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Resenha: Giddens, Antony. Continente turbulento e poderoso: qual o futuro da Europa? São Paulo: Editora Unesp, 2014. Capítulo 1. A UE como comunidade de destino. Pp. 23-63.

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Geografia Regional
 Prof. Dr. Vicente Eudes Lemos
 Resenha: Giddens, Antony. Continente turbulento e poderoso: qual o futuro da
 Europa? São Paulo: Editora Unesp, 2014. Capítulo 1. A UE como comunidade de 
 destino. Pp. 23-63.
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Dentro do contexto da União Europeia torna-se visível o destaque da Alemanha e da França, esses dois países acabam tomando as principais decisões econômicas associadas à políticas do euro e a continuação da moeda dentro do bloco. 
Destacam-se ainda as ideias fundamentalistas que tomaram conta da comunidade europeia nestes últimos meses, embora a situação atual não seja transmitida através do texto de Giddens, é possível relacioná-la a partir do ponto de vista da influencia dos países mencionados anteriormente sobre os outros do bloco. O exemplo mais atual que podemos utilizar é a entrada de imigrantes no bloco europeu e como que as decisões da França e da Alemanha sobre o número de imigrantes que podem entrar em suas fronteiras e como que eles serão manejados, influencia nas decisões que são tomadas por outros países do bloco como um todo.
Voltando ao texto de Giddens, a União Europeia é complexa no sentido de que as decisões políticas devem ser tomadas em conjunto, de maneira que para os países que estão fora do grupo e que querem entrar no bloco, para poder ter acesso à livre política de transição de mercadorias, pessoas e bens de serviço. 
Nesse quesito entra uma das maiores questões, o fato de que países mais ricos acabam "sustentando" os países com menores economias do bloco. Talvez, um dos fatores que impulsione a crise relacionada ao euro é a ajuda que os países precisam fornecer uns para os outros para manter uma continuidade econômica e social dentro do bloco, a uniformidade explicitada no trecho a seguir indica isso, "A verdadeira causa da crise do euro é a falta de competitividade dos países do Sul. Para recuperá-la, o preço de seus produtos precisa cair, enquanto os Estados do Norte devem aceitar um inflação mais alta. As economias mais fracas têm de se submeter a reformas dolorosas." (p. 33) 
Uma das saídas usadas é fazer com que os países do bloco acreditem que é possível manter uma união monetária, mesmo com as uniformidades existentes nos países e que isso pode ser solucionado a partir de programas de ajuda mútua, ainda que países como a Grã-Bretanha não vejam com bons olhos a sua entrada na questão monetária, o que de fato resultaria em perda, ao menos parcial, de sua independência econômica. Por fim, o contexto de entrada e saída de países do bloco, assim como a adoção ou não da mesma política monetária influencia na maneira de como o bloco como um todo é observado e, dessa maneira, como que as decisões políticas e econômicas influenciam na formação da estrutura do país.

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