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Ação de aposentadoria Rural e Procuração e Honorários

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ª VARA 
FEDERAL DE .../.... 
 (NOME E QUALIFICAÇÃO DO REQUERENTE)..., consoante instrumento de 
mandato em anexo, com escritório profissional estabelecido na ..., vem à 
presença de Vossa Excelência propor: 
 
AÇÃO DE CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR TEMPO DE 
CONTRIBUIÇÃO 
 
em face da INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, Autarquia 
Federal, situada na ..., com base nos fatos e fundamentos que a seguir expoe: 
 
I – PRELIMINARMENTE 
I.I – DA JUSTIÇA GRATUITA 
O demandante declara, sob as penas da Lei, que sua atual situação econômica 
não lhe permite pagar custas do processo e honorários sem prejuízo do 
sustento próprio e de sua família. 
Dessa forma, pleiteia o benefício da JUSTIÇA GRATUITA, amparada pelo 
Art. 98 do CPC/2015, visto que o requerente não aufere renda suficiente para 
o pagamento das custas processuais. 
Diante disso, o Requerente não pode arcar com as custas do processo, por ser 
pobre na forma da lei, conforme declarações anexas, requerendo, assim, o 
benefício da gratuidade judiciária, nos termos da Lei n.º 1.060/50 c/c 
Art. 98, CPC. 
II – DOS FATOS 
Após alcançar os requisitos legais, o Autor requereu administrativamente o 
benefício previdenciário da aposentadoria por tempo de contribuição/serviço 
junto à Autarquia Ré, isto, em (data) sob o protocolo n.º xxx 
O demandante comprovou no processo administrativo contribuições como 
empregado, o qual iniciou em (data) até o presente momento, bem como 
pleiteou período que laborou como segurado especial. 
Após análise do pedido, a Autarquia ré entendeu pelo seu indeferimento, sob a 
pecha de que 
[COLOCAR A DECISÃO DO INSS] 
Ademais, informou que para o autor constaria com apenas ... anos, ... mês e ... 
dias de tempo de contribuição, ou seja, somando o período rural reconhecido 
e o tempo de contribuição como empregado, o requerente não atingiu o tempo 
mínimo de 35 anos de contribuição até a DER. 
Neste sentido, a decisão da Autarquia apenas averbou o tempo como segurado 
especial de (data) à (data) consoante CNIS em anexo, ou seja, foi considerado 
apenas o labor rural do requerente após ter completado 12 (doze) anos de 
idade. 
Todavia, é bem sabido que o requerente laborou muito tempo antes de ter 
completado seus 12 anos de idade, o que deve ser considerado em seu favor, 
uma vez que comprovadamente prestou serviços quando criança e devendo 
ser averbado ao seu cálculo de aposentadoria, sob pena de violar 
expressamente os direitos fundamentais do autor. 
Portanto, a motivação da autarquia para ceifar o direito do autor baseou-se na 
arbitrariedade e na falta de razoabilidade, violando severamente as garantias 
constitucionais do requerente, assim, furtando o seu direito de gozar de sua 
aposentadoria quando completou 35 anos de contribuição/serviço. 
Diante disso, requer seja averbado ao tempo do requerente o seu labor desde 
criança, tendo em vista expressa permissão jurisprudencial, a qual ganhou 
abrangência nacional em decisão prolatada em ação civil pública que a seguir 
passa expor. 
III – DO DIREITO 
III.I – DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 
Nos termos da Lei 8.213/91, a aposentadoria por tempo de contribuição/serviço 
será devida quando cumprida a carência exigida em lei. Portanto, no presente 
caso, seguramente o Autor preenche os requisitos à concessão da 
aposentadoria, configurando clara ilegalidade a sua negativa. 
Em vista disso, está provado conforme a CTPS do autor que trabalha na 
empresa ..., sendo que possui vínculo desde .../.../... até o presente momento. 
Assim, considerando a DER (.../.../...) o requerente restou com ... anos, ... 
meses e ... dias. 
Além disso, o autor comprovou a existência de período rural, o qual foi 
averbado em seu Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), período 
compreendido entre .../.../... até .../.../..., perfazendo o tempo de ... anos, ... 
meses e ... dias. 
Excelência, tais períodos correspondem há ... anos, ... mês e ... dias, faltando 
apenas ... anos, ... meses, ... dias para que o autor completasse 35 anos de 
contribuição exigidos pelo art. 201, § 7º da Constituição Federal, senão 
vejamos: 
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de 
caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que 
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: 
[...] 
§ 7º. É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, 
nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições: 
I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de 
contribuição, se mulher; (GRIFO NOSSO) 
Por sua vez, a qualidade do requerente como segurado empregado e especial 
encontra respaldo legal no art. 11 da Lei 8.213/91, in verbis: 
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes 
pessoas físicas: 
I - como empregado: 
a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter 
não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como 
diretor empregado; 
[...] 
VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em 
aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime 
de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na 
condição de: 
a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou 
meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade: 
1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais; 
Diante disso, urge destacar que o objeto da presente lide é o reconhecimento 
de trabalho rural na qualidade de segurado especial, do período compreendido 
entre 08 anos até os 12 anos de idade do requerente, tempo que não foi 
observado no processo administrativo, consoante segue. 
III.II – DA POSSIBILIDADE DO RECONHECIMENTO DO PERÍODO 
PLEITEADO 
Ocorre que recentemente o Tribunal Regional Federal da 4ª Região entendeu 
pela possibilidade de ser computado período de trabalho sem limitação de 
idade mínima, assim reconhecendo tempo de serviço e de contribuição para 
aqueles que laboraram como segurado especial antes mesmo dos 12 anos de 
idade. 
Frisa-se que o art. 7º, XXXIII da CF veda expressamente qualquer trabalho 
para menores de 16 anos, salvo na condições de aprendiz, sendo tal norma é 
garantia constitucional em prol da criança e do adolescente, assim, proibindo o 
trabalho infantil. 
Todavia, ainda que exista tais garantias com o intuito de proteger pessoas com 
idade inferior a 16 anos, muitas pessoas acabaram por laborar quando ainda 
crianças, sendo este o caso do requerente, uma vez que quando criança 
trabalhou no meio rural ajudando seus pais e aprendendo o ofício. 
Destaca-se que o requerente por ser o único filho homem teve de aprender 
com seus pais todo o trabalho da vida rural, e, sendo razoável, tal 
aprendizagem não iniciou quando completou 12 anos de idade, devendo o 
período rural compreender antes desta idade. 
Assim, tal decisão ponderou o instituto da vedação do trabalho infantil frente a 
proteção previdenciária, entendendo que restringir o período laborado antes 
dos 12 anos de idade acarretaria em dupla penalização ao segurado, uma vez 
que mesmo trabalhando quando criança, não teria o referido período 
computado em seu cálculo de aposentadoria. 
Para melhor elucidar a decisão em análise segue a transcrição da ementa: 
DIREITO PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA MOVIDA PELO 
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PARA AFASTAR A IDADE MÍNIMA 
PREVISTA NO ART. 11 DA LEI 8.213/91 PARA FINS DE RECONHECIMENTO 
DE TEMPO DE SERVIÇO E DE CONTRIBUIÇÃO. INTERESSE DE AGIR DO 
MPF. RECONHECIMENTO. EFEITOS JURÍDICOS DA 
SENTENÇA. ABRANGÊNCIA NACIONAL DA DECISÃO PROLATADA EM 
AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ART. 16 DA LEI. 7.347/85. INTERPRETAÇÃO DO 
ART. 7º, XXXIII DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. TRABALHO INFANTIL X 
PROTEÇÃO PREVIDENCIÁRIA. REALIDADE FÁTICA BRASILEIRA. 
INDISPENSABILIDADE DE PROTEÇÃO PREVIDENCIÁRIA ÀS 
CRIANÇAS. POSSIBILIDADEDE SER COMPUTADO PERÍODO DE 
TRABALHO SEM LIMITAÇÃO DE IDADE MÍNIMA. ACP INTEGRALMENTE 
PROCEDENTE. JULGAMENTO PELO COLEGIADO AMPLIADO. 
ART. 942 DO CPC. RECURSO DO MPF PROVIDO. APELO DO INSS 
DESPROVIDO. 1. O interesse processual do MPF diz respeito à alteração de 
entendimento da autarquia no tocante às implicações previdenciárias 
decorrentes do exercício laboral anterior àquele limite etário mínimo, 
consubstanciadas inclusive na Nota 76/2013. Em que pese efetivamente 
constitua aquela Nota importante avanço no posicionamento do INSS sobre a 
questão, não torna ela despicienda a tutela jurisdicional pleiteada, já que admite 
aquela Nota que, uma vez reconhecida na esfera trabalhista a relação de 
emprego do menor de 16 anos, possa a autarquia considerá-lo segurado e 
outorgar efeitos de proteção previdenciária em relação ao mesmo, 
permanecendo - não bastasse a já referida necessidade prévia de 
reconhecimento trabalhista - a não admitir a proteção para as demais situações 
de exercício laboral por menor de 16 anos, referidas na contestação como 
externadas de forma voluntária. Não bastasse isto, restaria ainda a questão 
referente à documentação e formalidades exigidas para a comprovação de tal 
labor, o que evidencia a permanência da necessidade de deliberação e, por 
consequência, a existência do interesse de agir. 2. Não há falar em restrição 
dos efeitos da decisão em ação civil pública a limites territoriais, pois não se 
pode confundir estes com a eficácia subjetiva da coisa julgada, que se estende 
a todos aqueles que participam da relação jurídica. Isso porque, a imposição 
de limites territoriais, prevista no art. 16 da LACP, não prejudica a 
obrigatoriedade jurídica da decisão judicial em relação aos participantes da 
relação processual. 3. Logo, inexiste violação ao art. 16 da Lei nº 7.347/1985, 
como aventou o INSS, porquanto não é possível restringir a eficácia da decisão 
proferida nos autos aos limites geográficos da competência territorial do órgão 
prolator, sob pena de chancelar a aplicação de normas distintas a pessoas 
detentoras da mesma condição jurídica. 4. Mérito. A limitação etária imposta 
pelo INSS e que o Ministério Público Federal quer ver superada tem 
origem na interpretação que se dá ao art. 7º, XXXIII da Constituição 
Federal, que veda qualquer trabalho para menores 16 anos, salvo na 
condição de aprendiz. 5. Efetivamente, a aludida norma limitadora traduz-se 
em garantia constitucional existente em prol da criança e do adolescente, vale 
dizer, norma protetiva estabelecida não só na Constituição Federal, mas 
também na legislação trabalhista, no ECA (Lei 8.079/90) em tratados 
internacionais (OIT) e nas normas previdenciárias. 6. No entanto, aludidas 
regras, editadas para proteger pessoas com idade inferior a 16 anos, não 
podem prejudicá-las naqueles casos em que, não obstante a proibição 
constitucional e legal, efetivamente, trabalharam durante a infância ou a 
adolescência. 7. Não obstante as normas protetivas às crianças, o 
trabalho infantil ainda se faz presente no seio da sociedade. São inúmeras 
as crianças que desde tenra idade são levadas ao trabalho por seus 
próprios pais para auxiliarem no sustento da família. Elas são colocadas 
não só em atividades domésticas, mas também, no meio rural em serviços 
de agricultura, pecuária, silvicutura, pesca e até mesmo em atividades 
urbanas (vendas de bens de consumos, artesanatos, entre outros). 8. 
Além disso, há aquelas que laboram em meios artísticos e publicitários 
(novelas, filmes, propagandas de marketing, teatros, shows). E o exercício 
dessas atividades, conforme a previsão do art. 11 da Lei nº 8.213/91, enseja o 
enquadramento como segurado obrigatório da Previdência Social. 9. É sabido 
que a idade mínima para fins previdenciários é de 14 anos, desde que na 
condição de aprendiz. Também é certo que a partir de 16 anos o adolescente 
pode obter a condição de segurado com seu ingresso no mercado de trabalho 
oficial e ainda pode lográ-lo como contribuinte facultativo. 10. Todavia, não há 
como deixar de considerar os dados oficiais que informam existir uma gama 
expressiva de pessoas que, nos termos do art. 11 da LBPS, apesar de se 
enquadrarem como segurados obrigatórios, possuem idade inferior àquela 
prevista constitucionalmente e não têm a respectiva proteção previdenciária. 
11. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) no ano de 
2014, o trabalho infantil no Brasil cresceu muito em comparação com os anos 
anteriores, quando estava em baixa. 12. E, de acordo com o IBGE, no ano de 
2014 havia 554 mil crianças de 5 a 13 anos trabalhando. Na atividade 
agrícola, nesta mesma faixa etária, no ano de 2013 trabalhavam 325 mil 
crianças, enquanto no ano de 2014 passou a ser de 344 mil, um aumento 
de 5,8%. Já no ano de 2015, segundo o PNAD (IBGE) houve novamente 
uma diminuição de 19,8%. No entanto, constatou-se o aumento de 12,3% 
do 'trabalho infantil na faixa entre 5 a 9 anos'. 13. O Ministério do Trabalho 
e Previdência Social - MPTS noticia que em mais de sete mil ações fiscais 
realizadas no ano de 2015, foram encontradas 7.200 crianças em situação de 
trabalho irregular. Dos 7.200 casos, 32 crianças tinham entre 0 e 4 - todas 
encontradas no Amazonas. Outras 105 estavam na faixa etária de 5 a 9 anos 
e foram encontradas, também, no Amazonas (62) e nos estados de 
Pernambuco (13), Pará (7) Roraima (5), Acre (4) Mato Grosso do Sul e Rio 
Grande do Sul (3 em cada Estado), Bahia e Sergipe (2 em cada Estado). Na 
Paraíba, Rio de Janeiro, Rondônia e Tocantins encontrou-se uma criança em 
cada Estado com essa faixa etária de 5 a 9 anos. 14. Insta anotar que a 
realidade fática revela a existência de trabalho artístico e publicitário com nítido 
objetivo econômico e comercial realizados com a autorização dos pais, com a 
anuência do Poder Judiciário, de crianças recém nascidas, outras com 01, 2, 
3, 4 e 5 anos de idade. Aliás, é possível a proteção previdenciária nesses 
casos? No caso de eventual ocorrência de algum acidente relacionado a esse 
tipo de trabalho, a criança teria direito a algum benefício previdenciário, tal 
como o auxílio acidente? 15. No campo da seguridade social extrai-se da 
norma constitucional (art. 194, parágrafo único) o princípio da 
universalidade da cobertura e do atendimento que preconiza que a 
proteção social deve alcançar a todos os trabalhadores do território 
nacional que dela necessitem. Por corolário lógico, incluem-se nessa 
proteção social aquelas crianças ou adolescentes que exerceram algum 
tipo de labor. 16. A despeito de haver previsão legal quanto ao limite etário 
(art. 13 da Lei 8.213/91, art. 14 da Lei 8.212/91 e arts. 18, § 2º do 
Decreto 3.048/99) não se pode negar que o trabalho infantil, ainda que 
prestado à revelia da fiscalização dos órgãos competentes, ou mediante 
autorização dos pais e autoridades judiciárias (caso do trabalho artístico e 
publicitário), nos termos dos arts. 2º e 3º da CLT, configura vínculo 
empregatício e fato gerador do tributo à seguridade, nos termos do inciso I do 
art. 195 da Constituição Federal. 17. Assim, apesar da limitação 
constitucional de trabalho do infante (art. 157, IX da CF/46, 
art. 165, X da CF/67 e art. 7º, XXIII, da CF/88), para fins de proteção 
previdenciária, não há como fixar também qualquer limite etário, pois a 
adoção de uma idade mínima ensejaria ao trabalhador dupla punição: a 
perda da plenitude de sua infância em razão do trabalho realizado e, de outro 
lado, o não reconhecimento, de parte do INSS, desse trabalho efetivamente 
ocorrido. 18. Ressalte-se, contudo, que para o reconhecimento do trabalho 
infantil para fins de cômputo do tempo de serviço é necessário início de 
prova material, valendo aquelas documentais existentes em nome dos 
pais, além de prova testemunhal idônea. 19. Desse modo, para fins de 
reconhecimento de tempo de serviço e de contribuição pelo exercício das 
atividades descritas no art. 11 da Lei 8.213/91, mostra-se possível ser 
computado períodode trabalho realizado antes dos 12 anos de idade, qual seja 
sem a fixação de requisito etário. 20. Recurso do INSS desprovido. Apelação 
do MPF provida. (TRF-4 - AC: 50172673420134047100 RS 5017267-
34.2013.4.04.7100, Relator: Relatora, Data de Julgamento: 09/04/2018, 
SEXTA TURMA) (GRIFO NOSSO) 
Portanto, a referida decisão entendeu por priorizar a proteção previdenciária 
para estas pessoas que tiveram sua infância voltada ao trabalho, não havendo 
como fixar qualquer limite etário para o reconhecimento de tempo rural. 
Destaca-se que o Julgador foi claro ao enfatizar que a adoção de uma idade 
mínima ensejaria ao trabalhador dupla punição, ou seja, a primeira seria a 
perda da plenitude de sua infância, e a segunda o não reconhecimento desse 
trabalho efetivamente trabalhado. 
Assim, não é possível que o trabalho infantil prejudique estas crianças no futuro 
quando for computado o período perante o INSS. 
Todavia, para comprovar o período anterior aos 12 anos de idade, o segurado 
deverá demonstrar início de prova documental, bem como poderá se valer de 
prova testemunhal, da mesma forma que é comprovado o tempo rural de 
período superior aos 12 anos de idade. 
Cumpre citar outras decisões neste mesmo norte, senão vejamos: 
PREVIDENCIÁRIO. TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL. TEMPO DE 
CONTRIBUIÇÃO PRESTADO POR MENOR DE DOZE ANOS DE IDADE. 
POSSIBILIDADE DE SER COMPUTADO PERÍODO DE TRABALHO SEM 
LIMITAÇÃO DE IDADE MÍNIMA. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE 
MORA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. TUTELA ESPECÍFICA. 1. Se não 
comprovada a exposição do segurado a agente nocivo, na forma exigida pela 
legislação previdenciária aplicável à espécie, não é possível reconhecer-se a 
especialidade da atividade laboral por ele exercida. 2. Para fins de 
reconhecimento de tempo de serviço e de contribuição pelo exercício das 
atividades descritas no art. 11 da Lei 8.213/91, mostra-se possível ser 
computado período de trabalho realizado antes dos 12 anos de idade, qual seja 
sem a fixação de requisito etário (TRF4, AC nº 5017267-34.2013.404.7100, 6a. 
Turma, Des. Federal Salise Monteiro Sanchotene, juntado aos autos em 
12/04/2018). 3. Tendo em vista que as normas que proíbem o trabalho 
infantil são destinadas a proteger o menor, não podem ser interpretadas 
a fim de prejudicá-lo. Por conseguinte, é possível reconhecer o tempo de 
serviço prestado por menor de doze anos de idade, ainda que as normas 
então vigentes (Constituição Federal de 1967, art. 158, X) fixassem a idade 
mínima de doze anos para o exercício de qualquer trabalho. 4. honorários 
advocatícios fixados em 10% sobre o valor das prestações vencidas até o 
acórdão, conforme previsto no art. 85 do novo CPC, nas Súmulas nº 76 deste 
Tribunal e nº 111 do Superior Tribunal de Justiça. 5. Consectários legais fixados 
nos termos do decidido pelo STF (Tema 810) e pelo STJ (Tema 905). 6. 
Reconhecido o direito da parte, impõe-se a determinação para a imediata 
implantação do benefício, nos termos do art. 497 do CPC. (TRF-4 - AC: 
50111118720184049999 5011111-87.2018.4.04.9999, Relator: LUIZ 
FERNANDO WOWK PENTEADO, Data de Julgamento: 17/12/2019, TURMA 
REGIONAL SUPLEMENTAR DO PR) (GRIFO NOSSO) 
Insatisfeita com a decisão proferida em acórdão, o INSS interpôs Recurso 
Extraordinário, todavia restou frustrada a sua pretensão recursal, ao passo que 
o STF ratificou a decisão anterior e criou precedente vinculante, uma vez que 
perfeitamente possível o reconhecimento de tempo rural em período anterior 
aos 12 anos de idade do segurado, in verbis: 
Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que possui a 
seguinte ementa: �DIREITO PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
MOVIDA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PARA AFASTAR A IDADE 
MÍNIMA PREVISTA NO ART. 11 DA LEI 8.213/91 PARA FINS DE 
RECONHECIMENTO DE TEMPO DE SERVIÇO E DE CONTRIBUIÇÃO. 
INTERESSE DE AGIR DO MPF. RECONHECIMENTO. EFEITOS JURÍDICOS 
DA SENTENÇA. ABRANGÊNCIA NACIONAL DA DECISÃO PROLATADA EM 
AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ART. 16 DA LEI. 7.347/85. INTERPRETAÇÃO DO 
ART. 7º, XXXIII DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. TRABALHO INFANTIL X 
PROTEÇÃO PREVIDENCIÁRIA. REALIDADE FÁTICA BRASILEIRA. 
INDISPENSABILIDADE DE PROTEÇÃO PREVIDENCIÁRIA ÀS CRIANÇAS. 
POSSIBILIDADE DE SER COMPUTADO PERÍODO DE TRABALHO SEM 
LIMITAÇÃO DE IDADE MÍNIMA. ACP INTEGRALMENTE PROCEDENTE. 
JULGAMENTO PELO COLEGIADO AMPLIADO. ART. 942 DO CPC. 
RECURSO DO MPF PROVIDO. APELO DO INSS DESPROVIDO. [...]4. 
Mérito. A limitação etária imposta pelo INSS e que o Ministério Público Federal 
quer ver superada tem origem na interpretação que se dá ao 
art. 7º, XXXIII da Constituição Federal, que veda qualquer trabalho para 
menores 16 anos, salvo na condição de aprendiz. 5. Efetivamente, a aludida 
norma limitadora traduz-se em garantia constitucional existente em prol da 
criança e do adolescente, vale dizer, norma protetiva estabelecida não só 
na Constituição Federal, mas também na legislação trabalhista, 
no ECA (Lei 8.079/90) em tratados internacionais (OIT) e nas normas 
previdenciárias. 6. No entanto, aludidas regras, editadas para proteger pessoas 
com idade inferior a 16 anos, não podem prejudicá-las naqueles casos em que, 
não obstante a proibição constitucional e legal, efetivamente, trabalharam 
durante a infância ou a adolescência. 7. [...]14. Insta anotar que a realidade 
fática revela a existência de trabalho artístico e publicitário com nítido objetivo 
econômico e comercial realizados com a autorização dos pais, com a anuência 
do Poder Judiciário, de crianças recém nascidas, outras com 01, 2, 3, 4 e 5 
anos de idade. Aliás, é possível a proteção previdenciária nesses casos? No 
caso de eventual ocorrência de algum acidente relacionado a esse tipo de 
trabalho, a criança teria direito a algum benefício previdenciário, tal como o 
auxílio acidente? 15. No campo da seguridade social extrai-se da norma 
constitucional (art. 194, parágrafo único) o princípio da universalidade da 
cobertura e do atendimento que preconiza que a proteção social deve 
alcançar a todos os trabalhadores do território nacional que dela 
necessitem. Por corolário lógico, incluem-se nessa proteção social 
aquelas crianças ou adolescentes que exerceram algum tipo de labor. 16. 
A despeito de haver previsão legal quanto ao limite etário (art. 13 da 
Lei 8.213/91, art. 14 da Lei 8.212/91 e arts. 18, § 2º do Decreto 3.048/99) não 
se pode negar que o trabalho infantil, ainda que prestado à revelia da 
fiscalização dos órgãos competentes, ou mediante autorização dos pais e 
autoridades judiciárias (caso do trabalho artístico e publicitário), nos termos dos 
arts. 2º e 3º da CLT, configura vínculo empregatício e fato gerador do tributo à 
seguridade, nos termos do inciso I do art. 195 da Constituição Federal. 
17. Assim, apesar da limitação constitucional de trabalho do infante 
(art. 157, IX da CF/46, art. 165, X da CF/67 e art. 7º, XXIII, da CF/88), para 
fins de proteção previdenciária, não há como fixar também qualquer limite 
etário, pois a adoção de uma idade mínima ensejaria ao trabalhador dupla 
punição: a perda da plenitude de sua infância em razão do trabalho 
realizado e, de outro lado, o não reconhecimento, de parte do INSS, desse 
trabalho efetivamente ocorrido. 18. Ressalte-se, contudo, que para o 
reconhecimento do trabalho infantil para fins de cômputo do tempo de 
serviço é necessário início de prova material, valendo aquelas 
documentais existentes em nome dos pais, além de prova testemunhal 
idônea. 19. Desse modo, para fins de reconhecimento de tempo de serviço 
e de contribuição pelo exercício das atividades descritas no art. 11 da 
Lei 8.213/91, mostra-se possível ser computado período de trabalho 
realizado antes dos 12 anos de idade, qual seja sem a fixação de requisito 
etário. 20. Recurso do INSS desprovido. Apelação do MPF provida� (págs. 
410-412 do documento eletrônico 1). Neste RE, fundado no art. 102, III, a, 
da Constituição Federal, sustenta-se, em suma, violação dos 
arts. 7º, XXXIII, e 194, parágrafo único, e 195 da mesma Carta.A pretensão 
recursal não merece acolhida. Isso porque, o acórdão recorrido encontra-
se em harmonia com a jurisprudência desta Corte no sentido de que o 
art. 7º, XXXIII, da Constituição não pode ser interpretado em prejuízo da 
criança ou adolescente que exerce atividade laboral, haja vista que a regra 
constitucional foi criada para a proteção e defesa dos trabalhadores, não 
podendo ser utilizada para privá-los dos seus direitos. Esse entendimento 
prevalece inclusive no trato de questões previdenciárias. Nesse sentido, 
destaco os seguintes precedentes deste Tribunal: �Ementa: [...](STF - RE: 
1225475 RS - RIO GRANDE DO SUL, Relator: Min. RICARDO 
LEWANDOWSKI, Data de Julgamento: 14/08/2019, Data de Publicação: DJe-
180 19/08/2019) (GRIFO NOSSO) 
Diante disso, a jurisprudência firmou tese no sentido de desconsiderar limite 
etário para o reconhecimento de tempo de serviço, assim o período de labor 
compreendido antes dos 12 anos de idade do requerente poderão ser 
acrescentados ao seu cálculo previdenciário. Contudo, devendo ser 
observados os critérios estabelecidos pela legislação. 
III.III – DA COMPROVAÇÃO DO TEMPO RURAL 
Consoante acima informado, o STF decidiu que o segurado especial que 
trabalhou antes mesmo de completar os 12 anos de idade poderá requerer a 
averbação deste tempo em seu CNIS, todavia, os requisitos exigidos pelo 
art. 62, § 5º do Decreto 3.048, bem como súmula 34 do TNU, consoante segue: 
§ 5º A comprovação realizada mediante justificação administrativa ou judicial 
só produz efeito perante a previdência social quando baseada em início de 
prova material. (GRIFO NOSSO) 
Súmula 34 TNU: Para fins de comprovação do tempo de labor rural, o início de 
prova material deve ser contemporâneo à época dos fatos a provar. 
Neste viés, os blocos juntados ao processo administrativo fazem prova 
inconteste de que o autor nasceu no meio rural, uma vez que seu genitor possui 
inscrição como produtor rural desde .../.../..., conforme consulta da situação 
cadastral do Sr. ... 
Outrossim, foram apresentados notas de produtor rural em nome de seu pai, 
as quais demonstram a existência de produção durante o período não 
reconhecido pela Autarquia ré, ou seja, NPR faz prova do trabalho rural desde 
.... 
Frisa-se que os demais blocos foram apresentados na mesma oportunidade, 
sendo que a nota acima serve como meio de prova incontroversa de que houve 
labor do grupo familiar do autor desde ..., período que deve ser incluído em seu 
CNIS. 
Vale ressaltar, que é pouco crível que o autor tenha iniciado o seu trabalho rural 
apenas aos 12 anos de idade, uma vez que até mesmo sua escola prezava 
pelo ensino de técnicas agrícolas e domésticas, assim desde sempre foi 
educado e imposto a ele os serviços rurais. Assim, quando não estava no 
campo, estava prestando seus serviços dentro de casa, de cunho doméstico, 
sendo que estas funções também configuram o requerente como segurado 
especial. 
Portanto, resta incontroverso que o autor laborou no período anterior ao 
completar 12 anos de idade, devendo ser considerado o período compreendido 
desde ... em sua base de cálculo previdenciária, a fim de completar 35 anos de 
contribuição, consequentemente logrando êxito na concessão da 
aposentadoria por tempo de contribuição. 
Entendendo este juízo pela falta de comprovação do labor rural, requer seja 
aprazada audiência para oitiva de testemunhas, que serão arroladas pelo 
requerente em momento oportuno, assim, demonstrando total veracidade dos 
fatos aqui narrados. 
IV – LIMINARMENTE 
Nos termos do art. 300 do CPC, “a tutela de urgência será concedida quando 
houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano 
ou o risco ao resultado útil do processo". No presente caso tais requisitos são 
perfeitamente caracterizados, vejamos: 
DA PROBABILIDADE DO DIREITO: Como ficou perfeitamente demonstrado, 
o direto do Autor é caracterizado pela demonstração inequívoca da veracidade 
dos argumentos expostos, uma vez que com as provas juntadas em anexo é 
possível confirmar que o requerente realmente tem períodos rurais não 
averbados administrativamente, sendo iminente a necessidade da obtenção da 
tutela, portanto, requerendo ao Nobre Julgador o deferimento antecipado do 
objeto postulado. 
Assim, conforme destaca a doutrina, não há razão lógica para aguardar o 
desfecho do processo, quando diante de direito inequívoco: 
" Se o fato constitutivo é incontroverso não há racionalidade em obrigar o autor 
a esperar o tempo necessário à produção da provas dos fatos impeditivos, 
modificativos ou extintivos, uma vez que o autor já se desincumbiu do ônus da 
prova e a demora inerente à prova dos fatos, cuja prova incumbe ao réu 
certamente o beneficia. "(MARINONI, Luiz Guilherme. Tutela de Urgência e 
Tutela da Evidência. Editora RT, 2017. p.284) 
DO RISCO AO RESULTADO ÚTIL DO PROCESSO: Trata-se de benefício de 
caráter alimentar que garante a digna sobrevivência do Autor, uma vez que 
trabalhou 35 anos de sua vida para chegar neste momento e poder gozar de 
sua aposentadoria, contudo, teve seu direito frustrado de forma injusta. 
Ademais, a jurisprudência entende que quando devidamente demonstrado os 
requisitos para a concessão de benefício previdenciários é possível o 
deferimento liminarmente, senão vejamos: 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA 
BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. DEMONSTRADOS OS REQUISITOS 
LEGAIS NECESSÁRIOS À CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. TUTELA 
ANTECIPADA CONCEDIDA. 1. A tutela antecipada, via de regra, deve ser 
concedida após a oitiva da parte contrária. Contudo, a sua concessão inaudita 
altera parte não é vedada em nosso ordenamento jurídico e pode ser deferida 
nos casos em que o juiz verificar que o prazo de resposta possa implicar em 
risco de perecimento do direito invocado, como é a hipótese de deferimento de 
benefício previdenciário do qual a parte necessite para sobreviver. 2. A 
antecipação da tutela é medida excepcional, pois realizada mediante cognição 
sumária. Desta forma, a fim de evitar a ocorrência de prejuízos à parte que 
sofre antecipadamente os efeitos da tutela, o Juízo deve buscar aplicar tal 
medida com parcimônia, restringindo-a apenas àqueles casos em que se 
verifique a verossimilhança da alegação e a urgência da medida, sob pena de 
dano irreparável ou de difícil reparação. 3. O benefício previdenciário do auxílio-
doença é regido pelo art. 59 da Lei nº 8.213/91. Da leitura do aludido artigo 
conclui-se que, para fazer jus ao benefício pleiteado, deverá a parte autora 
satisfazer cumulativamente os requisitos mencionados: incapacidade e 
carência, quando for o caso; qualidade de segurado e não ser portador da 
doença incapacitante ao ingressar no RGPS. 4. Presente a verossimilhança 
nas alegações autorais e não havendo nos autos comprovação de que a 
parte autora possua renda suficiente para prover sua própria 
subsistência, restando evidenciada a presença do periculum in mora no 
caso concreto (STJ, 1ª Turma, AgRG na MC 20209, Rel. Min. NAPOLEÃO 
NUNES MAIA FILHO, DJe 13.6.2014), a tutela antecipada deve ser 
concedida. 5. Agravo de instrumento provido. O benefício do auxílio-doença 
deverá ser concedido e mantido até o julgamento de mérito pelo Juízo a quo 
(art. 60, § 8º e parágrafo único, da Lei 8.213/91). (TRF2, Agravo de Instrumento 
0001178-59.2018.4.02.0000, Relator (a): ROGERIO TOBIAS DE CARVALHO, 
2ª TURMA ESPECIALIZADA, Julgado em: 30/07/2018, Disponibilizado em: 
02/08/2018) (GRIFO NOSSO) 
Portanto, estando preenchidos todos os requisitos para a concessão da 
aposentadoria em favor do autor, não há motivos para a espera na sua 
implantação, assim, requerendo o deferimento da antecipação de tutela aqui 
pleiteada, ao passo que foi demonstrado que o autor teve período rural desde 
..., consoante nota de produtor rural juntado aos autos. 
V – DOS PEDIDOS 
Face ao exposto, requer: 
a) LIMINARMENTE, seja concedida a tutela de urgência, a fim de implantar a 
aposentadoria por tempo de contribuiçãoem favor do autor, uma vez que 
preenchido os 35 anos de contribuição exigidos pela lei; 
b) A citação do réu, na pessoa de seu representante legal, para que, querendo, 
apresente contestação no prazo legal, sob pena de confissão e revelia; 
c) A procedência dos pedidos formulados pelo autor, confirmando a tutela 
de urgência, com a condenação da autarquia ré à implantação da 
aposentadoria por tempo de contribuição, bem como ao pagamento dos valores 
em atraso desde a data da DER (.../.../...), devidamente atualizados pelo IPCA; 
d) A produção de todos os meios de provas admitidos em lei, em especial a 
documental, testemunhal e pericial; 
e) A condenação da ré ao pagamento das custas processuais e honorários 
advocatícios nos moldes previstos no art. 85, § 2º do CPC; 
f) A concessão do benefício da gratuidade da justiça, tendo em vista que a autor 
é pessoa pobre e não possui condições de arcar com as custas e honorários 
advocatícios sem prejuízo do seu sustento, consoante art. 98 do CPC; 
g) Manifesta o desinteresse na realização da audiência de conciliação, nos 
termos do art. 319, VII do CPC. 
Dá-se a causa o valor de R$ ... (...). 
Nestes Termos, 
Pede Deferimento. 
LOCAL E DATA. 
ADVOGADO - OAB/... 
OUTORGANTE: nome, nacionalidade, estado civil, portador da RG nº xxx, 
inscrito no CPF nº xxx, residente e domiciliado na Rua xxx, nº xxx, Bairro: xxx, 
Cidade/Estado: xxx/xx; 
OUTORGADOS: nome do advogado, nacionalidade, inscrita na OAB/Estado sob 
o nº xxx, com escritório profissional na Rua xxx, nº xxx, Bairro: xxx, 
Cidade/Estado: xxx/xx; 
PODERES: pelo presente instrumento o outorgante confere ao outorgado 
amplos poderes para o foro em geral, com cláusula ad-judicia et extra, em 
qualquer Juízo, Instância ou Tribunal, podendo propor contra quem de direito, as 
ações competentes e defendê-lo nas contrárias, inclusive em qualquer distritos 
policiais ou órgão da administração pública, seguindo umas e outras, até final 
decisão, usando os recursos legais e acompanhando-os, conferindo-lhe ainda, 
poderes especiais para receber citação inicial, confessar, e conhecer a 
procedência do pedido, desistir, renunciar ao direito sobre que se funda a ação, 
transigir, firmar compromissos ou acordos, receber e dar quitação, podendo agir 
em Juízo ou fora dele, assim como substabelecer esta a outrem, com ou sem 
reservas de iguais poderes, para agir em conjunto ou separadamente com o 
substabelecido, com a finalidade de propor/defendê-lo/representá-lo em ação 
(cível, trabalhista, criminal, etc.). 
Data: 
_____________________________________ 
Assinatura do Outorgante 
 
 
 
 
 
 
CONTRATO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
 
CONTRATANTE: nome completo, nacionalidade, profissão, documentos de 
identificação, endereço. 
CONTRATADO: OAB e CPF e endereço profissional completo 
Têm entre os mesmos, de maneira justa e acordada, o presente CONTRATO 
DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS, ficando desde já aceito, pelas cláusulas 
abaixo descritas. 
 CLÁUSULA 1 - OBJETO DO CONTRATO 
O presente instrumento tem como objeto ajuizamento de AÇÃO 
DECLARATORIA DE INEXISTENCIA DE DEBITO CUMULADA COM DANOS 
MORAIS (substitua pelo tipo de ação ou o tipo do contrato que irá atuar) – 
em face de ( colocar alguma informação da parte requerida da ação ou do 
contrato) a partir das informações e elementos fornecidos. 
PARÁGRAFO ÚNICO: ATIVIDADES: As atividades inclusas na prestação de 
serviço objeto deste instrumento, são todas aquelas inerentes à profissão e 
quaisquer atos e medidas necessárias e inerentes à causa; 
 CLÁUSULA 2 - DOS ATOS PROCESSUAIS 
Havendo necessidade de contratação de outros profissionais, no decurso do 
processo, o CONTRATADO elaborará substabelecimento. Indicando escritório 
de seu conhecimento, restando facultado ao CONTRATANTE aceitá-lo ou não. 
Aceitando, ficará sob a responsabilidade, única e exclusivamente do 
CONTRATANTE no que concerne aos honorários e atividades a serem 
exercidas. 
PARÁGRAFO ÚNICO: DOLO OU CULPA DO CONTRATANTE: Agindo o 
CONTRATANTE de forma dolosa ou culposa em face do CONTRATADO, 
restará facultado a este, substabelecer sem reserva de iguais e se exonerar de 
todas obrigações. 
CLÁUSULA 3 – REMUNERAÇÃO 
Fica acordado entre as partes que os honorários a título de prestação de 
serviços, (dependente / independente de êxito na causa), serão pagos da 
seguinte forma: (local onde deve ser especificado a forma da 
contraprestação financeira) 
I - Condicionado ao resultado da demanda, com decisão favorável transitada em 
julgado, xx% (xx por cento) dos valores que vierem a ser arbitrados e deferidos 
judicialmente na condenação da parte ré. 
PARÁGRAFO PRIMEIRO: Deixando motivadamente, de ter o patrocínio deste 
causídico, ora CONTRATADO, o valor prestado inicialmente na propositura da 
Ação reverter-se-á em favor do mesmo, sem prejuízo de posterior cobrança 
judicial, em face do CONTRATANTE. 
PARÁGRAFO SEGUNDO: Fica assegurado ao CONTRATADO o direito de 
cobrar os honorários no valor de x (xxx) salário mínimo, decorrente de ausência 
injustificada do CONTRATANTE nas audiências de conciliação e de instrução e 
julgamento e/ou qualquer ato praticado pelo CONTRATANTE que impossibilite 
o andamento do processo ou implique na sua extinção e arquivamento. 
PARÁGRAFO TERCEIRO: Se houver condenação da parte contrária no 
pagamento de honorários advocatícios (sucumbência), estes reverterão, em sua 
totalidade, em favor do CONTRATADO, independentemente da remuneração 
prevista nesta Cláusula. Caso haja morte ou incapacidade civil do 
CONTRATADO, seus sucessores ou representante legal receberão os 
honorários na proporção do trabalho realizado. 
PARÁGRAFO QUARTO: Havendo acordo entre o CONTRATANTE e a parte 
contrária, não prejudicará o recebimento dos honorários contratados e da 
sucumbência. Caso em que os honorários iniciais e finais serão pagos ao 
CONTRATADO. 
PARÁGRAGO QUINTO: DO ATRASO: As partes estabelecem que havendo 
atraso no pagamento dos honorários, serão cobrados juros de mora na 
proporção de 1% (um por cento) ao mês (percentual pode ser modificado de 
acordo com as partes). 
CLÁUSULA 4 - DESPESAS 
Todas as despesas, efetuadas pelo CONTRATADO, ligadas direta ou 
indiretamente com o processo, incluindo-se fotocópias, emolumentos, viagens, 
custas, entre outros, ficarão a cargo do CONTRATANTE. ( se possuir despesas, 
as mesmas devem ser especificadas nesse tópico) 
CLÁUSULA 5 - COBRANÇA 
As partes acordam que facultará ao advogado contratado, o direito de realizar a 
cobrança dos honorários por todos os meios admitidos em direito, elegendo o 
foro da Comarca de xxxx para dirimirem quaisquer dúvidas concernentes ao 
presente instrumento. 
local, data. 
 CONTRATANTE 
 CONTRATADO

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