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Programa ABC Cerrado Sistema de integração Lavoura- Pecuária-Floresta (iLPF) 30 horas 2019 - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR 1a. Edição - 2019 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui viola- ção dos direitos autorais (Lei nº 9.610). A coleção ABC Cerrado é uma iniciativa do Senar com objetivo de manter disponível ao público rural os cursos elaborados no âmbito do Projeto ABC Cerrado e demais tecnologias sustentáveis de produção agropecuária preconizadas no Plano ABC. Fotos Banco de imagens do SENAR Banco Multimídia Embrapa iStock Shutterstock Informações e contato SENAR Administração Central SGAN 601 – Módulo K Edifício Antônio Ernesto de Salvo – 1º andar Brasília – CEP 70830-021 Telefone: 61 2109-1300 www.senar.org.br Presidente do Conselho Deliberativo do SENAR João Martins da Silva Junior Diretor Geral do SENAR Daniel Klüppel Carrara Diretora de Educação Profissional e Promoção Social Andréa Barbosa Alves Coordenadora de Programas Especiais Janei Cristina Santos Resende Coordenadora do Núcleo de Educação a Distância Ana Ângela de Medeiros Sousa Coordenador Técnico do Projeto ABC Cerrado Mateus Moraes Tavares Equipe técnica Senar Dyovanna Depolo de Souza Pinto Larissa Arêa Sousa Sumário Apresentação .......................................................................................................................... 4 Módulo 1: Introdução ao Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta ........16 Aula 1: Sistemas de integração Lavoura-Pecuária-Floresta ....................................................19 Aula 2: Benefícios dos Sistemas iLPF ...........................................................................................29 Aula 3: Seleção dos Sistemas iLPF ................................................................................................33 Aula 4: Boas Práticas para a Implantação dos Sistemas iLPF .................................................40 Atividade de aprendizagem .............................................................................................................45 Módulo 2: Implantação .......................................................................................................48 Aula 1: Modalidades do Sistema iLP .............................................................................................51 Aula 2: Implantação do Sistema iLP ..............................................................................................58 Aula 3: Implantação do Sistema integração Lavoura-Floresta ................................................66 Aula 4: Implantação do Sistema integração Pecuária-Floresta ..............................................69 Aula 5: Implantação do Sistema integração Lavoura-Pecuária-Floresta ..............................72 Aula 6: É Importante Você Saber ...................................................................................................86 Atividade de aprendizagem .............................................................................................................89 Módulo 3: Manejo I ..............................................................................................................92 Aula 1: Manejo Inicial do Componente Florestal nos Sistemas iLPF ......................................94 Aula 2: Manejo Zootécnico nos Sistemas iLPF ............................................................................97 Atividade de aprendizagem .............................................................................................................95 Módulo 4: Manejo II .............................................................................................................97 Aula 1: Manejo Florestal nos Sistemas iLPF ................................................................................99 Aula 2: Manejo das Principais Pragas do Eucalipto no Cerrado .......................................... 108 Aula 3: Manejo das Principais Doenças do Eucalipto no Cerrado ....................................... 116 Aula 4: Colheita Florestal .............................................................................................................. 119 Atividade de aprendizagem .......................................................................................................... 125 Encerramento ..................................................................................................................... 128 Referências ......................................................................................................................... 129 Apresentação Bem-vindo(a) ao curso de Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Flo- resta. Neste curso, você verá que, na mesma área em que a floresta é plantada, é possível ter pastagens e lavouras. Essa integração favorece o controle de pragas e a mitigação de carbono, traz maior renda ao homem do campo e é adequada à legislação ambiental. Porteira aberta de uma fazenda. Fonte: CNA Brasil / Foto: Adriano Brito Para facilitar a sua aprendizagem, o curso está organizado em quatro mó- dulos. Veja a seguir as aulas que compõem cada um deles. Apresentação 5 Aula 1 – Sistemas de integração Lavoura-Pecuária-Floresta Aula 2 – Benefícios dos Sistemas iLPF Aula 3 – Seleção dos Sistemas iLPF Aula 4 – Boas Práticas para a Implantação dos Sistemas iLPF Módulo 1 – Introdução ao Sistema de Integração Lavoura- Pecuária-Floresta Aula 1 – Manejo Florestal nos Sistemas iLPF Aula 2 – Manejo das Principais Pragas do Eucalipto no Cerrado Aula 3 – Manejo das Principais Doenças do Eucalipto No Cerrado Aula 4 – Colheita Floresta Módulo 4 – Manejo II Aula 1 – Modalidades do Sistema iLP Aula 2 – Implantação do Sistema iLP Aula 3 – Implantação do Sistema iLF Aula 4 – Implantação do Sistema iPF Aula 5 – Implantação do Sistema iLPF Aula 6 – É Importante Você Saber Módulo 2 – Implantação Aula 1 – Manejo Inicial do Componente Florestal nos Sistemas iLPF Aula 2 – Manejo Zootécnico nos Sistemas iLPF Módulo 3 – Manejo I Apresentação 6 Este curso faz parte da Coleção ABC Cerrado – Tecnologias Sustentáveis de Produção Agropecuária no Bioma Cerrado. Essa coleção, que é com- posta de sete cursos, é fruto do Projeto ABC Cerrado, que foi implemen- tado durante os anos de 2014 a 2019. Vamos conhecer um pouco mais sobre esse projeto? O Projeto ABC Cerrado O Brasil ocupa um lugar de destaque entre os maiores produtores de ali- mentos do mundo, além de ser um dos países que mais preserva o meio ambiente – consegue produzir em apenas 27,7% do seu território, en- quanto mantém 61% coberto com vegetação nativa. Mesmo assim, durante a 15ª Conferência das Partes (COP-15), em 2009, o País assumiu o compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE). De lá para cá, a agricultura de baixa emissão de carbono (ABC) passou a receber uma atenção maior por parte do Governo e de diversas instituições, que criaram programas para incentivar o produtor rural brasileiro a adotar técnicas sustentáveis. O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) participa dessas iniciativas que contribuem com a meta nacional de redução de emissão de gases do efeito estufa pela atividade agropecuária. É o caso do Projeto ABC Cerrado, que disseminou práticas de agricultura de baixa emissão de carbono e estimula o produtor a investir na sua propriedade, para im- pulsionar a produtividade e a renda, ao mesmo tempo em que preserva o meio ambiente. Oito estados do bioma Cerrado participaram do Projeto: Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Piauí e To- cantins. O projeto foi desenvolvido em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com recursos do Programa de Investimento em Florestas (FIP) e o Banco Mundial. Apresentação 7 O SENAR atuou como responsável pela transferênciade tecnologias aos produtores rurais do bioma Cerrado por meio de capacitação, pela formação de instrutores e de técnicos de campo, além de fornecer assistência técnica e gerencial à atividade rural, com foco em tecnologias preconizadas pelo Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC). Desde a sua criação, o SENAR levou aos agricultores e pecuaristas bra- sileiros os avanços da ciência e da tecnologia. Com esse curso, espera contribuir para o crescimento do seu empreendimento e da produção de alimentos com sustentabilidade. No ambiente virtual de aprendizagem (AVA), você poderá assistir ao vídeo que conta a história de sucesso do Senhor Alcides e de sua família que foram beneficiados pelo Projeto ABC Cerrado. Vale a pena conferir! Os Cursos A coleção ABC Cerrado é composta por um conjunto de sete cursos: Recuperação de Pastagens Degradadas Carga horária: 20 horas Sistema Plantio Direto Carga horária: 30 horas Apresentação 8 Florestas Plantadas Carga horária: 30 horas Integração Lavoura-Pecuária-Floresta Carga horária: 30 horas Tratamento de Dejetos Animais Carga horária: 20 horas Fixação Biológica de Nitrogênio Carga horária: 20 horas Mudanças Climáticas e Agricultura Carga horária: 20 horas Apresentação 9 Esses cursos foram desenvolvidos com o objetivo de levar a você e aos demais produtores do bioma Cerra- do a atualização sobre novas técnicas que favorecem a redução na emissão de gases de efeito estufa que pro- movem o aquecimento global, ao mesmo tempo que entregam ao produtor maior produtividade e retorno econômico na atividade. Fazenda Rio Novo Para facilitar sua compreensão dos assuntos e das técnicas abordadas nos sete cursos, apresentaremos o caso fictício da fazenda Rio Novo. Ela é de propriedade da família do Sr. Antônio e da Sra. Teresa e fica no esta- do de Goiás, em uma região onde predomina o bioma Cerrado. Todos dessa família vão se empenhar em adotar práticas sustentáveis na propriedade, que trarão maior produtividade e ainda contribuirão para re- duzir a emissão dos GEEs. Cada membro será o responsável por uma ação específica na fazenda e acompanhará os participantes dos diferentes cur- sos. Conheça um pouco dessa família clicando sobre cada integrante: Antônio 76 anos Teresa 72 anos João 49 anos Carmen 47 anos Rogério 28 anos Natália 24 anos Mariana 20 anos Apresentação 10 Antônio 76 anos Ensino fundamental completo No final da década de 1960, Antônio herdou um pedaço de terra no interior de Goiás, região de Cerrado, e lá iniciou um discreto plantio de milho. Alguns anos mais tarde, passou também a criar gado na mesma propriedade. Sem muito estudo, viu sua propriedade crescer, fruto de seus esforços e de sua esposa, Dona Teresa. No entanto, junto com o crescimento da propriedade também veio a degradação das pastagens pelo gado e pelo manejo incorreto da própria pastagem. Hoje, o Sr. Antônio quer reintegrar as áreas degradadas pela pastagem ao processo de produção de alimentos. Com isso, quer evitar a abertura de novas áreas para a pastagem, o que é benéfico ao meio ambiente, além de trazer economia para o próprio bolso. Para isso, pretende aplicar práticas que recuperem a capacidade produtiva do solo degradado na fazenda Rio Novo. Você pode acompanhar essa empreitada do Sr. Antônio no curso Recuperação de Pastagens Degradadas. Teresa 72 anos Ensino fundamental completo Ao lado do Sr. Antônio, Teresa plantou as primeiras sementes de milho na pro- priedade Rio Novo ainda na década de 1960. Juntos, trabalharam duro para que essa propriedade crescesse e fosse produtiva. Ela é uma pessoa muito observadora e gosta de conversar com outros produ- tores da região. Sempre em contato com os vizinhos e “antenada” em tudo que acontece por ali. Apesar de não ter tido a oportunidade de estudar além do ensino fundamental, viu que seus vizinhos utilizavam uma técnica muito interessante para proteger o solo e evitar erosões. Quem sabe a técnica não daria certo na fazenda Rio Novo? Resolveu testar e... deu! Agora, Dona Teresa quer aprimorar ainda mais a aplicação da técnica para re- solver os problemas de conservação de água e solo, como a erosão na fazenda Rio Novo. Você pode conferir mais sobre a técnica e os resultados que ela ob- teve no curso Sistema Plantio Direto. Apresentação 11 João 49 anos Técnico agrícola João cresceu vendo seus pais, Antônio e Teresa, darem duro na fazenda Rio Novo e presenciou o grande crescimento da propriedade. Inspirado pela dedicação e amor dos pais pela terra, nunca passou pela sua cabeça deixar o campo para exercer outra atividade... Queria fazer a diferença no campo! Assim, ao terminar o Ensino Médio, matriculou-se em um curso técnico agrí- cola. Lá teve a ideia, junto com Carmen, hoje sua esposa, de plantar árvores comerciais de rápido crescimento na fazenda, como uma alternativa de renda para a família. Acompanhe o João no curso Florestas Plantadas. Carmen 47 anos Técnica agrícola Carmen conheceu seu marido João ainda na adolescência, no colégio onde es- tudavam. Ao se casar com João, mudou-se para a fazenda Rio Novo, de pro- priedade de seu sogro Antônio. Fizeram juntos o mesmo curso técnico agrícola, onde tiveram a ideia de plantar espécies florestais na propriedade. Para fazer a ideia dar ainda mais certo, Carmen tem se empenhado em integrar a lavoura e as pastagens à nova área florestal. Sempre cuidadosa, quer aumentar a renda da propriedade, mas sem descuidar da legislação ambiental vigente. Você pode acompanhar o passo a passo de suas ações no curso Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. Apresentação 12 Rogério 28 anos Engenheiro agrônomo Rogério é o filho mais velho do casal João e Carmen, primeiro neto de Antônio e Teresa. Apaixonado pela terra, formou-se engenheiro agrônomo. Durante a graduação, percebeu que o dejeto de animais pode se tornar uma potencial fonte de energia e até mesmo de renda. Por isso, tem se empenhado em tratar esses dejetos da forma correta na pro- priedade Rio Novo. Você pode aprender a técnica utilizada pelo Rogério no curso Tratamento de Dejetos Animais. Natália 24 anos Bióloga Natália é filha do casal João e Carmen e neta de Antônio e Teresa. Sempre mui- to curiosa, desde criança desejava ser “cientista”. Influenciada pelo ambiente em que cresceu, e enxergando uma oportunidade para colocar em prática toda a sua curiosidade sobre as plantas e animais, tor- nou-se bióloga. Seu Trabalho de Conclusão de Curso foi sobre o ciclo do nitrogênio na natu- reza. Com base nos amplos conhecimentos obtidos em seus estudos, tem de- fendido o plantio, na fazenda Rio Novo, de propriedade da família, de espécies que possibilitem a fixação de nitrogênio no solo. Isso permitirá uma melhora na fertilidade do solo da propriedade. Você também pode ter acesso a esses conhecimentos da Natália realizando o curso Fixação Biológica de Nitrogênio. Apresentação 13 Mariana 20 anos Estudante de Engenharia Ambiental Filha mais nova do casal João e Carmen, defende o meio ambiente com unhas e dentes, mas sem se descuidar do setor produtivo da fazenda! Está no terceiro ano da faculdade de Engenharia Ambiental e deseja especiali- zar-se na área de sustentabilidade no campo. Quer permanecer na propriedade Rio Novo da família, adaptando a produção às mudanças climáticas e fiscalizando a adoção de práticas sustentáveis por todos! O curso Mudanças Climáticas e Agricultura fala sobre esse assunto e apre- senta as práticas sustentáveis defendidas pela Mariana. A família do Sr. Antônio contará com a ajuda do Marcos, técnico do SENAR que atende à região. Você perceberá que, em diferentes momentos dos cursos, o técnico Marcos enviará dicas e orientações por meio de áudios. Portanto, ao se deparar com o ícone ao lado nos cursos, não deixe de ouvir suas valiosas dicas! Mas aqui na apostila vamos facilitar para você e colocar a transcrição dos áudios. Por isso que é tão importante você acessar o ambiente virtual de aprendizagem epassar por essa experiência de interação com o conteúdo. Recursos educacionais e interativos Ao longo do curso, você encontrará imagens, áudios e vídeos. O objeti- vo é tornar seu aprendizado mais interessante e prazeroso. Além disso, também se deparará com recursos interativos que ajudarão a aplicar da melhor forma os novos conhecimentos. Apresentação 14 Recursos como este serão utilizados para sugerir textos complementares ou destacar informações importantes. No AVA, sempre que você vir um ícone com alguma animação, principalmente com setas, significa que uma informação será exibida ao clicar sobre ele. Não deixe de conferi-la, pois esses elementos fazem parte de uma experiência de aprendizagem completa! Outro exemplo de recurso interativo são as palavras destacadas, que exibirão sua definição ou uma explicação extra quando forem acionadas. Veja como vai aparecer lá no AVA. A maioria dos solos no Cerrado é muito antiga e bas- tante modificada pela ação de processos químicos e físicos e possui baixa fertilidade, com sérias limita- ções à produção. Durante todo o curso, você terá a companhia da Car- men. Como você já viu, ela é esposa do João e ao se ca- sar mudou-se para a fazenda Rio Novo, de propriedade de seu sogro Antônio. Sempre cuidadosa, quer aumentar a renda da pro- priedade, mas sem descuidar da legislação ambien- tal vigente. Processos químicos e físicos Também chamados de intemperismo. Apresentação 15 Atividades de aprendizagem A navegação pelo conteúdo deste curso é sequencial e linear. Isso signifi- ca que você deve acessar o primeiro módulo e conferir todos as aulas. Ao final, você realizará a atividade de aprendizagem para, então, liberar o conteúdo do módulo seguinte. As atividades de aprendizagem têm o objetivo de verificar se você teve um bom aproveitamento em relação ao con- teúdo do módulo. Por isso é tão importante acessar o AVA e responder à atividade para liberar o módulo seguinte. Canais de comunicação Este é um curso autoinstrucional, isso quer dizer que, diferente de outros cursos no formato a distância, neste não temos a figura do tutor, pois ele foi construído para que o aluno aprenda de forma autônoma. Mas isso não significa que você está sozinho nesta jornada! Durante seus estudos, você poderá utilizar os canais de comunicação dis- ponibilizados no seu ambiente virtual de aprendizagem (AVA) para escla- recer dúvidas técnicas com a monitoria do curso. Os monitores dão o suporte necessário às dúvidas de cunho mais técnico relacionadas ao AVA e às regras de conclusão do curso. Siga em frente e bom estudo! Módulo 1: Introdução ao Sistema de integração Lavoura- Pecuária-Floresta Bem-vindo ao Módulo 1, Introdução ao Sistema de integração Lavoura- -Pecuária-Floresta. É importante que você preste atenção ao conteúdo que preparamos para você, pois ele lhe ajudará na realização de suas atividades. SISTEMA iLP SISTEMA iPF SISTEMA iLF SISTEMA iLPF Imagem dos Sistemas iLPF. Fonte: SENAR NA. Módulo 1 – Introdução ao Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta 17 Neste primeiro módulo do curso, falaremos sobre os benefícios, seleção e boas práticas do Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta com foco no bioma Cerrado. Veja a seguir o que preparamos para cada uma das aulas deste módulo. Aula 1 | Sistemas de integração Lavoura-Pecuária- Floresta • Sistema de integração Lavoura-Pecuária • Sistema de integração Lavoura-Floresta • Sistema de integração Pecuária-Floresta • Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta Aula 2 | Benefícios dos Sistemas iLPF • Benefícios econômicos • Benefícios sociais • Benefícios ambientais Aula 3 | Seleção dos Sistemas iLPF • Diagnóstico da propriedade • Planejamento • Estudo de mercado • Escolha do Sistema iLPF • Arranjo de plantio Aula 4 | Boas Práticas para a Implantação dos Sistemas iLPF • Diagnóstico da área • Práticas conservacionistas do solo • Correção do solo • Preparo do solo Módulo 1 – Introdução ao Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta 18 Você pode buscar mais conhecimentos com a Embrapa! Visite a Unidade da Embrapa mais próxima de sua pro- priedade. Todas elas possuem biblioteca com muitas pu- blicações disponíveis para leitura, além de pesquisadores para poder conversar. No site da Biblioteca da Embrapa também é possível encontrar muitas informações. Acesse: • https://www.embrapa.br/biblioteca O serviço Informação Tecnológica em Agricultura (Info- teca-e) dá acesso a informações técnicas na forma de car- tilhas, livros para transferência de tecnologia, programas de rádio e de televisão editados com linguagem adaptada de modo que produtores rurais, extensionistas, técnicos agrícolas, estudantes e professores de escolas rurais, co- operativas e outros segmentos da produção agrícola pos- sam assimilá-los com maior facilidade. Visite: • https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br Você também poderá comprar livros publicados pela Em- brapa diretamente no site de comunicação. Acesse: • http://vendasliv.sct.embrapa.br/liv4/principal. do?metodo=iniciar Pronto(a) para começar a primeira aula? https://www.embrapa.br/biblioteca https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br http://vendasliv.sct.embrapa.br/liv4/principal.do?metodo=iniciar http://vendasliv.sct.embrapa.br/liv4/principal.do?metodo=iniciar Módulo 1 – Introdução ao Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta 19 Aula 1: Sistemas de integração Lavoura- Pecuária-Floresta Nesta aula, vamos conhecer o Sistema de integração Lavoura-Pecuária- -Floresta (iLPF) e as modalidades que fazem parte dele. Os Sistemas iLPF constituem uma es- tratégia que visa à produção susten- tável, que integra atividades agrícolas, pecuárias e florestais realizadas na mesma área, em cultivo consorciado, em sucessão ou rotacionado, e que busca efeitos sinérgicos entre os com- ponentes do agro e ecossistema, con- templando a adequação ambiental, a valorização do homem e a viabilidade econômica (BALBINO et al., 2011). Esses sistemas preconizam: • Manejo e conservação do solo e da água. • Utilização racional dos insumos. • Manejo integrado de pragas, doenças e plantas daninhas. • Zoneamento agroclimático e agroecológico. • Redução da pressão para abertura de novas áreas, seja para pecuária, seja para agricultura. Efeitos sinérgicos Efeitos sinérgicos são efeitos positivos decorrentes da realização simultânea de diferentes atividades na mesma área. Por exemplo, a sombra das árvores reduz as variações da temperatura nas entrelinhas, beneficiando os animais e as culturas intercalares, seja lavoura ou pastagem, e as árvores absorvem nutrientes residuais das adubações das lavouras e da pastagem, localizados em camadas mais profundas do solo.. Módulo 1 – Introdução ao Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta 20 • Diminuição da emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE). • Sequestro de carbono na biomassa aérea e radicular. • Estímulo ao cumprimento da legislação ambiental. • Geração de serviços ambientais. • Adoção de Boas Práticas Agropecuárias (BPA). • Certificação da produção. • Ampliação positiva do balanço energético. Balanço energético: dentro de um sistema iLPF, o balanço energético é visto de forma positivo, pois, comparado com outros sistemas, a energia gasta para produzi-lo é menor. Ou seja, no sistema iLPF, a produção ocor- re em uma mesma área de lavoura, pecuária e floresta sendo que os in- sumos utilizados para realizá-la são menores do que os utilizados em sis- temas solteiros – nos quais se produz separadamente a lavoura, pecuária ou floresta. Essa economia ocorre porque o aproveitamento de nutriente é mais eficiente no sistema iLPF, ou seja, os insumos que são utilizados para implantação da lavoura, são também aproveitados pela pecuária (pasta- gens) e pela floresta. Além disso, a quantidade de energia não utilizada por uma das atividades pode ser aproveitada por outra, permitindo assim um aumento no ciclo de vida dos nutrientes. Autilização racional de insumos implica o uso consciente e adequado de corretivos, fertilizantes, defensivos agríco- las, sementes e outros produtos necessários para a pro- dução agrícola. Os Sistemas iLPF são constituídos por quatro modalidades de integração, veja quais são: Módulo 1 – Introdução ao Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta 21 Integração Lavoura-Pecuária (iLP) ou Sistema Agropastoril Integração Pecuária-Floresta (iPF) ou Sistema Silvipastoril Integração Lavoura-Floresta (iLF) ou Sistema Silviagrícola Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) ou Sistema Agrossilvipastoril Sistema de integração Lavoura-Pecuária ou Sistema Agropastoril O Sistema iLP – ou Sistema Agropastoril – integra os componentes agrí- cola e pecuário, em rotação, consórcio ou sucessão, na mesma área, em uma mesma safra ou por múltiplos anos. O componente agrícola é constituído pelos cultivos anuais para produção de grãos (arroz, soja, milho, sorgo, feijão etc.) e o componente pecuário é caracterizado pela inser- ção de animais (bovinos, ovinos, caprinos etc.). Módulo 1 – Introdução ao Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta 22 O Sistema iLP é entendido como a diversificação, a rotação, a consor- ciação e/ou a sucessão das ativi- dades de agricultura e de pecuária dentro da propriedade rural, de forma harmônica, de tal maneira que haja benefícios para ambas. Possibilita também que o solo seja explorado economicamente durante todo o ano, favorecendo o aumento na oferta de grãos, de carne e de leite, a um custo mais baixo, devido ao sinergismo que se cria entre lavoura e pastagem. De olho nos valores Em uma linguagem simples e prática, pode-se afir- mar que o Sistema iLP é uma estratégia de produzir forragem de qualidade, a baixo custo, na entressafra, tendo sido proposto como uma alternativa para a re- cuperação de solos com baixa produtividade, sendo empregado particularmente na recuperação de pas- tagens degradadas. Veja a seguir as três modalidades de Sistema iLP que se destacam no Cerrado. Módulo 1 – Introdução ao Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta 23 Fazendas de pecuária Fazendas de pecuária: em que culturas anuais (arroz, soja, feijão, milho e sorgo) são introduzidas em áreas de pastagens para recuperar a produtividade dos pastos. Fazendas especializadas em lavouras de grãos Fazendas especializadas em lavouras de grãos: que uti- lizam gramíneas forrageiras para melhorar a cobertura de solo em Sistema de Plantio Direto (SPD) e, na entressa- fra, para uso da forragem na alimentação de bovinos (“sa- frinha de boi”). Fazendas que, sistematicamente, adotam a rotação de pasto e lavoura Fazendas que, sistematicamente, adotam a rotação de pasto e lavoura: que utilizam o Sistema iLP para intensifi- car o uso da terra e se beneficiar da sinergia entre as duas atividades. Muitas vezes, o Sistema iLP é praticado por meio de parcerias entre lavoureiros e pecuaristas. Sistema de integração Lavoura- Floresta ou Sistema Silviagrícola O Sistema de integração Lavoura-Floresta (iLF), ou Sistema Silviagrícola, integra os componentes agrícola e florestal pelo consórcio de espécies ar- bóreas com cultivos agrícolas (anuais ou perenes). O componente agrícola pode ser utilizado na fase inicial de implantação do componente florestal ou em ciclos agrícolas anuais durante o desenvolvimento do sistema. Sistema iLF: eucalipto com soja. Módulo 1 – Introdução ao Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta 24 Mas onde podemos utilizar o Sistema iLF? O Sistema iLF é adotado onde existe demanda para produtos agrícolas e florestais e não há demanda para a produção pecuária ou restrições para a criação de animais. Geralmente, quando se utiliza o eucalipto como espé- cie florestal, adotam-se espaçamentos maiores entre renques ou renques com fileiras múltiplas, onde se pode, ou não, realizar os desbastes progra- mados, visando à agregação de valor na produção florestal. Em pequenas propriedades, o Sistema iLF é utilizado para a produção de diversas espécies agrícolas e florestais e é também conhecido como Sis- tema Agroflorestal (SAF). Nesse sistema, é fundamental conhecer o comportamento das diferen- tes espécies quando cultivadas em consórcio, isto é, se há algum efeito negativo de uma espécie sobre a outra e as suas exigências por água, luz e nutrientes. No Sistema iLF, as espécies arbóreas são todas as espé- cies de árvores, e, em especial, as que se destinam à pro- dução de madeira para usos múltiplos (lenha, construção civil, tratamento de estacas e mourões, serraria etc.). Sistema de integração Pecuária-Floresta ou Sistema Silvipastoril O Sistema de integração Pecuária-Floresta (iPF), ou Sistema Silvipasto- ril, integra os componentes pecuário e florestal em consórcio, de forma a permitir a produção de pastagem e criação de animais, madeira e/ou fibras. O componente pecuário pode ser constituído por animais de várias espécies, como bovinos, ovinos e caprinos; e o componente florestal pode ser composto por espécies arbóreas destinadas à produção florestal para múltiplos usos. Módulo 1 – Introdução ao Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta 25 Sistema iPF: eucalipto com gado de leite. Nesse sistema, utiliza-se, geralmen- te, o plantio do eucalipto com espaça- mentos intermediários entre renques, renques com fileira simples, duplas, triplas ou quádruplas. As fileiras múltiplas normalmente são usadas para a produção de madeira para energia (lenha ou carvão) em regiões onde se verifica forte demanda desses produtos como, por exemplo, pelas empresas de siderurgia e pelas empresas ceramistas. Sistema iPF: eucalipto no 2º ano e pastagem de braquiária. Renques Renques ou aleias são faixas espaçadas entre árvores que podem conter uma ou mais linhas de plantio. Módulo 1 – Introdução ao Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta 26 O cultivo do milho e do sorgo é bastante utilizado nesse sistema, tanto para a produção de feno ou silagem quanto para a produção de grãos vi- sando à alimentação animal, pois permite que, em aproximadamente 60 dias após a colheita, a área seja pastejada por categorias de animais mais leves, como bezerros ou animais adultos (vacas), por meio da utilização de cerca elétrica para proteção das árvores. Sistema de integração Lavoura- Pecuária-Floresta ou Sistema Agrossilvipastoril O Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF), ou Sistema Agrossilvipastoril, integra os três componentes: agrícola, pecuário e flo- restal, em rotação, consórcio ou sucessão, na mesma área. O componente agrícola pode ser utilizado na fase inicial de implantação do componente florestal ou em ciclos agrícolas anuais durante o desenvolvimento do sis- tema. O componente pecuário, via de regra, é introduzido no sistema em substituição ao componente agrícola. Sistema iLPF: eucalipto, feijão no 2º ano e pastagem no 3º ano. Módulo 1 – Introdução ao Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta 27 No Sistema iLPF, preconiza-se o planejamento da distribuição espacial das árvores na área, objetivando a sinergia e/ou a menor interferência en- tre os componentes agrícola, pecuário e florestal. A distribuição espacial das árvores na área é mais conhecida como arranjo de plantio e deve fa- cilitar a adoção de práticas de conservação do solo e da água, favorecer o trânsito de máquinas e observar os aspectos comportamentais dos ani- mais, em especial o seu deslocamento e o senso de manada. Lá na fazenda Rio Novo Lá na fazenda, o arranjo de plantio mais simples e efi- caz que utilizamos é o de renques ou aleias, com espa- çamentos amplos. Como queremos privilegiar a produ- ção de madeira, utilizamos renques mais estreitos ou com maior número de fileiras (mais árvores/ha); quando queremos dar preferência à produção agrícola e/ou pecuária, utilizamos espaçamentos maiores, ou seja, aleias mais largas, com menos linhas em cada faixa. Árvores/ha Árvores por hectares.Sistema iLPF: eucalipto no 5º ano, plantio leste/oeste e com gado de corte. Foto: Ronaldo Trecenti. Módulo 1 – Introdução ao Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta 28 O plantio no sentido leste/oeste é recomendado para áreas com topografia plana, para permitir mais penetração de luz nos cultivos intercalares. Em áreas com declividade, recomenda-se fazer o terraceamento e o plantio em nível, visando à conservação do solo e da água. Para facilitar seu entendimento em relação ao funcionamento do Sistema iLPF, criamos uma tabela que apresenta o resumo das etapas de cada modalidade dele. Sistemas iLPF Componentes Características Objetivos Sistema iLP ou Agropastoril Lavoura e pecuária Correção do solo, cultivo de lavouras de grãos por até três anos e rotação com pastagem por igual período ou implantação de forragem consorciada com a lavoura para pastejo na entressafra. Recuperar áreas de pastagens degradadas com cultivo de grãos e/ ou produzir forragem para o gado na entressafra e palhada para o Sistema de Plantio Direto (SPD). Sistema iLF ou Agroflorestal Lavoura e floresta Correção do solo, implantação da floresta e cultivo de grãos nas entrelinhas até que a produção seja viável. Produzir grãos na fase inicial da floresta para ajudar a amortizar os custos da sua implantação. Sistema iPF ou Silvipastoril Pecuária e floresta Correção do solo, implantação da floresta, recuperação ou renovação da pastagem nas entrelinhas. Recuperar pastagens em regiões tecnicamente impróprias para o cultivo de grãos ou em áreas onde há forte demanda pela área de pastagem. Sistema iLPF ou Agrossilvipastoril Lavoura, pecuária e floresta Correção do solo, implantação da floresta, seguida do cultivo de grãos nas entrelinhas até que a produção seja viável, e posterior implantação da pastagem, mantendo-a até a colheita florestal. Recuperar áreas de pastagens degradadas produzindo grãos, carne ou leite e madeira na mesma área. Módulo 1 – Introdução ao Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta 29 Aula 2: Benefícios dos Sistemas iLPF Vamos dar início agora a aula 2, na qual você verá os benefícios que o Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta trazem para a vida no campo. A conversão de pastagens degradadas em Sistemas iLPF, associada ao Sistema de Plantio Direto (SPD) – fundamentado no revolvimento mínimo do solo, na rotação de culturas e na cobertura permanente do solo -, pode até quadruplicar a capacidade de carga das pastagens, garantindo, as- sim, mais renda ao produtor, que passa a ganhar também com a atividade agrícola e/ou silvicultural. Os Sistemas iLPF, entretanto, não se limitam a grandes lavouras e a extensas áreas de pecuária. Pequenos e médios agricultores podem adotá-los, recorrendo a máquinas de menor porte e até mesmo de tração animal. De olho nos valores Os benefícios dos Sistemas iLPF podem ser de ordem econômica, ambiental e social. Módulo 1 – Introdução ao Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta 30 Benefícios econômicos Pastagem renovada com Sistema iLP. Foto: Ronaldo Trecenti. Veja os potenciais benefícios econômicos da adoção dos Sistemas iLPF: • redução ou viabilização do custo de recuperação/renovação de pas- tagens em processo de degradação ou degradadas; • aumento da taxa de lotação das pastagens; • aumento da taxa de natalidade; • aumento do ganho de peso animal; • aumento da produção de leite; • diversificação das atividades na propriedade; • redução dos riscos climáticos e de mercado; • melhoria das condições físicas, químicas e biológicas do solo; • redução na ocorrência de pragas, doenças e plantas daninhas, com consequente diminuição no uso de inseticidas, fungicidas e herbi- cidas; • mais eficiência no uso de fertilizantes pelas diversas culturas com diferentes sistemas radiculares; • produção de forragem de qualidade na entressafra, com baixo cus- to, para alimentação animal na estação seca; Módulo 1 – Introdução ao Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta 31 • eliminação de investimentos na construção de sombra artificial aos animais, sobretudo para gado de leite; • otimização no uso de máquinas, equipamentos e mão de obra; • redução dos custos com insumos, tanto na atividade agrícola quan- to na pecuária; • aumento da produção por unidade de área; • aumento da competitividade do agronegócio brasileiro; • agregação de valor à produção; • aumento de renda da propriedade. Benefícios ambientais e sociais Pastagem em Sistema iLPF na seca. Foto: Ronaldo Trecenti. Além dos benefícios econômicos, o Sistema iLPF tam- bém promove benefícios ambientais e sociais. Tenho uma mensagem de áudio do Marco, técnico do Senar, na qual ele informa quais são esses benefícios. Ele tam- bém a mandou por texto, leia aí. Módulo 1 – Introdução ao Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta 32 Benefícios Ambientais e sociais Dica do Técnico Olá, Carmen, fico feliz em poder ajudar. Os benefícios ambientais mais relevantes da adoção dos Sistemas iLPF são: a) maior taxa de infiltração e armazenamento de água no solo; b) controle de erosão; c) redução de perdas de nutrientes do solo; d) uso racional de agrotóxicos e consequente redução dos riscos de contami- nação do ambiente; e) melhoria das condições de ambiência animal, ou seja, proteção contra tem- pestade, ventos frios, granizo, altas temperaturas, pelo sombreamento das pastagens, afim de reduzir o estresse dos animais; f) redução da emissão de GEE; g) sequestro de carbono pelas raízes das plantas e pela madeira serrada e; h) prevenção do desmatamento pelo aproveitamento de áreas degradadas. Já alguns dos benefícios sociais e econômicos que podemos encontrar na adoção dos Sistemas iLPF são: a) geração de empregos; b) redução na sazonalidade do uso de mão de obra na propriedade; c) necessidade de capacitação técnica dos colaboradores; d) incremento no valor da remuneração pela qualificação do trabalhador; e) melhoria da renda e da qualidade de vida na propriedade rural; f) mais oferta de alimentos, fibras e agroenergia com sustentabilidade; g) estímulo à participação da sociedade civil organizada; h) melhoria na imagem do setor agropecuário brasileiro perante a sociedade e os mercados internacionais e; i) possibilidade de estabelecer na propriedade até 3 safras por ano. Entre em contato sempre que precisar, um abraço e até breve. Agora que você já conheceu os benefícios econômicos, ambientais e sociais que mais se destacam no Sistema iLPF, vamos seguir para a próxima aula. Módulo 1 – Introdução ao Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta 33 Aula 3: Seleção dos Sistemas iLPF Nesta aula, veremos que a seleção do Sistema iLPF a ser adotado em uma propriedade depende do objetivo do empreendedor e das condições da propriedade. É fundamental que seja realizado um planejamento para implantação do Sistema escolhido, levando-se em consideração diversos fatores, como: a) condições edafoclimáticas (tipo de solo, topografia, altitude, preci- pitação, temperaturas máximas e mínimas, umidade relativa do ar e ventos); b) atividades já desenvolvidas na propriedade e o saber local; c) demanda de mercado para os diferentes produtos do Sistema iLPF; d) recursos humanos, materiais e financeiros disponíveis; e) possíveis fontes de financiamento; f) disponibilidade de assistência técnica; g) oferta de insumos (corretivos, fertilizantes, sementes e mudas), de serviços e de mão de obra; h) infraestrutura disponível na propriedade e na região para armaze- namento e/ou processamento da produção; i) logística de transporte da produção. Logística Logística compreende todos os fatores relacionados às condições de acesso à propriedade (estradas rurais, rodovias, ferrovias, portos) que podem interferir no transporte de insumos e da produção, afetando os preços finais. Módulo 1 – Introdução ao Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta 34O planejamento prevê a elaboração de um projeto por um téc- nico capacitado, que necessitará fazer um diagnóstico da pro- priedade por meio de uma visita técnica. A seguir estão as fases do planejamento para que você conheça os deta- lhes de cada uma delas. DiagnÓstico da propriedade Estudo do mercado Escolha do arranjo do plantio Planejamento da produção Escolha do Sistema iLPF Diagnóstico da propriedade DiagnÓstico da propriedade Estudo do mercado Escolha do arranjo do plantio Planejamento da produção Escolha do Sistema iLPF Vamos começar pelo diagnóstico da propriedade, que tem por objetivo mapear o acesso e as condições gerais da propriedade, as atividades de- senvolvidas e a infraestrutura disponível, além de identificar o local onde se pretende implantar o Sistema iLPF, considerando-se condições do re- levo, conservação do solo e água, fertilidade do solo e atendimento de exigências legais, como Áreas de Proteção Permanente e Reserva Legal. Módulo 1 – Introdução ao Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta 35 É imprescindível fazer a coleta de amostras de solo para análise seguindo as recomen- dações das boas práticas indicadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuá- ria (Embrapa), preferencialmente coletando amostras em duas camadas de profundida- de (de 0 a 20 cm e de 20 a 40 cm). 0cm 20cm 40cm Solo Coleta de amostras de solo. veja mais informações acessando o seguinte endereço eletrônico: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/ item/117075/1/Doc-115.pdf. Camadas do solo e uma régua demonstrando a profundidade de 0 a 20 centímetros e de 20 a 40 centímetros de profundidade. Fonte: Tartila/shutterstock Planejamento DiagnÓstico da propriedade Estudo do mercado Escolha do arranjo do plantio Planejamento da produção Escolha do Sistema iLPF A segunda fase é o planejamento, que será realizado com base nas infor- mações levantadas no diagnóstico da propriedade e nas escolhas feitas pelo produtor. Ressalta-se a importância do planejamento para reduzir os riscos da adoção do Sistema iLPF devido à maior complexidade do Sistema, em especial, em função da inserção do componente florestal, que é menos conhecido pelos produtores rurais e que, uma vez implantado em uma área, não apresenta mobilidade, como os animais, nem flexibilidade de substituição, como as culturas anuais. https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/117075/1/Doc-115.pdf https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/117075/1/Doc-115.pdf Módulo 1 – Introdução ao Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta 36 Fique atento, pois o projeto deve responder às seguintes questões: 1. O que será produzido? 2. Qual a finalidade da produção? 3. Quanto será produzido? 4. Quando será produzido? 5. Qual é o destino da produção? 6. Quais são os custos da produção? 7. Quais são as receitas previstas? O projeto deve conter todas as etapas de trabalho, desde o preparo da área até a colheita e a comercialização dos produtos, com as recomen- dações para implantação e condução do sistema adotado (iLP, iLF, iPF ou iLPF), devendo contemplar as demandas de insumos, serviços e mão de obra, com um cronograma de atividades e de desembolso, análise de viabilidade do empreendimento com o fluxo de caixa, além das avaliações periódicas de desempenho. Existe a linha de crédito do Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Programa ABC) para financiamento do Sistema iLPF. Nesse caso, o técnico deverá estar credenciado pelo agente financeiro para ela- borar projetos seguindo as orientações da instituição de crédito. Estudo de mercado DiagnÓstico da propriedade Estudo do mercado Escolha do arranjo do plantio Planejamento da produção Escolha do Sistema iLPF Vamos ver agora a terceira fase do projeto, o estudo de mercado, o qual objetiva avaliar as vantagens competitivas e comparativas para a implan- tação do Sistema iLPF, considerando diversos fatores, como: Módulo 1 – Introdução ao Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta 37 a) demanda da produção pelo mercado externo e pelo interno (regio- nal e local); b) b) organização das cadeias produtivas para os produtos a ser pro- duzidos; c) nichos de mercado (demanda por produtos específicos e/ou dife- renciados); d) compradores dos produtos na região de produção; e) fornecedores de insumos na região de produção; f) existência de prestadores de serviços; g) disponibilidade de mão de obra; h) estrutura de armazenamento, processamento e beneficiamento da produção; i) Arranjos Produtivos Locais (APL); j) modelos de contratos para venda da produção; k) logística para transporte da produção. Escolha do Sistema iLPF DiagnÓstico da propriedade Estudo do mercado Escolha do arranjo do plantio Planejamento da produção Escolha do Sistema iLPF Agora sim podemos ir para a quarta fase, que é escolher o Sistema iLPF a ser adotado. Trata-se de uma decisão do empreendedor rural e deverá ser tomada com base na orientação de técnicos experientes, considerando a análise de todos os fatores apresentados previamente à elaboração do projeto, lembrando que o Sistema escolhido pode ser iLP, iLF, iPF ou iLPF. Após eleger o sistema, o empreendedor pode ir para a quinta fase. iLP, iLF, iPF e iLPF iLP = Sistema de integração Lavoura-Pecuária iLF = Sistema de integração Lavoura-Floresta iPF = Sistema de integração Pecuária-Floresta iLPF = Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta. Módulo 1 – Introdução ao Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta 38 Arranjo de plantio DiagnÓstico da propriedade Estudo do mercado Escolha do arranjo do plantio Planejamento da produção Escolha do Sistema iLPF A quinta fase, arranjo de plantio, é uma denominação mais utilizada quan- do o componente arbóreo integra o sistema escolhido e serve para indicar o número de fileiras, o espaçamento entre fileiras e o espaçamento entre plantas. O espaçamento entre fileiras e/ou entre renques deve ser escolhi- do com base nas informações da área, do clima, do mercado, do foco da produção, da largura das máquinas e implementos (semeadora, pulveri- zador, colhedora), do sistema a ser adotado e da condução preconizada. Em geral, em arranjos com fileiras múltiplas, são programados desbastes considerando-se a população final de 150 a 200 árvores por hectare (no caso do eucalipto), com foco na agregação de valor à produção (madeira para serraria, laminação e tratamento para estacas, mourões e postes). Veja alguns exemplos de utilização do Sistema iLPF. Sistema iLPF com uma fileira de plantação de eucalipto. Sistema iLPF com três fileiras de plantação de eucalipto. Campo aberto e plantação de eucalipto em uma fileira. Campo aberto e plantação de eucalipto em três fileiras. Módulo 1 – Introdução ao Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta 39 Sistema iLPF duas fileiras Sistema iLPF com quatro fileiras de plantação de eucalipto. Campo aberto e plantação de eucalipto em duas fileiras. Campo aberto e plantação de eucalipto em quatro fileiras. Agora que você já conhece o passo a passo para selecionar o Sistema iLPF, veja a próxima aula e conheça as boas práticas utilizadas para sua implantação. Módulo 1 – Introdução ao Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta 40 Aula 4: Boas Práticas para a Implantação dos Sistemas iLPF Nesta aula, conheceremos algumas práticas utilizadas para uma boa im- plantação dos Sistemas que fazem parte do iLPF. Elas estão presentes nas seguintes fases: Diagnóstico da área Preparo do solo Práticas de conservação do solo Correção do solo Diagnóstico da área Diagnóstico da área Preparo do solo Práticas de conservação do solo Correção do solo No diagnóstico da área são levantadas as dimensões do talhão ou da gleba, as condições de acesso, a topografia do terreno, o tipo de solo, a presença e a identificação de plan- tas daninhas.Caso não haja informações recentes sobre a fertilidade do solo dessa área, deve-se proceder à amos- tragem do solo para análise. Homem coletando amostras do solo. Módulo 1 – Introdução ao Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta 41 Práticas conservacionistas do solo Diagnóstico da área Preparo do solo Práticas de conservação do solo Correção do solo Caso a área apresente declividade, é fundamental que sejam adotadas práticas de conservação de solo e da água, como a demarcação de curvas de nível, a construção de terraços e a adequação de estradas e carreado- res. É imprescindível que as operações de incorporação de corretivos e fertilizantes (aração e gradagem), de sulcagem/subsolagem para plantio da floresta, de semeadura e tratos culturais das culturas de grãos sejam realizadas em nível. Demarcação de curvas de nível. Construção de terraço com terraceador. Homem no campo utilizando aparelho para demarcar as curvas de nível. Trator no campo puxando equipamento de construção de terraço, terraceador. Mão na Terra Caso as estradas não sejam construídas em nível, é fundamental que seu leito seja construído com desnível para as laterais, para evitar que a água da chuva es- corra pelo leito da estrada. Dessa forma, é necessário construir caixas de retenção dos dois lados da estrada, nos pontos que ela cruzar os terraços, com elevação do nível da estrada nesses pontos (travesseiros). Módulo 1 – Introdução ao Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta 42 Construção de travesseiros nos pontos onde as curvas de nível interceptam as estradas. Construção de caixas de retenção de água das chuvas. Campo e estrada ao lado. Campo e estrada ao lado. Em áreas de pastagens e solo degradados, faz-se necessário proceder a eliminação de trilheiros (caminhos deixados pelos animais) e a destrui- ção mecânica dos cupinzeiros de montículo, por meio do preparo do solo. É fundamental também fazer a derrubada dos montículos, concomitante com o controle dos cupinzeiros, que pode ser mecânico e/ou químico. Nes- ses locais também é comum a presença de formigas cortadeiras (saúvas e quenquéns). O seu controle deve ser feito de 30 a 60 dias antes da im- plantação do Sistema iLPF. Cupins de montículo. Olhos de formiga saúva. Campo com grama e casas de cupins de montículo. Campo com grama e parte superior do formigueiro de formiga saúva. Módulo 1 – Introdução ao Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta 43 Preparo do solo Diagnóstico da área Preparo do solo Práticas de conservação do solo Correção do solo O preparo do solo tem como objetivo incorporar os corretivos, que vão pro- porcionar melhores condições para o desenvolvimento e a produção das culturas, além de auxiliar no controle de pragas e de plantas daninhas. Os corretivos devem ser aplicados em área total e distribuídos uniformemente, e a sua incorporação pode ser feita com grade pesada (aradora) ou arado. Correção do solo Diagnóstico da área Preparo do solo Práticas de conservação do solo Correção do solo Os solos de Cerrado, em sua maioria, apresentam elevada acidez ativa (baixo pH) e altos teores de alumínio trocável (tóxico para as plantas), principalmente no subsolo, além da baixa fertilidade natural, caracteriza- da pelos baixos teores de fósforo disponível e de bases trocáveis, como o cálcio, o magnésio e o potássio. Calagem em área total. Gradagem para incorporação dos corretivos. Trator no campo puxando o equipamento de colagem. Trator no campo puxando o equipamento de gradagem. Módulo 1 – Introdução ao Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta 44 A correção da acidez do solo é feita com a aplicação do calcário, conhe- cida como calagem. A neutralização do alumínio em subsuperfície é feita com a aplicação do gesso agrícola, conhecida como gessagem. A elevação dos teores de fósforo é realizada com a aplicação de fontes de solúveis, denominadas fosfatos, sendo mais utilizados o superfosfato simples e o superfosfato triplo. A elevação dos teores de potássio é executada com a aplicação de fontes de solúveis, sendo mais utilizado o cloreto de potássio. As recomendações de correção e adubação do solo de- vem ser baseadas nos resultados das análises de solo e na demanda de nutrientes pelas diferentes culturas (grãos, forragens e floresta), em função da produtividade esperada. As quantidades de corretivos serão definidas na recomendação técnica elaborada por profissional habilitado. Considerando-se áreas para cultu- ras de alta exigência, deve-se buscar atingir a saturação recomendada de bases para cada cultura. Havendo elevada presença de alumínio trocável na camada de 20 a 40 cm, poderá ser utilizado o gesso agrícola. A saturação de bases (V%) indica a soma das bases trocá- veis, expressa em porcentagem, com a capacidade de troca de cátions, isto é, quantos porcento dos pontos de troca de cátions nos coloides do solo estão ocupados por bases como cálcio (Ca²+), magnésio (Mg²+) e potássio (K+). Chegamos ao fim do módulo 1. No AVA, há um vídeo com os principais pontos que você aprendeu neste módulo. Vale a pena acessar o ambiente para vê-lo. Você vai ver Nos próximos módulos vamos detalhar ainda mais as modalidades dos Sistemas iLPF e ao final do curso você terá o conhecimento necessário para selecionar o sistema que mais se adequa à realidade do terreno em que irá trabalhar. Módulo 1 – Introdução ao Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta 45 Atividade de aprendizagem As atividades aqui na apostila servem apenas para você ler e respondê-las com mais tranquilidade. Entretanto, você deverá acessar o AVA e resolver lá as questões. Você terá duas tentativas para realizar cada questão e só desbloqueará o próximo módulo depois que: 1. acertar as questões; ou 2. usar todas as suas tentativas. Questão 1 Os Sistemas iLPF podem trazer benefícios de ordem econômica, ambien- tal e social. Imagine que você decidiu implantar esse sistema em sua pro- priedade, onde irá consorciar eucalipto e sorgo nos dois primeiros anos e eucalipto e braquiária do terceiro ano até o décimo segundo ano, quando cortará o eucalipto para comercializar com serrarias da região. Com essa estratégia, você irá obter os seguintes benefícios: a) Redução do custo de renovação de pastagens; redução dos riscos de mercado; aumento da erosão e perdas de nutrientes do solo; redução no valor da remuneração pela qualificação do trabalhador. b) Redução do custo de renovação de pastagens; diversificação das atividades na propriedade; controle de erosão; armazenamento de água no solo; redução na sazonalidade de uso da mão de obra na propriedade. Módulo 1 – Introdução ao Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta 46 c) Diversificação das atividades na propriedade; otimização de equi- pamentos e mão de obra na propriedade; aumento dos riscos cli- máticos; geração de empregos. d) Otimização no uso de máquinas na propriedade; aumento dos ris- cos climáticos e de mercado; controle de erosão; maior taxa de infil- tração de água no solo; redução na sazonalidade de uso da mão de obra na propriedade. Questão 2 Paulo é um pecuarista que deseja recuperar uma área de pastagem de- gradada em sua propriedade, implantando um sistema iLPF. A escolha pelo sistema integrado de produção foi feita com o objetivo de reduzir os custos de implantação da pastagem, além de melhorar as condições físi- cas, químicas e biológicas do solo. A escolha do sistema iLPF a ser implan- tado na propriedade ocorre em etapas. Qual alternativa a seguir apresenta uma justificativa coerente que Paulo pode utilizar para convencer sobre a importância daquela etapa? a) O diagnóstico da propriedade tem o objetivo de selecionar quais espécies serão utilizadas no sistema iLPF. b) A escolha do sistema iLPF a ser adotado é uma decisão do técnico contratado pelo empreendedor rural. É importante que esse técni- co tenha experiência e, no caso do Paulo, o sistemaindicado teria maior proporção de árvores. c) O estudo de mercado objetiva avaliar as vantagens competitivas e comparativas para a implantação do sistema iLPF, considerando diversos fatores, como a organização das cadeias produtivas para os produtos a serem produzidos. d) Após o planejamento de produção, é realizado o diagnóstico da propriedade, com o objetivo de levantar informações e as escolhas feitas pelo produtor. Questão 3 Joaquim é um produtor rural, há 30 anos na atividade de pecuária de leite, resistente a inovações. Depois de muita insistência do neto, resolveu recu- perar uma pequena pastagem em área montanhosa em sua propriedade, Módulo 1 – Introdução ao Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta 47 utilizando o sistema iLPF. Entretanto, Joaquim disse que não irá incorpo- rar o calcário ao solo. Ele decidiu plantar em nível e construir terraços e barraginhas na área. O neto do Joaquim, imaginando que o avô poderia cometer algum engano, convenceu-o a contratar um técnico capacitado para auxiliá-lo, pois é uma prática que o Joaquim nunca havia trabalhado dentro da propriedade antes. a) Joaquim está correto em relação à necessidade de incorporar o cal- cário e está equivocado em plantar em nível e construir terraços e barraginhas. b) Joaquim é um produtor muito experiente e está correto em relação à necessidade de incorporar o calcário e também está correto em plantar em nível e construir terraços e barraginhas. c) Joaquim está equivocado em relação à necessidade de incorporar o calcário e está correto em plantar em nível e construir terraços e barraginhas. d) Joaquim é um produtor resistente a inovações e está equivocado em relação à necessidade de incorporar o calcário e também se equi- vocou ao decidir plantar em nível e gastar recursos para construir terraços e barraginhas. _Hlk428297 Apresentação Módulo 1: Introdução ao Sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta Aula 1: Sistemas de integração Lavoura-Pecuária-Floresta Aula 2: Benefícios dos Sistemas iLPF Aula 3: Seleção dos Sistemas iLPF Aula 4: Boas Práticas para a Implantação dos Sistemas iLPF Atividade de aprendizagem Módulo 2: Implantação Aula 1: Modalidades do Sistema iLP Aula 2: Implantação do Sistema iLP Aula 3: Implantação do Sistema integração Lavoura-Floresta Aula 4: Implantação do Sistema integração Pecuária-Floresta Aula 5: Implantação do Sistema integração Lavoura-Pecuária-Floresta Aula 6: É Importante Você Saber Atividade de aprendizagem Módulo 3: Manejo I Aula 1: Manejo Inicial do Componente Florestal nos Sistemas iLPF Aula 2: Manejo Zootécnico nos Sistemas iLPF Atividade de aprendizagem Módulo 4: Manejo II Aula 1: Manejo Florestal nos Sistemas iLPF Aula 2: Manejo das Principais Pragas do Eucalipto no Cerrado Aula 3: Manejo das Principais Doenças do Eucalipto no Cerrado Aula 4: Colheita Florestal Atividade de aprendizagem Encerramento Referências
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