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Aula 06
Controle Externo da Gestão Pública p/
TCM-SP (Auxiliar Técnico) Em PDF -
Pós-Edital
Autores:
Herbert Almeida, Time Herbert
Almeida
Aula 06
24 de Março de 2020
 
 
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SUMÁRIO 
1	 Processos de fiscalização ............................................................................................ 2	
1.1	 Iniciativa e procedimentos de fiscalização ............................................................................. 2	
1.2	 Realização das fiscalizações ................................................................................................... 5	
1.3	 Fiscalização de atos e contratos ............................................................................................. 7	
1.4	 Denúncia e representação .................................................................................................... 11	
2	 Apreciação de atos sujeitos a registro ....................................................................... 21	
3	 Sanções .................................................................................................................... 23	
4	 Medidas cautelares .................................................................................................. 27	
4.1	 Suspensão do procedimento questionado ............................................................................ 28	
4.2	 Afastamento temporário do responsável ............................................................................. 29	
5	 Recursos ................................................................................................................... 32	
5.1	 Disposições gerais sobre os recursos .................................................................................... 32	
5.2	 Embargos de Declaração ...................................................................................................... 35	
5.3	 Recurso ordinário ................................................................................................................. 36	
5.4	 Recurso de revisão ................................................................................................................ 37	
5.5	 Agravo regimental ................................................................................................................ 38	
5.6	 Pedido de Reexame .............................................................................................................. 40	
5.7	 Comparação dos instrumentos de recurso ........................................................................... 41	
6	 Resumo .................................................................................................................... 47	
7	 Lista das questões .................................................................................................... 50	
8	 Gabarito ................................................................................................................... 55	
 
 
Fala, meus amigos! 
Nesta aula, vamos estudar toda a parte sobre os processos de fiscalização, bem como sanções e 
recursos. Com esse conteúdo, concluiremos os principais pontos da Lei Orgânica e do Regimento 
Interno do TCM/SP. Recomendo, entretanto, que você complemente o estudo com a leitura das 
normas, para fins de fixação e esclarecimento de todo o assunto. 
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Sobre a aula de hoje, alguns assuntos que estão “na sequência” do Regimento já foram abordados 
em outros momentos do nosso curso. Por exemplo, não vamos falar da consulta, pois já abordamos 
esse tema em outras aulas. 
Ressalto que este é um assunto que não é tão exigido em provas. Porém, é um tema muito 
importante. Em controle externo, mesmo assuntos não tão cobrados, podem se tornar relevantes 
em concursos específicos. Então, não dá para arriscar. 
Na aula de hoje, teremos novamente algumas questões inéditas mescladas com questões de prova. 
Ao final da aula, teremos o resumo esquematizado. 
Vamos nesta! Boa aula e ótima prova! 
1 PROCESSOS DE FISCALIZAÇÃO 
1.1 INICIATIVA E PROCEDIMENTOS DE FISCALIZAÇÃO 
Os processos de fiscalização tratam dos instrumentos utilizados pelos tribunais de contas para 
apreciarem a legalidade, legitimidade e economicidade dos atos, contratos e fatos administrativos. 
Ademais, por intermédio das fiscalizações, também é possível avaliar os resultados quanto à 
eficiência, eficácia e efetividade da gestão financeira, orçamentária e patrimonial dos órgãos e 
entidades jurisdicionados. Por exemplo, quando uma equipe de fiscalização analisa um 
procedimento licitatório realizado em um órgão da administração pública, estaremos diante de um 
processo de fiscalização. 
Nesse contexto, lembramos que os processos de fiscalização no âmbito do TCM podem ser iniciados 
por iniciativa: 
§ do próprio Tribunal de Contas; 
§ por solicitação da Câmara Municipal ou qualquer de suas comissões; 
§ de cidadãos que subscreverem requerimento de pelo menos 1% do eleitorado municipal. 
Estamos falando, nesse caso, de fiscalizações em seu sentido amplo, ou seja, das diversas formas de 
fiscalização que o Tribunal poderá realizar. Vale destacar que as denúncias e representações, que 
abordaremos mais adiante, também podem ensejar a instauração de procedimentos específicos de 
fiscalização, mas nem sempre. Isso porque os legitimados em geral para apresentar denúncias ou 
representações nem sempre possuem legitimidade para requisitar a realização de auditorias e 
inspeções. Logo, não faça confusão nesse caso. Nada impede, é claro, que o Tribunal, por sua própria 
iniciativa, realize procedimentos de fiscalização próprios com base em informações constantes em 
denúncias ou representações. 
A fiscalização de atos, fatos e contratos administrativos, assim como da execução financeira e 
orçamentários, do controle patrimonial, da realização dos registros contábeis ou ainda da eficiência, 
eficácia e efetividade dos programas governamentais é realizada por meio dos procedimentos de 
fiscalização. 
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O Regimento Interno do TCM dispõe que os procedimentos de fiscalização têm a finalidade de 
assegurar a eficácia do controle, subsidiar o julgamento de contas, atos e contratos e propor 
recomendações e alternativas para a melhoria da gestão de seus jurisdicionados, sob as óticas da 
economicidade, eficiência, eficácia e efetividade (RI, art. 44). 
Na Constituição Federal, consta que o Tribunal poderá realizar auditorias e inspeções por iniciativa 
própria ou por provocação do Poder Legislativo (CF, art. 71, IV). Entretanto, as auditorias e inspeções 
são apenas dois dos procedimentos ou instrumentos de fiscalização. No caso do TCM, o Regimento 
Interno distingue três espécies de auditoria e enumera outros dois instrumentos, ao estabelecer que 
os procedimentos de fiscalização compreendem as seguintes modalidades (art. 44): 
§ acompanhamentos; 
§ inspeções; 
§ auditorias; 
§ análises; 
§ auditorias operacionais; 
§ auditorias transversais. 
As definições de cada um desses procedimentos não constamno Regimento Interno, mas sim em 
Resoluções do Tribunal. Dessa forma, não vamos nos aprofundar muito no tema, mas listamos na 
tabela a seguir os conceitos e finalidades encontrados na Resolução nº 06/2000, para os quatro 
primeiros procedimentos, na Resolução nº 14/2019, que disciplina a auditoria operacional, e na 
Resolução nº 23/2019, que disciplina as auditorias transversais. 
Procedimentos de fiscalização 
Acompanhamentos São verificações sistemáticas das atividades dos órgãos e entidades jurisdicionados ao Tribunal, feitas de maneira seletiva e concomitante. 
Inspeções 
São procedimentos de fiscalização destinados a suprir omissões e lacunas 
de informação, esclarecer aspectos relativos a atos, documentos ou 
processos em exame, ou apurar denúncias sobre matéria de competência 
do Tribunal. 
Auditorias 
São procedimentos de fiscalização realizados com as seguintes finalidades: 
§ levantar dados e informações de natureza contábil, financeira, 
orçamentária e patrimonial, nos órgãos e entidades da Administração 
Direta e Indireta do Município, e analisá-los quanto aos aspectos 
técnicos de legalidade e legitimidade de sorte a subsidiar o julgamento 
das contas anuais ou de atos de gestão dos responsáveis; 
§ avaliar, do ponto de vista operacional, as atividades e sistemas desses 
órgãos e entidades, bem como aferir os resultados alcançados pelos 
projetos ou programas governamentais sob sua responsabilidade, ou 
por aqueles decorrentes de seus objetivos institucionais. 
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Análises 
São procedimentos de fiscalização executados pelos órgãos técnicos, de 
ofício, por força de resoluções ou instruções, ou em decorrência de 
determinação dos Conselheiros, com o fim de verificar a regularidade de 
atos e atividades dos órgãos e entidades jurisdicionados ao Tribunal, 
quanto aos aspectos legal, formal e de mérito. 
Auditorias 
operacionais 
Acrescido pela 
Resolução nº 13, de 
15/05/19 
Têm por finalidade a verificação, acompanhamento e a avaliação da gestão 
das unidades da Administração Pública Municipal, das políticas públicas, 
dos programas governamentais, bem como das ações realizadas pela 
iniciativa privada sob delegação, contrato de gestão ou congênere, quanto 
aos aspectos da economicidade, eficiência, eficácia e efetividade, entre 
outros, no âmbito da jurisdição do Tribunal de Contas do Município de São 
Paulo, sem prejuízo da análise de conformidade. 
Não visam à apuração de infrações funcionais e à penalização de agentes 
públicos, mas sim a melhoria de processos e da qualidade das atividades 
da Administração Pública. 
Auditorias 
transversais 
Acrescido pela 
Resolução nº 22, de 
14/08/19 
As auditorias realizadas pelo TCM/SP poderão ter natureza transversal, 
quando um mesmo ponto de risco for auditado em múltiplas licitações, 
atos, contratos ou instrumentos congêneres, ou, ainda, programas de 
governo e/ou múltiplos órgãos ou entidades jurisdicionadas. 
As auditorias transversais têm os seguintes objetivos: 
§ Mapear aspectos comuns de temas transversais entre múltiplos órgãos 
ou entidades jurisdicionadas; 
§ Detectar a existência de falhas cometidas sistematicamente, tanto no 
aspecto de conformidade quanto nos aspectos de eficiência, eficácia e 
efetividade; 
§ Produzir estudos de causa e efeito, para propor recomendações de 
melhoria; 
§ Detectar e promover boas práticas identificadas. 
As auditorias transversais não têm como objetivo avaliar individual e 
integralmente a regularidade de instrumentos jurídicos ou verificar a sua 
execução específica. 
Detectados indícios de graves irregularidades durante a execução das 
auditorias transversais, poderá o Subsecretário de Fiscalização e Controle 
propor ao Relator natural em função da origem, na forma do artigo 95 do 
Regimento Interno, a realização de análise e/ou acompanhamento de 
execução de instrumentos jurídicos que integraram o escopo da auditoria 
transversal. 
 
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1.2 REALIZAÇÃO DAS FISCALIZAÇÕES 
Embora o Regimento Interno não traga nenhum detalhamento, notamos que os procedimentos de 
fiscalização do TCM/SP são programados por meio de um Plano Anual de Fiscalização, elaborado 
pelo Subsecretário de Fiscalização e Controle (RI, art. 40, II). 
É a aprovação do Plano Anual de Fiscalização que autoriza a Subsecretaria de Fiscalização e Controle 
a emitir as correspondentes ordens de serviço, suficientes para a inauguração dos processos de 
fiscalização (RI, art. 92, §1º). Contudo, nem sempre é possível programar previamente todas as 
fiscalizações a serem executadas pelo Tribunal. 
Nesse sentido, o Regimento estabelece que “tratando-se de auditoria extraplano, a emissão da 
ordem de serviço dependerá de autorização expressa do Presidente ou do Conselheiro Relator” 
(art. 92, §2º), ou seja, auditorias não programadas no Plano de Fiscalização devem ser autorizadas 
pelo Presidente ou Relator. Também veremos a seguir que denúncias e representações 
apresentadas ao tribunal ao longo do ano podem desencadear inspeções ou outras diligências. 
Na prática, é comum se deixar um “espaço” no Plano Anual de Fiscalização para eventuais inclusões 
das fiscalizações não programadas, evitando que o planejamento tenha que ser refeito para a 
inclusão de auditorias e inspeções. 
As fiscalizações são realizadas pelos servidores dos serviços auxiliares do Tribunal, os quais devem 
ser credenciados, pelo Presidente ou Subsecretário de Fiscalização e Controle (se a atribuição for a 
ele delegada), para a realização de auditorias, acompanhamentos, inspeções e análises de 
processos, documentos e registros (RI, art. 26, XXXV c/c art. 27, VI, “a”). 
No exercício de função de controle externo, os servidores devidamente credenciados têm as 
seguintes prerrogativas (RI, art. 45): 
a) imediato e livre ingresso em entidades e órgãos sujeitos à jurisdição do Tribunal, com ampla liberdade 
de consulta e análise; 
b) acesso a todos os documentos, informações e registros necessários à realização de seu trabalho, 
inclusive a sistemas de processamento de dados; 
c) aplicação de procedimento de circularização, como solicitação de confirmação de informações 
relativas a atos e fatos do órgão ou entidade auditada, mediante a obtenção de declaração formal de 
terceiros. 
A prerrogativa de acesso irrestrito a todas as fontes de informações, documentos ou registros 
disponíveis em órgãos e entidades da Administração Municipal, inclusive a sistemas eletrônicos de 
processamento de dados, se estende não só aos servidores, mas também ao Tribunal e a seus 
Conselheiros (RI, art. 2º), estando amparada na Lei Orgânica do Município de São Paulo (art. 53, IV 
e § 1º) e na Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Município de São Paulo (art. 39). 
Nesse sentido, o Regimento Interno do TCM dispõe que o Tribunal poderá requisitar, a qualquer 
órgão ou pessoa sob a sua jurisdição, os documentos e informações necessárias ao exercício de suas 
atribuições, fixando prazo para atendimento. Também poderá executar auditorias, 
acompanhamentos, inspeções, ou realizar análises em processos ou documentos, no próprio local 
em que se encontrem, a qualquer tempo (RI, art. 2º, §§ 1º e 2º). 
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Os responsáveis que negarem o acesso ou disponibilização de processo, documento ou informação 
ao Tribunal estarão sujeitos às penalidades legais, sem prejuízo da sanção de multa prevista na Lei 
Orgânica e no Regimento Interno do TC, que será estudada mais adiante. 
 
Processos de fiscalização 
Procedimentos de 
fiscalização 
§ acompanhamentos; 
§ inspeções; 
§ auditorias; 
§ análises; 
§ auditorias operacionais; 
§ auditorias transversais. 
Plano Anual de Fiscalização 
§ elaborado pelo Subsecretário de Fiscalização e Controle; 
§ aprovação = autorização p/ instauração dos processos de 
fiscalização. 
§ auditoria extraplano depende de autorização expressa do 
Presidente ou do Conselheiro Relator. 
Competência de realização 
das fiscalizações 
§ servidores do Tribunal devidamente credenciados pelo 
Presidente ou Subsecretário de Fiscalização e Controle 
(delegação); 
Prerrogativas 
§ imediato e livre ingresso em entidades e órgãos sujeitos à 
jurisdição do Tribunal, com ampla liberdade de consulta e 
análise; 
§ acesso a todos os documentos, informações e registros 
necessários à realização de seu trabalho, inclusive a sistemas 
de processamento de dados; 
§ aplicação de procedimento de circularização, como solicitação 
de confirmação de informações relativas a atos e fatos do órgão 
ou entidade auditada, mediante a obtenção de declaração 
formal de terceiros. 
 
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1.3 FISCALIZAÇÃO DE ATOS E CONTRATOS 
Esse é um tema que tem uma grande correlação com as competências constitucionais do Tribunal 
de Contas. Dessa forma, nós já estudamos algumas coisas nas nossas aulas anteriores. Porém, vamos 
retomar agora apreciando alguns detalhes do Regimento Interno. 
Primeiramente, vale lembrar que os administradores públicos se submetem à prestação ou tomada 
de contas anual. Assim, os processos de fiscalização não se confundem com as contas do 
responsável. Porém, os resultados do processo de fiscalização podem impactar, de forma positiva 
ou negativa, no julgamento ou apreciação das contas. Por exemplo, se um processo de fiscalização 
identificar irregularidades graves em um contrato na Prefeitura de São Paulo, o Tribunal poderá 
considerar as irregularidades quando for julgar o processo de contas anual do Prefeito. 
 
Ao contrário dos processos de contas, tecnicamente, os processos de fiscalização não são 
julgados pelos Tribunais de Contas, mas sim apreciados, analisados ou decididos. Ao 
identificar uma ilegalidade, o Tribunal determina a correção e, quando for o caso, aplica 
multa. 
Entretanto, a Lei Orgânica e o Regimento Interno do TCM/SP mencionam, em diversos 
pontos, o julgamento de processos de fiscalização. Dessa forma, questões utilizando 
expressões como “julgar o ato ilegal” ou “julgar a auditoria” não estariam incorretas no 
caso do TCM. 
Em relação à fiscalização dos atos e contratos municipais, o Regimento Interno estabelece que os 
órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta e a Câmara Municipal de São Paulo devem 
comunicar ao Tribunal a realização de todo e qualquer ato de que resulte despesa, receita ou sua 
renúncia, assunção de obrigações ou comprometimento de bens e valores públicos. Essas 
comunicações são disciplinadas por meio de instruções (art. 47, caput e § único). 
Especificamente quanto à apreciação dos contratos, o Regimento Interno prevê que, além dos 
aspectos formais, serão examinados (art. 48): 
a) seus objetos em relação ao interesse público; 
b) a observância ao princípio da economicidade; e 
c) a compatibilidade dos preços praticados com os vigentes no mercado. 
Além disso, já vimos que uma das finalidades dos procedimentos de fiscalização no âmbito do TCM 
é “propor recomendações e alternativas para a melhoria da gestão de seus jurisdicionados”. Ou seja, 
quando verificadas oportunidades de melhoria de gestão, o Tribunal poderá emitir recomendações 
para adoção de providências. Por exemplo, o Tribunal realiza uma fiscalização em diversas 
secretarias e percebe as “melhores práticas” adotadas em algumas delas, como a realização de 
licitações de forma centralizada, optando pelo registro de preços para atender às necessidades de 
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várias unidades simultaneamente. Nesse caso, o Tribunal poderá recomendar a adoção de 
procedimento semelhante em outras unidades, em virtude das boas práticas identificadas. Perceba 
que, em nenhum momento, nós falamos que as outras unidades cometerem alguma irregularidade, 
mas o Tribunal verificou que “o que já estava bom, poderia melhorar”. 
Agora vamos ver o que acontece quando são verificadas ilegalidades ou irregularidades em atos e 
contratos! 
1.3.1.1 Ilegalidade de atos e contratos 
A aplicação de sanções é relevante, em virtude do seu caráter pedagógico. Porém, não adianta 
aplicar uma multa e deixar a irregularidade do jeito que está. Por isso, uma das principais 
competências dos Tribunais de Contas é a fixação de prazo para que o órgão ou entidade adote as 
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade (CF, art. 71, IX). 
Já conversamos oportunamente sobre esse tema. Mas, em virtude da sua relevância, vamos voltar 
a tratar do assunto nesta aula, com todos os detalhes do Regimento. 
Primeiramente, não confunda a determinação da correção da ilegalidade com a sustação do ato ou 
contrato. É aqui que alguns alunos causam uma certa confusão. São dois momentos distintos, 
relacionados, mas inconfundíveis. 
Quando identificar uma ilegalidade ou irregularidade de qualquer despesa, oTribunal fixará prazo 
para que a repartição de origem adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei e 
à regularização do ato ou contrato impugnado (RI, art. 195). Observe que não importa se a despesa 
irregular decorre de um ato ou de um contrato em execução, o tribunal assinará prazo para a sua 
correção. 
A decisão que fixar prazo para a regularização de ato considerado ilegal será executada, 
independentemente da identificação e condenação do responsável pela ilegalidade (RI, art. 195, 
§6º). Por exemplo, o Tribunal fixará prazo para correção de ilegalidade verificada em pagamentos 
realizados em determinado contrato independentemente da identificação e condenação do servidor 
que deu causa à irregularidade nos pagamentos. 
Fixado o prazo para a regularização do ato e ainda que pendente recurso da decisão, o responsável 
não poderá realizar pagamento ou assumir obrigação com base no ato impugnado, sob pena de 
responder, direta ou solidariamente, pelos danos decorrentes, se confirmada a decisão, sem 
prejuízo das demais sanções legais (art. 195, §7º). 
Se o ato for julgado nulo por vício insanável, o Plenário aplicará aos responsáveis, na mesma decisão, 
as penalidades a que estiverem sujeitos, ou os condenará ao ressarcimento do dano ao erário, sem 
prejuízo das medidas resultantes da declaração de nulidade, a serem adotadas pelas autoridades 
competentes (RI, art. 198). 
 
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Fixar prazo para o exato cumprimento da lei significa que o Tribunal vai determinar que 
o administrador corrija a ilegalidade identificada. Isso pode ser adotado por um ajuste no 
ato ou contrato ou, às vezes, por meio da anulação. Logo, o Tribunal pode determinar 
que o responsável anule o ato ou o contrato ilegal. 
Por exemplo, se o Tribunal identificar um contrato administrativo que foi assinado sem 
licitação e fora das hipóteses de contratação direta, o Tribunal determinará, em regra, a 
anulação do contrato, já que ele não poderia existir sem licitação prévia. 
Entretanto, vamos fazer duas ressalvas! A primeira é que o Tribunal não anula o ato ou 
contrato. O Tribunal não possui competência para anular nem o ato e nem o contrato. O 
Tribunal apenas determina que a autoridade pública faça a anulação. 
A segunda ressalva é que “determinar que seja anulado” não se confunde com sustar. No 
primeiro caso, o Tribunal determina que o responsável retire o ato do mundo jurídico em 
virtude da ilegalidade; no segundo, o próprio Tribunal ou o Legislativo – no caso de 
contratos – susta a execução, ou seja, retira a eficácia do ato ou contrato, conforme o 
caso. 
Vejamos um exemplo de determinação de anulação de contrato. 
Acórdão nº 1134/2017 – TCU – Plenário 
 ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em sessão do 
Plenário, ante as razões expostas pelo Relator, em: 
 9.1. com fundamento no art. 71, inciso IX, da Constituição Federal e no art. 45, 
caput, da Lei 8.443/1992 c/c o art. 251 do Regimento Interno do TCU, assinar prazo 
de quinze dias para que a Comissão Nacional de Energia Nuclear - Cnen adote as 
providências necessárias para a anulação do Contrato 18/2012, firmado com a 
Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa - Fundep, informando ao TCU as medidas 
adotadas; 
 
Mas agora é que vem a parte um pouquinho mais complexa. Quando o Tribunal emite uma 
determinação, isso não significa que o jurisdicionado necessariamente irá cumpri-la. Pode ser que o 
gestor simplesmente não cumpra o que o Tribunal determinou. E a pergunta que você deve fazer é: 
“e agora, o que acontece?” É aqui que a gente começa a separar os atos e os contratos! 
No caso de ato administrativo, o Tribunal, se não atendido (RI, art. 195, § 1º): 
a) sustará a execução do ato impugnado; 
b) comunicará a decisão à Câmara Municipal de São Paulo, no prazo de 15 dias; 
c) aplicará ao responsável a multa prevista no Regimento. 
Veja que, nesse caso, o Tribunal pode sustar o ato, ou seja, retirar a sua eficácia. 
Por outro lado, no caso de contrato, o caminho é um pouco diferente. O Tribunal não pode sustar o 
contrato diretamente. Então, o Tribunal adotará as seguintes medidas (RI, art. 195, §§2º e 3º): 
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a) se contratante e contratado não tiverem se manifestado no feito, o Tribunal promoverá sua intimação 
para produzirem defesa, que será submetida à apreciação do Tribunal Pleno; 
b) persistindo a conclusão de ilegalidade ou irregularidade e não atendida a determinação para a sua 
regularização, o Tribunal comunicará o fato à Câmara Municipal de São Paulo, a quem compete adotar 
o ato de sustação e suscitar as medidas cabíveis a cargo do Executivo Municipal. 
Entretanto, se a Câmara Legislativa ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as 
medidas previstas acima, o Tribunal decidirá a respeito da sustação do contrato (RI, art. 195, § 4º). 
A partir daqui, o Tribunal “ganha” a competência para sustar o contrato. Entretanto, alguns 
contratos tratam de temas sensíveis (por exemplo: um contrato de fornecimento de medicamentos). 
Por isso, nem sempre o Tribunal adotará a sustação, pois a continuidade do contrato pode ser menos 
danosa ao interesse público do que a sua manutenção. 
Porém, se decidir sustar o contrato, o Tribunal adotará as seguintes medidas: (i) determinará ao 
responsável que, no prazo de até quinze dias, adote as medidas necessárias ao cumprimento da 
decisão; (ii) aplicará a multa prevista no Regimento; (iii) comunicará o decidido à Câmara Municipal 
(RI, art. 195, § 5º). 
 
 
 
Fiscalização de atos e contratos 
Identificação de 
ilegalidade em 
atos ou contratos
Nos dois Fixa prazo para o exato cumprimento da lei
Se não 
atendido
Atos
(i) susta
(ii) aplica multa e
(iii) comunica à CM
Contratos
(i) intima contratante e contratado
(ii) comunica à CM
(iii) depois de 90 dias, sem as 
providências, o TC poderá sustar e 
aplicará multa
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Exame 
§ todo e qualquer ato de que resulte despesa, receita ou sua renúncia, 
assunção de obrigações ou comprometimento de bens e valores públicos 
deverá ser comunicado ao TC; 
§ RI não detalha exame de atos; 
§ no caso de contrato: 
§ aspectos formais;§ objeto x interesse público; 
§ observância ao princípio da economicidade; e 
§ a compatibilidade dos preços praticados com os vigentes no mercado. 
Ilegalidade de 
atos ou 
contratos 
§ TC não anula, mas pode determinar que o órgão anule ato ou contrato (não 
precisa esperar, nesse caso, o legislativo); 
§ identificou ilegalidade em ato ou contrato: fixa prazo para a correção; 
§ se a determinação não for cumprida: 
§ no caso de ato: 
§ susta a execução; 
§ comunica à CM em até 15 dias; 
§ aplica a multa; 
§ no caso de contrato: 
§ intima o contratante e o contratado, caso ainda não tenham se 
manifestado, e Plenário analisa a defesa; 
§ persistindo a conclusão de ilegalidade, comunica à CM; 
§ depois de 90 dias, sem adoção das providências pelo Legislativo ou 
Executivo, o TC poderá decidir a respeito; 
§ se sustar o contrato: (i) fixará prazo de 15 dias para o cumprimento; (ii) 
aplicará multa; (iii) comunicará à CM. 
Observação 
§ Tecnicamente, o “julgamento” é exclusivo para os processos de contas, mas 
a LO e o RI do TCM mencionam o julgamento de atos e contratos em diversos 
pontos. 
 
 
1.4 DENÚNCIA E REPRESENTAÇÃO 
Geralmente, no controle externo, as expressões “denúncia” e “representação” não têm o mesmo 
sentido. Entretanto, diversas normas legais utilizam as expressões basicamente com o mesmo 
significado, pelo menos no âmbito da administração pública. 
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Esse é o caso do regimento interno do TCM/SP, ao prever que “qualquer cidadão, partido político, 
associação ou sindicato é parte legítima para formular representação ou denunciar irregularidades 
ou ilegalidades perante o Tribunal” (RI, art. 54). 
Inicialmente, devemos analisar quais são os legitimados para representar ou denunciar: 
§ cidadão; 
§ partido político; 
§ associação; 
§ sindicato. 
E nesse caso, estamos falando de “qualquer” um. O Regimento não fez requisitos específicos, basta 
que seja cidadão, partido político, associação ou sindicato. Só isso! 
No caso, cidadão é a pessoa no gozo dos direitos políticos. Quanto ao partido político, associação ou 
sindicato, também estamos falando de “qualquer um”. Logo, o partido político não precisa de 
representação no Congresso Nacional ou em qualquer outra casa legislativa; na mesma linha, a 
associação e o sindicato também não precisam de requisitos específicos como “quantidade de 
membros” ou “constituição a tantos anos”. 
Além disso, também não se está exigindo a “pertinência temática”. Por exemplo, uma associação 
pode denunciar uma irregularidade em um contrato administrativo, ainda que o contrato não tenha 
qualquer relação com a área de atuação da associação. 
Ademais, a denúncia ou representação deverá atender a determinados requisitos para que seja 
admitida no Tribunal. Segundo o Regimento Interno (art. 55), são requisitos de admissibilidade da 
representação ou denúncia sobre matérias de competência do Tribunal: 
a) ser formalizada por petição escrita ou ser reduzida a termo; 
b) referir-se a órgão, administrador ou responsável sujeito à jurisdição do Tribunal; 
c) estar acompanhada de documentos que constituam prova ou indícios relativos ao fato denunciado 
ou à existência de ilegalidade ou irregularidade; 
d) conter o nome legível e a assinatura do representante ou denunciante, sua qualificação e endereço. 
Sobre o penúltimo requisito, perceba que a denúncia ou representação deverá conter provas ou 
informações mínimas que possam indicar que houve uma irregularidade. Isso porque não se pode 
exigir do denunciante/representante um conjunto probatório complexo, sob pena de inviabilizar a 
apresentação de denúncias ou representações. Na ausência de provas, cabe ao denunciante ou 
representante, então, apresentar indicações mínimas da ocorrência do fato denunciado, mas o 
Tribunal é que deverá produzir os elementos probatórios mais robustos ao longo da uma instrução 
processual. 
Caso a representação ou denúncia seja formulada por cidadão, deve ser juntada cópia do título de 
eleitor ou documento que a ele corresponda, como a prova de cidadania. Quando formulada por 
partido político, associação ou sindicato, a representação ou denúncia deverá ser acompanhada de 
prova da existência legal da entidade (RI, art. 55, §§1º e 2º). 
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A petição inicial do representante/denunciante será dirigida ao Presidente do Tribunal, que 
determinará sua autuação. Após autuada, a denúncia ou representação será encaminhada ao 
Conselheiro Relator. Nesse momento, o procedimento será apreciar se ela será recebida ou não 
recebida. Nesse caso, “receber” a denúncia/representação significa que ela atende aos requisitos 
para ser processada no Tribunal, motivo pelo qual ela será devidamente apreciada. Por outro lado, 
a denúncia/representação “não é recebida” quando não atende aos requisitos de admissibilidade. 
Caso a denúncia/representação não preencha os requisitos de admissibilidade vistos acima, o 
Conselheiro Relator poderá ordenar seu arquivamento de imediato ou poderá determinar o 
suprimento dos pressupostos processuais antes de decidir pelo arquivamento. O Relator também 
poderá determinar o saneamento de outros vícios processuais, concedendo ao requerente ou à 
parte a oportunidade para, se possível, corrigir o vício, antes de decidir pelo arquivamento dos autos. 
Atendidos os pressupostos de admissibilidade e recebida a representação ou denúncia, o Relator 
determinará a imediata apuração dos fatos denunciados, autorizando, inclusive, as inspeções e 
diligências que entender necessárias. 
Não confunda, todavia, o recebimento com a procedência. Esta ocorre quando o Tribunal apurou os 
fatos e concluiu que realmente as irregularidades informadas na denúncia/representação são 
verdadeiras. 
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Se, durante a apuração do fato denunciado, for constatada a existência de irregularidades, será 
assegurado o direito de defesa ao denunciado antes da deliberação final do Tribunal. 
Concluída a instrução, os autos serão enfim submetidos ao Tribunal Pleno, que decidirá pela 
procedência ou improcedência da denúncia/representação. No caso de julgamento de 
improcedência, os autos serão arquivados. 
O Regimento destaca ainda que o recebimento pelo Relator não impede que o Tribunal acabe 
determinando o arquivamento da representação ou denúncia inepta, inclusive por falta de 
fundamento jurídico, ou que tenha sido formulada com dolo ou má-fé. 
O acórdão do Tribunal exarado em processo de representação ou denúncia será encaminhado ao 
respectivo autor e ao representado ou denunciado, acompanhado de cópias das peças dos autos 
que subsidiaram a decisão. 
Por fim, quando apuradas irregularidades graves, o Regimento prevê que o Tribunal representará 
ao Ministério Público, ao Prefeito ou à Câmara Municipal de São Paulo, conforme o caso.Essa 
representação encontra fundamento na própria Constituição Federal, que prevê que compete ao 
Tribunal representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados (CF, art. 71, 
XI). 
Assim, quando for o caso, o Tribunal comunicará às autoridades competentes o resultado das 
apurações para a adoção de medidas corretivas das irregularidades e falhas apontadas. Por exemplo, 
o Tribunal representará ao MP quando identificar indícios de atos de improbidade ou de crime de 
ação pública, isto é, crime em que a ação é proposta, em regra, pelo MP. 
 
Denúncia e Representação 
Legitimados 
§ cidadão 
§ partido político 
§ associação 
Recebimento
(atende aos requisitos de 
admissibilidade)
Procedência
(as irregularidades 
denunciadas são 
verdadeiras)
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§ sindicato 
Requisitos de 
admissibilidade 
§ nome legível, assinatura, qualificação e endereço do 
denunciante/representante + 
§ se cidadão: título de eleitor ou documento correspondente; 
§ se partido político, associação ou sindicato: prova de existência legal 
da entidade; 
§ relacionada a administrador, responsável ou órgão sujeito à jurisdição do TC; 
§ formalizada por petição escrita ou ser reduzida a termo; 
§ prova ou indício relativo à irregularidade ou ilegalidade. 
Não 
recebimento § se não preencher os requisitos de admissibilidade; 
Irregularidades 
graves 
§ Tribunal representará ao Ministério Público, ao Prefeito ou à Câmara 
Municipal de São Paulo, conforme o caso. 
 
 
1. (Cespe – Analista de Controle/TCE PR/2016) 
Em relação ao papel dos tribunais de contas (TCs) no controle da administração pública 
brasileira, assinale a opção correta. 
a) O TC poderá se recusar a prestar informações solicitadas por comissão temporária do Poder 
Legislativo. 
b) Denúncias feitas por entidades do setor privado somente serão recebidas pelo TC depois de 
processadas pelo sistema de controle interno. 
c) Se o TC decidir, em caráter definitivo, pela imputação de multa a determinado gestor, o 
débito decorrente da decisão terá presunção de liquidez e certeza. 
d) Os TCs e os respectivos Poderes Legislativos têm as mesmas competências de fiscalização e 
controle, embora aqueles sejam órgãos auxiliares destes. 
e) Cabe ao Tribunal de Contas da União aprovar decisão da Comissão Mista de Orçamentos do 
Congresso Nacional a respeito da sustação imediata de atos com indícios de despesas não 
autorizadas. 
Comentário: 
a) segundo a Constituição Federal, o TCU deverá prestar as informações solicitadas pelo Congresso 
Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas comissões (CF, art. 71, VII). 
Logo, não se pode negar a prestação de informações a qualquer das comissões do Legislativo – 
ERRADA; 
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b) as denúncias podem ser apresentadas diretamente ao Tribunal. Não é requisito de 
admissibilidade o prévio processamento no controle interno – ERRADA; 
c) as decisões que imputem débito ou multa possuem eficácia de título executivo, o que enseja a 
liquidez e certeza (ainda que relativa). Talvez a questão não tenha ficado “100%”, já que a expressão 
“débito” foi utilizada em sentido impróprio, para se referir ao valor devido da multa. Não chega a 
ser errado chamar de débito, mas por técnica costumamos separar o débito – valor correspondente 
ao dano causado ao erário – da multa – valor referente à sanção pecuniária. Porém, no cerne, a 
questão está certa, já que o valor referente à multa possui presunção de liquidez e certeza, 
justamente porque já foi objeto de apuração no âmbito do Tribunal de Contas – CORRETA; 
d) temos dois erros aqui. Primeiro que o Tribunal de Contas não é “órgão auxiliar”, mas um órgão 
que presta o auxílio ao Legislativo. Além disso, as competências são distintas, ainda que, em alguns 
casos, sejam relacionadas – ERRADA; 
e) o TC apenas emitirá um parecer conclusivo sobre a matéria. Porém, a decisão sobre a sustação da 
despesa pertence ao Legislativo. 
Gabarito: alternativa C. 
2. (Cespe – Procurador/Ministério Público do Tribunal de Contas União/2015 – adaptada) 
O TCM/SP, estabelece, como requisito de admissibilidade para apuração de denúncia, que esta 
a) seja sempre formalizada por petição escrita. 
b) se refira a administrador ou a responsável sujeito à jurisdição do TCM/SP. 
c) contenha o nome legível do denunciado, com o acréscimo de sua qualificação e endereço. 
d) trata de matéria restrita à malversação de recurso. 
e) apresente prova do fato denunciado. 
Comentário: 
a) a denúncia também poderá ser reduzida a termo (RI, art. 55, I) – ERRADA; 
b) a denúncia deve estar relacionada a administrador, responsável ou órgão sujeito à jurisdição do 
Tribunal (RI, art. 55, II) – CORRETA; 
c) a questão trocou “denunciante” por “denunciado” – ERRADA; 
d) a denúncia deverá versar sobre competência do TCM, o que não se resume à malversação de 
recurso – ERRADA; 
e) a denúncia deverá conter prova OU indícios da irregularidade ou ilegalidade denunciada, pois não 
se pode exigir do denunciante um conjunto probatório complexo, sob pena de inviabilizar a 
apresentação de denúncias – ERRADA. 
Gabarito: alternativa B. 
3. (FCC – Analista de Controle Externo/TCE CE/2015 – adaptada) 
As inspeções e auditorias do TCM/SP podem ser realizadas 
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a) de ofício, exclusivamente. 
b) por iniciativa da CM, exclusivamente. 
c) de ofício ou por iniciativa da CM. 
d) de ofício, por iniciativa da CM ou de associação de classe. 
e) de ofício, por iniciativa da CM ou provocada por cidadãos. 
Comentário: as inspeções e auditorias podem ser realizadas por iniciativa do próprio Tribunal, da 
Câmara Municipal ou qualquer de suas comissões, bem como de cidadãos que subscreverem 
requerimentode pelo menos 1% do eleitorado municipal. Analisando as opções disponíveis, só dá 
para marcar a letra E. Claro que a questão poderia ter especificado que o pedido pode partir também 
de comissão da Câmara e que a iniciativa dos cidadãos depende de requerimento de pelo menos 1% 
do eleitorado municipal, mas a gente tem que julgar as questões pelo seu contexto. Como nenhuma 
alternativa estava completa, vamos com a melhor (no caso, a letra E). 
Gabarito: alternativa E. 
4. (Cespe – Auditor Municipal de Controle Interno/CGM João Pessoa/2018 – adaptada) 
Compete ao Tribunal de Contas do Município de São Paulo, no exercício do controle externo, 
acompanhar a execução orçamentária das entidades da administração pública direta e indireta 
do município, exceto das fundações públicas. 
Comentário: o acompanhamento é um dos procedimentos de fiscalização previstos no Regimento 
(RI, art. 44). Embora a legislação do TCM não defina seus procedimentos de fiscalização, 
“acompanhar” é uma forma de controle concomitante, em que se verifica, ao longo de um período 
predeterminado, a legalidade, legitimidade e desempenho da gestão pública. Assim, cabe ao 
Tribunal de Contas acompanhar a execução orçamentária das entidades do Poder Público, inclusive 
as fundações públicas. 
Gabarito: errado. 
5. (FCC - Analista Judiciário/TRE RN/2011 – adaptada) 
No âmbito do Controle Externo exercido pelo TCM/SP, são procedimentos de Fiscalização: 
a) Levantamentos, Auditorias, Inspeções, Acompanhamentos e Análises Formais. 
b) Avaliação do Cumprimento das Metas Previstas no Plano Plurianual, da Execução dos 
Programas de Governo e da Renúncia de Receitas. 
c) Auditorias, Inspeções, Acompanhamentos e Análises. 
d) Levantamentos, Auditorias, Inspeções, Acompanhamentos e Diligências. 
e) Auditoria Contábil, Financeira, Orçamentária, Operacional e Patrimonial. 
Comentário: essa questão é no estilo “decoreba”. Só para fechar, são procedimentos de fiscalização 
(RI, art. 44): acompanhamentos, inspeções, auditorias, análises, auditorias operacionais e auditorias 
transversais. Embora não tenha mencionado todos os tipos de auditoria previstas no regimento, a 
alternativa C está correta. 
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Gabarito: alternativa C. 
 
 
 
6. (Cespe – Procurador/Ministério Público do Tribunal de Contas União/2015 – adaptada) 
Uma inspeção só pode ser realizada por autorização expressa da presidência do TCM ou do 
Conselheiro Relator. 
Comentário: as inspeções podem constar no plano de fiscalização, cuja aprovação autoriza a 
Subsecretaria de Fiscalização e Controle a emitir as correspondentes ordens de serviço para 
instauração do processo de fiscalização (RI, art. 92, §1º). O Regimento não detalha a quem compete 
essa aprovação, mas, de qualquer forma, o que depende de autorização expressa do Presidente ou 
do Conselheiro Relator é a auditoria extraplano, ou seja, a auditoria não prevista no plano anual de 
fiscalização (art. 92, §2º). 
Gabarito: errado. 
7. (Cespe – Auditor de Controle Externo/TCE PE/2017) 
Embora não tenham poder para anular ou sustar contratos administrativos, os tribunais de 
contas têm competência para determinar à autoridade administrativa que promova a anulação 
do contrato e, se pertinente, da licitação da qual ele houver se originado. 
Comentário: a questão está certa, mas hoje nós podemos fazer uma pequena ressalva. Vamos lá! 
De fato, o Tribunal não pode anular um contrato nem tem competência para – diretamente – sustar 
um contrato administrativo. Por outro lado, o Tribunal poderá determinar que a autoridade 
promova a anulação, sendo que o descumprimento da determinação poderá culminar com a 
aplicação de multa. 
Assim, o Tribunal determina que a autoridade anule o contrato; se a determinação não for cumprida 
no prazo, a Corte intima o contratante e o contratado, caso ainda não tenham se manifestado; 
persistindo a conclusão de ilegalidade, comunica à CM; se, depois de 90 dias, o Legislativo ou o 
Executivo não houver adotados as medidas cabíveis, o Tribunal poderá decidir a respeito da 
sustação. Dessa forma, a questão está certa. 
Mas professor, qual a ressalva que pode ser realizada? Na verdade, o TC não pode sustar 
diretamente. Porém, a questão é cópia de uma decisão do STF, em que se afirmou que: 
EMENTA: I. Tribunal de Contas: competência: contratos administrativos (CF, art. 71, IX e §§ 1º e 2º). O 
Tribunal de Contas da União - embora não tenha poder para anular ou sustar contratos 
administrativos - tem competência, conforme o art. 71, IX, para determinar à autoridade 
administrativa que promova a anulação do contrato e, se for o caso, da licitação de que se originou. 
Algumas ementas de decisões, quando analisadas de forma isolada, fora do contexto, acabam 
ficando com um texto que não é totalmente técnico. Porém, não é que a decisão não foi técnica – 
afinal, não estamos aqui para dar uma “nota” ao Supremo –, mas ela foi colocada na questão fora 
do contexto. Logo, quando fazemos questões, temos que tomar cuidado para não “dar muitas 
voltas”, pois corremos o risco de perder um quesito de prova. Essa questão foi um exemplo. 
Gabarito: correto. 
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8. (Cespe – Analista de Controle Externo/TCE PE/2017) 
Cabe aos tribunais de contas a anulação de ato ou contrato dos órgãos jurisdicionados eivado 
de vícios. 
Comentário: não cabe aos tribunais de contas realizar a anulação. Somente a própria administração 
ou o Poder Judiciário podem anular os atos ou contratos. Nesse caso, o Tribunal de Contas determina 
que a autoridade promova a anulação, dentro da sua competência constitucional de “assinar prazo 
para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se 
verificada ilegalidade” (CF, art. 71, IX). 
Gabarito: errado. 
9. (Cespe – Analista de Controle Externo/TCE MG/2018 – adaptada) 
Uma sociedade de economia mista do município de São Paulo realizou procedimento 
licitatório, conforme norma a ela aplicável, para elaboração de projeto executivo e construção 
da nova sede da empresa. O procedimento foi encerrado com a contratação da construtora 
vencedora. Durante a execução da obra, o gerente responsável pagou à construtora por etapa 
ainda não concluída, sob a alegação de que esse pagamento propiciaria o término dos 
trabalhos em menor prazo. Em fiscalização, equipe do TCM entendeu que o referido 
pagamento adiantado contrariava as normas aplicáveis à execução do contrato. 
Com relação a essa situação hipotética, assinale a opção correta. 
O TCM deve sustar imediatamente o contrato em execução e, na sequência, comunicar o fato 
à Câmara Municipal, para que esta tome as demais providências. 
Comentário: quando identificar ilegalidade em ato ou contrato, o Tribunal de Contas fixa prazo para 
o exato cumprimento da lei. Se a medida não for cumprida, aí teremos duas situações distintas. No 
caso de ato, a Corte susta a execução, comunica a decisão à Câmara Municipal e aplica multa ao 
responsável. No caso de contratos, o Tribunal intima o contratante e o contratado, caso ainda não 
tenham se manifestado, e a defesa será analisada pelo Plenário; persistindo a conclusão de 
ilegalidade, comunica à Câmara Municipal, a quem compete adotar o ato de sustação e suscitar as 
medidas cabíveis a cargo do Executivo Municipal; Somente depois de 90 dias, sem que o Legislativo 
ou o Executivo tenha adotado as medidas cabíveis, é que o Tribunal poderá decidir a respeito da 
sustação dos contratos. Logo, não cabe ao Tribunal sustar contratos imediatamente. 
Gabarito: errado. 
10. (Estratégia Concursos – Inédita) 
Compete ao TCM/SP realizar, por iniciativa da CâmaraMunicipal ou de suas comissões, 
inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e 
patrimonial nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo e Executivo, e nas entidades 
da administração indireta, excluídas as fundações e sociedades instituídas ou mantidas pelo 
Poder Público municipal. 
Comentário: A afirmativa corresponde ao art. 48, inciso IV, da Lei Orgânica do Município de São 
Paulo: 
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IV - realizar, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo e Executivo e nas demais entidades 
referidas no inciso II, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, 
operacional e patrimonial, por iniciativa própria e, ainda, quando forem solicitadas: 
a) pela Câmara Municipal, por qualquer de suas Comissões; 
b) por cidadãos que subscreverem requerimento de pelo menos 1% (um por cento) do eleitorado do 
Município; 
O inciso II se refere às entidades da administração indireta, como autarquias, empresas públicas e 
sociedades de economia mista, incluindo as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público 
Municipal. 
Logo, um dos erros da questão está na expressão “excluídas as fundações e sociedades instituídas 
ou mantidas pelo Poder Público municipal”. 
Outro erro está em não mencionar que a iniciativa também pode ser dos cidadãos que subscreverem 
requerimento de pelo menos 1% do eleitorado municipal. 
Gabarito: errado. 
11. (Estratégia Concursos – Inédita) 
Verificada a ilegalidade de ato ou contrato, o Tribunal assinará prazo para que o responsável 
adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei. No caso de ato administrativo, 
o Tribunal, se não atendido, apenas comunicará a decisão à Câmara Legislativa, a quem 
compete adotar o ato de sustação e solicitar, de imediato, ao Poder Executivo, as medidas 
cabíveis. 
Comentário: as providências a serem adotadas pelo Tribunal variam conforme se tratar de ato ou 
de contrato administrativo. 
No caso de ato administrativo, o Tribunal, se não atendido (RI, art. 195, § 1º): 
I - sustará a execução do ato impugnado; 
II - comunicará a decisão à Câmara Municipal de São Paulo, no prazo de 15 (quinze) dias; 
III- aplicará ao responsável a multa prevista neste Regimento. 
Já no caso de contrato (§3º) é que o Tribunal, se não atendido, comunicará o fato à Câmara 
Municipal, a quem compete adotar o ato de sustação e suscitar as medidas cabíveis a cargo do 
Executivo Municipal. 
Gabarito: errado. 
12. (Estratégia Concursos – Inédita) 
Qualquer pessoa, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para representar ou 
denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas. 
Comentário: o art. 54 do Regimento Interno diz que qualquer cidadão (e não qualquer pessoa), 
partido político, associação ou sindicato é parte legítima para formular representação ou denunciar 
irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal. O cidadão é aquele que está em pleno gozo de 
seus direitos políticos. Nesse caso, o Regimento diz que “em se tratando de representação ou 
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denúncia formulada por cidadão, é indispensável a prova de cidadania, mediante a juntada à inicial 
de cópia do título de eleitor ou documento que a ele corresponda” (RI, art. 55, § 1º). 
Gabarito: errado. 
2 APRECIAÇÃO DE ATOS SUJEITOS A REGISTRO 
Este também é um tema que já estudamos ao longo do curso. Não vamos discutir aqui a 
jurisprudência, pois isso já foi objeto de estudo na parte constitucional sobre as competências dos 
tribunais de contas. Assim, aqui nós vamos falar sobre o que dispõe o Regimento Interno. 
Segundo o Regimento Interno, para fins de apreciação da legalidade e registro dos atos de admissão 
de pessoal, a qualquer título, os órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta deverão 
encaminhar ao Tribunal, semestralmente, seus quadros de pessoal, bem como as alterações 
havidas, no prazo máximo de 30 dias, a contar da data em que essas ocorrerem, excetuadas as 
nomeações para cargos de provimento em comissão (art. 49). 
Os contratos de admissão de pessoal por tempo determinado, para atender à necessidade 
temporária de excepcional interesse público, também deverão ser encaminhados ao Tribunal, para 
registro, no prazo máximo de 30 dias, a contar da data em que celebrados. 
O Regimento não detalha a análise dos atos de admissão e a formação dos respectivos processos, as 
quais serão disciplinadas por Instruções normativas (art. 49, § único). 
Quando o ato de admissão de pessoal for considerado ilegal, o órgão de origem deverá adotar as 
medidas regularizadoras cabíveis, observada a legislação pertinente. Nessa situação, o responsável 
que deixar de adotar as referidas medidas sem apresentar justificativas, no prazo de 15 dias 
contados da ciência da decisão do Tribunal, ficará sujeito, direta ou solidariamente, ao 
ressarcimento das quantias pagas após essa data (RI, art. 50, caput e § único). 
A Lei Orgânica do TCM estabelece que os atos de concessão de aposentadorias e pensões devem 
ser encaminhados ao tribunal dentro de 60 dias da data de sua formalização (LO, art. 38, VIII). 
Segundo o Regimento Interno, a documentação pertinente aos atos de aposentadorias e pensões, 
concedidas pela Administração Direta e pelas Autarquias, deverá ser encaminhada ao Tribunal nos 
termos em que dispuser Resolução (RI, art. 52). Embora o Regimento mencione apenas as 
autarquias, lembramos que os atos de concessão inicial de aposentadorias e pensões de todas as 
entidades da Administração Indireta municipal estão sujeitos a registro pelo TCM. 
Considerada irregular a aposentadoria ou pensão, de forma definitiva, o registro será negado e a 
decisão será comunicada ao órgão concedente do benefício para que a situação do servidor ou dos 
beneficiários seja revista e regularizada, assinando-se prazo (RI, art. 199). 
Contudo, quando a denegação do registro ocorrer por vício insanável, teremos a nulidade do ato e 
a imediata cessação dos seus efeitos. 
Ademais, quando a irregularidade determinante da negativa de registro acarretar dano ao erário, o 
responsável poderá ser condenado ao ressarcimento do prejuízo e/ou penalidade (RI, art. 200). 
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Além disso, o ordenador da despesa, ou o responsável pelo órgão concedente da aposentadoria ou 
pensão, ficará sujeito à imposição de penalidade, nas seguintes hipóteses (RI, art. 201): 
a) quando exceder o prazo para cumprimento dos acórdãos, das decisões terminativas, finais e 
interlocutórias do Tribunal; 
b) no caso de omitir comunicação ao Tribunal sobre as providênciasadotadas. 
 
Atos sujeitos a registro 
Quando 
§ registro de admissão de pessoal (exceto cargo em comissão); 
§ registro de aposentadorias e pensões (exceto melhorias posteriores que não 
alterem o fundamento legal) 
Indeferimento 
do registro 
§ admissão: 
§ órgão deverá corrigir; 
§ prazo de 15 dias, sob pena de ressarcimento das quantias pagas após a 
decisão do TC; 
§ aposentadoria ou pensão: 
§ comunicará o órgão, assinando prazo para a regularização; 
§ dano ao erário: o responsável será condenado ao ressarcimento e/ou 
penalidade; 
§ vício insanável: nulidade do ato e cessação de seus efeitos. 
§ se não cumprir o prazo ou não comunicar providências adotadas, o 
responsável/ordenador de despesa ficará sujeito a penalidade. 
 
 
 
13. (Estratégia Concursos – Inédita) 
Todos os atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta e a 
concessão inicial de aposentadorias e pensões devem ser apreciados pelo Tribunal, para fins 
de registro. 
Comentário: a afirmativa errou ao dizer que todos os atos de admissão de pessoal devem ser 
apreciados pelo Tribunal. Isso porque, ficam excluídas dessa apreciação as nomeações para cargo 
de provimento em comissão, que são de livre nomeação e exoneração. 
Assim, na forma prevista do art. 48 da LOM, compete ao Tribunal: 
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III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na 
administração direta e indireta, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, 
bem como a das concessões de aposentadorias e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que 
não alterem o fundamento legal do ato concessório; 
Gabarito: errado. 
14. (Estratégia Concursos – Inédita) 
Em relação a apreciação dos atos sujeitos a registro, quando o ato de concessão de 
aposentadoria ou pensão for considerado ilegal, a decisão será comunicada ao órgão 
concedente do benefício e o Tribunal assinará prazo para que a situação do servidor ou dos 
beneficiários seja revista e regularizada. 
Comentário: é exatamente isso que dispõe o art. 199 Regimento Interno: 
Art. 199 - Considerada irregular a aposentadoria ou pensão, de forma definitiva e negado o registro, a 
decisão será comunicada ao órgão concedente do benefício, para que a situação do servidor ou dos 
beneficiários seja revista e regularizada, assinando-se prazo. 
Gabarito: correto. 
15. (Estratégia Concursos – Inédita) 
Quando um ato de admissão de pessoal por tempo determinado for considerado ilegal, o 
responsável que deixar de adotar as medidas regularizadoras cabíveis, no prazo de 15 dias 
contados da ciência da decisão do Tribunal, ficará sujeito ao ressarcimento das quantias pagas 
desde a data da admissão. 
Comentário: Quando qualquer ato de admissão de pessoal for considerado ilegal, incluindo as 
contratações temporárias, o órgão de origem deverá adotar as medidas regularizadoras cabíveis. 
Caso o responsável deixe de adotar as referidas medidas, sem apresentar justificativas, no prazo de 
15 dias contados da ciência da decisão do Tribunal, ficará sujeito, direta ou solidariamente, ao 
ressarcimento das quantias pagas após essa data (RI, art. 50, caput e § único). Portanto, o 
responsável pode ser condenado ao ressarcimento das quantias pagas desde a data da ciência da 
decisão do TC, e não desde a data da admissão ilegal. 
Gabarito: errado. 
3 SANÇÕES 
Primeiramente, devemos notar que, quando uma irregularidade ou ilegalidade é verificada pelo 
Tribunal, a responsabilidade de quem praticou o ato é pessoal e direta. Além disso, o ordenador da 
despesa possui responsabilidade subsidiária pelas ocorrências verificadas na sua gestão, quando 
não for autor do ato e esse não puder ser identificado, sem prejuízo da configuração da 
responsabilidade solidária (RI, art. 85). 
No mesmo sentido, os responsáveis pelo controle interno que tomarem conhecimento de qualquer 
irregularidade, ilegalidade ou ofensa aos princípios e normas do artigo 37 da Constituição Federal e 
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deixarem de dar ciência ao Tribunal ficarão sujeitos a sanções, por responsabilidade solidária (RI, 
art. 85, § único). O fundamento desse dispositivo encontra-se na própria Constituição Federal, que 
prevê que “os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer 
irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de 
responsabilidade solidária” (CF, art. 74, § 1º). 
Dessa forma, podem ser responsabilizados pelo TCM não só os agentes que efetivamente praticaram 
um ato irregular, como também o ordenador de despesa, os responsáveis pelo controle interno que 
tomaram ciência da irregularidade e deixaram de comunicar ao Tribunal, bem como outros 
responsáveis solidários identificados no processo. Todos eles estarão sujeitos a sanções. 
De acordo com a Constituição Federal, compete ao TCU: 
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, 
as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional 
ao dano causado ao erário. 
Tal competência se aplica também ao TCM, por força do princípio da simetria. Ademais, desse 
dispositivo, já podemos deduzir, desde logo, duas informações importantes: 
a) as sanções devem ser previstas em lei; 
b) a multa proporcional ao dano causado ao erário é uma das penas, mas outras podem ser instituídas 
por lei. 
Assim, a Lei Orgânica do TCM institui, em linhas gerais, as sanções que podem ser aplicadas pelo 
Tribunal. No caso do TCM/SP, podemos identificar apenas duas sanções (art.53): 
a) Multa; 
b) Advertência. 
Havendo cominação especial, essas sanções não serão aplicadas (LO, art. 54). Ou seja, se outra 
penalidade especial for aplicada ao responsável, o tribunal não aplicará as sanções de multa e 
advertência. 
Sobre a sanção de advertência, tanto a Lei Orgânica, quanto o Regimento Interno, são omissos na 
previsão das hipóteses de sua aplicação. O Regimento prevê tão somente que a pena de advertência 
será executada mediante registro no prontuário do servidor, a ser promovido pela autoridade 
competente, por determinação do Tribunal (art. 202). 
Já em relação à multa, encontramos mais detalhes na legislação. 
Segundo a Lei Orgânica do TCM, poderá implicar a imposição de multa a desobediência aos prazos 
nela fixados, bem como nas instruções do Tribunal (art. 55): 
a) Ao responsável que não prestar contas de adiantamento, ou as apresentar fora do prazo, ou não 
recolher saldo dentro do prazo fixado. 
b) Ao funcionário de repartição encarregado de proceder inicialmente à tomada e liquidação de contas 
ou exame das prestações de contas ou de adiantamentos. 
c) Aos responsáveis por tesourarias e demais órgãos pagadores da Fazenda Pública Municipal, que 
não comunicarem a entrega de numerário de adiantamento requisitado. 
d) Aos administradores de fundos especiais, que não prestarem suas contas, ou o fizerem fora do 
prazo prescrito. 
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Além das infrações acima, que se referem basicamente ao descumprimento de obrigações 
instituídas pela Lei Orgânica, a verificação de ilegalidades ou irregularidades na execução da 
despesa pública, bem como a desobediência aos prazos fixados em lei e no Regimento também 
ensejam a aplicação de multa (RI, art. 87, §2º) 
A Lei Orgânica estabelece que a multa poderá deixar de ser imposta se a justificativa apresentada 
evidenciar a inexistência de má fé ou a ocorrência de força maior, de livre convencimento do Corpo 
Julgador (LO, art. 55, §único). O Regimento Interno esclarece que o Corpo Julgador, nesse caso 
poderá ser o Tribunal Pleno, as Câmaras ou o Juiz Singular (RI, art. 88). 
Segundo a LO, a multa poderia variar de uma a cinco vezes o valor da Unidade de Valor Fiscal do 
Município de São Paulo - UFM, na data da sua imposição, e seu valor seria atualizado de acordo com 
a legislação pertinente (LO, art. 53). Ocorre que a UFM foi extinta em 1º de janeiro de 1996 e 
substituída pela Unidade Fiscal de Referência - UFIR, por meio da Lei nº 11.960, de 29 de dezembro 
de 1995. Logo, ainda que conste na Lei Orgânica a fixação em até cinco vezes o valor da UFM, 
atualmente não é mais essa a referência para o valor máximo da multa. 
Por isso, o Regimento Interno prevê que a multa aplicada pelo tribunal pode variar, de acordo com 
a gravidade da infração, de R$ 50,72 a R$ 253,58, conforme Resolução atualizada anualmente por 
Portaria do Presidente (art. 87). 
De qualquer forma, os valores não são importantes para fins de prova, mas você deve lembrar que 
há valores mínimo e máximo atualizados anualmente pelo Tribunal, e que as multas variam 
conforme a gravidade da infração. 
 
Você pode estar se perguntando como o tribunal avalia a gravidade da infração para fixar o valor 
das multas. A resposta também está no Regimento Interno. Para a caracterização da gravidade da 
infração, deverão ser considerados (RI, art. 87, §1º): 
a) o prejuízo ou a lesão ao erário; 
b) a improbidade; 
c) a violação do interesse público; 
d) a reincidência; e 
e) eventuais circunstâncias agravantes ou atenuantes. 
Sanções
Advertência Registro no prontuário do servidor
Multa
Valores mínimo e máximo atualizados 
anualmente pelo Tribunal
Varia conforme a gravidade da infração
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Observe que, no TCM/SP, a constatação de prejuízo aos cofres públicos é um dos fatores analisados 
na apuração da gravidade da infração, o que impactará no valor da multa. Contudo, o valor da multa 
continua submetido ao teto fixado em Resolução, e não ao valor do dano causado ao erário. 
Quando o responsável for servidor, a multa que lhe for aplicada poderá ser descontada de seus 
vencimentos, mediante sua prévia autorização (RI, 203, § único). 
 
Ademais, destaca-se que as decisões e os acórdãos do Tribunal de que resulte imputação de débito 
ou multa terão eficácia de título executivo. Dessa forma, assim como o débito, o valor referente à 
multa possui presunção de liquidez e certeza, pois já foi apurado pelo TC. 
Por fim, é fundamental não confundir as sanções que estudamos agora com as medidas cautelares, 
que serão estudadas adiante. As sanções sempre dependem de contraditório e ampla defesa 
prévios; já as medidas cautelares podem, ou não, ser precedidas de manifestação dos envolvidos. 
Logo mais, vamos falar do procedimento para a concessão de medidas cautelares. 
 
Sanções 
Observações 
gerais 
§ devem estar previstas em lei; 
§ dependem do contraditório e ampla defesa 
Espécies § advertência 
§ multa 
Advertência § executada mediante registro no prontuário do servidor 
Multa 
§ valores mínimo e máximo atualizados anualmente pelo Tribunal; 
§ varia conforme gravidade da infração, considerando: 
§ o prejuízo ao erário; 
§ a improbidade; 
Multa
Pode deixar de ser imposta
Inexistência de má fé
Ocorrência de força maior
Gravidade da infração
Prejuízo ao erário
Improbidade
Violação do interesse público
Reincidência
Circunstâncias agravantes ou atenuantes
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§ a violação do interesse público; 
§ a reincidência; e 
§ eventuais circunstâncias agravantes ou atenuantes 
§ quando: 
§ ilegalidades ou irregularidades na execução da despesa pública; 
§ inobservância de prazos; 
§ ausência de prestação de contas; 
§ ausência de prestação de contas de adiantamento ou não recolhimento 
do saldo dentro do prazo fixado; 
§ ausência de comunicação de entrega de adiantamento requisitado; 
4 MEDIDAS CAUTELARES 
No exercício das atividades do Tribunal, algumas medidas podem se demonstrar urgentes, sob pena 
de a decisão, tardia, possuir baixa eficácia. Por exemplo, se o Tribunal tomar conhecimento da 
realização de uma licitação pública com fortes indícios de direcionamento, a adoção de medidas 
preventivas poderá ser muito mais eficaz do que aguardar toda a tramitação do processo. Caso o 
Tribunal não faça nada de forma preventiva, a licitação poderá ser concluída e a contratação 
efetuada antes da decisão final da Corte. Para evitar situações como essas, o Tribunal poderá adotar 
as chamadas medidas cautelares. 
Portanto, as medidas cautelares são medidas preventivas, adotadas pelo Tribunal nos casos em que 
há urgência, sob o risco de a decisão final possuir baixa eficácia. 
Vale lembrar que o STF já reconheceu o poder geral de cautela dos tribunais de contas, com base 
na chamada teoria dos poderes implícitos. Isso significa que, quando a Constituição outorga uma 
competência a determinado órgão público, ela também outorga os poderes para o exercício dessa 
competência. 
 
Tecnicamente, existem dois pressupostos gerais para a concessão de medidas cautelares: 
a) a fumaça do bom direito (fumus boni juris); 
b) o perigo da demora (periculum in mora). 
Os nomes podem parecer assustadores, mas fique tranquilo, é muito mais simples do que 
parece. 
A fumaça do bom direito é uma decorrência da expressão “onde há fumaça, há fogo”. Tal 
pressuposto representa a demonstração de fortes indícios da ocorrência da 
irregularidade mencionada. Por exemplo, uma representação de uma equipe de auditoria 
poderá conter fortes elementos que indicam que houve direcionamento da licitação. 
Nesse caso, teremos “a fumaça do bom direito”. 
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 06
Controle