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ROCHAS SEDIMENTARES 
As rochas sedimentares são resultantes da desintegração e decomposição de rochas 
preexistentes, graças a ação do intemperismo. 
 O intemperismo consiste da transformação das rochas em materias mais estáveis 
em condições físico-químicas diferentes daquelas em que se originara. Esta 
transformação ou alteração pode ser física (desgaste e/ou desagregação da rocha) 
ou química (decomposição química da rocha) 
 
 Sua origem ocorre através de detritos de outras rochas que se acumulam na 
superfície em condições normais de temperatura e pressão. 
 
 Os materiais transportados pelas chuvas, rios, ventos etc., são depositados 
formando depósitos denominados sedimentos clásticos ou detríticos. 
Durante o transporte esses materiais são separados uns dos outros pelos agentes de 
transporte em função do tamanho e da dureza das partículas, onde os sedimentos 
formados são constituídos (mais ou menos separadamente) por argila, areia ou cascalho. 
Dessa forma, os dois tipos principais de sedimentos que resultam do ciclo exógeno 
são os sedimentos químicos e os sedimentos clásticos. 
Uma terceira categoria de sedimentos pode ser adicionada às duas primeiras: os 
sedimentos orgânicos, os quais, em princípio, também são sedimentos químicos ou 
clásticos, mas apresentam a particularidade de terem sido originados da intervenção ou 
da acumulação de restos de esqueletos e carcaças de seres vivos. 
 
PROCESSOS DE LITIFICAÇÃO OU DIAGÊNESE 
 
 Refere-se ás mudanças que ocorrem no material após ter sido depositado. 
Normalmente a diagênese implica numa maior organização dos materiais levando-os a 
uma maior estabilidade no novo meio. 
1. Compactação, cimentação e recristalização 
 
 Compactação: Redução volumétrica causada principalmente pelo peso das 
camadas superpostas e relacionada com a diminuição dos vazios, expulsão de 
líquidos e aumento da densidade da rocha. É o fenômeno típico dos sedimentos 
finos, argilosos. 
 Cimentação. Deposição de minerais nos interstícios do sedimento, produzindo a 
colagem das partículas constituintes. É o processo de agregação mais comum 
nos sedimentos grosseiros e arenosos. 
 Recristalização. Mudanças na textura por interferência de fenômenos de 
crescimento dos cristais menores ou fragmentos de minerais até a formação de 
um agregado de cristais maiores. E um fenômeno mais comum nos sedimentos 
químicos. 
 
CICLO SEDIMENTAR 
 
O intemperismo resulta de um conjunto de processos que, agindo sobre minerais 
de rochas da superfície terrestre, ocasionam sua degradação graças à ação de agentes 
atmosféricos e biológicos. É, pois, o fenômeno pelo qual a rocha se desagrega sob a 
ação de agentes físicos, químicos e biológicos, fornecendo material para o sedimento. 
Em resumo, o intemperismo causa a troca de um estado maciço por um estado elástico, 
com a conseqüente formação do sedimento. 
É importante observar que a desintegração física e a decomposição química não 
são processos isolados, ao contrário, ocorre sempre conjuntamente, um 
complementando a ação do outro. 
A erosão refere-se à remoção de detritos que serão transportados do local e 
posteriormente depositados numa bacia sedimentar. É causada por quatro agentes 
principais: gravidade, ação glacial, água corrente e vento. 
A gravidade envolve tanto o lento e gradual rastejo de partículas sedimentares e 
fragmentos de rochas pelas encostas montanhosas, como as avalanches. A erosão glacial 
ocorre onde geleiras causam abrasão na superfície terrestre. A água corrente é um 
poderoso agente de erosão em várias situações geomorfológicas (geomorfologia é a 
ciência que se ocupa com o estudo das formas do relevo e paisagem). A ação erosiva do 
vento é muito pequena, mas quando o vento carrega partículas como acontece em 
regiões desérticas, torna-se um poderoso agente erosivo. 
Os produtos do intemperismo removido pela erosão são constituídos de solutos e 
resíduos sólidos. Os solutos são a fração solúvel em água e por este meio são 
carregados. Serão transportados e segregados pelos diferentes meios de transporte de 
acordo com a competência ou seletividade desses meios. 
O material intemperizado, transportado ou não por qualquer dos meios 
mencionados é depositado em algum local, que recebe o nome genérico de bacia de 
sedimentação, dos quais o oceano é a principal, recebendo cerca de 90% do material. 
Estes depósitos são marcados pelos meios de transporte e apresentam características 
próprias de cada um, objetos de estudo da geomorfologia. 
A diagênese ou litificação refere-se ás mudanças que ocorrem no material após 
ter sido depositado. Normalmente a diagênese implica numa maior organização dos 
materiais levando-os a uma maior estabilidade no novo meio. 
Os depósitos sedimentares recentes são constituídos de minerais e fragmentos de 
rochas que, sob ação continua de agentes geológicos, tendem a sofrer consolidação, 
transformando-se em rochas sedimentares, como por exemplo, a consolidação das areias 
formando arenitos, de argilas formando folhelhos. 
 
CARACTERÍSTICAS DAS ROCHAS SEDIMENTARES 
 
2. Sílica - confere cor branca e alta dureza à rocha; geralmente é colorido por 
óxidos de ferro. 
3. Carbonato - calcítico ou dolomítico, de cor branca, é facilmente reconhecido 
pela reação com ácidos, provocando efervescência. 
4. Óxidos de ferro - frequentemente atuam como cimento, conferindo cor vermelha 
ou amarela à rocha, conforme seu grau de hidratação. 
5. Matéria orgânica - de cor escura (cinza a preto), é facilmente destruída por água 
oxigenada. 
 
COMPOSIÇÃO 
 
Sendo as rochas sedimentares são derivadas de um material preexistente, 
poderíamos esperar que sua composição fosse extremamente variável e complexa. Isso 
de fato ocorre quando o sedimento é depositado próximo à área de origem, mas quando 
o intemperismo e a erosão são prolongados. A diferenciação sedimentar vai concentrar 
materiais semelhantes em tamanho, forma e composição em depósitos distintos. 
A maioria das rochas sedimentares é composta de materiais que são abundantes 
em outras rochas ou seus respectivos produtos de intemperismo, e que são estáveis sob 
condições de pressão de temperatura da superfície. A grande parte das rochas 
sedimentares é na sua maior parte composta de apenas de apenas quatro constituintes: 
quartzo, calcita, argila e fragmentos de rochas. 
 
 Quartzo - o quartzo é o mineral clástico mais abundante em rochas 
sedimentares. A razão para isso é a grande abundância do quartzo na maioria na 
maioria das rochas e sua elevada dureza, resistência ao intemperismo e 
estabilidade química nos mais diversos ambientes. Os processos do ciclo 
sedimentar tendem a desintegrar, e decompor, os minerais menos estáveis 
concentrando o quartzo nos depósitos de areia. A sílica amorfa em solução ou do 
tamanho coloidal também é um produto de intemperismo de várias rochas 
magmáticas e pode se precipitar em depósitos de granulação mais grosseira. 
 Calcita - a calcita é constituinte principal das rochas calcárias e é o agente 
cimentante mais freqüente de depósitos arenosos ou argilosos. O cálcio é 
originado a partir do intemperismo de rochas magmáticas que contêm minerais 
como os plagioclásios cálcicos. O carbonato é derivado da água e do ar 
atmosférico. O cálcio é precipitado diretamente na forma de CaCO3 (calcita) ou 
extraído da água do mar por organismos e concentrado em conchas. Quando 
esses organismos morrem, as conchas e seus fragmentos acumulam-se como 
material clástico, formando assim a maioria das rochas calcárias. 
 Argilas - os minerais de argila se originam do intemperismo dos silicatos, 
principalmente dos feldspatos. A granulometria desses minerais é muito pequena 
e eles se concentram em argilitos e folhelhos. A abundância dos feldspatos na 
crosta terrestre, associado ao fato de que eles se decompõem com facilidade sob 
condições atmosféricas, explicam a ocorrência generalizadadesses minerais nos 
sedimentos. 
 Fragmentos de Rocha - fragmentos de rocha, nos quais os constituintes 
minerais não estão decompostos ou desagregados são de ocorrência comum nas 
rochas clásticas de granulação mais grosseira. Os fragmentos de rocha também 
podem ser parte predominante de rochas arenosas. 
 
ESTRUTURA E TEXTURA DAS ROCHAS SEDIMENTARES 
 
 A estratificação, que é o desenvolvimento de camadas que ocorre nas rochas 
sedimentares produzido por mudanças físico-químicas durante o transporte e 
deposição do ciclo sedimentar que os origina. A espessura dessas camadas varia 
de alguns milímetros a vários metros, por ter desenvolvido horizontalmente ou 
inclinado e é um forte indicativo do tipo de ambiente de sedimentação e da 
direção do transporte. 
 A textura das rochas sedimentares relaciona-se com a distância e o tipo de 
transporte das partículas e com o ambiente de deposição.Temos basicamente 
dois grandes grupos de sedimentos: os detríticos (fragmentos) e os químicos 
(compostos químicos solúveis). 
1. Textura clástica - o critério básico para classificar texturas clásticas é o 
tamanho das partículas. As classes de tamanho podem posteriormente ser 
subdivididas de acordo com arredondamento e esfericidade e tipo de 
cimentação. As partículas transportadas menos arredondadas do que as 
transportadas por água corrente ou vento.O grau de seleção do material é 
também um critério importante. Material bem selecionado tem pouca variação 
granulométrica e homogeneidade mineralógica. 
2. Textura cristalina - Os minerais precipitados a partir de águas marinhas ou 
lagos desenvolvem uma textura semelhante a uma rede emaranhada de cristais. 
Essa textura é semelhante à de algumas rochas magmáticas, mas geralmente é 
composto por um único mineral dominante. Os cristais individuais têm 
aproximadamente o mesmo tamanho e formam um denso empacotamento. 
 
AMBIENTES DEPOSIONAIS 
 
Em regiões tropicais, o melhor ambiente de deposição de sedimentos é o fluvial. 
Os ambientes desértico, lacustre e glacial também são ou foram importantes em nossas 
condições. 
Ambiente Fluvial: Em áreas continentais, os rios são os principais meios de 
transporte de sedimentos formados pelo intemperismo. Os materiais sólidos 
transportados pelos rios podem ser divididos em 2 grupos: carga do fundo, que é o 
material que se move ao longo do leito por processos de saltação e rolamentos, e a carga 
de suspensão. 
Ambiente Desértico: Deserto é uma área onde a taxa de evaporação potencial 
excede a taxa de precipitação pluviométrica e o vento é o agente geológico mais 
importante nos processos de erosão e sedimentação. Nos ambientes desérticos 
predominam o intemperismo físico das rochas envolvendo processos de fraturamento e 
esfoliação. 
Ambiente Lacustre: Refere-se à deposição em lagos, que são corpos de água 
parada, em geral água doce. Seus sedimentos têm normalmente um aumento de 
granulometria rumo ao topo, sendo os sedimentos mais profundos argilosos. 
Ambiente Glacial: Estão praticamente limitado ao pólo norte e sul e às altas 
montanhas. As geleiras são os agentes principais nos processos geológicos que atuam 
nesse ambiente. 
 
 
FORMAÇÃO DE PAISAGENS 
 
 A formação da paisagem está fortemente relacionada com o material geológico 
superficial e com os agentes erosivos e transporte que atuam em determinada região. 
As formas e formação da paisagem tem por isso estreita ligação com a geologia 
e com os processos dinâmicos que atuam num local, consequentemente tem excelente 
correlação com o tipo de solo formado nas diferentes feições ou posições da paisagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES 
 
 
 
 
 
 
CONGLOMERADOS 
 
Consistem de fragmentos de rochas grandes (> 2 mm), os chamados clastos. 
Quando os clastos são angulosos, a rocha denomina-se brecha, podendo indicar pouco 
ou nenhum transporte. Quando os c1astos sofrem arredondamento, em geral estão 
associados a uma matriz arenosa, e o depósito constitui um ortoconglomerado. 
Os fragmentos que formam o conglomerado são unidos por matriz arenosa, 
argilosa e agentes cimentantes (sílica, óxidos de ferro, carbonatos). Os seixos 
individuais são bem selecionados e arredondados. Os seixos do conglomerado podem 
ser de qualquer mineral ou rocha, sendo mais comum serem constituídos de materiais 
resistentes como o quartzo ou fragmentos de quartzito. Fragmentos de calcários ou 
granitos podem predominar em alguns casos. 
 
 
1. BRECHAS: Brechas são rochas elásticas de granulação grosseira nas quais 
fragmentos são angulares e apresentam poucas evidências de abrasão. 
2. ARCÓSIO: São rochas clásticas que contém no mínimo 25 % de feldspatos. O 
quartzo é o outro constituinte principal. A rocha tem geralmente coloração rósea 
e lembra muito o granito. 
3. ARENITO: Sedimentos clásticos nos quais a maioria das partículas tem 
diâmetro entre 1/6 a 2 mm. Os grãos individuais são geralmente arredondados e 
mostram claramente os efeitos da abrasão 
4. SILITOS: Os siltitos são rochas clásticas de granulação fina com mais da 
metade de suas partículas com diâmetro entre 1/16 a 1/256 mm. A estratificação 
é bem evidente e sua composição mineralógica comum é o quartzo associado em 
menor quantidade com micas e minerais de argila. 
 
5. ARGILITOS: Rochas clásticas de granulação fina cujas partículas são menores 
que 1/256 mm. Apresentam estratificação muito fina recebendo a denominação 
de folhelho. 
 
ROCHAS SEDIMENTRES QUÍMICAS E ORGANICAS 
As rochas sedimentares são formadas a partir de minerais precipitados, como a 
calcita e dolomita, a sílica, a halita e silvita, já as rochas sedimentares orgânicas são 
originadas pela precipitação e/ou acúmulo de materiais orgânicos animais e vegetais, 
como esqueleto (diatomito), conchas, carapaças (recifes de corais), restos vegetais 
(carvão). 
 
ORIGEM QUÍMICA: São rochas sedimentares que contém mais de 50 % de 
carbonato de cálcio. 
• Laterita: A laterita é formada pelo acúmulo secundário de óxidos de ferro como 
a hematita e a goetita. Apresenta coloração vermelha ou bruna intensa, dureza 
elevada e alta densidade. Forma-se normalmente na região de oscilação do 
lençol freático próximo à superfície. A fase pouco endurecida da laterita é 
chamada de plintita, que ora secando, ora umedecendo, sofre endurecimento 
irreversível e transforma-se em laterita. 
• Evaporitos: São depósitos de cloreto de sódio, potássio, sulfatos, carbonatos, 
boratos e outros sais comumente relacionados com a evaporação exagerada do 
solvente. Formam-se em braços de mar, mares interiores, lagos salgados etc. É 
exemplo o sal em Cotiguiba, Sergipe e Nova Olinda, Amazonas. 
 
ROCHAS ORGÂNICAS: São sedimentos formados pela acumulação bioquímica de 
carbonatos, sílica e outras substâncias, ou então pela deposição e transformação da 
própria matéria orgânica. 
• Fosforitos: São rochas de origem orgânica resultante do acúmulo de detritos de 
peixes, répteis e mamíferos. Também são conhecidos por fosfatos de rocha. Sua 
constituição principal é fosfato e carbonato de cálcio. O aspecto e textura dessas 
rochas são muito variáveis.

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