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as escolas psicanaliticas

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AS SETE ESCOLAS DE 
PSICANÁLISE (ZIMERMAN) 
 
1. Escola Freudiana (S. Freud) 
A clinica freudiana teve inicio com o uso técnicas sugestivas (hipnose). Com 
o passar do tempo deixou de lado a hipnose e passou a utilizar aquilo que 
denominou de associação livre. 
A associação livre consiste em expressar livremente as ideias que sugerem 
espontaneamente na mente e verbaliza-las ao analista, sem qualquer 
julgamento (postulado de que todo analisando deve falar aquilo que vem em 
mente, independente de censura, de fazer sentido, se é importante ou não). A 
associação livre facilitou muito a constatação das manifestações de repressões 
e resistências em seus pacientes. Esta descoberta contribuiu para que Freud 
fosse considerado o “Pai da Psicanálise”. 
Esta técnica foi aplicada com o próprio Freud em sua autoanalise e nas 
interpretações de seus sonhos. 
Freud conclui que as barreiras contra o recordar e associar eram provindas 
de forças inconscientes, e que funcionavam como verdadeiras resistências 
involuntárias. Há conteúdos deprimidos, ocultos na nossa mente e que 
precisam ser acessadas, e uma forma eficiente de serem acessadas, na 
clinica, é através da associação livre e tem como contrapartida a escuta 
flutuante: o analista mantém a escuta atenta, mas não focada em um ou outro 
aspecto especifico a fala do sujeito, faz pontuações pontuais, tem postura 
passiva, porém o que mais importa é a manifestação do paciente. 
A partir daí, Freud formulou os alicerces da teoria e técnica psicanalíticas, a 
saber: 
 A descoberta do inconsciente dinâmico como principal motivador da 
conduta consciente das pessoas; (os conteúdos ocultos, subjacentes 
são muito mais do que aquilo que a pessoa verbaliza; aquilo que 
carregamos, é muito mais do que meramente explicitamos em nossas 
condutas, nas nossas falas, no nosso sentir); 
 Livre Associação de Ideias; 
 A importância dos sonhos como forma de acesso ao inconsciente; 
 A sexualidade da criança, estruturada em torno da cena primaria e do 
complexo do Édipo; 
 O fenômeno das resistências (mecanismos de defesas; funcionamento 
da nossa estrutura psíquica) e, por conseguinte, das repressões; 
 A transferência; 
 A presença constante de dualidades no psiquismo, tais como: as 
pulsões de vida e morte, o conflito psíquico resultante de forças 
contrarias, conflito entre id e ego, entre outras; 
 
A evolução histórica da psicanalise pode ser dividida e esquematizada 
exclusivamente nas contribuições originais de Freud, sendo estabelecidos os 
seguintes conceitos estruturantes e paradigmas de cura: 
 O neurótico sofre de reminiscências e a cura consiste em rememorá-las 
(Teorias do Trauma); vai utilizar da teoria do trauma para explicar a 
cura/treinamento do neurótico. 
 Tornar consciente o que é inconsciente (Teoria Topográfica); 
 Onde houver o Id, o Ego deve estar (Teoria Estrutural); interação entre o 
Id, Ego e o Superego. 
 
2. Escola dos Teóricos das Relações Objetais (M. Klein) 
Escola feita para fazer uma abertura nas correntes de pensamento 
psicanalítico, fugindo do pensamento freudiano. 
Essas correntes, embora estruturadas a partir de fundamentos originados 
pelo Freud, incorporam novas visões e interpretações que ampliam de forma 
significativa o saber psicanalítico. Incrementa de alguma forma aquilo que 
Freud postulou. 
Milanie Klein criou uma técnica de psicanalise com crianças e introduziu o 
entendimento simbólico contido em brinquedos e jogos; se dedicou muito ao 
estudo lúdico da analise de crianças. 
Postulou a existência de um ego inato, rudimentar; 
Definiu que a pulsão de morte também seria inata e presente desde o inicio 
de vida, sob a forma de ataques invejosos e sádico-destrutivos contra o seio da 
mãe; 
Postulou uma constante dissociação entre os objetos: seio bom x seio mau, 
objetos idealizados x persecutórios e entre as pulsões construtivas x 
destrutivas. 
Conceitos muitos importantes em sua obra que refletiram em sua clinica 
através da criança analisada. 
Concedeu a noção de posição – que é conceitualmente diferente de “fase 
evolutiva” – e descreveu as posições esquizoparanoide e a depressiva, que 
representam uma enorme importância para a teoria e pratica psicanalítica. 
Conservou as concepções relativas ao “Complexo de Édipo” e ao 
“Superego”, porém os situou em etapas bastante primitivas do desenvolvimento 
da criança. Para Freud, um Complexo de Édipo que acontece numa fase fálica, 
condiciona um não para a estruturação do superego, mas para Klein não, o 
superego se estruturaria antes do Complexo de Édipo. 
 Melanie Klein considerou, como ponto de partida para o estudo do 
processo de desenvolvimento da criança os primeiros três ou quatro meses de 
vida, enquanto Freud considerava esse ponto a partir dos 4 anos. 
 
 
3. Psicologia do Ego (Hartman - Mahler) 
Mahler enfatizou a importância e o papel do meio ambiente para 
desenvolvimento da criança. Estava interessada na dualidade mãe e bebe e 
documentou cuidadosamente o impacto das primeiras separações da criança 
em relação à sua mãe. 
Sua tese principal parte de algumas das hipóteses de Freud, Bleuler e 
Kamer. A documentação de sua pesquisa sobre separação-individuação foi a 
contribuição mais significativa de Mahler para a psicanalise. Ela repousa na 
teoria Freudiana das pulsões e dos estágios de desenvolvimento libidinal. Tem 
origem Freudiana muito importante, mas faz seus próprios postulados. 
Na teoria de Mahler, o desenvolvimento das criança ocorre por fases: 
1° fase autística: que ocorre nas primeiras semanas de vida; 
2° fase simbiótica: que dura até uns cinco meses do bebê; 
3° fase de separação-individuação: marca o fim da fase simbiótica e 
progredi com a evolução da criança; 
 
 
4. Psicologia do Self (Kohut) 
Psiquiatra e psicanalista, Heinz Kohut é considerado como o criador da 
escola psicanalítica da Psicologia do Self. 
Em sua obra “Introspecção, Empatia e Psicanalise”, destacou como 
importante para o método psicanalítico o conceito empatia. 
Afirmou que o fenômeno psicológico só pode ser apreendido em seus 
instituiu como método de captação de dados e observação da experiência 
clinica o método introspectivo-empático, base de todas as suas pesquisas 
anteriores. 
 
5. Escola Francesa de Psicanálise (Lacan) 
Revoltado com o crescimento evidenciado nos estados unidos da escola 
“Psicologia do Ego”, que Lacan acreditava estar deturpando o real sentido da 
psicanalise, resolveu dirigir seus estudos para uma releitura de Freud. 
Lacan foi considerado um rebelde pelas escolas clássicas de Psicanalise de 
sua época – interrompia sessões ao seu gosto, recebia pessoas a qualquer 
hora, ficava muitíssimo com um cliente num dia e, no outro, apenas dez 
minutos, aceitava famílias em analise, e assim por diante – comportamentos 
nada ortodoxos para a época. 
São quatro as principais áreas do psiquismo que Lacan estudou mais 
profundamente: 
1° etapa do espelho, com a imagem do corpo; 
2° linguagem; 
3° desejo; 
4° narcisismo e Édipo; 
Dentre as principais contribuições de Lacan para a clinica psicanalítica, tem-
se: 
Para Lacan, a analise “não deve ficar reduzida à mesquinharia exclusiva do 
mundo interno”; não bastava acessar conteúdos inconscientes que estavam 
internamente enraizados no sujeito, a analise para Lacan ia muito além. 
Pelo contrario, o analista deve dar uma importância muito especial a palavra 
do paciente (que pode ser “cheia” ou “vazia”, de significados), assim mesmo 
ele também deve rastrear a “cadeia de significantes” que esta contida no 
conteúdo, forma e estrutura da “linguagem”. 
Fez modificações muito importantes no setting: ao invés de durar os 
habituais 50 ou 45 minutos, para os lacanianos este tempo “cronológico” foi 
substituído pelo “tempo logico” – é o tempo necessário para chegar a uma 
compreensão, a um insight significativo – que alude ao fato de que o 
importanteé a sessão terminar quando se processa na mente do plano 
“imaginário” – onde a palavra do paciente é “vazia” e está em serviço de 
obstaculizar o acesso à verdade – para o plano do registro simbólico, onde a 
palavra deve ser “plena” e realmente a favor da comunicação e das verdades. 
Para Lacan, a transferência do paciente resulta de uma resposta deste a 
uma atitude preconceituosa do psicanalista (sujeito suporto saber). como se o 
analista tivesse uma verdade absoluta, ele conhecesse tudo que o paciente 
desconhece de si mesmo. 
Quanto à contratransferência, Lacan não aceita a possibilidade de que a 
mesma pessoa possa constituir-se como um importante instrumento técnico. 
 
 
 
 
6. Winnicott 
Pediatra e psicanalista, Winnicott se destacou, em relação a Freud e outros, 
pela decisão de estudar o bebê e sua mãe como uma “unidade psíquica”, o 
que lhe permitia observar a sucessão de mães e bebês e obter conhecimento 
referente à constelação mãe-bebê, e não como dois seres puramente distintos. 
Assim, não há como descrever um bebê sem falar de sua mãe, pois, no 
inicio, o ambiente é a mãe e apenas gradualmente vai ser transformando em 
algo externo e separado do bebê. 
Para Winnicott, o ambiente facilitador é a mãe suficientemente boa, 
porque atende ao bebê na medida extra das necessidades deste, e não de 
suas próprias necessidades. Esta adaptação da mãe torna o bebê capaz de ter 
uma experiência de onipotência e cria a ilusão necessária a um 
desenvolvimento saudável. 
Desenvolveu o conceito de “Falso Self” – quanto maior o “desajuste” entre 
mãe e o bebê, maior a distorção e interrupção no desenvolvimento da 
personalidade deste. 
Para o autor, a psicopatia ou tendência antissocial caracteriza-se como um 
transtorno no qual a falha ambiental tem um importante papel. 
A teoria de Winnicott baseia-se no fato de que a psique não é uma estrutura 
pré-existente e sim algo que vai se constituindo a partir da elaboração 
imaginativa do corpo e de suas funções - que constitui o binômio psique-soma. 
Essa elaboração se faz a partir da possibilidade materna exercer funções 
primordiais como o holding (permite a integração no tempo e no espaço), 
handling (permite o alojamento da psique no corpo) e a apresentação de 
objetos (permite o contato com a realidade). 
 
 
7. Bion 
Bion preconizava a necessidade de substituir o excesso de teorias que 
impregnam a psicanalise e substituí-las por “modelos” e, da mesma maneira, 
ele propôs uma simplificação por “elementos da psicanalise”, que, segundo ele, 
comportam-se de forma análoga às sete notas musicais simples, ou aos 
algarismos de 0 a 9, ou ainda às letras do alfabeto. contribuiu para a 
simplificação de modelos psicanalíticos. 
Os seis elementos psicanalíticos por ele propostos são: 
1° uma permanente interação entra a posição esquizoparanóide (PS) e 
depressiva (D); 
2° a identificação projetiva na relação continente-conteúdo; 
3° os vínculos de amor (L), ódio (H), e conhecimento (K); 
4° as transformações; 
5° a relação entre ideia (I) e razão (R); 
6° a dor psíquica; 
Bion enfatizou que toda analise é um processo de natureza vincular entre 
duas pessoas que vão enfrentar muitas angustias diante dessas verdades e 
isso impõe que o analista possua condições necessárias mínimas: 
 Uma permanente estado de descobrimento; por parte do analista 
 Uma capacidade de ser “continente”, aliado a uma “função-alfa”; 
 Uma “capacidade negativa” (ou seja, uma condição de suportar, dentro 
de si, sentimentos negativos, como é, por exemplo, o de um “não 
saber”); 
 Uma capacidade de “intuição”; 
 Um “estado de paciência” e de “empatia”; 
 A necessidade de que, numa situação analítica a mente do analista não 
esteja saturada por memoria, desejo e ânsia de compreensão imediata; 
porque às vezes o processo vai demandar um pouco mais de tempo. 
 O reconhecimento de que o analista também é importante como 
“pessoal real” e que ele serve como um novo modelo de identificação 
para o analisando; 
Ele promoveu importantes mudanças na clinica psicanalítica, em especial 
com o conceito de atividade interpretativa, que não fica restrita à decodificação 
e interpretação da conflitiva inconsciente, mas sim, adquire um caráter de 
promover sucessivas transformações (não só interpretar o inconsciente, mas 
também promover transformações nesse inconsciente), sempre em direção às 
verdades originais, levando o analisando a ser um questionador de si mesmo, a 
confrontar uma parte sua com uma outra oposta ou contraditória e assim por 
diante. 
O autor evita empregar o termo “cura analítica” – ate mesmo porque nunca 
existe uma “cura” completam, além de que essa expressão esta impregnada 
com os critérios da medicina. Bion procura se afastar destes conceitos 
médicos.

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