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Saúde bucal na primeira infância: PNAISC: Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança; O Brasil assumiu, na Constituição Federal de 1988, a garantia do direito universal à saúde, com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 1990 - a proteção integral da criança, com o advento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Além disso, ratificou os mais importantes pactos, tratados e convenções internacionais sobre os direitos humanos da criança. Portaria nº 1.130, de 5 de agosto de 2015: Considerando o artigo 227 da CF/88 que define como dever da família sociedade e do Estado assegurar: Criança, ao adolescente e ao jovem: saúde, lazer, liberdade, respeito, educação, profissionalização, cultura, alimentação; Considerando a pactuação ocorrida na 8ª reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), em 11 de dezembro de 2014 resolve: Art.1° Fica instituída a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). OBJETIVO: PNAISC Promover e proteger a saúde da criança e o aleitamento materno, mediante a atenção e cuidados integrais e integrados da gestação aos 9 (nove) anos de vida, com especial atenção à primeira infância e às populações de maior vulnerabilidade, visando à redução da morbimortalidade e um ambiente facilitador à vida com condições dignas de existência e pleno desenvolvimento. O Ministério da Saúde (MS), segue o conceito da Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera: CRIANÇA 0 À 9 ANOS 120 MESES; PRIMEIRA INFÂNCIA 0 À 5 ANOS 72 MESES; Considerações: Para atendimento em serviços de Pediatria no SUS, a Política abrange “crianças e adolescentes de zero a 15 anos, ou seja, até completarem 16 anos ou 192 meses.” Princípios: PNAISC: 1. Direito à vida e à saúde Princípio fundamental garantido mediante o acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a promoção, proteção integral e recuperação da saúde, por meio da efetivação de políticas públicas que permitam o nascimento, crescimento e desenvolvimento sadios e harmoniosos. 2. Prioridade absoluta da criança Princípio constitucional que compreende a primazia da criança de receber proteção e cuidado em quaisquer circunstâncias, ter precedência de atendimento nos serviços de saúde e preferência nas políticas sociais e em toda a rede de cuidado. 3. Acesso universal à saúde Direito de toda criança receber atenção e cuidado necessários e dever da política de saúde, por meio dos equipamentos de saúde, de atender às demandas da comunidade, propiciando o acolhimento, a escuta qualificada dos problemas e a avaliação com classificação de risco e vulnerabilidades sociais. 4. Integralidade do cuidado Princípio do SUS que trata da atenção global da criança, contemplando todas as ações de promoção, de prevenção, de tratamento e reabilitação. Garantia de acesso a todos os níveis de atenção, mediante a integração dos serviços, da Rede de Atenção à Saúde. 5. Equidade em saúde Atenção à saúde, sem privilégios ou preconceitos, mediante a definição de prioridades de ações e serviços de acordo com as demandas de cada um, com maior alocação dos recursos onde e para aqueles com maior necessidade. 6. Ambiente facilitador à vida Qualidade do vínculo entre criança e sua mãe/família/cuidadores e também destes com os profissionais que atuam em diferentes espaços que a criança percorre em seus territórios vivenciais para a conquista do desenvolvimento integral (PENELLO, 2013). 7. Humanização da atenção Com acolhimento, gestão participativa e cogestão, clínica ampliada, valorização do trabalhador, defesa dos direitos dos usuários e ambiência, Buscando a corresponsabilidade entre usuários, trabalhadores e gestores neste processo, fomentando a transversalidade e a grupalidade , assumindo a relação indissociável entre atenção e gestão no cuidado em saúde. 8. Gestão participativa e controle social Participação da sociedade na gestão de políticas e processos de trabalho. No caso da saúde da criança, o Brasil possui um extenso leque de entidades da sociedade civil que militam pela causa Políticas públicas de saúde 8 Layara Aquino da infância e do aleitamento materno e que podem potencializar a implementação deste princípio. Princípios: PNAISC: 1. Gestão interfederativa das ações de saúde da criança Fomento à gestão para implementação da PNAISC, por meio da viabilização de parcerias e articulação interfederativa 2. Organização das ações e dos serviços na rede de atenção à saúde Fomento e apoio à organização de ações e aos serviços da Rede de Atenção à Saúde, com a articulação de profissionais e serviços de saúde, mediante estratégias como o estabelecimento de linhas de cuidado. 3. Promoção da Saúde Reconhecimento da Promoção da Saúde como conjunto de estratégias e forma de produzir saúde na busca da equidade, da melhoria da qualidade de vida e saúde, com ações intrasetoriais e intersetoriais 4. Fomento à autonomia do cuidado e da corresponsabilidade da família Fomento à autonomia e corresponsabilidade da família, com informações sobre os principais problemas de saúde e orientações sobre o processo de educação dos filhos, o estabelecimento de limites educacionais sem violência e os cuidados com a criança, com especial foco nas etapas iniciais da vida, para a efetivação de seus direitos. 5. Qualificação da força de trabalho do SUS 6. Planejamento e desenvolvimento de ações Aperfeiçoamento das estratégias de planejamento na execução das ações da PNAISC, a partir das evidências epidemiológicas, definição de indicadores e metas. 7. Incentivo à pesquisa e à produção de conhecimento Incentivo à pesquisa e à produção de conhecimento para o desenvolvimento de conhecimento com apoio à pesquisa, à inovação e à tecnologia no campo da Atenção Integral à Saúde da Criança. 8. Monitoramento e avaliação Fortalecimento do monitoramento e avaliação das ações e das estratégias da PNAISC, que garantam a verificação a qualquer tempo, em que medida os objetivos estão sendo alcançados, quais os processos ou efeitos (previstos ou não, desejáveis ou não), indicando novos rumos, mais efetividade e satisfação. 9. Intersetorialidade Promoção de ações intersetoriais para a superação da fragmentação das políticas sociais no território, mediante a articulação entre agentes, setores e instituições. PNAISC – Atenção à saúde bucal: Atenção Integral à Saúde da Criança na PNSB se insere de forma transversal, integral e intersetorial nas linhas de cuidado direcionadas à mulher e à criança, com o objetivo de promover a qualidade de vida desse público, por meio das ações de promoção, prevenção, cuidado, qualificação e vigilância em saúde (BRASIL, 2004a). Nos últimos anos, especialmente após a implementação do Brasil Sorridente, houve redução significativa do índice de cárie dentária em crianças brasileiras. No último levantamento epidemiológico realizado em 2010, este índice passou para 2,43, o que corresponde à diminuição de 13,9% em 7 anos (BRASIL,2012h) Nos últimos anos, especialmente após a implementação do Brasil Sorridente, houve redução significativa do índice de cárie dentária em crianças brasileiras. No último levantamento epidemiológico realizado em 2010, este índice passou para 2,43, o que corresponde à diminuição de 13,9% em 7 anos. Os índices não afetaram a população de modo homogêneo, e a cárie dentária continuou apresentando índices elevados na população de baixa renda. (Antunes et al., 2012) Ações de saúde direcionadas à criança: Todos da equipe de saúde devem incorporar o exame da cavidade bucal das crianças e orientações aos pais/responsáveis sobre prevenção de doenças e agravos e de promoção da saúde bucal. Direcionar a criança para as consultas odontológicas periódicas, evitando o acesso tardio e a instalação de problemas bucais. Equipe de Saúde Bucal Primeiro contato Atividadesem grupo (ex.: orientações aos pais e responsáveis e, em seguida, o exame clínico dos bebês), Interconsulta (ex.: atendimento conjunto do médico ou enfermeiro com o cirurgião dentista) Consulta sequencial programada (ex.: estipular o dia da consulta odontológica no mesmo dia e horário da consulta de acompanhamento médico e de enfermagem). Duas consultas odontológicas: Primeira consulta erupção do primeiro dente de leite, e uma segunda consulta aos 12 meses de idade. Após o 1º ano de vida consultas periódicas para a criança, em função da avaliação de risco e vulnerabilidade, devendo se garantir pelo menos uma consulta ao ano. Entre 2 e 9 anos de idade Estimular o desenvolvimento de hábitos saudáveis Participação em programas educativos/preventivos de saúde bucal Programa saúde na escola (PSE) Os profissionais de saúde devem desenvolver, Atividades de escovação supervisionada Aplicação de flúor Atividades educativas em sala de aula, com o envolvimento de outros temas de saúde (alimentação saudável, autoestima, autocuidado, entre outros) Realização anual da avaliação da saúde bucal dos escolares Cárie precoce na infância (CPI): A cárie dentária é resultante da desmineralização da superfície dentária pelos ácidos produzidos por bactérias que ao longo do tempo metabolizaram os açúcares que permaneceram na superfície do dente Nomenclatura: Desde a década de 60 tem sido controversa Cárie de mamadeira, cárie rampante, todas relacionadas à forma de alimentação e não levavam em consideração toda a etiologia multifatorial da cárie dentária. Em 2003, a American Academy of Pediatric Dentistry (AAPD) adotou uma nova definição de cárie precoce na infância (CPI), que pode ser definida como a presença de uma ou mais superfícies cariadas (cavitadas ou não), perdidas ou restauradas em crianças de até 71 meses de idade. Trata se de uma patologia crônica Afeta a dentição de crianças em idade pré escolar Cárie dentária ainda se constitui em um grande problema de saúde pública no Brasil, podendo trazer consequências a diferentes funções vitais do indivíduo e causar impacto na qualidade de vida das crianças por provocar dor e sofrimento às mesmas EPIDEMIOLOGIA: Apesar da evidente redução da prevalência quando se compara os levantamentos epidemiológicos de 2003 e 2010, a cárie dentária continua a ser a doença bucal mais comum na infância. Fator determinante: aquele que contribui diretamente para o desfecho (perda mineral) Quantidade e qualidade da microbiota Frequência e composição da dieta Sacarose = glicose+frutose Concentração e frequência; Forma física Fluxo de capacidade tampão da saliva Acesso a fluoretos Tempo Fator modificador: não relacionados diretamente com a etiologia da doença, mas relevantes para sua ocorrência: atuam sobre os fatores determinantes. Socioeconômicos e comportamentais: escolaridade do cuidador, renda, acesso aos serviços de saúde. Envolve o meio que se está inserido. Amamentação: Amamentar desenvolve o sistema imunológico do bebê – o leite materno contém células anti-infecciosas capazes de proteger o organismo do bebê contra infecções, como as intestinais e otites, evitando assim diarreias; Amamentar ajuda no desenvolvimento da fala – veja que interessante. A posição da boca nos mamilos provoca a estimulação de pontos articulados responsáveis pela produção dos fonemas (sons) Amamentar estimula o crescimento e desenvolvimento adequado da musculatura oral, ajudando na respiração, deglutição e mastigação – uma criança que tenha problemas na respiração pode ter prejudicado o seu sono, concentração e memória. A musculatura oral adequada remete a um bom desenvolvimento da fala. Amamentar fortalece o vínculo mãe e bebê – o contato com a mãe pelo aleitamento materno faz com que o bebê se sinta mais seguro e tranquilo, evitando choro e ansiedade. Além disso, a mamãe se sente menos estressada. Amamentar diminui o risco de alergia – crianças alimentadas no peito da mãe têm menos risco de terem asma. Outro estudo revela que crianças que dede cedo tomam o leite de vaca aumentam a probabilidade de se tornarem alérgicas, já que as proteínas desse leite estão associadas à dermatite, rinite, sinusite e amigdalite. O leite materno é o alimento mais completo para o bebê – a mamãe não precisa se preocupar em complementar a alimentação. Nem ao menos se preocupar em oferecer água. O leite materno é completo, apenas a amamentação de forma errada faz com que o bebê não consiga todo o leite, tornando-se incompleta. Amamentar evita doenças futuras – um bebê amamentado no peito pode evitar durante sua vida algumas doenças como obesidade, diabetes e hipertensão. Bebê que amamenta dificilmente terá anemia – as concentrações de ferro no leite materno é bem maior que em qualquer outro tipo de leite e seu filho não precisará de complemento de ferro para evitar anemia. Amamentação evita cólicas – o leite materno tem proteínas que ão facilmente digeridas pelo organismo do bebê, isso não acontece com o leite de vaca que tem proteínas de difícil digestão. Amamentar diminui o risco de câncer de mama – pesquisadores da Espanha descobriram que mulheres que amamentam seus filhos por mais de seis meses tem menos chances de desenvolver câncer RISCO NO ALEITAMENTO MATERNO: HIV, hepatite B, hepatite C, câncer de mama; Educação em saúde Bucal: GESTANTE Importância da dentição decídua; Controle da dieta; Inicie a escovação assim que começar a nascer o 1º dentinho do bebê Posteriormente Escova infantil com cerdas macias deve ser dada a criança, para que ela possa imitar os pais. O enfoque familiar é importante, uma vez que o aprendizado se dá também por meio da observação do comportamento dos pais QUANDO A DOENÇA CÁRIE JÁ ESTA INSTALADA: Flúor Tópico Indivíduos cárie ativos; Crianças com cárie, que dormem com mamadeiras; Filhos de mães com alto índice de cárie; Indivíduos com deficiência salivar; Pacientes especiais; Pacientes com aparelhos ortodônticos Vernizes com flúor: Materiais aderentes que permitem uma lenta liberação de flúor para esmalte. Possibilitando adição de elevadas concentrações de fluoreto com limitada quantidade de material. Selante A aplicação de selantes nas cicatrículas e fissuras, tem o objetivo de formar uma barreira física entre a superfície dentária e o meio bucal, prevenindo assim, o início do processo carioso Recomendam se no mínimo, duas aplicações anuais para pacientes com atividade de cárie ou com história passada de alta experiência de cárie Em âmbito de programas de saúde pública/coletiva, recomendam se de duas a quatro aplicações anuais É necessária a limpeza prévia dos dentes, por meio da escovação, posterior secagem, isolamento relativo (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION, 2001 Pacientes com necessidades especiais: Introdução: O conceito de pessoa com deficiência foi reforçado no texto da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015: Art. 2º Considera se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Conceito: O conceito de paciente com necessidades especiais na odontologia compreende todo usuário que apresente uma ou mais limitações, temporárias ou permanentes, de ordem mental, física, sensorial, emocional, de crescimento ou médica, que o impeça de ser submetido a uma situação odontológica convencional. De acordo com o Relatório Mundial sobre Deficiência (OMS, 2012), a deficiência faz parte da condição humana e quase todas as pessoas têm ou terão uma deficiência, temporária ou permanente, em algum momento de suas vidas. Estima se que existam em todo mundo mais de umbilhão de pessoas com deficiência, o que corresponde, aproximadamente, a 15% da população mundial (OMS, 2012). No Brasil, 45,6 milhões de pessoas (24% da população brasileira) declararam ter alguma deficiência auditiva, física, visual e/ou intelectual (IBGE, 2010). As razões das necessidades especiais são inúmeras: Doenças hereditárias, As alterações congênitas, As alterações que ocorrem durante a vida, como as condições sistêmicas, As alterações comportamentais, o envelhecimento, entre outras Para fins didáticos, adotar-se-á a classificação de Santos & Haddad modificada: 1. Deficiência física – sequela de paralisia cerebral (PC), acidente vascular encefálico (AVE), miastenia gravis (MG); 2. Distúrbios comportamentais – autismo, bulimia, anorexia; 3. Condições e doenças sistêmicas – gravidez, pacientes irradiados em região de cabeça e pescoço, pacientes transplantados, pacientes imuno-suprimidos, diabetes mellitus, cardiopatias, doenças hematológicas, transtornos convulsivos, insuficiência renal crônica, doenças auto imunes. 4. Deficiência mental – comprometimento intelectual devido a fatores pré-natais, perinatais e pós-natais, de origem genética, ambiental ou desconhecida; 5. Distúrbios sensoriais – deficiência auditiva e visual; 6. Transtornos psiquiátricos – depressão, esquizofrenia, fobias, transtorno obsessivo-compulsivo, ansiedade; 7. Doenças infectocontagiosas – pacientes soro positivos para o vírus da imunodeficiência humana (HIV), hepatites virais, tuberculose; 8. Síndromes e deformidades craniofaciais – síndrome de Down, entre outras. Especialidade odontológica: Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais, é a especialidade que tem por objetivo a prevenção, o diagnóstico, o tratamento e o controle dos problemas de saúde bucal de pacientes que tenham alguma alteração no seu sistema biopsicossocial Atuação multiprofissional, inter e transdisciplinar, para oferecer um tratamento integral ao paciente Nível ambulatorial, Hospitalar e home care Desde então, o Estado brasileiro tem buscado, por meio da formulação de políticas públicas, garantir a autonomia e a ampliação do acesso à saúde, à educação e ao trabalho, com o objetivo de melhorar as condições de vida das pessoas com deficiência Rede de Cuidados à Saúde da Pessoa com Deficiência (RCPD) promoção de acesso às ações e aos serviços de saúde, ofertando cuidado qualificado e humanizado, de forma integral, às pessoas com deficiência temporária ou permanente (BRASIL, 2017a). Política nacional de saúde da pessoa com deficiência (PNSPD): Instituída por meio da Portaria nº 1.060, de 5 de junho de 2002 e republicada no Anexo XIII da Portaria de Consolidação nº 2, de 28 de setembro de 2017 Inclusão das pessoas com deficiência em toda a rede de serviços do SUS Reconhecer a necessidade de implementar respostas às complexas questões que envolvem a atenção à saúde das pessoas com deficiência no Brasil. Embora algumas pessoas com deficiência possam estar incluídas no grupo de pacientes com necessidades especiais, essa condição não impõe, automaticamente, a necessidade de atendimento especializado em odontologia, devendo ser considerados o tipo e o grau de limitações vivenciadas pelo paciente. Acesso aos serviços: Pobre atenção à saúde; Baixo nível educacional; Menor participação na economia; População em envelhecimento Atenção primária à saúde: A porta de entrada de atenção aos pacientes com necessidades especiais é sempre a Unidade Básica de Saúde; Pacientes não colaboradores ou com comprometimento severo, devem ser encaminhados para o CEO, que efetuará o atendimento e avaliará a necessidade ou não de atendimento hospitalar sob anestesia geral; Encaminhamento após duas tentativas frustradas; Articulação entre a PNSPD e a APS: Principais ações: Busca ativa identificar com deficiência no território (área de abrangência); fazer o mapeamento. Acolhimento Condutas avaliação de risco, tratamento odontológico na USF ou em domicílio, encaminhamentos, monitoramento e avaliação. Avaliação de risco: saúde geral; necessidades odontológicas; colaboração; Necessidade odontológica: Tratamento preventivo (profilaxia, raspagens). Tratamento restaurador (Dentística) Tratamento cirúrgico (biópsias, exodontias) Estabilização física Tecnologias assistivas Técnicas de estabilização: Terapia do abraço Calça da vovó Auxiliar segurando a cabeça O pacientes e responsáveis devem ser orientados sobre sua conduta frente ao tratamento odontológico Os mesmos devem ser criteriosamente informados pela equipe de saúde bucal sobre todos os passos a serem tomados antes e depois de cada intervenção, com ênfase para os casos em que for necessário o uso de anestesia geral. Atendimento odontológico: Avaliação inicial do paciente Levando em consideração a doença de base E o grau de colaboração do paciente. Consultas curtas; Pacientes categorias 3 e 4 (escala modificada de Frank) Pacientes categorias 3 e 4 (escala modificada de HoupT A 1ª escolha de tratamento sempre deve recair sobre a abordagem ambulatorial. Técnicas de estabilização física podem ser consideradas caso haja necessidade. Uso de sedação: Pacientes Categorias 1 e 2 (escala modificada de Frank Pacientes Categorias 1 e 2 (escala modificada de Houpt) Efetuada por profissionais capacitados Suporte para recorrências disponível Anestesia geral: Pacientes Categorias 1 e 2 (escala modificada de Frank) Pacientes Categorias 1 e 2 (escala modificada de Houpt) Pacientes com maiores necessidades odontológicas Equipe multiprofissional Ambiente hospitalar Colaboração do paciente desnecessária Atenção odontológica à pessoa com paralisia cerebral: O que é? A paralisia cerebral abrange um grupo de desordens do desenvolvimento relativo ao movimento e à postura, causando limitação na execução de tarefas, atribuídas a distúrbios não progressivos, ocorridos durante o desenvolvimento fetal, ou ao cérebro imaturo (BAX et. al., 2005). É a causa mais comum da incapacitação física na infância O distúrbio motor é a alteração fundamental na paralisia cerebral e sempre estará presente. No entanto, também são observados outros comprometimentos, como a deficiência intelectual, as dificuldades de aprendizado, os problemas de comunicação, oftalmológicos, otorrinolaringológicos, pneumológicos, gastroenterológicos (BENFER et al., 2014; ABANTO et al., 2014), nutricionais, neurológicos e ortopédicos, os distúrbios do comportamento e da propriocepção e o comprometimento musculoesqueletal CAUSAS: Muito variável; Dividida em: prénatal (maternas e gestacionais); perinatal (parto e período neonatal), sendo a anóxia e a prematuridade as causas mais prevalentes; pós natal, com infecções e traumas, especialmente a meningite. ALTERAÇÕES BUCAIS: Dificuldades na execução da higiene bucal e o uso do fio dental, Necessidade da participação do cuidador ou responsável para realizar a higienização adequada. Presença de reflexos orais (sucção, deglutição, mordida tônica, vômito e espasticidade da musculatura mastigatória) impedindo a abertura bucal. A avaliação bucal precoce durante o primeiro ano de vida, antes de qualquer manifestação de doença bucal, independente da complexidade neurológica. Cuidados com a saúde bucal deve envolver os familiares e os cuidadores ou responsáveis. TECNOLOGIAS ASSISTIVAS: Recursos que viram promover a funcionalidade e a autonomia da pessoa com deficiência. ANAMNESE MINUNCIOSA: Material antiderrapante no assento da cadeira odontológica na região do quadril, evitando que o usuário “escorregue” na cadeira durante a realização do tratamento. Estabilização física: Evitar movimentos bruscos e repentinos, bem como estimulação sonora e visual, sem avisar previamente o usuário. Desencadeamento de reflexos Humanização no cuidado Criação de um vínculo afetivo com a pessoa e suafamília. Práticas de promoção de saúde. Atenção odontológica à pessoa com transtorno do espectro do autismo: Desordem complexa, incapacitante. Alterações comportamentais. Problemas de interação social ou emocional. Problemas de comunicação não verbal. Paciente polifármaco Redução do fluxo salivar; Sangramento gengival; Hiperplasias gengivais; Facilitação para hemorragias e infecções secundárias (procedimentos cirúrgicos); Alterações bucais: Higiene bucal precária; Dieta cariogênica; Hábitos parafuncionais; Elevado índice de placa; Lesões de cárie dentária; Problemas periodontais; Maloclusão; Técnicas odontológicas preventivas e terapêuticas para a adequação e a promoção da saúde bucal SINAIS DE ALERTA: 1. Dificuldade de relacionamento com outras crianças. 2. Pouco ou nenhum contato visual. 3. Preferência pela solidão. 4. Modos arredios 5. Ausência de resposta aos métodos tradicionais de ensino. 6. Insistência em repetição e resistência à mudança de rotina. 7. Ausência de consciência para situações que envolvam perigo. 8. Recusa por contato físico. 9. Dificuldade em expressar necessidades, usando gestos e apontando para objetos e/ou pessoas ao invés do uso de palavras. 10. Acessos de raiva. 11. Habilidade motora prejudicada (exemplo: dificuldade em escovar os dentes). Criar um rotina de atendimento par o paciente autista, realizando várias visitas ao consultório antes de iniciar o tratamento. Deve-se manter sempre o mesmo dia, mesmo horário e equipe profissional, uma vez que o paciente autista necessita de uma continuidade. Realizar consultas curtas, bem estruturada e evitar espera na recepção; Utilizar comandos claros, curtos e simples, evitando palavras que provoquem medo; Recomenda-se usar as técnicas: “dizer, mostrar, fazer”, controle de voz, reforço positivo (elogios imediatos e presentes ao final do tratamento), contenção física com consentimento dos pais. Evitar a técnica “mão sobre boca” durante o atendimento do autista. Comunicação entre o paciente e o profissional. Técnicas de abordagem: Distração: A distração pode ser feita por meio de conversa sobre um assunto que interesse ao paciente, por uma música, por histórias interessantes. Dizer/Mostrar/Fazer: Consiste em mostrar os instrumentos e equipamentos odontológicos, explicar o procedimento que será realizado e em seguida executá-lo. Modelação: Nesta técnica o paciente observa o tratamento odontológico de um modelo e, em seguida, é estimulado a executar a mesma ação. Reforço Positivo: Consiste em gratificar o paciente quando ele apresenta um comportamento desejado, motivando assim sua repetição Controle de Voz: Consiste em instruções claras, concisas, por meio de frases curtas e diretas realizadas por meio de alteração do volume, ritmo e tom da voz. Pacientes irradiados em região de cabeça e pescoço: O câncer de cabeça e pescoço, que em nível mundial representa 10% dos tumores malignos, envolve vários sítios, sendo que cerca de 40% dos casos ocorrem na cavidade oral, 25% na laringe, 15% na faringe, 7% nas glândulas salivares e 13% nos demais locais. Tecidos moles e duros da boca e áreas adjacentes, resultado da interação da radiação ionizante com o tecido. Associado à dose aplicada e ao tipo de radiação, bem como às características das células do tecido envolvido. Os principais efeitos são: dermatite, mucosite, xerostomia, perda do paladar, trismo, cárie e osteorradionecrose Remover dentes com cáries extensas ou com doença periodontal avançada, com o menor trauma possível e antecedência mínima de 15 dias antes da radioterapia; Instruir e motivar o paciente quanto a higiene oral Realizar tratamento preventivo às infecções oportunistas; Executar sessões de fluorterapia; Trocar as restaurações com bordas irregulares; Restaurar as cavidades presentes NO PERIODO RADIOTERÁPICO DEVE-SE: Reforçar as orientações sobre higienização bucal (escovação com escova macia e creme dental fluoretado após as refeições, e utilizar o fio dental) No período radioterápico e nos cinco anos seguintes os procedimentos de extração dentária são contra-indicados, os demais podem ser realizados. OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Recomenda-se muita cautela e o médico do paciente deve ser contatado, pois o risco de necrose é grande e, mesmo passado muitos anos do tratamento radioterápico, podem surgir complicações; Pacientes com deficiência visual: A deficiência visual é definida como uma limitação da capacidade visual, que inclui os cegos totais, caracterizados pela ausência de percepção da luz, devido à falta de sensação ocular, e os portadores de visão sub- normal, que necessitam de esforço para observar os objetos e não conseguem observar nitidamente. Primeira consulta: apresentação do profissional e da equipe, do ambiente e alguns instrumentos. Estabelecer uma conversa com o paciente já na sala de espera Não segurar o braço do paciente para conduzi-lo. Oferecer a mão é o suficiente Orientar sobre o local de descanso de braço e das pernas e encosto da cadeira odontológica. Pacientes com síndrome de Down: A Síndrome de Down é uma anomalia congênita causada pela presença de um cromossomo a mais no par 21 e por isso é também denominada de Trissomia do 21 É a alteração cromossômica mais comum em humanos e, em vista disso, a principal causa de deficiência intelectual na população Hipotonia muscular Dificuldades para a sucção e a deglutição Linguagem comprometida. 40 % podem apresentar cardiopatia congênita e déficit intelectual variável. Mandíbula e a cavidade bucal com dimensões reduzidas, Palato baixo, estreito e com laterais bem desenvolvidas, dando a impressão de um palato alto. Língua pode apresentar se fissurada (halitose) Doença periodontal com evolução rápida, Atendimento odontológico: O tempo na cadeira o menor possível. Anamnese completa e bem elaborada. Caso existam alterações cardíacas profilaxia antibiótica. Bebês iniciar o acompanhamento da saúde bucal antes de irromperem os primeiros dentes. 3º ou 4º ano de idade dentição decídua completa Portanto, os cuidados de saúde bucal nesta idade devem incluir consultas odontológicas frequentes, no mínimo duas vezes ao ano, para o acompanhamento da erupção dentária. Promoção e prevenção SEMPRE!!! Tratamento restaurador atraumático: Técnica minimante invasiva: Tratamento odontológico em regiões carentes, onde muitas vezes não havia energia elétrica ou quaisquer possibilidades de utilização de instrumentais rotatórios/ elétricos. A TÉCNICA ART como uma alternativa aplicável tanto na clínica odontológica quanto em situações de campo. Dr. J. Frenken Tanzânia 1980 No Brasil, o Ministério da Saúde preconiza o uso, no âmbito da atenção primária, em populações com alta prevalência de cárie e em uma abordagem coletiva para redução da infecção bucal. Ele pode ser definido como uma proposta inovadora, ética e humanista baseada em evidências científicas, criada para promover a saúde e, consequentemente, contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. O tratamento restaurador atraumático (ART) é uma técnica alternativa de tratamento para controle da doença cárie Através de preparos cavitários mínimos e o uso de materiais restauradores efetivos e seguros. Método simples, pois utiliza somente instrumentos manuais para a remoção da dentina infectada. Com a restauração imediata da cavidade com um material restaurador adesivo. Preservando se a dentina afetada e passível de remineralização Hoje= ART está presente EUA, Tanzânia, China, Paquistão, Brasil.... Termo atraumático: Dispensa o uso de anestesia, Isolamento absoluto e instrumentos rotatórios. Utilizados para a remoção da maior parte do tecido alterado (amolecido, desmineralizado e irreversivelmente lesado) pela doença cárie É uma abordagem de mínima intervenção que procura preservar o máximo de estrutura dentáriae emprega materiais adesivos nas restaurações, rotineiramente os cimentos ionoméricos Indicação clínica: Atendimento de bebês, pré escolares, crianças sem adaptação comportamental, pessoas com necessidades especiais, idosos hospitalizados ou acamados, etc Dentes decíduos e permanentes com lesões cariosas de dentina, sem alteração pulpar irreversível. Sem sinais ou sintomas como história de dor espontânea fístula inflamação periodontal não resultante de gengivite ou periodontite mobilidade não compatível com trauma radiolucidez apical ou na região interradicular reabsorções interna ou externa que são compatíveis com diagnóstico de pulpite irreversível ou necrose pulpar Vantagens para equipe odontológica: Devido também à ausência de dor, o paciente encontra se mais tranquilo para absorver as instruções e técnicas motivacionais de educação para a saúde; As revisões são mais rápidas, pois a recidiva de cárie é baixa pelo uso do CIV de alta viscosidade; Selante TRA • Selamento de fossas e fissuras propensas a sofrer lesões de cáries. • Somente requer explorador, pinça e espelho bucal. • Preenchimento com CIV de alta viscosidade. Restauração TRA • Remoção parcial de tecido cariado totalmente desmineralizado com instrumentos manuais. • Restauração com CIV de alta viscosidade. Os reparos quando necessários são simples e rápidos; Restaurações em dentes em erupção, angulados ou com pacientes pouco cooperadores são mais facilmente executadas. Por não necessitar de equipamentos odontológicos, o CD e sua equipe podem atuar em áreas de sua responsabilidade que estão distantes da sua unidade de saúde, incluindo centros comunitários, escolas e igrejas Não exige anestesia na maioria dos casos; Não exige isolamento absoluto Paciente se mantém tranquilo durante o procedimento, uma vez que não há dor durante o procedimento; Vantagens para o paciente: Devido à utilização de instrumentos manuais na remoção seletiva da dentina cariada, a estrutura dental com organização de canalículos dentinários é preservada, o que explica a ausência de dor e com isto, há uma redução da ansiedade; Por ser uma técnica simplificada e rápida, geralmente a equipe consegue restaurar vários elementos, reduzindo o número de retornos até a alta do paciente, com isto a ausência ao trabalho e escola deixa de ser um empecilho à frequência ao tratamento odontológico. Contraindicações: Lesões profundas Comprometimento pulpar. Pólipos pulpares Pólipos gengivais Classe IV. Não há retenção mínima para o TRA; Passo a passo: Remoção seletiva de tecido cariado: Dentina infectada Consistência amolecida Aspecto úmido Degrada parte material e orgânica, que não deve ser mantida Dentina afetada Consistência borrachoide Aspecto seco Trama colágena que permite a remineralização EPI; CUNHA DE MADEIRA; Matrizez; Espátula de manipulação e inserção do CIV; Curetas; Porta Matriz; Equipes de atenção primária na assistência integral à gestante e puérpera: Saúde bucal da gestante: A assistência integral no pré natal deve considerar os aspectos biológicos inerentes à gestação, assim como os diversos cenários que podem ser vividos pelas gestantes e puérperas. As consultas odontológicas conduzidas durante o período gestacional podem proporcionar ótima ocasião para ações de promoção da saúde da gestante e de sua família. Segundo MS todas as gestantes deverão realizar pelo menos uma consulta odontológica durante o pré natal (BRASIL, 2016). Assim, na atenção a gestante de baixo risco temos o acolhimento com escuta qualificada, a avaliação global e o plano de cuidado. Dentre as práticas do plano de cuidado temos o exame físico, onde está inserido o exame bucal Baixo peso: investigue a história alimentar da paciente, se há casos de hiperêmese gravídica, infecções, parasitoses, anemias e doenças debilitantes; Alimentação: dê-lhe orientação nutricional, visando à promoção do peso adequado e de hábitos alimentares saudáveis; Agendamento de consultas: remarque as consultas em intervalo menor do que o fixado no calendário habitual. Estima se que a gestante seja atendida pelo menos uma vez por trimestre, com foco na saúde bucal da própria gestante. Caderneta da Gestante. Projeto terapêutico singular: O Projeto Terapêutico Singular (PTS) é um conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas para um sujeito individual ou coletivo que resulta da discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar com Apoio Matricial, se esse for necessário Geralmente é dedicado a situações mais complexas. No fundo é uma variação da “discussão de casos clínicos” O nome Projeto Terapêutico Singular (PTS) em lugar de Projeto Terapêutico Individual como também é conhecido, torna se melhor por que destaca que o projeto pode ser feito pra grupos ou famílias e não só para indivíduos, além de frisar que o projeto busca a singularidade (a diferença) como elemento central de articulação (lembrando que os diagnósticos tendem a igualar os sujeitos e minimizar as diferenças: hipertensos, diabéticos, etc.) O Projeto Terapêutico Singular (PTS) forma junto da equipe de referência e da clínica ampliada, o tripé da humanização da gestão e da atenção do SUS. Portanto a relação entre PTS e clica ampliada é intrínseca, por que ao sistematizar o PTS a clínica amplia. Salienta se que essas duas estratégias são relativas à Política Nacional de Humanização (PNH) e que juntas promovem além do cuidado interprofissional, a tentativa de estimular a autonomia e a cidadania entre os envolvidos no processo de cuidado. No cotidiano das experiências desenvolvidas em torno dessa temática, contatamos que o PTS tem sido utilizado para a discussão em equipe de muitos casos complexos, Desse modo o Projeto Terapêutico Singular (PTS) será adotado como tecnologia inscrita na lógica do trabalho em equipe interdisciplinar, tendo como referências prática as equipes de saúde na atenção primária. Formular e operar um PTS demanda a realização de três movimentos, necessariamente sobrepostos e articulados: Coprodução da problematização: O reconhecimento de uma situação problemática em questões de saúde na ideia de “caso” muitas vezes é tomado pela equipe de saúde como um movimento unilateral desta, à revelia do(s) usuário(s) envolvido(s). Para uma Coprodução de Problematização será necessário que a equipe não só reconheça a capacidade/poder das pessoas interferirem na sua própria relação com a vida e com a doença, como também colocar em análise seus próprios saberes. O movimento de coprodução pressupõe o fazer junto e não pelo outro. Buscar resoluções com e não para o outro. Considerar contextos cotidianos que constituem para uma equipe o que seja um caso complexo é fundamental exercício para a própria equipe, para a gestão e para o apoio. É muito comum que as equipes passem a utilizar o PTS como estratégia para “corrigir” casos difíceis sistematizar uma estratégia de guerra da equipe com aquele usuário que não a obedece. Coprodução de projetos: Não menos complexo do que o primeiro, traz consigo o desafio de conciliar as práticas de planejamento, com o sentido de projetualidade, ao mesmo tempo em que produza estímulo para participação ativa dos atores envolvidos. O que se propõe é uma concepção sobre planejamento em saúde no cotidiano, que privilegie os momentos de compartilhamento da compreensão do “problema” e a pactuação de “objetivos”. Cogestão- Avaliação do processo; Surge desde o momento em que a equipe, mesmo antes de definir o caso, sente a necessidade ou é estimulada a criar ou qualificar os espaços coletivos de reunião. Para haver possibilidade de uma equipe reunir se e formular um PTS, será necessário criar essa possibilidade no seu cotidiano de trabalho. COMO CONSTUIR UM PTS? 1. DIAGNÓSTICO AMPLO: Identificar: Aspectos orgânicos, psíquicos e sociais; Redes de apoio familiar e da comunidade;Pessoas e outros setores que podem contribuir com as metas definidas; Vulnerabilidades e potencialidades. 2. DEFINIÇÃO DE METAS: Propor estratégias de curto, médio e longo prazo, que serão negociadas com o indivíduo e com as pessoas com as quais possui vínculo. 3. DIVISÃO DE RESPONSABILIDADES: Definir o papel de cada profissional com responsabilidade. Responsabilizar a pessoa pelo seu PTS. Estabelecer a participação dos familiares e da comunidade. Definir o profissional técnico de referência para acompanhar o andamento das ações. 4. REAVALIAÇÃO: Identificar resultados alcançados. Avaliar estratégias utilizadas. Definir novos rumos do projeto. A definição do profissional de referência para acompanhamento do PTS: Independe da formação do profissional. Deve considerar o vínculo deste com o usuário. Esse profissional pode: Acionar profissionais quando necessário. Todas as etapas descritas a seguir podem ser desenvolvidas tanto em um PTS para um sujeito individual como coletivo Porém quando o sujeito considerado for coletivo, Oliveira (2007) orienta o desenvolvimento de um mapeamento dos sujeitos, organizações e grupos potencialmente envolvidos, identificando interessados e não interessados na discussão da situação e da pactuação das ações O PTS é uma ferramenta importante na abordagem centrada na pessoa (novo modelo de organização dos serviços para atenção integral; participação dos usuários na construção do cuidado). Provocar mudanças nas posturas de profissionais e usuários (Necessidade de ir além do modelo biomédico) A proposta do PTS convida-nos a entender que as situações percebidas pela equipe como de difícil resolução são situações que esbarram nos limites da clínica tradicional. Assim: No primeiro encontro da equipe de Saúde Bucal e Saúde algumas práticas precisam ser conduzidas. Identificar necessidades de matriciamento Delegar tarefas a cada membro da equipe. Identificar rede de suporte assistencial e social.
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