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APOSENTADORIA POR IDADE

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TRABALHO DIREITO PREVIDENCIÁRIO
MARCUS VINICIUS GAIEVSKI BOM – DIREITO NOTURNO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 2ª VARA DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE FOZ DO IGUAÇU AO JUIZADO ESPECIAL PREVIDENCIÁRIO FEDERAL SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO PARANÁ
ANTONIO DA SILVA SANTOS, brasileiro, solteiro, empresário, portador do RG nº 934.123-0, inscrito no CPF sob o nº 345.675.123-07, residente e domiciliado na Rua Silvina das Flores, nº 123, Bairro Porto Meira, Foz do Iguaçu/PR, CEP 88434-670, por seu advogado que esta subscreve, com escritório profissional na Avenida Brasil, nº 1276, Centro, Foz do Iguaçu/PR, onde recebe intimações e notificações à presença de Vossa Excelência requerer a presente
AÇÃO ORDINÁRIA DE APOSENTADORIA POR IDADE, com fundamento nos artigos 7º, XXIV, e 202, I, da Constituição Federal, artigos 48 e 143, II, da Lei 8.213/91, e artigo 282 do Código de Processo Civil, em face do,
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, com endereço na Rua Silvino da Cruz, nº 435, Bairro Três Lagoas, Foz do Iguaçu/PR, CEP 85876-670, ante os motivos de fato e de direito, que a seguir passa a expor e ao final requerer:
I - DOS FATOS
O autor é segurado da Previdência Social rural, contando atualmente com 65 (sessenta e cinco) anos de idade.
Na condição de trabalhador especial, sempre laborou na produção da terra, como compravam os documento anexos, pelo período de 23/04/1978 a 15/06/2018.
Após ter completado 60 (sessenta) anos de idade, postulou, junto ao Posto de Benefícios, a concessão do benefício de aposentadoria por idade, na qualidade de segurado especial.
Contudo, o pedido referido foi negado administrativamente em 22/10/2015, a alegação de que o autor perdera a qualidade de segurado.
O autor houve por bem interpor recurso à Junta de Recursos da Previdência Social, entretanto a referida Junta manteve o indeferimento sob a mesma alegação, qual seja, perda da qualidade de segurado.
Todavia, a alegação de que o autor perdera a qualidade de segurado não pode prosperar, pois não se duvidou em nenhum momento que o segurado trabalhou no campo até 15/06/2018, ocasião em que já havia completado 65 anos de idade, somente deixando de trabalhar por motivo de doença.
Deve-se ressaltar que o autor completou 60 (sessenta) anos em 02/07/2015, quando ainda estava na labuta, sendo assim, adquiriu o direito de pleitear aposentadoria na data em que se tornou sexagenário, tendo, a partir de então, o direito adquirido.
Diante do exposto, as reiteradas decisões proferidas em sede administrativa, merecem reforma, tendo em vista que o autor, quando da requisição do benefício da aposentadoria por idade, já havia cumprido com todos os requisitos necessários para a obtenção do mesmo.
II - DO DIREITO
A reiterada decisão do INSS contrariam frontalmente o conjunto de provas apresentado, a Legislação Previdenciária e o próprio Texto Constitucional, vejamos:
“O autor comprovou perante o INSS o exercício de suas atividades rurais no período de carência exigida, através de prova documental inclusa no dossiê administrativo.”
Há que se considerar, ainda, que quando a Legislação Previdenciária - Lei 8.213/91, em seu artigo 143, estabelece que o período imediatamente anterior ao requerimento do benefício não se refere a qualquer prazo, até porque o autor encontrava-se exercendo atividade quando adquiriu direito ao benefício da aposentadoria por idade.
Ademais, a norma infraconstitucional deve ser considerada a luz do que dispõe o artigo 5º da Lei de Introdução ao Código Civil, isto é, "devem ser interpretadas, sempre de forma que realizem sua destinação, devem ser aplicadas de maneira que estejam a favor e não contra aqueles a quem elas, evidentemente, devem assistir", sob pena de tornar-se praticamente inaplicável para estes trabalhadores rurais o contido no artigo 7º, XXIX, e 202, I, da Carta Magna, o que não é inerente ao direito justo.
Sendo assim, o autor, conforme anteriormente demonstrado, satisfaz os requisitos necessários exigidos pela Legislação em vigor, para a concessão do benefício da aposentadoria por idade, quais sejam, a comprovação do exercício das atividades rurais e o limite de idade de 60 (sessenta) anos.
III - DO PEDIDO
Ante ao exposto, requer:
a) a determinação da citação da ré, por meio de seu representante legal, no endereço anteriormente citado, para que, querendo, conteste os termos da presente, no prazo legal, com as advertências previstas no artigo 285 do Código de Processo Civil;
b) condenar o INSS a conceder ao autor o BENEFÍCIO DA APOSENTADORIA POR IDADE, a partir do Requerimento Administrativo em data de 22/10/2015, com a condenação do pagamento das prestações em atraso, corrigidas na forma da lei, acrescidas de juros de mora desde quando se tornaram devidas as prestações;
- Protesta pela produção de todos os meios de provas em admitidos direito, em especial a testemunhal, documental, pericial e outras que se fizerem necessárias.
- Requer-se ainda, a concessão do benefício da JUSTIÇA GRATUITA, tendo em vista que o Autor não tem como suportar as custas judiciais.
Nesses termos,
Pede e espera deferimento.
Foz do Iguaçu, 10 de Junho de 2020.
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MARCUS VINICIUS GAIEVSKI BOM
OAB/ 45.2605 
FOZ DO IGUAÇU/PR

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