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Fichamento: SCHWARCZ, Lilia M. e STARLING M. Habemus Independência: instabilidade combina com o primeiro Reinado Brasil: Uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015 (p. 223 242).

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
História Econômica, Política e Social do Brasil
Profa. Dra. Cristina Campos
Fichamento: SCHWARCZ, Lilia M. e STARLING M. “Habemus Independência: instabilidade combina com o primeiro Reinado” Brasil: Uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015 (p. 223 – 242).
Aluna: Carolina Franchini Santiago RA: 159643
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Logo no início do texto é tratada a questão da monarquia no Brasil, como que manter a monarquia acabou tornando-se uma questão que estava diretamente relacionada com as elites dos pais. Já que ao manter a postura física de um rei, a população estaria "contida" e, desse modo, a ordem social pré-estabelecida não cairia em ruínas e não ocorreria fragmentação territorial ou populacional. Com isso, torna-se notável que a presença da monarquia no território trazia a estabilidade que as elites "coloniais" queria, sem que seu estilo de vida fosse fortemente influenciado, além disse boa parte das riquezas que ia em direção de Portugal, a metrópole por meio de impostos, agora ficaria retida no novo governo instaurado no território.
No decorrer do texto o autor fala sobre as mudanças do contexto político que pouco afetava a população em um contexto mais geral. Ocorreram mudanças relacionadas ao brasão do império, assim como mudanças na bandeira, a coroação e, ainda assim, boa parte das questões que envolviam a população que realmente necessitava de serviços melhorias de qualidade de vida, era deixada de lado. Foram feitas grandes festas pinturas que retratavam o cotidiano da família real. Boa parte das pinturas foram confeccionadas por Debret. Em suas obras o autor mostrava a real realidade do reino e não aquilo que os nobres queria apresentar, necessariamente. Nos quadros, segundo o autor "Debret revela uma rigidez formal, mal resolvida. A monarquia estava longe de se encontrar em situação estável, e o ambiente não era de serenata. Em primeiro lugar não há como esquecer a contradição flagrante entre uma monarquia que pretendia "civilizada" e a vigência da escravidão, esta, sim, enraizada em todo o território. Espécie de violência legal e moral institucionalizada, o sistema era não só oficial como naturalizado pelo país afora. "(p.228).
A escravidão no Império não era vantajosa para os negócios da Inglaterra que estava passando por um grande momento de produção, principalmente, de algodão. Para a Inglaterra era fundamental que existisse um mercado consumidor para comprar as mercadorias que estavam sendo produzidas em massa, desse modo, para a formação de tal mercado a escravidão deveria dar lugar ao trabalho assalariado. Se novo método de "trabalho" faria com que a economia do Estado e dos outros países, num contexto geral, lucrasse, já que existem mais pessoas que podem comprar de uma mercadoria, já que existem mais pessoas que possuem acesso ao dinheiro e, teoricamente, podem fazer o que quiserem com ele.
Contudo, mesmo com as inúmeras pressões realizadas pela Grã-Bretanha o "real fim da escravidão" ocorreu somente em 1888, já que o governo queria, desde meados de 1820 que a abolição ocorresse de maneira gradual, já que não era de interesse da maioria dos produtores que ocorresse a libertação dos escravos.
Ainda sofrendo com pressões políticas sobre as decisões que deveriam ser tomadas com o contexto político da época, o reino estava dividido entre os liberais moderados, exaltados e a frente a favor do governo português. Foram realizadas tentativas de se estabelecer uma constituição, Assembleias foram constituídas e logo em seguida foram dissolvidas, todo o contexto visava garantir um sistema que "libertasse" o Império de suas coligações com a antiga metrópole.
Inúmeros problemas de convivência abalavam alguns pilares da nobreza aqui no território, assim como as questões públicas com argumentos de ação ruins ou mal resolvidos. Desencadearam-se uma série de pequenos conflitos, por pessoas que queriam em boa parte que houvesse separação total dos moldes do governo lusitano e que fosse criada uma forma de governar genuína.
Em meio a tantos tumultos o imperador abdicou e deixou seu pequeno filho em seu lugar, o que trouxe felicidade para o povo, já que o imperador cedeu à pressão popular, contudo a questão seria passageira daria lugar novamente às dúvidas, já que são se sabia quem iria governar o império, já que o filho do imperador tinha apenas 6 anos de idade. Novas angústias nasceram e a briga pelo poder iniciou-se novamente, mas dessa vez com a regência do imperador.

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