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Resenha crítica do filme divertida mente

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Resenha crítica do filme: Divertida mente
Direção: Pete Docter, Ronaldo Del Carmen
Por Maíra Santos de Andrade Cruz
Taiziane do Nascimento Pereira
O filme divertida mente conta a história de uma menina chamada Riley, a história começa com o seu nascimento e as primeiras memórias da garotinha, sendo a alegria a primeira delas que se torna o comando central de controle do cérebro da Riley, sendo auxiliada por outras emoções: a tristeza, o medo, o nojinho e a raiva. A história acontece dentro e fora da mente de Riley que tem 11 anos de idade quando passa por uma grande mudança em sua vida: mudar com os seus pais da cidade de Minnesota para a cidade de San Francisco, deixando para trás toda a história e vínculos que havia construído. 
O filme nos mostra que os sentimentos são despertados através das experiências vivenciadas pela criança, e que quando o ambiente é propicio para o crescimento saudável, estes sentimentos estarão equilibrados. A afetividade é muito importante, principalmente na primeira infância para que a criança sinta-se acolhida, protegida e auto confiante para se sentir capaz de desenvolver novas habilidades e aperfeiçoar as que já possuem. Desde o início do filme podemos perceber que a vida da Riley é marcada por um ambiente recheado de ludicidade e movimento, e nestes momentos lúdicos podemos notar a presença dos seis direitos de aprendizagem estabelecidos pela BNCC, como por exemplo o (direito 2 brincar), logo no inicio vemos a garotinha em sua primeira infância correndo alegre pela casa com um carrinho e seus brinquedos, em seguida podemos perceber a convivência e participação dela com seus pais (direito 1 e 3 conviver e participar), além da exploração (direito 4) dos seus próprios movimentos e do ambiente que a mesma faz. Na próxima cena já vemos o direito (5 expressar) em ação, quando a menina mostra suas preferencias ao se alimentar e sabemos que o (direito 6 conhecer-se) vai sendo construído no decorrer de cada uma dessas experiências. Como podemos notar em uma única cena já conseguimos notar exemplos de todos os seis direitos vistos na BNCC em ação mesmo que fora da educação formal.
A maioria das memórias da Riley são formadas por momentos alegres, como fica bem claro na cena em que suas memorias base são mostradas orgulhosamente pela alegria como por exemplo o seu primeiro gol, e o filme também nos mostra que essas memorias base são responsáveis por formar seus traços de personalidade e em todos esses momentos os sentimentos estão ali presentes direcionando as decisões que ela toma e vai moldando o seu “eu”. Aqui podemos também citar a importância dos campos de experiência da educação infantil que colocam a criança como centro do processo educativo e destaca as experiências fundamentais para que a criança aprenda e se desenvolva. As experiências que vemos no cotidiano da Riley estão sempre contribuindo para o seu desenvolvimento e aprendizagem, podemos notar a importância de que essas aprendizagens aconteçam em um contexto lúdico. Entre os 5 campos de experiências da BNCC podemos destacar o primeiro: o Eu, o outro e o nós como um campo marcante no filme, já que em todo o filme destaca-se experiências relacionadas a construção da identidade da Riley, destacando a importância das emoções, do equilíbrio entre elas e das consequências do desequilíbrio das mesmas.
Em sua passagem da infância para adolescência um fato marcante acontece em sua vida, a mudança de cidade, causa um desequilíbrio emocional em sua vida. A garotinha que antes tinha a alegria como emoção mais marcante, passa por um momento em que não sabe muito bem lidar com a situação em que está vivendo e passa a experimentar outros sentimentos com mais intensidade, como: o medo e a raiva que nessa fase passam a ser mais intensos e a alegria parece ter sido esquecida junto com suas memórias da infância, inclusive junto com seu amigo imaginário Bim bong e a tristeza que sempre foi reprimida pelos outros sentimentos, principalmente pela alegria. Todo esse desequilíbrio faz com que a Riley fique sem demonstrar seus sentimentos. A alegria e a tristeza, perdidas na memória de longo prazo e quase esquecidas, começam uma verdadeira jornada para voltarem a sala de comando, no começo a alegria não dar muita importância para a tristeza e senti-se mais importante, mas depois percebe que a tristeza também é muito importante. A importância da tristeza fica claro no filme: “Chorar faz eu me acalmar e faz eu suportar o peso dos meus problemas” (Tristeza).
Divertida mente nos fala sobre a importância de respeitar os momentos que passamos em nossa vida, independentemente de serem alegres ou tristes. A alegria as vezes pode fazer com que não enxerguemos algo por ser doloroso e esses momentos também são fundamentais para o nosso desenvolvimento.
Para a educação infantil o filme nos deixa essa grande lição: precisamos respeitar os sentimentos das crianças, deixar que elas sintam cada momento, que chorem se necessário, que tenham medo, em fim que saibam que é normal passarmos por vários tipos de experiências e que sintam-se seguras para enfrentar cada um deles e sempre voltar a buscar o equilíbrio, e sem dúvidas tudo isso também vale para nós adultos. Precisamos reconhecer nossos próprios sentimentos e entender que cada um tem uma função específica e um momento certo para entrar em ação cumprindo seu objetivo. O filme é emocionante literalmente, pois fala de maneira lúdica e resumida sobre inteligência emocional e o quanto ela é importante em todas as fases de nossa vida.

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