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trabalho conclusão de curso psicologia 2019 faveni (1)

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CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO LATU SENSU
NÚCLEO DE PÓS GRADUAÇÃO E EXTENSÃO
FAVENI
PSICOPEDAGOGIA: O QUE É A INCLUSÃO SOCIAL, E AS PRÁTICAS INCLUSIVAS EM ESCOLAS TRANSFORMADORAS.
PRISCILA DOS SANTOS GALVÃO
Itaboraí - RJ
2019.1
CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO LATU SENSU
NÚCLEO DE PÓS GRADUAÇÃO E EXTENSÃO
FAVENI
PSICOPEDAGOGIA: O QUE É A INCLUSÃO SOCIAL, E AS PRÁTICAS INCLUSIVAS EM ESCOLAS TRANSFORMADORAS.
 PRISCILA DOS SANTOS GALVÃO
Artigo científico apresentado a FAVENI como requisito parcial para obtenção do titulo especialista em psicopedagogia clinica,Institucional e TGD.
Itaboraí - RJ
2019
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Jeová Deus,que por meio de sua força me deu entendimento para a conclusão deste curso. 
Minha gratidão e reconhecimento a meu esposo Wanderson Rubim que está sempre me apoiando, acredita em meu potencial e crescimento.
Aos meus amigos que me incentivam sempre com uma palavra de apoio e encorajamento Adelka Henrique e Suianne Couto.
Ao meu amado filho Davi que teve paciência e compreensão pelo tempo dedicado aos meus estudos.
A todos que sempre me cercam com incentivos tanto direta como indiretamente para conclusão deste curso.
RESUMO
A doença do Alzheime e	
ABSTRACT
The choice of theme was determined by frequent contact with people who used abusive substances as illicit drugs.
 The researcher aims to clarify treatment options and resources for such individuals to analyze, also, the relationship of the dependent with the drug and the relatives who, can also suffer from disorders by constantly dealing with chemical dependent.
It shows the perspectives of psychoanalysis on the subject.
 According to Rush (1745-1813) "it begins as a choice, it becomes a habit and then a necessity."
Introdução
Esse artigo tem como finalidade demonstrar as circunstâncias é as patologias causadas pela dependência.
 As substancias psicoativas é sua dependência assunto vivenciado a atualidade.Qualquer individuo "minimamente antenado" se depara a todo instante com noticias ,veiculado incessantemente, em todas as suas facetas, pelos meios de comunicação.Não há escola, empresa ou governo que não se orgulhe em dizer que possui programas,palestras e atividades direcionadas á prevenção do álcool , tabaco,e outras drogas.
Por fim, não existe um profissional sequer que não conviva, de alguma forma,com questões relacionadas com as substâncias psicoativas em sua prática diária.O mestre de obras e seus serventes de pedreiros alcoolizados,o orientador educacional e a rodinha de maconha de alunos em frente á escola, o empresário e seus funcionários dependentes químicos, a obstetra e suas gestantes tabagistas, para citar apenas alguns exemplos.
Vulgarmente, indivíduos que adotam tais condutas recebem inúmeros "diagnósticos"sociais. Alguns desses termos emergem diretamente da cultura popular: chaminé, bêbado, manguaceiro, pé-na-jaca, maconheiro, homem-fumaça, cheirador, craqueiro, drogado. Outros da vulgarização do vernáculo médico-cientifico: viciado, ébrico, alcoólotra, cocainômano, heroinômano. Há, ainda aqueles provenientes de neologismo,geralmente da língua inglesa,como drogadito e adicto. Todos esses "diagnósticos" acabam sendo influenciados pelos vieses culturais e do imaginário que cada individuo tem acerca do consumo de drogas ,sejam esses contrários ou favoráveis ao uso. Por exemplo denominação "maconheiro" pode ser considerado motivo de orgulho para um usuário e de extrema preocupação e desespero para seus pais. Desse modo,vê-se que tais termos são imprecisos e viciados (com a permissão do trocadilho),e por isso proscritos do vocabulário técnico e acadêmico.
No entanto,essa terminologia leiga reflete a evolução que o conceito de consumo de substâncias psicoativas vem sofrendo ao longo da história. Desse modo,investigar seu significado junto ao paciente e seus familiares pode ajudar o profissional da área a construir o diagnóstico de dependência nos moldes científicos, como se discutirá adiante. (Dependência,compulsão e impulsividade. págs 09 e 10)
De acordo com o DSM-V, um indivíduo que sofre de dependência química possui um padrão mal adaptativo de uso de substâncias levando a prejuízo clinicamente significativo, manifestando três ou mais dos seguintes critérios que possa vir há ocorrendo a qualquer momento em um período de 12 meses:
De acordo com o DSM-V, um indivíduo que sofre de dependência química possui um padrão mal adaptativo de uso de substâncias levando a prejuízo clinicamente significativo, manifestando três ou mais dos seguintes critérios ocorrendo a qualquer momento em um período de 12 meses:
• Tolerância, definida por qualquer um dos seguintes aspectos:
 - adquirir a intoxicação ou efeito desejado. Acentuada a redução do efeito com o uso continuada da mesma quantidade de substância.
-Acentuada redução do efeito com o uso continuado da mesma quantidade para adquirir a intoxicação ou o efeito desejado.
• Abstinência, definida por qualquer um dos seguintes aspectos:
- Síndrome de abstinência característica para substância.
-A mesma substância (ou uma substância estreitamente relacionada) é consumida para aliviar ou evitar sintomas de abstinência.
- A substância é freqüentemente consumida em maiores quantidades ou por um período mais longo do que pretendido;
-existe um desejo persistente ou esforço malsucedidos no sentido de reduzir ou controlar o uso da substância.
- Muito tempo é gasto em atividades necessárias para a obtenção da substância, na utilização da substância ou recuperação dos seus efeitos.
- Importantes atividades sociais ocupacionais ou recreativas são abandonadas ou reduzidas em virtude do uso da substância;
- O uso da substância continuo, apesar da consciência de ter um problema físico ou psicológico persistente ou recorrente que tende a ser causado ou exacerbado pela substância.
· Um padrão mal-adaptativo de uso de substâncias levando a prejuízos ou sofrimento clinicamente significativo, manifesto por um (ou mais),dos seguintes aspectos,ocorrendo dentro de um período de 12 meses:
· Uso recorrente da substância resultando em um fracasso em cumprir obrigações importantes relativas a seu papel no trabalho, na escola ou em casa(p.ex.,repetidas ausências ou fracasso no trabalho, ausências, suspensões da escola relacionadas á substâncias; negligência com os filhos ou afazeres domésticos).
· Uso recorrente da substância em situações nas quais isso representa perigo físico (p.ex.,dirigir um veiculo ou operar uma máquina quando prejudicado pelo uso de substâncias).
· Problemas legais (p.ex.,detenções por porte ou conduta desordeira relacionadas á substâncias).
· Uso continuado da substância, apesar de problemas sociais ou interpessoais persistentes ou recorrentes causados ou exacerbados pelos efeitos da substância. (p.ex.,discussões com cônjuge acerca das consequências da intoxicação, lutas corporais).
· Os sintomas jamais satisfazem os critérios de dependência para esta classe de substância.
Segundo o DSM-V, a dependência química não é a principal causa de um transtorno mental que possa já ser existente, já em alguns casos pode vir a causar um transtorno a quem venha ser um usuário abusivo de drogas.
O trabalho também vai discorrer sobre as Comorbidades mais comuns em casos abusivos de drogas como:Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), transtorno depressivo, transtorno de ansiedade, transtorno psicótico, Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) e transtornos alimentares. Usuários de drogas estão mais propícios a adquirir esses transtornos, o que também não significa que a droga seja a principal causa.
(Critérios do DSM-IV para dependência de substancias, tabela 2.2 é 2.3.)
Contexto Histórico
O conceito de dependência química e extremamente novo,se comparando ao consumo de substâncias psicoativas pela humanidade,que compreende vários milênios.As primeiras tentativas de abordar a questão ocorreram a menos de trezentos anos e as definições mas próximas da atual, pouco mais de um século.
Isso não significa que o problema não existiaanteriormente. Relatos da antiguidade , como no Egito é Grécia,descreveram padrões de uso nocivo de álcool e delirium tremens. No entanto,essas civilizações possuíam alguns" fatores de proteção", fatores esses que desapareceriam a partir da idade moderna.Primeiro o consumo de substancias psicoativas estavam mas integrado ao cotidiano das sociedades,funcionando ora como alimentos,ora como modulador do estresse ambiental.Na antiguidade havia uma grande dificuldade no armazenamento de água. Os fermentados alcoólicos ,por sua vez, podiam ser estocados para esse fim por longos períodos. Além disso, tendo em vista a carestia que assolava a humanidade dos primeiros tempos civilizatórios.O álcool se constituía como uma fonte nutritiva armazenável. Já os Incas tinham o hábito de mascar folhas de coca auxiliava as classes mais baixas a tolerarem a fome e a fadiga.
Pode- se notar que o consumo de substâncias era pautado fundamentalmente por questões básicas de subsistências.Segundo ,o consumo de substâncias psicoativas era feitas a partir da planta que a sintetizava(In natura),portanto, em baixas concentrações. A folha de coca contém, em média, de 0,5% a 2% de cocaína. Já a concentração alcoólica das bebidas fermentadas gira entre 5% a 12%. Sabe -se hoje que quanto mais alta a concentração da substância, maior o risco de dependência da mesma.
E terceiro, a disponibilidade da planta era restrita,tendo em vista os métodos pouco eficazes de coleta e plantio que os povos antigos possuíam. Por fim, a expectativa de vida era significativamente inferior aos padrões contemporâneo: o homem que precedeu as grandes civilizações vivia em média vinte anos e o da antiguidade ,quarenta. Havia menos "tempo hábil" para que os problemas relacionados ao consumo de substâncias psicoativas aparecessem. Na opinião desses povos ,o uso continuado e desregrado,ou seja,fora de contexto alimentar,sagrado ou festivo era considerado uma afronta ás normas culturais de convívio social. Ainda para esses,tal desvio partia exclusivamente da vontade do usuário, que deveria ser punido por seus atos.A questão era abordada sob a ótica moral, ao invés de problematizada como doenças ,salvo quando já evoluía com problemas físicos, como o delirium e a cirrose hepática .
Durante a idade média ,esse panorama e manteve:acesso restrito em decorrência da baixa produtividade agrícola,consumo principalmente de bebidas fermentadas, O que por vez supria a necessidade de água e calorias dessas populações ruralizadas. Além disso,o Cristianismo via como heresia o consumo de plantas psicoativas ,por estarem anteriormente ligadas a rituais pagãos. Os excessos,incluindo o consumo de vinho e cerveja ,era considerados condutas pecaminosas.Mas tarde no século XVIII, a percepção não era tão diferente Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos, tinha-se uma visão de que pessoas dependentes químicas eram pessoas com desvios morais, sendo que aqueles que se embriagavam demasiadamente eram colocados em barris nos pelourinhos para serem detestados e humilhados em praça pública. Tendo assim seus nomes também publicados nos jornais locais como forma de envergonhar tais pessoas. 
Os médicos Benjamin Rush (1745-1813) considerado pai da psiquiatria e o britânico Thomas Totter (1761-1832), diziam "que a embriaguez e o uso abusivo de drogas eram a perda do autocontrole e comprometia o equilíbrio saudável do corpo". Apesar de ambos delimitarem o campo da doença, ambos não a converteram em critérios de diagnósticos. Sendo que, mais tarde, outros pesquisadores vieram a denominar a embriaguez e o uso abusivo de drogas no que hoje chamamos de dependência, que é uma doença com prováveis causas biológicas e genéticas. Definição que aos poucos se estende até chegar a outras substâncias de entidades nosológicas como morfinismo, narcomania e cocaínomania.
Desde as primeiras pesquisas vem se identificando características e padrões de consumo como história familiar, aspecto da personalidade e psicopatologias, tendo-se pouco dos aspectos psicossociais decorrente do uso indevido das drogas e álcool.
Acreditava-se que problemas com álcool e drogas estavam diretamente ligados a distúrbios de personalidade inerentes a esses indivíduos.
Até meados do século XX, não se consideravam as relações psicossociais como parte da dependência e sim aspectos biológicos. Este padrão altera-se a partir dos anos 60 é 70 quando, então, os pesquisadores Edwards e Gross propuseram o conceito de "síndrome de dependência do álcool" concluíram que o psicossocial também tem forte influência sobre os dependentes.
A dependência psíquica é a situação em que o indivíduo é tomado por um impulso à administração regular ou contínua da droga, para produzir prazer ou evitar mal-estar experienciando um mal-estar intenso, chamado por vezes de “fissura”, na ausência da mesma. Tal estado mental é evidentemente o mais potente de todos os fatores implicados na intoxicação crônica com as drogas psicotrópicas. Já a dependência física torna-se um estado de adaptação que aparece com intensos transtornos físicos quando se interrompe a administração da droga ou se influi nessa administração com a substituição de um antagonista específico, causando abstinência que é caracterizada por séries específicas de sinais e sintomas de caráter psíquico. A dependência física torna-se um fator de reforço influenciando a dependência psíquica no que se refere a continuação do uso da droga ou de recaídas na tentativa de tira-las.
(Analice Gigliotti ,Angela Guimarães.págs12 é 13). 
Ainda sobre o conceito de dependência química, mas agora de forma atual, considera-se que qualquer padrão de consumo é constantemente influenciado por uma série de fatores de proteção e risco que seriam de natureza biológica,psicológica e social. Sendo que um fator de risco pode causar outros fatores similares ou ser neutralizado por fatores de proteção. Portanto é necessário a interação de um conjunto de fatores para um surgimento do uso nocivo ou da dependência. 
Os avanços das últimas décadas ainda possuem um impacto na opinião da sociedade, que valoriza em demasia explicações com bases teóricas e etiológicas reducionistas ou eminentemente moralistas. Em contraposição,o conceito de síndrome de dependência introduz num paradigma no qual defeitos se convertem em características e atribuições de culpa que se convertem em tratamento, sendo está dividida entre o profissional, o paciente e sua família.
É comum, também, uma pessoa que faz uso de drogas compulsivamente tenha outros transtornos mentais. Como veremos a seguir, alguns estudos mostram que, até o momento da pesquisa feita para a conclusão deste material, 75% dos dependentes químicos que vem sendo pesquisados têm Comorbidades, um número que parece estar aumentando a cada dia devido ao crescimento da disponibilidade de tais substancias. É importante reconhecer essas Comorbidades uma vez que,nesses casos,os quadros de dependência podem ser mais graves e de mais difícil tratamento.(Gigliotti,Carneiro,Aleluia Drogas.sem | Lara:sem saída)
Comorbidades
Quem vem antes, o ovo ou a galinha? Comorbidades psiquiátrica é a existência de duas condições mórbidas num mesmo indivíduo. Não se há uma preocupação de quem veio primeiro. Temos que ter a associação da condição A com a condição B, assim se configura o que chamamos de Comorbidades. Sob o ponto de vista temporal essa associação pode ocorre de três maneiras (Gigliotti,Carneiro, Aleluia,2002):
a) A Comorbidades precede no tempo o início do uso de drogas;
b)A dependência precede os problemas psiquiátricos;
c)Ambos os transtornos ocorrem na mesma época da vida do indivíduo.
Quais são as Comorbidades mais comuns nesses indivíduos:
1) Transtorno Do Déficit De Atenção E Hiperatividade (TDAH);
2) Transtornos Depressivos;
Transtornos De Ansiedade;
3) Transtornos Psicóticos;
4) Transtorno Afetivo Bipolar;
5) Transtornos Alimentares.
O suporte social e familiar e fundamental para o sucesso do tratamento. Pacientes com duplo diagnóstico têmmais dificuldades em se manter abstinentes no cotidiano. Ter em casa um grupo familiar que o apóie faz toda a diferença. Neste sentido,os grupos anônimos como NA e o AA têm condições de oferecer um apoio com suporte social a esses dependentes.Pacientes com Comorbidades requerem, em media,dois atendimentos por semana. Visando que a gravidade do transtorno mental não prediz por si só, se o tratamento será mal ou bem-sucedido.
Definição.
O que são as Drogas,é como elas são classificadas:
 Qualquer substância que,quando ingerida,modifica o organismo de alguém é considerada droga.Portanto, medicamentos também são drogas.
 Drogas psicoativas,segundo a Organização Mundial de saúde (OMS,1981),"são aquelas que alteram comportamentos, humor e cognição",isso significa que essas drogas agem diretamente nos neurônios,é afetam o sistema nervoso central como os antidepressivos.(Carlini,1994).
 Mas estamos falando do uso de substâncias cuja ingestão causa alterações no comportamento que pode levar a perdas subjetivas ou objetivas- diminuição de produtividade, conflitos interpessoais etc.-,mas que,mesmo assim chamamos de drogas de abuso.
Segundo o livro de farmacologia drogas de abuso são:Qualquer substancia tomada através de qualquer forma de administração alterando o humor,nível de percepção ou funcionamento do snc que podem ser, medicamentos álcool solventes, drogas ilícitas entre outras.
 Na primeira vez que um individuo experimenta uma droga , seja ela qual for, seu efeito pode ser bom. Muitas vezes,muito bom.Se há uma característica marcante nas drogas de abuso,é que elas dão prazer a alguns indivíduos específicos.Algumas como a mentafetamina (também chamada de crystal e,felizmente pouco consumida no Brasil),proporciona um prazer dezenas de vezes maior que o prazer sexual. Costumamos dizer que uma condição sine qua non para um individuo se torna dependente basta ele gostar dos seus efeitos.
Algumas pessoas gostam mas de cocaína ,outras mais de maconha e sentem-se recompensados por isso.Mas seja como for a carreira do uso de drogas tem inicio com a experimentação.Veja a seguir um esquema da evolução do uso de drogas. 
Uso experimenta--------Uso exporádico------Uso frequente------Abuso---Desenvolvimento de tolerância e abstinência------Dependência.
Há uma tendência de as pessoas acharem que,porque fulano bebe muito e paga mico toda vez que bebe,ele é alcoólatra.Isso é um erro. Embora todos os dependentes de drogas tenham problemas com elas. nem toda pessoa que tem problemas é dependente.Já aquele individuo que bebe diariamente ,acorda com tremores e sudorese devido á abstinência alcoólica,sente que tem uma compulsão para beber e que ,embora se esforce para ficar algum tempo longe da bebida, não consegue-esse,sim,é dependente de álcool, do mesmo modo acontece com as drogas ilícitas.
Existem gradações de dependentes de alcoól e drogas:leves, moderadas e graves. No entanto com o uso continuo,todos passam por alterações no cérebro é faz com que as doenças se desenvolva sendo elas tanto físicas como psicológicas.
Há quem diga que as pessoas usam drogas para fugir da realidade. Não é bem assim. Seria mais apropriado dizer que as pessoas usam drogas para enfrentá-la.Quem usa drogas está tentando suportar uma realidade que,de outra forma ,seria insuportável.
O fato de nos afastarmos do que nos causa confusão ou desconforto é uma defesa psicológica natural do ser humano,e a principal conseqüência disso é não percebemos realmente o que nos acontece.Eis por que os familiares têm dificuldade de perceber a realidade á sua volta ou de dar a conotação de gravidade que a situação merece.Ocorre então um processo de cegueira ou então ou entorpecimento,por meio de uma anestesia paulatina e sutil das emoções.
(Gigliotti,Carneiro,Aleluia,Drogas.sem |Helena o Diário da Dor).
Família.
Os familiares é pessoas próximas também desenvolvem uma defesa psicológica para lidar como uma realidade cada vez mas incontrolável.Sendo que o sentimento de fracasso e impotência acarreta cada vez mais esses familiares que se perguntam aonde foi que eu errei.
Geralmente as famílias tendem a manter a dependência do usuário em segredo mentem para se proteger é proteger a imagem da família,causando grande dificuldades das informações necessárias para que o dependente tenha um feedback claro de seu comportamento,essas atitudes familiares por mais que esteja bem intencionadas acaba dificultando o tratamento. A disfuncional se da a partir da minimização na percepção dos danos vividos em tais relações. A negação é, muitas vezes, o comportamento mais propenso a críticas de pessoas de fora. É comum ouvirmos comentários sobre como tal família pode não estar percebendo a gravidade do quadro em que se encontra. Assim, se por um lado o adicto nega a gravidade das conseqüências de uso, por outro a família adota o mesmo mecanismo.No começo ela se recusa a aceitar o fato inclusive para si mesma.
Quando se torna impossível negar o fato, os familiares se esforçam vigorosamente para esconder as situações.Ou seja o estilo de vida do dependente equivale ao estilo de vida de negação exercitado pela família.
Esse fato produz um afastamento emocional cada vez maior entre os membros da família ,diminuindo a possibilidade de se apoiarem mutuamente no momento em que mais precisam. (Gigliotti,Carneiro,Aleluia,2007 páginas 112 á 116)
A família oscila entre extremos de profundo silêncio e falta de engajamento e períodos de extrema reatividade,que mascaram a emoção autêntica. Uma emoção é expressada como algo mais: a raiva torna-se violência, a tristeza torna-se cólera, o medo torna-se fúria, o desespero torna-se profunda necessidade de controlar, a dependência torna-se vergonha. Os sentimentos reais permanecem escondidos e não- manifesto.
 (Krestan e Bepko,1995)
Teoria Psicanalítica
 Freud pai da psicanálise em 1884, a titulo de curiosidade se dedicou a estudar os efeitos da cocaína se utilizando como sujeito da pesquisa. Publica se sua monografia "Uber Coca," em julho de 1884 aonde recomenda o uso da cocaína para tratamento de abstinência da morfina (SILVEIRA FILHO,1995).
Em 1885 Freud começa a perceber que o uso da substância causava dependência, em 1887, publica o artigo "ANGUSTIA E MEDO DA COCAINA",sendo que tal publicação foi com intuito de se defender.Pois Freud indicava o uso da substância para tratamento na psiquiatria. (SILVEIRA FILHO,1995).
Já para Kalina(1999), a drogadição é uma doença psicossocial causando danos a sociedade e as famílias. Sendo a sociedade indutora do consumo de drogas quando se passa a mensagem de que a vida não vale nada. Segundo o autor isso ocorre,há medida que se produz armas em massas,propagandas sobre drogas legalizadas e outras....
Para Mota (2009), cada sociedade tende a produzir suas próprias patologias (pag46).Com isso notamos que as modificações no aparelho psíquico das pessoas também ocorrem em um ambiente social e histórico.
A contribuição da psiquiatria no caso das adicções, é de fundamental importância na medida em que postula a dependência química como uma síndrome passível de tratamento, já a psicanálise nos ajuda a entender os mecanismo psíquicos envolvidos nesse processo patológico. Freud deu sua primeira contribuição psicanalítica (1905),em seu trabalho" O chiste e sua relação com o inconsciente". Freud associou a drogatização com a satisfação de necessidades infantis primaria (KALINA,1999).
Postula se que a origem da drogatização está na fase oral do desenvolvimento interpreta se que a uma fixação nesta fase .A maior contribuição de Freud nesse caso, foi descrever a dinâmica da oralidade que inclui aspectos como a intolerância a espera na satisfação de desejo e a importância da fixação e da regressão (SILVEIRA FILHO,1995),Em" luto e melancolia"(1917),Freud afirma que a embriaguez alcoólica pertence aos grupos dos estados maníacos na medida que produz estados eufóricos assegura se que algo não parece consciente.
 Vários autores estuda a toxicomania sob a vertente da psicanálisepartindo das primeiras prerrogativas de Freud. Pierre Clark ( 1919 apud Kalina ,1999) estudou a Kielholz (1919 apud, Silveira Filho 1995),descreveu a toxicomania como uma neurose narcísica relacionada a psicose maníaco-depressivo. Rado (1933 apud Kalina 1999) diz que a função da droga e anestesiar o sofrimento do adicto decorrente de suas características depressivas e maníacas associa se o toxicomania a libertação de impulsos destrutivos. Para Simmel (1928 a 1949),a droga atua neutralizando o superego deixando o ego livre para reencontrar a "auto estima perdida por meio de um processo regressivo que vai fazendo do adicto uma criança, cada vez mas narcisista que organiza a sua atividade consciente obedecendo, quase que exclusivamente o principio do prazer infantil."(apud Kalina,1999 p. 27) . Rosenfeld (1965), acredita que o adicto por sua fragilidade, tenta fugir dos estados depressivos que o ameaça recorrendo á droga com o objetivo de produzir os estados maníacos.
Esses autores então acredita que a droga passa ser um objeto idealizado que ameniza a dor e o sofrimento, com a finalidade de conter a parte psicótica da personalidade (Bion, 1957). Segundo Melanie Klein é possível perceber um mecanismo de defesa primitivo como identificação projetiva, negação, idealização, cisão e pensamento onipotente.
Usando referencias Winnicotiana, Melaine klein vai dizer que no desenvolvimento emocional do dependente químico ocorreram falhas ambientais, especificamente na passagem da fase de dependência absoluta para a fase de dependência relativa. (Winnicott, 1963), sendo a fase de dependência absoluta a partir do nascimento,momento em que o bebe e totalmente dependente,não e capaz de perceber seu próprio corpo como separado da mãe. Já a fase de dependência relativa e partir dos 5 ou 6 meses de idade onde a mãe inseri o principio da realidade e vai desiludindo o bebe. É aqui que os objetos e fenômenos transacionais (WINNICOTT, 
1951, 1975) tem o seu lugar e ajuda o bebe na elaboração da separação com relação a mãe, nesse momento entra os objetos transacionais eleitos pelo o bebe como um paninho um ursinho.Esses objetos representam uma realidade tanto interna quanto externa oferecendo conforto ao bebe a medida que esse bebe vai se desenvolvendo esses objetos perdem seus significados, esses objetos representa a entrada em um mundo simbólico,o objeto existe na realidade mas sua representação e simbólica.
Para a dependência química , a patologia se instala na medida em que ha a cronificação do objeto transacional,isto é quando a relação com o objeto persiste de modo exclusivo e prolongado, de modo que este objeto não sirva para elaborar a ausência materna é sim para negá-la. O uso cronificado tem se a ilusão que o objeto é a mãe, entretanto há uma relação as falhas obtidas aos cuidados da mãe, com isso instala -se uma tendência a buscar objetos concretos para aplacar o sentimento de vazio, angustia e solidão ( Abadi,1998).sendo as substancias psicoativas forte candidatas a exerce esse papel. Kalina (1999), descreve a idéia de que as famílias dos dependentes químicos como psicotóxicas , isto é,que recorrem a medicamentos, álcool, excesso de comida, entre outros para lidar com as angústias.
Os Homens Ocos 
Nós somos os homens ocos 
Os homens empalhados 
Uns nos outros amparados 
O elmo cheio de nada. Ai de nós! 
Nossas vozes dessecadas, 
Quando juntos sussurramos, 
São quietas e inexpressas 
Como o vento na relva seca... 
Fôrma sem forma, sombra sem cor 
Força paralisada, gesto sem vigor. 
(ELIOT, T. S., tradução de Ivan Junqueira, 
1943).
Monteiro (2000),diz que a dependência química são: baixa tolerância a frustração, baixa autoestima, compulsividade, indisciplina, desorganização,dependência afetiva ,imaturidade e regressão,agressividade, sedução, dissimulação é mentira, imediatismo, ser anti- herói, á inversão de valores, negação do estado de dependência, inconsciência dos perigos e conseqüências, pessimismo e comportamento chantagista e ameaçador, para Monteiro esses sentimentos escondem sentimentos primitivos de profundo desamparo. 
Sendo um grande desafio para o analista de manter um vínculo terapêutico com o dependente,muitas vezes eles criam situações para serem abandonados,mas também quando se cria um vinculo pode se comparar aos verso da música de Vanessa Da Mata " Não me deixe só"....(2002).
Não me deixe só 
Eu tenho medo do escuro
Eu tenho medo do inseguro
Dos fantasmas da minha voz.
Conclui se que munidos das teorias psicanalíticas de sensibilidades e capacidades de continência podemos oferecer um bom tratamento ao dependente químico ,ressaltando que a necessidade de uma equipe interdisciplinar, associada aos familiares produzem resultados positivos. 
Conclusão
 Ao fim deste artigo chega se a conclusão que a dependência química tem tratamentos que podem ser de grandes benefícios tanto aos dependentes quanto aos familiares.O uso abusivo de substancias ilícitas vem causando degradação a sociedade,
pois pode se atribuir o grande índice de violência ao uso abusivo de tais substancias. Precisamos nos atentar a saúde mental da população antes que a drogatização tome conta de forma irreversível de nossos jovens que são o futuro do pais.
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