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Evolução do Sistema de Saúde no Brasil

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Histórico: 
CAPs (1923 – 1933): caixas de aposentadoria e pensões 
(CAPs), instituídas pela Lei Elói Chaves em 1923, cujo artigo 9º, 
parágrafo 1º, estabelecia o direito dos contribuintes “a socorros 
médicos em caso de doença em sua pessoa ou pessoa de sua família” 
BIPARTITE: EMPREGADOS E EMPREGADORES; 
Tal processo de expansão culminou com a promulgação da Lei Orgânica 
da Previdência Social (LOPS), em 1960, que promoveu a uniformização 
dos benefícios, ou seja, padronizou o cardápio de serviços de saúde a 
que todos os segurados teriam direito, independentemente do instituto 
a que estivessem filiados. 
IAPs (1933 – 1966): Presidente Getúlio Vargas deveria 
oferecer assistência médica a população; 
Medicina baseada em prevenção (europeia) x flexiniana (construção de 
hospital para curar a doença) 
Não tinha dinheiro suficiente Vargas determina para construir 
hospitais somente para os que forneciam dinheiro: 
Comerciários; marítimos, bancários, industriários, (Junta as CAPS com 
o dinheiro do governo) 
TRIPARTITE: Empregados, empregadores e governo; 
EXCLUDÊNCIA GRANDE PROBLEMA: Muitos trabalhadores de 
setores informais como rurais, acabam por não pertecer a nenhuma 
categoria profissional, sendo descobertos pelos IAPS e pela estrutura 
remanescente dos CAPS 
INPS (1966): A criação do Instituto Nacional de Previdência Social 
(INPS), em 1966, pelo governo militar, unificando todas as instituições 
previdenciárias setoriais 
Fraudes com o dinheiro do INPS com obras faraônicas Falência 
INAMPS (1977): deu-se num contexto de aguçamento de 
contradições do sistema previdenciário, cada vez mais pressionado pela 
crescente ampliação da cobertura e pelas dificuldades de reduzir os 
custos da atenção médica, em face do modelo privatista e curativo 
vigente. 
 
O INAMPS entrou, então, na década de 1980, vivendo o agravamento 
da crise financeira e tendo de equacioná-la não simplesmente como o 
gestor da assistência médica aos segurados da previdência, mas cada 
vez mais como o responsável pela assistência médica individual ao 
conjunto da população. Ou seja, a crise deveria ser enfrentada num 
contexto não apenas de extensão de benefícios a alguns setores, mas 
de universalização progressiva do direito à saúde e do acesso aos 
serviços. 
Em 7 de março de 1990, na última semana do governo Sarney, o 
INAMPS foi finalmente transferido do Ministério da Previdência e 
Assistência Social para o Ministério da Saúde, através do Decreto nº 
99.060. A partir daí, a presidência da autarquia passou a ser exercida 
pelo secretário de Assistência à Saúde do Ministério da Saúde, numa 
progressiva diluição de sua identidade institucional. O processo de 
formatação e operacionalização do SUS nos estados e municípios, 
através das normas operacionais básicas de 1991 e de 1993, que 
formalizaram a transferência da gestão da saúde a essas esferas 
governamentais, tem nas comissões intergestoras tri e bipartites o 
espaço institucional de distribuição pactuada de recursos e atribuições 
entre os níveis federal, estadual e municipal. 
A extinção legal do INAMPS, ocorrida em julho de 1993, deu-se de 
forma quase natural, como consequência de seu desaparecimento 
orgânico e funcional no emergente Sistema Único de Saúde. 
SUS: 
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: 
Formado por um conjunto de ações e serviços de saúde pelo setor 
público: o setor privado age de maneira complementar, há promoção e 
prevenção e uma nova compreensão da saúde. 
Universalidade: Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do 
estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem 
redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal 
e igualitário as ações e serviços para sua promoção, proteção e 
recuperação (Brasil, 1988: 63) 
 
Integralidade assegura a prioridade das ações e dos serviços de 
saúde para quem tem mais necessidade (os cidadãos vivem em 
situações peculiares em relação à geografia e questões 
socioeconômicas, fatores que exigem adaptação do atendimento às 
necessidades daquele grupo)! 
Equidade o cidadão deve ser atendido em sua integralidade — 
prevenção, promoção e recuperação da saúde (o sistema deve 
amparar os pacientes em todos os aspectos - físicos, psíquicos e 
espirituais, em todos os ciclos de vida e em todos os níveis de 
assistência) 
Descentralização: redistribuição das responsabilidades entre os 
esferas de governo (municipalização do governo) 
Regionalização: delimitação de uma base territorial para 
organização das ações de saúde. 
Hierarquização: organizadas em níveis de complexidade 
tecnológica — primária, secundária e terciária 
Participação da comunidade: A lei 8.142, de 1990, 
regulamenta as instâncias de participação da comunidade no SUS, 
formalizando e institucionalizando-as como dispositivos permanentes de 
formulação e acompanhamento das políticas no interior do sistema. O 
SUS possui instâncias colegiadas de participação popular em cada 
esfera de governo. São elas: Os conselhos de saúde; As conferências 
de saúde 
A base legal do SUS é constituída fundamentalmente por três 
documentos que expressam os elementos básicos que estruturam e 
organizam o sistema de saúde brasileiro. São eles: 
1. A Constituição Federal de 1988, na qual a saúde É um dos 
setores que estruturam a seguridade social, ao lado da 
previdência e da assistência social (Brasil, 1988). 
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido 
mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco 
de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às 
ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, 
cabendo ao poder público dispor, nos termos da lei, sobre sua 
regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser 
feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa 
física ou jurídica de direito privado. 
Art. 198. (*) As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede 
regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, 
organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 
I. Descentralização, com direção única em cada esfera de 
governo; 
II. Atendimento integral, com prioridade para as atividades 
preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; 
III. Participação da comunidade. 
Parágrafo único. O Sistema Único de Saúde será financiado, nos termos 
do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras 
fontes. (*) Emenda Constitucional nº 29, de 2000. 
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 
§ 1º. As instituições privadas poderão participar de forma 
complementar do Sistema Único de Saúde, segundo diretrizes deste, 
mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as 
entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. 
§ 2º. É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou 
subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. 
§ 3º. É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais 
estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos 
em lei. 
§ 4º. A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a 
remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de 
transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, 
processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo 
vedado todo tipo de comercialização. 
Art. 200. Ao Sistema Único de Saúde compete, além de outras 
atribuições, nos termos da lei: 
I. Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e 
substâncias de interesse para a saúde e participar da 
produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, 
hemoderivados e outros insumos; 
II. Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, 
bem como as de saúde do trabalhador; 
III. Ordenar a formação de recursos humanos na área de 
saúde; 
IV. Participar da formulação da políticae da execução das ações 
de saneamento básico; 
V. Incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento 
científico e tecnológico; 
VI. Fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle 
de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para 
consumo humano; 
VII. Participar do controle e fiscalização da produção, 
transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos 
psicoativos, tóxicos e radioativos; 
VIII. Colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido 
o do trabalho. 
 
2. A lei 8.080, de 19 de setembro de 1990, também conhecida 
como a Lei Orgânica da Saúde e que dispõe principalmente 
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e 
recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos 
serviços correspondentes e dá outras providências 
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação 
da saúde. Também das condições para organização e funcionamento 
dos serviços correspondentes. 
Organização, direção e gestão do SUS - Das competências e atribuições 
das três esferas de governo! 
Do funcionamento e da participação complementar dos serviços 
privados de assistência à saúde 
Da política de recursos humanos 
Dos recursos financeiros, da gestão financeira, do planejamento e do 
orçamento. 
Objetivos do SUS: A identificação e divulgação dos fatores 
condicionantes e determinantes da saúde 
A formulação de política de saúde destinada a promover nos campos 
econômicos e social que visem a redução dos riscos de doenças e 
outros agravos! 
A assistência às pessoas de promoção, proteção e recuperação 
 Realização integrada das áreas assistenciais e preventivas. 
3. A lei 8.142, de 28 de dezembro de 1990, que estabelece o 
formato da participação da comunidade no SUS e dispõe 
sobre as transferências intergovernamentais de recursos 
financeiros na área da saúde (Brasil, 1990b). 
Art. 1°. O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n° 8.080, 
de 19 de setembro de 1990, contará, em cada esfera de governo, 
sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as seguintes 
instâncias colegiadas: 
I - a Conferência de Saúde; e 
II - o Conselho de Saúde. 
§ 1°. A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a 
representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação 
de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de 
saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo 
ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde. 
§ 2°. O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, 
órgão colegiado composto por representantes do governo, 
prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na 
formulação de estratégias e no controle da execução da política de 
saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos 
econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo 
chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo. 
§ 3°. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o 
Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) 
terão representação no Conselho Nacional de Saúde. 
§ 4°. A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e 
Conferências será paritária em relação ao conjunto dos demais 
segmentos. 
§ 5°. As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua 
organização e normas de funcionamento definidas em regimento 
próprio, aprovadas pelo respectivo conselho. 
Art. 2°. Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão alocados 
como: 
I. Despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, 
seus órgãos e entidades, da administração direta e indireta; 
II. Investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa 
do Poder Legislativo e aprovados pelo Congresso Nacional; 
III. Investimentos previstos no Plano Qüinqüenal do Ministério 
da Saúde; 
IV. Cobertura das ações e serviços de saúde a serem 
implementados pelos Municípios, Estados e Distrito Federal. 
38 legislação estruturante do sus 
Parágrafo único. Os recursos referidos no inciso IV deste artigo 
destinar-se-ão a investimentos na rede de serviços, à cobertura 
assistencial ambulatorial e hospitalar e às demais ações de saúde. 
Art. 3°. Os recursos referidos no inciso IV do art. 2° desta lei serão 
repassados de forma regular e automática para os Municípios, 
Estados e Distrito Federal, de acordo com os critérios previstos no 
art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990. 
§ 1°. Enquanto não for regulamentada a aplicação dos critérios 
previstos no art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, 
será utilizado, para o repasse de recursos, exclusivamente o critério 
estabelecido no § 1° do mesmo artigo. 
§ 2°. Os recursos referidos neste artigo serão destinados, pelo 
menos setenta por cento, aos Municípios, afetando-se o restante 
aos Estados. 
§ 3°. Os Municípios poderão estabelecer consórcio para execução de 
ações e serviços de saúde, remanejando, entre si, parcelas de 
recursos previstos no inciso IV do art. 2° desta lei. 
Art. 4°. Para receberem os recursos de que trata o art. 3° desta lei, 
os Municípios, os Estados e o Distrito Federal deverão contar com: 
I. Fundo de Saúde; 
II. Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo 
com o Decreto n° 99.438, de 7 de agosto de 1990; 
III. Plano de saúde; 
IV. Relatórios de gestão que permitam o controle de que trata 
o § 4° do art. 33 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 
1990; 
V. Contrapartida de recursos para a saúde no respectivo 
orçamento; 
VI. Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e 
Salários (PCCS), previsto o prazo de dois anos para sua 
implantação. 
Parágrafo único. O não atendimento pelos Municípios, ou pelos 
Estados, ou pelo Distrito Federal, dos requisitos estabelecidos neste 
artigo, implicará em que os recursos concernentes sejam 
administrados, respectivamente, pelos Estados ou pela União. 
Art. 5°. É o Ministério da Saúde, mediante portaria do Ministro de 
Estado, autorizado a estabelecer condições para aplicação desta lei. 
Art. 6°. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Art. 7°. Revogam-se as disposições em contrário.

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