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Prova Eletrônica Cultura e Sociedade

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 Prova Eletrônica Cultura e Sociedade 
 
 
Pergunta 1 
3 / 3 pts 
Esses três movimentos e momentos na história do liberalismo e do capitalismo: 
o maltusianismo social, o darwinismo social e o neoliberalismo apresentam 
características essenciais comuns que precisam ser lembradas. Todos 
emergem em momentos de crise do capitalismo. Todos são movimentos 
tipicamente reacionários, isto é, de reação contra os reais ou supostos desvios 
de rota em relação aos ideais liberais. Todos se insurgem contra a interferência 
crescente do Estado, particularmente no campo social. Todos carregam o 
ranço ideológico típico de um profundo pessimismo. Todos têm um cunho 
fundamentalista, pregando por isso o retorno ao passado, imaginada pureza da 
fé liberal original. Todos buscam na naturalização do social a legitimação da 
exclusão social. 
Sobre o liberalismo econômico é possível afirmar que: 
 
Tem como ponto principal o fortalecimento do monopólio econômico do Estado 
em várias áreas produtivas. 
 
Se pauta na ideia de que o Estado não deve interferir no Mercado. 
 
Parte do princípio que o Estado deve atuar para diminuir as desigualdades 
sociais. 
 
O Estado é fortemente interventor já que é entendido sob o viés do poder total 
na mão do monarca. 
 
Tem como prioridade a distribuição equânime de rendas. 
 
Pergunta 2 
3 / 3 pts 
“Contudo, essa ação criativa nem sempre é iniciativa de um juiz ativista. No 
cenário contemporâneo a ação criativa muitas vezes é fomentada também pela 
derrogação política, o que deflagra, por consequência, um apoderamento da 
função legislativa por parte do judiciário. Isto é, nota-se que o poder legislativo 
tem delegado decisões ao poder judiciário por razões como a elaboração de 
leis vagas e ambíguas, a falta de fôlego e a pouca perícia técnica para atuar a 
cada mudança de quadro (Cappelletti, 1993); ou por não querer se envolver em 
questões impopulares ou irrelevantes do ponto de vista eleitoral (Tate; 
Vallinder: 1995). Por todos esses motivos, o poder legislativo é levado a não 
responder às demandas imediatas com presteza e a formular leis tardiamente. 
Ainda, quando formuladas, logo se tornam obsoletas dado o cenário de rápidas 
mudanças. O legislativo, por vezes, conduz-se de forma lenta e ineficiente 
nesse cenário. Assim, o judiciário e o executivo muitas vezes levam vantagem 
frente aos métodos legislativos e, por essa razão, ganham espaço no terreno 
político. “ 
Acerca da judicialização das relações sociais é possível afirmar que: 
 
É uma prática comum desde os primeiros códigos de leis escritos. 
 
Surge como um novo modelo de solução pacífica de conflitos sociais. 
 
Bastante utilizada na modernidade, foi abandonada na contemporaneidade e 
substituída pela luta política na garantia de direitos. 
 
Embora seja uma prática popularizada, tem como uma de suas consequências 
o esvaziamento da esfera política como mediadora de conflitos. 
 
Foi superada pela conquista e manutenção dos direitos pela movimentação 
política e pela luta dos movimentos sociais. 
 
Pergunta 3 
3 / 3 pts 
”Essa tensão permanente entre Estado, economia e sociedade aparece na 
esfera pública, que interconecta a vida privada, as experiências cotidianas, os 
apelos por justiça e distribuição das oportunidades, aos centros do poder do 
Estado e do poder econômico, e vice-versa. Dizendo de outra maneira, os 
processos comunicativos da esfera pública ligam os problemas do cotidiano 
dos homens comuns ao mundo sistêmico e aos centros de decisão política, e 
tornam visíveis aos cidadãos comuns as decisões do mundo sistêmico e das 
esferas funcionais, que vão alterar sua vida cotidiana.” 
Quando falamos em participação democrática: 
 
É garantida a todos os cidadãos por meio de votos, desde que os mesmos 
cidadãos estejam inseridos no mercado. 
 
Estamos falando apenas de votos e eleições. 
 
A esfera pública é o espaço criado para manifestação/organização das 
demandas sociais. 
 
Trata-se de uma proposta liberal voltada à manutenção de um Estado mínimo, 
ou seja, todos participam para que o trabalho do Estado diminua. 
 
Está restrita apenas a uma classe social, não sendo permitido o acesso de 
todos os cidadãos. 
 
Pergunta 4 
3 / 3 pts 
“A palavra "violência" parece ser um destes casos. Todos a conhecem ela é 
redigida ou pronunciada inúmeras vezes em incontáveis situações pelos mais 
diferentes atores sociais. O poder deste termo é evidente; ele parece expressar 
inequivocamente realidades sociais tão flagrantes quanto indesejáveis e 
dolorosas. Esta associação de "violência" a "inde¬selado.' e "doloroso" passa a 
ser vista corno a única acepção possível da palavra e ela a palavra, parece se 
fundir aos objetos que deveria representar. Esta fusão de palavra e coisa 
acaba por formar um agregado de difícil separação e no qual as distâncias 
entre a linguagem e seus objetos de referência são apagadas” 
Acerca da conceituação de violência é possível afirmar que: 
 
As ciências humanas sociais pautam-se em definições jurídicas do fenômeno 
para entendê-los. 
 
 
Trata-se de um conceito de difícil definição, visto a necessidade de 
contextualização para compreendê-lo. 
 
 
Um dos únicos conceitos onde a polissemia não está presente nas ciências 
humanas/sociais. 
 
 
Definidos no senso comum, esses fenômenos são transferidos sem mediações 
para as análises e reflexões científicas. 
 
 
Trata-se de um conceito unívoco, visto a unanimidade que encontramos em 
definir um ato violento. 
 
 
Pergunta 5 
3 / 3 pts 
“Muitas outras definições existem, algumas coincidentes, algumas divergentes. 
Por ser um fenômeno complexo e multicausal que atinge todas as pessoas e 
as afeta emocionalmente, a violência foge a qualquer conceituação precisa e 
cabal. “ 
As expressões da violência, para poderem ser compreendidas/ analisadas por 
meio da ciência, precisam ser: 
 
Compreendidas como universais, portanto independendo do território em que 
se expressam. 
 
 
Desassociadas das relações sociais onde se expressam. 
 
 
Desassociadas da cultura aonde se expressam. 
 
 
Entendidas em separado do meio em que se expressam 
 
 
Contextualizadas histórica, cultural e relacionalmente ao meio em que se 
expressam. 
 
 
Pergunta 6 
3 / 3 pts 
“De início, pode-se supor que o conceito de “distopia” poderia ser 
simplesmente definido por meio de sua simples contraposição ao conceito de 
“utopia”, o que não nos parece um procedimento adequado. Um método mais 
válido para esta definição parece-nos ser o que confronta eutopia e distopia. 
Ou seja, trata-se da oposição entre o “bom lugar” e o “lugar ruim”. Pois a 
distopia apresenta um componente de materialidade – trata-se, em sua 
maioria, de lugares situados no tempo (geralmente no futuro) e no espaço – 
que o termo utopia não pressupõe em igual medida; cujo oposto seria tão 
somente topia. Dito de forma resumida, podemos então dizer que a distopia 
caracteriza-se pela extrapolação negativa do status quo à época de sua 
funcionalização ficcional; já não nos parece ser cabível falar aqui em 
superação, como no conceito de utopia.” 
Nas distopias sociais, a sociedade geralmente é apresentada como: 
 
Sociedades justas e equilibradas, geralmente organizadas por mecanismos 
democráticos bastante consolidados. 
 
Sociedades idealizadas onde problemas ligados à sustentabilidade social e 
ambiental foram superados. 
 
Sociedades idealizadas onde elementos como ciência e tecnologia 
exacerbaram suas funções e os indivíduos, muitas vezes, está submetido às 
mesmas. 
 
Sociedades idealizadas, retratos paradisíacos de igualdade, fraternidade e 
liberdade. 
 
Sociedades idealizadas pautada na ideia de igualdade, onde as desigualdades 
de raça, cor e gênero estão superadas. 
 
Pergunta 7 
3 / 3 pts 
“Desse modo, por um lado, vemos na modernidade o ideário de mudança como 
algo que viria para melhor, daí a ideia “positiva” (com a pertinente ambiguidadedo termo) de “progresso”. Ademais, no que diz respeito à esfera econômica, 
também as teorias liberais afiançavam que o mercado se autorregularia, 
através de suas “leis de oferta e procura”. Tais formulações eram tidas como 
“naturais” e nota-se que havia uma espécie de teleologia em torno delas, 
anunciando que, no final, tudo acabaria bem.” 
Sobre as utopias sociais, podemos afirmar que: 
 
Nos projetos utópicos as sociedades idealizadas são, no geral, fortemente 
militarizadas e belicistas. 
 
Nos projetos utópicos as sociedades idealizadas pautam-se em determinações 
genéticas para orientar a organização social. 
 
Nos projetos utópicos as sociedades idealizadas são retratos paradisíacos de 
igualdade, fraternidade e liberdade. 
 
Nos projetos utópicos as sociedades idealizadas são, geralmente, militarizadas 
e hierarquizadas. 
 
Nos projetos utópicos as sociedades idealizadas, no geral, apresentam 
princípios de orientação religiosa. 
 
Pergunta 8 
3 / 3 pts 
A discriminação contra homossexuais, negros, indígenas, meninas e meninos 
tímidos ou recatados, mulheres lésbicas, transexuais, bissexuais e outras 
formas de orientação sexual é latente, manifestada através de piadas, 
brincadeiras de mau gosto, olhares, gestos e atitudes preconceituosas que 
precisam ser seriamente discutidas na Escola. Diariamente acontecem 
situações desagradáveis em sala de aula contra alunos e alunas 
homossexuais, com anedotas machistas, palavras de baixo calão, estereótipos 
ofensivos, deboches e atitudes aparentemente "inofensivas", mas que servem 
como estigma (Elias e Scotson, 2000) ao homossexual e às diversas maneiras 
de home erotismo ou homo afetividade.” 
Com relação à sexualidade humana, podemos afirmar que: 
 
Há um consenso, na sociedade contemporânea sobre a forma como se deve 
abordar os temas acerca da sexualidade humana. 
 
 
Os temas acerca da sexualidade humana não se apresentam mais como temas 
polêmicos na contemporaneidade. 
 
 
Na contemporaneidade as sociedades já superaram todos os tabus 
relacionados à sexualidade humana 
 
 
Embora tenhamos avançado, os tabus acerca da sexualidade humana 
continuam proliferando. 
 
 
Contemporaneamente as discussões acerca da sexualidade humana estão a 
cargo somente das instituições religiosas. 
 
 
Pergunta 9 
3 / 3 pts 
De acordo com Harvey (1992), a modernidade prometia trazer o tipo de clareza 
e transparência para o ser humano que só a racionalidade poderia oferecer. 
Prometia a libertação da escassez e das calamidades naturais por meio do 
domínio científico da natureza. A libertação das irracionalidades da religião e 
dos mitos, pelo desenvolvimento de formas racionais de organização social.” 
Quando falamos sobre as características da modernidade, estamos falando de: 
 
Um momento histórico pautado no absolutismo, ou seja, a exacerbação da 
ideia de um sujeito e seus direitos. 
 
Um momento histórico pautado no antropocentrismo, ou seja, a exacerbação 
da ideia de um sujeito e seus direitos. 
 
Um momento histórico pautado no teocentrismo, ou seja, a exacerbação da 
ideia de um sujeito e seus direitos. 
 
Um momento histórico pautado nas relações igualitárias, portanto uma 
sociedade de castas, principalmente no ocidente. 
 
Um momento histórico pautado nas relações hierárquicas ligadas ao 
nascimento e sangue, portanto uma sociedade de castas, principalmente no 
ocidente. 
 
Pergunta 10 
3 / 3 pts 
“Na atividade cotidiana de pesquisa em Ciências Humanas é comum 
encontrarmos inúmeros termos cujos significados são polissêmicos. Vocábulos 
como “identidade”, “estrutura”, “moral”, “cultura”, “ação”, dentre outros, são 
motivos de significativos “ruídos” na comunicação científica. Acreditamos que a 
polissemia, fenômeno de ocorrência habitual na vida cotidiana, tem seus 
efeitos negativos amplificados quando se trata de termos que, no contexto 
argumentativo, possuem status de conceito”. 
Ao pensarmos em polissemia, é correto afirmar que: 
 
Todas as Ciências têm a mesma metodologia. 
 
A precisão conceitual é uma das características marcantes de conceitos e 
teorias voltadas às Ciências humanas e sociais. 
 
As Ciências humanas e sociais podem e devem abrir mão da contextualização 
na busca de um entendimento mais exato dos fenômenos. 
 
Polissemia é uma característica das produções ligadas a Ciências humanas e 
sociais. 
 
Há uma impossibilidade de produção de ciências se estudamos fatos sociais,

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