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FACULDADE E ESCOLA TÉCNICA LS EDUCACIONAL PAULA LUCIANO DE AZEVEDO SANDY SOUSA COSTA JULIANE EVYLEN RODRIGUES DE ARAUJO GUILHERME DE SOUSA LINO FARMACOLOGIA CLÍNICA Taguatinga-DF 2020 3 1. ANTIPARASITÁRIOS A função dos antiparasitários é: •Reduzir ou eliminar o número de ovos nas fezes animais; •Eliminar os helmintos; •Promover a migração dos vermes dentro do hospedeiro para órgãos onde possam ser destruídos por fagocitose. a. Anti-helmínticos - Benzimidazol É um anti-helmíntico versátil, especialmente contra nematódeos. É altamente eficaz contra ascaríase, enterobíase, tricuríase e ancilostomíase, como infecções únicas ou mistas. É um medicamento ativo contra larvas e os estágios adultos de nematódeos.Inibe a captação de glicose produzindo redução na formação de ATP (Adenosina tri-fosfato) necessário para a sobrevivência e reprodução, ocasionando paralisia e morte do verme. Apresenta como toxicidade: anorexia, náuseas, vômito, dor abdominal, diarreia, alucinações, convulsões, embriotoxicidade e teratogenicidade. b. Mebendazol (Pantelmin): É um anti-helmíntico de grande espectro que determina a erradicação de ascaridíase, enterobíase, tricocefalíase, ancilostomíase, necatoríasee teníase. Pelo seu mecanismo de ação antiparasitário inibe, de forma seletiva e irreversível, a absorção de glicose, o que provoca a depleção dos depósitos de glicogênio nos microtúbulos das células tegumentárias e intestinais do parasita. Tudo isso gera imobilidade, paralisia motora e 4 morte dos diferentes nematódeos. É terapia de escolha para Ascaris lumbricoides, Enterobius vermicularis, Trichiuris trichiura, Ancylostoma duodenale e Necator americanus e terapia alternativa a doses altas em infecções por Toxocara, Trichinella spiralis volvulus e Equinococcus granulosus Sua absorção pelo organismo humano é muito escassa no trato gastrintestinal, e, portanto, sua biodisponibilidade é baixa, além de sofrer uma intensa eliminação (80%) hepática. O mebendazol tem aumentada sua absorção quando é administrado de forma concomitante com as refeições. Sua ligação com as proteínas plasmáticas é muito elevada (95%), sua meia-vida é de 2,5 a 5,5 horas que pode ser prolongada em pacientes com insuficiência hepatocelular. Sua eliminação é realizada parcialmente pelo fígado e finalmente pela urina, tanto como droga ativa como metabolizada. c. Albendazol (Zentel): É um anti-helmíntico derivado do benzimidazol e com mecanismo de ação semelhante ao Mebendazol (impede a absorção da glicose pelo parasita, interrompendo a função microtubular). É um medicamento prescrito para o tratamento de ancilostomíase, ascaridíase e enterobíase. É fracamente absorvido pelo trato gastrintestinal (< 5%). A absorção oral aumenta com a ingestão de alimentos gordurosos. O pico plasmático é atingido em 2 horas. É bem distribuído ao SNC e penetra nos cistos hidáticos. A taxa de ligação protéica é de 70%. Seu principal metabólito ativo possui meia-vida de aproximadamente 8,5 horas. A eliminação é feita predominantemente pela bile, excretado na urina em forma ativa e como metabólitos inativos.Como os demais derivados benzimidazólicos, o Albendazol é teratogênico e embriotóxico, devendo ser evitado pro gestantes. Apresentam-se como comprimidos mastigáveis (dose única) ou suspensão oral 2. ANTIVIRAIS a. Aciclovir O Aciclovir difere de análogos de nucleósidos em anteriores contendo apenas uma estrutura de nucleósido parcial: o anel de açúcar é substituído por uma estrutura de cadeia aberta. É seletivamente convertido em monofosfato de guanosina - acyclo ( acyclo -GMP ) por quinase de timidina viral, o que é muito mais eficaz ( 3000 vezes ) na fosforilação celular de timidina-quinase. Posteriormente, a forma monofosfato é ainda fosforilada na forma trifosfato ativo, trifosfato acyclo - guanosina ( acyclo -GTP ) por quinases celulares. Acyclo -GTP tem aproximadamente 100 vezes maior afinidade do que com polimerase viral celular. 5 Como substrato, acyclo -GTP é incorporada no ADN viral, o que resulta em uma terminação prematura da cadeia. Embora o Aciclovir se assemelha a um nucleótido, que não tem uma extremidade 3'. Portanto, após a sua incorporação numa cadeia de ADN em crescimento, há nucleotídeos adicionais podem ser adicionados a esta vertente. Também tem sido demonstrado que as enzimas virais não pode remover acyclo -GTP a partir da cadeia, o que resulta na inibição de uma maior atividade de polimerase de ADN . Acyclo -GTP é metabolizado muito rapidamente no interior da célula, possivelmente por fosfatases celulares. b. Lopinavir + Ritonavir Lopinavir é um inibidor VIH-2. A inibição da protease VIH evita a clivagem da poliproteina gag-pol produzindo vírus imaturos, não-infeciosos. c. Sofosbuvir O Sofosbuvir é um inibidor pan-genotípico da ARN polimerase ARN-dependente VHC NS5B, que é essencial para a replicação viral. O Sofosbuvir é um pró-fármaco nucleótido que é sujeito a metabolismo intracelular para formar o análogo farmacologicamente ativo da uridina trifosfato (GS-461203), que pode ser incorporado no ARN VHC pela polimerase NS5B e atua como terminador de cadeia. Num ensaio bioquímico, o GS-461203 inibiu a atividade de polimerase da VHC NS5B recombinante de genótipos 1b, 2a, 3a e 4a, com valores da concentração inibitória de 50% (CI50) variando entre 0,7 e 2,6 μM. O GS-461203 (o metabolito ativo do Sofosbuvir) não é um inibidor das ADN e ARN polimerases humanas, nem é um inibidor da ARN polimerase mitocondrial 3. ANTIBIÓTICOS a. amoxicilina A Amoxicilina liga-se bem à proteína de ligação à penicilina 1A (PBP-1A) localizada no interior da célula bacteriana.As penicilinas acilato a transpeptidase C-terminal de domínio sensível à penicilina mediante da abertura do anel de lactama .Esta inactivação da enzima evita a formação de uma ligação-cruzada de duas cadeias de peptidoglicano lineares, a inibição da terceira e última fase da síntese da parede celular bacteriana. A lise celular é, então, mediada por enzimas da parede celular bacteriana autoliticas bacterianas tais como autolisinas; é possível que a Amoxicilina interfira com um inibidor de autolisina. b. Tetraciclina As tetraciclinas entram na célula por difusão, em um processo dependente de gasto de energia. Ligam-se, de maneira reversível, à porção 30S do ribossoma, bloqueando a ligação do RNA transportador, impedindo a síntese protéica. 6 c. Glicilciclinas A tigeciclina inibe a tradução protéica nas bactérias, ligando-se à subunidade ribossômica 30S bloqueando a entrada de moléculas aminoacil RNAt no sítio do ribossomo . 4. ANTIFÚNGICOS a. Fluconazol O Fluconazol interage com a desmetilase 14-α, uma enzima citocromo P450 necessária para converter lanosterol em ergosterol. Como o ergosterol é um componente essencial da membrana da célula fúngica, a inibição da sua síntese resulta no aumento da permeabilidade celular provocando fugas de conteúdos celulares. O Fluconazol também pode inibir a respiração endógena, interagir com os fosfolipídios de membrana, inibem a transformação de leveduras para formas de micélio, inibir a absorção de purina, e prejudicar triglicérides e / ou biossíntese de fosfolipídios. b. Cetoconazol O mecanismo de ação do cetoconazol envolve a inibição da biossíntese do ergosterol ou outros esterois, danificando as membranas celulares do fungo, alterando também sua permeabilidade, tendo como resultado a perda de seus elementos intracelulares. Ocasiona também a inibição da biossíntese dos triglicérides e fosfolipídios do fungo, adicionado também à inibição oxidativa e peroxidativa da sua atividade enzimática, resultando nasconcentrações tóxicas de peróxido de hidrogênio intracelular, o que pode contribuir para a deterioração das organelas sub-celulares e necrose celular. No tratamento de Candida albicans, inibe a transformação dos blastóporos na forma invasiva de micélio. c. Itraconazol Estudos in vitro demonstraram que o itraconazol inibe a síntese do ergosterol em células fúngicas. O ergosterol é um componente vital da membrana celular dos fungos. A inibição da sua síntese tem como última consequência um efeito antifúngico.
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