais Artrosporos (artroconídios) Blastosporos (blastoconídios) Clamidosporos (clamidoconídios) Macroconídio Microconídio Esporangiospóro (Zigomycota) Fungo-Classificação taxonômica Esporos sexuados Divisão Zigosporo Zygomycota Basidiosporo Basidiomycota Ascosporo Ascomycota Nenhum/desconhecido Deuteromycota (“Fungi Imperfecti”) - conídios Zoosporos Mastigomycota Microbiota normal Leveduras Microbiota permanente Urina Mucosa bucal Mucosa vaginal Mucosa nasal Trato intestinal Pele Unhas Fungos filamentosos Microbiota transiente Trato respiratório superior Trato gastrointestinal Pele Unhas Como os fungos são transmitidos para o homem Contato direto mucosa/pele Inalação dos esporos do ar atmosférico Penetração por ferimentos através de madeiras, folhagens, pedras, solo e metais Deposição em mucosas, pele e anexos Deglutição de alimentos sólidos e líquidos Micoses Superficial Superficial propriamente dita Cutânea Mucocutânea Profunda Subcutânea Sistêmica verdadeira (endêmica) Oportunista
Compartilhar