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Puérperio, Pacientes com necessidades especiais, Saúde bucal na primeira infância, Atenção primária, ART

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Saúde bucal na primeira infância: 
PNAISC: 
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança; 
O Brasil assumiu, na Constituição Federal de 1988, a garantia do direito 
universal à saúde, com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Em 1990 - a proteção integral da criança, com o advento do Estatuto 
da Criança e do Adolescente (ECA). 
Além disso, ratificou os mais importantes pactos, tratados e 
convenções internacionais sobre os direitos humanos da criança. 
Portaria nº 1.130, de 5 de agosto de 2015: 
Considerando o artigo 227 da CF/88 que define como dever da família 
sociedade e do Estado assegurar: 
Criança, ao adolescente e ao jovem: saúde, lazer, liberdade, respeito, 
educação, profissionalização, cultura, alimentação; 
Considerando a pactuação ocorrida na 8ª reunião da Comissão 
Intergestores Tripartite (CIT), em 11 de dezembro de 2014 resolve: 
Art.1° Fica instituída a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da 
Criança (PNAISC) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 
OBJETIVO: PNAISC Promover e proteger a saúde da criança 
e o aleitamento materno, mediante a atenção e cuidados integrais e 
integrados da gestação aos 9 (nove) anos de vida, com especial atenção 
à primeira infância e às populações de maior vulnerabilidade, visando à 
redução da morbimortalidade e um ambiente facilitador à vida com 
condições dignas de existência e pleno desenvolvimento. 
O Ministério da Saúde (MS), segue o conceito da Organização Mundial 
da Saúde (OMS), que considera: 
 CRIANÇA 0 À 9 ANOS  120 MESES; 
 PRIMEIRA INFÂNCIA 0 À 5 ANOS 72 MESES; 
Considerações: Para atendimento em serviços de Pediatria no 
SUS, a Política abrange “crianças e adolescentes de zero a 15 anos, ou 
seja, até completarem 16 anos ou 192 meses.” 
Princípios: PNAISC: 
1. Direito à vida e à saúde 
Princípio fundamental garantido mediante o acesso universal 
e igualitário às ações e aos serviços para a promoção, 
proteção integral e recuperação da saúde, por meio da 
efetivação de políticas públicas que permitam o nascimento, 
crescimento e desenvolvimento sadios e harmoniosos. 
2. Prioridade absoluta da criança 
Princípio constitucional que compreende a primazia da 
criança de receber proteção e cuidado em quaisquer 
circunstâncias, ter precedência de atendimento nos 
serviços de saúde e preferência nas políticas sociais e em 
toda a rede de cuidado. 
3. Acesso universal à saúde 
Direito de toda criança receber atenção e cuidado 
necessários e dever da política de saúde, por meio dos 
equipamentos de saúde, de atender às demandas da 
comunidade, propiciando o acolhimento, a escuta qualificada 
dos problemas e a avaliação com classificação de risco e 
vulnerabilidades sociais. 
4. Integralidade do cuidado 
Princípio do SUS que trata da atenção global da criança, 
contemplando todas as ações de promoção, de prevenção, 
de tratamento e reabilitação. 
Garantia de acesso a todos os níveis de atenção, mediante 
a integração dos serviços, da Rede de Atenção à Saúde. 
5. Equidade em saúde 
Atenção à saúde, sem privilégios ou preconceitos, mediante 
a definição de prioridades de ações e serviços de acordo 
com as demandas de cada um, com maior alocação dos 
recursos onde e para aqueles com maior necessidade. 
6. Ambiente facilitador à vida 
Qualidade do vínculo entre criança e sua 
mãe/família/cuidadores e também destes com os 
profissionais que atuam em diferentes espaços que a 
criança percorre em seus territórios vivenciais para a 
conquista do desenvolvimento integral (PENELLO, 2013). 
7. Humanização da atenção 
Com acolhimento, gestão participativa e cogestão, clínica 
ampliada, valorização do trabalhador, defesa dos direitos dos 
usuários e ambiência, Buscando a corresponsabilidade entre 
usuários, trabalhadores e gestores neste processo, 
fomentando a transversalidade e a grupalidade , assumindo 
a relação indissociável entre atenção e gestão no cuidado 
em saúde. 
8. Gestão participativa e controle social 
Participação da sociedade na gestão de políticas e processos 
de trabalho. 
No caso da saúde da criança, o Brasil possui um extenso 
leque de entidades da sociedade civil que militam pela causa 
 
 
Políticas públicas de saúde 8 
Layara Aquino 
da infância e do aleitamento materno e que podem 
potencializar a implementação deste princípio. 
Princípios: PNAISC: 
1. Gestão interfederativa das ações de saúde da criança 
Fomento à gestão para implementação da PNAISC, por meio 
da viabilização de parcerias e articulação interfederativa 
2. Organização das ações e dos serviços na rede de atenção 
à saúde 
Fomento e apoio à organização de ações e aos serviços da 
Rede de Atenção à Saúde, com a articulação de profissionais 
e serviços de saúde, mediante estratégias como o 
estabelecimento de linhas de cuidado. 
3. Promoção da Saúde 
Reconhecimento da Promoção da Saúde como conjunto de 
estratégias e forma de produzir saúde na busca da 
equidade, da melhoria da qualidade de vida e saúde, com 
ações intrasetoriais e intersetoriais 
4. Fomento à autonomia do cuidado e da corresponsabilidade da 
família 
Fomento à autonomia e corresponsabilidade da família, com 
informações sobre os principais problemas de saúde e 
orientações sobre o processo de educação dos filhos, o 
estabelecimento de limites educacionais sem violência e os 
cuidados com a criança, com especial foco nas etapas iniciais 
da vida, para a efetivação de seus direitos. 
5. Qualificação da força de trabalho do SUS 
6. Planejamento e desenvolvimento de ações 
Aperfeiçoamento das estratégias de planejamento na 
execução das ações da PNAISC, a partir das evidências 
epidemiológicas, definição de indicadores e metas. 
7. Incentivo à pesquisa e à produção de conhecimento 
Incentivo à pesquisa e à produção de conhecimento para o 
desenvolvimento de conhecimento com apoio à pesquisa, à 
inovação e à tecnologia no campo da Atenção Integral à 
Saúde da Criança. 
8. Monitoramento e avaliação 
Fortalecimento do monitoramento e avaliação das ações e 
das estratégias da PNAISC, que garantam a verificação a 
qualquer tempo, em que medida os objetivos estão sendo 
alcançados, quais os processos ou efeitos (previstos ou não, 
desejáveis ou não), indicando novos rumos, mais efetividade 
e satisfação. 
9. Intersetorialidade 
Promoção de ações intersetoriais para a superação da 
fragmentação das políticas sociais no território, mediante a 
articulação entre agentes, setores e instituições. 
PNAISC – Atenção à saúde bucal: 
Atenção Integral à Saúde da Criança na PNSB se insere de forma 
transversal, integral e intersetorial nas linhas de cuidado direcionadas 
à mulher e à criança, com o objetivo de promover a qualidade de vida 
desse público, por meio das ações de promoção, prevenção, cuidado, 
qualificação e vigilância em saúde (BRASIL, 2004a). 
Nos últimos anos, especialmente após a implementação do Brasil 
Sorridente, houve redução significativa do índice de cárie dentária em 
crianças brasileiras. 
No último levantamento epidemiológico realizado em 2010, este índice 
passou para 2,43, o que corresponde à diminuição de 13,9% em 7 
anos (BRASIL,2012h) 
Nos últimos anos, especialmente após a implementação do Brasil 
Sorridente, houve redução significativa do índice de cárie dentária em 
crianças brasileiras. 
No último levantamento epidemiológico realizado em 2010, este índice 
passou para 2,43, o que corresponde à diminuição de 13,9% em 7 
anos. 
Os índices não afetaram a população de modo homogêneo, e a cárie 
dentária continuou apresentando índices elevados na população de 
baixa renda. (Antunes et al., 2012) 
Ações de saúde direcionadas à criança: 
Todos da equipe de saúde devem incorporar o exame da cavidade bucal 
das crianças e orientações aos pais/responsáveis sobre prevenção de 
doenças e agravos e de promoção da saúde bucal. 
Direcionar a criança para as consultas odontológicas periódicas, 
evitando o acesso tardio e a instalação de problemas bucais. 
Equipe de Saúde Bucal 
Primeiro contato 
Atividadesem grupo (ex.: orientações aos pais e responsáveis e, em 
seguida, o exame clínico dos bebês), 
Interconsulta (ex.: atendimento conjunto do médico ou enfermeiro 
com o cirurgião dentista) 
Consulta sequencial programada (ex.: estipular o dia da consulta 
odontológica no mesmo dia e horário da consulta de acompanhamento 
médico e de enfermagem). 
Duas consultas odontológicas: 
Primeira consulta erupção do primeiro dente de leite, e uma segunda 
consulta aos 12 meses de idade. 
Após o 1º ano de vida consultas periódicas para a criança, em 
função da avaliação de risco e vulnerabilidade, devendo se garantir pelo 
menos uma consulta ao ano. 
Entre 2 e 9 anos de idade Estimular o desenvolvimento de hábitos 
saudáveis Participação em programas educativos/preventivos de 
saúde bucal 
Programa saúde na escola (PSE) 
Os profissionais de saúde devem desenvolver, 
 Atividades de escovação supervisionada 
 Aplicação de flúor 
 Atividades educativas em sala de aula, com o envolvimento 
de outros temas de saúde (alimentação saudável, 
autoestima, autocuidado, entre outros) 
 Realização anual da avaliação da saúde bucal dos escolares 
Cárie precoce na infância (CPI): 
A cárie dentária é resultante da desmineralização da superfície 
dentária pelos ácidos produzidos por bactérias que ao longo do tempo 
metabolizaram os açúcares que permaneceram na superfície do dente 
Nomenclatura: Desde a década de 60 tem sido controversa 
Cárie de mamadeira, cárie rampante, todas relacionadas à forma de 
alimentação e não levavam em consideração toda a etiologia 
multifatorial da cárie dentária. 
Em 2003, a American Academy of Pediatric Dentistry (AAPD) adotou 
uma nova definição de cárie precoce na infância (CPI), que pode ser 
definida como a presença de uma ou mais superfícies cariadas 
(cavitadas ou não), perdidas ou restauradas em crianças de até 71 
meses de idade. 
Trata se de uma patologia crônica Afeta a dentição de crianças em 
idade pré escolar Cárie dentária ainda se constitui em um grande 
problema de saúde pública no Brasil, podendo trazer consequências a 
diferentes funções vitais do indivíduo e causar impacto na qualidade de 
vida das crianças por provocar dor e sofrimento às mesmas 
EPIDEMIOLOGIA: 
Apesar da evidente redução da prevalência quando se compara os 
levantamentos epidemiológicos de 2003 e 2010, a cárie dentária 
continua a ser a doença bucal mais comum na infância. 
Fator determinante: aquele que contribui diretamente para 
o desfecho (perda mineral) 
 Quantidade e qualidade da microbiota 
 Frequência e composição da dieta 
Sacarose = glicose+frutose 
Concentração e frequência; 
Forma física 
 Fluxo de capacidade tampão da saliva 
 Acesso a fluoretos 
 Tempo 
Fator modificador: não relacionados diretamente com a 
etiologia da doença, mas relevantes para sua ocorrência: atuam sobre 
os fatores determinantes. 
 Socioeconômicos e comportamentais: escolaridade do 
cuidador, renda, acesso aos serviços de saúde. 
 Envolve o meio que se está inserido. 
Amamentação: 
Amamentar desenvolve o sistema imunológico do bebê – o leite 
materno contém células anti-infecciosas capazes de proteger o 
organismo do bebê contra infecções, como as intestinais e otites, 
evitando assim diarreias; 
Amamentar ajuda no desenvolvimento da fala – veja que interessante. 
A posição da boca nos mamilos provoca a estimulação de pontos 
articulados responsáveis pela produção dos fonemas (sons) 
Amamentar estimula o crescimento e desenvolvimento adequado da 
musculatura oral, ajudando na respiração, deglutição e mastigação – 
uma criança que tenha problemas na respiração pode ter prejudicado 
o seu sono, concentração e memória. A musculatura oral adequada 
remete a um bom desenvolvimento da fala. 
Amamentar fortalece o vínculo mãe e bebê – o contato com a mãe 
pelo aleitamento materno faz com que o bebê se sinta mais seguro e 
tranquilo, evitando choro e ansiedade. Além disso, a mamãe se sente 
menos estressada. 
Amamentar diminui o risco de alergia – crianças alimentadas no peito 
da mãe têm menos risco de terem asma. Outro estudo revela que 
crianças que dede cedo tomam o leite de vaca aumentam a 
probabilidade de se tornarem alérgicas, já que as proteínas desse leite 
estão associadas à dermatite, rinite, sinusite e amigdalite. 
O leite materno é o alimento mais completo para o bebê – a mamãe 
não precisa se preocupar em complementar a alimentação. Nem ao 
menos se preocupar em oferecer água. O leite materno é completo, 
apenas a amamentação de forma errada faz com que o bebê não 
consiga todo o leite, tornando-se incompleta. 
Amamentar evita doenças futuras – um bebê amamentado no peito 
pode evitar durante sua vida algumas doenças como obesidade, 
diabetes e hipertensão. 
Bebê que amamenta dificilmente terá anemia – as concentrações de 
ferro no leite materno é bem maior que em qualquer outro tipo de leite 
e seu filho não precisará de complemento de ferro para evitar anemia. 
Amamentação evita cólicas – o leite materno tem proteínas que ão 
facilmente digeridas pelo organismo do bebê, isso não acontece com o 
leite de vaca que tem proteínas de difícil digestão. 
Amamentar diminui o risco de câncer de mama – pesquisadores da 
Espanha descobriram que mulheres que amamentam seus filhos por 
mais de seis meses tem menos chances de desenvolver câncer 
RISCO NO ALEITAMENTO MATERNO: HIV, hepatite B, hepatite C, 
câncer de mama; 
Educação em saúde Bucal: GESTANTE Importância da dentição 
decídua; Controle da dieta; 
Inicie a escovação assim que começar a nascer o 1º dentinho do bebê 
Posteriormente Escova infantil com cerdas macias deve ser dada a 
criança, para que ela possa imitar os pais. 
O enfoque familiar é importante, uma vez que o aprendizado se dá 
também por meio da observação do comportamento dos pais 
QUANDO A DOENÇA CÁRIE JÁ ESTA INSTALADA: 
 Flúor Tópico 
Indivíduos cárie ativos; 
Crianças com cárie, que dormem com mamadeiras; 
Filhos de mães com alto índice de cárie; 
Indivíduos com deficiência salivar; 
Pacientes especiais; 
Pacientes com aparelhos ortodônticos 
 Vernizes com flúor: Materiais aderentes que permitem uma 
lenta liberação de flúor para esmalte. Possibilitando adição 
de elevadas concentrações de fluoreto com limitada 
quantidade de material. 
 Selante A aplicação de selantes nas cicatrículas e 
fissuras, tem o objetivo de formar uma barreira física 
entre a superfície dentária e o meio bucal, prevenindo 
assim, o início do processo carioso 
Recomendam se no mínimo, duas aplicações anuais para pacientes com 
atividade de cárie ou com história passada de alta experiência de cárie 
Em âmbito de programas de saúde pública/coletiva, recomendam se 
de duas a quatro aplicações anuais É necessária a limpeza prévia dos 
dentes, por meio da escovação, posterior secagem, isolamento relativo 
(CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION, 2001 
Pacientes com necessidades especiais: 
Introdução: 
O conceito de pessoa com deficiência foi reforçado no texto da Lei 
Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência Lei nº 13.146, de 6 de 
julho de 2015: 
Art. 2º Considera se pessoa com deficiência aquela que tem 
impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou 
sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode 
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de 
condições com as demais pessoas. 
Conceito: 
O conceito de paciente com necessidades especiais na odontologia 
compreende todo usuário que apresente uma ou mais limitações, 
temporárias ou permanentes, de ordem mental, física, sensorial, 
emocional, de crescimento ou médica, que o impeça de ser submetido 
a uma situação odontológica convencional. 
De acordo com o Relatório Mundial sobre Deficiência (OMS, 2012), a 
deficiência faz parte da condição humana e quase todas as pessoas 
têm ou terão uma deficiência, temporária ou permanente, em algum 
momento de suas vidas. 
Estima se que existam em todo mundo mais de umbilhão de pessoas 
com deficiência, o que corresponde, aproximadamente, a 15% da 
população mundial (OMS, 2012). 
No Brasil, 45,6 milhões de pessoas (24% da população brasileira) 
declararam ter alguma deficiência auditiva, física, visual e/ou intelectual 
(IBGE, 2010). 
As razões das necessidades especiais são inúmeras: Doenças 
hereditárias, As alterações congênitas, As alterações que ocorrem 
durante a vida, como as condições sistêmicas, As alterações 
comportamentais, o envelhecimento, entre outras 
Para fins didáticos, adotar-se-á a classificação de Santos & Haddad 
modificada: 
1. Deficiência física – sequela de paralisia cerebral (PC), 
acidente vascular encefálico (AVE), miastenia gravis (MG); 
2. Distúrbios comportamentais – autismo, bulimia, anorexia; 
3. Condições e doenças sistêmicas – gravidez, pacientes 
irradiados em região de cabeça e pescoço, pacientes 
transplantados, pacientes imuno-suprimidos, diabetes 
mellitus, cardiopatias, doenças hematológicas, transtornos 
convulsivos, insuficiência renal crônica, doenças auto imunes. 
4. Deficiência mental – comprometimento intelectual devido a 
fatores pré-natais, perinatais e pós-natais, de origem 
genética, ambiental ou desconhecida; 
5. Distúrbios sensoriais – deficiência auditiva e visual; 
6. Transtornos psiquiátricos – depressão, esquizofrenia, 
fobias, transtorno obsessivo-compulsivo, ansiedade; 
7. Doenças infectocontagiosas – pacientes soro positivos para 
o vírus da imunodeficiência humana (HIV), hepatites virais, 
tuberculose; 
8. Síndromes e deformidades craniofaciais – síndrome de 
Down, entre outras. 
Especialidade odontológica: Odontologia para Pacientes 
com Necessidades Especiais, é a especialidade que tem por objetivo a 
prevenção, o diagnóstico, o tratamento e o controle dos problemas de 
saúde bucal de pacientes que tenham alguma alteração no seu sistema 
biopsicossocial 
Atuação multiprofissional, inter e transdisciplinar, para oferecer um 
tratamento integral ao paciente 
Nível ambulatorial, Hospitalar e home care 
Desde então, o Estado brasileiro tem buscado, por meio da formulação 
de políticas públicas, garantir a autonomia e a ampliação do acesso à 
saúde, à educação e ao trabalho, com o objetivo de melhorar as 
condições de vida das pessoas com deficiência 
Rede de Cuidados à Saúde da Pessoa com Deficiência (RCPD) promoção 
de acesso às ações e aos serviços de saúde, ofertando cuidado 
qualificado e humanizado, de forma integral, às pessoas com deficiência 
temporária ou permanente (BRASIL, 2017a). 
Política nacional de saúde da pessoa com deficiência 
(PNSPD): 
Instituída por meio da Portaria nº 1.060, de 5 de junho de 2002 e 
republicada no Anexo XIII da Portaria de Consolidação nº 2, de 28 de 
setembro de 2017 
Inclusão das pessoas com deficiência em toda a rede de serviços do 
SUS 
Reconhecer a necessidade de implementar respostas às complexas 
questões que envolvem a atenção à saúde das pessoas com deficiência 
no Brasil. 
Embora algumas pessoas com deficiência possam estar incluídas no 
grupo de pacientes com necessidades especiais, essa condição não 
impõe, automaticamente, a necessidade de atendimento especializado 
em odontologia, devendo ser considerados o tipo e o grau de limitações 
vivenciadas pelo paciente. 
Acesso aos serviços: Pobre atenção à saúde; Baixo nível 
educacional; Menor participação na economia; População em 
envelhecimento 
Atenção primária à saúde: 
A porta de entrada de atenção aos pacientes com necessidades 
especiais é sempre a Unidade Básica de Saúde; 
Pacientes não colaboradores ou com comprometimento severo, devem 
ser encaminhados para o CEO, que efetuará o atendimento e avaliará 
a necessidade ou não de atendimento hospitalar sob anestesia geral; 
 
Encaminhamento após duas tentativas frustradas; 
Articulação entre a PNSPD e a APS: 
Principais ações: 
 Busca ativa identificar com deficiência no território (área de 
abrangência); fazer o mapeamento. 
 Acolhimento 
 Condutas avaliação de risco, tratamento odontológico na USF 
ou em domicílio, encaminhamentos, monitoramento e 
avaliação. 
Avaliação de risco: saúde geral; necessidades odontológicas; 
colaboração; 
 
 
Necessidade odontológica: Tratamento preventivo 
(profilaxia, raspagens). 
Tratamento restaurador (Dentística) 
Tratamento cirúrgico (biópsias, exodontias) 
Estabilização física 
Tecnologias assistivas 
Técnicas de estabilização: 
 Terapia do abraço 
 Calça da vovó 
 Auxiliar segurando a cabeça 
O pacientes e responsáveis devem ser orientados sobre sua conduta 
frente ao tratamento odontológico 
Os mesmos devem ser criteriosamente informados pela equipe de 
saúde bucal sobre todos os passos a serem tomados antes e depois 
de cada intervenção, com ênfase para os casos em que for necessário 
o uso de anestesia geral. 
Atendimento odontológico: 
Avaliação inicial do paciente 
Levando em consideração a doença de base 
E o grau de colaboração do paciente. 
Consultas curtas; 
Pacientes categorias 3 e 4 (escala modificada de Frank) 
Pacientes categorias 3 e 4 (escala modificada de HoupT 
A 1ª escolha de tratamento sempre deve recair sobre a abordagem 
ambulatorial. 
Técnicas de estabilização física podem ser consideradas caso haja 
necessidade. 
Uso de sedação: 
Pacientes Categorias 1 e 2 (escala modificada de Frank 
Pacientes Categorias 1 e 2 (escala modificada de Houpt) 
Efetuada por profissionais capacitados 
Suporte para recorrências disponível 
Anestesia geral: 
Pacientes Categorias 1 e 2 (escala modificada de Frank) 
Pacientes Categorias 1 e 2 (escala modificada de Houpt) 
Pacientes com maiores necessidades odontológicas 
Equipe multiprofissional 
Ambiente hospitalar 
Colaboração do paciente desnecessária 
Atenção odontológica à pessoa com paralisia cerebral: 
O que é? 
A paralisia cerebral abrange um grupo de desordens do 
desenvolvimento relativo ao movimento e à postura, causando limitação 
na execução de tarefas, atribuídas a distúrbios não progressivos, 
ocorridos durante o desenvolvimento fetal, ou ao cérebro imaturo (BAX 
et. al., 2005). 
É a causa mais comum da incapacitação física na infância O distúrbio 
motor é a alteração fundamental na paralisia cerebral e sempre estará 
presente. No entanto, também são observados outros 
comprometimentos, como a deficiência intelectual, as dificuldades de 
aprendizado, os problemas de comunicação, oftalmológicos, 
otorrinolaringológicos, pneumológicos, gastroenterológicos (BENFER et 
al., 2014; ABANTO et al., 2014), nutricionais, neurológicos e 
ortopédicos, os distúrbios do comportamento e da propriocepção e o 
comprometimento musculoesqueletal 
CAUSAS: Muito variável; 
Dividida em: prénatal (maternas e gestacionais); perinatal (parto e 
período neonatal), sendo a anóxia e a prematuridade as causas mais 
prevalentes; pós natal, com infecções e traumas, especialmente a 
meningite. 
ALTERAÇÕES BUCAIS: Dificuldades na execução da higiene bucal e o 
uso do fio dental, Necessidade da participação do cuidador ou 
responsável para realizar a higienização adequada. 
Presença de reflexos orais (sucção, deglutição, mordida tônica, vômito 
e espasticidade da musculatura mastigatória) impedindo a abertura 
bucal. 
A avaliação bucal precoce durante o primeiro ano de vida, antes de 
qualquer manifestação de doença bucal, independente da complexidade 
neurológica. 
Cuidados com a saúde bucal deve envolver os familiares e os cuidadores 
ou responsáveis. 
TECNOLOGIAS ASSISTIVAS: Recursos que viram promover a 
funcionalidade e a autonomia da pessoa com deficiência. 
ANAMNESE MINUNCIOSA: Material antiderrapante no assento da 
cadeira odontológica na região do quadril, evitando que o usuário 
“escorregue” na cadeira durante a realização do tratamento. 
Estabilização física: Evitar movimentos bruscos e repentinos, bem 
como estimulação sonora e visual, sem avisar previamente o usuário. 
Desencadeamento de reflexos 
Humanização no cuidado 
Criação de um vínculo afetivo com a pessoa e suafamília. 
Práticas de promoção de saúde. 
Atenção odontológica à pessoa com transtorno do 
espectro do autismo: 
Desordem complexa, incapacitante. 
Alterações comportamentais. 
Problemas de interação social ou emocional. 
Problemas de comunicação não verbal. 
Paciente polifármaco 
 Redução do fluxo salivar; 
 Sangramento gengival; 
 Hiperplasias gengivais; 
 Facilitação para hemorragias e infecções secundárias 
(procedimentos cirúrgicos); 
Alterações bucais: Higiene bucal precária; Dieta cariogênica; 
Hábitos parafuncionais; Elevado índice de placa; Lesões de cárie 
dentária; Problemas periodontais; Maloclusão; Técnicas odontológicas 
preventivas e terapêuticas para a adequação e a promoção da saúde 
bucal 
SINAIS DE ALERTA: 
1. Dificuldade de relacionamento com outras crianças. 
2. Pouco ou nenhum contato visual. 
3. Preferência pela solidão. 
4. Modos arredios 
5. Ausência de resposta aos métodos tradicionais de ensino. 
6. Insistência em repetição e resistência à mudança de rotina. 
7. Ausência de consciência para situações que envolvam perigo. 
8. Recusa por contato físico. 
9. Dificuldade em expressar necessidades, usando gestos e 
apontando para objetos e/ou pessoas ao invés do uso de 
palavras. 
10. Acessos de raiva. 
11. Habilidade motora prejudicada (exemplo: dificuldade em 
escovar os dentes). 
Criar um rotina de atendimento par o paciente autista, realizando 
várias visitas ao consultório antes de iniciar o tratamento. Deve-se 
manter sempre o mesmo dia, mesmo horário e equipe profissional, uma 
vez que o paciente autista necessita de uma continuidade. 
Realizar consultas curtas, bem estruturada e evitar espera na 
recepção; 
Utilizar comandos claros, curtos e simples, evitando palavras que 
provoquem medo; 
Recomenda-se usar as técnicas: “dizer, mostrar, fazer”, controle de 
voz, reforço positivo (elogios imediatos e presentes ao final do 
tratamento), contenção física com consentimento dos pais. 
Evitar a técnica “mão sobre boca” durante o atendimento do autista. 
Comunicação entre o paciente e o profissional. 
Técnicas de abordagem: 
Distração: A distração pode ser feita por meio de conversa sobre um 
assunto que interesse ao paciente, por uma música, por histórias 
interessantes. 
Dizer/Mostrar/Fazer: Consiste em mostrar os instrumentos e 
equipamentos odontológicos, explicar o procedimento que será 
realizado e em seguida executá-lo. 
Modelação: Nesta técnica o paciente observa o tratamento 
odontológico de um modelo e, em seguida, é estimulado a executar a 
mesma ação. 
Reforço Positivo: Consiste em gratificar o paciente quando ele 
apresenta um comportamento desejado, motivando assim sua 
repetição 
Controle de Voz: Consiste em instruções claras, concisas, por meio de 
frases curtas e diretas realizadas por meio de alteração do volume, 
ritmo e tom da voz. 
Pacientes irradiados em região de cabeça e pescoço: 
O câncer de cabeça e pescoço, que em nível mundial representa 10% 
dos tumores malignos, envolve vários sítios, sendo que cerca de 40% 
dos casos ocorrem na cavidade oral, 25% na laringe, 15% na faringe, 
7% nas glândulas salivares e 13% nos demais locais. 
Tecidos moles e duros da boca e áreas adjacentes, resultado da 
interação da radiação ionizante com o tecido. 
Associado à dose aplicada e ao tipo de radiação, bem como às 
características das células do tecido envolvido. 
Os principais efeitos são: dermatite, mucosite, xerostomia, perda do 
paladar, trismo, cárie e osteorradionecrose 
Remover dentes com cáries extensas ou com doença periodontal 
avançada, com o menor trauma possível e antecedência mínima de 15 
dias antes da radioterapia; 
Instruir e motivar o paciente quanto a higiene oral 
Realizar tratamento preventivo às infecções oportunistas; 
Executar sessões de fluorterapia; 
Trocar as restaurações com bordas irregulares; 
Restaurar as cavidades presentes 
NO PERIODO RADIOTERÁPICO DEVE-SE: Reforçar as orientações sobre 
higienização bucal (escovação com escova macia e creme dental 
fluoretado após as refeições, e utilizar o fio dental) 
No período radioterápico e nos cinco anos seguintes os procedimentos 
de extração dentária são contra-indicados, os demais podem ser 
realizados. 
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Recomenda-se muita cautela e o médico 
do paciente deve ser contatado, pois o risco de necrose é grande e, 
mesmo passado muitos anos do tratamento radioterápico, podem 
surgir complicações; 
Pacientes com deficiência visual: 
A deficiência visual é definida como uma limitação da capacidade visual, 
que inclui os cegos totais, caracterizados pela ausência de percepção 
da luz, devido à falta de sensação ocular, e os portadores de visão sub-
normal, que necessitam de esforço para observar os objetos e não 
conseguem observar nitidamente. 
Primeira consulta: apresentação do profissional e da equipe, do 
ambiente e alguns instrumentos. 
Estabelecer uma conversa com o paciente já na sala de espera 
Não segurar o braço do paciente para conduzi-lo. Oferecer a mão é o 
suficiente 
Orientar sobre o local de descanso de braço e das pernas e encosto 
da cadeira odontológica. 
Pacientes com síndrome de Down: 
A Síndrome de Down é uma anomalia congênita causada pela presença 
de um cromossomo a mais no par 21 e por isso é também denominada 
de Trissomia do 21 
É a alteração cromossômica mais comum em humanos e, em vista 
disso, a principal causa de deficiência intelectual na população 
Hipotonia muscular 
Dificuldades para a sucção e a deglutição 
Linguagem comprometida. 
40 % podem apresentar cardiopatia congênita e déficit intelectual 
variável. 
Mandíbula e a cavidade bucal com dimensões reduzidas, 
Palato baixo, estreito e com laterais bem desenvolvidas, dando a 
impressão de um palato alto. 
Língua pode apresentar se fissurada (halitose) 
Doença periodontal com evolução rápida, 
Atendimento odontológico: O tempo na cadeira o menor 
possível. 
Anamnese completa e bem elaborada. 
Caso existam alterações cardíacas profilaxia antibiótica. 
Bebês iniciar o acompanhamento da saúde bucal antes de irromperem 
os primeiros dentes. 
3º ou 4º ano de idade dentição decídua completa 
Portanto, os cuidados de saúde bucal nesta idade devem incluir 
consultas odontológicas frequentes, no mínimo duas vezes ao ano, para 
o acompanhamento da erupção dentária. 
Promoção e prevenção SEMPRE!!! 
Tratamento restaurador atraumático: 
Técnica minimante invasiva: 
Tratamento odontológico em regiões carentes, onde muitas vezes não 
havia energia elétrica ou quaisquer possibilidades de utilização de 
instrumentais rotatórios/ elétricos. 
A TÉCNICA ART como uma alternativa aplicável tanto na clínica 
odontológica quanto em situações de campo. 
Dr. J. Frenken Tanzânia 1980 
No Brasil, o Ministério da Saúde preconiza o uso, no âmbito da atenção 
primária, em populações com alta prevalência de cárie e em uma 
abordagem coletiva para redução da infecção bucal. 
Ele pode ser definido como uma proposta inovadora, ética e humanista 
baseada em evidências científicas, criada para promover a saúde e, 
consequentemente, contribuir para a melhoria da qualidade de vida das 
pessoas. 
O tratamento restaurador atraumático (ART) é uma técnica alternativa 
de tratamento para controle da doença cárie 
Através de preparos cavitários mínimos e o uso de materiais 
restauradores efetivos e seguros. 
Método simples, pois utiliza somente instrumentos manuais para a 
remoção da dentina infectada. 
Com a restauração imediata da cavidade com um material restaurador 
adesivo. 
Preservando se a dentina afetada e passível de remineralização Hoje= 
ART está presente EUA, Tanzânia, China, Paquistão, Brasil.... 
 
Termo atraumático: 
Dispensa o uso de anestesia, Isolamento absoluto e instrumentos 
rotatórios. 
Utilizados para a remoção da maior parte do tecido alterado (amolecido, 
desmineralizado e irreversivelmente lesado) pela doença cárie 
É uma abordagem de mínima intervenção que procura preservar o 
máximo de estrutura dentáriae emprega materiais adesivos nas 
restaurações, rotineiramente os cimentos ionoméricos 
Indicação clínica: Atendimento de bebês, pré escolares, 
crianças sem adaptação comportamental, pessoas com necessidades 
especiais, idosos hospitalizados ou acamados, etc 
Dentes decíduos e permanentes com lesões cariosas de dentina, sem 
alteração pulpar irreversível. 
Sem sinais ou sintomas como história de dor espontânea fístula 
inflamação periodontal não resultante de gengivite ou periodontite 
mobilidade não compatível com trauma radiolucidez apical ou na região 
interradicular reabsorções interna ou externa que são compatíveis 
com diagnóstico de pulpite irreversível ou necrose pulpar 
Vantagens para equipe odontológica: 
Devido também à ausência de dor, o paciente encontra se mais 
tranquilo para absorver as instruções e técnicas motivacionais de 
educação para a saúde; 
As revisões são mais rápidas, pois a recidiva de cárie é baixa pelo uso 
do CIV de alta viscosidade; 
Selante TRA
• Selamento de fossas e 
fissuras propensas a 
sofrer lesões de 
cáries.
• Somente requer 
explorador, pinça e 
espelho bucal.
• Preenchimento com 
CIV de alta viscosidade.
Restauração TRA
• Remoção parcial de 
tecido cariado 
totalmente 
desmineralizado com 
instrumentos manuais.
• Restauração com CIV 
de alta viscosidade.
Os reparos quando necessários são simples e rápidos; 
Restaurações em dentes em erupção, angulados ou com pacientes 
pouco cooperadores são mais facilmente executadas. 
Por não necessitar de equipamentos odontológicos, o CD e sua equipe 
podem atuar em áreas de sua responsabilidade que estão distantes da 
sua unidade de saúde, incluindo centros comunitários, escolas e igrejas 
Não exige anestesia na maioria dos casos; 
Não exige isolamento absoluto 
Paciente se mantém tranquilo durante o procedimento, uma vez que 
não há dor durante o procedimento; 
Vantagens para o paciente: 
Devido à utilização de instrumentos manuais na remoção seletiva da 
dentina cariada, a estrutura dental com organização de canalículos 
dentinários é preservada, o que explica a ausência de dor e com isto, 
há uma redução da ansiedade; 
Por ser uma técnica simplificada e rápida, geralmente a equipe 
consegue restaurar vários elementos, reduzindo o número de retornos 
até a alta do paciente, com isto a ausência ao trabalho e escola deixa 
de ser um empecilho à frequência ao tratamento odontológico. 
Contraindicações: 
Lesões profundas 
Comprometimento pulpar. 
Pólipos pulpares 
Pólipos gengivais 
Classe IV. Não há retenção mínima para o TRA; 
Passo a passo: 
Remoção seletiva de tecido cariado: 
 Dentina infectada 
Consistência amolecida 
Aspecto úmido 
Degrada parte material e orgânica, que não deve ser 
mantida 
 Dentina afetada 
Consistência borrachoide 
Aspecto seco 
Trama colágena que permite a remineralização 
EPI; CUNHA DE MADEIRA; Matrizez; Espátula de manipulação e inserção 
do CIV; Curetas; Porta Matriz; 
 
 
Equipes de atenção primária na assistência integral à gestante e puérpera: 
Saúde bucal da gestante: 
A assistência integral no pré natal deve considerar os aspectos 
biológicos inerentes à gestação, assim como os diversos cenários que 
podem ser vividos pelas gestantes e puérperas. 
As consultas odontológicas conduzidas durante o período gestacional 
podem proporcionar ótima ocasião para ações de promoção da saúde 
da gestante e de sua família. 
Segundo MS todas as gestantes deverão realizar pelo menos uma 
consulta odontológica durante o pré natal (BRASIL, 2016). 
Assim, na atenção a gestante de baixo risco temos o acolhimento com 
escuta qualificada, a avaliação global e o plano de cuidado. 
Dentre as práticas do plano de cuidado temos o exame físico, onde 
está inserido o exame bucal 
 Baixo peso: investigue a história alimentar da paciente, se 
há casos de hiperêmese gravídica, infecções, parasitoses, 
anemias e doenças debilitantes; 
 Alimentação: dê-lhe orientação nutricional, visando à 
promoção do peso adequado e de hábitos alimentares 
saudáveis; 
 Agendamento de consultas: remarque as consultas em 
intervalo menor do que o fixado no calendário habitual. 
Estima se que a gestante seja atendida pelo menos uma vez por 
trimestre, com foco na saúde bucal da própria gestante. 
Caderneta da Gestante. 
Projeto terapêutico singular: 
O Projeto Terapêutico Singular (PTS) é um conjunto de propostas de 
condutas terapêuticas articuladas para um sujeito individual ou coletivo 
que resulta da discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar com 
Apoio Matricial, se esse for necessário 
Geralmente é dedicado a situações mais complexas. No fundo é uma 
variação da “discussão de casos clínicos” 
O nome Projeto Terapêutico Singular (PTS) em lugar de Projeto 
Terapêutico Individual como também é conhecido, torna se melhor por 
que destaca que o projeto pode ser feito pra grupos ou famílias e não 
só para indivíduos, além de frisar que o projeto busca a singularidade 
(a diferença) como elemento central de articulação (lembrando que os 
diagnósticos tendem a igualar os sujeitos e minimizar as diferenças: 
hipertensos, diabéticos, etc.) 
O Projeto Terapêutico Singular (PTS) forma junto da equipe de 
referência e da clínica ampliada, o tripé da humanização da gestão e 
da atenção do SUS. Portanto a relação entre PTS e clica ampliada é 
intrínseca, por que ao sistematizar o PTS a clínica amplia. 
Salienta se que essas duas estratégias são relativas à Política Nacional 
de Humanização (PNH) e que juntas promovem além do cuidado 
interprofissional, a tentativa de estimular a autonomia e a cidadania 
entre os envolvidos no processo de cuidado. 
No cotidiano das experiências desenvolvidas em torno dessa temática, 
contatamos que o PTS tem sido utilizado para a discussão em equipe 
de muitos casos complexos, Desse modo o Projeto Terapêutico Singular 
(PTS) será adotado como tecnologia inscrita na lógica do trabalho em 
equipe interdisciplinar, tendo como referências prática as equipes de 
saúde na atenção primária. 
Formular e operar um PTS demanda a realização de três movimentos, 
necessariamente sobrepostos e articulados: 
Coprodução da problematização: O reconhecimento 
de uma situação problemática em questões de saúde na ideia de “caso” 
muitas vezes é tomado pela equipe de saúde como um movimento 
unilateral desta, à revelia do(s) usuário(s) envolvido(s). 
Para uma Coprodução de Problematização será necessário que a equipe 
não só reconheça a capacidade/poder das pessoas interferirem na 
sua própria relação com a vida e com a doença, como também colocar 
em análise seus próprios saberes. 
O movimento de coprodução pressupõe o fazer junto e não pelo outro. 
Buscar resoluções com e não para o outro. 
Considerar contextos cotidianos que constituem para uma equipe o que 
seja um caso complexo é fundamental exercício para a própria equipe, 
para a gestão e para o apoio. É muito comum que as equipes passem 
a utilizar o PTS como estratégia para “corrigir” casos difíceis 
sistematizar uma estratégia de guerra da equipe com aquele usuário 
que não a obedece. 
Coprodução de projetos: Não menos complexo do que o 
primeiro, traz consigo o desafio de conciliar as práticas de 
planejamento, com o sentido de projetualidade, ao mesmo tempo em 
que produza estímulo para participação ativa dos atores envolvidos. 
O que se propõe é uma concepção sobre planejamento em saúde no 
cotidiano, que privilegie os momentos de compartilhamento da 
compreensão do “problema” e a pactuação de “objetivos”. 
Cogestão- Avaliação do processo; Surge desde o 
momento em que a equipe, mesmo antes de definir o caso, sente a 
necessidade ou é estimulada a criar ou qualificar os espaços coletivos 
de reunião. 
Para haver possibilidade de uma equipe reunir se e formular um PTS, 
será necessário criar essa possibilidade no seu cotidiano de trabalho. 
COMO CONSTUIR UM PTS? 
1. DIAGNÓSTICO AMPLO: 
Identificar: Aspectos orgânicos, psíquicos e sociais; Redes de 
apoio familiar e da comunidade;Pessoas e outros setores 
que podem contribuir com as metas definidas; 
Vulnerabilidades e potencialidades. 
2. DEFINIÇÃO DE METAS: 
Propor estratégias de curto, médio e longo prazo, que serão 
negociadas com o indivíduo e com as pessoas com as quais 
possui vínculo. 
3. DIVISÃO DE RESPONSABILIDADES: 
Definir o papel de cada profissional com responsabilidade. 
Responsabilizar a pessoa pelo seu PTS. 
Estabelecer a participação dos familiares e da comunidade. 
Definir o profissional técnico de referência para 
acompanhar o andamento das ações. 
4. REAVALIAÇÃO: 
Identificar resultados alcançados. 
Avaliar estratégias utilizadas. 
Definir novos rumos do projeto. 
A definição do profissional de referência para acompanhamento do 
PTS: 
 Independe da formação do profissional. 
 Deve considerar o vínculo deste com o usuário. 
 Esse profissional pode: Acionar profissionais quando 
necessário. 
Todas as etapas descritas a seguir podem ser desenvolvidas tanto em 
um PTS para um sujeito individual como coletivo Porém quando o sujeito 
considerado for coletivo, Oliveira (2007) orienta o desenvolvimento de 
um mapeamento dos sujeitos, organizações e grupos potencialmente 
envolvidos, identificando interessados e não interessados na discussão 
da situação e da pactuação das ações 
O PTS é uma ferramenta importante na abordagem centrada na 
pessoa (novo modelo de organização dos serviços para atenção integral; 
participação dos usuários na construção do cuidado). 
Provocar mudanças nas posturas de profissionais e usuários 
(Necessidade de ir além do modelo biomédico) 
A proposta do PTS convida-nos a entender que as situações percebidas 
pela equipe como de difícil resolução são situações que esbarram nos 
limites da clínica tradicional. 
Assim: No primeiro encontro da equipe de Saúde Bucal e Saúde algumas 
práticas precisam ser conduzidas. 
 Identificar necessidades de matriciamento 
 Delegar tarefas a cada membro da equipe. 
 Identificar rede de suporte assistencial e social.

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