Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL AGRÍCOLA DA LAPA CURSO INTEGRADO DE TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA GABRIELY RITA SCHINDA PLANO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO ADÃO MAZUR LAPA 2020 GABRIELY RITA SCHINDA PLANO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO ADÃO MAZUR Plano de estágio apresentado como forma de avaliação parcial na disciplina de Estágio Curricular Supervisionado do Curso Integrado de Técnico em Agropecuária, do Centro Estadual de Educação Profissional Agrícola da Lapa-CEEP-AL. Turma: 3°ano C. Coordenadores de estágio: Heitor Vidal Leonardi; Nelson Mário Leonardi; Walquiria Gluck Alberti. Supervisor Técnico na Empresa: Diego Piovezan Pierin. LAPA 2020 SÚMARIO 1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................4 2 OBJETIVO GERAL...................................................................................................4 3 OBJETIVO ESPECÍFICO..........................................................................................4 4 REVISÃO DE LITERATURA....................................................................................5 4.1 Bovinocultura de Corte........................................................................................5 4.1.1 Manejo Alimentar...............................................................................................5 4.1.2 Alimentação de Bezerros..................................................................................6 4.1.3 Alimentação de Novilhas..................................................................................7 4.2 MANEJO REPRODUTIVO DE BOVINOS..............................................................7 4.2.1 Detecção do cio..................................................................................................8 4.2.2 Inseminação Artificial........................................................................................9 4.2.3 Parto..................................................................................................................10 4.2.4 Cuidados com o recém-nascido.....................................................................12 4.3 MANEJO SANITÁRIO DE BOVINOS...................................................................13 4.3.1 Vacinas.............................................................................................................13 4.3.2 Verminose.........................................................................................................15 4.4 OVINOS................................................................................................................16 4.4.1 Manejo Alimentar.............................................................................................17 4.4.2 Alimentação de Borregos................................................................................18 4.4.3 Alimentação de Cordeiros...............................................................................18 4.4.4 Alimentação de Reprodutores........................................................................19 4.5 MANEJO REPRODUTIVO DE OVINOS...............................................................19 4.5.1 Detecção do cio................................................................................................20 4.5.2 Estação de Monta.............................................................................................20 4.5.3 Parto..................................................................................................................21 4.5.4 Cuidados com o recém-nascido ....................................................................21 4.6 MANEJO SANITÁRIO DE OVINOS.....................................................................22 4.6.1 Vacinas.............................................................................................................23 4.6.2 Verminose.........................................................................................................24 4.6.3 Controle de Podridão de Cascos....................................................................25 4.7 ANÁLISE DE SOLOS...........................................................................................26 4.7.1 Amostragem do Solo.......................................................................................26 4.7.2 Procedimento para a Amostragem do Solo...................................................27 4.7.3 Análise em Laboratório...................................................................................28 4.8 AVEIA BRANCA...................................................................................................28 4.8.1 Características Botânicas...............................................................................29 4.8.2 Clima e Solo......................................................................................................29 4.8.3 Tratos Culturais................................................................................................29 4.8.3.1 Plantas Daninhas..........................................................................................29 4.8.3.2 Doenças ........................................................................................................30 4.8.3.3 Pragas............................................................................................................31 4.8.4 Colheita.............................................................................................................31 4.9 AVEIA PRETA.......................................................................................................32 4.9.1 Características Botânicas...............................................................................32 4.9.2 Tratos Culturais................................................................................................33 4.9.2.1 Plantas Daninhas..........................................................................................33 4.9.2.2 Pragas............................................................................................................33 4.9.2.3 Doenças.........................................................................................................34 4.9.3 Colheita.............................................................................................................35 REFERÊNCIAS..........................................................................................................37 4 1 INTRODUÇÃO O Estágio Curricular Supervisionado acontecerá no dia 06/07 a 17/07/2020, na propriedade do senhor Adão Mazur, totalizando uma carga horária de 80 horas. Localiza-se no Prolongamento Gustavo Kuss, na Lapa, com atuação na área de criação de gado, plantio de soja e feijão e está nesse ramo a mais de 40 anos, conta com a administração familiar contendo 13 funcionários. Serão realizadas as seguintes atividades durante o estágio: manejo com gado de corte e ovinos, coleta de solo para a análise, manejo e condução de lavouras de inverno (aveia branca e preta). Todas as atividades serão supervisionadas pelo engenheiro agrônomo Diego Piovezan Pierin. 2 OBJETIVO GERAL Desenvolver o estágio para ter aprimoramento profissional na área de agropecuária, 3 OBEJETIVOS EPECÍFICOS Acompanhar manejo de gado de corte; Acompanhar manejo de ovinos; Realizar coleta de solos para análise; Efetuar manejo e condução de lavouras de inverno. 5 4 REVISÃO DE LITERATURA 4.1 Bovinocultura de Corte O boi de corte deve ser sadio, calmo e manso. Sua cabeça não deve ser grosseira, mas sim leve, com chifres pequenos e finos. O melhoré que os animais sejam mochos ou amochados. O pescoço deve ser curto e bastante musculoso, principalmente na base (IEPEC, 2015). As características do seu corpo devem ser: corpo maciço, retangular, apresentando boa espessura transversal e vertical; dorso comprido, largo e com a linha no sentido horizontal; peito e cernelha amplos; espáduas bem afastadas; costelas bem arqueadas, oblíquas e compridas; tórax e abdômen arredondados e bem desenvolvidos; garupa larga; nádegas bem desenvolvidas, volumosas e descidas, formando um bom culote. Seu perímetro deve equivaler a mais ou menos um décimo do perímetro do tórax. Membros: bem afastados um do outro, curtos, com a sua ossatura leve. Pele: fina, flexível, macia e bastante elástica. As suas características como, por exemplo, a sua espessura, variam com diversos fatores como a raça, o manejo a que é submetido o animal, o clima, etc. (IEPEC, 2015). Como, atualmente, são preferidos aos animais de corte que possuam menos gordura, os novilhos, por exemplo, não precisam mais ter o corpo em forma de um paralelepípedo. Ele deve ser menos compacto, mais musculoso e com as pernas mais longas (IEPEC,2015). 4.1.1 Manejo alimentar Produtividade entra pela boca. Este é um ditado popular que se adequa perfeitamente quando o assunto é produção de proteína animal de qualidade. Na pecuária de corte, existe um tripé que sustenta e confere dinamismo quando se fala em produção de bovinos, que consiste em genética, sanidade e nutrição. Para se 6 obter boa eficiência produtiva é importante que o manejo nutricional de bovinos de corte seja fundamentado em conhecimentos técnicos e aprofundado sobre nutrição animal (REHAGRO, 2018). O manejo alimentar de bovinos de corte exerce um importante papel para a criação destes animais, influenciando diretamente na lucratividade dos produtores de gado. Desta forma, para a obtenção de melhores resultados é imprescindível para os pecuaristas, conhecerem os conceitos básicos da nutrição animal, além de contar com profissionais de confiança para a formulação de dietas que possam garantir o melhor desempenho do rebanho (FORTSAL, 2020). O fornecimento dos níveis corretos de minerais, proteínas, vitaminas, água, entre outros nutrientes são fundamentais para a composição a dieta dos animais. Este balanceamento das quantidades ideais de nutrientes a serem fornecidos no manejo alimentar de bovinos de corte, tem variação de acordo com cada tipo de animal, para que ela possa desempenhar todas as suas funções vitais (FORTSAL, 2020). Para suprir as exigências das diferentes categorias em um rebanho de corte, como animais em crescimento, reprodutores, fêmeas em gestação e lactação, também é necessária a suplementação energética e proteica, por meio dos alimentos concentrados, que possuem menos de 18% de fibras (CPT, 2015). 4.1.2 Alimentação de bezerros Ao nascimento, o sistema digestivo dos ruminantes comporta-se fisiologicamente como animais monogástricos. Há uma excitação do nervo glossofaríngeo, um conduto tubular, chamado de goteira esofagiana, por onde o leite ingerido é conduzido do esôfago direto ao abomaso, por isso o abomaso é o único estômago completamente desenvolvido e funcional. Como resultado disso, apenas alimento líquido pode ser utilizado efetivamente por bezerros pré-ruminantes com poucos dias de idade (SOUZA, 2011). Sob condições normais de alimentação e manejo, em sessenta a noventa dias este bezerro se transforma em ruminante com habilidade para sobreviver com alimentos volumosos e concentrados, com o rúmen-retículo apresentando atividade https://rehagro.com.br/blog/tres-grandes-erros-no-manejo-de-pasto/ 7 microbiana relevante, desenvolvimento de papilas em suas paredes e capacidade de absorção de nutrientes pelas paredes do rúmen-retículo (CARVALHO et al, 2003). 4.1.3 Alimentação de novilhas À medida que a idade do animal vai avançando, reduz-se a taxa de formação de ossos e proteína, com o aumento acentuado na deposição de gordura. Do início desta fase, dos 80 - 90 kg de peso vivo até a puberdade, o monitoramento do ganho de peso diário é fundamental, não devendo ultrapassar 900 g por dia (CARVALHO et al, 2003). A etapa começa quando o bovino atinge cerca de 300 kg de peso vivo. Além disso, sua estrutura corporal deve estar bem desenvolvida. Quando os novilhos alcançam essas condições, eles precisarão aumentar a musculatura e a gordura depositada. Com isso, o objetivo é alcançar em média 450 kg de peso vivo. Aqui existem duas possibilidades: aproveitar ao máximo a pastagem no período chuvoso (quando alcançam maior qualidade) e suplementar no período de seca. Ou confinar os animais durante a seca, para que recebam a dieta balanceada diretamente no cocho (CPT, 2019). 4.2 MANEJO REPRODUTIVO DE BOVINOS A pecuária de corte exige dos produtores máxima eficiência para garantia de retorno econômico. Um aspecto relevante a ser mensurado é o estabelecimento de índices reprodutivos que permitirão identificar claramente os pontos fortes e fracos do sistema e apontar as áreas que podem ser melhoradas. Usando os índices reprodutivos e produtivos como indicadores de desempenho do rebanho, é possível antecipar, calcular, organizar e melhorar os eventos ligados à reprodução do rebanho (TORRES JUNIOR, 2009). 8 O manejo reprodutivo é o arranjo de um conjunto de práticas relacionadas com a reprodução animal, que visam otimizar a eficiência reprodutiva (ER) de um rebanho. Esta, por sua vez, é um índice que expressa o desempenho do manejo reprodutivo de um rebanho e abrange todas as características ligadas à reprodução da fêmea, envolvendo as principais fases da criação, ou seja, desde a desmama até o último parto. Tem como base a alimentação/nutrição e sanidade que sustentam a atividade como um todo. Os maiores índices de ER são obtidos quando se controlam fatores importantes da vida dos animais, principalmente das fêmeas que, pela procriação, regulam toda a produtividade animal (PORTAL EDUCAÇÃO, 2020). O primeiro passo é desmamar animais saudáveis e precoces. Isso está muito relacionado com a capacidade das fêmeas em criarem bem, ou seja, possuírem boa habilidade materna. Após o desmame, vem a puberdade, que compreende um conjunto de características que sofrem muita influência ambiental e que têm altíssima correlação com idade à primeira cria. Depois, ocorrem os cuidados, principalmente com o manejo antes e depois do parto, onde o período de serviço assume papel fundamental, pois da sua extensão dependerá o intervalo de partos que, por sua vez, é responsável por uma considerável parcela da eficiência reprodutiva de um rebanho (PORTAL EDUCAÇÃO, 2020). 4.2.1 Detecção do cio A maiorias das vacas têm um padrão de comportamento que se modifica gradualmente desde o começo até o fim do cio. O melhor indicador de que a vaca esta no cio é quando ela fica parada e aceita ser montada por outras companheiras de rebanho ou pelo touro (POLYACARPO; PACHECO JUNIOR, 2007). Observam-se que, no cio, acontecem as maiores alterações comportamentais do ciclo estral, tais como: -redução do apetite - liberando muco; - vulva inchada e brilhante; 9 Podemos notar que o animal no cio apresenta os mesmos sintomas do pré-cio, com a diferença que no cio a fêmea aceita a monta. É importante observar que todos estes sinais vão diminuindo em frequência e intensidade, à medida em que se aproxima o final do cio (INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL, 2020). Para melhor detecção do cio, pode-se utilizar rufiões com ou sem bucal marcador. O bucal de tinta preso ao pescoço do rufião tinge o lombo das fêmeas que estiverem aceitando a monta, auxiliando na detecção do cio. Pode-se utilizar dois tipos de rufiões: os machos e as fêmeas androgenizadas. Os rufiões machos passam por uma cirurgia para evitar apenetração e a ejaculação durante a monta. Para obtenção de vacas androgenizadas é feito um tratamento com aplicações de testosterona. Esta vaca terá um comportamento semelhante ao do macho (IEPEC, 2017). 4.2.2 Inseminação artificial A inseminação artificial (IA) em gado de corte tem crescido muito nos últimos anos, principalmente em função da utilização da inseminação artificial em tempo fixo (IATF). Segundo dados da ASBIA, em 2010 foram comercializados mais de 10 milhões de doses de sêmen, sendo aproximadamente 60% para a pecuária de corte. Esta quantidade de sêmen corresponde a apenas 7% dos nascimentos na pecuária brasileira e existe uma perspectiva para que esse número chegue 12% em 2020 (RURAL CENTRO, 2020 ). Porém, a técnica possui algumas limitações que na verdade deveriam ser colocadas como condições mínimas para um bom resultado. De um modo geral são as seguintes: Mão de obra treinada: dela depende em mais de 50% o sucesso da técnica, pois está envolvida em todas etapas do processo. Acompanhamento técnico: imprescindível, principalmente na implantação, e também na manutenção e avaliação dos índices obtidos. Controle sanitário: Não se deve tentar implantar IA em locais onde a mortalidade de crias é elevada, onde existam doenças infectocontagiosas que possam provocar 10 abortos ou redução de fertilidade das fêmeas. Inicialmente controlar estas situações e depois implantar a inseminação (BEEFPOINT, 2020). O momento ideal de inseminar é no final do cio, quando a probabilidade de fecundação é maior devido à alta fertilidade da vaca. Um método prático e com ótimos resultados é o proposto por Trimberger: Vacas em cio pela manhã deverão ser inseminadas na tarde do mesmo dia; vacas observadas em cio a tarde deverão ser inseminadas no início da manhã seguinte (IEPEC, 2017). 4.2.3 Parto A estação de parição é uma das etapas mais importantes nos sistemas de cria na pecuária de corte e para que ela seja bem-sucedida uma série de fatores devem observados. Revisar as vacas diariamente, e observar como elas se comportam, são ações essenciais para evitar perdas durante os partos. É importante salientar que a maioria dos nascimentos ocorrem de forma natural, sem a necessidade de intervenção do homem. No entanto, um pequeno percentual de fêmeas, principalmente novilhas de primeira cria ou novilhas acasaladas precocemente, necessitam de auxílio para parir. Qualquer intervenção, seja por necessidade ou precipitação, certamente irá acarretar prejuízos. Por isso, o responsável pelos cuidados na parição deve esperar o momento certo de agir e, quando decidir por auxiliar o parto, deve fazê-lo da forma correta (LISBINSKI; OLIVEIRA; BARCELLOS, 2018). Os cuidados com a vaca e a cria antes do parto são extremamente importantes, uma vez que qualquer problema na hora do nascimento pode comprometer o desempenho produtivo de ambos. É importante estar atento desde a escolha do touro, passando pelo balanço nutricional, até o manejo adequado das vacas, principalmente nos 90 dias que antecedem o parto (REHAGRO, 2018). O tempo de gestação em bovinos varia de 280 a 300 dias, sendo o maior período observado em gados mestiços de raças zebuínas. Para a intensificação nos cuidados, é ideal que sejam formados lotes de vacas em final de gestação, o lote de transição pré-parto, onde se encontram animais de 90 a 30 dias antes do parto. Dos 11 30 dias ao parto, transferi-las para um piquete maternidade permite uma maior observação (REHAGRO,2018). Parto normal é quando o feto e a placenta são expulsos normalmente pela vaca. Na maioria das vezes, a vaca demonstra sinais de enchimento do úbere e próximo ao parto fica isolada do restante do rebanho. O parto normal pode ser dividido em três estágios: Estágio 1: iniciam as contrações uterinas, sendo que as primeiras ocorrem a cada 15 minutos e as últimas entre 15-30 segundos. A vaca se separa do lote, as membranas são empurradas para o exterior, ficando uma “bolsa” com líquido pendurada fora da vulva. Em seguida, a bolsa se rompe e ocorre a dilatação máxima do cérvix para expulsão do feto; Estágio 2: o feto entra no canal da vagina provocando mais contrações, inclusive dos músculos abdominais. Quando as patas dianteiras do bezerro tocam a vulva ocorre o rompimento da membrana, que libera líquido e lubrifica o canal, facilitando a passagem da cabeça e corpo do bezerro; Estágio 3: há contração uterina para separar o útero das membranas fetais que são eliminadas. Em alguns casos, as membranas podem ficar retidas, sendo o normal até 12 horas pós-parto. A partir desse período, é considerado retenção de placenta e deve ser tratado com antibiótico injetável (LISBINSKI; OLIVEIRA; BARCELLOS, 2018). Parto distócico é quando ocorrem problemas que atrapalham o nascimento normal do bezerro. O principal sintoma é a contração da vaca sem conseguir expulsar o bezerro. Se isso ocorrer por mais de 3 horas, a partir da primeira contração, deve ocorrer o auxílio no parto. Caso a vaca tenha pouca dilatação, as contrações podem parar antes de 3 horas. Neste momento, o parteiro deve ficar atento aos sinais demonstrados pela vaca, como cansaço e impossibilidade de novas contrações. Uma vez identificado que a vaca não conseguirá parir sem ajuda, o parteiro deve auxiliar no parto. São passos importantes: 1° Com luvas adequadas, identificar o tamanho e a posição do bezerro 2° Caso o bezerro esteja em uma posição diferente da normal, o parteiro deve corrigi-lo, colocando-o na posição correta, empurrá-lo e tentar acomodar gradualmente na posição normal. Em seguida, o bezerro pode ser puxado, sem força exagerada e em movimentos alternados, visando auxiliar a parição; 3° Casos em que o bezerro seja extremamente grande e não seja possível retirar o feto via tração, deve ser chamado um médico veterinário para realizar uma cesariana (LISBINSKI; OLIVEIRA; BARCELLOS, 2018). 12 4.2.4 Cuidado com o recém-nascido Logo após o parto, o bezerro passa por alterações para que possa se adaptar à vida fora do útero. Imediatamente, inicia sua homeostasia respiratória, passa a regular o equilíbrio acidobásico, a metabolizar carboidratos, gorduras e aminoácidos para produção de energia corporal. É importante remover todo muco da narina e da boca do bezerro. Se necessário, estimule a respiração, fazendo cócegas na narina e massagem torácica (REHAGRO, 2018). Neste momento, ele ainda não é eficiente na regulação da temperatura corporal. Além de possuir os pelos curtos, possui uma pequena massa corporal em relação à sua superfície corporal. Em função destas particularidades, sua temperatura diminui nas primeiras 12h de vida. Assim, é recomendado secar o bezerro após o parto. Se as condições forem propícias, com ingestão de colostro, boa cobertura vegetal no piquete e ambiente favorável, entre 48 a 72h de vida sua temperatura estará normal (REHAGRO, 2018). O colostro deve ser ingerido na quantidade de 10% do peso do animal nas primeiras 24 horas. Isso porque o colostro é fundamental para a absorção de anticorpos passados pela mãe (EDUCAPOINT, 2019). A cura do umbigo deve ser feita após o nascimento para que não ocorra a atração de moscas e o desenvolvimento de miasses. Além disso, quando se faz a cura do umbigo do recém-nascido, fecha-se a porta de entrada para outros microrganismos que poderão futuramente desenvolver quadros de diarreia e artrite naquele animal (EDUCAPOINT, 2019). Se a propriedade rural estiver em um local com grande quantidade de miasses e que o manejo seja complicado, ou seja, com um rebanho muito numeroso, ausência de piquete maternidade, pouca mão de obra, a aplicação de endectocida pode ser efetuada. Caso contrário, em propriedades com a cura do umbigo bem-feita e o manejo bem realizado, a aplicação de endectocida é dispensada (EDUCAPOINT, 2019).13 4.3 MANEJO SANITÁRIO DE BOVINOS A saúde animal é condição fundamental para a obtenção de bons rendimentos na exploração pecuária. Como os prejuízos causados pelas enfermidades são significativos, uma atenção especial deve ser dedicada à utilização de medidas preventivas. As doenças infectocontagiosas, parasitárias e carências contribuem consideravelmente para reduzir os índices zootécnicos da pecuária, seja por morte dos animais, decréscimo da produção ou excessivo alongamento do seu ciclo de crescimento. A tecnologia estabelece um calendário de manejo sanitário, com vistas a manter a saúde dos bovinos na região dos Cerrados. Nele são descritas as recomendações para vacinação, vermifugação, controle de ectoparasitas e correta suplementação mineral do rebanho ao longo do ano (EMBRAPA, 1986). 4.3.1 Vacinas Botulismo é uma toxi-infecção alimentar, ou seja, o animal é infectado quando ingere alimento ou água contaminada com a bactéria Clostridium botulinum, presente no ambiente em locais que apresentam condições propícias para sua manutenção no estado dormente. “Quando ela encontra condições para se multiplicar, ela produz as toxinas que causam o problema”. As bactérias estão presentes em alimentos mal conservados, como uma silagem úmida e fermentada, e em restos de carcaças de outros animais. Neste caso, os animais com deficiências minerais buscam fontes para suprir sua necessidade e acabam lambendo ossos que estejam no pasto, por exemplo (GIRO DO BOI, 2017). Quando (o botulismo) está presente, com toda a sintomatologia, é difícil tratar. Dependendo da quantidade de toxina ingerida, o quadro evolui mais rápido, é mais agudo. Acontece logo a paralisia respiratória e ele morre. Quando o animal ingeriu menos toxinas, tem que dar um tratamento de suporte, principalmente para a deglutição porque ele não se alimenta, nem bebe. É difícil salvar” (GIRO DO BOI, 2017). 14 A vacina é uma das formas de prevenir que a toxina cause problemas porque a bactéria está no ambiente e é difícil controlar em todos aspectos sem ter a vacina para segurar as infecções” (GIRO DO BOI,2017). A Brucelose bovina é uma doença causada por uma bactéria denominada Brucella abortus (conhecida como moléstia de Bang), ocasionando frequentemente aborto em vacas principalmente no terço final da gestação e orquite nos machos. A presença da brucelose no rebanho brasileiro, tanto de corte quanto de leite, ainda é muito grande, causando prejuízos aos sistemas de produção (BATAIER NETO,2009). A vacinação deve ser feita em todas as fêmeas das espécies bovina e bubalina, na faixa etária de três a oito meses de idade. Em propriedades certificadas, recomenda-se que as bezerras, sejam vacinadas com até seis meses de idade. A vacinação será efetuada sob responsabilidade de médicos veterinários cadastrados (BATAIER NETO,2009). A febre aftosa é uma doença provocada por um vírus de RNA da família Picornaviridae e do gênero Apthovirus. Sabe-se que existem, em média, cerca de sete sorotipos, mas apenas três são encontrados em território nacional (SANTOS, 2020). O vírus da febre aftosa é altamente contagioso e pode ser transmitido através da baba do animal, que contém grande quantidade de vírus. O sangue dos animais infectados também contém grande quantidade de vírus durante a fase inicial da doença. O vírus dessa doença é muito resistente, podendo resistir por meses na medula óssea do animal (mesmo depois de morto), no pasto, na farinha de ossos e no couro (MORAES,2020). Os primeiros sintomas apresentados pelo animal são febre alta e perda do apetite, seguidos de aftas na boca, na gengiva ou na língua, e principalmente por feridas nos cascos ou nos úberes. O animal baba muito, contaminando todo o ambiente e tem grande dificuldade para se alimentar e para se locomover, em razão das feridas nos cascos. A produção de leite, o crescimento e a engorda ficam prejudicados. A intensidade da doença é variável, mas sabe-se que ela atinge mais animais jovens, principalmente os que estão em aleitamento (MORAES, 2020). No Brasil, a prevenção dessa doença é feita por meio de vacina obrigatória aplicada de 6 em 6 meses, a partir do terceiro mês de vida do animal. A vacinação é obrigatória a todos os criadores de animais, de forma que as recomendações do 15 fabricante com relação à dosagem, prazo de validade, modos de conservação, entre outros, sejam obedecidas (MORAES, 2020). 4.3.2 Verminoses Vermes são os parasitos internos que se alimentam das vitaminas, proteínas, açúcares e sais minerais, ingeridas pelos animais chamados, também, de hospedeiros. Os vermes concorrem com o hospedeiro, que dependendo da quantidade e da falta de controle, podem retardar muito o crescimento e o desenvolvimento do animal. Alguns vermes são sugadores tiram o sangue do hospedeiro para se alimentarem, fazendo com que principalmente os animais mais jovens, sem resistência como os bezerros, apresentem uma forte anemia (EMBRAPA, 2020). O controle das verminoses pode ser baseado no ataque às formas de vida livre ou parasitária, tendo, cada uma destas alternativas, pontos positivos e negativos. O combate aos estágios de vida livre tem como objetivo eliminar das pastagens as formas infectantes, diminuindo a probabilidade de ingestão destas pelos bovinos. Dentre as práticas de manejo mais valiosas para este tipo de controle destacam-se a rotação ou vedação temporária das pastagens, ou a utilização de agentes biológicos. A primeira estratégia tem o objetivo de exaurir as reservas corporais das larvas, levando-as a morte. Estima-se que 80% das larvas morram quando não ingeridas por bovinos em intervalos de 30 a 45 dias. Já o controle biológico baseia-se na utilização de parasitas dos ovos e larvas como os fungos nematófagos de gênero Arthrobotrys e bactérias do gênero Bacillus. Outra estratégia é a utilização de besouros coprófagos, mais conhecidos como “rola-bosta”, que devido ao seu hábito de enterrar as fezes, acabam inviabilizando o desenvolvimento dos ovos e larva (REHAGRO, 2018). A utilização de vermífugos em bezerros é dita por muitos como de pouca utilidade devido à baixa mortalidade ocasionada por endoparasitas. No entanto, estudos vêm demonstrando que bezerros vermifugados antes da desmama apresentam maior ganho de peso (10 a 15%) quando comparado a animais não tratados. Porém, a estratégia de tratar ou não esta categoria fica a cargo do 16 proprietário ou médico veterinário, pois fatores econômicos podem pesar nessa decisão. Para a utilização em bois de engorda, preconiza-se a utilização de antiparasitários nos meses de outubro ou novembro, momento no qual esta categoria entrará em pastagens vedadas, acarretando uma menor contaminação destas. No caso de vacas, a vermifugação deve ser feita nos meses de julho e agosto, momento este anterior ao pico de parição, principalmente no Brasil Central (agosto e setembro). Com isso, o tratamento no periparto tem como objetivo uma menor contaminação das pastagens e consequentemente uma baixa infecção dos bezerros até o desmame (REHAGRO, 2018). Nos animais a partir da desmama até 24-30 meses, momento no qual as verminoses causam maiores prejuízos, a vermifugação deve englobar todo o período seco, com dosificações nos meses de maio, julho e setembro. Esta estratégia tem obtido bons resultados a campo, com redução da mortalidade em 2% e um ganho médio de peso vivo em torno de 41 quilos por animal. A primeira aplicação (maio) tem o objetivo diminuir a carga parasitária adquirida pelo animal durante o período chuvoso, a segunda aplicação (julho) elimina os vermes que resistiram à primeira aplicação, além de combater os novos endoparasitas adquiridos no início do período seco. A terceira aplicação combate os parasitas que sobreviveram às primeiras vermifugações, diminuindo o risco de contaminaçãodas pastagens durante o período chuvoso que se iniciará (REHAGRO, 2018). 4.4 OVINOS A produção de carne ovina é uma atividade que vem se desenvolvendo no país e tem aumentado muito nestes últimos anos. Embora a preferência dos brasileiros ainda esteja focada nas carnes bovina e suína, além da carne de aves, há ainda um certo preconceito e muitas dúvidas em relação a carne de ovelha (ARAUJO, 2020). O Brasil, porém, não dispõe de produção suficiente para atender a própria demanda, aumentando, assim, a importação de ovinos vivos, carcaças e carne congelada ou refrigerada (SENAR,2019). 17 Com enorme potencial de produção pecuária, o país pode mudar essa realidade, tendo como objetivo a criação de animais a serem abatidos em idade precoce, com carcaças de alta qualidade e a custos compensadores (SENAR,2019). Para produzir cordeiros mais pesados em menor tempo, deve-se adotar como principais cuidados a escolha das raças, os cruzamentos e o sistema de criação adequados à realidade e ao clima da propriedade associados com a utilização de técnicas reprodutivas e conhecimentos de nutrição e prevenção de doenças (SENAR,2019). 4.4.1 Manejo alimentar Ovinos são animais ruminantes e devem ser alimentados com forrageiras de boa qualidade, produzidas a baixo custo. Um sistema intensivo de produção animal, com grande número de cordeiros produzidos durante o ano inteiro, necessita de alimentos de boa qualidade, o que pode ser conseguido através de uma produção vegetal eficiente. Deve-se planejar o plantio de boas pastagens para as ovelhas, com correção de solo (acidez e fósforo) e aplicação de nitrogênio para aumentar a capacidade de suporte e o valor nutritivo da forrageira. Também é necessário o cultivo de forrageiras de corte para animais estabulados. Deve-se planejar o plantio de milho ou outro cereal, quando possível, para colheita e armazenamento em grão ou espigas, ou ainda a confecção de silagem para uso durante o período de estiagem (BUENO; SANTOS; CUNHA, 2007). Produção de leguminosas, para corte ou pastejo direto, na propriedade pode resultar em custos mais baixos que a produção de gramíneas, pois as leguminosas dispensam a adução nitrogenada. A produção desse tipo de forragem, na propriedade, resulta na diminuição da necessidade de aquisição de farelos proteicos, que tem preço elevado. Isto tudo diminui o custo da alimentação, item de grande expressão no preço final, na produção do cordeiro para abate precoce (BUENO; SANTOS; CUNHA, 2007). 18 4.4.2 Alimentação de borregos Aleitamento - Para um bom aleitamento natural é preciso que as ovelhas sejam bem alimentadas, tenham bom pasto e suplementação com ração, aveia, alfafa, silagem. Nem sempre a ovelha aceita com facilidade o seu cordeiro, sendo forçoso habituá-la com a sua presença. Isto pode ser feito colocando a cria em pequeno curral, obrigando a mãe a deixá-lo mamar, até que fique acostumada a isso. Muitas vezes a ovelha não afasta o cordeiro, simplesmente recusa-se a deixar que ele mame. Nesses casos, basta prender a mãe à manjedoura: ela não pode escapar e o cordeirinho agarra a mama. Depois de algumas vezes, a ovelha acaba se acostumando (SUFFOLK, 2008). 4.4.3 Alimentação de cordeiros Quando o animal estiver no pasto para ver o momento em que começa a comer capim. Eles mastigam capim apenas alguns dias depois que nascem, mas realmente só começam a comer vegetais depois de algum tempo. Quando perceber que o seu cordeiro está realmente comendo capim, dê alfafa a ele. Veja a quantidade que ele consegue comer. Assim que começar a comer mais alfafa e a beber menos leite, você poderá oferecer pequenas quantidades de grãos. Comece dando uma ração inicial para cordeiros e passe para uma alimentação rica em proteínas à medida em que ele for crescendo. Não dê muitos grãos de uma vez, pois isso pode causar uma dor de estômago no animal. Assim que o cordeiro começar a comer grãos, inicie o processo de desmame gradualmente (BUSTAMANTE, 2017). 19 4.4.4 Alimentação dos reprodutores Carneiros adultos devem ser alimentados preferencialmente à base de volumosos de boa qualidade e pequena quantidade de ração concentrada, com 14- 16% de proteína bruta, na quantidade máxima de 0,5 a 0,7 kg/dia dependendo da idade e do peso dos animais. Dietas com excesso de ração concentrada e pouco alimento volumoso levam ao aparecimento de urolitíase obstrutiva (cálculos na uretra) em razão da formação de cristais de fosfato no sistema urinário, levando a sua obstrução. Caracteriza-se por dificuldade para urinar ou obstrução total da urina, inviabilizando o reprodutor (BUENO; SANTOS; CUNHA,2007). Excesso de peso é também um problema com reprodutores adultos, normalmente nas raças de maior peso adulto, devendo ser evitado através do fornecimento de quantidade restrita de ração concentrada além de exercícios (BUENO; SANTOS; CUNHA, 2007). 4.5 MANEJO REPRODUTIVO DE OVINOS O sucesso do manejo na reprodução de ovinos a campo está diretamente relacionada ao manejo geral do rebanho, como a qualificação da mão de obra dos responsáveis, qualidade sanitária do local, alimentação, sistema de acasalamento e registro de animais (RURAL CENTRO, 2020). A fim de selecionar a melhor genética, deve-se observar e registrar as taxas de fertilidade, prolificidade, mortalidade, intervalo entre partos e seleção de fêmeas e machos, para a partir deste, introduzir o método de manejo adequado a cada rebanho (RURAL CENTRO, 2020). 20 4.5.1 Detecção do cio Para a correta detecção do cio é importante que o produtor saiba quais sinais a fêmea apresenta durante essa fase. A ovelha que está no período fértil se mostra mais inquieta e costuma cheirar o macho, quando há um presente. Os sinais apresentados são muito discretos o que acaba dificultando ao tratador diferenciar as matrizes que estão receptivas ao macho e as que não estão. Então, adotam-se algumas técnicas para detecção do cio, entre elas, destaca-se o uso de rufiões (LOBATO et al, 2013). Rufiões são machos inteiros que são submetidos a processos cirúrgicos ou mecânicos para que eles não consigam copular com a fêmea, porém, com sua produção hormonal normal eles conseguem detectar a fêmea em cio. Esses animais devem usar um buçal marcador ou outra marcação de tinta na região esternal, gerando uma marcação na região da garupa das fêmeas montadas, o que facilitará a visualização das ovelhas que devem ser colocadas com o reprodutor ou inseminadas, além de identificar possíveis fêmeas descarte. As fêmeas que apresentarem cio devem ser separadas para serem fecundadas conforme o sistema de acasalamento adotado na propriedade (LOBATO et al, 2013). 4.5.2 Estação de monta Estação de monta nada mais é que a concentração de coberturas em uma determinada época do ano, época esta que deve ser favorável às coberturas e posteriores crias. A escolha desta época deve estar baseada nas condições climáticas da região, capacidade reprodutiva do macho e da fêmea e na disponibilidade de alimentos durante os períodos dos nascimentos das crias e matrizes paridas (LOBATO et al, 2013). A estação de monta é uma prática de manejo de baixo custo e de aplicação relativamente fácil, apresentando, várias vantagens como o controle do rebanho, auxílio na avaliação dos índices zootécnicos da propriedade, facilita as operações de 21 manejo (monta, parição, lactação, desmame e engorda) e centraliza o foco das atenções no período em questão (LOBATO et al, 2013). 4.5.3 Parto Os cuidados para evitar a mortalidade de cordeiros devem ser tomados antes mesmo do parto. As ovelhas devem ficar em piquetes próximos para que sejam constantemente observadas. O interessante é avaliar o rebanho de fêmeas de 3 em 3 horas, para verificarquais ovelhas estão apresentando os sinais do parto. O melhor parto é aquele que não necessita da interferência do homem, mas em alguns casos o auxílio é necessário (CRISA VET, 2020). Normalmente durante o parto as ovelhas não necessitam de ajuda, contudo, se após a bolsa estourar o cordeiro demorar a sair (mais de 3 horas) é necessário interferir e auxiliar a ovelha no parto, pois pode acontecer de o filhote não estar na posição correta (patas estendidas em direção a vagina e a cabeça nomeio delas) ou ser muito grande não conseguindo passar. Fêmeas primíparas e idade avançada possuem maior probabilidade de parto distócico (PORTAL EDUCAÇÃO, 2020). Após o parto, a maioria das fêmeas limpa a suas crias com lambidas, se isto não acontecer deve-se auxiliar a fêmeas limpando e secando a cria. Procede-se a limpeza e a secagem com um pano seco, começando pelas fossas nasais e friccionando-se a cria para estimular a respiração e a circulação (PORTAL EDUCAÇÃO,2020). 4.5.4 Cuidados com o recém-nascido Para a captura do cordeiro pode ser utilizado um gancho de pastor o que facilita as atividades com o recém-nascido. Na sequência, o cordeiro deve ter seu umbigo desinfetado com uma solução de iodo a 2%, reduzindo a possibilidade futura de infecções bacterianas. Para a identificação individual dos cordeiros uma prática 22 simples é o uso de um colar de elástico com o brinco numerado, que será posteriormente colocado de forma definitiva na orelha de cada cordeiro no momento da assinalação. Neste caso, esse é o momento oportuno para anotar numa caderneta o peso do cordeiro e a identificação de sua mãe. Caso o número da ovelha não esteja visível soltar o cordeiro e deixar para anotar na caderneta o número da mãe em outra oportunidade. Essas são as atividades rotineiras com cordeiros saudáveis. Entretanto, é necessária uma intervenção maior se o cordeiro for aparentemente pequeno em relação aos outros, não estiver mamando ou parecer encarangado, que são indícios de cordeiros hipotérmicos pacientes do complexo inanição/exposição (SOUZA; MORAES; JAUME, 2006). 4.6 MANEJO SANITÁRIO DE OVINOS A sanidade abrange uma série de atividades técnicas, conduzidas para manter as condições de saúde dos animais, as quais são influenciadas pelo meio ambiente, práticas inadequadas de manejo, pelo genótipo, entre outras causas. Os problemas de erro de manejo incluem: nutrição inadequada, limpeza, desinfecção e higiene precária, instalações mal planejadas, manejadores despreparados, criação conjunta de animais de diferentes espécies, presença de ratos, pássaros e moscas. Problemas relacionados ao meio ambiente são: escassez de alimentos e água, mudanças bruscas de temperatura, presença de ventos frios, poeira, calor, radiação entre outros (SIMÕES, 2012). Considerando os inúmeros fatores que podem influenciar na saúde dos animais sabe-se que não são fáceis as soluções para enfrentar estes fatores, por isso o produtor, antes de tudo, deverá estar adiante das enfermidades, adotando programas rigorosos de higiene e um plano de profilaxia preventiva, segundo os problemas identificados em cada região. Várias medidas poderão ser tomadas com o objetivo de minimizar as condições ambientais adversas, permitindo a saúde do animal e/ou rebanho, bem como a viabilidade da exploração (SIMÕES,2012). O manejo sanitário inclui ações nas instalações, nos comedouros, bebedouros e saleiros, aplicação de vacina, vermífugo, limpeza e desinfecção, realização de 23 quarentena e isolamento, entre outras. Com relação às instalações, primeiramente devemos considerar cada tipo de sistema de produção e estas devem apresentar condições de boa ventilação, temperatura amena, baixa umidade e lotação adequada, de modo geral, deve ser de 0,8 a 1,0m2/animal. A limpeza geral do aprisco deverá ser realizada diariamente ou pelo menos a cada dois dias, sendo o esterco colocado em local apropriado, de preferência em esterqueira (SIMÕES, 2012). 4.6.1 Vacinas A vacinação de ovinos previne o aparecimento de doenças, traz economia e é um dos fatores que contribuem para o sucesso na ovinocultura. Por isso, é importante que os criadores conheçam e planejem um calendário vacinal coerente com a sua região, definindo em que épocas serão realizadas as vacinações, visando a manutenção da saúde dos animais e a rentabilidade da propriedade (EMBRAPA, 2016). O manejo vacinal pode ser preventivo ou feito para controlar determinado surto, e envolve uma série de ações, como a escrituração zootécnica do rebanho e a educação sanitária dos funcionários da propriedade, explica o veterinário da Embrapa Roraima, Carlos Mendonça. O procedimento deve ser realizado por profissional capacitado, que indicará a ação adequada de acordo com o tipo de doença e a quantidade de animais infectados (EMBRAPA, 2016). Febre Aftosa – Proibida. O Ministério da Agricultura proíbe o uso de vacinas contra febre aftosa em ovinos, pois estes animais são utilizados para monitorar a presença do vírus no ambiente, através de testes sorológicos, pois como não foram expostos ao agente através da vacina, quando apresentam resultado positivo confirmam a circulação viral, sendo chamados de animais "sentinelas" (EMBRAPA, 2016). O tétano é uma toxi-infecção altamente letal que atinge os mamíferos. Os sinais clínicos são similares em várias espécies de animais. Inicia-se pôr o aparecimento de rigidez muscular, acompanhada por tremores, trismo e prolapso de terceira pálpebra; juntamente observa-se expressão alerta com orelhas posicionadas eretas, retração 24 das pálpebras, dilatação das narinas, leve timpanismo e hiperestesia. A evolução para o óbito ocorre devido à parada respiratória, sendo observadas lesões significativas na necropsia (MELDAU, 2020). O tratamento visa banir o agente etiológico, neutralizar a ação das toxinas, controlar os espasmos musculares e realizar terapia suporte. Inicialmente administra- se soro antitetânico por via intravenosa, repetindo quando for preciso; a alimentação fornecida deve ser de fácil deglutição; o animal deve ser mantido em ambiente escuro, sossegado e isolado. Devem ser realizadas drenagem e higienização da lesão (ou das lesões) com água oxigenada, infiltração de Penicilina G ao redor da desta (intramuscular). Pode ser feito uso de fármacos relaxantes musculares (MELDAU, 2020). A profilaxia do tétano é feita por meio da vacinação anual dos animais (em especial, equinos); utilização do soro antitetânico antes da realização de procedimentos cirúrgicos ou depois de ferimos que possam facilitar a infecção; evitar o contato de feridas profundas com o ambiente; tomar cuidado com a assepsia do instrumental cirúrgico e antissepsia das lesões; eliminar objetos pontiagudos do ambiente onde o animal vive (MELDAU,2020). 4.6.2 Verminose Tanto os ovinos quanto os caprinos são susceptíveis aos vermes em todas as suas fases de produção, porém os animais jovens são mais sensíveis. Os bovinos têm mais resistência, sofrendo com esses parasitas nos primeiros meses de vida. Haemonchus contortus é o verme mais patogênico e de maior predominância e impacto na ovinocultura. O parasita causa anemia nos ovinos (ROSSO, 2018). Animais com verminose apresentam apatia, diminuição do apetite, mucosa ocular anêmica e, muitas vezes, edema (papada) submandibular. A verminose pode acarretar atraso no desenvolvimento corporal, menor performance produtiva e reprodutiva e levar à morte (ROSSO, 2018). Aconselha-se que o pecuarista a identificar e eliminar do rebanho os animais que apresentam constantemente altas taxas de infecção por helmintos, pois eles 25 contaminam o pasto com os parasitas eliminados nas fezes. Os mais resistentes devem ser usados como reprodutores ou matrizes, já que repassam tal característica aos filhos (ROSSO, 2018).4.6.3 Controle de podridão de cascos Podo dermatite Contagiosa ou necrótica, Podridão dos Cascos, Manqueira e “Footrot”, são nomes que descrevem a mesma doença que afeta os Cascos dos Ovinos, muito conhecida por produtores desses animais. A Podo dermatite ou Podridão dos Cascos é considerada uma doença altamente contagiosa, causada por bactérias, que pode ocorrer nos Cascos de diversos animais (suínos e equinos, por exemplo), com destaque nos Ovinos (EXPRESSÃO ANIMAL, 2015). Este tipo de Doença de Casco tem maior prevalência durante períodos de calor e umidade, sendo estes fatores facilitadores da ocorrência desta enfermidade, além de lesões prévias no Casco dos Ovinos; onde as bactérias acabam encontrando um ambiente favorável para se proliferarem. Neste contexto, a transmissão da Podo dermatite ou Podridão dos Cascos ocorre quando um animal infectado é introduzido em um rebanho sadio ou através do contato com equipamentos contaminados pelas bactérias causadoras desta doença (EXPRESSÃO ANIMAL, 2015). Ao ser infectado, os primeiros sinais clínicos da Podridão dos Cascos aparecem em geral, entre 10 a 20 dias após a infecção, com sintomas como inflamação e vermelhidão na região dos Cascos, perda de pelos e claudicação; podendo levar a formação de lesões com forte odor, seguidas de necrose nos tecidos do Casco. Com isto o animal acometido passa a sentir dor, dificuldade de locomoção, com perda de peso, comprometimento do bem-estar-animal, refletindo em baixo peso da lã e descarte de animais (EXPRESSÃO ANIMAL, 2015). A observação atenta de quem está no dia a dia com os animais no campo possibilita um diagnóstico precoce e uma ação rápida na contenção da infestação diminuindo a ocorrência de casos graves no rebanho. Dessa forma, é possível evitar gastos não previstos e perdas na produtividade. O casqueamento dos animais é um procedimento recomendado que pode servir tanto como preventivo ou para tratar os 26 animais que já apresentam algum problema nos cascos (REVISTA AGRONEGÓCIOS, 2020). É recomendado começar a casquear primeiro os animais sadios para depois realizar o procedimento nos doentes. Estes devem ser isolados do restante do rebanho, o material utilizado deve ser desinfetado e os resíduos de casco devem ser queimados. As bactérias que causam esse tipo de infecção sobrevivem cerca de três semanas no pasto, por isso a importância de se isolar os animais infectados, já que são eles os principais responsáveis por manter a contaminação do ambiente (REVISTA AGRONEGÓCIOS, 2020). Para evitar a presença da podridão dos cascos e combater infestações, é importante adotar um programa de controle que inclua a minimização das causas, adotando práticas adequadas de manejo, higienização do ambiente, diagnóstico precoce e tratamento adequado. Assim, é possível otimizar o desempenho produtivo e melhorar os resultados econômicos (REVISTA AGRONEGÓCIOS, 2020). 4.7 ANÁLISE DE SOLOS A análise de solo é o principal instrumento para o diagnóstico da fertilidade do solo, permitindo a recomendação das quantidades de adubos e calcário necessárias para obter rendimentos elevados das culturas (EMBRAPA, 2020). A recomendação das quantidades corretas de adubos e calcário a serem adicionadas ao solo depende da adoção de procedimentos adequados de coleta de amostras de solo, de forma que estas sejam representativas da área a ser cultivada (EMBRAPA, 2020). 4.7.1 Amostragem do Solo A amostragem é considerada a fase mais crítica de um programa de recomendação de correção e adubação baseado em análise química de terra. O 27 objetivo da amostragem é caracterizar a fertilidade de uma área ou gleba de grande dimensão, por meio da determinação das quantidades de nutrientes e outros elementos presentes, através de uma pequena fração de terra. A pesquisa tenta sistematizar certos procedimentos a fim de minimizar os erros de amostragem, devido a heterogeneidade que os solos apresentam. Os responsáveis pela coleta devem seguir com muito critério os procedimentos sugeridos, principalmente com relação à escolha da área a amostrar, número de subamostras a serem coletadas que representem adequadamente o solo, e os cuidados pertinentes no momento da coleta (EMBRACAL, 2015). Para se ter uma ideia da importância de uma amostragem correta, supondo-se uma área de 5 hectares e a profundidade da camada arável (0-20 cm), o volume de solo total a ser representado pela amostra é aproximadamente 740 milhões de vezes maior que o volume a ser utilizado pelo laboratório para determinar a fertilidade. Portanto, quanto mais homogênea e correta for a amostragem, mais representativa será a amostra (EMBRACAL, 2015). 4.7.2 Procedimento para a Amostragem do Solo Divida sua propriedade em glebas homogêneas, nunca superiores a 20 hectares, e amostre cada área isoladamente. Separe as glebas com a mesma posição topográfica (solos de morro, meia encosta, baixada, etc.), cor do solo, textura (solos argilosos ou arenosos), cultura ou vegetação anterior (pastagem, café, milho, etc.), adubação e calagem anteriores. Em culturas perenes, leve em conta também a idade e variedade das plantas. Áreas com uma mesma cultura, mas com produtividades muito diferentes, devem ser amostradas separadamente. O ideal é que se identifique essas glebas de maneira definitiva, fazendo um mapa para o acompanhamento da fertilidade do solo com o passar dos anos. A amostragem é um passo chave que se não for feita adequadamente, todas as demais decisões e orientações estarão comprometidas (EMBRACAL, 2015). 28 Todas as ferramentas e recipientes usados para a amostragem e embalagem da terra devem estar limpos e, principalmente, não devem conter resíduos de calcário ou fertilizantes (CDRS, 2020). Para amostras nas quais pretende-se também analisar micronutrientes, use trado de aço e evite baldes de metal galvanizado (CDRS, 2020). Retire cerca de 300g de terra do balde e transfira para uma caixinha de papelão apropriada ou saco de plástico limpo. Essa porção de terra (amostra composta) será enviada ao laboratório. Jogue fora o resto da terra do balde e recomece a amostragem em outra área (CDRS, 2020). 4.7.3 Análise em Laboratório Existem no país diversos laboratórios, públicos e privados, capacitados para realizar análises de solos, devendo ser dada preferência por aqueles ligados a um Programa de Análise de Qualidade de Laboratórios de Fertilidade. Uma análise completa para avaliação da fertilidade do solo deve incluir as seguintes determinações: pH, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, zinco, manganês, cobre, ferro, boro, alumínio, hidrogênio mais alumínio, teor de matéria orgânica e granulometria (textura) (CARDOSO; FERNANDES; FERNANDES, 2009). 4.8 AVEIA BRANCA Cultura de inverno indicada para rotação de culturas com trigo e outros cereais de inverno, utilizada principalmente para produção de grãos, mas pode ser conservada principalmente na forma de silagem, para composição de pastagens de inverno, para cobertura de solo ou como duplo propósito (pasto e grãos). Existem dezenas de cultivares indicadas para cultivo no região sul-brasileira (FONTANELI, 2017). 29 4.8.1 Características Botânicas Em relação às características botânicas, a aveia apresenta um sistema radicular fibroso e fasciculado, com raízes seminais e adventícias. Os colmos são eretos, cilíndricos e compostos de uma série de nós e entrenós. Os nós são sólidos, ao passo que os entrenós são cheios, quando verdes e ocos quando maduros. A inflorescência é uma panícula piramidal, terminal e aberta, apresentando espiguetas contendo de um a três grãos (CASTRO; COSTA; FERRARI NETO, 2020). 4.8.2 Clima e Solo A aveia, embora seja uma planta de clima temperado, pode ser cultivada em regiões de clima subtropicalou mesmo tropical. Entretanto, temperaturas acima de 32°C no florescimento podem 7 provocar esterilidade e acelerar a maturação dos grãos. Pode ser cultivada desde o nível do mar até 1.000 m de altitude. A aveia se adapta melhor a solos bem drenados, férteis, com teores altos de matéria orgânica e com pH entre 5,5 e 6,0. Não tolera solos encharcados e com altos teores de alumínio (PRIMAVESI, RODRIGUES, GODOY,2000). 4.8.3 Tratos Culturais 4.8.3.1 Plantas Daninhas A cultura da aveia pode sofrer interferências de outras espécies, especialmente nos estádios iniciais de seu desenvolvimento, prejudicando a sua produção. As principais invasoras da aveia são as de folha larga e algumas de folha estreita, portanto, devem ser controladas desde o início da implantação da cultura na lavoura. 30 No sistema de PD, para se obter sucesso no controle de daninhas, o controle é obtido pelo efeito conjugado da presença dos restos culturais (palha) e pela utilização de herbicidas, quando necessário. Os herbicidas podem ser utilizados em duas etapas: pré-semeadura e pós-semeadura (ALMEIDA; VISONÁ; MACIEL, 2000). 4.8.3.2 Doenças A mancha foliar causada por Drechslera avenae é conhecida como helmintosporiose e é uma doença comum da aveia. Os sintomas caracterizam-se por manchas foliares largas, elípticas ou oblongas, de coloração marrom ou roxa. As lesões se difundem pelo limbo foliar, coalescendo e, eventualmente, necrosando todo o tecido. Sob condições favoráveis, o fungo avança para as brácteas e panículas, estabelecendo-se nos grãos, onde permanece de um ano para outro (ORTIZ, 2017). O patógeno sobrevive em restos culturais, sementes infectadas e plantas voluntárias. Como medidas de controle, recomenda-se a eliminação de plantas voluntárias, a rotação de culturas e o uso de sementes sadias e tratadas, sendo desnecessário e anti-econômico o controle químico na parte aérea (ORTIZ, 2017). O patógeno Ustilago avenae, agente causal do carvão da aveia sobrevive na forma de teliósporos no solo e micélio dormente no interior da semente. Os carvões são facilmente reconhecidos pelos sinais dos patógenos, que consistem em massas escuras de teliósporos localizadas nos espaços destinados à formação dos grãos. Estas massas tornam-se visíveis à medida que o tegumento que as envolve se abre para permitir a liberação dos esporos. Os esporos são facilmente disseminados pelo vento ou pela água de chuva. A doença completa seu ciclo quando os esporos atingem as espiguetas sadias. O carvão da aveia é propagado por meio das sementes. Condições de alta umidade favorecem o desenvolvimento desta doença. Controle: uso de variedades resistentes, entretanto, as aveias pretas são as mais susceptíveis (ORTIZ, 2017). 31 4.8.3.3 Pragas O manejo de pragas nas mais diversas culturas deve ser realizado a fim de obtermos melhores resultados de produção, começando a ser monitorado desde a sua emergência até a maturação, visto que o período mais crítico na cultura da aveia é o período de emergência das inflorescências (floração) onde os insetos causam os maiores danos, período que também está sujeito a qualquer tipo de estresse ambiental (ALMEIDA; VISONÁ; MACIEL, 2000). A presença de insetos causa reais danos seja pela redução da área folhar, diminuindo assim a fotossíntese, reduzindo os fotoassimilados para os grãos, como também pela sucção de seiva. Das pragas da cultura da aveia destacam-se duas, as lagartas e os pulgões (ALMEIDA; VISONÁ; MACIEL, 2000). Quando a cultura da aveia for utilizada para pastejo animal, para o controle de lagartas e pulgões lagartas e pulgões são utilizados inseticidas com curto período de carência, em torno de 10 a 15 dias, para não retardar o início de pastejo e não deixar resíduo do inseticida para os animais (ALMEIDA; VISONÁ; MACIEL, 2000). 4.8.4 Colheita A colheita deve ser realizada quando os grãos estiverem com 15% de umidade, para evitar o acamamento e a quebra do colmo das plantas, com conseqüente perda de panículas que caem ao solo, e a ação de fungos que podem prejudicar a qualidade dos grãos, reduzindo o peso do hectolitro e causando o escurecimento do grão. A regulagem da colhedora é importante, pois o descascamento dos grãos ativa a enzima lipase, que causa a rancificação (acidez) do produto. Para grãos destinados à industrialização, a temperatura de secagem deve ser de 40°C e para sementes, de 50°C. Para o armazenamento, a umidade dos grãos deve ser inferior ou igual a 13% (PRIMAVESI; RODRIGUES, GODOY, 2000). 32 4.9 AVEIA PRETA Avena strigosa Schreb. A aveia preta é uma gramínea de inverno sendo mais indicada para corte, possui alta capacidade de perfilhamento e com crescimento rápido. É grande produtora da massa verde, rica em proteína e bastante apreciada pelos animais como forrageira. A aveia var. Strigosa é adaptada a solos mais pobres e baixas temperaturas dos trópicos e é muito cultivada para forragem, principalmente na região Sudeste e Sul (VILELA, 2009). Algumas plantas, principalmente as anuais são capazes de acumular grande quantidade de nitrato, principalmente quando recebem uma adequada adubação nitrogenada e cortadas novas ou pastejadas. A concentração de nitrato varia com as partes da planta, maior nas partes inferiores do caule e menor nas folhas, inflorescência e grãos (VILELA, 2009). 4.9.1 Características Botânicas A aveia preta é uma gramínea de inverno com dois sistemas radiculares, um seminal e outro de raízes permanentes. O colmo é cilíndrico, ereto e glabro, composto de uma série de nós e entre-nos. As folhas inferiores apresentam bainha, lígula obtusa e margem denticulada, com lâmina de 0,14 a 0,40 m de comprimento. Os nós são sólidos. A inflorescência é uma panícula com glumas aristadas ou não O grão de aveia é uma cariopse, semicilíndrico e agudo nas extremidades, encoberto pela lema e pela pálea (FONTANELI, 2020). 33 4.9.2 Tratos Culturais 4.9.2.1 Plantas Daninhas A cultura da aveia pode sofrer interferência de plantas daninhas, resultando em perdas de rendimento de grãos, principalmente quando o efeito ocorre em estádios iniciais do desenvolvimento da cultura. Ainda, a presença de plantas daninhas pode gerar dificuldade de colheita e diminuir a qualidade do produto colhido (MEROTTO JUNIOR, 2014). Nas regiões de clima frio, as principais plantas daninhas são: cipó de veado de inverno (Fallopia convolvulus L.), nabo (Raphanus sativus L.), nabiça (R. raphanistrum L.), serralha (Sonchus oleraceus L.), silene (Silene gallica L.), gorga ou espérgula (Spergula arvensis L.) e azevém (Lolium multiflorum Lam.), entre outras. Nas regiões onde o inverno é ameno e as geadas são raras, pode-se acrescentar às espécies descritas acima o picão-preto (Bidens spp.), a poaia-branca (Richardia brasiliensis) e o picão-branco (Galinsoga spp.) (MEROTTO JUNIOR, 2014). 4.9.2.2 Pragas As pragas mais comuns da aveia, segundo a Comissão Brasileira de Pesquisa de Aveia (1999), são os pulgões, as lagartas e os corós, sendo as duas primeiras as mais observadas no Estado de São Paulo (PRIMAVESI, RODRIGUES, GODOY,2000). Os danos provocados pelos pulgões reduzem o peso de 1.000 sementes, o peso do hectolitro, o poder germinativo das sementes e o número de grãos por panícula. São responsáveis pela transmissão de viroses, especialmente o vírus do nanismo amarelo da cevada (VNAC) (PRIMAVESI, RODRIGUES, GODOY,2000). As espécies de lagartas mais freqüentes são Pseuda/etía sequax e P. adultera, aparecendo de forma cíclica a Spodoptera frugíperda. Esses insetos aparecem 34 principalmente em áreas acamadas, devendo-se, desse modo, evitar o uso de cultivares de porte alto e/ou a adubação nitrogenada elevada, se o objetivo for a produção de grãos (PRIMAVESI,RODRIGUES, GODOY,2000). 4.9.2.3 Doenças O manejo deve ser feito, à medida que a doença causar danos ao rendimento de grãos e/ou massa verde, ou seja, quando a incidência foliar alcançar de 15 a 20%, a partir do afilhamento. Em razão disso, o controle das doenças, pela aplicação de fungicidas nos órgãos aéreos, pode ser um fator de estabilização ou de aumento de rendimento em níveis econômicos (ALMEIDA; VISONÁ, MACIEL, 2000). A ferrugem da folha é a moléstia que ocorre com maior intensidade, causando maiores prejuízos e sendo fator limitante ao desenvolvimento da cultura. A ferrugem da folha é causada pelo fungo Puccinia coronata f. sp. avenae, um parasita biotrófico, sobrevivendo principalmente, através da infecção de plantas voluntárias que permanecem no campo após a época da colheita. É uma doença policíclica que completa seu ciclo em 7 a 10 dias em regiões com períodos de molhamento foliar de 6 horas e temperaturas médias entre 16 a 18 ºC (ORTIZ, 2017). Os sintomas da ferrugem nas plantas de aveia são facilmente observados através de pústulas amarelo-alaranjadas, distribuídas principalmente na lâmina das folhas, podendo ocorrer também nas bainhas foliares, no colmo e nas espiguetas, quando a infecção for muito severa. A infecção tem início na fase de perfilhamento, podendo prolongar-se até a maturação (ORTIZ, 2017). Nas pústulas são produzidos os uredosporos, que ficam expostos quando a epiderme se rompe. Os uredosporos são unicelulares de forma esférica ou ovalada, de coloração amarelo-laranjada e diâmetro de 20-32 µm. Os uredosporos são facilmente disseminados pelas plantas, germinam em temperaturas de 2 a 33 ºC, com ótimo entre 18 a 22 ºC, e umidade relativa de 100%. Em regiões de clima quente, o fungo persiste, de uma estação para outra, através da contínua produção de uredósporos. Posteriormente ocorre nas pústulas a formação dos teliosporos. Os teliosporos são esporos bicelulares, que apresentam células apicais escuras, largas e 35 com projeções em forma de coroa. Estes esporos também são chamados de esporos de final de ciclo, pois aparecem quando a planta está em processo de senescência, e sobrevivem nos restos culturais do hospedeiro (ORTIZ,2017). A helmintosporiose ou mancha marrom ocorre principalmente nas regiões produtoras de aveia mais quentes, os danos causados por helmintosporiose pode chegar até a 80%. O agente causal da helmintosporiose infecta todos os órgãos da planta, é causada pelo fungo Bipolaris sorokinana, as principais fontes de inoculo são sementes, restos culturais (centeio, cevada, trigo e triticale), plantas voluntárias, hospedeiros secundários e conídios dormentes no solo. Os agentes de disseminação são sementes, ventos e respingos de chuva. As fontes de inoculo mais abundantes são os restos culturais (pois o patógeno tem habilidade de sobreviver no solo). Quando estes são deixados na superfície do solo, como ocorre no sistema de plantio direto, e sob monocultura, a intensidade da doença é máxima (ALMEIDA; VISONÁ, MACIEL, 2000). É uma doença do tipo POLICÍCLICA, ou seja, uma nova infecção pode ocorrer á partir de 10 á 14 dias e a distribuição na lavoura ocorre de forma generalizada (ALMEIDA; VISIONÁ, MACIEL, 2000). As medidas de controle visam diretamente o patógeno, sendo, por isso, dirigidas às fontes de inoculo. A primeira estratégia de controle consiste no uso de sementes livre do patógeno ou com incidência do fungo menor do que 30% e seu tratamento com fungicidas em doses eficientes que erradiquem o patógeno. A rotação de culturas por no mínimo um ano, com espécies de plantas de inverno não suscetíveis, visando eliminar o inoculo presente nos restos culturais, deve ser feita obrigatoriamente no sistema de PD (ALMEIDA;VISONÁ, MACIEL, 2000). 4.9.3 Colheita A colheita deve ser realizada quando os grãos apresentam condições de debulha e as plantas ainda se encontram em pé. A operação de colheita deve iniciar quando os grãos têm teor de água abaixo de 20%. O atraso na colheita determina a ação de fatores adversos, com prejuízos tanto no rendimento quantitativo quanto no 36 qualitativo, ou seja, pode ocorrer debulha de grãos, acamamento e quebra do colmo das plantas, com consequentes perdas de panículas que caem no solo e não são recolhidas pelas colhedoras, refletindo negativamente no rendimento (BOLLER, GUTKOSKI, 2014) O retardamento da colheita contribui para a deterioração, pois equivale a armazenar no campo, em condições desfavoráveis, expondo os grãos de aveia por um maior período de tempo ao contato com agentes patogênicos. A colheita retardada determina, ainda, a redução significativa do peso do hectolitro e o escurecimento do grão, com redução de sua qualidade industrial (BOLLER, GUTKOSKI, 2014) A antecipação da colheita permite reduzir os riscos devidos à ação de agentes climáticos adversos, porém requer a utilização de aeração ou secagem por meio de secador de grãos para manter a qualidade e reduzir o teor de água dos grãos até que se permita a sua armazenagem com segurança (BOLLER, GUTKOSKI, 2014). 37 REFERÊNCIAS ALIMENTAÇÃO PARA GADO DE CORTE. 2019. Disponível em: <https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/alimentacao-para-gado-de-corte/>. Acesso em: 25 mar. 2020. ALMEIDA, Jean Paulo; VISONÁ, Ana Paula; MACIEL, Ademir. Cultura da aveia. 2000. Disponível em: <https://www.docsity.com/pt/cultura-da-aveia/4760504>. Acesso em: 23 abr. 2020. AMOSTRAGEM DE SOLO PARA ANÁLISE. 2020. Disponível em: <https:www.cdrs.sp.gov.br/portal/produtos-e-servicos/publicacoes/acervo- tecnico/amostragem-de-solo-para-analise>. Acesso em: 13 abr. 2020. AMOSTRAGEM DO SOLO. 2020. Disponível em: <https://www.embrapa.br/documentos/1354346/17477991/Amostragem+solo/9d72a5 99-d653-4a4a-9d40-d17657f1f8f0>. Acesso em: 13 abr. 2020. BATAIER NETO, Miguel. Brucelose bovina. 2009. Disponível em: <http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/VYCMGJ4XfZ846Wr_ 2013-6-19-11-33-43.pdf>. Acesso em: 2 abr. 2020. BOLLER, Walter; GUTKOSKI, Luiz Carlos. Indicações técnicas para o cultivo da aveia. 2014. Disponível em: <HTTPS://www.bibliotecaagtea.org.br/agricultura/culturas anuias/livros/INDICACOES%20TECNICAS%20PARA%20CULTURA%20DA%20AV EIA.pdf>. Acesso em: 5 maio 2020. BOTULISMO EM GADO DE CORTE O QUE FAZER E COMO FAZER A PREVENÇÃO. 2017. Disponível em: <https://www.girodoboi.com.br/destaques/botulismo-em-gado-de-corte-o-que-e-e- como-fazer-prevencao/>. Acesso em: 2 abr. 2020. BUEBO, Mauro Sartori; SANTOS, Luiz Eduardo dos; CUNHA, Eduardo Antônio da. Alimento ovinos. 2007. Disponível em: <http://httwww.infobibos.com/Artigos/2007_2/Alimentovinos/Index.htm>. Acesso em: 6 abr. 2020. 38 BUSTAMANTE, Ashely. O que dar de comer para o bezerro. 2017. Disponível em: <https://www.ehow.com.br/dar-comer-cordeiro-sobre_59103/>. Acesso em: 7 abr. 2020. CARDOSO, Evaldo Luis; MAROZZI, Ana Helena Bergamin; FERNANDES, Fernando Antônio. Análise de Solos: Finalidade e Procedimentos e Amostragem. 2009. Disponível em: <https:www.infoteca.cnptia.embranpa.br/infoteca/bitstream/doc/807342/1/COT79.pdf >. Acesso em: 13 abr. 2020. CARVALHO, Limírio de Almeida. Sistema de produção. 2003. Disponível em: <https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Leite/LeiteZonadaMata Atlantica/autores.html>. Acesso em: 25 mar. 2020. CASTRO, Gustavo Spadotti Amaral; COSTA, Claudio Hidro Martins da; FERRARI NETO, Jayme. Ecofisiologia da aveia branca. 2020. Disponível em: <https://sinto.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/74819/1/AP-2012- Ecofisiologia-aveia-branca.pdf>. Acesso em: 16 abr. 2020. CIO . 2020. Disponível em: <http://www.inseminacaoartificial.com.br/cio.htm>. Acesso em: 30 mar. 2020. COMO DETECTAR O CIO ESTRO E QUANDO INSEMINAR AS VACAS. 2017. Disponível em: <https://iepec.com/como-detectar-o-cio-estro-e-quando-inseminar-as-vacas/>. Acesso em: 30 mar. 2020. CONTROLE DE VERMINOSE EM BOVINOS DE CORTE. 2018. Disponível em: <https://rehagro.com.br/blog/controle-de-verminoses-em-bovinos-de-corte/>. Acesso em: 6 abr. 2020. CUIDADOS COM A VACA E A CRIA ANTES DO PARTO. 2018. Disponível em: <https://rehagro.com.br/blog/cuidados-com-a-vaca-e-a-cria-antes-do-parto/>. Acesso em: 30 mar. 2020. CUIDADOS NO PARTO DE OVELHAS. 2020. Disponível em: <https://www.crisa.vet.br/exten 2001/parto.htm>. Acesso em: 8 abr. 2020. DICAS MANEJO DE BEZERROS. 2019. Disponível em: <https://www.educapoint.com.br/blog/pecuaria-corte/corte-dicas-manejo-bezerros/>. Acesso em: 30 mar. 2020. 39 DICAS ÚTEIS PARA O MANEJO ALIMENTAR DE BOVINOS DE CORTE. 2020. Disponível em: <https://www.fortsal.com.br/blog/5-dicas-uteis-para-o-manejo- alimentar-de-bovinos-de-corte/>. Acesso em: 25 mar. 2020. FONTANELI, Renato Serena et al. Gramíneas forrageiras anuais de inverno. 2020. Disponível em: <https://www.cntp.embrapa.br/biblio/li/li01-forrageiras/cap4.pdf>. Acesso em: 27 abr. 2020. FONTANELI, Renato Serena. Aveia branca. 2017. Disponível em: <https:www.embrapa.br/busca-de-imagens/-/mídia/3827001/aveia-branca>. Acesso em: 16 abr. 2020. GADO DE CORTE. 2015. Disponível em: <https://iepec.com/gado-de-corte/>. Acesso em: 30 mar. 2020. INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM BOVINOS. 2020. Disponível em: <https://www.beefpoint.com.br/inseminacao-artificial-em-bovinos-6987/>. Acesso em: 30 mar. 2020. LISBINSKI, Eduardo; OLIVEIRA, Tamara Esteves de; BARCELLOS, Júlia Otávio Jardim. Cuidados parição. 2018. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/nespro/arquivos/notas-tecnicas/nt7-cuidados-paricao.pdf>. Acesso em: 30 mar. 2020. LOBATO, E.P et al. MANEJO REPRODUTIVO DE OVELHAS. 238. ed. Londrina: PUBVET, 2013. 15 f. 7 v. MANEJO ALIMENTAR FUNDAMENTAL. 2015. Disponível em: <https://www.cpt.com.br/cursos-bovinos-gadodecorte/artigos/manejo-alimentar- fundamental-rentabilidade-bovinos-corte>. Acesso em: 25 mar. 2020. MANEJO NUTRICIONAL DE GADO DE CORTE. 2018. Disponível em: <https://rehagro.com.br/blog/manejo-nutricional-de-gado-de-corte/>. Acesso em: 25 mar. 2020. MANEJO PRÉ PARTO E PARIÇÃO. 2020. Disponível em: <https://site antigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/veterinaria/manejo-pre-parto-e- paricao/34697>. Acesso em: 8 abr. 2020. 40 MANEJO REPRODUTIVO DE BOVINOS DE CORTE. 2020. Disponível em: <https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/veterinaria/manejo- reprodutivo-de-bovinos-de-corte/2558>. Acesso em: 23 jun. 2020. MANEJO REPRODUTIVO DE OVINOS A CAMPO. 2020. Disponível em: <http://ruralcentro.uol.com.br/analises/manejo-reprodutivo-de-ovinos-a-campo- 2365>. Acesso em: 7 abr. 2020. MANEJO SANITÁRIO PARA BOVINOS DE CORTE. 1986. Disponível em: <https://www.embrapa.br/cerrados/busca-de-publicacoes/- /publicacao/549336/manejo-sanitario-para-bovinos-de-corte>. Acesso em: 2 abr. 2020. MELDAU, Débora Carvalho. Tétano em animais. 2020. Disponível em: <https://www.infoescola.com/medicina-veterinaria/tetano-em-animais/>. Acesso em: 8 abr. 2020. MEROTTO JUNIOR, Aldo. Indicações técnicas para o cultivo da aveia. 2014. Disponível em: <https://www.bibliotecaagptea.org.br/agricultura/culturas anuias/livros/INDICACOES%20TECNICAS%20PARA%20A%20CULTURA%20DA% 20AVEIA.pdf>. Acesso em: 5 maio 2020. MORAES, Paula Louredo. Febre aftosa. 2020. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/doencas/febre-aftosa.htm>. Acesso em: 2 abr. 2020. ORTIZ, Silvia. Doenças da aveia. 2017. Disponível em: <https://elevagro.com/materias-didaticos/doencas-da-aveia/>. Acesso em: 22 abr. 2020. PODRIDÃO DE CASCOS EM OVINOS. 2015. Disponível em: <https://www.expressaoanimal.com.br/podridao-de-cascos-em-ovinos/>. Acesso em: 13 abr. 2020. PODRIDÃO DOS CASCOS E COMO TRATAR. 2020. Disponível em: <https://revistadeagronegocios.com.br/podridao-dos-cascos-e-e-como-tratar/>. Acesso em: 13 abr. 2020. POLYCARPO, Rafaela Carreto; PACHECO JUNIOR, Arlindo José Dias. Detecção do cio. 2007. Disponível em: <https://www.milkpoint.com.br/artigos/producao/deteccao- do-cio-40511n.aspx>. Acesso em: 30 mar. 2020. 41 PRIMAVESI, Ana Cândida; RODRIGUES, Armando de Andrade; GODOY, Rodolfo. Recomendações técnicas para o cultivo da aveia. São Carlos: Maria Cristina Campaneli Brito, 2000. 39 p. (4). QUAL A IMPORTÂNCIA DA AMOSTRAGEM DO SOLO. 2015. Disponível em: <https://embracal.com.br/informacoes-tecnicas/qual-a-importancia-da-amostragem- de-solo>. Acesso em: 13 abr. 2020. ROSSO, Gisele. Produtor de ovinos deve ficar atento a verminose nesta época de chuvas. 2018. Disponível em: <https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/- /notícia/31270987/produtor-de-ovinos-deve-ficar-atento-a-verminose-nesta-epoca- de-chuvas>. Acesso em: 13 abr. 2020. SANTOS, Vanessa Sardinha dos. Febre aftosa. 2020. Disponível em: <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/febre-aftosa.htm>. Acesso em: 2 abr. 2020. SIMÕES, Tânia Valeska M Dantas. Medidas sanitárias gerais para ovinos e caprinos. 2012. Disponível em: <https://www.agrolink.com.br/Saúde animal/artigo/medidas-sanitarias-gerais-para-ovinos-e-caprinos 157559.html>. Acesso em: 8 abr. 2020. SOUZA, Carlos José Hoff de; MORAES, José Carlos Ferrugem; JAUME, Carlos Miguel. Vacinação de ovinos: saiba como e quando utilizá-las. 2006. Disponível em: <https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/964927/1/CT592006. pdf>. Acesso em: 8 abr. 2020. SOUZA, Flávia Martins de. manejo alimentar do nascimento ao desaleitamento de fêmeas bovinas leiteiras. 2011. Disponível em: <https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/67/o/semi2011_Flavia_Martins_1c.pdf>. Acesso em: 25 mar. 2020. TORRES JÚNIOR, José Ribamar de S. et al. Considerações técnicas e econômicas sobre reprodução assistida em gado de corte. 2009. Disponível em: <Rev Bras Reprod Anim, Belo Horizonte, v.33, n.1, p.53-58, jan./mar. 2009. www.cbra.org.br>. Acesso em: 23 jun. 2020. VACINAÇÃO DE OVINOS SAIBA COMO E QUANDO UTILIZÁ-LAS. 2016. Disponível em: <https://www.embrapa.br/roraima/busca-de-noticias/- /notícia/12353077/vacinacao-de-ovinos-saiba-como-e-quando-utiliza-las>. Acesso em: 8 abr. 2020. 42 VERMINOSE BOVINA. 2020. Disponível em: <https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CPAF-RO-2010/14329/1/folder- verminosebovina.pdf>. Acesso em: 6 abr. 2020. VILELA, Herbert. Gramíneas tropicais. 2009. Disponível em: <http://www.agronomia.com.br/conteudo/artigos/artigos gramineas tropicais avena.htm>. Acesso em: 27 abr. 2020.
Compartilhar