Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI CURSO DE GRADUAÇÃO EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS GIOVANNI CORREA DA SILVA - 20657440 LEONARDO BARROS DE SOUSA – 20949983 LUAN DOS SANTOS E SILVA – 20914087 LUCAS RUIZ MUNHOZ CHIAÇA – 20922639 ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA DE GEOPOLÍTICA (PROFESSORA HELENA MARGARIDO) Uma análise geopolítica sobre o atentado terrorista de 11 de Setembro de 2011: a abordagem de Brzezinski sobre a atuação geoestratégica estadunidense nos conflitos do oriente médio e o pluralismo geopolítico como ferramenta para entender a Doutrina Bush. SÃO PAULO 2019 1. APRESENTAÇÃO DOS OBJETOS DE ANÁLISE O episódio ocorrido no dia onze de setembro de 2001 impactou fortemente as relações entre os Estados e outros atores no Sistema Internacional. Na cidade de Nova Iorque, ambas as torres do World Trade Center foram atingidas por aviões raptados, o pentágono, órgão mais importante para a burocracia do aparato de Defesa dos EUA, também sofreu um ataque suicida e outras ameaças de ataques ocorreram no país. Todas as ações foram assumidas por terroristas de uma rede internacional de crimes ligada a um forte sentimento anti- americano/anti-ocidental Nas ações conduzidas perante a região conhecida como Oriente Médio, os esforços empreendidos pelos Estados Unidos no manejo das redes de poder da região - sobre onde não havia possibilidade de alcance direto até o esfacelamento da União Soviética - afetaram os vários lados dos conflitos disputados na região de maneiras diferentes. Moldando um novo cenário internacional a partir de disputas que lá foram sendo travadas, as empreitadas norte-americanas e de outras potências e atores não governamentais na área citada transformaram os territórios, a população e os governos da região em um ponto de confluência de interesses econômicos e militares de forças transnacionais e interesses diversos. O acontecimento de proporções catastróficas teve uma cobertura midiática e abordagem acadêmica correspondente ao tempo em que se situa: no segundo ano do novo milênio, um evento marcante para as RI teve todos os recursos informacionais postos à prova numa busca por ideias relativas a um futuro incerto posterior ao ataque, que consolidaria as bases para a evolução do SI a partir de então. Análises acadêmicas relativas aos conflitos que aconteceram no Oriente Médio nos levam a chamar a região de “Coração Energético do Planeta”, num mundo em que os combustíveis fósseis ainda são a principal matriz energética. As redes políticas e de comércio localizadas nesse espaço têm sua importância ressaltada por integrarem populações de origens diversas e conectarem civilizações distintas num mundo em globalização. O ciclo de Guerras nesse extremo da Eurásia se inicia na dissolução do Império Turco-Otomano e até hoje permanece. Dentre os conflitos mais importantes para a nossa análise, estão as Guerras do Irã – Iraque, as Guerras do Golfo, assim como a Invasão do Afeganistão e posterior Invasão do Iraque. O espaço em análise é peculiar. Relativo a características geográficas, recursos e população: é composto por uma população de maioria muçulmana. Com várias etnias, o Oriente Próximo abriga Sunitas, Xiitas, Curdos, Judeus, Palestinos, Árabes, Cristãos, Persas entre outros vários grupos sociais que falam diversas línguas e dialetos. Concentra grande parte das reservas mundiais de petróleo e possui redes de mercado interno e bases de produção de bens de consumo relativamente bem consolidadas. Estão localizadas na região: áreas de planícies – como a área mesopotâmica - , planaltos mais acidentados e cadeias montanhosas de difícil acesso e comunicação, poucas bacias hidrográficas perenes, climas predominantemente áridos ou semi-áridos, vastos desertos e alguns dos estreitos e pontos geopolíticos mais estratégicos em suas regiões costeiras. Os golfos Pérsico, de Omã e de Aden, os mares Vermelho e Arábico, o Mediterrâneo, o Cáspio e o Negro, todas são regiões marítimas de extrema importância na circulação de bens, capitais e recursos para todo o mundo. A região produz em larga escala produtos da indústria petrolífera como gasolina, querosene aeronáutico, diesel, gases fósseis, recursos de importante controle para os Estados Unidos da América. Petróleo, gás e combustíveis. Dutos, refinarias, usinas termoelétricas, geradores. Mísseis, Tanques, Aviões, Porta-Aviões, Navios mercantes, Navios de guerra, Caças, Bombas, Armas Químicas, Armas Nucleares, Usinas Nucleares. O vocabulário e os símbolos que associamos ao se relacionar a região de estudo com a realidade nos diz muito a respeito sobre a importância geopolítica da região, de essencial controle militar norte-americano. A atuação de atores como a ONU, a OPEP, grupos terroristas como a Al-Qaeda e o Talebã, a Arábia Saudita, o Irã e o Iraque de Saddam aumentou a complexidade nos níveis de análise dos conflitos ocorridos. Uma realidade a se conformar posteriormente à Guerra Fria muito foi influenciada por mudanças ocorridas nas dinâmicas políticas interna e externa do novo hegemon em evolução, os Estados Unidos da América. A ação estadunidense durante as Guerras ocorridas no Médio Oriente durante o século XX muito refletia a sua postura estratégica de contenção da influência Soviética e inviabilização da formação de uma potência regional capaz de pôr seus interesses geopolíticos em risco. A região, após a mudança da base energética mundial de carvão por petróleo iniciada pela Inglaterra, tem sua importância reforçada a cada ano na consolidação dos EUA como potência hegemônica. As relações do Estado norte americano com a região possuem um caráter de exploração e controle muito constante durante o seu desenvolvimento. A “Doutrina Bush” inicia uma nova abordagem dos Estados Unidos na condução de sua política externa, numa campanha capacitante e legitimadora de uma série de ações unilaterais por vezes dificilmente explicadas num contexto pós-ordem Bipolar. Há uma série de abordagens geopolíticas possíveis em nossa análise sobre o culmino dos ataques de 11 de Setembro. Há acadêmicos clássicos, cujos conceitos geopolíticos podem ser aplicados até os dias de hoje em nossas análises, mas também há uma série de pesquisadores que examinaram o tema em correspondência ao seu período. Para que possamos aplicar tais conceitos e abordagens visando uma elucidação geopolítica acerca os fatos envolvidos, devemos, primeiramente, expor as teorias dos autores a fim de construir o texto permitindo ao leitor a capacidade de compreensão de nossa leitura. Dentre os principais autores utilizados nesta pesquisa estão, Ratzel, McKinder, Mahan, Haushoffer, Robert Art e Brzezinski. Ratzel se propôs a estudar os fundamentos que governam as relações entre a terra e os Estados. A base de sua tese era que os homens e a sociedade humana dependiam diretamente do solo em que viviam. Os grupos humanos só teriam liberdade dentro de certos limites naturais, como por exemplo, a qualidade da terra e as diferenças de altitude. Segundo Ratzel, o homem deveria ter consciência dos limites naturais e trabalhar dentro destes limites, levando em consideração as leis do espaço que seriam vitais para o homem viver e crescer. A falta de espaço condenaria o homem a uma avidez crescente por espaço dado o fato do Estado ser um organismo vivo. Deste modo, a falta de território significaria a falta de órgãos do corpo político do Estado. Ratzel desenvolveu um dos conceitos mais importantes para a teoria do Estado orgânico, o conceito de “lebensraum” ou “espaço vital”. Segundo este conceito, assim como o organismo necessitaria de ar para respirar, o Estado necessitaria de espaço vital e de recursos para sobreviver. (EBRAICO, Paula. 2005) Alfred Tahan Mahan foi um almirante americano que desenvolveu a teoria do poder marítimo. Ele argumentou que o controle das rotasmarítimas era importante para proteger o comércio e assegurar o bem estar econômico dos Estados e fez recomendações específicas para a política externa americana baseada em seus estudos de história, sua experiência militar e seus conceitos de Geoestratégia. Ele defendia que os EUA deveriam ocupar as Ilhas do Havaí, tomar o controle do Caribe, e construir um canal que ligasse o Oceano Pacífico ao Atlântico. A administração do Presidente Theodore Roosevelt utilizou grande parte do trabalho produzido por Mahan como base para a sua condução de política externa. De acordo com a estratégia desenvolvida por Mahan, os EUA deveriam assegurar hegemonia no Continente Americano, conter o expansionismo japonês no Extremo Oriente e arrebatar da Inglaterra a supremacia marítima mundial. (EBRAICO, Paula. 2005) Duas escolas de geopolítica desenvolveram um arcabouço teórico que explica como a geografia seria fundamental para definir a prática política dos Estados. A teoria Organicista desenvolveu importantes conceitos como o ‘‘espaço vital’’ e a ‘‘lei de crescimento dos espaços’’. A Geoestratégia, por seu lado, conseguiu desenvolver uma teoria sistêmica que fornecia recomendações políticas e estratégicas para serem aplicadas pelos governantes dos Estados. Dentre os autores que mais se destacaram nesta escola estava Mackinder que desenvolveu a teoria do “Heartland”, região central da Eurásia que teria o potencial de dominar todo o mundo através de sua fortaleza continental. O conceito desenvolvido por Mackinder de “mundo como sistema político fechado,” destacou que todas as partes do mundo seriam interdependentes e não haveria mais a possibilidade de ocorrer eventos políticos isolados. Ele mostrou que esta interdependência era uma consequência direta do fim da chamada ‘Era Colombiana’ que levou os europeus até os pontos mais distantes da Ásia e da África e permitiu-os conhecer o novo Continente da América. A partir deste momento, não haveria mais terras a serem exploradas ou desconhecidas, por isso, o termo ‘mundo como sistema político fechado’. McKinder revolucionou sua área de Estudos ao colocar em prova a centralidade europeia na narração histórica de nosso desenvolvimento civilizatório. Segundo a descrição de Mackinder, o “coração continental” possuía três características físicas essenciais: a primeira característica era ser a mais extensa região de planície do planeta, a segunda era a inacessibilidade através dos mares para esta região, uma vez que seus rios desembocavam nos mares do interior da Eurásia ou nas costas do Oceano Ártico, a terceira particularidade física do coração continental era a topografia plana das estepes meridionais que facilitava a mobilidade dos povos nômades da Ásia. (EBRAICO, Paula. 2005) Depois da Primeira Guerra Mundial, a geopolítica foi utilizada como fonte de informações e de práticas políticas, tornando-se uma espécie de “guia de ação” para decisões acerca da política externa dos Estados, sendo chamada de “geografia política aplicada”. Porém, este conceito foi distorcido durante o período do entreguerras por geógrafos alemães que abarcaram alguns conceitos básicos da geopolítica modificando-os de acordo com seus interesses, fundando uma pseudociência. A “geopolitik” alemã, que tinha como principal mentor o General Haushoffer, se transformou numa ideologia geográfica, manipulada por alguns círculos político-militares para legitimar a política de poder do III Reich. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a “geopolitik” desapareceu, tornando-se “um subproduto ilegítimo da Geopolítica”. (EBRAICO, Paula. 2005) Para analisar as relações entre os EUA e os Estados do Golfo Pérsico que culminou no atentado terrorista de 2001, o presente trabalho utilizou conceitos desenvolvidos por autores que se especializaram nas estratégias americanas de geopolítica. São utilizados os conceitos de “interesse nacional vital” de Robert Art e de “pluralismo geopolítico” de Zigbnew Brzezinski. Segundo Art, a determinação correta dos interesses de um Estado seria o primeiro passo para a construção de uma boa estratégia de ação na política internacional. Art destacou que um dos três interesses nacionais vitais dos EUA era impedir que as fontes de petróleo do Golfo Pérsico ficassem nas mãos de uma só potência regional. Os EUA temiam que a ascensão de um líder regional desafiasse a preponderância americana na região. 2. O “PLURALISMO GEOPOLÍTICO” COMO MEIO PARA ALCANÇAR SEUS “INTERESSES NACIONAIS VITAIS” NA REGIÃO DO GOLFO PÉRSICO Seguindo esta estratégia, os EUA deveriam usar de meios diplomáticos, econômicos e até militares para impedir que um dos Estados do Golfo, ou uma coalizão de Estados, exercesse a hegemonia sobre as fontes de petróleo. Para tanto, os governos americanos procuraram manter um equilíbrio na balança de poder da região. Quando um Estado do Golfo se fortalecia e desequilibrava a balança de poder, os EUA rapidamente enviavam ajuda para os demais Estados da região através da venda de armamentos, transferência de tecnologia ou mesmo com o envio de tropas para a região. No entanto, quando os meios econômicos e diplomáticos falhassem em dissuadir o Estado com pretensões hegemônicas no Golfo, os EUA deveriam intervir diretamente através de força militar. A presença de fontes de petróleo abundantes na Golfo Pérsico foi fundamental para determinar a estratégia geopolítica dos EUA para a região. Para garantir seus "interesses nacionais vitais", os EUA buscaram impedir a ascensão de uma hegemonia na região do Golfo nos anos de 1980 até 2003, período que compreende três grandes guerras na região: a Guerra Irã-Iraque; a Guerra do Golfo; e a Invasão Americana ao Iraque em 2003. (NEVES, André. 2010) Segundo Brzezinski, a política externa americana teria que assegurar que nenhum Estado, ou ainda uma coalizão de Estados tivesse o poder de retirar os EUA da região, ou mesmo de diminuir o seu ‘papel decisivo’ na Eurásia Pode-se constatar esta estratégia americana a partir dos anos de 1970, intercedendo junto ao Irã quando o Iraque parecia mais forte, depois, intercedendo junto ao Iraque quando o Irã parecia mais forte, e todo o tempo protegendo o petróleo do Kuwait e da Arábia Saudita do domínio do Iraque e do Irã. Para garantir os interesses geopolíticos dos EUA na região do Golfo Pérsico seria preciso a presença militar americana na região. (EBRAICO, Paula. 2005) Se a manutenção da pax americana não fosse assegurada através de meios diplomáticos e econômicos, a partir de então seria ‘aconselhável’ utilizar a força para garantir os interesses geopolíticos norte-americanos na região. As reservas de petróleo do Golfo Pérsico são muito importantes para serem deixadas sob as forças do mercado apenas e muito valiosas para permitir que um ou dois hegemôns locais as controlem. Deste modo, durante a Guerra Irã-Iraque, a Guerra do Golfo e na invasão americana ao Iraque em 2003 foi possível verificar a presença da estratégia americana do pluralismo geopolítico para a região do “coração energético mundial”. (EBRAICO, Paula. 2005) Durante o governo do Presidente Clinton, os EUA desenvolveram a política da “dupla contenção” para manter os “interesses nacionais vitais” americanos no Golfo Pérsico. Tal política previa a utilização de sanções econômicas e comerciais contra o Irã e o Iraque, assim como o bombardeamento sistemático de alvos militares no Iraque. A ‘dupla contenção’ era uma política que fazia parte da estratégia do “pluralismo geopolítico”, já que não havendo nenhum país na região capaz de equilibrar e dissuadir o Irã e o Iraque, caberia aos EUA manter seus interesses de forma direta, utilizando a força militar quando necessário. Como ambos os Estados eram hostis ao poder americano no Golfo Pérsico, os EUA desenvolveram uma política para conter ao mesmo tempo tanto o Irã como o Iraque. (EBRAICO, Paula.2005) No início do novo milênio o acontecimento em estudo abre os olhos do mundo para uma nova ação ofensiva dos EUA. Os ataques de 11 de Setembro de 2001 contra o World Trade Center e Pentágono, durante a administração do Presidente Bush filho, intensificaram a política americana junto aos Estados do Golfo Pérsico. A administração Bush defendia que as estratégias de contenção e dissuasão não teriam mais sentido num mundo ameaçado por ataques terroristas. Rapidamente, os EUA atacaram o Afeganistão, o país “hospedeiro” da rede internacional da Al-Qaeda e derrubaram o governo Talibã, acusado de colaborar com o grupo terrorista que havia atacado os EUA. Tal ataque contou com o apoio de internacional, e neste momento, a maior parte do mundo estava solidária diante da tragédia americana. (NEVES, André. 2010) No entanto, o ataque contra o território americano foi a oportunidade para a criação da nova Estratégia de Segurança Nacional americana, que ficou conhecida como ‘Doutrina Bush’. Tal doutrina defendia que os EUA deveriam agir de forma mais decisiva nas questões internacionais com vistas a garantir os interesses americanos. (NEVES, André. 2010) O ataque preventivo teria como finalidade garantir a proteção americana contra forças hostis, assim os EUA poderiam atacar antecipadamente caso se sentissem ameaçados por algum Estado ou grupo terrorista. O ataque unilateral, por sua vez, teria como finalidade garantir maior autonomia aos EUA na tomada de decisão nas questões de segurança nacional. A administração Bush tinha a percepção de que os organismos multilaterais limitavam a força americana, deste modo, eles procuraram minimizar a participação destas instituições para que o poderio americano pudesse ser utilizado de forma decisiva e sem restrições. As pretensões imperialistas na nova doutrina despertaram apreensão. Este comportamento contrariava as normas internacionais e a Carta da ONU que repreendia o ataque preventivo. (SARAIVA, Rodrigo. 2009) O Presidente Bush afirmou que os Estados Unidos iria constantemente tentar assegurar o suporte da comunidade internacional, mas não hesitariam em agir sozinhos, se necessário, para exercer o direito de autodefesa, atuando com prevenção contra terroristas, prevenindo algum dano contra o povo e o país. (SARAIVA, Rodrigo. 2009) De acordo com esta nova ordem global, os EUA deveriam dar menos importância para seus parceiros e às regras e instituições globais, enquanto caminhavam para uma atuação mais unilateral e para um papel antecipatório no ataque aos terroristas, confrontando Estados perigosos e procurando armas de destruição em massa. Para tal, “os Estados Unidos vai usar seu poder militar sem rivalidade para gerenciar a ordem global”. No NSS, o Presidente Bush afirmou que “nossas forças serão suficientemente poderosas para dissuadir adversários potenciais de buscar uma escalada de desenvolvimento militar, na tentativa de superar ou de se igualar ao poderio dos Estados Unidos”. (NEVES, André. 2010) 3.CONCLUSÃO Além de possuir duas características principais (prevenção e unilateralismo), a Doutrina Bush defendeu a crença de que os valores americanos seriam universais e bons para todos os povos. Só existiria um único modelo sustentável para o êxito de uma nação: liberdade, democracia e livre iniciativa. A vitória sobre ao Talibã em 2001 e a bem-vinda mudança de regime político no Afeganistão teria demonstrado que os valores americanos eram transportáveis, mesmo para as partes mais remotas do planeta Terra. Pode-se dizer, portanto que os atentados de 11 de Setembro em solo americano marcam uma nova era de análises geopolíticas em que uma “nova ordem mundial” de fato começa a ser consolidada, não somente no plano econômico, mas também relativo a aspectos Geopolíticos globais. Os EUA assumem uma posição unilateral e impositiva na condução da consolidação das bases geopolíticas da realidade contemporânea. Hoje, novos temas e atores são postos em evidência, mas o acontecimento tratado no texto, sem dúvidas é um marco importante para se datar o início de mudanças mais drásticas no Sistema Internacional. 4.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • NEVES, André Luís Varella. GOVERNO GEORGE WALKER BUSH (2001-2004) Uma Análise Geopolítica das Guerras do Afeganistão e do Iraque, Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação de Ciência Política do Departamento de Ciência Política da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. 2010 • SARAIVA, Rodrigo Motta. LEGÍTIMA DEFESA OU REPRESÁLIA? OUSO DA FORÇA NO CONFLITO ARMADO DE 2001 NO AFEGANISTÃO, Dissertação de mestrado apresentada à Comissão de pós-graduação da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, 2009 • EBRAICO, Paula Rubea Bretanha Mendonça. AS OPÇÕES DA GEOPOLÍTICA AMERICANA: o caso do Golfo Pérsico, Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do Título de Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da PUC – Rio. 2005
Compartilhar