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RESUMOS FLUXO DE CAIXA, ADM DO DISPONIVEL E CONTAS A RECEBER

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO – UFERSA
DISCIPLINA: ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA I
DOCENTE: FABIO CHAVES NOBRE
DISCENTES: AMON CAETANO DA SILVA
ANA RAISSA GALDENCIO RODRIGUES
CELIO DA SILVA MOREIRA
LARISSA DUARTE COSTA DA SILVA
LUCAS DA SILVA COSTA
 
FLUXO DE CAIXA DIRETO E INDIRETO
 RESUMO
 A Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC), é uma das ferramentas mais importantes a serem utilizadas pelos gestores na hora de analisar como está à saúde financeira de uma empresa e conseguinte, para uma tomada de decisão. Através do DFC pode-se saber se a empresa foi auto-suficiente no financiamento do seu giro e qual a sua capacidade de expansão com recursos próprios gerados pelas operações, ou seja, a independência financeira da empresa é posta em detalhes. 
O fluxo de caixa está dividido em três ações que são: Operacionais, onde representam as ações operacionais que levam em consideração as receitas, os custos da produção de bens e serviços da empresa; de Investimentos, que são as ações voltadas para a diminuição de circulação de ativos e a formação de um patrimônio em bens; e as de financiamento, que são ações onde incluem o financiamento de credores, constando em planilhas como de entrada ou de saída, representando, na prática, a solicitação de empréstimo e o pagamento de acionistas da empresa respectivamente. 
Divide-se também em dois métodos: o fluxo de caixa direto, e o fluxo de caixa indireto. 
A Norma Internacional de Contabilidade (NIC) trata da apresentação que resume, no período contábil, os recursos tornados disponíveis para financiar as atividades de uma empresa e o uso que tenha sido feito de tais fundos. A NIC foi aprovada em 1977; na época sob o título de “Demonstração das Mutações na Posição Financeira”. Em 1992, o NIC foi revisado e propõe dois modelos, que são exatamente: o Método Direto e o Método Indireto. O foco desses métodos é o registro da movimentação de caixa das atividades operacionais, uma vez que este é o grupo de atividades que congregará maior volume de informações.
A estrutura da DFC, pelo método direto é o seguinte:
 Demonstração de fluxo de caixa, ano XI
	Atividades Operacionais
Recebimentos (entradas)
Recebimentos de clientes
Recebimentos de juros
Duplicatas descontadas
Pagamentos (saídas)
 a fornecedores 
de impostos
de salários
de juros de despesas pagas antecipadamente
	
Caixa liquido gerado/consumido nas Atividades Operacionais (entrada(menos)saída)
	 
 1
	Atividades de Investimento
Recebimento (entrada)
Recebimento pela venda de imobilizado
Pagamento (saídas)
Pagamento pela compra de imobilizado
	Caixa liquido gerado/consumido nas Atividades de investimentos (entrada(menos)saída)
	 
 2
	Atividade de Financiamento
Recebimentos (entradas)
Aumento de Capital
Empréstimo de curto prazo
Pagamentos (saída)
Distribuição de dividendos ou lucros
	Caixa líquido gerado/consumido nas Atividades de Financiamento(entrada(menos)saída)
	 
 3
	Aumento líquido das disponibilidades
	 4=(1+2+3)
	Saldo de caixa+Equivalente-Caixa em X0
	 5
	Saldo de caixa+Equivalente-Caixa em X1
	 6=4+5
O método indireto é também chamado de método da reconciliação. Isto se dá porque, “o método indireto faz a conciliação entre o lucro líquido e o caixa gerado pelas operações”. Para que esse método seja desenvolvido de forma eficaz, é necessário que sejam expurgadas do lucro líquido àqueles valores que se referem às atividades de financiamento ou investimento e também aqueles valores que se referem ao deferimento de transações (foram caixa no passado) e eventos podem transformar em caixa no futuro. O objetivo desse expurgo é considerar como ponto de partida apenas o lucro líquido resultante das operações daquele período. A sua função é demonstrar a diferença entre o caixa real com saldo das demonstrações contábeis. Portanto a análise pelo método indireto parte do saldo inicial do exercício (essa informação é obtida pelo DRE) excluindo fatores que afetam o resultado indiretamente, como as deduções de vendas. É feito antes de mais nada, o cálculo de variação das contas do Ativo e Passivo da empresa.
Através do método indireto, a estrutura da Demonstração de Fluxo de Caixa fica assim:
 
 Demonstração de fluxo de caixa, Ano XI
	Atividades Operacionais
Lucro Líquido 
Mais: Depreciação 
Menos: Lucro na venda de imobilizados
Aumento em duplicatas a receber (considerada saída de caixa)
Aumento em duplicatas descontadas (considerada entrada de caixa) 
Aumento em estoques (considerada saída de caixa)
Aumento em fornecedores (considerada entrada em caixa)
Redução em salários a pagar (considerada saída de caixa)
	Caixa líquido gerado/consumido nas Atividades Operacionais (entrada (menos) saída)
	 1 
	Atividades de Investimento
Recebimentos (entradas)
Recebimento pela venda de imobilizado
Pagamentos (saídas)
Pagamento pela compra de imobilizado
	Caixa líquida gerado/consumido nas Atividades de Investimentos (entrada (menos) saída) 
	 2
	Atividade de Financiamento
Recebimentos (entradas)
Aumento de Capital
Empréstimos de curto prazo
Pagamento (saídas)
Distribuição de dividendos ou lucros
	Caixa líquida gerado/consumido nas Atividades de Financiamento (entrada (menos) saída)
	 3
	Aumento Líquido das disponibilidades
	4 = (1+2+3)
	Saldo de Caixa+Equivalente-Caixa em X0
	5
	Saldo de Caixa+Equivalente-Caixa em X1
	6 = 4+5
O método direto tem como objetivo principal apresentar o movimento de entradas e saídas de caixa, sem uma preocupação maior com relação a formulação das políticas de investimentos e financiamentos operacionais como base para o aumento ou diminuição da geração de caixa. Esse modelo limita-se a apresentar o movimento de entradas e saídas, podendo assim ser considerado um instrumento mais quantitativo do que qualitativo, o que não ocorre com o Fluxo de Caixa Indireto, que pressupõe uma análise qualitativa das variáveis que influenciam na capacidade de geração de caixa. É importante comentar que um modelo não substitui o outro. O Fluxo de Caixa pelo método direto contempla o universo de curto prazo, portanto operacional. Já o Fluxo de Caixa Indireto atende ao enfoque de longo prazo, assumindo um papel estratégico para o processo de gestão empresarial. Trata-se do instrumento que finaliza o processo de planejamento financeiro.
EXERCÍCIO
Quais as principais diferenças entre o método direto e o método indireto do fluxo de caixa? Escolha um método e cite suas vantagens.
 Método direto :parte da receita obtida ,calcula-se as entradas e as saídas de dinheiro ,definindo-se claramente a fonte e o uso dos recursos .Consiste em classificar os recebimentos e pagamentos de uma empresa utilizando as informações da tesouraria .O acompanhamento do disponível é feito dia a dia ,as entradas e saídas de caixa .Primeiro precisamos entender a demonstração de fluxo de caixa que é só as movimentações de pagamento e recebimento ,o método direto é como estivéssemos dentro do departamento de tesouraria ,ou seja :lá sabemos exatamente o que foi pago e o que foi recebido por dia, exemplo: hoje pagamos fornecedores ,pagamos folha de pagamento ,recolhemos impostos ,fizemos pagamento de uma promissória, todos estes pagamentos na DFC eles são nomeados separadamente ,outra coisa importante é que a DFC ela é elaborada em três fluxos diferentes o operacional o de financiamento e investimento .
Método indireto: Parte do lucro líquido, compara-se os valores das contas patrimoniais para inferirmos se entrou ou saiu dinheiro. Consiste emreconciliar o lucro líquido do exercício apurado contabilmente pelo regime de competência com o caixa líquido do período apurado. Segundo o regime de caixa, o indireto já não tem a informação da tesouraria de forma direta ,então é necessário buscar as informações de fluxo de caixa indiretamente ,ou seja buscar estas informações através da DRE e balanço patrimonial ,porque tudo que passa pelo caixa são as movimentações ,operações que serão contabilizadas ,em ativo ,passivo, patrimônio líquido, despesa e receita. Então na verdade o balanço e a demonstração de resultado, dentro delas tem a movimentação de todo o caixa, com o método indireto precisamos pegar nesta demonstração do fluxo de caixa o lucro líquido e conciliando com as demais conta do balanço.
O método escolhido pelo grupo foi o indireto, a vantagem do emprego do fluxo de caixa indireto, além do custo menor, é a obtenção de informações estratégicas. Por exemplo, a partir dele é possível diagnosticar o impacto das diretrizes de concessão de prazos de pagamento a clientes sobre o caixa operacional ao longo de certo período de tempo. Ou ainda, fazer uma análise combinada entre o resultado bruto, operacional e líquido e entre geração bruta, operacional e líquida de caixa.
ADMINISTRAÇÃO DO DISPONÍVEL
RESUMO
Uma boa administração de caixa em uma empresa traz a lucratividade quando se usa com critério as disponibilidades de caixa e títulos negociáveis, reduzindo o período de cobrança. Caixa e títulos negociáveis são os ativos mais líquidos de uma empresa, estando sempre disponíveis.
Os três motivos para se manter saldo de caixa e quase caixa (títulos negociáveis) são: 
1 – o motivo transação;
2 – o motivo precaução;
3 – o motivo especulação.
Mantém-se um saldo de caixa para satisfazer as necessidades transacionais, enquanto as aplicações em títulos negociáveis provêm um estoque de segurança por precaução na forma de recursos líquidos e, possivelmente, a chance de se lucrar em operações inesperadas como especulação. Estimar as relações de custo-benefício de saldos transacionais não é tarefa fácil, porém os modelos de Baumol e de Miller-Orr podem ajudar os administradores nesse sentido. O modelo de Baumol supõe que a demanda futura de caixa pela empresa (saídas e entradas de caixa), seja conhecida com certeza através do VEC, enquanto o modelo de Miller-Orr incorpora premissas mais realistas à incerteza dos fluxos de caixa, através do ponto de retorno que depende dos tópicos abaixo:
1 – dos custos de conversão;
2 – do custo de oportunidade diário de recursos;
3 – da variação dos fluxos de caixa líquidos diários.
A administração eficiente de caixa é afetada pelo ciclo operacional e de caixa da empresa. Idealmente, os administradores desejam minimizar esses ciclos sem prejudicar a lucratividade. As três estratégias básicas para se alcançar esse objetivo são: 
1 – girar os estoques tão rápido quanto possível;
2 – cobrar as duplicatas a receber no menor tempo possível;
3 – pagar as duplicatas e outras contas o mais tarde possível sem prejudicar a credibilidade da empresa.
 O emprego simultâneo dessas três estratégias deve reduzir o ciclo de caixa da empresa, assim como as necessidades de financiamento, levando ao aumento da lucratividade. Os saldos de caixa e estoques de caixa são influenciados significativamente pelas técnicas de produção e venda.
Algumas estratégias básicas devem ser adotadas na administração do ciclo de caixa:
	1 – girar estoques tão rápido quanto possível;
	2 – cobrar duplicatas a receber o mais cedo possível;
3 – retardar o pagamento das duplicatas sem prejudicar o crédito da empresa e aproveitar quaisquer descontos financeiros oferecidos.
	Essas regras devem ser obedecidas com utilização de mais estratégias.
O termo float refere-se aos fundos já cobrados do devedor, empresas ou indivíduos, mas que ainda não estão à disposição do credor. Tanto o float de cobrança como o float de pagamento têm os seguintes componentes básicos:
1 – float de remessa pelo correio;
2 – float de processamento;
3 – float de compensação de cheques.
O objetivo maior da empresa com respeito ao float é o de minimizar o prazo de recebimento e maximizar o prazo para desembolso, dentro de limites razoáveis. As técnicas mais comuns para acelerar cobranças são: concentração bancária (tempo de compensação de cheques mais rápido), sistema de caixa postal (que disponibiliza eletronicamente o crédito ao cliente), envios diretos (permite o saque imediato do cheque), cheques pré-datados, ordens de crédito, transferências via telex, débitos automáticos em conta. 
As técnicas para retardar pagamentos incluem: 
1 – Desembolso controlado, quando a empresa se informa sobre dificuldades de acesso ao local de pagamento, podendo retardar com isso o saque em conta;
2 – manipulação de float;
3 – Sistemas de saque a descoberto, contas de saldo zero e créditos diretos em conta.
Estabelecer e manter estreitas relações com bancos é crucial para uma efetiva administração de caixa mais complexas no plano externo que no interno. 
Os títulos negociáveis são instrumentos financeiros governamentais e privados, de curto prazo, de alta liquidez e que rendem juros, e ainda permitem que as empresas obtenham ganhos sobre fundos temporariamente ociosos. Para que um título possa ser considerado negociável, é necessário que tenha um mercado líquido, com características de amplitude e profundidade. Além disso, o risco relativo à garantia do principal deve ser muito baixo. Esses títulos propiciam rendimentos relativamente baixos devido ao seu risco reduzido e ao fato de os juros sobre a emissão do Tesouro e a maioria das emissões das entidades federais, serem isentos de impostos estaduais e municipais. 
Outras empresas ou bancos também emitem títulos, como certificados de depósitos bancários, commercial papers, aceites bancários, depósitos de eurodólares, quotas de fundos mútuos e acordo de recompra. Esses títulos têm rendimentos ligeiramente maiores do que os emitidos pelo governo com vencimento similares, devido aos riscos maiores a eles associados e ao fato de serem tributados em todas as esferas de governo, federal, estadual e municipal. 
Administrar o disponível requer tato do profissional.
EXERCICIO
1 – A empresa ADMI deseja elaborar o fluxo de caixa pelo modelo de Baumol onde o recebimento é da ordem de R$ 20.000,00 e ocorre no dia 1 do mês, o custo de operação é de R$ 4,00 e a taxa de juros é da ordem de 2% a.m. Considere o mês com 22 dias úteis.
N= Desembolsos médios diários 
 R$ 909,09 (=20000/22)
A taxa de juros de mercado é de 2% a.m. e cada e cada vez que é feita uma operação, seja de investimento ou de pagamento, a empresa despende $ 4,00 referentes ao custo vinculado a esta operação. 
N=
N=
N=
N
Deste modo, serão feitas sete operações de transferência de recursos sendo que cada um dos resgates no valor de $ 2.857(=$ 20.000/7). 
Administração dos valores a receber
RESUMO
A administração dos valores a receber tem uma grande importância na gestão, pois através dela é possível analisar todos os créditos que a empresa tem de receber proveniente de vendas a prazo. Além disso é possível saber quais clientes fazem os pagamentos em dia, aqueles que estão inadimplentes, além de poder ter uma eficiência maior na parte de cobrança desses clientes. A gestão de contas a receber está diretamente ligada as questões do ambiente econômico que a organização está inserida. Pois se a economia vai mal, consequentemente as vendas também irão, além da probabilidade maior do aumento da inadimplência e até golpes podem ocorrer. Por isso essa gestão tem muita importância, pois ela irá fazer com que a empresa continue sobrevivendo e tendo capacidade de arcar com suas responsabilidades com terceiros.
Se não for bem planejada a gestão de contas a receber pode deixar em risco a sobrevivência do negócio pois ela representa grande parte do ativo da empresa no balanço patrimonial.Essa grande participação nas contas do ativo faz com que as empresas precisem estar preparadas para enfrentar qualquer aumento da inadimplência, que afetará o caixa das empresas. Todos os valores que estão no contas a receber tem sua importância pois representam todos os esforços das empresas para produzir um serviço ou produto, sua distribuição, vendas, relacionamento com clientes etc.
Uma correta gestão de contas a receber pode fazer com que a empresa não venha a ter inadimplência por problemas com seu fluxo de caixa, tendo que necessitar de capital de terceiros. O controle deve ser feito de forma constante verificando duplicatas a receber em atraso, analisando a situação de cada cliente. Através de um eficiente controle de contas a receber é possível analisar quais são os clientes que estão com seus pagamentos em dia, os clientes inadimplentes e as duplicatas a vencer. Mas todo o processo de contas a receber se inicia com uma boa analise da concessão de crédito a clientes, esse fator determinará o índice de inadimplência da empresa. A figura 1 mostra o processo de controle de contas a receber.
Os controles internos de contas a receber apresentam importância fundamental para a administração dos valores a receber de uma empresa, pois quando existe controle interno eficiente das contas a receber, os clientes e a empresa protegem seus ativos contra prováveis perdas que poderão decorrer de vendas e garantem, dessa forma, a eficiência de suas operações.
 Figura 1: processo de controle de contas a receber
Podemos citar algumas operações que se classificam como contas a receber:
• vendas a prazo
• adiantamentos (férias, viagens, 13º salário) e empréstimos a empregados, administradores, acionistas e empresas controladas e coligadas; 
• impostos a recuperar (ICMS e IPI); 
• depósitos compulsórios; 
• bancos conta vinculada; 
• sinistros a receber; 
• contas retificadoras (provisão para devedores duvidosos, duplicatas descontadas). As vendas a prazo têm seu recebimento efetivado quando da compensação de cheques-pré-datados do cliente, quando do pagamento de duplicata, boleto ou carnê, ou ainda quando do pagamento “em carteira” ou através de outra modalidade de cobrança menos usual. São as vendas a prazo que dão origem à contabilização do setor de contas a receber da empresa. 
Existem várias formas de controles internos acerca do conceito de contas a receber, e estes controles variam conforme o tipo de empresa, de acordo com o volume de atividades e do uso adequado dos controles para obtenção de informações gerenciais. Sá (1998) comenta que, para uma empresa apresentar um bom controle das duplicatas a receber e das vendas a prazo, esta precisa ter: um cadastro devidamente organizado para avaliação do crédito; deve possuir uma seção de crédito para que sejam feitas autorizações; serviço de faturamento que controle a exatidão dos cálculos e contagens físicas; um serviço de cobrança organizado; carteira de títulos vencidos e não vencidos; e um serviço de razão analítico de clientes e envio de extratos de contas aos clientes.
EXERCÍCIO
A Parker Tool está pensando em ampliar seu prazo de crédito de 30 para 60 dias. Todos os clientes continuarão a pagar na data final do prazo. A empresa atualmente fatura vendas de $ 450.000 e seus custos variáveis totais são de $ 345.000. Espera-se que a alteração do prazo de crédito aumente as vendas para $ 510.000. As perdas com clientes subirão de 1% para 1,5% das vendas. A taxa exigida de retorno da empresa é igual 
Dados:
Prazo de crédito: 30 > 60 dias
Pagamento na data final do prazo >PMR
Vendas: $450.000 >$510.000
Custos variáveis totais: $ 345.000
Perdas com clientes: 1% >1,5% das vendas
Taxa exigida de retorno da empresa: 20%
a. Qual será a contribuição das vendas adicionais ao lucro em decorrência da mudança proposta?
Contribuição de vendas adicionais ao lucro
$450.000 - $345.000 = $105.000 
b. Qual é o custo do investimento marginal em contas a receber?
Como:
Custos variáveis totais atuais = $ 345.000
Vendas atuais: $450.000 
Vendas propostas: $510.000
Aplicando-se uma regra de três:
450.000 – 345.000
510.000 – X
Tem-se que X= $391.000, tal que:
Custos variáveis totais propostos = $391.000
Custo do investimento marginal em contas a receber
Investimento médio de acordo com o plano proposto:
$391.000/6 = $65.166
Investimento médio de acordo com o plano atual:
$345.000/12 = $28.750
Investimento marginal em contas a receber:
$65.166 - $28.750 = $36.416
Custo do investimento marginal em contas a receber:
$36.416 x 0,2 = $7283,2
c. Qual é o custo das perdas marginais com clientes?
Custo das perdas marginais com clientes
Perdas com clientes de acordo com o plano proposto:
0,015 x $510.000 = $7.650
Perdas com clientes de acordo com o plano atual:
0,01 x $450.000 = $4.500
Custo de perdas marginais com clientes:
$7.650 - $4.500 = $3.150
d. Você recomenda a mudança do prazo de crédito? Explique a sua resposta.
Contribuição de vendas adicionais ao lucro = $105.000
Perdas = ($3.150)
CIMCR = $7.283,2
Resultado = $109.133,2
Dessa forma, recomenda-se a mudança no prazo do crédito, pois após a análise podemos observar que o resultado encontrado é positivo para a organização.
Referências Bibliográficas 
LIZOT, Márcia. A Administração do fluxo de caixa para a Administração Financeira. Disponível em: <https://www.contabeis.com.br/artigos/17/a-importancia-do-fluxo-de-caixa-para-a-administracao-financeira/> acessado em 20 de novembro de 2020. 
ASSAF NETO, Alexandre; SILVA, César Augusto Tibúrcio. Administração do Capital de Giro. São Paulo: Atlas, 2002. 
GITMAN, Lawrence. Administração Financeira. São Paulo: Harbra, 1997.
CENDRON, Giani; JUNIOR, William Eid. Administração de Caixa: Análise de Modelos para quantificação de Caixa. Disponível em: < https://proxy.furb.br/ojs/index.php/rn/article/view/380 > acessado em 20 de novembro de 2020.
SERRÃO, Carlos Alberto. Uma análise de gestão de contas a receber: estudo de caso para a indústria de confecção Triumph, 2001. Disponível em: https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/4055/000305297.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 21 de nov. 2020.
SILVA, Karin Fabiane. Análise de controle interno: estudo de caso no contas a pagar e receber das empresas visaluz e escola shekinah, 2013. Disponível em: http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/1007/1/PB_EGCF_VIII_2013_13.pdf. Acesso em: 21 de nov. 2020.
ULIANO, Andressa campos. Controle interno de contas a receber: um estudo de caso em uma empresa comercial de pequeno porte, 2007. Disponível em: http://tcc.bu.ufsc.br/Contabeis293895.pdf. Acesso em 21 de nov. 2020.
Suzete Antonieta Lizote; Mayara Cristina Angioletti; Luna Zimmermann. Controle interno no contas a pagar e a receber e seu relacionamento com o desempenho organizacional. Disponível em: https://siaiap32.univali.br/seer/index.php/cccg/article/download/8224/4615. Acesso em: 21 de nov. 2020.
VIEIRA, Jessica Natália. Gerenciamento do processo de contas a receber de um hotel em Uberlândia pertencente a uma grande rede hoteleira. Disponível em: http://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/28070/1/GerenciamentoProcessoContas.pdf. Acesso em: 21 de nov. 2020. 
GUIMARÃES, José de Oliveira. O fluxo de caixa pelo método indireto como um instrumento gerencial para a avaliação qualitativa da capacidade de geração de caixa, 2002.
SERRÃO, Carlos Alberto. Uma análise de gestão de contas a receber: Estudo de caso para a indústria de confecção Triumph, 2001
SPADIN, Carlos Eduardo. A importância da demonstração dos fluxos de caixa enquanto instrumento gerencial para a tomada de decisão. Revista de Ciências Gerenciais; vol.XII, nº14, Ano 2008
Walther Bottaro Castro; Elisete Garcia Grande; Virginia Prestes Bernardes De Camillo. Método direto e indireto na demonstração de fluxo de caixa: um estudo sobre a preferência das empresas brasileiras. Revista Liceu On-line; São Paulo; v.5; nº2; p.19-29; jul/dez.2015.
BARBIERI, Geraldo. Lucro inflacionário e fluxo de caixa. Cad. Estud. Nº13; São Paulo; jan/jun1996.
TREASY, site. Fluxo de caixa indireto: o que é, como fazer e vantagens para a empresa. https://www.treasy.com.br/?s=fluxo+de+caixa+direto+e+indireta.

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