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resumo 02 - justiça eleitoral

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DIREITO ELEITORAL
UNIDADE 02
1 – COMO FUNCIONA A JUSTIÇA ELEITORAL:
· A demanda pelo controle dos processos eleitorais e seus efeitos fez surgir uma jurisdição especializada e independente para as questões eleitorais. 
· Foi com a promulgação do primeiro Código Eleitoral Brasileiro que foi instituída a Justiça Eleitoral como instituição independente, cuja funcionalidade visava exclusivamente o controle e a organização das eleições, bem como a resolução dos conflitos surgidos a partir delas. 
· Já em 1934 ela foi constitucionalizada, prevista como órgão do Poder Judiciário com competência privativa.
Natureza jurídica:
· A Justiça Eleitoral é de natureza federal, sendo mantida pela União. Assim, seus servidores são federais e o orçamento é aprovado pelo Congresso Nacional. 
· Além disso, ela não apresenta corpo próprio de juízes, uma vez que atuam magistrados de diversos tribunais, como Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça, Justiça Comum Estadual, Justiça Comum Federal e Ordem dos Advogados do Brasil.
· Podemos, então, perceber a presença do princípio cooperativo no federalismo. Os membros da Justiça Eleitoral são investidos no cargo sempre de forma temporária, com um prazo mínimo de dois anos, podendo este ser renovado apenas uma vez para o período seguinte.
A justiça eleitoral é confiável?
· Apesar de apresentar pontos fracos, assim como as demais instituições, a Justiça Eleitoral como Justiça Especializada é responsável por um alto nível de confiabilidade nos resultados dos processos eleitorais, o que caminha no sentido de atingir maior eficácia social das normas de Direito Eleitoral.
2 – FUNÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL E DIVISÃO GEOGRÁFICA:
A Justiça Eleitoral desempenha diversas funções. Portanto, não cabe a ela apenas a resolução de conflitos, mas também a administração de todo o processo eleitoral.
· administrativa, 
· jurisdicional, 
· normativa e 
· consultiva. 
Divisão territorial:
· Sua divisão territorial, com relação as competências dentro dos estados, é delimitada por comarcas ou zonas eleitorais, ou seja, espaços geograficamente demarcados. 
· Dessa forma, como a atividade administrativa é de atribuição de um Cartório Eleitoral, o qual centraliza e coordena os eleitores domiciliados em determinada zona, cada área está sob jurisdição de um juiz eleitoral designado pelo Tribunal de Justiça. 
· Geralmente, a zona coincide com a comarca, mas há casos em que a comarca abrange mais de uma zona, variando de tamanho, sendo parte de um município, um município inteiro ou mais de um município, dependendo da quantidade de eleitores no espaço delimitado.
· Além disso, a zona ainda se divide em seções eleitorais. É o local onde os eleitores estão inscrito e comparecem para votar no dia das eleições.
· Nesse contexto, o cartório eleitoral é o responsável por gerenciar e coordenar determinada zona eleitoral, bem como os respectivos eleitores domiciliados na localidade em questão. Também é o cartório que seleciona e treina os mesários que trabalharão no pleito seguinte.
· Por fim, há a circunscrição. Isto é, a divisão territorial que tem em vista a realização do pleito em si. Ela determina o corpo eleitoral, que é dividido pelos cargos em disputa. Ex: para as eleições municipais, a circunscrição corresponde ao município.
a) função administrativa:
· A função administrativa é consistente na organização e na administração do processo eleitoral. Sua principal prerrogativa é o poder de polícia. 
· No desempenho dessa função, o juiz eleitoral deve atuar independentemente de provocação de uma parte para exercer seu poder de polícia, diferentemente do que dispõe o princípio processual da demanda. 
· Ademais, ela independe de lide para ser resolvida.
b) função jurisdicional:
· A função jurisdicional, por sua vez, é a resolução de conflitos no seu sentido mais estrito. A finalidade da jurisdição, afinal, é fazer atuar o Direito nos casos concretos, para pacificação social, no que se refere ao processo eleitoral. 
· Nessa função, é imperante o princípio da demanda, conforme estabelecido no Código de Processo Civil. Na Justiça Eleitoral, o caso concreto pode ter origem em procedimento administrativo que acarreta em conflito judicial.
· Para o exercício da função jurisdicional, devem ser preenchidas as condições da ação, bem como todos os requisitos necessários para o andamento de um processo. Pressupõe-se, portanto, que estejam presentes: interesse processual, legitimidade da parte, possibilidade jurídica do pedido, jurisdição, citação válida, capacidade processual e postulatória, competência do juiz, ausência de litispendência e coisa julgada.
c) função normativa:
· A função normativa é o que diferencia a Justiça Eleitoral dos outros ramos do Direito. De acordo com o artigo 23, parágrafo IX do Código Eleitoral, compete privativamente ao Tribunal Superior Eleitoral a expedição de instruções normativas necessárias à realização e garantia das eleições.
· Essas instruções são vinculadas em forma de resolução, a qual pode ser entendida como o ato normativo originado de um órgão colegiado para regulamentar matéria de sua competência. A função da resolução é criar condições para a fiel execução da legislação eleitoral vigente.
· As resoluções possuem força de lei, ou seja, eficácia. No entanto, não possuem a mesma natureza de uma norma, sendo fontes de Direito Eleitoral. Elas são importantes para a operacionalização do Direito Eleitoral e das eleições.
e) função consultiva:
· A peculiaridade da importância dos interesses referentes às eleições trouxe à Justiça Eleitoral outra função: a consultiva. Ela está prevista no artigo 23, parágrafo XII, e no artigo 30, parágrafo VIII do Código Eleitoral, tendo como objetivo prevenir conflitos que poderiam afetar a legitimidade, ou, até mesmo, a regularidade, do pleito. 
· Por meio do exercício da função consultiva, é possível obter o posicionamento a respeito de uma situação hipotética específica.
· Vale destacar que a função consultiva é de atribuição do Tribunal Superior Eleitoral e dos Tribunais Regionais Eleitorais. As consultas podem ser solicitadas por autoridade de jurisdição federal, órgão nacional de partido político, autoridade pública e partido político. 
· Além disso, elas devem ser formuladas em tese, de maneira hipotética, sem especificação de situação, pessoa ou local. As respostas não possuem caráter vinculante, mas orientam os demais órgãos da Justiça Eleitoral.
3 – ÓRGÃOS DA JUSTIÇA ELEITORAL:
· A Justiça Eleitoral se organiza similarmente às demais justiças brasileiras. Ela possui primeira e segunda instância, além de um tribunal superior próprio, como ocorre, por exemplo, na Justiça do Trabalho. 
· Os órgãos da Justiça Eleitoral estão elencados no artigo 118, parágrafos I a IV da Constituição Federal, sendo eles: Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), Juízes Eleitorais e juntas eleitorais.
a) os juízes e as juntas eleitorais:
Juízes:
· Os juízes eleitorais atuam na primeira instância da Justiça Eleitoral e devem ser de Direito, conforme estabelecido pela Constituição Federal e na Lei Orgânica da Magistratura Nacional. Portanto, são juízes de carreira designados para o ofício eleitoral.
· Esses magistrados são designados para o ofício pelo Tribunal Regional Eleitoral, havendo só um juiz em determinada comarca, o qual acumulará também as funções eleitorais. Da designação, o magistrado servirá por dois anos, podendo haver recondução.
Juntas eleitorais:
· Já as juntas eleitorais são de caráter provisório, constituídos para cada período eleitoral. Elas são compostas por um juiz eleitoral, que preside a junta; e por dois ou quatro cidadãos de idoneidade notória, nomeados pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral por indicação do juiz eleitoral.
· A constituição das juntas deve ser feita dois meses (60 dias) antes do pleito, e tem competência para apurar as eleições nas zonas eleitorais sob sua jurisdição no prazo de 10 dias; quando houver algum impedimento à realização da votaçãopelo sistema eletrônico, resolver as questões decorrentes dos trabalhos de contagem e apuração; remeter os boletins da apuração de cada seção; e expedir o diploma aos eleitos em cargos municipais.
· A informatização do sistema de votação, implementada pela Lei n. 9.504/97, reduziu os trabalhos e a importância das juntas, já que a própria máquina faz a apuração e totalização dos votos. Com o término da votação, os boletins são impressos em cinco vias obrigatórias e em até quinze vias opcionais.
· De forma geral, as juntas são extintas após o término da apuração dos votos, com exceção das eleições municipais, nas quais permanecem em funcionamento até a diplomação dos eleitos.
b) tribunais regionais eleitorais:
· O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) é a segunda instância da Justiça Eleitoral. Há um TRE em cada estado da Federação e no Distrito Federal, sendo que a jurisdição de cada Tribunal corresponde ao território de seu respectivo estado. Suas competências estão dispostas nos artigos 29 e 30 do Código Eleitoral, e são divididas em dois tipos: jurisdicionais e administrativas, conforme funções explicadas anteriormente.
Competência:
· O artigo 29 estabelece que compete aos Tribunais Regionais processar e julgar, entre outras hipóteses, os registros e cancelamentos dos diretórios estaduais e municipais dos partidos políticos, bem como de candidaturas de cargos estaduais e federais, conflitos de jurisdição, suspeição e impedimento de membros do Ministério Público Regional Eleitoral, membros das juntas, crimes eleitorais cometidos pelos juízes eleitorais, habeas corpus ou mandado de segurança. 
· Além disso, em matéria eleitoral, também vale ressaltar as reclamações relativas às obrigações impostas por lei aos partidos políticos, quanto a sua contabilidade e apuração da origem dos seus recursos, pedidos de desaforamento (retirada de um processo de um foro e envio para outro) etc.
· O mesmo artigo ainda estabelece que caiba aos TREs o julgamento de recursos interpostos das decisões dos juízes e juntas eleitorais; e das decisões dos juízes eleitorais que concederem ou denegarem habeas corpus ou mandado de segurança.
Questões irrecorríveis:
· Os atos emanados deverão ter cumprimento imediato pelos tribunais e juízes inferiores. O não cumprimento destes pode causar a reclamação perante o TSE, pela parte interessada ou pelo Ministério Público, conforme consta no artigo 988, parágrafo II do Código de Processo Civil.
· O parágrafo único do artigo 29 do Código Eleitoral também menciona que são irrecorríveis as decisões do TRE, a menos em casos do artigo 276, quando:
· I - forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei;
· II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais;
· III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais;
· IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais;
· V - denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de injunção.
Competência privativa dos TRE:
· Já o artigo 30 cita as competências privativas dos Tribunais Regionais Eleitorais. Entre elas, temos questões administrativas, como a elaboração de regimento interno e a organização da Secretaria e Corregedoria; concessão de licença e férias; afastamento do exercício dos cargos de seus membros;
 
· e questões referentes às eleições, como fixação de data das eleições de Governador e Vice-Governador, deputados estaduais, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e juízes de paz, quando não estiver previamente determinada por disposição constitucional ou legal; 
· constituição e designação das juntas eleitorais, zonas e seções, apuração dos resultados parciais enviados pelas juntas eleitorais, os resultados finais das eleições de Governador e Vice-Governador de membros do Congresso Nacional e expedição dos respectivos diplomas; resposta às consultas feitas, requisição de funcionários para o melhor funcionamento do pleito, supressão de mapas parciais.
Composição do TRE:
· dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
· de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
· de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo;
· por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.
Vale destacar que o Presidente e o Vice-Presidente do TRE são selecionados entre os desembargadores estaduais, e, geralmente, a Corregedoria Eleitoral é atribuída ao Vice-Presidente por regulamento.
Os membros do TRE gozam das plenas garantias no exercício de suas funções e são inamovíveis (cargo permanente), contudo, não usufruem da vitaliciedade (garantia de permanecer no cargo até a idade para aposentadoria compulsória, presente na carreira da magistratura). 
Além disso, eles permanecem por um mandato de dois anos, permitido a recondução uma vez consecutiva.
Quanto as deliberações:
· Além disso, as deliberações feitas no Tribunal Superior Eleitoral são por maioria de votos, em sessão pública, com quase todos os membros presentes. 
· Contudo, assim como nos Tribunais Regionais, todos os membros devem estar presentes para deliberações 
· quanto a interpretação de constitucionalidade de lei eleitoral, 
· cassação de registro de partidos políticos ou 
· quaisquer recursos que acarretem anulação geral das eleições ou perda de diplomas.
c) Ministério Público Eleitoral:
· O Ministério Público é essencial à função jurisdicional do Estado, em defesa da ordem jurídica, da democracia e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Essa estrutura é uma inovação da Constituição Federal de 1988, sendo organizado de forma simétrica ao Poder Judiciário. 
· Para o Direito Eleitoral, é de extrema importância a atuação do Ministério Público, uma vez que ele se coloca para que a vontade popular não seja prejudicada, fiscalizando o processo eleitoral. 
· O Ministério possui legitimidade para a mesma atuação dos partidos e candidatos, já que, enquanto eles possuem interesses unilaterais no processo eleitoral, o Ministério Público se coloca como defensor da ordem e do regime democrático. Sendo assim, seus princípios envolvem unidade, indivisibilidade e independência funcional.
· Seus membros também gozam das mesmas prerrogativas da magistratura, ou seja, irredutibilidade de subsídios (não pode ser diminuída e deve ser revisada anualmente), inamovibilidade (permanência no cargo) e vitaliciedade (cargo permanente até a aposentadoria).
· As funções do Ministério Público estão estabelecidas no artigo 129 da Constituição Federal, e as funções eleitorais foram atribuídas ao Ministério Público Federal.
· Pelo princípio da cooperação do Direito Eleitoral, a atuação do Ministério Público Federal é exclusiva na segunda instância, contudo, na primeira cabe ao Ministério Público Estadual também exercer as funções.
Promotor eleitoral:
· O Ministério Público Estadual, em primeira instância, tem legitimidade para oficiar em todos os processos e procedimentos em que seja contemplada matéria eleitoral. Incumbe ao promotor eleitoral acompanhar os alistamentos e os pedidos de transferências de títulos, instaurar e acompanhar os processos de aplicação de multas, promover suas respectivas execuções, acompanhar a fiscalização da Justiça Eleitoral de primeira instância na prestação de contas dos partidos e campanhas, etc.
· No período preparatório para o pleito, o promotor também deve fiscalizar o exercício das propagandas, acompanhar o processo de nomeação de mesários e auxiliares, acompanhar a nomeação das juntas e tomar todas as providências cabíveis para garantir que as eleições ocorram de maneira legítima.
· Sendo assim, o promotor eleitoral atua na primeira instância, diante de cada zona e junta eleitoral. O fato da atuaçãodo Ministério Público Estadual ocorrer sobre matéria de natureza federal, que é a eleitoral, expressa a presença do princípio da cooperação.
· A designação do promotor eleitoral é feita pelo Procurador Regional Eleitoral (membro do Ministério Público Federal), geralmente após indicação do Procurador-Geral de Justiça, chefe do Ministério Público Estadual. 
· Essa designação é própria para mandato de dois anos, sem possibilidade de prorrogação, com exceção de quando não há outro promotor na comarca a ser designado.
Procurador Regional Eleitoral:
· O procurador regional eleitoral tem o poder de gerir o Ministério Público Eleitoral. Há um Procurador Regional Eleitoral (PRE) lotado perante cada Tribunal Regional Eleitoral. 
· É importante destacar que os Procuradores Regionais da República (PRRs) atuam nos Tribunais Regionais Federais (TRFs), enquanto que os Procuradores da República atuam na Justiça Eleitoral (primeira instância). 
Ocorre que não há um Tribunal Regional Federal por estado, já que no Brasil temos apenas cinco, que são:
· 1ª Região: com sede em Brasília, compreende as seções do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins.
· 2ª Região: com sede no Rio de Janeiro, compreende as seções do Rio de Janeiro e Espírito Santo.
· 3ª Região: com sede em São Paulo, compreende as seções de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
· 4ª Região: com sede em Porto Alegre, compreende as seções do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
· 5ª Região: com sede em Recife, compreende as seções judiciárias de Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe.
· Dessa forma, nos estados em que há Tribunais Regionais Federais, o Procurador Regional Eleitoral será nomeado entre os Procuradores Regionais da República, enquanto que nos demais será nomeado um Procurador da República vitalício. O Procurador Regional Eleitoral possui mandato de dois anos, cabendo uma recondução.
Funções:
· Entre as funções do Procurador Regional Eleitoral, podemos citar a direção das atividades do Ministério Público Eleitoral no estado e a ação nas causas de competência do TRE. 
· Os eventuais atos que importem ameaça ou privação da liberdade de ir e vir devem ser discutidos perante o Tribunal Superior Eleitoral, pois é deste a competência para apreciar habeas corpus contra ato do Procurador Regional Eleitoral.
Procurador Geral Eleitoral:
· O Procurador Geral Eleitoral (PGE), por sua vez, é o próprio Procurador Geral da República (PGR), com mandato de dois anos, o que correspondente ao mandato dos juízes do TSE e TER, porém, pode ser reconduzido mais de uma vez. Ele também deve designar o Vice-Procurador Geral Eleitoral do seu quadro de Subprocuradores Gerais da República.
· Ele é nomeado pelo Presidente da República (o qual costuma escolher um entre os três candidatos apontados em lista tríplice após votação interna do Ministério Público Federal), e aprovado por maioria absoluta do Senado em arguição pública. 
· Compete ao PGE exercer as funções do Ministério Público nas causas de competência do Tribunal Superior Eleitoral. Em seu rol de incumbências, há funções como a coordenação das atividades do Ministério Público Eleitoral em todo o território nacional, designação dos Procuradores Regionais Eleitorais em cada estado e no Distrito Federal, acompanhamento dos procedimentos do corregedor-geral eleitoral, entre outros.
· Destaca-se ainda que o Procurador Geral Eleitoral deve participar de todas as sessões do Tribunal Superior Eleitoral, apresentando um posicionamento.

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