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PROJETO INTEGRADOR II - EJA

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CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE Pedagogia
PROJETO INTEGRADOR ii
EDUCAÇÃO JOVENS E ADULTO (EJA)
Cidade
2020
nome
EDUCAÇÃO JOVENS E ADULTOS
Projeto de Pesquisa apresentado à Anhanguera, como requisito parcial para o aproveitamento da disciplina Projeto Integrador II.
Tutor a Distância: Janilce Maria Gomes Muniz
Cidade
2020
0
INTRODUÇÃO
O projeto integrador II tem como objetivo abordar a relevância da modalidade de ensino Educação de Jovens e Adultos (EJA), no sentido de propor formação de professores que atendam essa modalidade de ensino de maneira precisa e cumpra com os objetivos de alfabetização e formação do aluno que não teve a oportunidade de inserir no meio escolar. 
No entanto, essa etapa de construção do trabalho é imprescindível para formação docente, possibilitando a atuação enquanto processo de ensino e aprendizagem. Dessa maneira, desempenhou-se uma função de pesquisadora para construir o percurso no conhecimento cientifico a respeito da modalidade da Educação de Jovens e Adultos. 
 Justifica-se a necessidade de compreender a contextualização dessa modalidade de ensino, onde irá promover ao indivíduo que teve seu processo de escolarização perdida, pois, a educação é um direito de todos, e cabe ao Estado, família e sociedade em garantir o acesso ao ensino de qualidade para sua formação e inserção no mercado de trabalho, bem como ser reconhecido como cidadão. Porém, a condição determinante na vida do indivíduo faz com que ele escolha entre escola e sobrevivência, na qual é um dos motivos que fazem abandonar o contexto escolar. 
	Considerando a modalidade de ensino como resgate daqueles que tiveram que abandonar os estudos, o presente projeto tem como objetivo geral analisar a modalidade de ensino da EJA como relevância no processo de formação de pessoas E, os objetivos específicos são: contextualizar os aspectos históricos que garantam a existência do EJA; descrever o perfil do aluno da EJA; apresentar o papel do profissional da educação diante a prática educativa na alfabetização de jovens e adultos. 
Conclui-se que o trabalho foi relevante para compreende a modalidade de ensino da EJA, bem como constatar a importância de garantir a todos e resgatar o ensino para aqueles que tiveram seus direitos interrompidos no sentido de promover uma educação de qualidade e formação de seres humanos para atuar na sociedade e no mercado de trabalho. 
JUSTIFICATIVA
	A EJA é uma modalidade que tem como tentativa de resolver os problemas das pessoas que não tiveram o acesso à educação na idade adequada em que está prevista Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96 (LDBEN). No entanto, o entendimento diante essa modalidade, é uma maneira de resgatar os seus direitos para contribuir na sua formação escolar. 
	Além disso, está definido na Constituição Federal de 1988, em que a educação é um direito de todos e dever do Estado, família e sociedade contribuir para o desenvolvimento do indivíduo para o exercício da cidadania e inserção no mercado de trabalho. Essa definição consta também na LDBEN, visto em sua concordância, prevê a EJA em garantia do ensino para aqueles que não tiveram acesso à educação por conta do abandono da escola:
A educação se constitui como um direito de todos, bem como deve ser constituído o acesso a contextos que prepare o estudante para o exercício da cidadania e lhe qualifique para o trabalho. O Artigo 205 da Constituição Federal estabelece que a educação deve ser assegurada pelo Estado e precisa assegurar o preparo da pessoa para o exercício da cidadania e para a qualificação para o trabalho, sem, contudo, deixar de levar em consideração a vivência e toda a realidade em que o educando está inserido, ou seja, costumes, valores e experiências acumuladas ao longo de suas vidas (CAMPOS; SILVA; LUZ, 2020, p.47096).
	Diante disso, os autores apontam que muitos não sabem que é um direito a garantia de ensino na idade regular. Sendo assim, destacam-se que o retorno ao contexto escolar não é somente retomada da vida escolar ou melhoria no campo profissional, é uma modalidade que visa atender todas as esferas da educação, correspondendo qualquer nível de ensino, onde promoverá aos alunos do EJA um papel de protagonista no espaço social. 
	Dessa maneira, a abordagem desse tema é relevante para o processo de formação do professor, na qual possui um papel importante de garantir para aqueles que não tiveram o acesso ao ensino, uma aprendizagem de qualidade, na qual promove um ambiente escolar significativo e de esperança para integrar melhor na sociedade. Diante essa perspectiva é preciso compreender o contexto da EJA para que a mesma se torne uma ação que contribui para aprendizagem e qualificação do indivíduo.
PROBLEMA 
	A educação é um direito do indivíduo sendo o dever do Estado, um ensino público e gratuito em três fases: pré-escola, ensino fundamental e ensino médio. Pois, ainda é presente o abandono da vida escolar por diversos motivos, na qual um deles é buscar renda para contribuir na sobrevivência da família. 
O espaço da educação nas sociedades representa ao mesmo tempo igualdade e diferenças entre direitos e deveres dos cidadãos. Esse duelo é bastante comum no cenário da EJA, em que o direito à escolaridade se conflita entre a obrigação de prover o sustento à família, observado nos dados deste estudo. As vozes dos participantes que aqui ecoam revelam as razões que lhes obrigaram a deixar a escola e optar por “sobreviver” (CAMPOS; SILVA; LUZ, 2020, p.47099).
		Quando retornam para sala de aula de maneira tardia, percebe-se um desafio, em meios de expectativa por condições de vida melhores, principalmente no mercado de trabalho. Para tanto, cabe os profissionais da educação e defensores dessa modalidade, promover o apoio necessários para o acesso a aprendizagem e reconstrução da vida dos indivíduos que fazem parte de uma sociedade. Contudo, é preciso refletir na integração do aluno da EJA, como sujeito na sua totalidade como ser humano.
	Além disso, é preciso destacar que os professores do EJA trabalham de maneira tradicional com seus alunos, com aulas expositivas, o professor detentor do saber, aulas mecânicas e repetitivas. Com diz a teoria de Paulo Freire, é uma educação caracterizada como bancária, onde o professor transmite os saberes, e os alunos são depósitos de conhecimento. Nesse sentido, Cunha e Leão (2019) destacam o esforço pela mudança, na qual Paulo Freire liderou um movimento onde busca a alfabetização de adultos e educação popular com um processo educativo de conscientizar os indivíduos a participar na sociedade, adotando o senso crítico. 
	Dessa forma, repensar na problemática que traz a modalidade da EJA, é preciso conhecer as Leis e implicações para integração das pessoas que tiveram seu direito interrompidos. Nesse sentido, é preciso compreender as mudanças que ocorrem na sociedade e possibilitar aos alunos que estão nessa modalidade de ensino, uma alfabetização de qualidade e que lhe possibilitem sair das condições de excluídos. 
OBJETIVOS
Objetivo Geral:
Analisar a modalidade de ensino da EJA como relevância no processo de formação de pessoas
Objetivo Específico
· Contextualizar os aspectos históricos que garantam a existência da EJA;
· Descrever o perfil do aluno EJA;
· Apresentar o papel do professor diante a prática educativa na Alfabetização de jovens e adultos
METODOLOGIA
	A metodologia adota para a pesquisa selecionada, corresponde a um conjunto de ações e procedimentos definidos a fim de encontrar respostas no que diz a respeito da modalidade da modalidade de ensino da EJA. Para tanto, para buscar soluções da problemática, para atribuir o significado e relevância para essa modalidade de ensino, segue-se diante a concepção de Gil (2002, p. 17): “desenvolve-se ao longo de um processo que envolve inúmeras fases, desde a adequada formulação do problema até a satisfatória apresentação dos resultados”.
No entanto,
diante as hipóteses dadas conforme a temática apresentada, a pesquisa é bibliográfica, natureza qualitativa. De acordo com as pesquisas, a pesquisa qualitativa permite uma compreensão da interpretação do fenômeno, significado e práticas. 
Portanto, numa pesquisa de cunho qualitativo, a interpretação do pesquisador apresenta uma importância fundamental. Afinal, não se trata apenas de um conjunto de informações fechadas cujo valor numérico é o único aspecto a ser levado em consideração, devido à própria natureza do fenômeno investigado (MENEZES et. al, 2019, p.29)
	Seguindo nessa perspectiva, a coleta de dados será realizada como forma de fichamentos de pesquisas que já foram realizadas, considerando os últimos 5 (cinco) anos. São artigos de revista, trabalhos de conclusão de curso, entre outros que abordam sobre a temática da EJA, e que correspondem a problemática apresentada e cumpram com os objetivos. 
Dessa maneira é de cunho exploratório, pois auxilia na compreensão no conhecimento sobre a temática apresentada, na qual seus resultados podem levar para outras pesquisas e novas abordagens. O material bibliográfico será encontrado por meio de busca online, pesquisas e estudos disponíveis no Google Acadêmico, onde foi selecionado materiais de estudos publicados recentemente, em busca de uma compreensão atual. Dessa maneira, foi selecionado pesquisas bibliográficas considerado pertinente ao estudo, conforme os objetivos, contribuindo para uma pesquisa efetiva. 
CRONOGRAMA 
	Atividades
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	Set
	Out
	Nov
	1. Observar orientações
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	2. Pesquisa bibliográfica
	
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	4. Análise do material
coletado
	
	
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	5. Redação do artigo
	
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	6. Finalização do artigo
	
	
	
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	7. Postagem do artigo
	
	
	
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REFERÊNCIAS
CAMPOS, Ana Karen Alves.; SILVA, Suelene Vaz.; LUZ, Rosangela Medeiros. Educação de jovens e adultos: (trans) formando vida e formação profissional. Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 7, p.47094-47105, jul. 2020.
CUNHA, Ângela Soares da. LEÃO, Marcelo Franco. Ações para promover alfabetização científica na educação de jovens e adultos. EDUCA Revista Multidisciplinar em Educação, Porto Velho, v. 6, n. 13, p. 44-61, jan/mar, 2019
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.
MENEZES, Afonso Henrique Novaes. DUARTE, Francisco Ricardo. CARVALHO, Luis Osete, SOUZA, Tito Eugênio Santos. Metodologia científica: teoria e aplicação na educação a distância. Petrolina-PE, 2019. 83p. Livro Disponível em: https://portais.univasf.edu.br/noticias/univasf-publica-livro-digital-sobre-metodologia-cientifica-voltada-para-educacao-a-distancia/livro-de-metodologia-cientifica.pdf/view Acesso em: 07 de novembro 2020.
caroline dos santos
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE Pedagogia
EDUCAÇÃO JOVENS E ADULTOS
Jundiaí - SP
2020
caroline dos santos
EDUCAÇÃO JOVENS E ADULTOS
Artigo Científico apresentado à Anhanguera, como requisito parcial para o aproveitamento da disciplina Projeto Integrador II.
Tutor a Distância: Janilce Maria Gomes Muniz
Jundiaí - SP
2020
RESUMO
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino que muito se discutem em pesquisa sobre a prática docente e atendimento para o público que tiveram seu direito interrompido de estudar e concluir seu processo de escolarização por diversos motivos pessoais. No entanto é um desafio para os docentes e alunos no contexto escolar, onde há uma prática educativa que concretize sua formação e inserção na sociedade de maneira digna. Dessa maneira, é preciso repensar e refletir na prática do professor diante o atendimento dos alunos do EJA. Nesse sentido, o presente artigo tem como objetivo geral analisar a modalidade de ensino da EJA como relevância no processo de formação de pessoas E, os objetivos específicos são: contextualizar os aspectos históricos que garantam a existência do EJA; descrever o perfil do aluno da EJA; apresentar o papel do profissional da educação diante a prática educativa na alfabetização de jovens e adultos. Para tanto, diante a metodologia adotada, bibliográfica, de natureza qualitativa e cunho descritiva, está fundamentada em conceitos e abordagens teóricas de artigos e pesquisas que foram publicados recentemente para alcançar os objetivos de aprendizagem e compreensão diante a temática apresentada. Contudo, o docente que atende essa modalidade possui um papel fundamental em concretizar a igualdade e oportunidade na realização pessoal do indivíduo. 
Palavras chaves: EJA; modalidade de ensino; prática educativa. 
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	5
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	6
2.1 A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA)	6
2.2 OS ALUNOS DO EJA	7
2.3 O PAPEL DO PROFESSOR NA ALABETIZAÇÃO E NA FORMAÇÃO DO INDIVÍDUO	9
3 METODOLOGIA	10
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES	11
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS	12
REFERÊNCIAS	13
1 INTRODUÇÃO
	O presente artigo busca abordar sobre a modalidade de ensino da Educação de Jovens e Adultos (EJA), correspondendo a problemática da maneira que o professor deve tratar e ensinar os alunos no seu processo de escolarização. O EJA é uma modalidade de ensino que surgiu diante as modificações da sociedade, globalização, relações sociais, modo de vida, sistema econômico e político favoreceram na necessidade de o indivíduo aprender a ler e escrever. 
	Para tanto, o objetivo da pesquisa é considerar essa modalidade de ensino como resgate daqueles que tiveram que abandonar os estudos. No entanto busca analisar a modalidade de ensino da EJA como relevância no processo de formação de pessoas E, os objetivos específicos são: contextualizar os aspectos históricos que garantam a existência do EJA; descrever o perfil do aluno da EJA; apresentar o papel do profissional da educação diante a prática educativa na alfabetização de jovens e adultos. 
	A metodologia adotada é bibliográfica, de natureza qualitativa e cunho descritivos, na qual considera-se as pesquisas recentes em que aborda sobre o tema e contribua para compreensão e necessidades para a iniciativa de uma educação de qualidade na modalidade de ensino da EJA. Utilizou-se as pesquisas de Ferreira (2017), Cunha e Leão (2019), Siqueira (2019), Campos, Silva, Luz (2020) e Silva (2020).
	No entanto, a discussão sobre o tema é relevância, pois destaca-se que a educação é um direito do indivíduo, sendo dever do Estado e sociedade o ensino público e gratuito. Ainda é presente o abandono da vida escolar, nas quais diversos motivos leva o indivíduo na situação de escolha para sua sobrevivência. E quando se inserem de maneira tardia no contexto escolar, passam por diversos desafios, bem como os professores atuam de maneira tradicional e aulas expositivas. Para tanto, o artigo tem como objetivo corresponder a seguinte problemática: qual o papel do professor na Educação de Jovens e Adultos? 
	Contudo, seguindo a perspectiva da teoria de Paulo Freire, busca-se modificação no processo de alfabetização de jovens e adultos num processo educativo que valorize o indivíduo e sua história, conscientizando para um processo de formação humanística e atuação na sociedade. 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) 
	Historicamente houve muitas modificações na urbanização e crescimento de indústria na sociedade, na qual determinou transformações no modo de vida das pessoas, relações sociais, pessoas que saíram da vida de campo e passaram a vivem em cidade, contribuindo com o desejo de exibir uma vida moderna. Outro ponto relevante foi a globalização na qual modificou a dinâmica de comunicação das pessoas, criações de artefatos tecnológicos, modificando a cultura e esquecendo dos saberes populares que eram passados de geração a geração. 
	Nesse sentido, Silva (2020, p.15) destacam que os preconceitos pelos analfabetos foram gerados historicamente, e, que a alfabetização nunca foi prioridade do Brasil, considerando que se constituiu-se em tempos determinados.
Pois, em síntese, “dos períodos em que se pode notar os primeiros indícios do estigma contra o analfabeto”. De acordo com a autora, a leitura e escrita historicamente foi negada aos adultos, sem direito de aprendizagem. 
	Nessa mesma linha de pensamento, Cunha e Leão destacam que a nossa sociedade carrega a marca de desigualdade, e na educação acontece de maneira semelhante, com altos índices de analfabetos, entre jovens e adultos. Pois, a problemática marcada por aqueles que precisariam escolher entre o mundo do trabalho para sustentar a família e sobreviver ou passar fome em uma escola, bem como também marcou com dificuldades de acesso à escola por conta das distâncias, na qual motiva as pessoas abandonar a escola. 
	Após constatar que o analfabetismo era vergonha nacional, os intelectuais discutiram possibilidades de resolver o problema. Silva (2010) contextualiza o século XX, marcado com mobilização em torno da alfabetização com campanhas, associações envolvidas, Estados, todos vinculados com o movimento da Escola Nova. Em destaque, Paulo Freire, defensor de uma cultura popular, na qual buscava potenciais e conhecimentos nos indivíduos. 
	Conforme Siqueira (2019), apresenta que ao longo da história, a alfabetização passou a ser uma necessidade econômica, onde os investimentos nos indivíduos eram com finalidade de contribuir para sociedade. Desse modo, a educação favorece a melhoria no mercado de trabalho e adaptação com a população. Desse modo, a “educação é considerada em seu contexto mais amplo a chave para aprender e compreender como superar os desafios” (SIQUEIRA, 2019, p.38).
	Nesse sentido, após a Constituição Federal de 1988, os direitos foram ampliados e ficou definido a garantia e responsabilização do Estado a oferta do ensino básico. A cultura da escrita ganhou destaque e foi associada para aqueles mais favorecidas, gerando preconceitos para aqueles que eram analfabetos. Essa repercussão passou a incorporar um preconceito contra a si mesmo, os indivíduos analfabetos passaram a sofrer mais com a desigualdades. 
	Posteriormente, a Lei de Diretrizes e Bases (LDBEN), determinou a EJA como uma modalidade da Educação Básica, com objetivo de possibilitar aos indivíduos habilidades e conhecimentos para participarem efetivamente da sociedade. É definida no Art. 37, definindo a modalidade para aqueles que não tiveram acesso ou continuidade no ensino fundamental e médio. 
§ 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.
§ 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si.
§ 3º A educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente, com a educação profissional, na forma do regulamento (BRASIL, 1996)
		Dessa maneira Cunha e Leão (2019, p.46) destacam que o objetivo da EJA é colaborar com a “formação e emancipação desses sujeitos de direito”, na qual citam a teoria de Freire (1996), em que determina que precisa ser realizado um processo educativo, onde oportunizará as condições dos alunos, desenvolver neles o senso crítico e prepará-los para leitura de mundo. 
2.2 OS ALUNOS DO EJA
	A modalidade de ensino da EJA atende um público específicos que tiveram seus direitos negados e interrompidos na oferta da Educação Básica na idade regular. Dessa maneira na literatura destaca que a realidade constatadas que lida com pessoas que estão em busca de recomeço, começo, finalização, que buscam um objetivo comum no contexto escolar. Nesse sentido, são indivíduos com várias histórias de vida, na qual apresentam que perderam sua infância, vida escolar por conta de necessidades de trabalho e sobrevivência, marcado com o fracasso escolar, sistema de reprovação, marginalização de seus saberes. 
Os alunos e alunas da EJA trazem consigo uma visão de mundo influenciada por seus traços culturais de origem e por sua vivencia social, familiar e profissional. Pode-se dizer que eles trazem uma noção de mundo mais relacionada ao ver e ao fazer, uma visão de mundo apoiada numa adesão espontânea e imediata as coisas que vê (FERREIRA, 2017, p.3)
	Desse modo, vale destacar que o aluno EJA possui sua cultura, saberes que construíram e desenvolveram ao longo de sua vida, sem a escolarização. Assim, a partir das concepções teóricas de Freire, aluno EJA é construtor de sua própria cultura, e que os homens devem conscientizar que sua prática supõe um saber, e deve considera-lo como um sujeito da história e que alfabetização é apenas um processo para compreender o uso da palavra. 
	Nesse sentido, vale ressaltar que mesmo analfabetos, os indivíduos buscam estratégias para inserir na sociedade, na qual caracteriza Silva (2020), que existem aqueles que não se sentem inferiorizados só pelo falo de não saber ler e escrever. Outras maneiras de se inserir na sociedade adquirindo outras habilidades que contribuem para sua sobrevivência. 
É admirável como os sujeitos produzem táticas para participar da vida social, sem ter os conhecimentos exigidos pela sociedade contemporânea, dominam estratégias exitosas de sobrevivência em meio a uma sociedade de práticas letradas, desenvolvem capacidades relacionadas ao cálculo mental, a observação, a oralidade, a memorização de escritos, dentre tantas outras (SOUZA, 2020, p.17)
	
	Diante disso, Souza (2020) caracteriza que o preconceito contra o analfabeto gerou uma visão equivocada de que eles não possuem conhecimentos, como se fossem incapacitados de participar efetivamente da cidadania. Essas origens foram resultadas de uma sociedade de desigualdade, na qual muitas vezes passam a obter uma percepção que o direito dado é uma doação, caridade.
	Contudo, o profissional da educação tem seu papel de buscar concretizar uma sociedade justa e igualitária no processo de ensino, seja qual for a modalidade. Os princípios éticos, afetivos, humanizados precisam ser incorporados em meio de conscientizar todos e todas que somos indivíduos, seres humanos de direitos e deveres. Desse modo, no que se refere a prática na modalidade EJA é preciso alfabetizar o sujeito que possui experiências pessoais ao longo da vida, na qual, precisam ser considerados pelos professores nesse processo educacional. 
 2.3 O PAPEL DO PROFESSOR NA ALABETIZAÇÃO E NA FORMAÇÃO DO INDIVÍDUO
	De acordo com pesquisas foram constatados nos currículos da modalidade de ensino da EJA, de maneira infantil e desprovidos de sentido de jovens e adultos. Além disso, constava também em sua prática o ensino tradicional, na qual determinava a memorização do indivíduo, práticas mecânicas de letras e sílabas, sem sentido.
Também a desvinculação da alfabetização com as práticas de uso real da língua, tornava-se impeditivo aos jovens e adultos de exercerem, com autonomia, o uso das habilidades de leitura e escrita, já que as atividades desenvolvidas não os levavam a reflexão da língua, nem tampouco a utilização dela nas demandas sociais (SILVA, 2020, p.12)
 
	 Dessa maneira, compreende-se que os alunos da EJA não são seres que estão no processo de formação, assim como aqueles alunos da idade regular se encontra no campo escolar. Diante esses aspectos, é preciso considerar o perfil do aluno para o planejamento escolar e cumprir com os objetivos de aprendizagem previsto para os alunos que estão inseridos nessa modalidade de ensino. 
	Cunha e Leão (2019, p.46), destacam que os professores que estão atuando na EJA, é preciso compreender a realidade de mundo dos estudantes, para que eles se tornem cidadãos decisivos e ativos na comunidade. É um processo importante, na qual visa valorizar o indivíduo com seus saberes que eles adquiriram ao longo de sua vida de trabalho, busca de sobrevivência, vivências, entre outros. 
	Contudo, destaca-se as concepções teóricas de Paulo Freire, na qual considera-se o
professor como aquele que mobiliza o conhecimento do aluno e não transfere. Para tanto, indica-se que o ensino seja adotado pelos professores a aprendizagem para a vida, contribuindo para igualdades, oportunidades e construção de aprendizagem pessoais nas quais são atribuídos significados
3 METODOLOGIA
	A metodologia utilizada para realizar essa pesquisa investigativa, foi por meio de abordagem teóricas já publicada na plataforma do Google Acadêmico no que diz a respeito da modalidade de ensino da EJA. Desse modo, a pesquisa é bibliográfica, correspondendo a qualidade de um trabalho cientifico, fundamentado por meio de artigos ou pesquisas publicadas e disponibilizado na rede de internet. Contudo, buscou soluções da problemática, para atribuir o significado e relevância para essa modalidade de ensino.
A pesquisa é exploratória, descritiva e bibliográfica, na qual buscou cumprir com o objetivo definido, com a abordagem qualitativa, pois explica-se o fenômeno por meio de pesquisa bibliográfica, com as características que apresentam nas concepções da brincadeira na Educação Infantil. De acordo com as pesquisas, a pesquisa qualitativa permite uma compreensão da interpretação do fenômeno, significado e práticas. 
Portanto, numa pesquisa de cunho qualitativo, a interpretação do pesquisador apresenta uma importância fundamental. Afinal, não se trata apenas de um conjunto de informações fechadas cujo valor numérico é o único aspecto a ser levado em consideração, devido à própria natureza do fenômeno investigado (MENEZES et. al, 2019, p.29)
	Seguindo nessa perspectiva, a coleta de dados será realizada como forma de fichamentos de pesquisas que já foram realizadas, considerando os últimos 5 (cinco) anos. São artigos de revista, trabalhos de conclusão de curso, entre outros que abordam sobre a temática da EJA, e que correspondem a problemática apresentada e cumpram com os objetivos. Dessa maneira, realizou-se um levantamento bibliográfico ou fontes secundárias, com informações e pesquisas publicadas que tratam referente ao tema. As leituras das referências, foram um apoio para melhor compreensão do tema, e garantia de sua credibilidade
	Contudo, a partir da seleção do material, foi realizado uma leitura sistematizada das obras e logo após foi realizado fichamentos, para o processo de compreensão e coleta de dados. Assim, o fichamento propôs identificar as obras, analisar seu conteúdo, elaborar críticas e localizar as informações lidas que são consideradas como imprescindível para a pesquisa.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
	A pesquisa trouxe resultados relevantes para a compreensão sobre a modalidade do ensino da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Desse modo, foram utilizados trabalhos e pesquisas de Ferreira (2017), Cunha e Leão (2019), Siqueira (2019), Campos, Silva, Luz (2020) e Silva (2020). Todos os autores contribuíram positivamente na compreensão no que diz a respeito da modalidade de ensino EJA. 
	Primeiramente, constata-se que a EJA é uma modalidade, que de maneira positiva deverá proporcionar um momento de interação e reflexão diante a prática do dia a dia, na qual promove significado nos conceitos científicos. Contudo, é preciso romper com o paradigma que é uma modalidade que apenas irá ensinar o aluno adulto a ler e escrever, na concepção que deverá ser um ensino na qual prepara o indivíduo para atuar e inserir na sociedade. 
 
Nesse aspecto, as salas de aula de EJA tornam-se espaços de múltiplas aprendizagens, onde professor e aluno se envolvem em situações para além dos “muros escolares”. O olhar sensível do professor para as experiências e vivências que os indivíduos trazem ao longo de seus trajetos de vida é o diferencial de ensino-aprendizagem nessa modalidade de ensino. Também a escuta sensível do professor faz com que o aluno se sinta envolvido afetivamente pela aprendizagem, tornando o ensino bem mais significativo para os sujeitos que por algum motivo não puderam seguir seus estudos ou tiveram negados os seus direitos à educação (SILVA, 2020).
	
	Dessa maneira, de acordo com a pesquisa, percebe-se que os alunos da EJA são seres que possuíam sua cultura, conhecimento que devem ser considerados pelos professores, na qual “A convivência dentro da sala de aula pode ser favorável aos jovens, pois a sabedoria e as experiências vividas pelos mais velhos podem servir de exemplo podendo até inspirá-los em sua vida estudantil” (FERREIRA, 2017, p.7).
	No que se refere a prática do professor, foram constatados que muitas vezes exercem de maneira que desconsideram diálogo, reflexões, práticas e não exercem a prática da autonomia, na qual os sujeitos se envolvem com a leitura e escrita. (SILVA, 2020, p.12). Nesse sentido, cabe o profissional compreender e identificar o indivíduo, e promover o raciocínio, habilidades para formação cidadão, ler, escrever, refletir, criticar, buscando soluções plausíveis para as relações na sociedade. (CUNHA; LEÃO, 2019, p.48).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Conclui-se que a modalidade de ensino da EJA é preciso ser tratada totalmente de maneira diferenciada no que diz a respeito da alfabetização e letramento do indivíduo. Pois, os professores estarão lidando com seres que possuem seu trajeto vida e sua história, na qual contribuirá para ampliação e desenvolvimento do conhecimento científico. No entanto, estão em busca de possibilidades de participação na sociedade, oportunidades que visam sua defesa e cumprimento de seus direitos. 
	Desse modo, cabe o profissional concretizar a igualdade e oportunidade, em que promove maior realização pessoal do indivíduo. É preciso o profissional que escolher atender os alunos do EJA, busque em sua formação um aprendizado que busque extinguir as desigualdades e práticas discriminatórias que promovem o mal-estar social no indivíduo. Em geral, o docente possui um papel fundamental para evolução e transformação no meio escolar, propondo uma prática que valorize a vivência do indivíduo como fator inicial para concretizar os conhecimentos científicos. 
	Contudo, as salas de aula do EJA são compostas de jovens e adultos que tiveram seu direito interrompido por conta de sua história de sobrevivência ou por outros motivos que não foram citados nesse trabalho. Para tanto, é preciso que o profissional da educação promova um ambiente favorável para os jovens e sabedorias, para que percebam que sua história de vida é composta de experiências que podem ser valorizadas, no sentido de ampliar seus conhecimentos. 
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm Acesso em: 07 de nov. 2020.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de dezembro de 1996. Brasília, DF: Senado Federal, 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 07 nov. 2020
CAMPOS, Ana Karen Alves.; SILVA, Suelene Vaz.; LUZ, Rosangela Medeiros. Educação de jovens e adultos: (trans) formando vida e formação profissional. Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 7, p.47094-47105, jul. 2020.
CUNHA, Ângela Soares da. LEÃO, Marcelo Franco. Ações para promover alfabetização científica na educação de jovens e adultos. EDUCA Revista Multidisciplinar em Educação, Porto Velho, v. 6, n. 13, p. 44-61, jan/mar, 2019
FERREIRA, Nubia Nafaiete Ferraz. O perfil dos alunos e alunos da Educação de Jovens e Adultos. Artigo científico. Curso de Pedagogia. Instituto de Ensino Superior Franciscano. 2017. Disponível em: http://iesfma.com.br/wp-content/uploads/2017/10/O-PERFIL-DOS-ALUNOS-E-ALUNAS-DA-EDUCA%C3%87%C3%83O-DE-JOVENS-E-ADULTOS-alfabetiza%C3%A7%C3%A3o-e-diversidade.pdf Acesso em: 06 de nov. 2020.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.
MENEZES, Afonso Henrique Novaes. DUARTE, Francisco Ricardo. CARVALHO, Luis Osete, SOUZA, Tito Eugênio Santos. Metodologia científica: teoria e aplicação na educação a distância. Petrolina-PE,
2019. 83p. Livro Disponível em: https://portais.univasf.edu.br/noticias/univasf-publica-livro-digital-sobre-metodologia-cientifica-voltada-para-educacao-a-distancia/livro-de-metodologia-cientifica.pdf/view Acesso em: 07 de novembro 2020.
SILVA, Jessica Lira. Alfabetização de jovens e adultos: representações sociais de professores da EJA. Dissertação. Especialização em Educação. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal –RN. 2020. 127f.
SIQUEIRA, Audrey Mara de Moraes. Direito à educação ao longo da vida e a modalidade educação jovens e adultos. Ensaios Pedagógicos (Sorocaba), vol.3, n.1, jan. - abr. 2019, p.36-43

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