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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
PROCESSUAL 
CIVIL
Título Executivo. Responsabilidade 
Patrimonial
Livro Eletrônico
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Thiago Cordeiro Pivotto
Título Executivo. Responsabilidade Patrimonial
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Apresentação . ............................................................................................................................3
Título Executivo e Responsabilidade Patrimonial . .................................................................4
Do Título Executivo . ...................................................................................................................4
Da Exigibilidade da Obrigação . ...............................................................................................37
Da Responsabilidade Patrimonial . .........................................................................................38
Resumo .....................................................................................................................................45
Questões de Concurso . .......................................................................................................... 50
Gabarito . ...................................................................................................................................74
Gabarito Comentado ................................................................................................................75
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Thiago Cordeiro Pivotto
Título Executivo. Responsabilidade Patrimonial
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
ApresentAção
Olá, tudo bem com você?
Vamos nos aventurar no maravilhoso mundo do Processo Civil, e eu terei a honra de auxi-
liar vocês nessa caminhada.
Eu sempre adotei, na minha trajetória de estudos, um material-base com o qual eu pudes-
se contar e ler sempre antes de fazer as provas. Acredito que seja fundamental você ter suas 
anotações/cadernos e sempre poder revisá-los nas semanas que antecedem a prova.
É fundamental você ter apenas um caderno. Uma fonte para 
cada matéria. Não faça a besteira de ter 3 ou 4 anotações es-
parsas da mesma matéria. Condensar tudo em um mesmo 
material é muito importante para fins de organização. Por 
isso, utilize este material em PDF e monte seus cadernos a 
partir deles, ou, caso você já tenha seus cadernos, alimen-
te-os com as informações que você verá aqui. O importante 
é você não ter uma pluralidade de materiais, porque se fizer 
isso, você vai acabar se perdendo.
Minha trajetória de estudos começou em 2010 e, desde então, eu acompanho todas as 
notícias diárias que são publicadas no STF e no STJ, bem como todos os informativos sema-
nais dos dois Tribunais, sem perder nenhum.
O diferencial deste material, portanto, é justamente este: abordarei com vocês o conteúdo 
básico de cada disciplina, mas aprofundarei com a jurisprudência mais atual e mais diversifi-
cada sobre o assunto, além de trazer questões sobre as matérias.
As provas, atualmente, cobram muita letra de lei, mas também muito entendimento ju-
risprudencial, por esse motivo eu acredito que com esta leitura você ficará preparado para 
alcançar seu objetivo no mundo dos concursos públicos, pois terá todo o conteúdo mais 
atualizado possível.
Com esse método, fui aprovado e exerci os cargos de Técnico Administrativo no MPU, 
Analista Judiciário no TJDFT, Juiz de Direito no TJMT e Juiz Federal no TRF1. Se eu consegui, 
você também consegue!
Boa leitura!
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Thiago Cordeiro Pivotto
Título Executivo. Responsabilidade Patrimonial
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
TÍTULO EXECUTIVO E RESPONSABILIDADE 
PATRIMONIAL
Nesta aula, estudaremos os artigos 783 ao 796 do nosso Código de Processo Civil. Sem-
pre que o artigo for muito importante, será transcrito na apostila. Sempre que tiver algum 
julgado importante, também será transcrita a ementa para que seu estudo fique dinâmico.
Do título executivo
Como vimos nos materiais anteriores, para se dar início a uma execução, há a necessida-
de de um título executivo, colocado em termos amplos. Se houver um título executivo judicial, 
é possível o cumprimento da sentença, e se o título for executivo extrajudicial, é possível ajui-
zar a ação de execução. Trataremos mais à frente com maior especificidade o tema, mas, em 
linhas gerais, é essa a sistemática.
A execução para cobrança de crédito funda-se, sempre, em título de obrigação certa, lí-
quida e exigível.
Cuidado porque a redação do Código traz a palavra “sempre” nessa afirmação, o que pode 
causar dúvidas em uma prova objetiva.
O que o CPC quer dizer com isso é que se o título não possuir essa tríplice característica, 
não será possível executá-lo em ação de execução. A parte precisará ajuizar uma ação de 
conhecimento e trilhar o caminho processual até a obtenção de um título, desta vez judicial, 
para só então passar à fase executiva.
O CPC traz um rol de 12 incisos contendo os títulos que são considerados executivos 
extrajudiciais. O rol é exemplificativo, portanto existem vários outros títulos passíveis de exe-
cução, o que veremos mais à frente.
É importante saber que somente aqueles documentos que a lei federal prevê como títulos 
executivos extrajudiciais podem ser executados, ou seja, as partes não podem criar títulos 
fora do catálogo legal.
É considerado título executivo extrajudicial a letra de câmbio, a nota promissória, a dupli-
cata, a debênture e o cheque. Os institutos são melhores trabalhados no Direito Empresarial. 
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São os chamados títulos de crédito, que dispensam inclusive protestos para serem conside-
rados como títulos executivos extrajudiciais.
Também é título executivo extrajudicial a escritura pública ou outro documento público
assinado pelo devedor. O documento particular assinado pelo devedor e por 2 testemunhas.
Sobre as testemunhas:
– As 2 testemunhas podem assinar o documento depois;
– Elas não precisam estar presentes;
– O interesse das testemunhas no negócio jurídico desqualifica o título executivo.
◦ “A coerência de tal entendimento está no fato de que nada impede que a testemu-
nha participante de um determinado contrato (testemunha instrumentária) venha 
a ser, posteriormente, convocada a depor sobre o que sabe a respeito do ato ne-
gocial em juízo (testemunha judicial).” (STJ, REsp 1453949 / SP).
Julgado: STJ. REsp 541.267/RJ. [...]. 2 - O fato das testemunhas do documento parti-
cular não estarem presentes ao ato de sua formação não retira a sua executoriedade, 
uma vez que as assinaturas podem ser feitas em momento posterior ao ato de criação 
do título executivo extrajudicial, sendo as testemunhas meramente instrumentárias (cf. 
REsp n.s 1.127/SP e 8.849/DF). 3 - É certo que, segundo o entendimento desta Corte, 
“malfere o art. 142, IV, do Código Civil, desqualificando o título executivo extrajudicial, na 
forma do art. 585, II, do Código de Processo Civil, a presença de testemunha interessada
no negócio jurídico” (cf. REsp n. 34.571/SP). Contudo, nesta seara, impossível avaliar o 
interesse das testemunhas do documento particular objeto da execução em comento, 
à época da assinatura do instrumento, por encontrar óbice na Súmula n. 7 deste Tribu-
nal Superior. 4 - Recurso não conhecido. (Rel. Ministro JORGE SCARTEZZINI, QUARTA 
TURMA, julgado em 20/09/2005, DJ 17/10/2005, p. 298).
Julgado: STJ. REsp 1453949/SP. […]. 7. Em princípio, como os advogados não possuem 
o desinteresse próprio da autêntica testemunha, sua assinatura não pode ser tida como 
apta a conferir a executividade do título extrajudicial.No entanto, a referida assinatura 
só irá macular a executividade do título, caso o executado aponte a falsidade do docu-
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mento ou da declaração nele contida. 8. Na hipótese, não se aventou nenhum vício de 
consentimento ou falsidade documental apta a abalar o título, tendo-se, tão somente, 
arguido a circunstância de uma das testemunhas instrumentárias ser, também, o advo-
gado do credor. 9. Recurso especial não provido. (Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, 
QUARTA TURMA, julgado em 13/06/2017, DJe 15/08/2017).
– “A assinatura das testemunhas instrumentárias somente expressa a regularidade 
formal do instrumento particular, mas não evidencia sua ciência acerca do conteúdo 
do negócio jurídico” (REsp 1185982/PE, Rel. Ministra Nancy Andrighi, Terceira Tur-
ma, julgado em 14/12/2010, DJe 02/02/2011).
– “O Tribunal de origem concluiu ser válido o título executivo extrajudicial, pois a au-
sência de identificação das testemunhas constitui mera irregularidade, de acordo 
com jurisprudência firmada por esta Corte, a atrair a incidência do óbice da Súmu-
la 83/STJ.” (AgRg no AREsp 609.407/RS, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, 
TERCEIRA TURMA, julgado em 26/05/2015, DJe 10/06/2015)
É título executivo extrajudicial o instrumento de transação referendado pelo Ministério 
Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou 
por conciliador ou mediador credenciado por tribunal.
Também é título executivo extrajudicial o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticre-
se ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução. Veja-se que se o contrato 
estiver caucionado por garantia real ou fidejussória (fiança), será possível a execução forçada 
da dívida.
É título executivo extrajudicial o contrato de seguro de vida em caso de morte; o crédito de-
corrente de foro e laudêmio; e o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel 
de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio.
Vamos aproveitar para rever um pouco sobre foro e laudêmio, lembrando que não é em todo 
material que se encontra informações a respeito desse instituto.
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O foro e o laudêmio concernem à enfiteuse. A enfiteuse pode ser privada ou pública. A enfiteuse 
estava prevista no CC de 1916. Não a repetiu o CC de 2002, tendo conservado, contudo, as já exis-
tentes (art. 2.038, CC). As enfiteuses de direito público permanecem regidas pelo direito público. 
O foro é o fruto do domínio que o enfiteuta tem de pagar periodicamente ao senhorio. Laudêmio
é a prestação que deve o enfiteuta pela alienação do direito de enfiteuse nas hipóteses em que o 
senhorio poderia preferir ao adquirente. Os contratos em que previstos esses créditos gozam de 
força executiva independentemente de preencherem os requisitos do art. 585, II, CPC. (Marinoni e 
Mitidiero).
Foro/Cânon/Pensão é cobrado anualmente (0.6%). Laudêmio é um valor cobrado na propor-
ção de 2,5% a 5% do valor do terreno, sempre que este passa por uma operação onerosa, 
como é o caso de compra e venda. Segundo o Dicionário Houaiss, laudêmio é a “compensa-
ção devida ao senhorio direto, por não usar o direito de preferência quando o enfiteuta aliena 
onerosamente o imóvel foreiro”.
Cobra-se laudêmio nas transferências onerosas do domínio útil de terreno da União porque é 
inaplicável o entendimento de que o laudêmio somente pode ser cobrado na transferência do 
imóvel aforado, nos termos do art. 686 do Código Civil de 1916, porque os imóveis localizados 
em terreno de marinha encontram-se sujeitos ao regime jurídico administrativo, sendo dis-
ciplinados por legislação específica, total ou parcialmente derrogatória dos princípios e dos 
institutos de Direito Privado.
Pessoas que utilizam imóveis públicos devem comunicar à Secretaria de Patrimônio da União 
(SPU) a transferência de ocupação do imóvel, sob pena de ficarem responsáveis por tributos
no caso da omissão do registro, dada a nulidade do contrato firmado entre os particulares.
Julgado: STJ. AgRg no REsp 1431236/SC. ADMINISTRATIVO. TERRENO DE MARINHA. 
TAXA DE OCUPAÇÃO. RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO. ALIENANTE. 1. A juris-
prudência desta Corte Superior de Justiça já se manifestou pela obrigatoriedade de o 
alienante comunicar à Secretaria de Patrimônio da União - SPU a transferência da ocu-
pação do imóvel a terceiro, de forma a possibilitar ao ente público fazer as devidas ano-
tações. Assim, não havendo comunicação à SPU acerca do negócio jurídico, permanece 
como responsável pela quitação da taxa de ocupação aquele que figura originalmente 
no registro – o alienante, e não o adquirente. 2. Agravo regimental não provido. (Rel. 
Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 27/03/2014, DJe 
02/04/2014).
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Título Executivo. Responsabilidade Patrimonial
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Julgado: STJ. REsp 1590022/MA. ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. IMÓVEL. PRO-
PRIEDADE DA UNIÃO. TRANSFERÊNCIA ENTRE PARTICULARES. OBRIGATORIEDADE DO 
PAGAMENTO DO LAUDÊMIO E OBTENÇÃO DE CERTIDÃO DA SECRETARIA DO PATRIMÔ-
NIO DA UNIÃO - SPU. ESSÊNCIA DO ATO. NATUREZA DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO. 
INTERESSE PÚBLICO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO. ART. 535, II, DO CPC. 1. O recorrente sus-
tenta que o art. 535, II, do CPC foi violado, mas deixa de apontar, de forma clara, o vício em 
que teria incorrido o acórdão impugnado. Assim, é inviável o conhecimento do Recurso 
Especial nesse ponto, ante o óbice da Súmula 284/STF. 2. Trata a presente demanda de 
pedido de anulação de contrato de compra e venda de imóvel entabulado e registrado 
pelos requeridos no Cartório do Registro Geral de Imóveis da 1ª Circunscrição de São 
Luís/MA sem o prévio recolhimento do laudêmio, em quantia correspondente a 5% do 
valor atualizado do domínio pleno e das benfeitorias. 3. O acórdão recorrido não vis-
lumbrou prejuízo ao patrimônio público, porque a irregularidade formal do contrato não 
atingiria a essencialidade do ato de compra e venda. Ademais, o valor devido do laudê-
mio poderia ser cobrado posteriormente através de Ação de Execução. 4. Os bens públi-
cos podem ser classificados como bens de uso comum do povo, bens de uso especial e 
bens dominicais. A diferença principal entre eles reside no fato de que as duas primeiras 
espécies possuem destinação pública, enquanto a terceira não a possui. 5. Os terrenos 
pertencentes à União são bens públicos, apesar de os bens dominicais terem destinação 
precipuamente particular. Seguindo o escólio da ilustre professora Maria Sylvia Zanella 
Di Pietro, que alerta, em sua obra Direito Administrativo, 5ª edição, ed. Atlas, pg. 425, 
que “o regime dos bens dominicais é parcialmente público e parcialmente privado”. Por 
isso, devemos ter consciência de que a sua natureza não é exclusivamente patrimonial, 
pois a Administração Pública não deseja apenas auferir renda, mas, também observar 
o interesse coletivo representado pelo domínio direto do imóvel. 6. Conforme explici-
tado os bens dominicais possuem especificidades com relação à propriedade privada, 
que é regulada exclusivamente pelo Código Civil. Dentre elas, existe o direito de trans-
ferir onerosamente o domínio útil do imóvel mediante o pagamento de laudêmio, pois 
se trata, como dito alhures, de uma relação de natureza híbrida. Portanto, o contrato de 
compra e venda desses imóveis devem revestir formalidades sem as quaisdesnaturam 
a sua natureza jurídica. 7. Não é somente o pagamento do laudêmio que diferencia essa 
espécie de transferência onerosa entre vivos, mas, e, principalmente, a autorização da 
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união para a realização do negócio jurídico. Como se trata de bem público de interesse 
da União, ela deve acompanhar de perto, através da Secretaria de Patrimônio da União, 
a realização de sua transferência, pois, como dispõe a lei, pode ocorrer a vinculação 
do imóvel ao serviço público. Precedente: REsp 1.201.256/RJ, Rel. Ministro Benedito 
Gonçalves, Primeira Turma, DJe 22/2/2011. 8. Os Cartórios de Registro de Imóveis têm 
a obrigação de não lavrar nem registrar escrituras relativas a bens imóveis de proprie-
dade da União sem a certidão da Secretaria do Patrimônio da União - SPU, sob pena 
de responsabilidade dos seus titulares. 9. Recurso Especial parcialmente conhecido e, 
nessa parte, provido. (Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 
09/08/2016, DJe 08/09/2016).
Os bens da União não podem ser desapropriados pelo estado-membro, mas o estado-membro
poderá desapropriar o domínio útil do terreno de marinha, de forma que ele continuará per-
tencendo à União. O STJ decidiu que a transferência, para fins de desapropriação, do domínio 
útil de imóvel aforado da União constitui operação apta a gerar o recolhimento de laudêmio.
Julgado: STJ. REsp 1296044/RN. ADMINISTRATIVO. TERRENOS DE MARINHA. DESA-
PROPRIAÇÃO DO DOMÍNIO ÚTIL. COBRANÇA DE LAUDÊMIO. ART. 3º DO DECRETO-LEI 
N. 2.398/87. POSSIBILIDADE. 1. Não se discute nos presentes autos a possibilidade da 
desapropriação do domínio útil do particular sobre o imóvel aforado, muito menos a 
desapropriação da propriedade da União pelo Estado, o que seria juridicamente impos-
sível. O que se discute é a incidência ou não do laudêmio na desapropriação do domínio 
útil da DATANORTE - Companhia de processamento de Dados do Rio Grande do Norte 
pelo Estado do Rio Grande do Norte sobre o imóvel aforado. 2. O art. 3º do Decreto-Lei 
n. 2.398/87 especifica que é devido o laudêmio no caso de transferência onerosa, entre 
vivos, de domínio útil de terreno aforado da União ou de direitos sobre benfeitorias neles 
construídas, bem assim a cessão de direito a eles relativos. 3. Nas desapropriações, nas 
quais, embora a transferência ocorra compulsoriamente, é possível identificar a one-
rosidade de que trata a lei, uma vez que há a obrigação de indenizar o preço do imóvel 
desapropriado, no caso, o domínio útil do imóvel, àquele que se sujeita ao império do 
interesse do Estado. 4. A transferência de imóvel edificado em terreno de marinha, para 
fins de desapropriação, configura hipótese de transferência onerosa entre vivos, apta a 
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
gerar o recolhimento de laudêmio. 5. Recurso especial provido. (Rel. Ministro MAURO 
CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 15/08/2013, DJe 22/08/2013).
Laudêmio é ônus do vendedor, mesmo que declaração como terreno de marinha seja poste-
rior à construção do prédio, nada impedindo que as partes mudem essa obrigação com efei-
tos entre si apenas.
Julgado: STJ. REsp 1399028/CE. RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL. ENFITEUSE. OBRI-
GAÇÃO DE FAZER. OUTORGA DE ESCRITURA PÚBLICA. INOCORRÊNCIA. TERRENO DE 
MARINHA. PAGAMENTO DE LAUDÊMIO À UNIÃO. OBRIGAÇÃO DO ENFITEUTA. CLÁUSULA 
CONTRATUAL EXPRESSA TRANSFERINDO O ENCARGO PARA O PROMITENTE-COMPRA-
DOR. POSSIBILIDADE. 1. O laudêmio “é a compensação assegurada ao senhorio direto 
por este não exigir a volta do domínio útil do terreno de marinha às suas mãos ou de 
direitos sobre benfeitorias nele construídas. Tal vantagem tem por fato gerador a aliena-
ção desse domínio ou desses direitos e uma base de cálculo previamente fixada pelo art. 
3º do Decreto n. 2.398/87” (REsp 1.257.565/CE, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, 
Segunda Turma, julgado em 23/08/2011, DJe 30/08/2011). 2. Em havendo transferên-
cia do aforamento (venda, doação, permuta, sucessão universal, entre outras formas), a 
obrigação pelo recolhimento do laudêmio deve ser daquele que transfere o domínio útil, 
o enfiteuta, e não do adquirente. 3. No entanto, “o fato de, na relação jurídica de direito 
público, a lei impor o pagamento do laudêmio a determinada parte envolvida na relação 
contratual de alienação onerosa de imóvel situado em terreno de marinha, para vali-
dade do negócio perante a União, não impede que os particulares, entre si, na relação de 
direito privado, ajustem contratualmente a transferência do encargo de cumprir a refe-
rida obrigação legal” (REsp 888.666/SE, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, 
julgado em 15/12/2015, DJe 01/02/2016). 4. Na hipótese, reconhecida a responsabili-
dade dos recorridos (adquirentes) pelo pagamento (ou reembolso) do laudêmio, nota-
damente em razão de cláusula contratual expressa, não há como se exigir da recorrente 
(enfiteuta) a obrigação de entregar toda a documentação necessária para a lavratura 
da escritura pública e a transferência definitiva do referido imóvel, enquanto não houver 
quitação do encargo em mote. 5. Recurso especial provido. (Rel. Ministro LUIS FELIPE 
SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 17/11/2016, DJe 08/02/2017)
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A transferência de domínio útil de terreno de marinha para integralização de capital social de 
empresa é ato oneroso, de modo que é devida a cobrança de laudêmio.
Julgado: STJ. REsp 1165276/PE. 1. A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça, no 
julgamento dos EREsp 1.104.363/PE, Rel. Min. TEORI ALBINO ZAVASCKI, DJe 2/9/10, 
firmou entendimento no sentido de que a transferência de domínio útil de imóvel para 
integralização de capital social de empresa é ato oneroso, de modo que é devida a 
cobrança de laudêmio, nos termos do art. 3º do Decreto-Lei 2.398/87. 2. Recurso espe-
cial conhecido e não provido. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C do CPC. (Rel. 
Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/12/2012, DJe 
14/02/2013).
Decreto-Lei 2.398/87: Art. 3º Dependerá do prévio recolhimento do laudêmio, em quantia corres-
pondente a 5% (cinco por cento) do valor atualizado do domínio pleno e das benfeitorias, a trans-
ferência onerosa, entre vivos, do domínio útil de terreno da União ou de direitos sobre benfeitorias 
neles construídas, bem assim a cessão de direito a eles relativos.
É título executivo extrajudicial a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na 
forma da lei.
Vamos aproveitar para falar um pouco sobre a certidão de dívida ativa (CDA), assim você terá 
uma visão geral do Direito, fazendo links com as matérias.
Inscrição em CDA é ato de controle interno da legalidade.
Lei 6.830/80 Art. 2º -
§ 3º A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da legalidade, será feita pelo 
órgão competente para apurar a liquidez e certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos 
os efeitos de direito, por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de 
findo aquele prazo.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Sempre vimos o exercício de talatividade revestido da mais elevada importância jurídica. É o 
único ato de controle de legalidade, efetuado sobre o crédito tributário já constituído, que se rea-
liza pela apreciação crítica de profissionais obrigatoriamente especializados: os procuradores da 
Fazenda. Além disso, é a derradeira oportunidade que a Administração tem de rever os requisitos 
jurídicos-legais dos atos praticados. Não pode modificá-los, é certo, porém tem meios de evitar 
que não prossigam créditos inconsistentes, penetrados de ilegitimidades substanciais ou formais 
que, fatalmente, serão fulminadas pela manifestação jurisdicional que se avizinha. (Paulo de Bar-
ros Carvalho).
Esse ato – de inscrição em dívida ativa – é uma garantia ao cidadão de que aquele crédito, origi-
nário de uma obrigação não adimplida em tempo e forma devidos, foi devidamente apurado e teve 
a sua existência confirmada pelo procedimento de controle administrativo sobre a sua legalidade e 
legitimidade. Os créditos que não sejam líquidos e certos, afirma José Afonso da Silva, não podem 
ser inscritos como dívida ativa. […] Em verdade, o lançamento não constitui um crédito líquido e 
certo, originariamente. Nem a executoriedade lhe é inerente. Há necessidade de se fazer, diante dos 
créditos não pagos, um controle complementar da legalidade do lançamento, a fim de se verificar 
quanto à constitucionalidade e legalidade da apuração do crédito tributário. (Marcus Abraham).
Somente haverá execução fiscal se o título executivo for uma CDA.
Informativo 510, STJ: “A execução fiscal deve ser instruída com a Certidão de Dívida 
Ativa – CDA, de acordo com o artigo 6º, § 1º, da LEF, sendo inexigível a instrução com 
o Termo de Inscrição em Dívida Ativa do crédito executado. Precedentes citados: REsp 
1.138.202-ES (Repetitivo), DJe 1º/2/2010, e REsp 1.065.622-SC, DJe 23/4/2009.” (AgRg 
no AREsp 198.239-MG, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 13/11/2012).
É título executivo extrajudicial o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraor-
dinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assem-
bleia geral, desde que documentalmente comprovadas.
É título executivo extrajudicial a certidão expedida por serventia notarial ou de registro
relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, 
fixados nas tabelas estabelecidas em lei.
Por fim, o Código afirma que todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, 
a lei atribuir força executiva são títulos executivos extrajudiciais.
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Veremos um pouco de casuística sobre o que é e o que não é considerado título executivo 
extrajudicial no âmbito jurisprudencial e legal.
• Boletim de subscrição (Lei das SAs) é título executivo extrajudicial.
Lei 6.404/76: Acionista Remisso
Art. 107. Verificada a mora do acionista, a companhia pode, à sua escolha:
I – promover contra o acionista, e os que com ele forem solidariamente responsáveis (artigo 108), 
processo de execução para cobrar as importâncias devidas, servindo o boletim de subscrição e o 
aviso de chamada como título extrajudicial nos termos do Código de Processo Civil; ou
II – mandar vender as ações em bolsa de valores, por conta e risco do acionista.
• A depender do caso, o boletim deve ser acompanhado do aviso de chamada.
Lei 6.404/76: Art. 106.
§ 1º Se o estatuto e o boletim forem omissos quanto ao montante da prestação e ao prazo ou data 
do pagamento, caberá aos órgãos da administração efetuar chamada, mediante avisos publicados 
na imprensa, por 3 (três) vezes, no mínimo, fixando prazo, não inferior a 30 (trinta) dias, para o pa-
gamento.”
• Contrato de honorários (convencionais) é título executivo extrajudicial.
Lei 8.906/94: Art. 24. A decisão judicial que fixar ou arbitrar honorários e o contrato escrito que os 
estipular são títulos executivos e constituem crédito privilegiado na falência, concordata, concurso 
de credores, insolvência civil e liquidação extrajudicial.
§ 1º A execução dos honorários pode ser promovida nos mesmos autos da ação em que tenha 
atuado o advogado, se assim lhe convier.
• Cédula de Crédito Bancário é título executivo extrajudicial.
Lei 10.931/04, Art. 28. A Cédula de Crédito Bancário é título executivo extrajudicial e representa 
dívida em dinheiro, certa, líquida e exigível, seja pela soma nela indicada, seja pelo saldo devedor 
demonstrado em planilha de cálculo, ou nos extratos da conta corrente, elaborados conforme pre-
visto no § 2º.
Enunciado 41 da I Jornada de Direito Comercial do CJF:
A cédula de crédito bancário é título de crédito dotado de força executiva, mesmo quando represen-
tativa de dívida oriunda de contrato de abertura de crédito bancário em conta-corrente, não sendo 
a ela aplicável a orientação da Súmula 233 do STJ.
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Súmula 233, STJ: O contrato de abertura de crédito, ainda que acompanhado de extrato 
da conta-corrente, não é título executivo.
Julgado: STJ. REsp 1103523/PR. 1. A Lei n. 10.931/2004 estabelece que a Cédula de 
Crédito Bancário é título executivo extrajudicial, representativo de operações de cré-
dito de qualquer natureza, circunstância que autoriza sua emissão para documentar a 
abertura de crédito em conta corrente, nas modalidades de crédito rotativo ou cheque 
especial. 2. Para tanto, o título de crédito deve vir acompanhado de claro demonstrativo 
acerca dos valores utilizados pelo cliente, trazendo o diploma legal a relação de exigên-
cias que o credor deverá cumprir, de modo a conferir liquidez e exequibilidade à Cédula 
(art. 28, § 2º, incisos I e II, da Lei n. 10.931/2004). 3. No caso em julgamento, afastada 
a tese de que, em abstrato, a Cédula de Crédito Bancário não possui força executiva, os 
autos devem retornar ao Tribunal a quo para a apreciação das demais questões susci-
tadas no recurso de apelação. 4. Recurso especial parcialmente provido. (Rel. Ministro 
LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 10/04/2012, DJe 26/04/2012).
Julgado: STJ. REsp 1283621/MS. 1. A Lei n. 10.931/2004 estabelece que a Cédula de 
Crédito Bancário é título executivo extrajudicial, representativo de operações de cré-
dito de qualquer natureza, circunstância que autoriza sua emissão para documentar a 
abertura de crédito em conta corrente, nas modalidades de crédito rotativo ou cheque 
especial. 2. Para tanto, o título de crédito deve vir acompanhado de claro demonstrativo 
acerca dos valores utilizados pelo cliente, trazendo o diploma legal a relação de exigên-
cias que o credor deverá cumprir, de modo a conferir liquidez e exequibilidade à Cédula 
(art. 28, § 2º, incisos I e II, da Lei n. 10.931/2004). 3. No caso em julgamento, tendo sido 
afastada a tese de que, em abstrato, a Cédula de Crédito Bancário não possuiria força 
executiva, os autos devem retornar ao Tribunal a quo para a apreciação das demais 
questões suscitadas no recurso de apelação. 4. Recurso especial provido. (Rel. Ministro 
LUIS FELIPE SALOMÃO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 23/05/2012, DJe 18/06/2012).
Julgado: STJ. REsp 1291575/PR. DIREITO BANCÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO 
ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543-C DO CPC. CÉDULA DE CRÉ-
DITO BANCÁRIO VINCULADA A CONTRATO DE CRÉDITO ROTATIVO. EXEQUIBILIDADE. LEI 
N. 10.931/2004. POSSIBILIDADE DE QUESTIONAMENTO ACERCA DO PREENCHIMENTO 
DOS REQUISITOS LEGAIS RELATIVOS AOS DEMONSTRATIVOS DA DÍVIDA. INCISOS I E 
II DO § 2º DO ART. 28 DA LEI REGENTE. 1. Para fins do art. 543-C do CPC: A Cédula de 
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Crédito Bancário é título executivo extrajudicial, representativo de operações de cré-
dito de qualquer natureza, circunstância que autoriza sua emissão para documentar a 
abertura de crédito em conta-corrente, nas modalidades de crédito rotativo ou cheque 
especial. O título de crédito deve vir acompanhado de claro demonstrativo acerca dos 
valores utilizados pelo cliente, trazendo o diploma legal, de maneira taxativa, a relação 
de exigências que o credor deverá cumprir, de modo a conferir liquidez e exequibilidade 
à Cédula (art. 28, § 2º, incisos I e II, da Lei n. 10.931/2004). 3. No caso concreto, recurso 
especial não provido. (Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado 
em 14/08/2013, DJe 02/09/2013).
• Contrato de abertura de crédito rotativo, ainda que acompanhado de extrato, não é títu-
lo executivo, ante a falta de liquidez.
Súmula 233, STJ: “O contrato de abertura de crédito, ainda que acompanhado de extrato 
da conta-corrente, não é título executivo. “
• Contrato de abertura de crédito fixo é título executivo.
Julgado: STJ. AgRg no REsp 528.388/SC. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL 
NO RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO. CONTRATO. CRÉDITO EM CONTA CORRENTE. 
RENEGOCIAÇÃO. CRÉDITO FIXO. LIQUIDEZ E AUTONOMIA. EXECUTIVIDADE. EXCEÇÃO 
ÀS SÚMULAS N. 233 E 258/STJ. AGRAVO REGIMENTAL PROVIDO. 1. O contrato de aber-
tura de crédito fixo, ainda que para cobertura de saldo negativo decorrente de anterior 
contrato de limite de crédito em conta corrente, é, em princípio, título executivo extraju-
dicial, haja vista que as partes acordaram o valor líquido e certo efetivamente devido no 
dia de sua assinatura e os encargos de correção e remuneração da dívida. Não se apli-
cam, portanto, os entendimentos sumariados nos enunciados n. 233 e 258, da Súmula 
desta Corte. 2. Agravo regimental a que se dá provimento. (Rel. Ministra MARIA ISABEL 
GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 20/09/2011, DJe 21/08/2012).
Informativo 520, STJ: “[...]. Ressalte-se que a hipótese em análise é distinta daquela 
referente ao contrato de abertura de crédito fixo, equivalente ao mútuo feneratício, no 
qual a quantia é creditada na conta do cliente, que, por sua vez, assume o dever de 
devolvê-la com os acréscimos pactuados, quando ocorrer a implementação do termo 
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ajustado. Assim, no caso de contrato de abertura de crédito rotativo, diversamente do 
que ocorre quanto ao crédito fixo, aplica-se o entendimento consolidado na Súmula 233 
do STJ, segundo a qual o “contrato de abertura de crédito, ainda que acompanhado de 
extrato da conta-corrente, não é título executivo”.” (QUARTA TURMA, REsp 1.022.034-
SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 12/3/2013).
• O contrato de empréstimo mediante consignação em folha de pagamento que não con-
tenha a assinatura de duas testemunhas não é título executivo extrajudicial apto a em-
basar a execução.
– A mera denominação de cédula de crédito bancário, nos moldes do artigo 28, da 
Lei 10.931/2004 – como ocorreu no pacto firmado entre a CEF e o cliente no REsp 
1823834/BA – não confere eficácia executiva ao título. O empréstimo consignado 
possui características peculiares que o diferenciam dos demais títulos de crédito 
fixos constituídos a partir de valores e encargos preestabelecidos, visto que há na 
relação a presença de um empregador que é responsável pelo desconto dos recur-
sos na folha de pagamento e pelo repasse à instituição credora.
Julgado: STJ. REsp 1823834/BA. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE 
EXECUÇÃO DE TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. CONTRATO DE EMPRÉSTIMO 
MEDIANTE CONSIGNAÇÃO EM FOLHA DE PAGAMENTO. AUSÊNCIA DA ASSINATURA DE 
DUAS TESTEMUNHAS. IMPOSSIBILIDADE DE COMPROVAÇÃO DA EFETIVA REALIZAÇÃO 
DE DESCONTO OU REPASSE. AUSÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO. 1. Ação de execução de 
título executivo extrajudicial fundada em contrato de empréstimo mediante consigna-
ção em folha de pagamento. 2. Ação ajuizada em 11/02/2010. Recurso especial con-
cluso ao gabinete em 05/07/2019. Julgamento: CPC/73. 3. O propósito recursal é definir 
se o contrato de empréstimo mediante consignação em folha de pagamento é título exe-
cutivo extrajudicial, hábil a embasar a ação de execução. 4. O documento particular, que 
não contenha a assinatura de duas testemunhas, não preenche os requisitos do art. 585, 
II, do CPC/73, desautorizando a utilização da via executiva para a cobrança do crédito 
nele inscrito. 5. A ausência da assinatura das testemunhas no Contrato de Empréstimo 
sob Consignação em Folha de Pagamento instrumentalizado por meio de cédula de cré-
dito bancário - como expressamente consignado em sentença - afasta os argumentos 
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da recorrente relativos à existência de título executivo extrajudicial. 6. Recurso especial 
conhecido e não provido. (Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado 
em 18/02/2020, DJe 20/02/2020).
• A nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito não é título executivo, 
ante a falta de liquidez.
Súmula 258, STJ: A nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito não 
goza de autonomia em razão da iliquidez do título que a originou.
• A nota promissória vinculada a contrato de mútuo – que não o bancário – é título 
executivo.
Julgado: STJ. AgRg no Ag 594.772/MG. - O contrato de mútuo e sua respectiva nota pro-
missória, ainda que desacompanhados de demonstrativo de débito, prestam-se como 
títulos hábeis a ensejar execução. (Rel. Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS, TER-
CEIRA TURMA, julgado em 26/10/2006, DJ 04/12/2006, p. 296).
• A confissão de dívida é título executivo.
Súmula 300, STJ: O instrumento de confissão de dívida, ainda que originário de contrato 
de abertura de crédito, constitui título executivo extrajudicial. “
• Nota de empenho é título executivo extrajudicial.
Julgado: STJ. REsp 894.726/RJ. […]. 4. A nota de empenho emitida por agente público é 
título executivo extrajudicial por ser dotada dos requisitos da liquidez, certeza e exigibi-
lidade. Precedentes. 5. Recurso especial conhecido em parte e improvido. (Rel. Ministro 
CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 20/10/2009, DJe 29/10/2009).
Julgado: STJ. REsp 704.382/AC. PROCESSO CIVIL – EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA 
PÚBLICA – TÍTULO EXTRAJUDICIAL – NOTA DE EMPENHO. 1. É admissível a execu-
ção contra a Fazenda, seja o título judicial ou extrajudicial, em interpretação extensiva 
do art. 730 do CPC. 2. Segundo precedentes desta Corte, a nota de empenho emitida 
por agente público se constitui em título executivo extrajudicial. 3. Recurso especial 
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improvido. (Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 06/12/2005, 
DJ 19/12/2005, p. 352).
• O contrato particular de abertura de crédito à pessoa física visando financiamento para 
aquisição de material de construção – Construcard –, ainda que acompanhado de de-
monstrativo de débito e nota promissória, não é título executivo extrajudicial.
Julgado: STJ. REsp 1323951/PR. RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. CONTRATO 
PARTICULAR DE ABERTURA DE CRÉDITO A PESSOA FÍSICA PARA FINANCIAMENTO 
PARA AQUISIÇÃO DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO. CONSTRUCARD. TÍTULO EXECUTIVO 
EXTRAJUDICIAL INEXISTENTE. 1. O contratoparticular de abertura de crédito à pessoa 
física visando financiamento para aquisição de material de construção – Construcard, 
ainda que acompanhado de demonstrativo de débito e nota promissória, não é título exe-
cutivo extrajudicial. 2. A ausência de executividade desta modalidade de crédito decorre 
do fato de que, quando da assinatura do instrumento pelo consumidor - ocasião em que 
a obrigação nasce para a instituição financeira, de disponibilizar determinada quantia ao 
seu cliente -, não há dívida líquida e certa, sendo que os valores eventualmente utiliza-
dos são documentados unilateralmente pela própria instituição, sem qualquer participa-
ção, muito menos consentimento, do cliente. 3. Recurso especial provido. (Rel. Ministro 
LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 16/05/2017, DJe 14/06/2017).
• Borderô1, por si só, não é título executivo extrajudicial.
Informativo 506, STJ: “O contrato de desconto bancário (borderô) não constitui, por si só, 
título executivo extrajudicial, dependendo a execução de sua vinculação a um título de 
crédito dado em garantia ou à assinatura do devedor e de duas testemunhas, nos termos 
do art. 585 do CPC. Precedentes citados: AgRg no REsp 683.918-PR, DJe 13/4/2011; 
AgRg no REsp 916.737-SC, DJ 14/12/2007, e AgRg no Ag 460.436-SC, DJ 23/6/2003.” 
(REsp 986.972-MS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 4/10/2012).
• Contrato de arrendamento mercantil não é título executivo, ante a falta de liquidez.
1 - Borderô - s.m. (fr. bordereau) Nota discriminativa de quaisquer mercadorias ou valores entregues, sob a forma de extrato 
recapitulativo do débito e do crédito de uma conta, ou dos movimentos de uma operação comercial.
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Julgado: STJ. REsp 1074756/MG. [...]. 6. Não é possível conferir eficácia executiva ao 
contrato de arrendamento mercantil, dada a necessidade de venda do bem que lhe faz 
objeto na hipótese de inadimplemento, com abatimento do preço. A incerteza quanto 
ao valor da mercadoria usada torna ilíquido e incerto o débito remanescente. Com isso, 
a exemplo do que ocorre com os contratos de abertura de crédito em conta-corrente 
(Enunciados 233 e 258 da Súmula/STJ), a nota promissória emitida não goza de autono-
mia em razão da iliquidez do título que a originou. 7. Recurso especial conhecido e não 
provido. (Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 25/10/2011, 
DJe 09/11/2011).
• Contrato de alienação fiduciária após venda extrajudicial do bem não é título executivo, 
ante a falta de liquidez.
Julgado: STJ. REsp 278.065/GO. Ação monitória. Alienação fiduciária. Venda extrajudi-
cial do bem apreendido. Saldo devedor. 1. Assentou a Corte que a “venda extrajudicial 
do bem, independentemente de prévia avaliação e de anuência do devedor quanto ao 
preço, retira ao eventual crédito remanescente a característica de liquidez, e ao título 
dele representativo, em consequência, a qualidade de título executivo. Em casos tais, 
pelo saldo devedor somente responde pessoalmente, em processo de conhecimento, o 
devedor principal”. Cabível, portanto, a ação monitória. 2. Recurso especial conhecido e 
provido. (Rel. Ministro CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, TERCEIRA TURMA, julgado 
em 12/06/2001, DJ 27/08/2001, p. 330).
• Duplicatas virtuais são títulos executivos extrajudiciais se: boleto + protesto por indi-
cação + comprovante.
Julgado: STJ. 1.024.691 – PR. 1. As duplicatas virtuais – emitidas e recebidas por meio 
magnético ou de gravação eletrônica – podem ser protestadas por mera indicação, de 
modo que a exibição do título não é imprescindível para o ajuizamento da execução judi-
cial. Lei 9.492/97. 2. Os boletos de cobrança bancária vinculados ao título virtual, devi-
damente acompanhados dos instrumentos de protesto por indicação e dos comprovan-
tes de entrega da mercadoria ou da prestação dos serviços, suprem a ausência física do 
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título cambiário eletrônico e constituem, em princípio, títulos executivos extrajudiciais. 
3. Recurso especial a que se nega provimento.
• Contrato de seguro de dano (automóveis, por exemplo) não é título executivo extrajudicial.
– Seguro de vida é título executivo extrajudicial.
Julgado: STJ. REsp 1416786/PR. 1. Ação de execução por título extrajudicial fundada 
em apólice de seguro de automóvel visando o pagamento de indenização securitária 
decorrente de sinistro. 2. Somente a lei pode prescrever quais são os títulos executivos, 
fixando-lhes as características formais peculiares. Logo, apenas os documentos des-
critos pelo legislador, seja em códigos ou em leis especiais, é que são dotados de força 
executiva, não podendo as partes convencionarem a respeito. 3. Quanto aos seguros, 
somente os contratos de seguro de vida dotados de liquidez, certeza e exigibilidade
são títulos executivos extrajudiciais, podendo ser utilizada, pois, a via da ação execu-
tiva. Logo, a apólice de seguro de automóveis não pode ser considerada título executivo 
extrajudicial. 4. Para o seguro de automóveis, na ocorrência de danos causados em aci-
dente de veículo, a ação a ser proposta é, necessariamente, a de conhecimento sob o rito 
sumário, já que é destituído de executividade e as situações nele envolvidas comumente 
não se enquadram no conceito de obrigação líquida, certa e exigível, sendo imprescin-
dível, nessa hipótese, a prévia condenação do devedor e a constituição de título judi-
cial. Interpretação dos arts. 275, II, “e”, 585, III, e 586 do CPC. 5. Recurso especial não 
provido. (Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 
02/12/2014, DJe 09/12/2014).
Informativo 553, STJ: “[...]. A par disso, percebe-se que o legislador optou por elencar 
somente o contrato de seguro de vida como título executivo extrajudicial, justificando a 
sua escolha na ausência de caráter indenizatório do referido seguro, ou seja, o seu valor 
carece de limitação, sendo de responsabilidade do segurador o valor do seguro por ele 
coberto, uma vez que existe dívida líquida e certa. Verifica-se, ainda, que o tratamento 
dispensado ao seguro de dano, como ao de automóveis, é diverso, uma vez que esses 
ostentam índole indenizatória, de modo que a indenização securitária não poderá redun-
dar em enriquecimento do segurado, devendo, pois, o pagamento ser feito em função do 
que se perdeu, quando ocorrer o sinistro, nos limites do montante segurado.” (TERCEIRA 
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TURMA, REsp 1.416.786-PR, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 2/12/2014, 
DJe 9/12/2014).
• O crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como 
de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio.
– “A prorrogação por prazo indeterminado do contrato de locação não retira sua efi-
cácia como título executivo extrajudicial.” (AgRg no AREsp 478.479/RJ, Rel. Ministro 
RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 09/09/2014, DJe 09/10/2014)
– Fiador em ação de regresso de cobrança de encargos locatícios oriundos de contrato 
que era título executivo (assinatura de duas testemunhas) – subroga-se no contrato 
originário, que é título.
Julgado: TJDFT. […]. 2. Com relação à argüição (sic) de inépcia da inicial, também não 
prospera o inconformismo. O artigo 585, em seu inciso V, é expresso em afirmar que “(...) 
o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguelde imóvel, bem como de 
encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio”, são títulos executivos 
extrajudiciais, muito mais o é a cobrança desses encargos através de ação regressiva.
O art. 988, do Código Civil de 1916, correspondente ao art. 349 do atual expressa que: 
“A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias 
do primitivo, em relação à dívida, contra o devedor principal e os fiadores”. […]. (Acór-
dão n.421315, 20070111013099APC, Relator: ROMEU GONZAGA NEIVA, Revisor: LECIR 
MANOEL DA LUZ, 5ª Turma Cível, Data de Julgamento: 05/05/2010, Publicado no DJE: 
10/05/2010. Pág.: 59).
• Escritura pública ou documento público é título executivo por si só.
– Documento particular só é título executivo se tiver assinatura de duas testemunhas;
Julgado: STJ. REsp 1521531/SE. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR 
PÚBLICO FEDERAL. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL PROPOSTA PELA UNIÃO 
TENDO COMO TÍTULO EXECUTIVO “TERMO DE ACORDO DE PARCELAMENTO” FIRMADO 
ENTRE A FAZENDA PÚBLICA E O PARTICULAR. CONTROVÉRSIA ACERCA DA NATUREZA 
JURÍDICA DO REFERIDO TERMO DE ACORDO, SE PÚBLICA OU PARTICULAR, A FIM DE 
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RECONHECER A SUA APTIDÃO PARA PROMOÇÃO DE DEMANDA EXECUTIVA. DOCU-
MENTO ELABORADO POR AUTORIDADE PÚBLICA. RECONHECIMENTO DA NATUREZA 
DE DOCUMENTO PÚBLICO. ENQUADRAMENTO NA HIPÓTESE DO ART. 585, II, DO CPC. 
RECURSO ESPECIAL PROVIDO. 1. Cinge-se a controvérsia cinge-se acerca da natureza 
do Termo de Acordo de Parcelamento firmado entre as partes: se particular ou público, 
para fins de ensejar a proposição de execução de título extrajudicial. 2. O art. 585, II, do 
CPC elenca dentre os títulos executivos extrajudiciais o documento público, não tendo, 
entretanto, o codex processual trazido o seu conceito. 3. Este e. STJ, ao analisar situa-
ção similar, assentou que “a melhor interpretação para a expressão documento público é 
no sentido de que tal documento é aquele produzido por autoridade, ou em sua presença, 
com a respectiva chancela, desde que tenha competência para tanto” (REsp 487.913/
MG, Rel. do Min. José Delgado, 1ª Turma, DJ 09/06/2003). 4. A doutrina, por sua vez, 
define documento público como “todo aquele cuja elaboração se deu perante qualquer 
órgão público, como, por exemplo um termo de confissão de dívida em repartição admi-
nistrativa” (Theodoro Júnior, Humberto. Curso de Processo Civil - Processo de Execu-
ção e Cumprimento de Sentença, Processo Cautelar e Tutela de Urgência - vol. Rio de 
Janeiro: Forense, 2013, p. 21). 5. Dessa feita, tendo o Termo de Acordo de Parcelamento
sido subscrito pela Fazenda Pública, por intermédio de seu representante legal, e pelo 
próprio devedor, do qual se evidencia a existência da dívida e a declaração de vontades 
exarada pelas partes, é de se reconhecer a natureza de documento público, apto à pro-
moção de ação executiva, na forma do art. 585, II, do CPC, sobretudo porque lavrado sob 
a chancela de órgão público. 6. A admissão da demanda executiva exige, além do natu-
reza de título executivo do documento que embasa a ação, a análise de outros requisi-
tos, tais como a certeza, liquidez e exigibilidade, na forma do art. 586 do CPC, sob pena 
de ser reconhecida a nulidade da execução, na forma do que dispõe o art. 618, I, do 
CPC. Dessa feita e a despeito de reconhecer a natureza de título executivo do Termo de 
Acordo de Parcelamento firmado entre a Fazenda Pública e o Particular, certo é que o 
processamento da execução exige o cumprimento daqueles requisitos previstos no art. 
586 do CPC, o que sequer foi objeto de exame pelas instâncias de origem, impondo-se 
o retorno dos autos à origem para seu exame e, uma vez presentes, processamento da 
ação executiva. 7. Recurso especial provido. (Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MAR-
QUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 25/08/2015, DJe 03/09/2015).
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
• Transação só é título executivo se referendado pelo MP, DP ou advogados dos tran-
satores.
Julgado: STJ. RECURSO ESPECIAL - PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO DE ALIMENTOS 
- ACORDO REFERENDADO PELA DEFENSORIA PÚBLICA ESTADUAL - AUSÊNCIA DE 
HOMOLOGAÇÃO JUDICIAL - OBSERVÂNCIA DO RITO DO ARTIGO 733 E SEGUINTES DO 
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - POSSIBILIDADE, NA ESPÉCIE - RECURSO ESPECIAL PRO-
VIDO. 1. Diante da essencialidade do crédito alimentar, a lei processual civil acresce 
ao procedimento comum algumas peculiaridades tendentes a facilitar o pagamento do 
débito, dentre as quais destaca-se a possibilidade de a autoridade judicial determinar 
a prisão do devedor. 2. O acordo referendado pela Defensoria Pública estadual, além 
de se configurar como título executivo, pode ser executado sob pena de prisão civil. 
3. A tensão que se estabelece entre a tutela do credor alimentar versus o direito de 
liberdade do devedor dos alimentos resolve-se, em um juízo de ponderação de valores, 
em favor do suprimento de alimentos a quem deles necessita. 4. Recurso especial pro-
vido. (REsp 1117639/MG, Rel. Ministro MASSAMI UYEDA, TERCEIRA TURMA, julgado em 
20/05/2010, DJe 21/02/2011).
• Um contrato de mútuo eletrônico, com assinatura digital, celebrado sem a assinatura 
de testemunhas, pode, excepcionalmente, ter a condição de título executivo extrajudi-
cial e, dessa forma, permitir a execução em caso de inadimplência.
Julgado: STJ. REsp 1495920/DF. RECURSO ESPECIAL. CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. EXE-
CUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. EXECUTIVIDADE DE CONTRATO ELETRÔNICO DE 
MÚTUO ASSINADO DIGITALMENTE (CRIPTOGRAFIA ASSIMÉTRICA) EM CONFORMI-
DADE COM A INFRAESTRUTURA DE CHAVES PÚBLICAS BRASILEIRA. TAXATIVIDADE 
DOS TÍTULOS EXECUTIVOS. POSSIBILIDADE, EM FACE DAS PECULIARIDADES DA CONS-
TITUIÇÃO DO CRÉDITO, DE SER EXCEPCIONADO O DISPOSTO NO ART. 585, INCISO II, 
DO CPC/73 (ART. 784, INCISO III, DO CPC/2015). QUANDO A EXISTÊNCIA E A HIGIDEZ 
DO NEGÓCIO PUDEREM SER VERIFICADAS DE OUTRAS FORMAS, QUE NÃO MEDIANTE 
TESTEMUNHAS, RECONHECENDO-SE EXECUTIVIDADE AO CONTRATO ELETRÔNICO. 
PRECEDENTES. 1. Controvérsia acerca da condição de título executivo extrajudicial de 
contrato eletrônico de mútuo celebrado sem a assinatura de duas testemunhas. 2. O rol 
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de títulos executivos extrajudiciais, previsto na legislação federal em numerus clausus, 
deve ser interpretado restritivamente, em conformidade com a orientação tranquila da 
jurisprudência desta Corte Superior. 3. Possibilidade, no entanto, de excepcional reco-
nhecimento da executividade de determinados títulos (contratos eletrônicos) quando 
atendidos especiais requisitos, em face da nova realidade comercial com o intenso inter-
câmbio de bens e serviços em sede virtual. 4. Nem o Código Civil, nem o Código de Pro-
cesso Civil, inclusive o de 2015, mostraram-se permeáveis à realidade negocial vigente 
e, especialmente, à revolução tecnológica que tem sido vivida no que toca aos moder-
nos meios de celebração de negócios, que deixaram de se servir unicamente do papel, 
passando a se consubstanciar em meio eletrônico. 5. A assinatura digital de contrato 
eletrônico tem a vocação de certificar, através de terceiro desinteressado (autoridade 
certificadora), que determinado usuário de certa assinatura a utilizara e, assim, está efe-
tivamente a firmar o documento eletrônico e a garantir serem os mesmos os dados do 
documento assinado que estão aser sigilosamente enviados. 6. Em face destes novos 
instrumentos de verificação de autenticidade e presencialidade do contratante, possível 
o reconhecimento da executividade dos contratos eletrônicos. 7. Caso concreto em que 
o executado sequer fora citado para responder a execução, oportunidade em que poderá 
suscitar a defesa que entenda pertinente, inclusive acerca da regularidade formal do 
documento eletrônico, seja em exceção de pré-executividade, seja em sede de embar-
gos à execução. 8. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. (Rel. Ministro PAULO DE TARSO SAN-
SEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em 15/05/2018, DJe 07/06/2018).
• Contrato de honorários (convencionais) é título executivo extrajudicial.
– Sua execução pode ser promovida nos mesmos autos da ação em que tenha atuado 
o advogado.
Lei 8.906/94: Art. 24. A decisão judicial que fixar ou arbitrar honorários e o contrato escrito que os 
estipular são títulos executivos e constituem crédito privilegiado na falência, concordata, concurso 
de credores, insolvência civil e liquidação extrajudicial.
§ 1º A execução dos honorários pode ser promovida nos mesmos autos da ação em que tenha 
atuado o advogado, se assim lhe convier.
– Se houver litígio, haverá a necessidade de propositura de ação autônoma de execução.
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Título Executivo. Responsabilidade Patrimonial
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Julgado: STJ. REsp 1087135/PR. PROCESSUAL CIVIL. HONORÁRIOS CONTRATUAIS. 
EXECUÇÃO. PEDIDO FORMULADO PELO PATRONO DOS DEMANDANTES ORIGINÁRIOS, 
JÁ FALECIDOS, DE DESTACAMENTO DE REFERIDA VERBA EM SEDE DE EXECUÇÃO DE 
SENTENÇA. EXISTÊNCIA DE DISSÍDIO ENTRE OS NOVOS PATRONOS E O TITULAR DO 
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ADVOCATÍCIOS. MEIO PROCESSUAL CABÍ-
VEL. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. ART. 585, VII, DO CPC C/C ART. 23, DA LEI 
N.º 8.906/94. 1. A execução dos honorários advocatícios obedece a seguinte sistemá-
tica: a) quanto àqueles decorrentes da sucumbência, podem ser requeridos pela parte 
outorgante ou pelo próprio advogado, nos próprios autos da execução; b) quanto aos 
convencionais, o patrono poderá requer a reserva do valor nos próprios autos, promo-
vendo a juntada do contrato, desde que não haja litígio entre o outorgante e o advo-
gado, ou entre este e os novos patronos nomeados no feito, hipótese em que deverá 
manejar a via executiva autônoma (art. 585, VII, do CPC c/c art. 24, da Lei n.º8.906/94. 
2. O patrono dos exequentes ostenta legitimidade para requerer, nos próprios autos da 
execução de sentença proferida no processo em que atuou, o destacamento da con-
denação dos valores a ele devido a título de honorários sucumbenciais ou contratuais, 
sendo certo que, nesta última hipótese deve proceder à juntada do contrato de presta-
ção de serviços advocatícios, consoante o disposto nos arts. 22, § 4º e 23, da Lei n.º 
8.906/94. (Precedentes: AgRg no REsp 929.881/RS, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, 
SEGUNDA TURMA, julgado em 10/03/2009, DJe 07/04/2009; AgRg no REsp 844125/RS, 
Rel. Ministro NILSON NAVES, SEXTA TURMA, julgado em 20/11/2007, DJ 11/02/2008 
p. 1; REsp 875195/RS, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, QUINTA TURMA, julgado 
em 29/11/2007, DJ 07/02/2008 p. 1; REsp 780924/PR, Rel. Ministra ELIANA CALMON, 
SEGUNDA TURMA, julgado em 08/05/2007, DJ 17/05/2007 p. 228). 3. A discordância 
entre a parte exequente e o advogado em relação ao quantum que pretende ver desta-
cado a título de honorários contratuais, como, no caso de sucessão de procuradores, 
revela a instauração de novo litígio, por isso que a satisfação do direito consagrado 
no vínculo contratual deve ser perquirida por meio de ação autônoma; vale dizer, em 
sede de execução de título extrajudicial, nos termos do art.585, VIII, do CPC c/c art. 
24, da Lei n.º 8.906/94. (Precedentes: REsp 766.279/RS, Rel. Ministro TEORI ALBINO 
ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 20/10/2005, DJ 18/09/2006 p. 278; REsp 
556570/SP, Rel. Ministro PAULO MEDINA, SEXTA TURMA, julgado em 06/04/2004, DJ 
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
17/05/2004 p. 301; RMS 1012/RJ, Rel. Ministro GARCIA VIEIRA, PRIMEIRA TURMA, jul-
gado em 21/06/1993, DJ 23/08/1993 p. 16559; AgRg no REsp 1048229/PR, Rel. Minis-
tro FRANCISCO FALCÃO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 07/08/2008, DJe 27/08/2008; 
REsp 641146/SC, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 
21/09/2006, DJ 05/10/2006 p. 240) […]. (Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, jul-
gado em 03/11/2009, DJe 17/11/2009).
O credor pode promover a execução mesmo que tenha havido a propositura de qualquer 
ação relativa a débito constante no título executivo. Isso significa que a mera propositura de 
ação questionando determinado valor que consubstancie um título executivo extrajudicial 
não impede a sua cobrança pelo credor.
Paralelamente à ação de execução (exacional), pode haver o ajuizamento de ação de conhe-
cimento em que se intenta desconstituir o título executivo (antiexacional).
– É preciso analisar o momento processual:
◦ Há execução ajuizada e, dentro do prazo de embargos, ajuíza-se uma ação de 
conhecimento – falta de interesse na ação de conhecimento;
◦ Há execução ajuizada e, fora do prazo de embargos, ajuíza-se uma ação de co-
nhecimento – não há preclusão; haverá conexão por prejudicialidade, com distri-
buição da ação de conhecimento por dependência;
◦ Há execução julgada e ajuíza-se uma ação de conhecimento – não há preclusão; 
não haverá conexão por conta da Súmula 235 do STJ;
Súmula 235 STJ: A conexão não determina a reunião dos processos, se um deles já 
foi julgado.
◦ Há ação de conhecimento ajuizada e ajuíza-se uma ação de execução – haverá 
conexão por prejudicialidade, com distribuição da ação de conhecimento por de-
pendência; a ação de conhecimento poderá servir como embargos à execução, 
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podendo suspender a execução caso haja a garantia do juízo e a possibilidade de 
ocorrência de grave dano de difícil ou incerta reparação com o prosseguimento 
da execução.
– 1)
Julgado: STJ. CC 81290/SP. PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. PRO-
CESSO JUDICIAL TRIBUTÁRIO. EXACIONAL (EXECUÇÃO FISCAL) X ANTIEXACIONAL 
(AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DA RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA DA QUAL 
DEFLUI O DÉBITO EXECUTADO). CONEXÃO. ARTIGO 103, DO CPC. REGRA PROCESSUAL 
QUE EVITA A PROLAÇÃO DE DECISÕES INCONCILIÁVEIS. 1. A propositura de qualquer 
ação relativa ao débito constante do título executivo não inibe o credor de promover-
-lhe a execução (§ 1º, do artigo 585, do CPC). 2. A finalidade da regra é não impedir a 
execução calcada em título da dívida líquida e certa pelo simples fato da propositura da 
ação de cognição, cujo escopo temerário pode ser o de obstar o processo satisfativo 
desmoralizando a força executória do título executivo. 3. À luz do preceito e na sua exe-
gese teleológica, colhe-se que a recíproca não é verdadeira, vale dizer: proposta a exe-
cução torna-se despiscienda e, portanto, falece interesse de agir a propositura de ação 
declaratória porquanto os embargos cumprem os desígnios de eventual ação autônoma. 
4. Conciliando-se os preceitos, tem-se que, precedendo a ação anulatória à execução, 
aquela passa a exercer perante esta inegável influência prejudicial a recomendar o 
simultaneus processus, posto conexas pela prejudicialidade, forma expressiva de cone-
xão a recomendar a reunião das ações, como expediente apto a evitar decisões inconci-
liáveis. 5. O juízo único é o queguarda a mais significativa competência funcional para 
verificar a verossimilhança do alegado na ação de conhecimento e permitir prossiga o 
processo satisfativo ou se suspenda o mesmo. 6. Refoge à razoabilidade permitir que 
a ação anulatória do débito caminhe isoladamente da execução calcada na obrigação 
que se quer nulificar, por isso que, exitosa a ação de conhecimento, o seu resultado pode 
frustrar-se diante de execução já ultimada (Recentes precedentes desta Corte sobre o 
tema: REsp 887607/SC, Relatora Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, publicado no 
DJ de 15.12.2006; REsp 722303/RS, desta relatoria, Primeira Turma, publicado no DJ de 
31.08.2006; REsp 754586/RS, Relator Ministro Teori Albino Zavascki, Primeira Turma, 
publicado no DJ de 03.04.2006). 7. In casu, a execução fiscal restou ajuizada enquanto 
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pendente a ação declaratória da inexistência da relação jurídica tributária, o que reclama 
a remessa dos autos executivos ao juízo em que tramita o pleito ordinário, em razão 
da patente conexão. 8. Conflito conhecido para declarar a competência do Juízo da 7ª 
Vara Federal de Campinas/SP. (Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 
12/11/2008, DJe 15/12/2008).
– 2)
◦ A não interposição dos embargos à execução não acarreta a preclusão quanto à 
discussão da matéria, porquanto esta opera dentro do processo, especialmente 
quando não tenha havido a interposição de embargos.
Julgado: STJ. AgRg no AREsp 31.488/PR. 1. Inexiste violação dos arts. 458 e 535 do 
CPC quando a prestação jurisdicional é dada na medida da pretensão deduzida, com 
enfrentamento e resolução das questões abordadas no recurso. 2. Discute-se nos autos 
o cabimento de ação declaratória em que se intenta desconstituir o título executivo, ante 
o excesso de execução, bem como a ocorrência da preclusão, quando não opostos os 
embargos à execução. 3. Esta Corte possui entendimento sedimentado no sentido de 
que, no curso do processo de execução, não há impedimento a que seja ajuizada ação 
tendente a desconstituir o título em que aquela fundamenta-se. Todavia, carecendo a 
ação da eficácia própria dos embargos, a execução prosseguirá, salvo se admitida a 
antecipação de tutela, desde que preenchidos os requisitos básicos da fumaça do bom 
direito e do perigo na demora, o que ocorreu in casu. 4. Conforme iterativos precedentes 
desta Corte, a não oposição dos embargos à execução não acarreta a preclusão, por-
quanto esta opera dentro do processo, não atingindo outros que possam ser instaura-
dos, o que é próprio da coisa julgada material. Agravo regimental improvido. (Rel. Minis-
tro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 20/09/2011, DJe 26/09/2011).
Julgado: STJ. AgRg no REsp 500.057/SP. 1. É viável a propositura de Ação Anulatória de 
Negócio Jurídico, não obstante subsistir execução calcada em nota promissória emitida 
em razão do citado negócio, especialmente quando não tenha havido a interposição de 
embargos. Desse modo, deve ser reformado o acórdão originário, que decretou a impos-
sibilidade jurídica do pedido. 2. A jurisprudência reiterada desta Corte é assente no sen-
tido de não ocorrer a preclusão na execução, tendo em vista que esta se opera dentro do 
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processo, não podendo atingir processos vindouros, já que tal instituto não se confunde 
com a coisa julgada material. Desse modo, é aceitável que seja proposta ação objeti-
vando desconstituir o título em que aquela se funda. 3. Agravo regimental a que se nega 
provimento. (Rel. Ministro HONILDO AMARAL DE MELLO CASTRO (DESEMBARGADOR 
CONVOCADO DO TJ/AP), QUARTA TURMA, julgado em 18/02/2010, DJe 08/03/2010).
– 3)
◦ Cabe reunião de uma ação de conhecimento e uma de execução (por exemplo, 
execução de um contrato e uma ação para anular esse mesmo contrato). Reunirá, 
no mesmo juízo (distribuição por dependência), mas não haverá processamento 
simultâneo!
◦ Se houver o ajuizamento da ação de conhecimento antes da ação de execução, 
aquela pode servir como embargos à execução, podendo suspender a execução 
caso haja a garantia do juízo e a possibilidade de ocorrência de grave dano de 
difícil ou incerta reparação com o prosseguimento da execução.
Julgado: STJ. REsp 800.880/PE. Ação de revisão de cláusulas. Execução. Conexão. 1. 
Como está em precedente da Corte, possível a reunião do processo de conhecimento 
e da execução posteriormente ajuizada, por razões de ordem prática, e, se garantido o 
Juízo, dá-se à ação de revisão o tratamento de embargos com as consequências daí 
decorrentes. 2. Recurso especial conhecido e provido. (Rel. Ministro CARLOS ALBERTO 
MENEZES DIREITO, TERCEIRA TURMA, julgado em 05/10/2006, DJe 05/03/2009).
Julgado: STJ. REsp 850.142/SE. […]. 3. A ação revisional ostenta a mesma natureza dos 
embargos do devedor – ação de conhecimento prejudicial à execução –, razão pela qual 
deve ter o mesmo tratamento àqueles dispensado quando ajuizada anteriormente à ação 
satisfativa. Precedentes. […]. (Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, jul-
gado em 22/11/2011, DJe 06/12/2011).
◦ Deve-se ter em mente que a modificação da competência pela conexão só é pos-
sível se a competência for relativa.
◦ Não confundir distribuição por dependência em razão de conexão ou continência 
com a modificação da competência em razão da conexão ou continência.
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Julgado: STJ. AgRg no CC 96.308/SP. 1. É possível a conexão entre a ação anulatória e a 
execução fiscal, em virtude da relação de prejudicialidade existente entre tais demandas, 
recomendando-se o simultaneus processus. [...]. (Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, 
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 14/04/2010, DJe 20/04/2010).
Julgado: STJ. CC 106.041/SP. 1. Cuida-se de conflito negativo de competência instau-
rado entre o juízo da 4a Vara Federal de Santos/SP, suscitante, e o juízo da 1a Vara 
Federal e Juizado Especial Cível de Foz do Iguaçu/PR, suscitado, nos autos de execução 
fiscal movida pela União Federal. Discute-se a possibilidade de serem reunidas execu-
ção fiscal e ação anulatória de débito precedentemente ajuizada, quando o juízo em que 
tramita esta última não é vara especializada em execução fiscal, nos termos consigna-
dos em norma de organização judiciária. 2. Em tese, é possível a conexão entre a ação 
anulatória e a execução fiscal, em virtude da relação de prejudicialidade existente entre 
tais demandas, recomendando-se o simultaneus processus. Precedentes. 3. Entretanto, 
nem sempre o reconhecimento da conexão resultará na reunião dos feitos. A modifi-
cação da competência pela conexão apenas será possível nos casos em que a compe-
tência for relativa e desde que observados os requisitos dos §§ 1º e 2º do art. 292 do 
CPC. 4. A existência de vara especializada em razão da matéria contempla hipótese de 
competência absoluta, sendo, portanto, improrrogável, nos termos do art. 91 c/c 102 
do CPC. Dessarte, seja porque a conexão não possibilita a modificação da competên-
cia absoluta, seja porque é vedada a cumulação em juízo incompetente para apreciar 
uma das demandas, não é possível a reunião dos feitos no caso em análise, devendo 
ambas as ações tramitarem separadamente. 5. Embora não seja permitida a reunião 
dos processos, havendo prejudicialidade entre a execução fiscal e a ação anulatória, 
cumpre ao juízo em que tramita oprocesso executivo decidir pela suspensão da execu-
ção, caso verifique que o débito está devidamente garantido, nos termos do art. 9º da 
Lei 6.830/80. 6. Conflito conhecido para declarar a competência do juízo suscitado. (Rel. 
Ministro CASTRO MEIRA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 28/10/2009, DJe 09/11/2009).
– ITA do REsp 850.142 – SE:
◦ O devedor/executado pode ainda defender-se com a propositura de ações autô-
nomas em que se discute o título executivo ou a dívida. A ação rescisória da sen-
tença, ação de anulação/revisão de um negócio jurídico, a ação de consignação 
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em pagamento, ação declaratória de inexistência de relação jurídica, ação de anu-
lação de auto de infração, são exemplos de demandas propostas pelo devedor/
executado com o objetivo de discutir o título executivo ou a dívida. A essa forma 
de defesa deu-se o nome de defesa heterotópica (porque exercida fora do am-
biente do procedimento executivo) do executado ou defesa do executado por meio 
de ação autônoma de impugnação. Em todos esses casos, essas ações (defesas 
heterotópicas) são prejudiciais à execução. […] A conexão entre a ação autônoma 
e a execução impõem, sim, a reunião dos processos, salvo se houver modificação 
de competência absoluta, circunstância que impede a reunião dos processos em 
decorrência da conexão. […] É possível a concessão de efeitos suspensivos desde 
que preenchidos os pressupostos gerais: requerimento, perigo, garantia do juízo 
(que não será a penhora, tendo em vista que ainda não há execução) e verossi-
milhança das alegações. […] Poderá, não raramente, ocorrer de o objeto dos em-
bargos à execução coincidir com o da ação autônoma. Concretizada a hipótese, 
haverá litispendência, não podendo ser opostos os embargos com idêntico con-
teúdo. (DIDIER, Fredie, CUNHA, Leonardo José Carneiro da, BRAGA, Paula Sarno e 
OLIVEIRA Rafael. Curso de direito processual civil: execução. Salvador: JusPod-
vum, 2009, v. 5, p. 395).
◦ Humberto Theodoro Junior corrobora essa tese: A regra contida no art. 585, § 1º, 
permite, outrossim, dupla conclusão: a) não é só pelos embargos que o devedor 
pode questionar o título executivo em juízo; as vias ordinárias sempre lhe estarão 
franqueadas, sem necessidade de submeter-se aos prazos e demais requisitos 
da ação incidental de embargos; b) só os embargos, porém, têm força para sus-
pender a execução de imediato; os reflexos da ação comum somente atingirão a 
execução após o trânsito em julgado. Quando, todavia, a ação de impugnação ao 
título extrajudicial for anterior à execução, não estará o devedor, segundo jurispru-
dência do STJ, obrigado a propor embargos à execução e produzirá os efeitos que 
lhe são próprios. Para, entretanto, produzir o efeito suspensivo dos embargos, ne-
cessário será que a penhora se realize, constituindo a segurança do juízo. (Curso 
de direito processual civil. Rio de Janeiro: Forense, 2009, v. II, p. 210).
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◦ No mesmo sentido, confira-se o magistério de Luiz Rodrigues Wambier e Eduar-
do Talamini: (c) Há relação de conexão entre a ação autônoma do executado e a 
ação de execução (e/ou entre a ação autônoma e os embargos ou impugnação 
oponíveis à execução). Nos casos em que tanto a competência para a ação autô-
noma quanto para a execução subordina-se a critérios absolutos, tal conexão não 
implicará a reunião dos processos em um mesmo juízo. Por exemplo, uma ação 
rescisória dirigida contra sentença que serve de título executivo judicial observará 
as específicas regras de competência (absoluta) originária aplicáveis a tal tipo de 
ação - e, portanto, não tramitará conjuntamente com o cumprimento de tal sen-
tença, que também tem regras próprias de competência originária. Nos demais 
casos, porém, a conexão normalmente implicará o processamento de ambas as 
demandas em um mesmo juízo. Assim:
[...] (ii) se a ação autônoma foi proposta previamente à execução do título extrajudicial, esta, quan-
do ajuizada, deverá ser distribuída por dependência ao juízo em que já tramita aquela. Ou seja, a 
ação autônoma, nessa hipótese, torna prevento o juízo para a execução do título extrajudicial; (iii)
se a execução já está em curso, a ação autônoma deve ser distribuída por dependência ao juízo 
em que aquela está sendo processada. Se a execução já se encerrou, e a ação autônoma só depois 
disso é proposta, não há juízo prevento. A ação autônoma será, em princípio, distribuída livremen-
te. (TAMALINI; WAMBIER, 2010, p. 494-495).
Julgado: STJ. REsp 899979/SP. […]. 3. Se é certo que a propositura de qualquer ação 
relativa ao débito constante do título não inibe o direito do credor de promover-lhe a 
execução (CPC, art. 585, § 1º), o inverso também é verdadeiro: o ajuizamento da ação 
executiva não impede que o devedor exerça o direito constitucional de ação para ver 
declarada a nulidade do título ou a inexistência da obrigação, seja por meio de embar-
gos (CPC, art. 736), seja por outra ação declaratória ou desconstitutiva. Nada impede, 
outrossim, que o devedor se antecipe à execução e promova, em caráter preventivo, 
pedido de nulidade do título ou a declaração de inexistência da relação obrigacional. 
4. Ações dessa espécie têm natureza idêntica à dos embargos do devedor, e quando 
os antecedem, podem até substituir tais embargos, já que repetir seus fundamentos e 
causa de pedir importaria litispendência. 5. Assim como os embargos, a ação anulató-
ria ou desconstitutiva do título executivo representa forma de oposição do devedor aos 
atos de execução, razão pela qual quebraria a lógica do sistema dar-lhes curso perante 
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Thiago Cordeiro Pivotto
Título Executivo. Responsabilidade Patrimonial
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
juízos diferentes, comprometendo a unidade natural que existe entre pedido e defesa. 
6. É certo, portanto, que entre ação de execução e outra ação que se oponha ou possa 
comprometer os atos executivos, há evidente laço de conexão (CPC, art. 103), a deter-
minar, em nome da segurança jurídica e da economia processual, a reunião dos proces-
sos, prorrogando-se a competência do juiz que despachou em primeiro lugar (CPC, art. 
106). Cumpre a ele, se for o caso, dar à ação declaratória ou anulatória anterior o trata-
mento que daria à ação de embargos com idêntica causa de pedir e pedido, inclusive, 
se garantido o juízo, com a suspensão da execução. Precedentes: REsp 774.030/RS, 1ª 
Turma, Min. Luiz Fux, DJ de 09.04.2007; REsp 929.737/RS, 2ª Turma, Min. Castro Meira, 
DJ de 03.09.2007. 7. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte, parcial-
mente provido. (Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 
23/09/2008, DJe 01/10/2008).
Afirma o Código que os títulos executivos extrajudiciais oriundos de país estrangeiro não 
dependem de homologação para serem executados, mas o título estrangeiro só terá eficácia 
executiva quando satisfeitos os requisitos de formação exigidos pela lei do lugar de sua cele-
bração e quando o Brasil for indicado como o lugar de cumprimento da obrigação.
Dívidas contraídas em jogos de azar no exterior podem ser cobradas no Brasil.
– A cobrança de dívidas contraídas em países onde jogos de azar são legais pode ser 
feita por meio de ação ajuizada pelo credor no Brasil, submetendo-se ao ordena-
mento jurídico nacional.
◦ Ao analisar o caso de uma dívida superior a US$ 1 milhão, supostamente feita 
por um brasileiro em torneio de pôquer no cassino Wynn Las Vegas,

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