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Estratégias de Saúde da Família e o Núcleo de Apoio à Saúde da Família

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Núcleo de Educação a Distância
R. Maria Matos, nº 345 - Loja 05
Centro, Cel. Fabriciano - MG, 35170-111
www.graduacao.faculdadeunica.com.br | 0800 724 2300
GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO.
Material Didático: Ayeska Machado
Processo Criativo: Pedro Henrique Coelho Fernandes
Diagramação: Heitor Gomes Andrade
PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira, Gerente Geral: Riane Lopes, 
Gerente de Expansão: Ribana Reis, Gerente Comercial e Marketing: João Victor Nogueira
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para 
a formação de profi ssionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por 
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!
Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confi ança 
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se 
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as 
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma 
nação soberana, democrática, crítica, refl exiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a 
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos.
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas
pessoais e profi ssionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver 
um novo perfi l profi ssional, objetivando o aprimoramento para sua atua-
ção no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualifi car ainda mais para o magistério nos demais níveis de
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a)
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial.
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos 
conhecimentos.
Um abraço,
Grupo Prominas - Educação e Tecnologia
Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas! .
É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha 
é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é 
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização. 
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como 
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua 
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profi ssional. Todo conteúdo 
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de 
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.
Estude bastante e um grande abraço!
Professora Suelen Silva
O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao 
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especifi cadamente em partes 
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao 
seu sucesso profi sisional.
Esta unidade tem como objetivo analisar os princípios da Estratégia 
Saúde da Família (ESF), visando capacitar os profi ssionais, estudantes 
e pesquisadores da área da saúde com conhecimentos técnico-cien-
tífi cos e promover a Saúde da família com foco principal na assistên-
cia humanizada e nas práticas em saúde pública. O curso é destinado 
também àqueles que não atuam diretamente na área, mas estão inte-
ressados em agregar novos conhecimentos e aprendizado acerca dos 
temas relacionados. A unidade aborda três capítulos: 1) Organização da 
Atenção à Saúde 2) Estratégia Saúde da Família (ESF) e 3) Assistência 
na atenção básica para ESF. Cada capítulo apresenta subitens com-
plementares e relacionados aos temas. A temática é de extrema impor-
tância, pois a Estratégia Saúde da Família (ESF) promove a qualidade 
de vida da população brasileira, minimizando os fatores que colocam a 
saúde em risco, como a falta de atividade física, a má alimentação e o 
uso de tabaco. Os resultados revelam que a ESF se fortalece como uma 
porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) graças à atenção 
integral, equânime e contínua.
Gestão em Saúde. Capacidade organizacional. Saúde Pública.
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CAPÍTULO 01
SISTEMAS DE SAÚDE E ORGANIZAÇÃO DE SERVIÇOS
Sistema Único de Saúde (SUS)_______________________________
Apresentação do módulo __________________________________
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Planejamento da Saúde Pública brasileira_____________________ 17
Implantação da estratégia – Do PSF ao ESF____________________ 33
Composição e atribuições dos profi ssionais da Estratégia Saúde 
da Família________________________________________________ 40
CAPÍTULO 02
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF)
CAPÍTULO 03
ASSISTÊNCIA NA ATENÇÃO BÁSICA PARA ESF
Atenção à saúde e modelos assistenciais______________________ 21
Recapitulando__________________________________________________ 47
Atenção integral à saúde da criança__________________________ 54
Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF)___________________ 37
Atenção integral à saúde do adulto___________________________ 61
Atenção integral à saúde do idoso____________________________ 64
Atenção integral à saúde da mulher_________ _________________ 57
Recapitulando__________________________________________________ 26
Recapitulando_____________________________________________ 69
Considerações Finais_______________________________________ 74
Fechando a Unidade_______________________________________ 76
Referências_______________________________________________ 80
Glossário__________________________________________________ 79
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Caro estudante,
O módulo de Estratégia Saúde da Família possui a fi nalidade 
de refl etir sobre a confi guração atual do sistema de saúde brasileiro e a 
correlação entre prevenção de doenças, vigilância, promoção da saúde 
e integralidade do cuidado, de forma a culminar no modelo de atenção 
da Estratégia Saúde da Família (ESF). 
São abordados conceitos sobre os fundamentos do sistema 
único de saúde, políticas públicas de saúde, o desenvolvimento das 
redes de atenção à saúde e a assistência especializada a cada grupo 
da população atendida pela ESF (crianças, mulheres, adultos e idosos).
Os principais objetivos de aprendizagem do presente módulo 
são a compreensão das características gerais do sistema único de saú-
de, a identifi cação dos níveis de atenção básica em saúde e o conheci-
mento dos fundamentos da Estratégia Saúde da Família. Para atender 
a esses objetivos, o módulo é composto por três capítulos: 1. Sistemas 
de saúde e organização de serviços; 2. Estratégia Saúde da Família 
(ESF); e 3. Assistência na atenção básica para ESF.
Desejamos muito sucesso nesta disciplina. 
Bons estudos! 
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SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
A constituição brasileira de 1988 afi rma que a saúde é o direito 
de todos e o dever do Estado. Isso garante políticas sociais e econô-
micas que visam reduzir o risco de doenças e promover a igualdade 
universal e acesso a ações e serviços de promoção, proteção e recupe-
ração da saúde. 
Assim, a saúde começou a ser entendida como qualidade de 
vida e não apenas como ausência de doenças. A gestão de ações e 
serviços então se transformou em forma participativa e municipalizada. 
Antes de 1988, o atendimento dos hospitais públicos estava 
restrito a 30 milhões de brasileiros. Com a constituição de 1988, mais 
de 70 milhões de pessoas tinham direito à assistência de saúde através 
do Sistema Único de Saúde.
ORGANIZAÇÃO DA 
ATENÇÃO À SAÚDE
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Tabela 1. Comparação do sistema de saúde brasileiro antes e depois 
do SUS.
Fonte: Adaptado de SANTOS et al., 2008.
A implantação do SUS teve início em 1990, mesmo ano da 
investidura de Fernando Collor de Mello, primeiro presidente eleito pelo 
voto popular desde a ditadura militar, que seguiu uma agenda neoliberal 
e não se comprometeria com a reforma do setor da saúde.
No entanto, em 1990, foi aprovada uma lei quadro de aten-
dimento à saúde (Lei 8.080/90), especifi cando as atribuições e orga-
nização do SUS. O projeto de reforma do setor da saúde foi revivido 
em 1992, após o presidente sofrer impeachment. A descentralização foi 
reforçada e o Programa Saúde da Família (PSF) foi lançado (SANTOS 
et al., 2008). 
As ações de saúde pública e os planos de saúde que com-
põem o Sistema Único de Saúde (SUS) são desenvolvidos de acordo 
com as diretrizes estabelecidas no artigo 198 da Constituição Federal, 
obedecendo também aos seguintes princípios:
I – acesso universal aos serviços de saúde em todos os níveis 
de atenção à saúde;
II – integralidade da atenção à saúde, entendida como um con-
junto articulado e contínuo de ações preventivas e curativas. Ações e 
serviços, individuais e coletivos, necessários para cada caso em todos 
os níveis complexos do sistema;
III – preservação da independência das pessoas na defesa de 
sua integridade física e moral;
IV – igualdade na atenção à saúde, sem preconceitos ou privi-
légios de qualquer espécie;
V – direito à informação, às pessoas assistidas sobre sua 
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saúde;
VI – divulgação de informações sobre o potencial dos serviços 
de saúde e seu uso pelo usuário;
VII – uso da epidemiologia para o estabelecimento de priorida-
des, alocação de recursos e programas orientação;
VIII – participação da comunidade;
IX – descentralização político-administrativa, com única gestão 
singular em cada esfera governamental;
a) descentralização acentuada dos serviços para os municí-
pios;
b) hierarquização e regionalização da rede de serviços de saú-
de;
X – integração no nível executivo das ações de saúde, meio 
ambiente e saneamento básico;
XI – combinação de recursos fi nanceiros, tecnológicos, mate-
riais e humanos do Estado, Distrito Federal e União Sindical na presta-
ção de serviços de saúde à população;
XII – capacidade de resolução de serviços em todos os níveis 
de atenção à saúde;
XIII – organização de serviços públicos de forma a evitar dupli-
cidade de meios para fi ns idênticos.
Embora a reforma do setor da saúde tenha se tornado menos 
prioritária nos anos 90, várias iniciativas surgiram, incluindo o desen-
volvimento de um programa nacional de prevenção e controle do HIV/
AIDS, os esforços de controle do tabagismo, a criação da agência na-
cional de vigilância sanitária, o desenvolvimento da Agência Suplemen-
tar de Saúde e a criação de um modelo de atenção à saúde indígena. 
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e a Política Nacional de 
Saúde Bucal (Brasil Sorridente), foram iniciativas, entre muitas outras, 
implementadas após 2003.
A descentralização do sistema de saúde estava ligada a um 
processo mais amplo de transição política e ao redesenho da federa-
ção brasileira, que foi iniciada por movimentos políticos democráticos 
na década de 1980 e depois moldada por programas de ajuste macroe-
conômico. Tal acordo federativo atribuiu maior independência aos mu-
nicípios; porém, também expandiu os recursos federais e a supervisão. 
A saúde foi o único setor que buscou uma descentralização 
tão radical, em grande parte devido às ações fi nanceiras e regulatórias. 
A descentralização do sistema de saúde foi a base subjacente para 
a implementação do SUS e envolveu legislação complementar, novas 
regras e reforma administrativa em todos os níveis de governo.
Estatutos aprovados pelo Ministério da Saúde, os quais são 
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responsáveis pela organização e determinação das responsabilidades, 
estabeleceram mecanismos de fi nanciamento, até mesmo a Cota de 
Atenção Básica, montante que o Ministério da Saúde envia para os mu-
nicípios para fi nanciar os cuidados de saúde básicos, e compor novos 
conselhos de representação e comitês de gestão em cada esfera de 
governo. 
Desde 2006, algumas dessas leis foram substituídas por um 
acordo menos hierárquico (o Pacto pela Saúde), no qual os gestores de 
cada nível de governo assinam compromissos com as metas e respon-
sabilidades de saúde (AMARAL et al., 2006).
Para gerir a política descentralizada, os quadros de decisão 
do governo foram expandidos, em conjunto com a participação social 
e a construção de alianças entre as partes interessadas (MOHERDAUI 
et al. 1998). Além das conferências nacionais de saúde, uma estrutura 
inovadora foi institucionalizada com a criação de conselhos de saúde e 
organizações intergerenciais.
Essas estruturas políticas foram inovações pioneiras na gover-
nança brasileira porque permitiram que ummaior número e variedade 
de partes interessadas participassem do processo de tomada de de-
cisões e defi nissem áreas de responsabilidade institucional mais cla-
ramente do que antes, garantindo que cada nível de governo apoie a 
implementação da política nacional de saúde.
Como as diretrizes do SUS estabelecem, entre outros aspec-
tos, que o sistema de saúde deve ser descentralizado e municipalizado, 
regionalizado e hierarquizado, torna-se fundamental que exista integra-
ção entre todos os gestores públicos, para a discussão dos problemas e 
elaboração de propostas de aperfeiçoamento das ações de saúde rea-
lizadas pelo sistema em seus diferentes níveis. Assim, o Sistema Único 
de Saúde atual é composto por diversas organizações que possuem as 
respectivas corresponsabilidades:
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Figura 1. Estrutura institucional e decisória do SUS
Fonte: BRASIL, 2002
O Ministério da Saúde é o órgão responsável pela gestão na-
cional do SUS. Sua função consiste em formular, normatizar, fi scalizar 
e avaliar políticas e ações, em articulação com o Conselho Nacional 
de Saúde. Também atua no Plano Nacional de Saúde. Fazem parte de 
sua estrutura as seguintes instituições: Fiocruz, Funasa, Anvisa, ANS, 
Hemobrás, Inca, Into e oito hospitais federais.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) atua como participante 
na criação das políticas públicas e ações de saúde, fornecendo apoio 
aos municípios em articulação com o conselho estadual. Também atua 
na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), para aprovar e executar o 
plano estadual de saúde.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) é responsável pelo 
planejamento, organização, controle e execução das ações e serviços 
de saúde em parceria com o conselho municipal e a esfera estadual 
para aprovar e implantar o plano municipal de saúde.
Os Conselhos de Saúde, no âmbito de atuação (Nacional, Esta-
dual ou Municipal), têm a missão de fi scalizar, acompanhar e monitorar 
as políticas públicas de saúde nas suas mais diferentes áreas, levando 
as demandas da população ao poder público, por isso é chamado de 
controle social na saúde. É composto por 48 conselheiros(as) titulares 
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e seus respectivos primeiros e segundos suplentes, representantes do 
governo, prestadores de serviço, profi ssionais de saúde e usuários. 
Atua na formulação de estratégias e no controle da execução da políti-
ca de saúde. As atribuições atuais do CNS estão regulamentadas pela 
Lei n° 8.142/1990. 
A Comissão Intergestores Tripartite (CIT) constitui foro defi niti-
vo de negociação, articulação e deliberação sobre ações operacionais 
do SUS entre gestores dos níveis federal, estadual e municipal. Assim, 
faz com que a tomada de decisão na gestão de saúde tenha transparên-
cia, buscando o acesso integral da assistência à Saúde. É reconhecida 
como uma inovação gerencial na política pública de saúde brasileira.
A Comissão Intergestores Bipartite (CIB) atua como foro de ne-
gociação e pactuação entre gestores estaduais e municipais, integrada 
paritariamente pela Secretaria Estadual de Saúde e por representan-
tes dos Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo. Sua 
função é discutir e avaliar aspectos operacionais do SUS, tais como a 
deliberação e a responsabilização pela avaliação dos pleitos de habilita-
ção dos municípios nas condições de Gestão Plena da Atenção Básica, 
Gestão Plena do Sistema Municipal e Gestão Plena da Atenção Básica 
Ampliada.
O Conselho Nacional de Secretário da Saúde (Conass) é uma 
entidade representativa de direito privado, sem fi nalidade lucrativa, dos 
entes estaduais e do Distrito Federal. Possui o objetivo de maximizar as 
ações das secretarias estaduais de saúde, tornando-as mais atuantes 
na reconstrução da área da saúde e representando-as no âmbito polí-
tico.
O Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Co-
nasems) é uma entidade representativa dos entes municipais na CIT 
que visa fundir as secretarias municipais de saúde e seus respectivos 
secretários para atuarem em função do desenvolvimento da saúde pú-
blica, da universalidade do SUS e da igualdade do acesso da população 
às ações e serviços de saúde.
Os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) 
são reconhecidos como entidades que agregam todos os Secretários 
Municipais de Saúde do Estado, visando a defesa dos interesses dos 
municípios nos fóruns de Saúde Pública, se caracterizando como um 
importante fator decisório no processo de construção do SUS no Esta-
do.
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Você sabe como funciona a CIB no seu estado? Sabe se o 
secretário de saúde de seu município participa das reuniões da CIB? 
Já ouviu falar algo sobre o funcionamento dessa instância? Busque na 
internet um site da CIB. 
Fonte: BRASIL, 2019
 Saiba mais em : http://portalms.saude.gov.br/
PLANEJAMENTO DA SAÚDE PÚBLICA BRASILEIRA
No âmbito do sistema de planejamento do SUS, defi ne-se 
como plano de saúde o instrumento que, a partir de uma análise si-
tuacional, apresenta as intenções e os resultados a serem buscados 
no período de quatro anos, expressos em objetivos, diretrizes e metas 
(BRASIL, 2016).
A Lei 8.080/90 estabelece que o processo de planejamento e 
orçamento do SUS será ascendente, do nível local até o federal, ouvi-
dos seus órgãos deliberativos, compatibilizando-se as necessidades da 
política de saúde com a disponibilidade de recursos em planos de saúde 
dos Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da União (BRASIL, 
1990). O planejamento da saúde é obrigatório para os entes públicos e 
será indutor de políticas para a iniciativa privada e o Conselho Nacional 
de Saúde estabelecerá as diretrizes a serem observadas na elaboração 
dos planos de saúde, de acordo com as características epidemiológicas 
e da organização de serviços nos entes federativos e nas Regiões de 
Saúde. 
 Existem muitos métodos de planejamento, cada um com suas 
vantagens e desvantagens conforme a situação que se apresenta, no 
entanto, as maiores infl uências no planejamento em saúde são as do 
pensamento normativo e estratégico.
O Planejamento Normativo é destinado a promover mudan-
ças sociais deliberadas ou pretendidas projetadas para o futuro. Desse 
modo, este tipo de planejamento deve lidar com os interesses divergen-
tes de diversos atores sociais e sua postura em relação ao plano, de 
oposição, indiferença ou adesão. 
Já o Planejamento Estratégico é responsável por indicar os ca-
minhos a percorrer, detalhar as ações, além de se referir ao desenvol-
vimento de ações que viabilizem organizar a execução das estratégias 
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planejadas em outro nível de planejamento. É classifi cado como plane-
jamento que “coloca em prática” as ações previstas. Na área de saúde, 
utiliza-se esse tipo de planejamento na execução dos programas de 
assistência à saúde, por exemplo, o programa para controle da hiper-
tensão (TANCREDI,1998).
Para melhor compreensão destes dois modelos de planeja-
mento, é preciso analisar a origem do planejamento em saúde na Amé-
rica Latina, expressa no esquema a seguir:
Figura 2. Esquema cronológico do planejamento em saúde no Brasil
Fonte: Adaptado de BRASIL, 2010.
O planejamento normativo surgiu na América Latina, na déca-
da de 1960. Duas instituições: a Organização Pan-Americana de Saúde 
(OPAS) e o Centro de Estudos do Desenvolvimento da Universidade 
Central da Venezuela (CENDES), elaboraramum método de plane-
jamento para a saúde, que fi cou conhecido como método CENDES/
OPAS (1965). Tal método é um enfoque sistêmico de Programação de 
Recursos de Saúde, atrelado a uma sorte de análises de custos-bene-
fícios. Abrange um projeto de enfatizar os danos à saúde que levam a 
favorecer os danos que possuem um custo relativo mais reduzido. 
O raciocínio básico do método é o da efi ciência, evidenciado 
pela proposta de programação de recursos que consiste em um esforço 
de normatização econômica dos instrumentos (ou recursos nucleares) 
que realizam as atividades de saúde. Esse processo normatizador visa 
aumentar as atividades e, simultaneamente, reduzir os custos, neste 
último caso, por meio de uma atuação sobre a composição quantitativa 
dos instrumentos ou sobre a combinação de recursos que compõem os 
instrumentos.
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O método possui diversos reconhecimentos, tais como a van-
tagem concedida pela proposta de priorização de danos à prevenção; a 
proposta de uma atuação integrada, sistêmica; o estímulo à formulação 
de sistemas de custos etc.; mas, a sua possibilidade de aplicação reve-
lou-se muito precária devido ao baixo poder de interferência do Estado 
sobre o setor, dominado em boa parte por interesses privados.
A partir da década de 1970, surge uma nova forma de encarar 
o planejamento em saúde, que nasceu, entre outras causas, das críticas 
e dos fracassos que acompanhavam a visão normativa adotada até en-
tão. Essa nova concepção é o planejamento estratégico, caracterizada 
por uma mudança no entendimento do papel do gestor governamental 
no processo de elaboração e de implementação das políticas. 
Na formulação do planejamento normativo, o planejador era 
um agente externo ao sistema, não existiam “outros”, assim como não 
existiam confl itos. O enfoque estratégico, no entanto, pressupõe que o 
planejador é um ator social, ou seja, é parte de um “jogo” no qual exis-
tem outros atores, com interesse e força distintos. Uma consequência 
dessa primeira admissão é que não existe apenas um diagnóstico de 
quais são os problemas, nem apenas uma explicação acerca de suas 
causas.
Mário Testa (1995), que havia participado da formulação do 
método CENDES-OPAS, desenvolve toda uma linha de formulação vol-
tada à discussão do poder, da organização do espaço onde se materia-
liza o poder social e da articulação entre o poder técnico – a capacidade 
de gerar, acessar e manejar informações de diferentes características –, 
o poder administrativo – capacidade de designar e alocar recursos – e 
o poder político. 
Carlos Matus, economista que havia sido ministro no governo 
de Allende, no Chile, identifi cou os fracassos experimentados pelo pla-
nejamento em saúde na América Latina com o fundamento básico do 
planejamento normativo – no qual quem planeja está fora da – ou so-
bre a – realidade planejada e não coexiste nessa realidade com outros 
atores que também planejam, o que conduziria o plano a uma prática 
economicista e tecnocrática isolada do processo de governo e da razão 
política. Ao substituir esse pressuposto por seu correspondente estra-
tégico – o ator que planeja está dentro da realidade e ali coexiste com 
outros atores que também planejam, Matus (1993) formula o método 
de Planejamento Estratégico Situacional (PES), aplicável aos casos de 
governos democráticos, nos quais existem diversos atores sociais, em 
situações de poder compartilhado. A preocupação central que orienta 
o pensamento de Matus (1993) surge de sua constatação da crise de 
governabilidade que assolava os governos latino-americanos à época. 
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Portanto, sua refl exão e consequente proposta para a ação centraram-
-se na necessidade de aumentar a capacidade de governar. 
As principais características de cada método de planejamento 
podem ser observadas na tabela abaixo:
Tabela 2 – Comparação entre planejamento normativo e estratégico
Fonte: RIVERA, 2009.
Desta forma, pode-se dizer que a modalidade de planejamento 
a ser adotada está relacionada ao nível hierárquico de sua aplicação e 
às competências e abrangência a que se aplica. Na gestão do sistema 
de saúde, considerando a diversidade de estruturas matriciais – do ges-
tor municipal às chefi as de unidades ou serviços específi cos, demanda 
a adoção dos modelos de planejamento estratégico e normativo. 
De modo geral, pode-se dizer que a adoção do modelo de pla-
nejamento escolhido é relacionada à diversidade da estrutura hierárqui-
ca. Por exemplo, as funções macro como, por exemplo, o Plano Munici-
pal de Saúde que tem por fi nalidade maior o delineamento dos objetivos 
e as diretrizes do sistema como um todo, requer o planejamento norma-
tivo, que leva em consideração as normas, os acordos e articulações 
políticas, os pactos intergestores e as limitações e potencialidades do 
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sistema. Já a execução das atividades e ações que contribuirão para 
o cumprimento dos objetivos previstos no Plano, e alcance das metas, 
e por sua vez, ocorrerão nas estruturas hierárquicas da Secretaria 
Municipal de Saúde, demandarão planejamento estratégico para 
transpor obstáculos e mudar realidades indesejáveis em situações 
favoráveis ao aperfeiçoamento do sistema.
O entendimento consensual é que o planejamento é uma fer-
ramenta imprescindível à gestão local para a implementação da política 
de saúde preconizada pelo SUS, sem perder o foco nas demandas e 
realidades locais, que devem considerar a capacidade de oferta de ser-
viços frente às necessidades de ações e atividades que contemplem a 
promoção, prevenção e recuperação em saúde e os princípios e diretri-
zes do SUS.
O planejamento do SUS deve respeitar os resultados das pac-
tuações entre os gestores nas comissões intergestores regionais, bipar-
tite e tripartite. Caso necessário, recapitule o Capítulo 1 desta unidade. 
Fonte: WORLD BANK, 2019.
 Saiba mais em: http://www.worldbank.org
ATENÇÃO À SAÚDE E MODELOS ASSISTENCIAIS
Atenção à saúde corresponde à organização estratégica do 
sistema e das práticas de saúde em resposta às necessidades da po-
pulação. Atua por meio de políticas, programas e serviços de saúde 
consoantes os princípios e as diretrizes que estruturam o Sistema Único 
de Saúde (SUS).
O gerenciamento da atenção à saúde é fragmentado e orga-
nizado em três níveis de atenção: primário (ou básico), secundário e 
terciário. Os níveis de atenção à saúde são relacionados à capacidade 
da unidade para prestar assistência. Ademais, esta estratégia de divi-
são é realizada para garantir que cada usuário será atendido no nível 
necessário, evitando sobrecarga dos níveis mais avançados. O modelo 
foi adotado para dividir os serviços ofertados pelo Sistema Único de 
Saúde (SUS) em níveis de atendimento determinados pela Organiza-
ção Mundial de Saúde (OMS) e que visam promover, restaurar e manter 
a saúde da população.
A atenção primária em saúde, conhecida também como porta 
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de entrada do SUS, é o nível de atenção correspondente à atuação ge-
neralista, de baixa complexidade tecnológica e com foco na prevenção 
e promoção de saúde. Nessa etapa são marcadas consultas e exa-
mes básicos e de prevenção, como hemogramas e mamografi as, além 
da realização de procedimentos simples, como curativos. O conceito 
de atenção primária à saúde contempla três itens essenciais: acesso 
universal de atendimento dosistema de saúde; indissociabilidade da 
saúde do desenvolvimento socioeconômico e participação social da co-
munidade. 
A Atenção Primária é constituída pelas Unidades Básicas de 
Saúde (UBS), pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), pela Equi-
pe de Saúde da Família (ESF) e pelo Núcleo de Apoio à Saúde da 
Família (NASF). Vale ressaltar que os profi ssionais de saúde se orga-
nizam para atuar também em diversos espaços da comunidade (como 
escolas, centros de convivência, locais disponibilizados pela prefeitura 
etc.), além de fazerem visitas domiciliares às famílias (GONDIM, 2009).
A Atenção Secundária é formada pelos serviços especializa-
dos em nível ambulatorial e hospitalar, com procedimentos de média 
complexidade e foco no diagnóstico e tratamento da doença. Esse nível 
compreende serviços médicos especializados, de apoio diagnóstico e 
terapêutico e atendimento de urgência e emergência, como as Unida-
des de Pronto Atendimento (UPAs).
Finalmente, no nível terciário temos medidas que visam pre-
venir complicações e incapacidades relacionadas às doenças, conside-
radas como de prevenção terciária. Este nível abrange os hospitais de 
grande porte, que envolvem alta tecnologia e/ou alto custo, como on-
cologia, cardiologia, oftalmologia, transplantes, parto de alto risco, trau-
mato-ortopedia, neurocirurgia, diálise (para pacientes com doença renal 
crônica), otologia (para o tratamento de doenças no aparelho auditivo). 
O seu objetivo é garantir a reabilitação e a reinserção na socie-
dade, dando suporte para a preservação da vida sempre que preciso. 
Nesse nível existem tecnologias médicas e profi ssionais capazes de 
atender a situações que, no nível secundário, não puderam ser tratadas 
por serem casos mais raros ou complexos.
O conceito de modelos de atenção à saúde é debatido como:
O modelo de atenção à saúde é um sistema lógico que organiza o funcio-
namento de redes de atenção à saúde, articulando, de forma singular, as 
relações entre os componentes da rede e as intervenções sanitárias, defi nido 
em função da visão prevalecente da saúde, das situações demográfi cas e 
epidemiológicas e dos determinantes sociais da saúde, vigentes em determi-
nado tempo e determinada sociedade. (MENDES, 2011)
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 Em 1980, a expressão ‘’modelos assistenciais’’ referia-se às 
formas de organização dos serviços de saúde, envolvendo unidades 
com diferentes complexidades tecnológicas relacionadas entre si nos 
diversos espaços e populações. Os modelos podem ser originados 
através de normas, padrões e referências para o meio técnico-científi -
co, para orientar escolhas técnicas e decisões políticas, dentre outros. 
Logo, refl etir sobre modelos assistenciais é pensar sobre políticas pú-
blicas (PAIM, 1999).
Os modelos assistenciais podem estar relacionados às con-
dições socioeconômicas e políticas vivenciadas na história brasileira. 
Na história de saúde pública brasileira existem dois modelos distintos, 
porém complementares: O Modelo Médico Hegemônico e o Modelo 
Sanitarista.
O modelo médico hegemônico é determinado como um gru-
po de práticas, conhecimentos e teorias de assistência médico-cura-
tiva, sendo centrado somente no atendimento de doentes (demanda 
espontânea ou induzida pela oferta). Este modelo é elencado no in-
dividualismo; ênfase no biologismo; consumo desenfreado de medica-
mentos, participação passiva e subordinada dos consumidores (MENÉ-
DEZ,1992). Tal modelo apresenta limitações em relação a uma atenção 
comprometida com a efetividade, equidade e demandas prioritárias em 
saúde, ainda que possa proporcionar uma assistência de qualidade em 
determinadas situações. Como integrantes desse modelo, tem-se:
Modelo assistencial privatista: variante mais conhecida do 
modelo hegemônico, é centrado na clínica, voltado para o atendimento 
da demanda espontânea e fundamentado em procedimentos e serviços 
especializados. 
Modelo da atenção gerenciada (Managed Care): preserva 
as seguintes características do modelo médico hegemônico, principal-
mente a saúde/doença como mercadoria, o biologismo e a submissão 
dos consumidores.
O modelo sanitarista surgiu no começo do século XX através 
da organização de sanitaristas, guardas sanitários e outros técnicos em 
campanhas para combater as epidemias que assolavam o Brasil duran-
te a época (febre amarela, varíola e peste bubônica). Foram implemen-
tados programas de vacinação obrigatória, desinfecção dos espaços 
públicos e domiciliares e outras ações de promoção de saúde e preven-
ção de doenças, que atingiram, em sua maioria, a população menos 
favorecida economicamente.
Esse modelo predominou na cena das políticas de saúde bra-
sileiras até o início da década de 1960 e se mantém como modalidade 
de intervenção em saúde até os dias atuais no combate às endemias e 
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epidemias. Pode ser reconhecido como predominante no Brasil no que 
se refere às formas de intervenção sobre problemas e necessidades de 
saúde adotadas pela saúde pública convencional.
Como exemplos do modelo sanitarista cabem ser citados os 
programas especiais, inclusive o Programa de Agentes Comunitários 
de Saúde (Pacs), o Programa de Saúde da Família (PSF), as campa-
nhas sanitárias e as vigilâncias sanitárias e epidemiológicas etc. 
Tabela 3. Modelos assistenciais e respectivas características
Fonte: TEIXEIRA; PAIM; VILASBÔAS, 2000.
Nos sistemas segmentados de atenção à saúde, os níveis de 
atenção permanecem em uma estrutura hierárquica, segundo o nível 
de complexidade gradativo, com relações de diferentes níveis de rele-
vância. Esta concepção é problemática, pois é fundamentada em um 
conceito de complexidade errôneo, ao determinar que a atenção pri-
mária à saúde possui menor importância do que a atenção nos níveis 
secundário e terciário. 
Este modelo, de ponto de vista distorcido, banaliza a repre-
sentação da atenção primária na saúde pública. Nas atuais redes de 
atenção à saúde, esse conceito de hierarquia dos níveis de atenção é 
substituído pela poliarquia, e o sistema organiza-se sob a forma de uma 
rede horizontal de atenção à saúde.
Dessa forma, não há uma hierarquia entre os diferentes pontos 
de atenção à saúde nas redes de atenção à saúde; mas a confi guração 
de uma rede horizontal de pontos de atenção à saúde de distintas den-
sidades tecnológicas, sem ordem e sem grau de relevância entre eles. 
Todos os pontos são igualmente importantes para que se cumpram os 
objetivos das redes de atenção à saúde. Somente se diferenciam pelas 
diferentes densidades tecnológicas que caracterizam os diversos pon-
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tos de atenção à saúde (BRASIL, 2014).
Figura 3. Sistema hierárquico para a rede de atenção à saúde poliár-
quica
Fonte: BRASIL, 2014
A fi gura acima ilustra a diferença entre o sistema hierárquico e 
a rede horizontal integrada, sem ocorrer distinção dos níveis de atenção. 
No modelo de rede horizontal integrada, o ponto da atenção primária à 
saúde é caracterizado pelo círculo central e possui local de destaque.
PARA SABER MAIS
A Unidade Básica de Saúde (UBS) é o local de saúde onde 
ocorrem atendimentos de rotina, como consultas com o clínico geral, 
tratamentos, vacinação, pré-natal, atendimento odontológico e acompa-
nhamento de hipertensos e diabéticos.
Nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) ocorrem os 
atendimentos de urgência e emergência, diária e integralmente.
Fonte: BRASIL, 2019.
 Saiba mais em: http://www.saude.mg.gov.br/sus
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2014 Banca: NUCEPE Órgão: Universidade Estadual do Piauí/
PI Prova: Residência Multiprofi ssional em Saúde da Família Nível: 
Superior
A respeito da Rede de Atenção à Saúde é INCORRETO afi rmar que:
a) Compõem arranjo organizativo de ações e serviços de saúde, de di-
ferentes densidades tecnológicas, que integradas por meio de sistemas 
de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade 
do cuidado.
b) Busca promover a integração sistêmica, de ações e serviços de saú-
de, com provisão de atenção contínua, integral, de qualidade, respon-
sável e humanizada.
c) Caracteriza-se pela formação de relações verticais entre os pontos 
de atenção com o centro de comunicação na Atenção Primária à Saúde.
d) Fundamenta-se na compreensão da Atenção Primária como primeiro 
nível de atenção, enfatizando a função resolutiva dos cuidados primá-
rios sobre os problemas mais comuns de saúde e a partir do qual se 
realiza e coordena o cuidado.
e) Todos os pontos de atenção à saúde são igualmente importantes 
para que se cumpram os objetivos da rede de atenção à saúde e se 
diferenciam, apenas, pelas distintas densidades tecnológicas que os 
caracterizam.
QUESTÃO 2
Ano: 2016 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura Presidente Prudente 
Prova: Agente comunitário em saúde Nível: Fundamental.
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante 
políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de 
doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às 
ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Para 
promover esse acesso universal e igualitário, foi criado(a):
o INAMPS
a) o INSS
b) o SUS.
c) a SUCEN
d) a ANVISA
QUESTÃO 3
Ano: 2006 Banca: FUMARC Órgão: Pref. Belo Horizonte/MG Prova: 
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Auxiliar de Consultório Dentário – Saúde da Família Nível: Médio.
Entende-se por Atenção Básica à Saúde o seguinte serviço presta-
do na comunidade: 
a) Realização de cirurgias e transplantes de órgãos.
b) Visita domiciliar realizada pela equipe de saúde da família.
c) Internação hospitalar dos pacientes portadores de doenças graves.
d) Internação hospitalar dos pacientes portadores de sofrimento mental.
QUESTÃO 4
Ano: 2016 Banca: UNILAVRAS Órgão: Prefeitura de Alfenas/MG 
Prova: Enfermeiro Nível: Superior.
As Redes de Atenção à Saúde constituem-se em arranjos organi-
zativos formados por ações e serviços de saúde com diferentes 
confi gurações tecnológicas e missões assistenciais, articulados 
de forma complementar e com base territorial. Dentre seus diver-
sos atributos, destacam-se, EXCETO:
a) serviço de urgência e emergência como principal porta de entrada do 
sistema de saúde.
b) atenção básica estruturada como primeiro ponto de atenção.
c) a atenção básica como principal porta de entrada do sistema de saú-
de.
d) Deve se preocupar em executar aquilo que foi proposto, em seu man-
dato dentro da empresa para benefício da instituição e dos demais.
e) equipe multidisciplinar que cobre toda a população, integrando, coor-
denando o cuidado e atendendo às suas necessidades de saúde.
QUESTÃO 5
Ano: 2006 Banca: FUMARC Órgão: Pref. Belo Horizonte/MG Prova: 
Auxiliar de Consultório Dentário – Saúde da Família Nível: Médio.
No Brasil, quem tem direito à assistência à saúde pelo Sistema 
Único de Saúde é: 
a) Qualquer cidadão, independente de qualquer condição.
b) Qualquer trabalhador portador da Carteira de Trabalho. 
c) Qualquer cidadão que contribua com a Previdência Social. 
d) Qualquer trabalhador portador da Carteira de Trabalho e seus depen-
dentes.
QUESTÃO 6
Ano: 2016 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Ribeirão Preto/SP 
Prova: Médico Nível: Superior
É considerado(a) programa de Atenção Básica de Saúde
a) a Academia da Saúde
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b) o Mais Médicos
c) o Humaniza SUS
d) a Farmácia Popular
e) o Melhora SUS
QUESTÃO 7
Ano: 2014 Banca: NUCEPE Órgão: Universidade Estadual do Piauí/
PI Prova: Residência Multiprofi ssional em Saúde da Família Nível: 
Superior
São características do processo de trabalho das equipes de Aten-
ção Básica, EXCETO: 
a) Defi nição do território de atuação e de população sob responsabilida-
de das UBS e das equipes. 
b) Programação e implementação das atividades de atenção à saúde de 
acordo com as necessidades de saúde da população, com a priorização 
de intervenções clínicas e sanitárias nos problemas de saúde segundo 
critérios de frequência, risco, vulnerabilidade e resiliência. Inclui-se aqui 
o planejamento e organização da agenda de trabalho compartilhado de 
todos os profi ssionais e recomenda-se evitar a divisão de agenda se-
gundo critérios de problemas de saúde, ciclos de vida, sexo e patologias 
difi cultando o acesso dos usuários. 
c) Desenvolver ações que priorizem os grupos de risco e os fatores 
de risco clínico-comportamentais, alimentares e/ou ambientais, com a 
fi nalidade de prevenir o aparecimento ou a persistência de doenças e 
danos evitáveis. 
d) Prover atenção integral, contínua e organizada à população adscrita. 
e) realizar atenção à saúde na Unidade Básica de Saúde, apenas em 
locais do território, tais como salões comunitários, escolas, creches, 
praças etc.
QUESTÃO 8
Ano: 2016 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Ribeirão Preto/SP 
Prova: Médico Nível: Superior
Considerando-se as Redes de Atenção à Saúde (RAS), pode-se 
afi rmar que o papel de ordenador dessas redes é: 
a) da Atenção Hospitalar.
b) da Atenção Especializada.
c) da Atenção Básica.
d) da Regulação das Urgências e Emergências.
e) do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.
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QUESTÃO 9
Ano: 2013 Banca: MSCONCURSOS Órgão: Prefeitura de Londrina/
PR Prova: Enfermeiro Nível: Superior.
Segundo o disposto pela Política Nacional de Atenção Básica, a 
Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, 
no âmbito individual e coletivo.
Sobre essas ações, é correto afi rmar que elas abrangem:
a) A promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diag-
nóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde.
b) A promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diag-
nóstico e a manutenção da saúde. 
c) A promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diag-
nóstico, a
reabilitação e a manutenção da saúde. 
d) Todas as medidas relacionadas à prevenção primária e terciária, uma 
vez que no contexto da prevenção secundária, o tratamento dos agra-
vos fi ca a cargo da atenção de média complexidade.
e) As medidas de prevenção primária, que se caracterizam por ações de 
proteção específi ca, promoção da saúde, e também prevenção terciá-
ria, no contexto apenas da reabilitação.
QUESTÃO 10
Ano: 2016 Banca: UNILAVRAS Órgão: Prefeitura de Alfenas/MG 
Prova: Enfermeiro Nível: Superior.
O Conselho Municipal de Saúde é um espaço de participação po-
pular que se reúne regularmente para discutir ações e serviços 
de saúde do município, fi scalizar a aplicação dos recursos repas-
sados para investir na Saúde e aprovar a prestação de contas da 
Secretaria Municipal de Saúde. De acordo com a Lei 8.142/90, são 
membros desse Conselho, EXCETO:
a) prestadores de serviços.
b) profi ssionais de saúde.
c) representantes do governo.
d) representantes de entidades sindicais
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
QUESTÃO 1
Ano: 2010 Banca: ENADE Órgão: INEP Prova: Enfermeiro Nível: Su-
perior
A Estratégia da Saúde da Família (ESF) é prioritária para a reorgani-
zação da atenção básica no Brasil,de acordo com os princípios dou-
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trinários e organizativos do SUS. A operacionalização dessa estratégia 
pressupõe a responsabilização sanitária de uma equipe multiprofi ssio-
nal sobre uma determinada população residente em um território, com 
ênfase na promoção da saúde e na participação popular. A enferma-
gem é uma categoria profi ssional pertencente à equipe mínima da ESF.
(BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Depar-
tamento de Atenção Básica. Política nacional de atenção básica. Bra-
sília: Ministério da Saúde, 2006)
Considerando as premissas apresentadas, redija um texto dissertativo 
acerca do processo de trabalho da enfermagem na Estratégia da Saúde 
da Família, dando continuidade à situação descrita a seguir:
Maria, enfermeira, residente em um município de pequeno porte, foi 
convidada para ser enfermeira da equipe do Centro de Saúde da Famí-
lia que será implantado em um bairro periférico deste município.
QUESTÃO INÉDITA
A saúde é direito de todos os municípios e dever do Poder Público. No 
entanto, o município deverá garantir esse direito, mediante:
I. Atendimento integral do indivíduo, abrangendo a promoção, preserva-
ção e recuperação da saúde.
II. Acesso universal e igualitário às ações e serviços de saúde, em todos 
os níveis.
III. Serviços de assistência à maternidade e à infância, garantindo pro-
gramas de alimentação suplementar.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afi rmativa(s):
a) I
b) I, II
c) II, III
d) III
e) I, II, III
NA MÍDIA
Práticas Integrativas podem tratar 80% dos problemas na Atenção Bá-
sica
Homeopatia, fi toterapia, acupuntura, termalismo e antroposofi a foram 
as primeiras Práticas Integrativas e Complementares (PICs) desenvol-
vidas no Sistema Único de Saúde (SUS). A partir de 2006, elas foram 
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instituídas no SUS como política nacional, como uma necessidade de 
ofertar para mais gente benefícios à saúde e por ser uma recomenda-
ção da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Em 2017 foram inseridas novas práticas. Hoje são 29 práticas integrati-
vas no atendimento SUS. “Cerca de 80% dos atendimentos na Atenção 
Básica podem ser tratados por uma das práticas. Fitoterapia, acupun-
tura, medicina antroposófi ca, massagens, reiki, arteterapia, musicote-
rapia, elas vêm cada vez mais sendo inseridas”, explica a médica ho-
meopata e especialista em gestão de serviços e sistemas de saúde, 
Henriqueta Tereza.
Fonte: Brasil de fato
Data: 18 fev. 2019.
Leia a notícia na íntegra: https://www.brasildefato.com.br/2019/02/18/
reporter-sus-i-praticas-integrativas-podem-tratar-80-dos-problemas-na-
-atencao-basica/
NA PRÁTICA
“SUS pobre para os pobres e complementar segmentado para os con-
sumidores dos planos privados.”
Na prática, temos 25-30% da população que é consumidora de planos 
privados de saúde, cujo acesso aos serviços, oportunidade da sua uti-
lização, qualidade e resultados estão segmentados de acordo com os 
preços dos planos (mensalidades entre R$80,00 e 8.000,00) e poder 
aquisitivo das respectivas camadas sociais. Continuam dependendo do 
SUS em serviços com esperas menores, fornecimento de medicamen-
tos, ações de vigilância sanitária, imunizações, serviços de alto custo e 
de urgência etc., incluindo serviços e materiais obrigados por ações ju-
diciais individuais, principalmente para os que podem pagar escritórios 
de advocacia especializada. A soma do seu per capita privado e público 
para saúde corresponde de 4 a 6 vezes o per capita dos 70 a 75% que 
só utilizam o SUS. Entre os 25-30% estão a elite social, a classe média 
alta e as classes: média média e média baixa que incluem a maioria 
dos trabalhadores sindicalizados do setor privado e público; e entre os 
70-75% está a minoria da classe média baixa, a massa trabalhadora 
formal e informal e os miseráveis. O sistema público inclui todos, mas 
de maneira segmentada, atentando contra a Integralidade e Equidade. 
É um sistema híbrido público-privado, com relações promíscuas entre 
si, sem regulação de interesse público e que refl ete um Estado criador 
de mercados na área social dos direitos de cidadania. 
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Saiba mais em: 
https://www.abrasco.org.br/site/outras-noticias/movimentos-sociais/o-
-sus-na-pratica-qual-e-a-politica-publica-de-saude-pergunta-nelson-ro-
drigues-dos-santos/15008/
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IMPLANTAÇÃO DA ESTRATÉGIA - DO PSF AO ESF
O Programa Saúde da Família (PSF) surgiu em 1994 como um 
programa-piloto moderadamente pequeno no estado do Ceará, no nor-
deste do país, que fornecia um serviço de saúde gratuito descentraliza-
do. A formulação do PSF foi fundamentada em modelos de assistência 
à família no Canadá, em Cuba, na Suécia e na Inglaterra, que serviram 
de referência para o projeto no Brasil (ROSA, 2005).
A Estratégia Saúde da Família (ESF) visa à reorganização da atenção básica 
no País, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde, e é tida 
pelo Ministério da Saúde e gestores estaduais e municipais como estratégia 
de expansão, qualifi cação e consolidação da atenção básica por favorecer 
uma reorientação do processo de trabalho com maior potencial de aprofun-
dar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de ampliar a 
resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, 
além de propiciar uma importante relação custo-efetividade. (BRASIL, 2011) 
ESTRATÉGIA SAÚDE DA
FAMÍLIA
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O programa logo se tornou a principal estratégia para todo o 
sistema nacional de saúde do Brasil e foi anunciado na Política Nacional 
de Atenção Básica (PNAB) em 2006, que posteriormente foi revisada 
em 2011 e 2017 (ROCHA; SOARES, 2010). Atualmente, já então consi-
derado eixo norteador do sistema de saúde brasileiro, o PSF é nomeado 
como Estratégia Saúde da Família (ESF), visto que o termo “programa” 
aponta para um projeto com prazo de validade defi nido. Pelo contrário, 
o ESF é uma estratégia de reorganização da atenção primária e não 
possui um prazo de fi nalização.
Pesquisadores descobriram que o ESF possui alto custo-bene-
fício no contexto de saúde brasileiro. Um município de 100.000 habitan-
tes com uma cobertura do programa de 40% deveria gastar entre US $ 
1,3 milhão e US $ 2 milhões no PSF anualmente para salvar cerca de 57 
vidas após cinco anos e 150 vidas após oito anos de operação do PSF 
(ROCHA; SOARES, 2010).
Desde o início da década de 2000, a Estratégia de Saúde 
da Família tem sido um componente crucial da abordagem brasileira 
à atenção primária à saúde e à universalização de sua cobertura de 
saúde pública. No Brasil, as coberturas da ESF apresentam tendência 
crescente desde o início do projeto. A cobertura em 2006 e 2016 foram 
de 45,3% e 64,0%, respectivamente,expandindo nas cinco regiões na-
cionais e na maioria das unidades federadas (UF) ( NEVES et al., 2018).
Figura 4. Evolução da cobertura da Estratégia Saúde da Família (1998 
- 2016)
Fonte: SIAB (Sistemas de informação da Atenção Básica), 2019.
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 Em conformidade com o modelo de outros países, baseia-se 
no serviço de equipes multidisciplinares ligadas a uma determinada re-
gião e são dedicadas, especialmente, à promoção e prevenção da saú-
de. 
Simultaneamente, o ESF possui características diferenciadas 
que se originam dos desafi os específi cos enfrentados pelo Brasil, um 
país onde o acesso aos serviços de saúde ainda é um desafi o, mesmo 
nos centros urbanos; onde as desigualdades socioeconômicas ainda 
persistem. Segundo Rizzotto (2000), esse modelo de serviço público 
descentralizado em nível de comunidade, dedicado às populações ca-
rentes socioeconomicamente, foi uma estratégia preconizada pelo Ban-
co Mundial para deslocar o dever estatal para com indivíduos, famílias 
e comunidade. 
O ESF deve ser enquadrado dentro do contexto geral do SUS, 
particularmente a tentativa deste de desenvolver um novo modelo de 
atenção à saúde. No nível mais direto, a ESF busca promover as metas 
do SUS, ampliando a sua cobertura. 
No entanto, seus elementos mais expressivos pertencem ao 
tipo de cobertura prevista. Vale destacar três particularidades: a primei-
ra é o objetivo de proporcionar cuidados de saúde humanizados, indo 
além do modelo hospitalar e evitando o máximo possível intervenções 
farmacológicas e tecnológicas consideradas invasivas e desnecessá-
rias. Em conjunto, essas três características mostram até que ponto a 
ESF, como parte do SUS, procurou resistir à incursão do modelo bio-
médico ocidental qualifi cado por intervenções curativas, farmacêuticas 
e hospitalares.
A ESF busca humanizar os cuidados de saúde pela sua pro-
ximidade às populações, pela promoção de certos hábitos e práticas 
(como o parto natural e a amamentação) e pelo estabelecimento de um 
diálogo com práticas médicas alternativas (incluindo medicina popular e 
não ocidental) (NUNES, 2015).
Nesta mesma direção, o ESF defende uma visão integral dos 
cuidados de saúde. O termo “saúde da família” já sugere um desvio dos 
modelos médicos centrados na saúde dos indivíduos. Além disso, as 
equipes da ESF têm a missão de promover uma abordagem holística 
da saúde, incluindo prevenção de doenças, promoção de estilos de vida 
saudáveis, educação em saúde, reabilitação pós-doença ou pós-lesão 
e até intervenções no ambiente social (como a promoção de atividades 
sociais para pessoas idosas ou iniciativas contra a violência doméstica). 
Essas tarefas são acrescentadas por uma atenção especial aos grupos 
vulneráveis e apoiadas pela coleta permanente de dados e monitora-
mento do estado de saúde das populações.
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Um estudo de Malta et al. (2016) sobre a cobertura da Estraté-
gia Saúde da Família em território brasileiro apontou que mais de 50% 
da população brasileira refere estar cadastrada nas unidades de saúde 
da família, sendo superior na área rural (quase dois terços da popula-
ção) comparada com a urbana. A região Nordeste apresentou o maior 
percentual, seguida da Sul, o Sudeste teve a menor porcentagem. 
Tabela 2. Proporção de domicílios cadastrados em unidade de saúde da 
família nas regiões do Brasil.
Fonte: MALTA et al., 2016.
O ESF teve diversas conquistas signifi cativas, incluindo me-
didas decisivas na cobertura de vacinação, saúde materna e redução 
da mortalidade infantil. No entanto, ainda é importunado por inúmeros 
desafi os. Um dos principais problemas resulta do princípio descentrali-
zador que sustenta o SUS. A subordinação das equipes da ESF sobre 
as autoridades municipais signifi ca que elas estão sujeitas a questões 
políticas. Isso resulta em desníveis estruturais e em difi culdades para 
garantir a sustentabilidade de intervenções de saúde de mediano ou 
extenso prazo, que muitas vezes dependem da iniciativa individual dos 
profi ssionais de saúde e agentes comunitários. Um problema inter-re-
lacionado é que o trabalho e a boa vontade de muitos desses profi ssio-
nais às vezes são afetados pela situação de emprego precário em que 
se encontram.
 O outro desafi o da implantação do ESF consiste nas difi culda-
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des em monitorar indicadores de saúde em regiões onde a população é 
altamente móvel e suscetível a fl utuações sazonais signifi cativas. Isso 
está relacionado ao desafi o de melhorar tais indicadores. Nota-se que, 
como qualquer outra estratégia de saúde primária, os sucessos da ESF 
nem sempre são mensuráveis ou quantifi cáveis, e parte da capacidade 
de alcançar resultados depende da existência de relações de confi ança 
com a população. Essas metas de longo prazo são vulneráveis à inva-
são da abordagem gerencial, baseada nos resultados imediatos e na 
efi ciência. O Brasil não está imune à essas últimas tendências, com o 
crescimento da saúde privada e as pressões de fi nanciamento sobre o 
SUS, demonstrando a coexistência de visões divergentes dos cuidados 
de saúde.
Por fi m, o ESF fala sobre um dos objetivos centrais do SUS: 
aumento da participação pública na formulação de políticas de saúde e 
na prestação de serviços de saúde. A participação pública na defi nição e 
entrega de políticas é uma exigência intersetorial no Brasil, consagrada 
na constituição do país. No caso da saúde, isso é refl etido pelo envolvi-
mento com grupos negligenciados, movimentos comunitários (incluindo 
organizações de pacientes e cuidadores) e instrução de leigos.
PARA SABER MAIS
Os serviços do ESF foram responsáveis pela redução das ta-
xas de mortalidade infantil em cerca de 25% a mais do que nos municí-
pios que não participaram da estratégia.
Outro estudo também demonstrou que a expansão de 10% na 
cobertura da Estratégia de Saúde da Família foi responsável por uma 
redução de 4,6% na mortalidade infantil 
Fonte: RODRIGUES; RAMIRES, 2012.
NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF)
Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) foram formu-
lados pelo Ministério da Saúde, em 2008, com o objetivo de qualifi car e 
tornar mais resolutiva a atuação da Atenção Básica no Brasil, maximi-
zando as ofertas de saúde na rede de serviços, assim como a resoluti-
vidade, a abrangência e o alvo das ações.
Os núcleos são regulamentados e defi nidos pela Portaria nº 
2.488, de 21 de outubro de 2011:
Equipes formadas por profi ssionais de diferentes áreas de conhecimento, 
que devem atuar de maneira integrada e apoiando os profi ssionais das Equi-
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pes Saúde da Família, compartilhando as práticas e saberes em saúde nos 
territórios sob responsabilidade destas equipes, atuando diretamente no 
apoio matricial às equipes da(s) unidade(s) à(s) qual(is) o Nasf está vincula-
do e no território destas equipes. Compostos por equipes multiprofi ssionais 
que atuam de forma integrada com as equipes de Saúde da Família (eSF), 
as equipes de atenção básica para populações específi cas (consultórios na 
rua, equipes ribeirinhas e fl uviais) e com o Programa Academia da Saúde. 
(BRASIL, 2011)
Qualquer município brasileiro, contanto que tenha ao menos 
uma equipe Saúde da Família, pode instaurar equipes NASF. A moda-
lidade de NASF a ser instaurada pode variar de um município para o 
outro, conforme o número de equipesde saúde do local.
O NASF trabalha na lógica do apoio matricial, ou seja, trata-se 
de uma estratégia de organização baseada na resolubilidade da atenção 
a partir da integração e cooperação entre as equipes interdisciplinares 
responsáveis pelo cuidado de determinado território. O objetivo é que 
os profi ssionais da equipe do NASF possam compartilhar seus conhe-
cimentos com os profi ssionais da ESF, resultando que a equipe Saúde 
da Família amplie seus conhecimentos e, com isso, possa amplifi car a 
resolutividade da própria atenção básica. São exemplos de ações de 
apoio matricial: discussão de casos, atendimentos compartilhados entre 
NASF e ESF, atendimentos individuais do profi ssional do NASF ante-
cedida ou seguida de discussão com a ESF, construção conjunta de 
projetos terapêuticos, ações de educação permanente, intervenções no 
território e na saúde de grupos populacionais e da coletividade, ações 
intersetoriais, ações de prevenção e promoção da saúde, discussão do 
processo de trabalho das equipes etc.
A composição da equipe do NASF, segundo diretrizes do Minis-
tério da Saúde, deve ser determinada pelo gestor municipal em conjun-
to com as equipes de atenção básica da região, segundo as necessida-
des identifi cadas no território após avaliação do perfi l socioeconômico 
e epidemiológico da população. (BRASIL, 2009). Vale ressaltar que a 
atuação do NASF deve se dar de forma integrada e colaborativa com as 
equipes de atenção básica em atividades de cunho técnico pedagógico 
e clínico assistencial. (BRASIL, 2014; BRASIL, 2008)
De acordo com o Ministério da Saúde, a instauração de equi-
pes NASF ocorre da seguinte maneira: 
Passo 1 – o município deverá compor plano incluindo, no míni-
mo, os seguintes esclarecimentos:
a) Região geográfi ca a ser atendida, com estimativa da popu-
lação residente;
b) Informações coletadas em análise pelo município que justifi -
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que a inauguração do NASF;
c) Descrição dos profi ssionais que irão integrar as equipes do 
NASF e as respectivas funções a serem executadas;
d) Defi nição de quais ESF serão vinculadas, bem como o có-
digo do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) da 
Unidade Básica de Saúde em que o NASF será habilitado;
e) Exposição do planejamento compartilhado entre as ESF e 
as equipes do NASF;
f) Defi nição do fl uxo dos usuários para garantia de referência e 
aos demais serviços da rede assistencial;
g) Apresentação da forma de recrutamento, seleção, contrata-
ção e carga horária dos profi ssionais da equipe do NASF.
Passo 2 – submissão do projeto para aprovação do Conselho 
Municipal de Saúde.
Passo 3 – a Secretaria Municipal de Saúde transfere os dados 
para análise da Secretaria Estadual de Saúde.
Passo 4 – a Secretaria Estadual de Saúde submete o plei-
to do(s) município(s) à apreciação da Comissão Intergestores Bipartite 
(CIB).
Passo 5 – a Secretaria Estadual de Saúde submete ofício para 
o Ministério da Saúde, comunicando a quantidade de NASF aprovados.
Passo 6 – o Ministério da Saúde expõe publicamente o cre-
denciamento da(s) equipe(s) do NASF no Diário Ofi cial da União.
Passo 7 – o município credencia a(s) equipe(s) do NASF no 
Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).
Após a fi nalização do processo, o município inicia os recebi-
mentos de recursos de implantação e custeio referentes na competência 
subsequente à implantação. No entanto, para manutenção e garantia 
destes recursos fi nanceiros, o município deve promover a atualização 
mensal dos sistemas de informações nacionais.
As equipes do NASF podem ser compostas com as seguin-
tes ocupações do Código Brasileiro de Ocupações (CBO): médico acu-
punturista; assistente social; profi ssional/professor de educação física; 
farmacêutico; fi sioterapeuta; fonoaudiólogo; médico ginecologista/obs-
tetra; médico homeopata; nutricionista; médico pediatra; psicólogo; mé-
dico psiquiatra; terapeuta ocupacional; médico geriatra; médico internis-
ta (clínica médica), médico do trabalho, médico veterinário, profi ssional 
com formação em arte e educação (arte educador) e profi ssional de 
saúde sanitarista, ou seja, profi ssional graduado na área de saúde com 
pós-graduação em saúde pública ou coletiva ou graduado diretamente 
em uma dessas áreas.
A composição de cada um dos NASF é determinada pelos ges-
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tores municipais responsáveis, conforme os critérios de prioridade iden-
tifi cados a partir de levantamentos de dados epidemiológicos, socioeco-
nômicos e das demandas locais específi cas da região.
PARA SABER MAIS
A Portaria nº 256/SAS/MS, de 11 de março de 2013, é respon-
sável pelas novas regras e normas para o cadastramento das equipes 
incluídas nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) no Sistema 
de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES).
Fonte: BRASIL, 2013.
COMPOSIÇÃO E ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS DA ESTRA-
TÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
A Estratégia Saúde da Família (ESF) é composta por equipe 
multiprofi ssional que deve ser formada por no mínimo: 1 médico gene-
ralista ou especialista em saúde da família, 1 enfermeiro generalista ou 
especialista em saúde da família, 2 auxiliares ou técnicos de enferma-
gem e 5 a 6 agentes comunitários de saúde (BRASIL, 1994).
 A equipe multiprofi ssional também pode ser constituída por 
profi ssionais de saúde bucal, tais como cirurgião-dentista generalista ou 
especialista em saúde da família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal 
(BRASIL, 2011). Esses profi ssionais devem estar cadastrados em uma 
equipe de saúde da família, mantendo responsabilidade sanitária pela 
mesma população e território que a ESF. Cada equipe de Saúde da 
Família deve ser responsável por, no máximo, 4.000 pessoas de uma 
determinada região, que tornam a ter corresponsabilidade no cuidado 
com a saúde.
A quantidade de profi ssionais a compor cada unidade deve ser 
estabelecida de acordo com os seguintes fatores (BRASIL, 1994): 
- Capacidade geográfi ca da unidade;
- Quantidade de pessoas a serem atendidas;
- Enfrentamento dos determinantes do processo saúde/doen-
ça; 
- Integralidade da atenção em saúde;
- Oportunidades e possibilidades da região. 
As funções devem ser realizadas de maneira dinâmica, com 
avaliação contínua por meio do acompanhamento dos indicadores de 
saúde de cada região de atuação. Assim, as competências das equipes 
de Saúde da Família, do ponto de vista organizacional, são: 
Colaborar no processo de territorialização da região, detectan-
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do ocorrências de alto risco e vulnerabilidade, executando busca ativa e 
notifi cando doenças e agravos de notifi cação compulsória; 
Registrar a população moradora da região, principalmente fa-
mílias e seus representantes, assegurando a qualidade da coleta de 
dados e a fi dedignidade das informações clínicas e sociais do grupo 
populacional atendido de maneira interdisciplinar, por meio de reuniões 
sistemáticas para planejamento e avaliação das ações.
Fortalecer processos de educação em saúde, voltados à 
orientação de medidas de autocuidado pessoal, proporcionando ações 
de planejamento para solucionar os desafi os encontrados.
 Associadas a estas, outras atividades devem ser desenvol-
vidas, a fi m de promover atenção integral, contínua e organizada da 
população adstrita (BRASIL, 2011). Além da atuação nas unidades bási-
cas de saúde, a equipe do ESF também exerce as seguintes atividades: 
Visita domiciliar 
A visita domiciliar é uma esfera da atenção domiciliar à saúde 
que prioriza as ações educativase a avaliação multidimensional das 
famílias. O ESF caracteriza a visita domiciliar como uma forma de inte-
ração social na atenção à saúde de extrema importância, sendo consi-
derado um instrumento de intervenção comunitário fundamental através 
do levantamento de dados sobre condições de saúde e qualidade de 
vida da população atendida (ALBUQUERQUE; BOSI, 2009).
A visita domiciliar tem como fi nalidade o monitoramento da si-
tuação de saúde das famílias, sendo compreendidos família, indivíduos 
e comunidade como autores responsáveis de poder de decisão no pro-
cesso de saúde e doença, os quais são infl uenciadores e infl uenciados 
pelas relações que ocorrem nos contextos em que estão inseridos. Os 
profi ssionais de saúde devem participar de visitas domiciliares progra-
madas anteriormente ou direcionadas ao atendimento de demandas es-
pontâneas, de acordo com requisitos epidemiológicos e de identifi cação 
de situações de risco.
Internação domiciliar 
A internação domiciliar é uma categoria mais específi ca em 
comparação à visita domiciliar. O processo de internação domiciliar 
contempla a utilização de instrumentos tecnológicos em domicílio, de 
acordo com as necessidades de cada indivíduo, sendo defi nida pela 
permanência da equipe de saúde no domicílio por no mínimo quatro 
horas diárias, com acompanhamento contínuo. O indivíduo, para ser 
internado em domicílio, precisa apresentar quadro clínico estável, assim 
como a equipe profi ssional necessita de rede de suporte para as possí-
veis eventualidades (GIACOMOZZI; LACERDA, 2006).
Vale destacar que a internação domiciliar não substitui a in-
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ternação hospitalar tradicional. Deve ser sempre utilizada com o intuito 
de humanizar e garantir maior qualidade e conforto ao paciente. Por 
isso, só deve ser realizada quando as condições clínicas e familiares do 
paciente assim permitirem. A hospitalização deve ser feita sempre que 
necessária, com o devido acompanhamento por parte da equipe.
Participação em grupos comunitários 
A equipe do ESF deve disponibilizar e estimular e participar 
de reuniões de grupo, discutindo os temas relativos ao diagnóstico e 
alternativas para a resolução dos problemas (exemplo: grupos de hiper-
tensão, diabetes, gestantes, entre outros). A promoção de saúde deve 
ser trabalhada durante atividades dos grupos, tais como caminhadas, 
ginástica, acompanhamento de alimentação, acompanhamento de me-
dicação, passeios, eventos, entre outros. 
De acordo com a PNAB – Política Nacional de Atenção Básica de 
2012, cada profi ssional integrante do ESF possui atribuições específi cas.
Atribuições do médico
O médico da equipe da Estratégia de Saúde da Família 
deve possuir conhecimentos relacionados à saúde da família e ser, 
preferencialmente, um médico generalista ou especializado em saúde 
da família.
Portanto, deve atender a todos os membros das famílias, inde-
pendentemente de sexo e idade. 
A equipe médica necessita avaliar os usuários de maneira 
multidimensional, inserindo-os em seu contexto biopsicossocial, e não 
permanecer na abordagem biológica de conhecimentos clínicos especí-
fi cos ou grupos de doenças. Desse modo, a atuação clínica do médico 
não deve estar restrita às condições de saúde rigorosamente defi nidas. 
A avaliação médica de forma multidimensional e a convivência 
contínua com os membros das famílias propiciam conhecimento apro-
fundado e o forte vínculo de responsabilidade para a resolução dos pro-
blemas e manutenção da saúde da população.
As atribuições dos médicos pertencentes a Saúde da Família 
são:
Promover assistência integral aos sujeitos e famílias durante 
todo o ciclo vital: infância, adolescência, idade adulta e velhice;
Realizar consultas clínicas e procedimentos na unidade Saúde 
da Família e, quando necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços 
comunitários da região;
Desenvolver atividades de demanda espontânea e programa-
da em clínicas de especialidade, como pediátricas, ginecológicas e obs-
tétricas. Além de realizar cirurgias ambulatoriais, pequenas urgências 
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clínico-cirúrgicas e procedimentos para fi ns de diagnósticos;
Encaminhar, quando indicado, usuários a serviços de média e 
alta complexidade, visando o melhor plano terapêutico para o indivíduo;
Recomendar a necessidade de internação hospitalar ou domi-
ciliar, assegurando a responsabilização pelo acompanhamento clínico 
do indivíduo.
Atribuições do enfermeiro
O enfermeiro é responsável pelo desenvolvimento do processo 
de trabalho em dois setores essenciais: 1 – na unidade de saúde, junto 
à equipe de profi ssionais, e na comunidade, apoiando e supervisionan-
do o trabalho dos ACS, bem como, 2 – nas visitas domiciliares, assistin-
do às pessoas que necessitam de atenção de enfermagem.
As principais atribuições básicas do enfermeiro são:
Oferecer assistência integral aos sujeitos sob sua responsabi-
lidade;
Reconhecer a relação médico-paciente e médico-família como 
parte de um processo terapêutico e de confi ança;
Viabilizar os contatos com pessoas sadias ou doentes, com o 
objetivo de abordar a prevenção de doenças e de educação em saúde;
Envolver-se em manter os indivíduos saudáveis, em casos em 
que venham às consultas ou não;
Efetuar atividades básicas de vigilância epidemiológica e sani-
tária em sua área de abrangência;
Realizar as ações de assistência nas áreas de atenção à crian-
ça, ao adolescente, à mulher, ao trabalhador, ao adulto e ao idoso, exe-
cutando também atendimentos de primeiros cuidados nas urgências e 
pequenas cirurgias ambulatoriais etc.;
Promover a qualidade de vida da população e contribuir para 
um meio ambiente mais saudável;
Discutir de forma permanente, em parceria com a equipe de 
trabalho e comunidade, o conceito de cidadania, ressaltando os direitos 
à saúde e as bases legais que os legitimam;
Envolver-se no processo de programação e planejamento das 
ações e da organização do processo de trabalho das unidades de Saú-
de da Família.
Atribuições do auxiliar de enfermagem
As ações do auxiliar de enfermagem são realizadas interna-
mente na unidade de saúde e também em meio externo, por meio de 
visitas domiciliares. As principais atribuições desses profi ssionais são:
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Formular, em parceria com os Agentes Comunitários de Saú-
de, ações de identifi cação das famílias de risco e em situação de vul-
nerabilidade;
Colaborar, quando necessário, com o trabalho dos agentes co-
munitários de saúde durante as visitas domiciliares;
Acompanhar o atendimento da enfermagem com pessoas vul-
neráveis da comunidade expostas às situações de risco, visando garan-
tir uma melhor monitoria de suas condições de saúde;
Realizar, de acordo com a qualifi cação profi ssional, os procedi-
mentos de vigilância sanitária e epidemiológica nos setores de atenção 
à saúde da criança, à mulher, ao adolescente, ao trabalhador e ao ido-
so, assim como no controle de doenças específi cas, tais como doenças 
crônico-degenerativas e infectocontagiosas;
Colaborar com a discussão e organização do processo de tra-
balho da unidade de saúde.
Atribuições do Agente Comunitário de Saúde 
Os Agentes comunitários de saúde (ACS) desenvolvem suas 
atividades nos domicílios de sua região de responsabilidade e junto à 
unidade para programação e supervisão de suas atividades. Suas atri-
buições básicas são:
Efetuar mapeamento de sua área de atuação;
Registrar, cadastrar e atualizar dados das famílias de sua área;
Identifi car indivíduos vulneráveis e famílias expostos a situa-

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