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CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA - UNIDADE I

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CORPOREIDADE E 
MOTRICIDADE HUMANA 
Profº. Esp. Lafaiete Júnior
 2018
 2018
1
Sumário
APRESENTAÇÃO
	Os objetivos aqui propostos são estabelecer a compreensão da corporeidade e da motricidade, bem como de suas relações em diferentes esferas e épocas da vida humana, os seus desdobramentos em concepções atuais, oportunizando a análise das principais características dessas tendências em pressupostos que embasam a intervenção profissional na área.
	Ao final desta disciplina, nós seremos capazes de:
Conhecer os paradigmas emergentes na ciência – e diversas áreas do conhecimento – e relacioná-los à corporeidade.
Analisar as diferentes correntes de pensamento sobre o corpo.
Refletir sobre o fenômeno da corporeidade e motricidade humana como fundamento para uma melhor atuação pedagógico-profissional.
Ter como auxílio em seu trabalho teórico-prático, com a dimensão da corporeidade como dinamizadora de aprendizagem, valores e princípios, os quais reagem para uma atuação mais humanizada nas inúmeras possibilidades de trabalho com o corpo.
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
INTRODUÇÃO
O corpo como objeto de estudo em diversas áreas da Educação Física. 
	(Aspectos Biológicos, Psicológicos e Sociais)
O corpo deve ser estudado e entendido em sua totalidade de aspectos. 
	(Interagem e se interligam criando uma reflexão de sensações que constituem esse corpo)
O corpo reflete uma cultura! 
	(Com ela se relaciona e se altera, tendo a absorção de ideias e objetos, principalmente mediante ao 	movimento no espaço)
A interação com esta cultura se dá pelo Movimento. 
	(Criando um homem como o ser no mundo, resgatando a ideia de interação do sujeito influenciado pela 	cultura, e a cultura sendo modificada pelo sujeito)
Como se deu a transformação do corpo durante os anos? 
	(Da concepção grega até a contemporaneidade)
Como é o entendimento do corpo atualmente? 
	(Abordaremos a concepção de como a mídia altera e coloca padrões corporais em relação à cultura a 	ser 	seguida e reproduzida, trazendo os padrões de beleza e a corpolatria)
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
UNIDADE I
 2018
 2018
5
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
	Corporeidade  Conceitos
 
Qualidade, propriedade do que é corpóreo; corporalidade.
É um termo da filosofia para designar a maneira pela qual o cérebro reconhece e utiliza o corpo como instrumento relacional com o mundo.
A corporeidade guarda três dimensões que mantêm uma relação indissociável e complexa:
Fisiológicos (físico)
Psicológicos (emocional afetiva)
Espirituais (mental-espiritual sendo o universo físico, o universo da vida e o universo antropossocial)
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
	Motricidade  Conceitos
 
Qualidade de força motriz.
Conjunto de funções nervosas e musculares que permite os movimentos voluntários ou automáticos do corpo.
É o estudo dos movimentos que implica, aprender sobre as decisões que tomamos acerca dos movimentos, mas também na maneira como desenvolvemos as decisões e produção de atividades motoras.
A forma pela qual o homem lida com sua corporeidade é resultado de uma construção social, consequência de um processo histórico em que o contexto social interage de uma forma extremamente dinâmica, direcionando e modificando a maneira de o corpo se expressar.
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
O corpo durante a história era utilizado de diversas formas, dentro de determinado contexto social. Gonçalves (2012) retrata que os corpos variam as técnicas em relação:
Movimentos de atividades diárias, como andar, correr, saltar e pular. 
Movimentos corporais expressivos, que são formas não verbais de comunicação. (gestos, posturas e expressões faciais)
A ética corporal, sentimento sobre a aparência do próprio corpo. (pudor e ideal de beleza)
Ao controle de impulsos e necessidades. 
Em cada sociedade, o corpo é visto, concebido e tratado de diversas formas, dependendo de diversos fatores. Algumas características sociais podem também alterar a forma pela qual se manifestam. (sexo, idade, religião, ofício, classe social, dentre outros fatores socioculturais)
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.1 O pensamento do corpo – da Grécia Antiga à Idade Moderna
Os primeiros filósofos da Era Antiga, mais precisamente na Grécia Antiga, tinham uma visão integral do corpo – um ser único, indivisível e visível. (ocorrem dois episódios de morte, nos quais fica claro que o corpo na sociedade grega tinha muita importância, pois era necessário enterrá-lo para que a alma pudesse se separar desse ser humano, que perdera a vida, para juntar-se ao reino das sombras)
O corpo para o grego era formado pela Soma (corpo) e pela Psique (alma/mente), e ambas se completavam. 
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.1 O pensamento do corpo – da Grécia Antiga à Idade Moderna
“O corpo humano é a carruagem. 
Eu, o homem que a conduz. 
O pensamento, as rédeas. 
Os sentimentos, os cavalos”
 Platão (429-347 a.C.)
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.1 O pensamento do corpo – da Grécia Antiga à Idade Moderna
Platão dá início ao platonismo, com o gesto teórico de fundação da oposição entre corpo e alma, considerados um contrário ao outro, obtendo, dessa forma, um dualismo.
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.1 O pensamento do corpo – da Grécia Antiga à Idade Moderna
Platão desenvolveu uma visão fundamentada em uma divisão do mundo: real e ideal
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.1 O pensamento do corpo – da Grécia Antiga à Idade Moderna
O ser humano é composto por um corpo; porção de matéria que habita o mundo real ou sensível, portanto corrupto e que tende à morte, e por uma alma, que é pertencente ao mundo ideal, logo perfeita e imortal.
Tipos de alma:
Alma superior: ligada à racionalidade, localizada na cabeça. (Leva a um caráter racional)
Alma inferior: ligada aos bens materiais e à luxúria, localizada na região abaixo do abdome. (Leva a um caráter concupiscível)
Alma irascível: ligada às emoções e paixões, localizada no peito do ser humano. (Leva a um caráter irascível)
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.1 O pensamento do corpo – da Grécia Antiga à Idade Moderna
Tendo essa ideia de corpo controlado pela alma, Platão afirma que existem três tipos de temperamento ou caráter, que advêm dessas almas, os quais determinavam a ordem social e educacional da Grécia Antiga:
Caráter concupiscível: a alma inferior é predominante e faz tomar decisões com base nos desejos.
Caráter irascível: a alma que predomina marca as decisões do ser humano com base nas emoções.
Caráter racional: a alma superior predomina, e as decisões são fundamentadas na racionalidade ou no uso da razão.
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.1 O pensamento do corpo – da Grécia Antiga à Idade Moderna
O dualismo Platônico, mostra a concepção de que corpo e alma possuem realidades completamente diferentes, porém estão relacionadas, necessariamente. Se o corpo é mortal e imperfeito, faz-se necessário que a alma seja exercitada, para que o indivíduose aproxime cada vez mais da perfeição que está muito distante do mundo físico.
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.1 O pensamento do corpo – da Grécia Antiga à Idade Moderna
“A finalidade da arte é dar corpo à essência secreta das coisas, 
não copiar sua aparência”
Aristóteles (384-322 a.C.)
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.1 O pensamento do corpo – da Grécia Antiga à Idade Moderna
Sustenta um pensamento diferente do platonismo, uma vez que coloca a alma como uma forma interior da vida, mas que está inteiramente ligada ao corpo.
Criou a Teoria do Hilemorfismo, considerando que o conteúdo (alma) não poderia ser separado da forma (alma), pois um fazia parte do outro, ou seja, o corpo era uma extensão, uma realidade física limitada por uma superfície.
Não considera o corpo e alma como dois seres distintos. (não separação do corpo/alma)
Considera que a alma é a vida do corpo. (o corpo era a extensão da alma – extensão física)
A alma era responsável pelas faculdades anímicas (nutrição, reprodução, sensação, imaginação – movimentos que tornam a vida dinâmica)
A alma como o corpo se completavam.
É inconcebível a separação de corpo e alma. (como se pode ter o pensamento sem o corpo?)
Importante um corpo ativo.
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.1 O pensamento do corpo – da Grécia Antiga à Idade Moderna
Na Idade Média (séc. V ao XV), o corpo sofre um processo de descorporalização. Crescente importância a racionalização. (Ideia muito semelhante à do Platão)
Corpo como instrumento de trabalho, sustento e comunicação da sociedade. Sistemas de castas. (Feudalismo) 
Descorporalização – questões religiosas: a igreja tinha forte influência no sistema social, comercial e político. 
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.1 O pensamento do corpo – da Grécia Antiga à Idade Moderna
“Com a corrupção morre o corpo, com a impiedade morre a alma”
Santo Agostinho (354-430)
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.1 O pensamento do corpo – da Grécia Antiga à Idade Moderna
Suas ideias vão ao encontro do conceito platônico e acabaram sendo um dos fundamentos da Igreja, aplicando o dualismo, que tinha a oposição entre bem e mal, graça e pecado, corpo e matéria, Deus e homem e, principalmente, luz divina e trevas eternas.
Definiu o corpo como cárcere da alma, e que o corpo físico é uma punição para alma. 
Pessimismo com relação às sensações que o corpo provoca. 
A alma deve manter a vigilância sobre o corpo e os sentidos para que eles não impeçam de conhecer a verdade divina, colocando o corpo no caminho divino.
Essa visão dualista e negativa do corpo, primeiramente proposta por Platão e incorporada aos ensinamentos da Igreja, teria reflexos sociais, políticos e educacionais por muitos séculos seguintes.
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.2 O Corpo – Do Renascimento a uma nova concepção com o capitalismo
Já no renascimento, após a Idade Média, diversos avanços tecnológicos, com a valorização do trabalho e, principalmente, do intelecto, capacidade de criação e transformação do mundo.
Esquema mecanicista – o homem como um animal racional.
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.2 O Corpo – Do Renascimento a uma nova concepção com o capitalismo
“Penso, logo existo”
René Descartes (1596-1650)
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.2 O Corpo – Do Renascimento a uma nova concepção com o capitalismo
No campo do pensamento do local ou lugar que o corpo e a alma ocupam, tem na base de seu pensamento a importância do método como ponto principal para a construção do saber.
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.2 O Corpo – Do Renascimento a uma nova concepção com o capitalismo
Descartes estabelece a divisão entre o sujeito objeto (corpo) e espírito da matéria (mente).
Tem uma visão separatista e redutora, pensamento semelhante à Platão, porém, com uma concepção cartesiana. (Em que a alma é o pensamento e o corpo é somente uma extensão da alma – um não depende do outro)
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.2 O Corpo – Do Renascimento a uma nova concepção com o capitalismo
A mente controla o corpo. (Confere ao corpo e à alma uma autonomia completa e independente, apesar da alma estar inserida no corpo, o pensamento [alma] e a extensão [corpo] não estão ligados)
Foi um dos precursores da Era Moderna, pois julgava que a única forma de se adquirir conhecimento era por meio da razão e do pensamento intelectual.
Mente = Pensamento. (Única forma de adquirir conhecimento)
Surge uma nova visão do corpo como um objeto científico. (O capitalismo coloca uma nova percepção de encarar o corpo na sociedade, perde-se a proibição da Igreja)
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.2 O Corpo – Do Renascimento a uma nova concepção com o capitalismo
“No verdadeiro amor, 
é a alma que envolve o corpo”
 Friedrich Nietzsche (1844-1900)
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.2 O Corpo – Do Renascimento a uma nova concepção com o capitalismo
O corpo passa a ser encarado como um objeto científico.
Descarta a ideia de que o corpo é mera extensão controlável da alma.
Início da concepção de corpo vivo: o corpo dentro de um contexto social.
Experiências de um homem vivo e não um mero objeto.
A mente não sobrepõe mais o corpo, interage com ele por meio dos sentidos e das emoções.
Necessidade de conhecer a linguagem que o corpo transmite.
“Pelo corpo que se conhece a alma e não o inverso”
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.2 O Corpo – Do Renascimento a uma nova concepção com o capitalismo
“A desvalorização do mundo humano aumenta em proporção direta com a valorização do mundo das coisas”
 Karl Marx (1818-1883)
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.2 O Corpo – Do Renascimento a uma nova concepção com o capitalismo
O corpo interage com o meio em que vive, com o recurso de seus sentidos, e não apenas em seu pensamento, a ideia central para se entender o homem e sua corporeidade, pois no trabalho o homem exerce movimentos que pertencem à sua corporalidade – braços e pernas, entre outras partes –assim o corpo se torna humano por sua atividade produtiva.
A relação com o meio é desenvolvida através dos movimentos que geram o trabalho. (Trabalho com objetivo de alteração do meio)
Critica que o ser humano perde a relação da matéria produzida com o corpo que a produz. (Os ideais capitalistas eram muito fortes, em relação à produção em massa e linhas de montagens) 
O corpo que era responsável pela criação e construção, passa a ser somente uma mercadoria de mão de obra, principalmenteapós a Revolução Industrial.
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
Os filósofos e suas concepções a respeito do corpo
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.3 A corporeidade contemporânea
A visão dualista proposta por Platão e Descartes permanecem fortemente no homem e na sociedade.
Nietzsche e Marx são precursores dos pensadores contemporâneos, com a visão de um corpo único e representativo.
O pensamento contemporâneo apresenta uma visão mais complexa, tendo como base o ser humano e sua relação com o mundo.
Os principais pensadores sobre o corpo são:
Maurice Merleau-Ponty;
Michel Foucault.
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.3 A corporeidade contemporânea
“A verdadeira filosofia é 
reaprender a ver o mundo”
Maurice Merleau-Ponty (1908-1961)
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.3 A corporeidade contemporânea
Uma visão complexa e abrangente das relações do corpo com o mundo, alterando o próprio mundo e o próprio corpo.
O corpo é a ligação entre o indivíduo e história, e este corpo sofrerá as decisões teóricas e práticas do conhecimento.
Exclusão da ideia cartesiana de separação de Descartes. (ao afirmar que o homem é um ser vivo, inserido em um meio definido, que parte de um desenvolvimento de projetos e atua na mudança desse meio)
Ele trata as sensações do corpo como algo fundamental para percepção do mundo, e esta sensação se dá através do movimento. (Este movimento gera interação com o mundo)
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.3 A corporeidade contemporânea
Seu pensamento tem como objetivo compreender o homem de uma forma integral. (O homem é o ser no mundo sem a separação de corpo e alma, corpo e objeto, ao pensar no corpo sob a experiência do próprio corpo, em uma relação com o mundo ou outro corpo)
Observa-se um ponto principal do corpo ter uma intencionalidade, refletida pelo movimento, trazendo a ideia de que a percepção do corpo é uma inabilidade na falta de movimento.
Permite o corpo sentir e perceber o mundo, os objetos e outros corpos, possibilitando ao indivíduo imaginar, sonhar, desejar e pensar em outras características do corpo e do sujeito. (Esse comportamento é reconhecido como exercício da corporeidade)
Esta interação irá gerar sonhos, imaginação e desejos.
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.3 A corporeidade contemporânea
Essa Intencionalidade é entendida como a subjetividade de Merleau-Ponty e está ligada à noção de liberdade.
O mundo existe independente do homem, porém, ele não está totalmente constituído e construído, dependendo assim das ações individuais e coletivas.
A liberdade é resultante da interação entre o interior e exterior do ser humano. (Estruturas psicológicas e históricas)
Também é considerado o contexto histórico, as relações sociais e a afetividade, sendo isso uma experiência corporal e não intelectual. (Conquistado pelo movimento e pela percepção)
Essa subjetividade fez o homem desaprender a conviver com a realidade do corpo e a experiência que os sentidos trazem, sempre privilegiando a razão ou o intelecto.
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.3 A corporeidade contemporânea
O corpo do ser humano deve olhar, observar e sentir:
Isso irá gerar uma experiência em que o corpo reconhece o espaço como expressivo e simbólico.
Desenvolvendo, assim, o potencial criativo do ser humano.
O corpo se torna sensível ao mundo, manifestando, assim, a sua Corporeidade.
Motricidade é a intencionalidade do corpo pelo movimento
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.4 O corpo segundo Foucault
“A alma, prisão do corpo“
 Michel Foucault (1926-1984)
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.4 O corpo segundo Foucault
Concepção do homem moderno está ligada ao estudo das relações entre o poder, o saber e o corpo.
O corpo reflete a cultura em que está inserido, tornando-se sujeito, em três linhas conceituais:
O sujeito produtivo.
Como o sujeito se constitui ao longo da vida, por questões internas e externas.
A forma pela qual o ser humano torna-se sujeito.
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.4 O corpo segundo Foucault
O corpo sofre efeitos do poder. (A forma como o poder manifesta sobre este corpo)
O poder interfere na corporeidade do sujeito, refletindo em seus hábitos, sentimentos, emoções e ações.
Reflete também na realidade concreta do indivíduo. O seu corpo, o corpo social e adentrando na sua vida cotidiana.
O poder não está relacionado ao poder governamental, mas, sim, em todas as esferas do indivíduo.
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1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.4 O corpo segundo Foucault
Estabelece diversas esferas de poder. A forma deste poder ser melhor utilizado é por meio da Disciplina.
A disciplina é instaurada por uma série de intervenções e controles regulatórios, sendo isso uma Biopolítica. (Controle da massa e não individual)
Um corpo disciplinado o mantêm introjetado. (Sem consciência de questionamento pelo indivíduo)
Leva para um autocontrole não necessitando de controle externo produzindo um corpo dócil.
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.4 O corpo segundo Foucault
Desenvolve um controle da energia de trabalho, que se baseia em quatro elementos:
A distribuição de corpos em funções determinadas;
Controle da atividade individual;
Organização da formação, pela internalização e aprendizagem de funções;
Composição das forças pela articulação funcional das forças corporais em aparelhos eficientes.
Práticas disciplinadoras atuais:
Imposições de gestos, atividades, uso, repartição espaciais;
Cálculo de tempo;
Prisões, hospitais e escolas.
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1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.4 O corpo segundo Foucault
A disciplina pode ser um mecanismo adestrador e é observada no nosso corpo de três formas:
Vigilância hierárquica. (Sistema de controle sobre o corpo, principalmente em sistemas produtivos, tendo como objetivo o lucro)
Sanções normalizadoras. (Um sistema duplo de recompensa e punição, com o objetivo de corrigir e minimizar os desvios do sujeito na sociedade onde vive)
Exames. (Relacionado com as duas técnicas anteriores [vigilância e sanção] cujas relações de poder constroem o saber e constituem o sujeito de relações de poder e saber)
Os mecanismos de disciplina podem tornar o corpo um objeto de submissão, formando corpos para o exercício de tarefas específicas e, assim, aumentando a força dos corpos, em questões econômicas de utilidade.
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
1 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
1.1 A CORPOREIDADE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
	1.1.4 O corpo segundo Foucault
O corpo é um confronto bélico, sem liberdade. (Pois sempre esteve preso a esquemas que o controlassem, desde um corpo manchado, que continha uma alma purificada,até um corpo sujeito de poder, que perpassa pela docilidade)
O corpo é educado, com relação à sua expressividade, sensibilidade e criatividade, tendo uma reflexão sobre os poderes e as práticas que moldam esse corpo na idade atual.
Hoje o corpo esportivizado pode ser a última forma de uma imagem corporal (belo e forte), pela qual se pode ter a ideia de mente sã em corpo são, criando os padrões de beleza atuais.
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
2 A MOTRICIDADE HUMANA NA EDUCAÇÃO FÍSICA
A motricidade é a corporeidade representada pela intencionalidade de movimento.
A motricidade revela a intencionalidade operante do homem de se movimentar com sentido e conteúdo, relacionado à existência do ser humano, que tem como objetivo sempre se superar, e não apenas uma mera reprodução de movimentos preestabelecidos.
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
2 A MOTRICIDADE HUMANA NA EDUCAÇÃO FÍSICA
O corpo em movimento sempre foi e será um dos encantos para a Educação Física, independentemente de que área ou esfera esse movimento seja executado: um jogo recreativo, um ambiente escolar, uma dança ou no contexto de esporte de alto rendimento.
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
2 A MOTRICIDADE HUMANA NA EDUCAÇÃO FÍSICA
Em muitos casos, a Educação Física acaba tendo uma visão reducionista do movimento, excluindo a complexidade das interações entre as diversas esferas do ser humano.
Pela motricidade, o homem tem suas primeiras experiências de exploração do mundo pelo movimento. Constituindo, assim, um processo de humanização, pois a aprendizagem de cada indivíduo ocorre em sua relação com o meio social. 
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
Qual o foco dos estudos da Educação Física?
3 A CORPOREIDADE NA EDUCAÇÃO FÍSICA E NO ESPORTE
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
Essa separação em áreas é ruim para a compreensão do corpo do ser humano?
A separação acaba por não entendermos o corpo como um ser único e indivisível?
Para um pensamento racional e científico, é interessante o aprofundamento do conhecimento específico de cada área?
O fundamental é que não perca de vista a totalidade do ser humano. As diferentes áreas do saber são apenas perspectivas, a parcialização do homem, embora coopere para o conhecimento, não desvelam seu ser total, mascara muitas vezes sua essência.
3 A CORPOREIDADE NA EDUCAÇÃO FÍSICA E NO ESPORTE
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
A Educação Física está relacionada à corporeidade e ao movimento do ser humano, ou seja, na intencionalidade do homem de um ser corpóreo e motriz.
A Educação Física tem de tratar o conceito de corpo-objeto para o corpo-sujeito, aquele que apresenta uma intencionalidade, o que irá caracterizar a corporeidade. (Ideia de Merleau-Ponty)
3 A CORPOREIDADE NA EDUCAÇÃO FÍSICA E NO ESPORTE
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
A ideia de corpo-máquina ou corpo-objeto, onde a mente controla o corpo, realiza um trabalho mecânico sem reflexão nem intencionalidade, o qual, caso apresente qualquer defeito, pode ser consertado, ou suas peças, substituídas, e voltar a funcionar corretamente.
3 A CORPOREIDADE NA EDUCAÇÃO FÍSICA E NO ESPORTE
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
Essa visão de corpo-objeto pode ser encontrada em conceitos estéticos das sociedades modernas, em que se tem um padrão a ser seguido na questão corporal segundo um modelo preestabelecido, tratando o corpo como um objeto passível de manipulação em busca de uma beleza padronizada.
3 A CORPOREIDADE NA EDUCAÇÃO FÍSICA E NO ESPORTE
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
Traz-se a ideia de um corpo que consome, um corpo-mercadorias.
Corpo que pode ser trocado, modificado de acordo com os modismos culturais vigentes.
Consumo exagerado e desenfreado > Capitalismo.
Isto afeta a corporeidade dos indivíduos.
Tal busca pelo padrão de corpo ditado pela sociedade pode acarretar alguns problemas, como uma visão deturpada da imagem corporal, conceito de autoimagem ou imagem corporal envolve três componentes:
Perceptivo – aparência física;
Subjetivo – satisfação da aparência;
Comportamental – situação de fuga, desconforto.
3 A CORPOREIDADE NA EDUCAÇÃO FÍSICA E NO ESPORTE
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
A busca incessante pelo padrão aceito pode levar a uma visão deturpada da autoimagem, gerando transtornos alimentares:
Bulimia (não estão acima do peso, porém têm uma preocupação com a boa forma e a sua manutenção)
3 A CORPOREIDADE NA EDUCAÇÃO FÍSICA E NO ESPORTE
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
Anorexia nervosa (Autoinanição) (Abaixo do peso ideal, acreditam que estejam gordos ou obesos)
3 A CORPOREIDADE NA EDUCAÇÃO FÍSICA E NO ESPORTE
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
Dismorfia muscular (Vigorexia) (Preocupação frequente de que seu corpo não seja magro e sim musculoso)
3 A CORPOREIDADE NA EDUCAÇÃO FÍSICA E NO ESPORTE
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
3 A CORPOREIDADE NA EDUCAÇÃO FÍSICA E NO ESPORTE
O que leva a desenvolver os transtornos de imagem?
Imposição da mídia, sociedade e meio esportivo;
Considerar um padrão ideal e que sem ele não se obterá a felicidade;
O corpo como prisioneiro de um sistema de poder.
Corporeidade é um conceito aberto, que requer compromisso com a existência. Conceber, perceber, viver e conhecer o corpo na Educação Física, individual e coletivamente, tendo como regra de qualificação do gênero humano.
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
4 O PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA E A CORPOREIDADE
O profissional de Educação Física pode ter dificuldade em perceber e compreender a corporeidade, devido:
Às características acadêmicas – processo científico;
À divisão pela qual o ser humano em movimento é estudado.
O profissional deve formular uma concepção diferenciada em relação ao corpo humano:
Não ter ideia de um corpo perfeito, ou a ser melhorada para um rendimento, mas, sim, um corpo vivo, que tem uma existência, racional e sensível.
A corporeidade considera um ser Biológico e também um ser Social → relação com o contexto social.
O profissional deve ser capaz de compreender o homem em sua totalidade e, assim, produzir uma intervenção condizente com a realidade deste homem.
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
4 O PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA E A CORPOREIDADE
Para conseguir aplicar esta concepção, será exigido do profissional:
A busca por um corpo possível em uma prática sistematizada;
Deixar de lado o corpo idealizado, abandonando o modismo sazonal da Educação Física.
Não pode desprezar as experiências do sujeito e o sistema social e cultural em que ele está inserido.
Procurar contribuir para o desenvolvimento deste corpo real e existente, que irá se movimentar em busca de uma superação.
Saber trabalhar o sujeito racional, criativo, dependente do conhecimento de si, dos outros e do mundo.
O profissional de Educação Física compreendendo essa concepção de um corpo-sujeito, um corpo dotado de uma percepção do mundo, agregará diversos valores que darão suporte à sua atuação.
Corporeidade e Motricidade Humana - Lafaiete Júnior
4 O PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA E A CORPOREIDADE
A corporeidade exigirá um trabalho amplo do profissional:
Atuará com uma grande variedade de sujeitos;
Ir contra as mensagens vinculadas por diversos meios de comunicação.
A compreensão de uma corporeidade integral faz com que o profissional tenha consciência dos rumos que a área apresenta.
Valorizar o sentido de humanidade e o sujeito-autor de uma história e de uma cultura.
O profissional de Educação Física deve compreender o trabalho com o ser humano, que está em constante modificação e adaptação em virtude da sua interação com o meio. Dessa forma, o entendimento da corporeidade e da motricidadedará suporte para que ele saiba lidar com as características internas e do meio.

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