AULA 4 METODOLOGIAS DE ANÁLISES ECONÔMICAS

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PRINCIPAIS METODOLOGIAS DE 
ANÁLISES ECONÔMICAS UTILIZADAS EM 
SISTEMAS DE PRODUÇÃO RURAL 
Profª Verônyca Patriota
Metodologias
• O método a ser utilizado dependerá do grau de avaliação e da 
tecnificação do sistema de produção. 
• Três metodologias tem se destacado:
• Metodologia dos custos fixos e variáveis (custos totais de curto 
prazo); 
• Metodologia dos custos operacionais de produção 
• e Modelo dinâmico de capital de giro. 
Metodologia dos custos fixos e variáveis 
• A metodologia que apresenta uma análise mais simples é a que 
classifica os custos totais em custos fixos e custos variáveis.
• Atualmente, poucos são os autores que utilizam esta metodologia, 
em virtude do número pequeno de respostas significativas obtidas 
durante a avaliação dos sistemas de produção. 
• Neste sentido, muitos autores adotam a metodologia de custos 
fixos e variáveis em conjunto com demais metodologias de custos 
operacionais, para obter um número maior de respostas
• A metodologia dos custos operacionais por sua vez, é uma 
metodologia que apresenta um número de respostas 
intermediário. 
• A mesma divide os custos em custos operacionais efetivos, custos 
operacionais totais e custo total de produção, sendo uma 
metodologia muito utilizada para análises dos modelos de 
produção agropecuários. 
• No tocante ao modelo dinâmico de capital de giro, conhecido 
também como modelo Fleuriet (Marques & Braga, 1995), o mesmo 
caracteriza-se por apresentar uma avaliação dinâmica da 
economia do sistema de produção, dando a capacidade de 
observar as flutuações que ocorrem nos diversos indicadores 
durante os diversos períodos de avaliação, onde ao invés de 
verificar apenas as descrições dos custos, possibilita uma análise 
criteriosa de como estão se comportando as vendas, se os 
investimentos são feitos de maneira correta, se o capital de giro é 
suficiente para suprir a necessidade de capital de giro, dentre 
outras análises. 
Metodologia dos custos fixos e variáveis 
• A análise dos custos de produção que classifica os custos em custos 
fixos e variáveis é denominada também de custos totais de curto 
prazo (Vasconcellos & Garcia, 2012).
• Para que esta análise possa ocorrer, deve-se considerar a 
existência de pelo menos um custo fixo durante o período de 
análise, não alterando seu valor em função da quantidade 
produzida
• Essa metodologia leva em consideração a variabilidade do custo 
em relação ao volume de produção, logo, sua classificação está 
intimamente correlacionada com a variação do custo em função da 
quantidade produzida (Viana & Silveira, 2008). 
• Podemos classificar os custos de produção em dois grupos: custos 
fixos e variáveis. 
• A soma dessas duas categorias define o custo total de produção.
• Onde, CT = custos totais; CV = custos variáveis; CF = custos fixos. 
CT=CV+CF
CUSTOS FIXOS
• Os custos fixos são aqueles que tendem a se manterem constantes 
independentes das alterações no volume das atividades operacionais, no 
curto prazo. 
• De acordo com os mesmos autores, são os custos e despesas necessárias 
para manter um nível mínimo de atividade em um determinado 
intervalo de produção e venda. 
• Os custos fixos representam as despesas realizadas com os fatores fixos 
de produção, tais como: aluguéis, iluminação, depreciação, 
remuneração e custo de oportunidade do capital investido em 
instalações e equipamentos, dentre outros. 
CUSTOS VARIÁVEIS
• Já os custos variáveis são aqueles que correspondem a uma 
parcela dos custos totais que depende da produção, logo, variam 
em função do volume de produção.
• Podemos citar como exemplos: insumos, mão de obra, transporte, 
serviços, encargos, dentre outros.
COMPORTAMENTO DOS CUSTOS 
• Outras variáveis são observadas durante a análise de um sistema de 
produção através da adoção da metodologia dos custos fixos e variáveis, 
levando em consideração o total dos custos obtidos por unidades 
produzidas. 
• Essas variáveis são classificadas como: 
• custo fixo médio - CFM
• custo variável médio - CVM
• custo total médio - CTM
• custo marginal - CM
• Os custos médios são obtidos dividindo-se os custos totais, fixos 
e/ou variáveis, pela quantidade produzida
• O custo marginal é a “parcela de custo” da próxima unidade 
produzida.
• Custo total médio (CTMe ou CMe) é obtido pelo o quociente entre 
o custo total de produção e a quantidade total produzida.
• Custo variável médio (CVMe): é obtido pelo quociente entre o 
custo variável total (CVT) e a quantidade produzida.
• Custo fixo médio (CFMe): é obtido através do quociente entre o 
custo fixo total (CFT) e a quantidade produzida:
Fórmulas 
Lucro e Receita
•L=RT-CT
•RT= Qt*Preço unitário de venda
• Custo marginal (CMg): é obtido pela variação no custo total de 
produção em resposta a variação de uma unidade na quantidade 
produzida.
• A única variável utilizada para verificar a rentabilidade do 
produtor nesse tipo de sistema é o lucro, onde o mesmo é obtido 
pela diferença entre a receita total e o custo total.
• A receita total é obtida através da multiplicação da quantidade 
total (qT) produzida pelo seu preço unitário de venda.
Função Custo
• A  função custo  está relacionada aos gastos efetuados para, 
produção,  ou aquisição,  de alguma mercadoria ou produto. 
Alguns exemplos de gastos: 
aluguel,  transporte,  salário,  matéria prima,  impostos,  etc. 
O custo possui duas partes:  custo fixo e custo variável. 
Custo fixo  "CF" 
Não depende da quantidade produzida. 
Custo variável  "CV(x)" 
Depende diretamente da quantidade produzida. 
Pode-se representar a função custo pela expressão: 
C(x)  =  CF  +  CV(x) 
Função Custo
O custo médio "CM(x)" é o quociente entre: 
o custo total "C(x)" e a quantidade "x" produzida. 
Ele representa o custo de cada unidade produzida. 
O custo médio é dado por: 
CM(x) = C(x) / x 
Função Receita
A  função receita  se relaciona com o faturamento bruto que, 
é arrecadado na venda de determinado produto. 
A receita é dada por: 
R(x)  =  p  ⋅  x 
Onde: 
"p"  é o preço do produto,  e, 
"x"  é o número de unidades vendidas. 
Função Lucro
• A  função lucro  se relaciona com o lucro líquido das empresas, 
e é dada pela diferença entre a função receita e a função custo. 
L(x)  =  R(x)  –  C(x) 
• O custo de fabricação de  "x"  unidades de um produto é: 
C(x)  =  x2  +  5 x  +  10,  em reais. 
Atualmente o nível de produção é de  20  unidades. 
Calcule,  aproximadamente,  de quanto varia o custo, 
se forem produzidas  21  unidades. 
•
C(20)  =  202  +  5  ⋅  20  +  10 
C(20)  =  400  +  100  +  10 
C(20)  =  510 
C(21)  =  212  +  5  ⋅  21  +  10 
C(21)  =  441  +  105  +  10 
C(21)  =  556 
Cmg(x)  =  C(21)  –  C(20) Cmg(x)  =  556  –  510  =  46 
• O custo total de fabricação de um produto, 
é composto por um custo fixo de  R$ 2 000,00  e, 
um custo variável de R$ 40,00 por unidade produzida. 
Expresse o custo total  C(x)  em função de  "x"  unidades, 
e obtenha o custo para a fabricação de 200 unidades. 
• O custo total é dado por: 
C(x)  =  2000  +  40 x 
O custo para fabricar  200  unidades: 
C(200)  =  2000  +  40  ⋅  200 
C(200)  =  2000  +  8000 
C(200)  =  10000 
Assim: 
para fabricar 200 unidades serão gastos  R$ 10 000,00.