Buscar

FORMAÇÃO DA URINA E REPRODUÇÃO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

- -1
ESTRUTURA E FUNÇÃO HUMANA
CAPÍTULO 4 - FORMAÇÃO DA URINA E 
REPRODUÇÃO
Juliane Cristina de Souza Silva Brito / Vivian Alessandra Silva
- -2
Introdução
Estamos chegando ao fim de nossa disciplina. Até agora, pudemos estudar os diferentes sistemas que compõem
o nosso corpo e a forma incrível como eles interagem influenciando o funcionamento uns dos outros na
manutenção da homeostase. Este último capítulo apresentará dois sistemas que interagem de tal forma que
encontraremos estruturas anatômicas em comum ou muito próximas umas das outras.
Você poderá, então, compreender de que maneira nossos rins funcionam, para que produzimos a urina e como
ela é formada. Em um segundo momento, estudaremos o sistema genital masculino e feminino, quais os órgãos
envolvidos na reprodução e de que forma ela é garantida.
Esperamos que aproveitem a leitura e o aprendizado! Bons estudos!
4.1 Sistema Urinário
Pensando em anatomia geral, talvez o Sistema Urinário seja um dos sistemas mais simples em quantidade de
estruturas anatômicas. Esse sistema é composto por dois rins, dois ureteres, uma bexiga urinária e uma uretra,
como você pode observar na figura abaixo.
Figura 1 - Principais estruturas anatômicas que compõem o sistema urinário.
Fonte: MatoomMi, Shutterstock, 2019.
Esse sistema possui diversas funções importantíssimas associadas à manutenção da homeostase. Para conhecê-
las, clique nos itens abaixo.
• •
- -3
• 
Excreção de produtos indesejáveis do metabolismo, de substâncias químicas estranhas, fármacos e
dos metabólitos hormonais.
• 
Regulação do balanço de água e eletrólitos.
• 
Manutenção da osmolaridade e do volume do sangue.
• 
Regulação da pressão arterial.
• 
Regulação do balanço ácido-base.
• 
Secreção, metabolismo e excreção de hormônios.
• 
Em condições extremas de jejum, pode realizar síntese de glicose.
Perceba então que anatomicamente o sistema urinário parece ser simples, mas funcionalmente é um sistema de
alta complexidade. Inclusive, alguns pesquisadores acreditam que ele deveria ser nomeado como Sistema Renal,
uma vez que a produção de urina é apenas uma consequência de tantas funções relevantes.
De todas as estruturas que compõem o sistema urinário, sem dúvida, as principais são os rins. Esses órgãos estão
localizados na cavidade abdominal em uma posição retroperitoneal, ou seja, posterior ao peritônio (membrana
formada por tecido conjuntivo que reveste, protegendo e sustentando, os órgãos abdominais), posterior aos
demais órgãos abdominais (como, por exemplo, fígado e intestinos) e lateral à coluna vertebral.
Figura 2 - Posição anatômica das estruturas que compõem o sistema urinário.
•
•
•
•
•
•
•
VOCÊ QUER LER?
Em nossa disciplina, vamos nos ater apenas a parte das funções do sistema urinário, mas caso
você se interesse em aprofundar mais esse conhecimento, te convido a ler a unidade V,
capítulo 26, do livro Fisiologia Humana do autor Arthur Guyton (12 edição).
- -4
Figura 2 - Posição anatômica das estruturas que compõem o sistema urinário.
Fonte: Magic mine, Shutterstock, 2019.
Interessante observarmos também que o rim direito se apresenta em uma posição inferior quando comparado
ao rim esquerdo. Isso se deve ao espaço ocupado pelo fígado na cavidade abdominal. Além disso, não são
palpáveis uma vez que estão protegidos pelos últimos pares de costelas (falsas e flutuantes).
Figura 3 - Localização anatômica dos rins.
Fonte: Magic mine, Shutterstock, 2019.
O sangue chega aos rins por meio da aorta abdominal que dá origem às artérias renais, as quais originam vasos
cada vez menores que irão nutrir todo o tecido renal; falaremos mais sobre isso adiante. Em relação à drenagem
renal (veias), as veias renais conduzem o sangue filtrado para a veia cava inferior que, por sua vez, conduz o
sangue novamente ao coração. Acompanhe, na ilustração abaixo, como é essa estrutura.
Figura 4 - Vascularização do rim.
Fonte: Adaptado de Sebastian Kaulitzki, Shutterstock, 2019.
Essa região de entrada e saída de vasos sanguíneos do rim chamamos de . É nessa região que tambémhilo renal
- -5
Essa região de entrada e saída de vasos sanguíneos do rim chamamos de . É nessa região que tambémhilo renal
encontramos o canal de condução da urina formada à bexiga urinária, chamado de . Acompanhe, noureter
destaque, o hilo renal.
Figura 5 - Hilo renal.
Fonte: yusufdemirci, Shutterstock, 2019.
Se fizermos uma secção frontal, observaremos que o rim possui uma região mais externa, denominada córtex
, e uma região mais interna, denominada renal medula renal.
Na região da medula renal, encontramos áreas mais escuras, com formato triangular, as quais denominam-se 
; cada uma delas desemboca em uma região denominada . A filtração do sangue epirâmides renais cálice menor
formação da urina inicia na região cortical e na região das pirâmides renais. Já os cálices menores são condutores
da urina já formada. Os cálices menores se fundem formando os até desembocar em uma áreacálices maiores, 
comum aos cálices maiores que chamamos de Dessa região, a urina migra para o ureter e bexigapelve renal. 
urinária.
- -6
Figura 6 - Estruturas anatômicas renais internas.
Fonte: Neokryuger, Shutterstock, 2019.
Você já ouviu falar em cálculo renal? Prossiga com seus estudos e aprenda mais sobre o tema.
A unidade funcional do rim se chama Trata-se de uma estrutura microscópica formada por muitas célulasnéfron. 
com funções específicas: filtração, reabsorção, secreção e excreção. Cada rim contém aproximadamente um
milhão de néfrons. Antes de compreendermos as funções específicas dos néfrons, vamos conhecer sua
VOCÊ SABIA?
Os cálculos renais são formados por sais de ácidos inorgânicos ou orgânicos, ou de outros
materiais. Eles podem se formar e se localizar nos cálices renais, ureteres ou bexiga urinária.
Um cálculo renal pode passar do rim para a pelve renal e, depois, para o ureter. Se o cálculo for
cortante ou maior do que o lúmen normal do ureter (aproximadamente 3 mm), poderá causar
distensão excessiva desse tubo muscular fino. Dessa forma, o cálculo ureteral causará forte dor
intermitente (cólica ureteral) enquanto é gradualmente deslocado em direção inferior no
ureter por ondas de contração. O cálculo pode causar obstrução completa ou intermitente do
fluxo urinário. Dependendo do nível de obstrução, que se modifica, a dor pode ser referida
para a região lombar ou inguinal, ou para os órgãos genitais externos e/ou testículo.
A dor extrema pode ser acompanhada por desconforto digestivo intenso (náuseas, vômito,
cólica e diarreia) e resposta simpática generalizada que pode mascarar em vários graus os
sintomas mais específicos.
Fonte: MOORE, L. K.; DALLEY, F. A.; AGUR, R. A. M. . 8. ed.Anatomia Orientada para Clínica
[Minha Biblioteca]. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books
>./9788527734608/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527734608/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527734608/
- -7
milhão de néfrons. Antes de compreendermos as funções específicas dos néfrons, vamos conhecer sua
morfologia.
Cada néfron é formado por uma região inicial denominada corpúsculo renal, túbulo contorcido proximal, alça de
henle, túbulo contorcido distal e ducto coletor.
Abaixo você encontrará um esquema didático da morfologia do néfron ilustrando cada parte e a região em que se
encontra no rim: cortical ou medular.
VOCÊ O CONHECE?
Friedrich Gustav Jakob Henle (1809 - 1885) foi um médico, patologista e anatomista alemão
que descobriu a Alça de Henle. É pesquisador fundamental no desenvolvimento da moderna
medicina.
- -8
Figura 7 - Estruturas microscópicas do néfron.
Fonte: CARNEIRO; JUNQUEIRA (2013).
As artérias renais se ramificam em vasos cada vez menores até darem origem às Essasarteríolas aferentes. 
arteríolas conduzem o sangue para a região do corpúsculo renal, que é formado pela ecápsula de Bowman 
Esses capilares dão origem à capilares glomerulares. arteríola eferente.
- -9
Figura 8 - Corpúsculo renal.
Fonte:Adaptado de sciencepics, Shutterstock, 2019.
Essa arteríola eferente sai da região do corpúsculo renal, porém, continua a acompanhar toda a região de túbulos
contorcidos e alça de Henle; acompanhe na ilustração abaixo.
- -10
Figura 9 - Néfron e sua vascularização.
Fonte: Aldona Griskeviciene, Shutterstock, 2019.
O fato de termos essa arteríola acompanhando todo o néfron garante a ele a execução de todas aquelas funções
citadas anteriormente. Imagine a formação de dois ambientes internos: o que ficar dentro da arteríola eferente
retornará à circulação sistêmica, mas o que ficar dentro dos túbulos do néfron será eliminado em forma de urina.
Quer aprender mais sobre esse tema? Clique nas setas abaixo e confira!
O sangue é formado por plasma e células. O sangue chega ao rim pela artéria renal e ao corpúsculo renal por
meio da arteríola aferente. Nessa região, é iniciada a primeira etapa: filtração do sangue.
Um filtro convencional tem por função limpar uma solução de impurezas. Um filtro de água, por exemplo, tenta
limpar a água de todas as micropartículas de impurezas contidas ali naquela solução. Temos que filtrar o sangue?
Há impurezas no sangue?
Pense na sua alimentação; será que tudo de que você se alimenta é saudável para seu corpo? Será que as
concentrações iônicas contidas na sua alimentação estão de acordo com as necessidades celulares? Obviamente
que não. Para esses excessos precisamos de um filtro seletor.
Além disso, o próprio metabolismo celular irá formar substâncias ditas tóxicas ao seu corpo, sendo necessário,
portanto, eliminá-las.
O corpúsculo renal terá essa função. Os capilares glomerulares estão envolvidos por um grupo de células
chamadas podócitos, que garantem a essa região uma certa “porosidade”. Em outras palavras, assim como num
filtro convencional, somente irá passar por suas frestas aquelas partículas menores, como a água e os íons.
Cerca de 98% do plasma sanguíneo é filtrado. Ficam retidas nos vasos sanguíneos e não são filtradas: as células
do sangue, proteínas, água e glicose. Os íons atravessam essa barreira e são conduzidos aos túbulos proximais.
O corpúsculo renal, responsável pelo processo de filtração, está sendo ilustrado na imagem abaixo. À esquerda,
- -11
O corpúsculo renal, responsável pelo processo de filtração, está sendo ilustrado na imagem abaixo. À esquerda,
num esquema didático, e as demais imagens, são fotomicrografias de lâminas reais.
Figura 10 - Histologia do Corpúsculo Renal.
Fonte: (A) Aldona Griskeviciene, Shutterstock, 2019; (B) e (C) Anna Jurkovska, Shutterstock, 2019.
Porém, se esse volume de 98% ficar contido dentro dos túbulos, será excretado. Será que é interessante eliminar
um volume tão grande e tão rico em nutrientes? Não.
Entramos na segunda e terceira etapas que irão ocorrer no interior dos túbulos contorcidos e na alça de Henle.
Essas etapas são de reabsorção e secreção.
Para compreender melhor como os rins filtram o sangue para formar a urina, assista à videoaula.
https://cdnapisec.kaltura.com/p/1972831/sp/197283100/embedIframeJs/uiconf_id/30443981/partner_id
/1972831?iframeembed=true&playerId=kaltura_player_1553253607&entry_id=1_870k5weq
O esquema abaixo ilustra os elementos e quantidades que são reabsorvidos pelos túbulos do néfron. Observe
que cada região possui maior sensibilidade para alguns íons e menor para outros. Essas quantidades podem ser
alteradas por vários motivos, mas, independentemente disso, sempre com o objetivo de garantir a homeostase
celular. Esse transporte que ocorre entre os túbulos e o vaso sanguíneo se dá por meio de canais transportadores
de membrana (difusão passiva e ativa).
https://cdnapisec.kaltura.com/p/1972831/sp/197283100/embedIframeJs/uiconf_id/30443981/partner_id/1972831?iframeembed=true&playerId=kaltura_player_1553253607&entry_id=1_870k5weq
https://cdnapisec.kaltura.com/p/1972831/sp/197283100/embedIframeJs/uiconf_id/30443981/partner_id/1972831?iframeembed=true&playerId=kaltura_player_1553253607&entry_id=1_870k5weq
- -12
Figura 11 - Funções exercidas por cada região do néfron.
Fonte: DERRICKSON; TORTORA (2018).
O volume de líquido que entra nos túbulos renais é muito elevado, e parte desse líquido deve ser devolvida à
corrente sanguínea. Chamamos essa devolução do excesso de elementos filtrados de reabsorção tubular. A
reabsorção é a segunda função mais importante do néfron, e 65% da água filtrada a partir da corrente sanguínea
será reabsorvida no túbulo contorcido proximal.
A glicose, os aminoácidos, a ureia e os íons sódio, potássio, cálcio, cloreto, bicarbonato e fosfato são solutos
presentes no filtrado glomerular e, em sua maior parte, são reabsorvidos no túbulo contorcido proximal.
Após passar pelo túbulo contorcido proximal, o filtrado passará para a alça de Henle, na qual mais 15% da água
será reabsorvida. Além da água, a alça de Henle absorverá mais sódio, potássio e outros íons que permanecem
presentes no filtrado.
Depois de passar pela alça de Henle, o líquido entrará nos túbulos contorcidos distais. Nesse local, o resto da
- -13
Depois de passar pela alça de Henle, o líquido entrará nos túbulos contorcidos distais. Nesse local, o resto da
água, entre 10 e 15%, será reabsorvido, bem como o que restou de íons sódio e cloreto. É nesse local que age o
hormônio paratireoidiano, chamado de paratormônio, aumentando ou diminuindo a reabsorção de cálcio de
acordo com as necessidades do organismo.
O produto final de toda essa reabsorção e secreção aos túbulos agora poderá ser chamado de urina, a qual será
excretada pelo ducto coletor e desembocará nos cálices menores até o ureter. Os ureteres são canais formados
por tecido muscular liso que tem a função de condução da urina até a bexiga urinária.
Na bexiga urinária, encontraremos um local de armazenamento dessa urina até que seja eliminada. A bexiga
urinária se encontra na pelve, anterior à vagina e posterior à sínfise púbica, no caso das mulheres. Em homens, a
bexiga urinária está anterior ao reto e posterior à sínfise púbica. Veja a imagem a seguir, ilustrando a posição
anatômica da bexiga urinária em mulheres e homens.
Figura 12 - (A) Posição anatômica da bexiga urinária em mulheres e (B) em homens.
Fonte: Alila Medical Media, Shuttertock, 2019.
O volume máximo de armazenamento da bexiga urinária é em torno de 500mL de urina. Essa capacidade elástica
VOCÊ SABIA?
Existem vários tipos de diuréticos, mas todos eles atuam no funcionamento do néfron, seja nas
funções de reabsorção ou secreção. Por exemplo, os atuam na alça dediuréticos de alça
Henle, impedindo a grande reabsorção de sódio dos rins. Além disso, esses diuréticos
produzem o aumento do fluxo. Já os atuam no túbulo distal, aumentandodiuréticos tiazídicos
moderadamente a eliminação de urina, e são os únicos diuréticos que também agem como
vasodilatadores sanguíneos, o que também ajuda a diminuir a pressão arterial. Temos, por fim,
os que atuam nos receptores da nos túbulosdiuréticos poupadores do potássio aldosterona
distais. Esse tipo previne a perda de potássio, um problema dos outros tipos de diuréticos
acima.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Diur%C3%A9tico_da_al%C3%A7a
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tiazida
https://pt.wikipedia.org/wiki/Diur%C3%A9tico_poupador_do_pot%C3%A1ssio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aldosterona
- -14
O volume máximo de armazenamento da bexiga urinária é em torno de 500mL de urina. Essa capacidade elástica
que a bexiga possui se deve aos tecidos que a compõem, no caso tecido muscular liso revestido por um tecido
epitelial de transição que é capaz de acompanhar tal elasticidade.
O canal que conduz a urina armazenada na bexiga urinária até o ambiente externo é a Esse canal seuretra. 
diferencia entre homens e mulheres pelo seu comprimento. A uretra masculina é maior em relação à feminina;
nas mulheres, apresenta um comprimento em torno de quatro centímetros que começa na porção final da bexiga
urinária até o óstio externo da uretra. Por outro lado, nos homens a uretra tem em torno de dezoito centímetros,
uma vez que precisa atravessaro pênis. Veja a imagem a seguir.
A diferença entre comprimento da uretra e a localização do óstio externo da uretra entre homens e mulheres
influenciará inclusive na facilidade de desenvolvimento de algumas doenças como, por exemplo, as infecções
urinárias.
As infecções urinárias são doenças geralmente bacterianas que podem acometer todo o trato urinário, sendo
mais comuns em uretra e bexiga urinária. Entre muitos fatores que podem levar ao desenvolvimento dessa
doença está o comprimento da uretra. Porque a uretra feminina é menor, a chance de um crescimento bacteriano
local e que progrida até a bexiga urinária é maior do que em homens. Além disso, o óstio externo da uretra
feminina se localiza muito mais próximo do ânus do que a masculina, região na qual é muito comum a presença
bacteriana.
Figura 13 - (A) Masculina e (B) feminina.
Fonte: Alexey Blogoodf, Shutterstock, 2019.
Neste capítulo, você estudou as estruturas anatômicas que compõem o nosso sistema urinário, de que maneira a
urina é formada e a influência do rim na manutenção da homeostase celular.
Agora, vamos testar os conhecimentos adquiridos neste tópico realizando a atividade proposta.
Você estudará adiante sobre outros aspectos de sua contribuição na manutenção da homeostase sistêmica.
Como estudamos, o sistema urinário possui diversas funções importantes na manutenção da homeostase, entre
elas, grande influência no controle da pressão arterial. Para aprender mais sobre este tema, clique nas abas
abaixo.
Pressão arterial
A pressão arterial é a pressão exercida pelo fluxo sanguíneo contra a parede das artérias; ela é resultante de
forças como a cardíaca, que impulsiona o fluxo sanguíneo em direção às artérias e, ao mesmo tempo, a força
arterial contrária ao fluxo sanguíneo (resistência vascular periférica).
Vimos no Capítulo 3 que a parede dos vasos sanguíneos é formada por túnicas (íntima, média e adventícia) e que
- -15
Vimos no Capítulo 3 que a parede dos vasos sanguíneos é formada por túnicas (íntima, média e adventícia) e que
a principal diferença entre os tipos vasculares é túnica média, que se apresenta muito mais espessa em artérias
do que em veias, estando ausente em capilares sanguíneos. A ausência em capilares sanguíneos favorece a
perfusão tecidual, porém, o torna um vaso mais frágil. Dessa forma, é importante que artérias e arteríolas
exerçam alta resistência contra o fluxo sanguíneo (resistência vascular periférica) a fim de manter a pressão
interna dos capilares mais baixa e não lesionar o vaso em questão.
Volemia
Portanto, é importante que tenhamos uma pressão sanguínea constante, uma vez que é graças a ela que
conseguimos levar os nutrientes para todas as células do nosso corpo. Para mantermos a pressão arterial
adequada (em média 120/80mmHg), precisamos considerar alguns fatores, como, por exemplo, a força muscular
cardíaca, a resistência oferecida pelas paredes arteriais (como já mencionado anteriormente) e o volume do
fluxo sanguíneo, chamado de volemia.
Alimentação
É nesse terceiro fator que os rins conseguirão influenciar. O coração e os vasos estão adaptados a exercer suas
forças para um volume médio de cinco litros de sangue. Qualquer aumento ou diminuição desse volume irá
influenciar a pressão arterial, portanto, os rins precisam eliminar o volume que esteja em excesso ou preservar o
volume caso esteja abaixo dos limites necessários.
De que maneira esse volume pode ser alterado? Pela sua alimentação. Suponhamos que você beba 1 litro de suco
durante uma refeição. Esse volume passará por todo seu sistema digestório, sendo absorvido pela corrente
sanguínea na região do intestino. Portanto, agora você não possui apenas cinco litros de plasma sanguíneo, mas
possui seis e esse aumento do volume certamente irá influenciar nos valores adequados da sua pressão arterial.
Cabe aos rins eliminarem esse litro em excesso.
Volemia é o nome dado ao volume sanguíneo, que é regulado diretamente pelos rins. Algumas situações do nosso
cotidiano podem influenciar a manutenção renal, como, por exemplo, durante uma drenagem linfática, o volume
linfático é conduzido de volta aos vasos sanguíneos, gerando um aumento da volemia (hipervolemia); isso faz
com que os rins precisem eliminar esse volume em excesso, por isso a diurese tende a aumentar. Por outro lado,
durante uma atividade física, o aumento do gasto energético associado ao aumento da temperatura interna leva
à sudorese, perda de volume plasmático que faz com que nossos rins diminuam a produção de urina a fim de
manter o volume plasmático adequado.
Dentre as formas principais em que os rins exercem esse papel, de manutenção da volemia, está o Sistema
Renina Angiotensina Aldosterona. Trata-se de um sistema formado por diversas proteínas e enzimas
sintetizadas por diversas regiões do corpo com o objetivo de garantir a manutenção da homeostase sistêmica.
A renina é uma enzima produzida pelas células justaglomerulares renais cujas funções principais são gerar
vasocontrições nas arteríolas renais, aumentando a filtração glomerular, e também atuar como enzima na
conversão do angiotensinogênio em angiotensina I (AngI). A Ang I também será convertida por uma enzima
denominada ECA (Enzima Conversora de Angiotensina), em um potente vasoconstritor periférico chamado
Angiotensina II. Seja na sua função parácrina, ou como enzima participante do SRA, a renina produzida pelos rins
terá grande influência no aumento da pressão arterial.
Além disso, os rins são capazes de secretar Aldosterona que, por sua vez, influenciará na reabsorção de sódio nos
túbulos renais.
- -16
Figura 14 - Esquema da cascata clássica de funcionamento do sistema renina angiotensina.
Fonte: joshya, Shutterstock, 2019.
A figura a seguir mostra um esquema simplificado do sistema renina angiotensina, incluindo local de secreção e
local de atuação.
Figura 15 - Influência do SRA na ativação do hormônio aldosterona.
Fonte: joshya, Shutterstock, 2019.
Como você pode perceber, todos os sistemas do nosso corpo têm grande participação na manutenção da
homeostase e se interagem de uma maneira incrível.
A seguir, dando continuidade aos seus estudos deste capítulo, você aprenderá sobre o sistema reprodutor
masculino. Mantenha-se atento!
- -17
4.2 Sistema genital masculino
Esse sistema tem por função principal a perpetuação da espécie, portanto, será formado por órgãos responsáveis
pela formação das células germinativas (espermatozoides) e órgãos responsáveis pela liberação destes no meio
externo.
Além disso, alguns desses órgãos serão responsáveis pela síntese dos hormônios sexuais como, por exemplo, a
testosterona, responsáveis características sexuais.
Os órgãos que compõem o sistema genital masculino são: Testículo, uma rede de ductos condutores (Epidídimo,
Ducto Deferente, Ducto Ejaculatório e Uretra) e glândulas sexuais acessórias (glândula Seminal, Próstata e
glândulas Bulbouretrais), além do Escroto e do Pênis.
Figura 16 - Sistema Genital Masculino.
Fonte: logika600, Shutterstock, 2019.
Antes de nos aprofundarmos no estudo do sistema genital masculino, assista à videoaula.
https://cdnapisec.kaltura.com/p/1972831/sp/197283100/embedIframeJs/uiconf_id/30443981/partner_id
/1972831?iframeembed=true&playerId=kaltura_player_1553253733&entry_id=1_3hu5s6a4
A formação e maturação dos espermatozoides ocorrem nos testículos, que se localizam no interior do escroto. O
escroto é uma bolsa formada por músculos e pele que protege os testículos e faz a termorregulação. Os testículos
precisam estar sempre a uma temperatura de cerca de 35 graus, por isso o escroto garante que a temperatura
fique nesse nível.
Os testículos são glândulas pares de aproximadamente cinco centímetros de comprimento. Internamente, os
https://cdnapisec.kaltura.com/p/1972831/sp/197283100/embedIframeJs/uiconf_id/30443981/partner_id/1972831?iframeembed=true&playerId=kaltura_player_1553253733&entry_id=1_3hu5s6a4
https://cdnapisec.kaltura.com/p/1972831/sp/197283100/embedIframeJs/uiconf_id/30443981/partner_id/1972831?iframeembed=true&playerId=kaltura_player_1553253733&entry_id=1_3hu5s6a4- -18
Os testículos são glândulas pares de aproximadamente cinco centímetros de comprimento. Internamente, os
testículos são formados por uma rede de túbulos e, conforme as células germinativas são conduzidas por esses
ductos, são também maturadas. Nos seres humanos, a espermatogênese leva de 65 a 75 dias.
Figura 17 - Anatomia externa e interna do testículo.
Fonte: (A) CSA-Printstock, Istockphoto, 2019; (A) ttsz, Istockphoto, 2019.
Para o amadurecimento das células germinativas masculinas e femininas, é necessária a integração do sistema
genital com outro sistema, o sistema endócrino. Como já vimos anteriormente, o sistema endócrino é composto
por glândulas, ou seja, tecido epitelial especializado em secreção de substâncias na corrente sanguínea.
Essa substância secretada pelas glândulas é chamada de hormônio. Temos diversos hormônios com diferentes
funções reguladoras do nosso corpo; vamos nos ater, neste momento, ao hormônio sexual masculino: a 
testosterona.
Assim como o sistema nervoso, o sistema endócrino depende de um para exercer suas funções defeedback
maneira adequada e garantir a homeostase corporal. A essas alças de que permitem a comunicaçãofeedback
entre glândulas chamaremos de eixos hormonais.
O eixo hormonal sexual masculino é formado por três regiões: O hipotálamo,Hipotálamo, Hipófise e Testículos.
como você estudou anteriormente, se localiza no sistema nervoso central, mais especificamente no diencéfalo.
Essa é a região de principal comunicação entre o sistema nervoso e o sistema endócrino.
O hipotálamo secreta um hormônio chamado GnRh (hormônio regulador de gonadotrofina) que estimula a
glândula hipófise a secretar dois hormônios, o FSH (hormônio folículo estimulante) e o LH (hormônio
luteinizante).
Nos homens, esses hormônios estimularão a produção de testosterona no testículo e a produção e a maturação
dos espermatozoides. A testosterona será responsável pelo processo de divisão celular das células germinativas
no testículo até que elas formem os espermatozoides, além do desenvolvimento das características sexuais
secundárias, como crescimento de pelos, alteração de voz, morfologia corporal, etc.
O esquema abaixo ilustra didaticamente o funcionamento desse eixo hormonal, acompanhe.
- -19
Figura 18 - Funcionamento do eixo hormonal masculino.
Fonte: Elaborado pela professora (2018).
Você sabe qual o efeito dos hormônios esteroidais para o organismo? Acompanhe na sequência.
A rede de túbulos do testículo converge para um único túbulo denominado Epidídimo, cuja função é armazenar
os espermatozoides até a ejaculação. Os epidídimos ficam no escroto juntamente com os testículos. Durante a
ejaculação, os espermatozoides do epidídimo serão conduzidos para o ducto deferente, o qual penetra na
cavidade abdominal de maneira ascendente, contorna posteriormente a bexiga urinária, desembocando em uma
região chamada próstata. Dentro da próstata, o ducto deferente se une ao ducto da glândula seminal e forma um
novo ducto chamado de ducto ejaculatório. Veja na imagem na sequência.
VOCÊ SABIA?
Muitos homens fazem o uso de hormônios esteroidais, as “bombas”, com o objetivo de
estimular os efeitos secundários da testosterona, como, por exemplo, a hipertrofia muscular.
Porém, o que muitos não sabem é que o fato de haver uma concentração circulante maior de
testosterona do que o normal forma um negativo na produção fisiológica, podendofeedback
inclusive gerar atrofia testicular.
- -20
Figura 19 - Formação do ducto ejaculatório.
Fonte: Alila Medical Media, Shutterstock, 2019.
A glândula seminal produzirá parte do sêmen. O sêmen é um líquido que fornecerá aos espermatozoides todo o
aporte energético e nutricional para a sobrevivência fora do sistema masculino. Além disso, a secreção da
glândula seminal ativa o flagelo dos espermatozoides, garantindo a sua mobilidade. A partir dos dutos
ejaculatórios, os espermatozoides são conduzidos para a uretra, onde recebem a secreção prostática.
A próstata é uma glândula cuja secreção confere odor característico ao sêmen. No seu trajeto dentro da uretra, o
sêmen recebe ainda a secreção das glândulas bulbo-uretrais. As glândulas bulbo-uretrais localizam-se próximas
à raiz do pênis e sua secreção é responsável por neutralizar o pH da uretra.
Você deve estar lembrado que pela uretra também passa a urina, cujo pH é muito ácido. O espermatozoide não
suporta este pH baixo e por isso a secreção da glândula bulbo-uretral é tão importante. Finalmente, da uretra os
espermatozoides serão conduzidos para o meio externo.
- -21
Figura 20 - Estruturas internas e externas do sistema reprodutor masculino.
Fonte: corbac40, Istockphoto, 2019.
A seguir, acompanhe o resumo das funções das estruturas anatômicas do sistema reprodutor masculino vistas
até o momento.
A uretra masculina começa na bexiga urinária, atravessa a próstata e passa internamente ao pênis.
Diferentemente do sistema genital feminino, que será estudado mais adiante, o canal de condução da urina ao
meio e do sêmen é o mesmo.
O pênis é formado por duas partes: um corpo esponjoso e dois corpos cavernosos. O corpo esponjoso é a parte
do pênis que fica ao redor da uretra e na parte inferior do pênis.
Já na região superior do pênis, estão os em par lado a lado. Essa região também écorpos cavernosos do pênis, 
formada por tecido conjuntivo e é extremamente vascularizada. Os corpos cavernosos têm por função principal
se encher de sangue garantindo a ereção peniana.
- -22
Figura 21 - Anatomia do pênis.
Fonte: ericsphotography, Istockphoto, 2019.
Agora, vamos testar os conhecimentos adquiridos neste tópico. Para tanto, realize a atividade proposta a seguir.
Agora que finalizamos o estudo do sistema genital masculino, chegou o momento de estudarmos o sistema
genital feminino e compararmos as funções dos diferentes órgãos na reprodução. Vamos lá?!
4.3 Sistema genital feminino
O sistema genital feminino, assim como o masculino, é composto por órgãos responsáveis pela formação e
maturação das células germinativas (ovócitos) e por órgãos responsáveis pelo desenvolvimento do embrião.
Podemos didaticamente dividir os órgãos que compõem o sistema reprodutor feminino em órgãos genitais
internos e externos à cavidade pélvica.
Internamente, esse sistema é formado por . O ovário é o órgão responsávelovários, tubas uterinas, útero e vagina
por formação e maturação do ovócito; é a gônada feminina. Trata-se de um órgão par localizado na cavidade
abdominal, lado a lado com o útero.
- -23
Figura 22 - Órgãos internos do Sistema Reprodutor Feminino.
Fonte: FancyTapis, Istockphoto, 2019.
As células germinativas femininas são formadas ainda no período embrionário e, assim que a mulher entra na
puberdade, os hormônios femininos (que serão estudados mais adiante) promovem o amadurecimento dos
ovócitos, tornando-os fertilizáveis. A cada ciclo menstrual um ovócito é liberado pelo ovário.
O ovócito liberado na cavidade abdominal será captado pelas tubas uterinas. As tubas uterinas são órgãos de
, que se estendem lateralmente a partir do útero, medem aproximadamente 10 cm demúsculo liso, pares
comprimento e fornecem uma via para o ovócito chegar até o útero. Ocorrendo a fecundação, a tuba uterina é a
via utilizada pelo embrião para chegar até o útero.
As tubas uterinas e os ovários não estão conectados, mas estão localizados de maneira bem próxima. A parte da
tuba uterina que fica mais próxima do ovário é uma região denominada i anfundíbulo da tuba uterina. Ess
região possui “franjas” chamadas , que estão ligadas à extremidade lateral do ovário. Jáfímbrias da tuba uterina
a região pela qual a tuba se conecta ao útero é denominada . As fímbrias varrem aistmo da tuba uterina
superfície do ovário durante o período fértil e captam o ovócito assim que ele é liberado pelo ovário, fazendo
com que ele entre na tuba uterina. A tuba uterina conduzirá então o ovócito na direção do útero.
- -24
Figura 23 - Regiões anatômicas da tuba uterina.
Fonte: Magic mine, Shutterstock, 2019.
Um espermatozoide geralmente encontrae fertiliza um ovócito ainda no interior da tuba uterina. A fertilização
pode ocorrer até aproximadamente 24 horas após a ovulação e o embrião formado chegará ao útero ao final do
sexto dia de gestação. Caso não haja fecundação, esses ovócitos serão conduzidos até o útero, se desintegrarão e
serão eliminados através da vagina ao meio externo.
Já no útero, encontraremos um local no qual esse óvulo fecundado poderá se implantar e o embrião se
desenvolver. O útero é um órgão de músculo liso situado entre a bexiga urinária e o reto. Em mulheres que
nunca engravidaram, ele possui cerca de sete centímetros e meio de comprimento.
- -25
Figura 24 - Localização anatômica do útero (vista lateral da cavidade abdominal).
Fonte: Hank Grebe, Istockphoto, 2019.
O útero é formado por três camadas: a camada mais interna denominada endométrio (tecido epitelial de
revestimento), a camada média denominada miométrio (tecido muscular liso), e a camada mais externa
denominada perimétrio (tecido conjuntivo).
O endométrio é o tecido de revestimento interno uterino; será o local inicial de fixação do embrião. Caso não haja
fertilização do ovócito e chegada de um embrião ao útero, o endométrio descama e é eliminado na menstruação.
- -26
O miométrio é a região do útero formada por tecido muscular e, portanto, capaz de exercer a contração para
auxiliar no nascimento e o perimétrio. Trata-se do tecido seroso mais externo do útero, responsável por
sustentar o útero em sua posição anatômica, proteger e nutrir os tecidos adjacentes.
Anatomicamente, o útero possui algumas regiões: Fundo uterino, Istmo uterino, Corpo uterino e Colo uterino,
como você pode observar na figura abaixo.
VOCÊ QUER VER?
Anatomia viva. Você faz alguma ideia de como se parecem os órgãos genitais internos de uma
mulher? É possível visualizá-los através de vídeos de cirurgia laparoscópica.
Assista aos vídeos abaixo, nos quais você verá o útero e o ovário em uma mulher de verdade.
Observe a coloração e a mobilidade desses órgãos. A cirurgia foi realizada para o tratamento
da endometriose. A endometriose é uma doença na qual há o crescimento excessivo do
endométrio, muitas vezes para fora da cavidade uterina. Normalmente, o tratamento é
hormonal, mas quando o endométrio cresce para fora do útero, o procedimento cirúrgico é
necessário. Bom vídeo!
Para compreender quais são os órgãos no interior da pelve, clique no : <link https://www.
>.imaios.com/br/e-Anatomy/Torax-abdomen-pelve/Pelve-feminina-Laparoscopia
Agora, para ver a cirurgia da endometriose clique em: < >.https://youtu.be/fuxqTFfVAB8
https://www.imaios.com/br/e-Anatomy/Torax-abdomen-pelve/Pelve-feminina-Laparoscopia
https://www.imaios.com/br/e-Anatomy/Torax-abdomen-pelve/Pelve-feminina-Laparoscopia
https://youtu.be/fuxqTFfVAB8
- -27
Figura 25 - Regiões anatômicas do útero.
Fonte: LAROSA (2018).
Observe na imagem que o colo do útero se encontra dentro do canal vaginal, numa região superior do canal
denominada fórnice da vagina. A vagina tem aproximadamente nove centímetros de comprimento e tem por
função principal ser o local de recebimento do pênis e o local de saída do feto. É também a última região que
compõem os órgãos genitais internos. A porção mais inferior da vagina forma o óstio da vagina (abertura da
vagina para o exterior), que pode ser recoberto por uma membrana fina e mucosa em formato de anel, chamada
hímen. O hímen se rompe após as primeiras relações sexuais.
A região genital externa feminina ou também chamada de consiste em: pudendo feminino monte do púbis, lábios
Quer aprender mais sobre essamaiores do pudendo, lábios menores do pudendo, clitóris e vestíbulo da vagina. 
região? Clique nas setas abaixo e confira!
O monte do púbis é uma elevação de tecido adiposo recoberto por pele e pelos pubianos que protegem a sínfise
púbica. A partir dele, partem duas pregas de pele longitudinais, denominadas lábios maiores do pudendo, que
também são recobertos por pelos pubianos; são homólogos (correspondentes) ao escroto.
Medialmente aos lábios maiores do pudendo estão duas pregas de pele menores chamadas lábios menores do
Os lábios menores do pudendo são desprovidos de pelos pubianos, são homólogos (correspondentes)pudendo. 
à parte esponjosa do pênis.
O é uma região pequena extremamente inervada e vascularizada, localizado na junção anterior dosclitóris
lábios menores do pudendo. A região entre os lábios menores do pudendo é o vestíbulo da vagina. No interior do
vestíbulo estão o óstio da vagina e o óstio externo da uretra.
Agora, observe na figura abaixo o pudendo feminino.
- -28
Figura 26 - Pudendo feminino.
Fonte: blueringmedia, Istockphoto, 2019.
Na sequência, faça a atividade prevista para esta seção de estudo.
Vimos até o momento as estruturas anatômicas responsáveis pelo desenvolvimento das células germinativas
femininas (ovócitos), o trajeto a ser percorrido por elas e o local de fixação e desenvolvimento do embrião. A
seguir, estudaremos de que maneira todo esse processo acontece, sob a influência hormonal.
4.4 Ciclo ovariano e uterino
Agora que você já conhece os órgãos genitais femininos, vamos assistir à videoaula para conhecer como os
hormônios controlam o ciclo menstrual?
https://cdnapisec.kaltura.com/p/1972831/sp/197283100/embedIframeJs/uiconf_id/30443981/partner_id
/1972831?iframeembed=true&playerId=kaltura_player_1553253813&entry_id=1_3epzert3
Para o amadurecimento das células germinativas femininas, precisaremos da ação do hipotálamo, da hipófise e
dos ovários. Os hormônios sexuais produzidos nos ovários são o estrógeno e a progesterona.
O eixo hormonal feminino é bem parecido ao masculino que estudamos anteriormente.
A seguir, veremos um esquema do funcionamento do eixo hipotalâmico hipofisário ovariano, envolvendo não
somente glândulas como também os hormônios secretados e o envolvido na manutenção do eixo.feedback
https://cdnapisec.kaltura.com/p/1972831/sp/197283100/embedIframeJs/uiconf_id/30443981/partner_id/1972831?iframeembed=true&playerId=kaltura_player_1553253813&entry_id=1_3epzert3
https://cdnapisec.kaltura.com/p/1972831/sp/197283100/embedIframeJs/uiconf_id/30443981/partner_id/1972831?iframeembed=true&playerId=kaltura_player_1553253813&entry_id=1_3epzert3
- -29
Figura 27 - Funcionamento do eixo hormonal feminino.
Fonte: Elaborado pela professora (2018).
Vamos conhecer as funções de cada um desses hormônios da regulação do ciclo menstrual? Clique nas abas e
confira!
•
FSH
Promove o crescimento folicular, amadurece o ovócito, estimula os ovários a secretar estrógeno.
•
LH
Estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos, estimula os ovários a secretar progesterona,
estimula as células do folículo em desenvolvimento a produzir androgênios. Além disso, estimula a
ovulação.
•
Estrógeno e progesterona
Promovem o desenvolvimento e manutenção das estruturas reprodutivas femininas,
características sexuais secundárias (distribuição do tecido adiposo nas mamas, no abdome, no
monte do púbis e nos quadris; tom da voz; uma pelve ampla; e o padrão de crescimento de pelos
no corpo) e mamas; aumentam o anabolismo proteico; baixam o nível sanguíneo de colesterol;
inibem tanto a liberação de GnRH pelo hipotálamo quanto a secreção de LH e de FSH pela adeno-
hipófise, formando assim o negativo; mantêm o endométrio para a implantação de umfeedback
óvulo fertilizado e preparam as glândulas mamárias para a secreção de leite.
A seguir, você encontrará uma imagem ilustrando os hormônios produzidos pelo hipotálamo e pela
•
•
•
- -30
A seguir, você encontrará uma imagem ilustrando os hormônios produzidos pelo hipotálamo e pela
adenohipófise referentes ao eixo sexual feminino. Além disso, a ilustração também traz uma representação da
ação desses hormônios sobre a maturação dos folículos e os efeitos uterinos após a estimulação do ovário.
Figura 28 - Esquema ilustrando as oscilações hormonais que ocorrem durante os ciclos menstruais e ovarianos e 
as ações hormonais.
Fonte: DERRICKSON; TORTORA (2018).
Durante a puberdade, as mulheres entramem seu período fértil, que compreende a fase que vai em média dos 12
anos até os 50 anos. Durante essa, fase as mulheres apresentam alterações cíclicas no ovário e no útero. Como
esse ciclo ocorre em períodos aproximados de um mês, ele é chamado de ciclo menstrual.
Em cada ciclo menstrual, um ovócito é amadurecido e liberado pelo ovário e o útero é preparado para receber
uma possível gestação. O eixo hipotálamo-hipófise-ovário controla as alterações hormonais necessárias. Para
facilitar nosso estudo, dividiremos o ciclo menstrual em duas etapas: o ciclo ovariano e o ciclo uterino. Para
aprender mais sobre eles, clique nas abas abaixo.
Ciclo ovariano 
O ciclo ovariano corresponde a uma série de eventos nos ovários que ocorrem durante e após a maturação do
ovócito.
Ciclo uterino 
O ciclo uterino corresponde a uma série de eventos no endométrio do útero para prepará-lo para a chegada de
um embrião. Quando a fertilização não ocorre, parte do endométrio descama e um novo ciclo é iniciado.
Agora, vejamos quais as fases do ciclo reprodutivo feminino. Fique atento!
Fases do ciclo reprodutivo feminino
A duração do ciclo reprodutivo feminino dura em média 28 dias e pode ser dividido em quatro fases: a fase
menstrual, a fase pré-ovulatória, a ovulação e a fase pós-ovulatória. Para conhecê-los, clique nos itens abaixo.
Corresponde à menstruação e dura aproximadamente os 5 primeiros dias do ciclo. Por
- -31
Fase menstrual
Corresponde à menstruação e dura aproximadamente os 5 primeiros dias do ciclo. Por
convenção, considera-se o primeiro dia da menstruação como sendo o primeiro dia do ciclo.
O fluxo menstrual do útero consiste na eliminação de 50 a 150 mℓ de sangue arterial, líquido
tecidual, muco e células epiteliais do endométrio descamado. A descamação do endométrio
ocorre porque há redução dos níveis de progesterona e estrogênios fazendo com que ocorra
uma vasoconstrição do endométrio, levando as células endométriais à morte e consequente
descamação. O endométrio descamado passa da cavidade uterina pelo colo do útero e vagina
até o meio externo.
Fase pré-
ovulatória
A fase pré-ovulatória é o período entre o fim da menstruação e a ovulação. Tem a duração de
6 a 13 dias em um ciclo de 28 dias. Nessa fase, teremos por ação do FSH no ovário: o
amadurecimento de um folículo e o aumento da produção de estrogênio pelas células
foliculares. No útero, os estrogênios liberados para o sangue pelos folículos ovarianos em
crescimento estimulam o reparo do endométrio e ocorre a sua proliferação e espessamento.
Ovulação
A ovulação corresponde à ruptura do folículo maduro e a liberação do ovócito para o interior
da cavidade pélvica; geralmente ocorre no 14º dia em um ciclo de 28 dias. Para a ovulação
ocorrer, é necessário que a hipófise secrete uma grande quantidade de LH, que atuará no
ovário.
Fase pós-
ovulatória
A fase pós-ovulatória corresponde ao período entre a ovulação e o início da menstruação
seguinte. Dura cerca de 14 dias em um ciclo de 28 dias, do 15º ao 28º dia. Depois da ovulação,
as células do folículo que restaram dentro do ovário adquirem receptores para o LH e passam
a produzir progesterona. A progesterona atua no útero e faz com que o endométrio
espessado se torne secretor. No endométrio, as glândulas uterinas, sob ação da progesterona,
vão aumentar a secreção de glicogênio e outros nutrientes para o embrião que pode ou não
chegar. Se houver fertilização, há aumento da liberação de LH pela hipófise e consequente
aumento na produção de progesterona pelo ovário. Se não houver fertilização, a secreção de
progesterona pelo ovário vai diminuindo e um novo ciclo começa.
Agora, vamos conhecer ainda mais sobre o ciclo, observando o infográfico abaixo.
O ciclo reprodutivo feminino pode ser influenciado por muitos fatores, incluindo o peso corporal, a alimentação
e atividade física. Mulheres atletas estão sujeitas a uma condição conhecida como Tríade da mulher atleta:
transtorno alimentar, amenorreia e osteoporose.
Muitas atletas estão sob grande pressão para perder peso e treinar exaustivamente para melhorar o
desempenho. É frequente que elas desenvolvam transtornos alimentares, baixo peso e uma rotina extenuante de
atividades físicas. A amenorreia é ausência de menstruação e, em atletas mulheres, está relacionada com a
redução na secreção de LH e FSH. Como os estrogênios participam do processo de fixação do cálcio nos ossos, as
VOCÊ QUER LER?
O ciclo reprodutivo feminino pode ser controlado para evitar que a mulher engravide de
maneira indesejada. Há muito métodos de controle de natalidade que podem utilizar o
conhecimento da fisiologia humana para evitar a gestação. Leia mais sobre controle de
natalidade no livro:
TORTORA, J., G.; DERRICKSON, Bryan. . 2018.Princípios de Anatomia e Fisiologia, 14ª edição
Pag. 1081. [Minha Biblioteca]. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#
>./books/9788527728867/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/
- -32
redução na secreção de LH e FSH. Como os estrogênios participam do processo de fixação do cálcio nos ossos, as
atletas perdem grande quantidade de mineral e podem desenvolver osteoporose precocemente.
Na sequência, você poderá relacionar a secreção dos hormônios hipofisários e os ovarianos a cada fase do ciclo
menstrual. Vamos lá?
Você percebeu como é complexo o ciclo reprodutivo feminino? Vimos como a hipófise controla a secreção de
hormônios no ovário e como os hormônios ovarianos modificam as características do útero. Toda essa incrível
maquinaria é essencial para que as mulheres façam a manutenção da homeostase.
Síntese
Neste capítulo, estudamos o aparelho urogenital e aprendemos como o nosso organismo elimina os resíduos
metabólicos, forma a urina e se reproduz. 
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
• conhecer sobre o sistema urinário;
• aprender o funcionamento do sistema genital masculino e feminino;
• identificar os ciclos ovariano e uterino.
Bibliografia
CARNEIRO, José; JUNQUEIRA, Luiz Carlos Uchoa. . 12 ed. Rio de Janeiro:Histologia básica - Texto e Atlas
Guanabara Koogan, 2013.
LAROSA, Paulo Ricardo R. . 1 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.Anatomia humana: texto e atlas
MOORE, L. K.; DALLEY, F. A.; AGUR, R. A. M. . 8. ed. Rio de Janeiro: GuanabaraAnatomia Orientada para Clínica
Koogan, 2019. [Minha Biblioteca]. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books
>./9788527734608/
TORTORA, J. G.; DERRICKSON, B. , 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,Princípios de Anatomia e Fisiologia
2018. [Minha Biblioteca]. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/
>.
SILVERTHORN, D. U. : uma abordagem integrada. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. Fisiologia humana [Minha
Biblioteca]. Disponível em: < >.https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714041/
•
•
•
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527734608/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527734608/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714041/
	Introdução
	4.1 Sistema Urinário
	4.2 Sistema genital masculino
	4.3 Sistema genital feminino
	4.4 Ciclo ovariano e uterino
	FSH
	LH
	Estrógeno e progesterona
	Síntese
	Bibliografia

Continue navegando