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Ação popular COM PEDIDO DE LIMINAR INAUDITA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ, DA JUSTIÇA ESTADUAL DE PRIMEIRO GRAU DO ESTADO BETA
	CARLOS, brasileiro nato no pleno gozo dos direitos políticos, estado civil ..., profissão ..., residente e domiciliado na Rua/Av.XX n° ..., Bairro ..., município Alfa, Estado BETA, por seu advogado infra-assinado, conforme procuração em anexa (doc. 01), onde informa o endereço que recebe citações, intimações, e demais documentos de praxe, vem perante Vossa Excelência amparado no Art.5,LXXIII,CF. Combinado com o Artigo 1° da Lei 4.717/65,propor
AÇÃO POPULAR COM PEDIDO DE LIMINAR INAUDITA ALTERA PARTE
Em face do MUNICÍPIO ALFA, entidade civil de direito público, situada na RUA/Avenida ..., n° ...Município Alfa do Estado BETA, representado pelo Prefeito Municipal, Fulano de tal, nacionalidade ..., estado civil ..., profissão ..., Portador do RG n° ..., devidamente inscrito no CPF n° ..., residente e domiciliado na Rua/av. ..., Bairro ..., Cidade ...., Estado ... e também poderá ser encontrado no prédio sede da Prefeitura do MUNICÍPIO ALFA, no Gabinete do Prefeito, Sala ..., mediante as razões de fato e de direito que passa a expor.
I - DOS FATOS
Em xx de xxx do ano de xxxx, em matéria jornalística amplamente divulgada pela mídia, o Prefeito do Município Alfa situado no estado Beta, é acusado pela imprensa local a negligenciar a saúde pública, deixando de realizar investimentos constitucionais obrigatórios nos estabelecimentos médico-hospitalares situados na região. 
Com o intuito de tirar proveito para se autopromover, o prefeito elabora a seguinte estratégia: após obter expressa aprovação do Secretário Municipal do Meio Ambiente, em procedimento administrativo formalmente instaurado, ás custas do erário e sob o subterfúgio de publicidade institucional, providencia a instalação de um grande painel de publicidade (outdoor) na encosta de um dos morros da cidade, o que era vedado pela legislação ambiental federal. Trata-se a área de preservação ambiental e notório ponto turístico, tendo ampla visibilidade. No outdoor são elencadas todas as ações e investimentos da prefeitura relacionados à área da saúde durante a gestão do atual prefeito. 
Logo após a conclusão da obra, ambientalistas filiados a uma Organização Não Governamental (ONG) de proteção ao meio ambiente compareceram ao local e detectaram, dentre outras consequências prejudiciais, que a iluminação usada no outdoor durante o período noturno traria resultados nocivos à biodiversidade, ameaçando a sobrevivência de espécies animais notívagas da região. Essa nocividade se tornaria irreversível caso a iluminação viesse a ser utilizada por algumas semanas.
II – DO DIREITO
2.1. Da Legitimidade Ativa
	O autor, maior de idade, brasileiro nato no pleno gozo de seus direitos políticos, regular com a Justiça Eleitoral (doc.02), morador do MUNICÍPIO ALFA, tem direito ao ajuizamento de AÇÃO POPULAR, que se substancia num instituto legal de Democracia, com fulcro no Art. 5º, LXXIII da CF.
2.2. Da Legitimidade Passiva
	
A Ação Popular é o instrumento jurídico hábil para acionar o Poder Judiciário, dentro do Estado Democrático de Direito a participar ativamente da gestão pública, fiscalizando e atacando os atos lesivos ao Patrimônio Público com a condenação dos agentes responsáveis, assim garante o Art. 5º, LXXIII da CFB.
	Vê-se, portanto, que todos os pressupostos de admissibilidade da Ação Popular estão presentes nesta Ação, quais sejam: condição de eleitor, ilegalidade e lesiva idade, o que assevera o cabimento da propositura da Ação Popular, por conter ato ilegal e lesivo ao patrimônio público, em conformidade com a Lei 4.717/65.
2.4. Do ato lesivo ao Patrimônio Público
	
No caso em foco, os atos ora praticados pelo Sr. Prefeito, violaram uma série de dispositivos legais, a exemplo do artigo 5º, inciso LXXIII, como também princípios norteadores da administração pública,
Nesse óbice é de notório conhecimento dos moradores do Município Alfa que o prefeito se utilizou de recursos do governo, para se autopromover (documentos em anexo).
2.5. DO DESVIO DE FINALIDADE E DE PODER
	Óbvio está o desvio de finalidade, quando explicitamente se percebe o favorecimento em torno de formar uma imagem positiva de si mesmo, desviando recursos do erário para proveito próprio.
Outrossim, a Lei da Ação Popular já consignou o desvio de finalidade como vício nulificador do ato administrativo lesivo do patrimônio público e o considera caracterizado quando o agente pratica ato visando fim diverso do previsto, explicita ou implicitamente.
III – PEDIDO DE LIMINAR INAUDITA ALTERA PARTE
A utilização de outdoor em área de preservação ambiental trará danos irreparáveis ao meio ambiente, comprometendo a biodiversidade e, consequentemente toda a sociedade. Para tanto, faz-se necessário que o Poder Judiciário aja com celeridade retirando o outdoor da área de preservação.
Destarte, presentes os requisitos do fumus bonis júris e do periculum in mora, o autor requer que seja CONCEDIDA A LIMINAR, determinando a Prefeitura Municipal que retire o outdoor da área de preservação ambiental.
IV – DOS PEDIDOS
	
A Lei 4.717/65 reguladora da Ação Popular vislumbra o periculum in mora da prestação jurisdicional e em boa oportunidade no comando do seu art. 5º § 4º preconiza “na defesa do patrimônio público caberá à suspensão liminar do ato lesivo impugnado”.
Diante dos fatos o autor requer:
4.1. Que seja deferida a liminar, tendo em vista o preenchimento dos requisitos para o deferimento;
4.2. Seja JULGADA PROCEDENTE A AÇÃO, acolhendo os pedidos do suplicante para determinar definitivamente a retirada do outdoor e, consequentemente todos os atos advindos do prefeito, evitando assim grave lesão ao Patrimônio Público, corrigindo a ilegalidade do ato;
4.3. Sejam os réus condenados a pagarem as custas processuais e demais despesas judiciais e extrajudiciais, bem como o ônus da sucumbência;
4.4. Sejam citados os réus, para querendo, contestarem, no prazo legal, assistidos se quiserem pela Procuradoria do Município;
4.5. Produção de provas documental, testemunhal, pericial, e, especialmente, o depoimento pessoal dos demandados por quem de direito;
4.6. O indispensável parecer do Ministério Público.
V – DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$...
Nestes Termos,
Pede Deferimento
Alfa/Beta, XX de XXXXXX de XXXX.
Advogado - OAB/UF

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