Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Filosofia 2º Ano Códigos das Habilidades Objetos de conhecimentos (EM13CHS202) Analisar e avaliar os impactos das tecnologias na estruturação e nas dinâmicas das sociedades contemporâneas (fluxos populacionais, financeiros, de mercadorias, de informações, de valores éticos e culturais etc.), bem como suas interferências nas decisões políticas, sociais, ambientais, econômicas e culturais. O Determinante da Amizade Amizade e Sociedade Nome da Escola: São Miguel Nome do Professor: Neimar Gomes Ferreira Nome do estudante: Período: ( ) vespertino ( ) matutino (x) noturno Turma 2° ano B TRABALHO ESPECIFICO. (2- PONTOS) O Determinante da Amizade Jean Pierre Vernant (1914- ). A amizade, segundo Aristóteles, pressupõe reciprocidade. É um sentimento específico para os nossos semelhantes, pois precisamos que nosso sentimento seja correspondido. É por isso que muitos co- mentadores de Aristóteles e estudiosos do pensamento grego afirmam que a amizade para os gregos é o “(...) que torna, entre si, semelhan- tes e iguais”. (VERNANT,1973). Então, segundo Aristóteles, “(...) para que as pessoas sejam ami- gas deve-se constatar que elas têm boa vontade recíproca e se desejam bem reciprocamente”. Há espécies de amizade em que predomina a busca pelo útil ou agradável, algo passageiro, segundo Aristóteles, pois é uma caracterís- tica do ser, que Aristóteles chama de acidente, por se tratar de caracte- rísticas que não são permanentes, pois a utilidade está sempre em mu- dança, pelo fato de ser o resultado de algum bem ou prazer.Aristóteles afirma que entre os jovens o motivo da amizade é o prazer, por viverem sob a influência das emoções e buscarem o que lhes é agradável, porém o prazer muda com a idade. Aristóteles faz uma observação minuciosa das fases da vida 2 e de como as emoções e o prazer são diferentes em cada uma delas. Não está, contudo afirmando ou declarando que não seja possível outro tipo de amizade nestas fases da vida, mas demonstrando o que lhes é mais comum. Aristóteles apresenta em que consiste uma amizade perfeita. A amizade perfeita acontecerá entre pessoas boas e semelhantes em relação à virtude, ou seja, as que fazem a escolha adequada de suas ações e emoções e que querem o bem aos amigos por causa deles mesmos, da própria natureza dos amigos e não por ser agradável ou útil. Toda amizade é baseada no bem ou no prazer. Portanto, a baseada no bem só poderá ocorrer entre pessoas boas. Quando se fala em bem, considera-se a ética, pois pressupõe que o homem age sempre em busca de ser feliz e que conseguirá isto se bus- car o bem, pois o seu contrário lhe acarretará a infelicidade. As pessoas boas são aquelas que possuem uma vida orientada pela busca do agir ético, visam o equilíbrio em suas ações e emoções. Aristóteles fala da amizade que se dá pelo prazer ou interesse e a que se dá pelo que as pessoas são em si mesmas. Considera que a que se dá por prazer ou interesse poderá existir entre as pessoas más. Mas a amizade perfeita só poderá ocorrer entre as pessoas boas e seme- lhantes pelo fato de que amam a pessoa em si mesma. Você já deve ter ouvido muito o ditado popular: “Diga-me com quem andas e te direi quem és”. Esse ditado popular é muito usado quando nos orientam a respeito de nossas amizades, de nossas com- panhias. Ele traduz o que nos ensina Aristóteles a respeito da amizade. Pois, podemos estar andando com pessoas más sem percebermos que o que em nós as atrai não é o que somos, mas o que lhes oferece- mos, ou temos a oferecer. É por isso que há tantas decepções nas re- lações amistosas. 1. Aristóteles faz uma observação minuciosa das fases da vida e de como as emoções e o prazer são diferentes? Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2.As pessoas boas são aquelas que não possuem uma vida orientada pela busca do agir ético, visam o equilíbrio em suas ações e emoções. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 3.Aristóteles fala da amizade que não se dá pelo prazer ou interesse e a que se dá pelo que as pessoas são em si mesmas. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 4. Considera que a que se dá por prazer ou interesse poderá existir entre as pessoas más. Mas a amizade perfeita só poderá ocorrer entre as pessoas boas e seme- lhantes pelo fato de que amam a pessoa em si mesma. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 3 ATIVIDADES COMPLEMENTARES - 2º Ano do Ensino Médio Nome da Escola: São Miguel Nome do Professor: Neimar Gomes Ferreira Nome do estudante: Período: ( ) vespertino ( ) matutino (x) noturno Turma 2° ano B AVALIAÇÃO (3- pontos) Amizade e Sociedade Para entender as diversas decepções amistosas presentes em nosso dia-a- dia é preciso saber como funciona a sociedade, pois a amizade é um sentimen- to que fundamenta as relações sociais e todas as nossas relações são marca- das pela “ditadura da utilidade”, como afirmava Leminski. Assim explica Leminski o que pensa ser a ditadura da utilidade: Paulo Leminski (1944-1989). Leminski discute o conceito de utilidade que perpassa a sociedade contemporânea. É claro que esta discussão precisa ser analisada e não simplesmente aceita como uma verdade pronta e acabada. Basicamen- te a preocupação de Leminski é a de apresentar que, para a sociedade atual, o mundo da necessidade sobrepõe-se ao da liberdade. Porém, a vida, ou melhor, o que realmente dá sentido à vida, está relacionado ao mundo da liberdade. Conclui Leminski que isto é uma verdade para todas as pessoas, ou seja, que todos temos clareza disso. Será que o poeta está certo? De fato todos temos consciência de que o amor, a amizade são a própria finalidade da vidaAristóteles nos apresenta como finalidade o bem e, portanto, a felicidade. O que nos apresenta a respeito da amizade serve como refe- rência para as relações sociais na sociedade capitalista que vivemos? O que Aristóteles apresenta como amizade perfeita é possível na socie- dade onde predomina a ditadura da utilidade? seu amigo. Cada uma das partes, então, ama o seu próprio bem e oferece à outra parte uma retribuição equivalente, desejando-lhe bem e proporcio- nando-lhe prazer. A propósito, diz-se que a amizade é igualdade, e ambas se encontram principalmente nas pessoas boas. O que diferencia o amor da amizade é o fato de que as emoções são inerentes a nós, ou seja, estão em nós e, portanto, apenas se mani- festam e, inclusive, até mesmo contrárias a nossa vontade. Já a amizade é uma disposição de caráter, ou seja, algo que não está em nós mas que possuímos condições para adquirir. E para isso exercitamos nossa capacidade de escolha. A diferença é não escolho se fico irado ou não diante de uma dada situação, mas o poder de controlar tal emoção, sentindo-a pouco, média ou muito. A disposição de caráter é esta capacidade de escolha. Você já deve ter ouvido as pessoas falarem que “os 4 amigos a gente escolhe, já os parentes não”. E de fato por ser a amizade uma disposição de caráter, pressupõe escolha. E Aristóteles nos diz que a amiza- de é igualdade e, sobretudo, pressupõe a reciprocidade. Sem reciprocidade não há amizade. ATIVIDADE 1. Entendendo por ética a arte de bem viver, ou seja, a reflexão que fazemos para agir em busca do bem, visando a felicidade, por que, ou de que forma a amizade é um dos caminhos para atingirmos o bem e, portanto a felicidade? 2. O fato de vivermos em uma sociedade capitalista que tem como determinante a ditadura da utilida- de, como afirma Leminski, permite a amizade perfeita de que nos fala Aristóteles? Justifique. 3. Ao pensarmos nossas relações amistosas e as relações sociais, nossa convivência diária, a ética aristotélica tem para nós alguma validade? 4. Quais seriam os valores novos que vivenciamos e que podem substituir os propostos por Aristóteles? 5. O que nosapresenta a respeito da amizade serve como referência para as relações sociais na sociedade capitalista que vivemos? Bibliografia Filosofia / vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. – 336 p. Paginas 122, 123, 124,
Compartilhar