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1 - PA I - Administração TGA

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ADMINISTRAÇÃO
TGA - TEORIA GERAL DA 
ADMINISTRAÇÃO
“É o corpo de conhecimentos a respeito das 
organizações e do processo de administrá-las. 
Não há na teoria da administração formulas ou 
receitas definitivas, como acontece com outras 
disciplinas. Teoria, em administração, significa 
um conjunto de conhecimentos organizados, 
produzido pela experiência prática das 
organizações.’’ (Maximiano, 2000, p.30 )
QUEM SÃO OS ADMINISTRADORES?
São as pessoas que tomam decisões
de administração. Podem ser
indivíduos ou grupos. Todas as
pessoas que administram sistemas
ou recursos são administradores (ou
gerentes). (Maximiano, 2000, p. 25).
CFA – CONSELHO FEDERAL 
DE ADMINISTRAÇÃO. 
CRA – CONSELHO REGIONAL 
DE ADMINISTRAÇÃO.
A TGA estuda a administração das organizações sob o ponto de vista de seis variáveis 
interdependentes:
A história da administração
• A história da Administração é recente, tendo pouco mais de 100 anos. 
• O desenvolvimento das teorias a respeito da Administração foi bem lento 
até o século XIX, acelerando-se a partir do início do séc. XX.
• No decorrer da história da humanidade sempre existiu alguma forma de 
administração. Por isso, podemos dizer que esta é resultado da contribuição 
de:
Filósofos
Igreja católica e Organização 
militar
Revolução 
Industrial
Pioneiros e 
empreendedores.
Filósofos
• Administração como habilidade pessoal, separada do 
conhecimento técnico e da experiência. 
Teve influência decisiva na Administração.
• Maneira de abordar e solucionar problemas.
• Tendência à análise e à divisão do trabalho.
Igreja Católica e Organização Militar
• As normas administrativas e a administração pública foram passando, ao 
longo do tempo, dos Estados para a Igreja Católica e Organização Militar.
• Conceitos sobre estratégia, planejamento e logística.
• Princípios:
– Hierarquia 
• Estruturas organizadas, com responsabilidades e tarefas próprias
– Unidade de comando
• Cada subordinado pode ter somente um superior
– De direção
• Cada subordinado deve saber o que fazer e o que se espera dele
Revolução Industrial
• Teve início na Inglaterra e pode ser dividida em 
duas épocas:
– 1780 à 1860: 
• 1a. Revolução Industrial 
• Revolução do carvão e do ferro
– 1860 à 1914:
• 2a. Revolução Industrial
• Revolução do aço e da eletricidade
Revolução Industrial
• Principais características da 1a. Revolução Industrial
– Mecanização da indústria e da agricultura
• anteriormente, uso da força humana ou animal
– Aplicação da força motriz à indústria
• máquina à vapor
– Desenvolvimento do sistema fabril
• fim do artesão e sua pequena oficina
• lugar ao operário e às fábricas
– Espetacular aceleramento dos transportes e comunicações
• Navegação e locomotiva à vapor
Revolução Industrial
• Principais características da 2. Revolução Industrial
– Substituição do ferro pelo aço
– Vapor pela eletricidade
– Desenvolvimento de máquinas automáticas
– Especialização do trabalhador
– Crescente domínio da indústria pela ciência
– Transformações nos transportes e comunicação
– Novas formas de organização capitalista
– Expansão da industralização
Revolução Industrial
• A organização e a empresa moderna nasceram com a 
Revolução Industrial graças:
– à ruptura das estruturas corporativas da Idade Média
– ao avanço tecnológico e sua aplicação à produção
• Com a nova tecnologia dos processos de produção, a 
administração e a gerência das empresas passaram a ser a 
preocupação maior dos proprietários.
• A prática foi ajudando a selecionar idéias.
Pioneiros e Empreendedores
• Com os resultados da Revolução Industrial (aumento da produção, novas 
tecnologias), abriu-se o caminho para os pioneiros e empreendedores, os 
chamados criadores de império (empire builders).
• Era a época do crescimento das empresas, não somente por aumento de 
produção, mas devido à incorporação.
• Teve início a integração vertical das empresas: organizações comprando 
seus fornecedores e distribuidores.
• Estas incorporações foram criando empresas ‘pesadas’, com instalações e 
pessoal além do necessário.
Pioneiros e Empreendedores
• O lucro da nova empresa dependeria da 
racionalização desta estrutura ‘pesada’.
• A aquisição de empresas familiares, criando 
‘impérios’, trouxe a necessidade do gerente 
profissional.
• Na virada do século XX, grandes corporações 
sucumbiram.
• Pioneiros e empreendedores deram lugar para os 
organizadores, com o uso do planejamento e 
controle.
Abordagem Clássica
&
Administração Científica
Leitura:
Idalberto Chiavenato
‘Administração Científica’
Abordagem Clássica
• A origem da Abordagem Clássica se dá nas 
decorrências da Revolução Industrial.
• Dois fatos são os mais importantes:
– O crescimento acelerado e desorganizado das empresas
• devido ao aumento produtivo causado pelas tecnologias aplicadas 
à produção.
– A necessidade de aumentar a eficiência e a competência 
das organizações
• ruptura do processo artesanal
Abordagem Clássica
Abordagem Clássica
Administração 
Científica Teoria Clássica
Taylor Fayol
•
•ênfase nas tarefas
• aumento produtividade
• métodos de trabalho
• divisão do trabalho
• abordagem de baixo 
para cima
•
•ênfase na estrutura
• aumento eficiência da 
empresa
• atenção para os elementos 
da Administração
• abordagem do todo para as 
partes
Ford
•especialização 
do trabalhador
• produção em 
massa
• linha de 
montagem
• carga trabalho
Administração Científica
• Origem nome: aplicação de métodos da ciência 
(observação e mensuração) aos problemas 
encontrados. 
• Iniciada pelo engenheiro americano Frederick 
Winslow TAYLOR (1856 – 1915).
• A Administração e a organização devem ser tratadas 
cientificamente e não empiricamente. 
– Planejamento no lugar de improvisação
– Ciência no lugar do empirismo
• Atribui-se dois períodos aos pensamentos de Taylor.
Administração Científica
Primeiro Período Segundo Período
• ênfase nas técnicas de 
racionalização do trabalho 
(ORT)
• estudo dos Tempos e 
Movimentos
• remuneração diferenciada 
conforme produção
• racionalização do trabalho 
em conjunto com 
estruturação da empresa
• desenvolvimento de 
estudos sobre a 
Administração
A Organização Racional do 
Trabalho
• Durante seus estudos, Taylor verificou que os operários aprendiam suas 
tarefas através da observação do trabalho de outros.
• Com isso, um mesmo trabalho era realizado de maneiras diferentes, com a 
utilização de ferramentas diferenciadas. 
• Taylor viu a necessidade de substituir métodos rudimentares por métodos 
científicos, racionalizando o trabalho. 
• Esse método recebeu o nome de Organização Racional do Trabalho (ORT).
A Organização Racional do 
Trabalho
Aspectos fundamentais da ORT
1. Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos,
2. Fadiga humana
3. Divisão do trabalho e especialização
4. Desenho de cargos e tarefas
5. Incentivos salariais e premiação
6. Homo economicus
7. Condições ambientais de trabalho
8. Padronização de métodos e máquinas
9. Supervisão funcional 
Análise do trabalho e estudo dos 
tempos e movimentos
• Análise do trabalho.
– observação de cada operação do operário,
– decomposição da tarefa em movimentos simples (base nos conceitos de 
Descartes),
– definição e aplicação de novas metodologias.
• Paralelo à análise do trabalho, era feito o estudo dos tempos.
– determinação do tempo médio de execução de uma tarefa,
– adição de tempo ‘morto’,
– resulta no ‘tempo padrão’.
Análise do trabalho e estudo dos 
tempos e movimentos
• A partir do ‘tempo padrão’ de execução da tarefa, é possível:
– racionalizar o trabalho,
– eliminar o desperdício,
– controlar a produtividade de todos os operários.
• Gilbreth verificou que os trabalhos poderiam ser reduzidos 
(decompostos) a movimentos elementares, definindo os 
movimentos necessários para a execução da tarefa.
– colocação de parafusos: sete movimentos elementares.
Fadiga Humana
• Durante os estudos(estatísticos, e não fisiológicos) dos movimentos, 
identificou-se os efeitos negativos da fadiga sobre a produção:
– Diminuição da produção,
– Queda na qualidade do trabalho,
– Perda de tempo,
– Doenças e acidentes.
• Era necessário reduzir a fadiga, sendo criados os princípios de economia 
de movimentos:
– Uso do corpo,
– Arranjo do material,
– Desempenho das ferramentas e máquinas.
Divisão do trabalho e especialização do 
operário
• Decorrência do estudo dos tempos e movimentos.
• Com a racionalização do trabalho e padronização dos tempos e 
movimentos, o trabalho foi dividido em tarefas específicas atribuídas a 
determinados operários. 
• Idéia básica de que a eficiência aumenta com a especialização.
• Cada operário passou a se especializar na execução de sua tarefa. 
Desenho de cargos e tarefas 
• Foi na Administração Científica a primeira tentativa 
de se desenhar cargos e tarefas. 
• Tarefa é a menor unidade da divisão do trabalho.
• Ao simplificar as tarefas, tinha-se como base a idéia 
de que os operários deveriam apenas realizá-las e 
não pensar ou decidir. 
Incentivos salariais e 
premiação
• Durante os estudos de Taylor, verificou-se que os operários perceberam que 
seus salários seriam os mesmos, independentes de sua produtividade.
• Deste modo, foi necessário criar um plano que fizesse com que os operários 
trabalhassem dentro do tempo padrão estipulado para suas tarefas.
• Foi substituída a remuneração baseada no tempo de trabalho pela 
remuneração baseada na produção.
• Foi também criada a premiação para os operários que produzissem além do 
tempo de trabalho.
• Com esta política, Taylor buscava agradar tanto aos empresários quanto aos 
operários.
Homo Economicus
• A base para a política de incentivos salariais é o 
conceito do homem econômico.
• “Toda pessoa é concebida como influenciada 
exclusivamente por recompensas salariais, 
econômicas e materiais.”
• Assim, as recompensas salariais influenciam nos 
esforços do trabalho.
Condições Ambientais de Trabalho
• A Administração Científica verificou que a eficiência depende, 
além da racionalização do trabalho, das condições de 
trabalho.
• ‘conforto e produtividade andam de mãos dadas’
• Conforto do operário e melhoria do ambiente físico são 
valorizados para a melhoria da eficiência, e não por 
merecimento.
– Adequação de instrumentos e ferramentas,
– Arranjo físico das máquinas,
– Ventilação, iluminação, ruídos
Padronização
• A racionalização do trabalho se preocupou também 
com a padronização dos métodos de trabalho e 
padronização das máquinas e ferramentas.
• A padronização reduz a variabilidade do processo 
produtivo.
• Junto com a especialização do operário, a 
padronização também foi responsável pelo conceito 
da linha de montagem. 
Supervisão funcional
• Mesmo com a racionalização do trabalho, a supervisão era 
necessária para Taylor por este acreditar:
– na vadiagem dos operários,
– não capacidade de pensar dos operários.
• Era necessário existir um supervisor para cada área de 
especialização do operário.
• Crítica: um operário possui mais de um supervisor.
Apreciação crítica à Administração 
Científica
As principais críticas à Administração Científica são:
1. Mecanicismo
2. Superespecialização do operário
3. Visão microscópica do homem
4. Ausência de comprovação científica
5. Limitação do campo de aplicação
6. Abordagens prescritiva e normativa e de sistema 
fechado
Mecanicismo da 
Administração Científica
• A Administração Científica:
– restringiu-se às tarefas a serem executadas,
– enfatizava a eficiência da produção, a redução de 
desperdício,
– deu pouca importância ao elemento humano,
– operários como instrumentos passivos, sem iniciativa,
– suposição do homo economicus, sem considerar aspectos 
motivacionais
– desumanização do trabalho industrial,
– Teoria da máquina.
Superespecialização do operário
• Fatores foram vistos como violadores da 
dignidade humana:
– especialização do trabalho, não permitindo o 
aprendizado do todo,
– atribuição de tarefas simples, fazendo com que o 
operário tivesse movimentos repetitivos.
Visão microscópica do homem
• A Administração Científica individualiza cada 
operário em termos de suas relações com as 
máquinas e não com outros operários.
• Os operários eram vistos como acessórios das 
máquinas.
• Ignora o aspecto social humano.
• Concepção negativista do homem: preguiça e 
ineficiência.
Ausência de comprovação 
científica
• A Administração Científica pretende criar uma 
ciência sem a comprovar cientificamente seus 
princípios.
• Baseia-se nos estudos de tempos e movimentos que 
analisam o ‘como’ e não o ‘porquê’ da ação dos 
operários. 
Limitação do campo de aplicação
• A Administração Científica retringiu-se aos 
problemas do ‘chão de fábrica’, aos operários e seus 
supervisores.
• Não considerou as demais áreas da organização, 
como finanças, comercial, nem as demais funções 
administrativas.
Abordagens prescritiva e 
normativa e de sistema 
fechado
• Abordagem prescritiva e normativa
– Preocupação em prescrever normas que devem ser 
aplicadas em todas as circunstâncias.
– Receitas antecipadas, soluções ‘enlatadas’.
• Abordagem de sistema fechado
– Visualiza a organização como se esta não estivesse 
inserida em um ambiente.
– Não considera possíveis influências externas que a 
empresa possa receber.
Pioneirismo
• Apesar das críticas, a Administração Científica foi 
pioneira no estudo da ‘nova estrutura’ organizacional 
(não artesã).
• É a partir desta Escola que se inicia a luta pela 
produtividade e se inicia os estudos da administração.
• Taylor teve forte influência na vida do século XX, dado 
seu pioneirismo.
Revisão
Aspectos fundamentais da ORT
1. Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos,
2. Fadiga humana
3. Divisão do trabalho e especialização
4. Desenho de cargos e tarefas
5. Incentivos salariais e premiação
6. Homo economicus
7. Condições ambientais de trabalho
8. Padronização de métodos e máquinas
9. Supervisão funcional 
Apreciação crítica à Administração 
Científica
As principais críticas à Administração Científica são:
1. Mecanicismo
2. Superespecialização do operário
3. Visão microscópica do homem
4. Ausência de comprovação científica
5. Limitação do campo de aplicação
6. Abordagens prescritiva e normativa e de sistema 
fechado
Abordagem Clássica
• A Teoria Clássica da Administração, junto com a 
Administração Científica, forma a chamada 
Abordagem Clássica, decorrente das inovações da 
Revolução Industrial.
• Enquanto a Administração Científica de Taylor focava 
a produtividade através do operário, a Teoria Clássica 
da Administração de Fayol, focava a eficiência 
através da estrutura organizacional.
Henry Ford
Henry Ford
• Assim como o nome de Taylor está associado à 
administração científica, o nome de Henry Ford 
(1863-1947) está associado à linha de montagem 
móvel.
• Diz-se que o ‘Taylorismo’ formou uma parceria 
com a expansão industrial e com a outra inovação 
revolucionária: a linha de montagem de Ford.
• Ford não inventou a linha de montagem, ele foi 
responsável por inovações.
 
Henry Ford e o modelo T
 
 
Henry Ford e a linha de 
montagem
• No início, a Ford trabalhava de modo artesanal 
(1908)
– Trabalhador especializado em sua função, mas tinha que 
‘correr’ a fábrica para buscar as peças no estoque e 
trazer ao seu posto de trabalho.
• Ford fez com que as peças fossem entregues em 
cada posto de trabalho.
– Tempo de conclusão do trabalho notadamente 
diminuido.
Henry Ford e a linha de montagem
• Operário, após acabar seu serviço em um carro, tinha que andar até o 
próximo.
– A movimentação consumia tempo e desgaste do operário.
• Implantação da linha de montagem móvel (1914)
Henry Ford e suas inovações
• A linha de montagem móvel trazia como benefícios:
– Maior velocidade da produção
– Melhor qualidade
– Diminuição dos custos de estoque
– Maior fabricação, menorpreço do produto
– Manual do produto
– Adotou carga de trabalho de 8 horas/dia
– Duplicou os salários (aumenta o mercado consumidor, inclusive de 
seus produtos)
– Sua empresa tornou-se padrão.
Ford adotou três princípios 
básicos:
• Princípio de intensificação: consiste em diminuir o tempo de 
produção com o emprego imediato dos equipamentos e da 
matéria-prima e a rápida colocação do produto no mercado.
• Princípio da economicidade: consiste em reduzir ao mínimo o 
volume do estoque da matéria-prima em transformação. A 
velocidade da produção deve ser rápida.
• Princípio da produtividade: consiste em aumentar a 
capacidade de produção do homem no mesmo período 
(produtividade) através da especialização e da linha de 
montagem.
Teoria Clássica da Administração 
Leitura:
Idalberto Chiavenato
‘Teoria Clássica da Administração’
Teoria Clássica da Administração
• Iniciada pelo engenheiro francês Henri Fayol 
(1841-1925).
• Foi o primeiro a dar atenção aos elementos da 
administração.
• Fayol buscava um ensino organizado da 
Administração para formar administradores. 
• A Teoria Clássica descreve a organização com 
base em sua estrutura. Recebe influência das 
estruturas rígidas e hierarquizadas da Igreja 
Católica e da Organização Militar.
 
As funções da Organização e 
conceito de Administração
• Na Teoria Clássica, o conceito de divisão do trabalho 
não se preocupava com a fragmentação do trabalho 
do operário, mas sim com a divisão dos órgãos que 
compõem a organização.
• A organização deve ser dividida em departamentos, 
cada qual representando uma função organizacional. 
• Para Fayol, a organização tem seis funções básicas a 
serem exercidas.
As funções da Organização e o 
conceito de Administração
Empresa
Funções 
financeiras
Funções 
comerciais
Funções 
técnicas
Funções 
contábeis
Funções de 
segurança
Prever
Organizar
Comandar
Coordenar
Controlar 
Funções 
administrativas
Princípios da 
Administração
• Para Fayol, as leis ou pricípios da Administração são:
1. Divisão do trabalho
2. Autoridade (de linha) e 
responsabilidade
3. Disciplina
4. Unidade de comando
5. Unidade de direção
6. Subordinação dos 
interesses individuais 
aos gerais
7. Remuneração do 
pessoal
8. Centralização
9. Cadeia escalar
10. Ordem
11. Equidade
12. Estabilidade do pessoal
13. Iniciativa 
14. Espírito de equipe
A Organização Linear
• Para Fayol, a estrutura da organização deveria ser linear, isto é, 
com supervisão linear.
• Esta estrutura prevê um organograma na forma piramidal, 
hierarquizada, presumindo:
– unidade de comando,
– unidade de direção,
– centralização da autoridade
– cadeia escalar.
• Neste ponto, a Teoria Clássica diverge da Administração Científica, 
posto que esta sugere uma supervisão funcional, contrariando a 
unidade de comando.
• Para a Teoria Clássica, deveria haver os órgãos de staff, ou de 
assessoria, que fornecem aos órgãos de linha conselhos e 
recomendações, através da análise do trabalho.
Apreciação crítica à Teoria Clássica
• Abordagem simplificada da organização
– Não considera elementos psicológicos e sociais,
– Não considera interação entre pessoas e grupos.
• Ausência de trabalhos experimentais
– Sem regularidade nos princípios estabelecidos
• Teoria da máquina
– Estrutura rígida
• Abordagens precritiva e normativa e de sistema 
fechado
– Precrição de normas para aplicação geral
– Não considera influências externas
Aplicação Atual
• Apesar de suas críticas, muitos dos princípios 
desenhados pela Escola da Teoria Clássica são 
ainda hoje aplicados, apesar de terem sofrido 
alguma alteração.
– Funções das organizações,
– Conceito de administração,
– Uso da hierarquia e desenho de seus papéis:
• Autoridade
• Unidade de comando e direção
• Cadeia escalar
• Disciplina.
Teoria das Relações Humanas 
Leitura:
Idalberto Chiavenato
‘Teoria das Relações Humanas’
• Trata a organização como máquina.
• Enfatiza as tarefas ou a tecnologia.
• Inspirada em sistemas de engenharia.
• Autoridade centralizada.
• Linhas claras de autoridade.
• Especialização e competência técnica.
• Acentuada divisão do trabalho.
• Confiança nas regras e regulamentos.
• Trata a organização como grupos 
humanos.
• Enfatiza as pessoas e grupos sociais.
• Inspirada em sistemas de psicologia.
• Delegação de autoridade.
• Autonomia dos empregados.
• Confiança e abertura.
• Ênfase nas relações entre pessoas.
• Confiança nas pessoas.
• Dinâmica grupal e interpessoal.
Abordagem Humanística
• A Abordagem Humanística foi um movimento 
de reação aos princípios da Abordagem 
Clássica da Administração.
• Traz um novo conceito às Teorias da 
Administração: 
– transfere a ênfase nas tarefas e na estrutura, da 
Abordagem Clássica, para a prioridade com as 
pessoas e os grupos sociais.
Abordagem Humanística
• Surge com o desenvolvimento das ciências 
sociais da Psicologia, com aplicação nas 
Organizações (Psicologia do Trabalho).
– Análise do trabalho e adaptação do trabalhador 
ao trabalho: 
• seleção de pessoal, treinamento, orientação.
– Adaptação do trabalho ao trabalhador: 
• motivação, liderança, relações interpessoais.
Teoria das Relações Humanas
• Também denominada de Escola Humanística.
• Desenvolvida por Elton Mayo, a partir de sua 
experiência em Hawthorne.
• Originou-se:
– da necessidade de humanizar a Administração,
– do desenvolvimento das ciências humanas,
– das conclusões da experiência em Hawthorne.
A Experiência em Hawthorne
• Fábrica da empresa americana de equipamentos e 
componentes telefônicos, Western Eletric Company.
• Objetivo: verificar se as condições físicas do trabalho têm 
influência sobre a eficiência dos operários.
• Foi realizada em quatro fases.
• Escolhidos dois grupos de trabalho:
– Grupo de observação
• Grupo experimental, aplicava-se condições diferenciadas para estudo
– Grupo de controle
• Sempre submetido às condições usuais de trabalho.
Experiência em Hawthorne
Conclusões
• As conclusões obtidas por Mayo na experiência em 
Hawthorne delineou os princípios básicos da Escola 
das Relações Humanas. 
1. O nível de produção é resultado da integração social
2. Comportamento social dos operários
3. Recompensas e sanções sociais
4. Grupos informais
5. Relações humanas
6. Importância do conteúdo do cargo
7. Ênfase nos aspectos emocionais
Experiência em Hawthorne
Conclusões
1.O nível de produção é resultado da integração social,
• e não somente pela capacidade física do empregado, ou de sua 
capacidade em realizar movimentos eficientes em tempos pré-
determinados.
2.Comportamento social dos operários
❑os operários não agem como indivíduos, mas como membros de 
grupos. 
3.Recompensas e sanções sociais
❑Operários que tinham baixo índice de produtividade perderam o 
respeito dos colegas. A Teoria das Relações Humanas, não considerava 
o princípio de homo economicus. Para ela, as pessoas são motivadas 
pela necessidade de reconhecimento do grupo.
Experiência em Hawthorne
Conclusões
4. Grupos informais
❑ Nova visão da empresa como uma organização social informal, contrário à 
visão formal da abordagem clássica. 
5. Relações humanas
❑ As relações humanas são desenvolvidas com base no contato entre as pessoas. Os 
indivíduos querem ajustar-se às demais pessoas do grupo.
6. Importância do conteúdo do cargo
❑ Mayo reparou em seus estudos que a divisão do trabalho e sua especialização 
não eram seguidos por todos os operários. Alguns trocavam de função entre si 
para evitar a monotonia do trabalho.
7. Ênfase nos aspectos emocionais
❑ A Teoria das Relações Humanas estudou também os comportamentos 
‘irracionais’ e não planejados dos indivíduos.
Civilização Industrializada
• Com base em sua experiências em Hawthorne e, a partir de suas 
conclusões, Mayo e a Teoria das Relações Humanas contribuíram para a 
Administração nos tópicos:
– A eficiência humana é resultado de sua interação social e não dos 
métodos de trabalho impostos. 
– A cooperaçãohumana é resultado da moral do indivíduo.
– Os métodos de trabalho impostos enfatizam a eficiência da produção 
e não a cooperação humana. Assim, há um conflito social na civilização 
industrializada: incompatibilidade entre os objetivos da empresa e os 
individuais.
– A solução é uma administração humanizada, com chefes democráticos 
e simpáticos com todos os operários.
Novos estudos na Administração
• Os estudos da Teoria das Relações Humanas 
trouxe novos ítens ao estudo da 
Administração:
– Motivação
– Liderança
– Comunicação
– Organização informal
– Dinâmica de grupo

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