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Constitucional Poder Executivo

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Poder Executivo Municipal 
Gouvea e Amaral (2008) explicam que o poder executivo é responsável por governar o povo e gerir os interesses públicos, de acordo com a legislação e a constituição federal. Quando falamos sobre ciências políticas, o poder executivo é a única autoridade capaz de realizar a administração das nação, estados e municípios, essa divisão de poderes torna possível que a democracia funcione de maneira clara e eficiente.
Em alguns países quando se fala sobre o “governo” indica unicamente o âmbito executivo. Porém, esta ambiguidade não consegue diferenciar entre formas de governo despótica e democrática. Nos sistemas autoritários (como uma ditadura ou monarquia absoluta, onde os diferentes poderes do governo são assumidos por uma única pessoa), o ramo executivo deixa de existir, pois não existe qualquer outro ramo separado com o qual partilhar mas iguais poderes governamentais.
A separação do poder do sistema de poderes é projetado para repartir autoridade afastado do poder executivo - uma tentativa de preservar liberdade individual, em resposta a liderança tirânica ao longo da história. O executivo não é suposto para fazer leis (o papel do legislativo), ou interpretá-las (o papel do judiciário). O papel do executivo é o de fazer cumprir a lei, tal como escrito pela Legislatura e interpretado pelo sistema judicial.
O ENAP (2018) explana que no Brasil, o poder executivo é representado pelo: Presidente da República; os governadores de estado; os prefeitos dos municípios e suas sub-repartições. Na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 as funções do Presidente da República constam no artigo 84. Como poderes, o Presidente detém os seguintes: Chefe de Estado, Governo, administração pública Federal e comandante das Forças Armadas. 
ENAP (2018) afirma que dentro do âmbito Municipal o prefeito exerce, junto ao vice-prefeito, o poder executivo, tendo como obrigação a administração da câmara Municipal dos vereadores visando o benefício da cidade. Segundo a Constituição Brasileira de 1988, cada município é autônomo, sendo responsável pela sua própria organização, administração e arrecadação de impostos
Ainda segundo o autor, o prefeito é eleito de maneira democrática, havendo uma votação de quatro em quatro anos, onde se é decidido quem ocupará o cargo mencionado acima juntamente com os vereadores, após a sua posse há a decisão de quem ocupará as funções de secretários que auxiliaram em diversas repartições da cidade, “Os secretários municipais, [...], exercem boa parte das ações nas áreas da educação, da saúde, do transporte, da cultura e outras requeridas pela prefeitura, e que devem estar sob a coordenação do próprio prefeito” (ENAP, 2018, p.14)
ENAP et al (2018) ressalta que o poder executivo dentro do âmbito municipal é representado pelo prefeito como seu líder com a obrigação de conduzir o município legalmente, levando em consideração o aspecto político. 
“No entanto, a delegação de autoridade por parte do (a) Prefeito (a), em função da agenda Municipal, é a expressão da busca, por parte da Prefeitura, pelo atendimento às demandas dos cidadãos, à complexidade dos problemas, ao tamanho da população e do território do Município, às relações com os Municípios vizinhos etc. Tais fatores apontariam para maior ou menor necessidade de estruturação da Administração Pública em múltiplas unidades de gestão - cada qual com as suas competências.” (ENAP, 2018, p.14)
O autor explana que as secretarias municipais são meios de delegação que possibilitam a descentralização do poder, de forma que facilitará o trabalho de gestão, existem quatro condições para que esse processo seja possível, são elas: o desejo político de delegar o poder; pessoas que possuem qualificação para executar a tarefa; leis dentro do estado que regulam a delegação; instrumentos que possibilitem o parecer e orientação das ações e administração pública sobre a responsabilidade do prefeito. Quando mais secretários municipais existirem maior é a descentralização de poder público. 
Kleringa et al (2011), afirma as atividades executivas dos municípios está pautada nos princípios gerais da de gestão pública, previstos no caput do Art. 37 da Constituição Federal: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Sendo assim, o autor explica que esse poder é um ‘poder-dever’, visto que o prefeito não apenas pode fazer o que está descrito na lei, como deve fazê-lo. Esses atos são divididos em atos vinculados (que são deveres do prefeito) e os discricionariedade (onde há uma certa liberdade para que seja tomada as decisões sem ferir a lei)
“A partir dos artigos 76 a 91 da Constituição Federal, fica patente que a função típica do Poder Executivo é a prática de atos de chefia de Estado, chefia de governo e atos de administração.
Assim, a função tradicional do Poder Executivo é a administração do Estado em consonância com as leis aprovadas pelo Poder Legislativo 
[...] quanto às funções atípicas praticadas pelo Poder Legislativo, essas têm natureza executiva ou jurisdicional. ” (GOUVEA e AMARAL, 2008, p.6)
O poder executivo municipal é responsável pela administração púbicos, além de uma coordenação geral administrativa do estado, para gerir os recursos da cidade e garantir o funcionamento dos serviços essenciais. Desde de a constituição federal de 1988 ficou definido que os cargos executivos municipais, da união e estadual não devem interferir na autonomia um do outro, menos me casos previstos pela lei, sendo assim, o poder executivo municipal tem o dever de tomar decisões práticas para que o governo funcione, colocar em prática as leis, cuidar de questões que sejam de interesse público, essa é uma das suas funções típicas.
De acordo com Gouvea e Amaral (2008) o poder executivo pode, ainda, exercer funções que são consideradas atípicas e realizadas de forma secundaria. Um exemplo dessa função atípica é que o prefeito pode editar decretos ou portarias que também são normas jurídicas que devem ser respeitadas, outro desses casos pode ser descrito pelo fato de que o prefeito também tem direito de vetar ou aprovar decisões tomadas pelos vereadores.
Referencias:
Klering Roque, Luis et al. Competências, papéis e funções dos poderes municipais no contexto da administração pública contemporânea. A Revista Acadêmica da FACE. Porto Alegre. e, v. 22, n. 1, p. 31-43. Disponível em < https://www.researchgate.net/profile/> Acesso em 06 de novembro de 2020.
Moraes de, Alexandre. Direito constitucional. 1 ed. São Paulo: Ed. Atlas S.A. 1996. 
Gouveia Otávio Genaro, Daniel; Amaral Tibiriçá, Sérgio. Organização dos poderes e suas funções típicas e atípicas segundo a constituição federal de 1988. Gouveia.V.4,N.4.Disponível em <http://intertemas.toledoprudente.edu.br/index.php/ETIC/article/view/1685> Acesso em 06 de novembro de 2020.
ENAP. Políticas Públicas e Governo Local. Brasília. 2018. Disponível em < https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/3839/1/PPGL_M%C3%B3dulo%201%20- > Acesso em 06 de novembro de 2020.

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