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Introdução ao Estudo do Direito II - FULL

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Rafael Barreto Ramos 
© 2011 
IED II 
09/02/11 
Livros: 
Teoria do Fato Jurídico – Plano da Existência. Autor: Marcos Bernardes de Melo. Editora: 
Saraiva. 13/14 Edição 
A Ciência do Direito. Autor: Pércio Sampaio Ferraz Júnior. Prova dia 04/05 
Rafael Barreto Ramos 
© 2011 
11/02/11 
O homem é um ser social, então faz da sociedade seu lugar e quanto mais este se insere na 
sociedade, esta vai impor a ele certos padrões. 
ex: quando uma criança nasce, nasce numa pequena sociedade e a família já impõe uma série 
de padrões à criança. isso não significa que estes padrões são bons ou justos, porém estes 
existem. 
Para a comunidade se manter, ela te impõe padrões e quanto mais se adentra à sociedade, 
mais padrões são impostos. 
Para o Marcos Bernardes de Melo, nem sempre o homem está disposto a seguir estes padrões. 
Parte do pressuposto de que sempre que o homem puder burlar um padrão de acordo com 
seu interesse, este o fará. 
Se eu quero que vocês se comportem de determinada maneira, a primeira coisa que deve ser 
feita é ser apresentada a norma. 
Norma é tudo aquilo que se é obrigado a fazer. Não quer dizer que será feito. 
Nem toda é jurídica. 
Ex: o ato de cumprimentar é uma norma não jurídica e sim social e o seu não cumprimento 
resultará em sanções. 
Quando você descumpre a norma, haverá uma consequência. 
Obrigação é sempre norma. ex: o fato de haver uma prova é uma norma, porém é 
perfeitamente possível que esta seja descumprida. 
A religião tem normas, normas sociais, normas jurídicas, normas "auto" impostas (não mentir 
para os pais...), etc, etc. 
Nem toda norma jurídica é a lei, portanto, toda lei é uma norma jurídica. 
_ 
Tipos de Normas: 
 Norma Jurídica; 
a. Lei 
b. Decreto 
c. Setença 
d. Constituição 
e. etc. 
Rafael Barreto Ramos 
© 2011 
 Norma Trato Social; 
 Norma Religiosas; 
 Norma Moral. 
Não há possibilidade de distinguir a norma jurídica da lei, pois não tem como distinguir o 
gênero da espécie e vice-versa. 
Então, toda norma tem por finalidade forçar o indivíduo a se comportar de uma determinada 
maneira. 
A norma surge de um processo de adaptação. 
Para entendermos a gênese/origem de uma norma, devemos partir do pressuposto de que o 
mundo pode ser entendido como uma sucessão de fatos. 
Os fatos são gêneros de duas espécies, sendo elas eventos e condutas. O que as diferencia é a 
participação do homem. 
Um evento é um fato independente da atuação do homem. Exemplo: chover, um terremoto. 
Ao contrário, condutas são fatos dependentes do homem. Exemplo: matar alguém, contrair 
uma dívida, pagar imposto. 
Nem todo fato é relevante para a manutenção da sociedade. 
Quando um fato é considerado relevante no processo de adaptação social, sua hipótese de 
ocorrência passa a ser/estar descrita. 
Se A é : descrição hipotética de uma situação. 
Deve ser lido da seguinte forma: Se o fato A ocorrer. 
Exemplo: "Se alguém tiver um filho." Não há um fato, porém apenas uma descrição hipotética 
de um fato importante para a manutenção da sociedade. 
Diante da descrição da hipótese de ocorrência de um fato importante para a manutenção da 
sociedade, pode-se imputar/atribuir fatos às pessoas. Há uma maneira básica de imputar fatos 
às pessoas: os deveres. 
Então: 
Se A é, deve ser B. 
Isto é, se o fato A ocorrer, deve ocorrer o fato B. 
Exemplo: "Se alguém tiver um filho, deve cuidar." O cuidar é o fato que é imputado a alguém 
diante da ocorrência do fato A, isto é, ter o filho. 
A imputação do fato B depende do fato A, necessariamente. 
Rafael Barreto Ramos 
© 2011 
TODA norma se estrutura da maneira apresentada acima. 
Uma norma é relação entre 2 fatos. 
Análise da norma: 
"Se A é" (1) "deve ser" (2) "B" (3). onde: 
1. Hipótese de incidência ou também suporte fático abstrato: Essencialmente, é a 
descrição da hipótese, da ocorrência de um fato relevante no processo de adaptação 
social. 
2. Modal: Apenas um conector. Estabelece a relação entre o fato A e B, isto é, entre o 
fato e o preceito. 
3. Preceito ou disposição normativa: É a descrição de um fato imputado/imbuído a 
alguém em função da ocorrência do fato descrito na hipótese. 
Na falta de um destes 3 termos, a norma é descaracterizada. 
Por ser uma relação não necessária, isto é, pode ser decumpridada, é chamada de deôntico. 
CONCEITO NORMA: É uma hipótese de incidência deonticamente ligada ao preceito. 
Rafael Barreto Ramos 
© 2011 
16/02/11 
Se o fato A ocorre, está descrito na norma que o fato B deve ocorrer, porém este pode NÃO 
acontecer. Devido a isso, existe a seguinte relação: 
Se A deve ser B.  norma secundária (fatos lícitos) 
Senão B deve ser C.  norma primária (fatos ilícitos) 
Uma norma é uma hipótese fática ligada a um preceito. Cada uma das situações acima é uma 
norma. 
As duas situações acima são normas. 
A sanção está sempre no C. 
O “Se A” e “Senão B” são hipóteses fáticas abstratas. 
O “B” e “C” são preceitos. 
O “C”, em alguns casos, é chamado de sanção. 
Esta estrutura deve compreender toda e qualquer norma. Toda norma deve ser lida a partir 
desta estrutura. 
Exemplo: 
Se estiver dentro de sala, deve-se permanecer em silêncio. 
Se não permanecer, deve se retirar-se do recinto. 
Caso queira descobrir a sanção de uma norma, basta descumpri-la. 
 A licitude varia em função da hipótese e não do preceito. 
O direito existe para controlar o uso da força nos indivíduos inseridos numa sociedade. 
O “Senão B” em direito penal é chamado de Tipicidade e o “C” é chamado de pena. 
Sanção é, antes de mais nada, um preceito. Toda sanção é um preceito, porém nem todo 
preceito é uma sanção. 
Sanção é um preceito ligado ao descumprimento da norma, portanto, está sempre ligado a 
uma norma secundária. Tem por finalidade causar algo positivo ou negativo a quem 
descumpre a lei. 
 Sanção negativa: assassinar e ser preso. 
 Sanção positiva: desconto em IPTU, IPVA... 
Nem todo descumprimento da norma é negativo. Exemplo: pagar algo antes da data 
estipulada. 
Rafael Barreto Ramos 
© 2011 
A nulidade da sentença não é uma sanção, porque ela não tem finalidade de causar algo tanto 
positivo quanto negativo. Exemplo: a pessoa que tem um problema mental grave e a pessoa 
deve ficar condicionada dentro de um hospital psiquiatra. Não é pena. 
Rafael Barreto Ramos 
© 2011 
18/02/11 
Na hipótese de incidência/Suporte Fático Abstrato não há o a descrição de um fato que pode 
realizar-se empiricamente, isto é, acontecer. 
Suporte Fático Concreto é a realização empírica do fato descrito na hipótese de incidência. 
Fato Jurídico é o resultado da incidência de um Suporte Fático Abstrato sobre um Suporte 
Fático Concreto. 
Efeitos é a aplicação das consequências previstas no Preceito de forma devida. 
Suporte Fático Abstrato / Hipótese de incidência  Suporte Fático Concreto  Fato Jurídico 
 Efeitos 
Uma norma não irá incidir quando o Suporte Fático Concreto não ocorrer. 
Um contrato é um Fato Jurídico, pois depende do código civil e produz efeitos. 
O Suporte Fático Abstrato é, logicamente, anterior ao Suporte Fático Concreto. Não é 
temporalmente devido à existência da Retroatividade de uma norma. 
Retroatividade de uma norma acontece quando o Suporte Fático Concreto é posterior ao 
Suporte Fático Abstrato. 
 As normas primária e secundária geram Fatos Jurídicos distintos. 
Toda norma é feita para incidir, porém há a possibilidade deste fenômeno não ocorrer. 
Se não há um Fato jurídico, não existe a quem se aplicar os preceitos. 
Os efeitos são sempre bilaterais. (Exemplo: Através de um contrato, define-se que uma das 
partes receberá um pincel e, a outra,o dinheiro). 
Norma primária é se eu NÃO fizer o que é definido pela norma secundária. 
A ocorrência de um Fato Jurídico não implica, necessariamente, a ocorrência dos efeitos 
previstos, tanto que o modal deontico é “deve ser” e não “necessariamente”. Exemplo: Pode-
se ocorrer um assassinato e o assassino sair impune. 
A norma não prescreve. O que prescreve é o Fato Jurídico. 
A prescrição ocorre quando um fato Jurídico perde seus efeitos. 
Rafael Barreto Ramos 
© 2011 
23/02/11 
Eficácia normativa ou legal (da norma): Quando a norma ou a hipótese de incidência incide 
sobre o suporte fático concreto criando um fato jurídico. 
Exemplo: Caso existisse uma norma que proibisse a criação de clones, esta seria ineficaz, pois 
não ocorreria o fato jurídico. 
“Quando uma norma é eficaz? Quando ela incide.” 
Eficácia Jurídica (do fato): Quando um fato jurídico gera efeitos. 
Off: Norma nunca prescreve. O que prescreve são fatos. Um crime/prescrito não deixa de 
existir. Só não pode gerar efeitos. 
A eficácia normativa NÃO pressupõe a eficácia jurídica, a eficácia jurídica pressupõe a eficácia 
normativa. Isto ocorre devido à relação com o modal deôntico. 
O elemento normativo necessário para que haja eficácia normativa é a hipótese de incidência. 
O elemento normativo necessário para que haja eficácia jurídica é o preceito. 
Não é porque uma norma jurídica foi revogada que o fato jurídico deixará de existir 
(ULTRATIVDADE) 
“Por ultratividade da lei entende-se a produção de efeitos pela mesma após o término de sua 
vigência. Vamos exemplificar. Suponhamos que lei x tenha sido criada para viger durante as 24 
horas que antecedem o pleito eleitoral, por exemplo. Caso um indivíduo pratique a conduta 
nela tipificada como crime, durante essas 24 horas (que é seu período de vigência), ele 
responderá judicialmente por ela posteriormente. A ultratividade é característica das normas 
penais temporárias e especiais. Vejamos bem, se desconsiderássemos a ultratividade dessas 
normas elas seriam ineficazes, pois o seu limitado âmbito temporal de vigência não permitiria 
que quem as infringisse fosse responsabilizado por sua conduta criminosa.” 
Um fato jurídico já criado não depende da manutenção da hipótese jurídica que o criou. 
Devido a isso, pode-se afirmar que o fato jurídico é autônomo. Basicamente, revoga-se a 
hipótese, mantém-se o fato. Este é o fundamento da ultratividade da norma. 
Rafael Barreto Ramos 
© 2011 
25/02/11 
IED II – 25.02.11 
Efetividade: ocorre quando os destinatários do comando normativo se comportam de acordo 
com o dever, isto é, é a situação onde as pessoas cumprem a norma. 
Se as pessoas cumprem a norma, ela é efetiva. 
É uma análise plural, isto é, do comportamento da coletividade. Não só de uma, duas pessoas. 
Exemplo: se uma pessoa fuma num recinto onde este ato é proibido, a norma, não 
necessariamente, deixa de ser efetiva. 
É uma análise tanto das normas primárias quanto secundárias. Exemplo: caso seja pega sem 
cinto de segurança e tiver sido multada. Seria uma análise da norma secundária. 
A eficácia da norma não depende de sua efetividade. Exemplo: uma pessoa que não está 
utilizando cinto de segurança num veículo é parada numa blitz. 
Uma norma é eficaz quando gera fato jurídico. 
Dimensões analíticas da norma: 
 Política: tem caráter é axiológico. Ao estudar se uma norma é justa, adequada, está-se 
estudando sua dimensão política. 
Axiologia: estudo dos valores. Ao estudar honestidade, está-se estudando axiológica. 
 Normativa: Tem caráter dogmático. A eficácia de uma norma é de caráter normativo. 
Exemplo: professor dizer que crime de homicídio tem pena de XX anos. 
Dogma: o que não pode ser questionado. 
 Sociológica. Busca estudar a efetividade da norma. Exemplo: Norma da proibição da 
venda de produtos piratas é completamente não efetiva. 
As três dimensões da norma são independentes. Exemplo: uma norma efetiva (dimensão 
sociológica), não necessariamente precisa ser justa (dimensão política). 
A eficácia da norma primária depende da ineficácia da norma secundária. 
Uma norma eficaz (dimensão normativa) não precisa ser eficiente (dimensão sociológica) por 
que as dimensões da norma são independentes. 
Um fato jurídico não precisa gerar seus efeitos por conta do modal deôntico. 
 
Rafael Barreto Ramos 
© 2011 
02/03/11 
 Vigência da norma 
Diferença de uma norma existente de uma norma vigente. 
 
Vacatio Legis (“vacâncio legis”): Lapso temporal entre a existência e a vigência de uma norma. 
Uma norma pode existir e não ser vigente, porém não pode ser vigente sem antes existir. 
Eficácia da norma 
Uma norma pode ser existente, vigente e não eficaz. Acontece quando não há ocorrência do 
suporte fático concreto. 
Váliadade da norma 
Uma norma é válida quando ela é posta por uma autoridade competente. 
Uma norma existente, vigente e inválida pode ser eficaz. 
Uma norma pode ser existente, inválida, não vigente e não eficaz em seu tempo de vacatio. 
Rafael Barreto Ramos 
© 2011 
04/03/11 
2º Pressuposto de incidência: 
Existência do Suporte Fatorial Concreto suficiente é a descrição de fatos: se A,X,Y,Z e W deve 
ser B. Se alguém tem 1 casa, 1 carro, 2 filhos e ganha 1 salário mínimo deve pagar 15% de 
imposto de renda. 
Para ela incidir, tem que haver realização de toda a hipótese de incidência, uma vez que ela é 
feita de norma a norma. 
Se ele ganha 2 salários mínimos é Suporte Fático mais que suficiente, podendo ela incidir, se 
não se encontra uma norma mais certa, ela incidirá. 
Só interessa o que está descrito na hipótese de incidência o que está além não é fato jurídico. 
Livro: 
 Capítulo 1 completo; 
 Capítulo 2 completo; 
 Capítulo 3, exceto parágrafo 12, item 5, 6 e 7. 
 Capítulo 4, parágrafo 16, item 1; parágrafo 17 e 18 
 
Rafael Barreto Ramos 
© 2011 
11/03/11 & 16/03/11 (correção) 
1) Diferencie modal ôntico de modal deôntico. 
Modal deôntico: princípio da imputabilidade. Imputa alguma coisa a alguém. É a relação entre 
a hipótese de incidência e o suporte fático concreto. Ele é o “Deve ser” e não necessariamente 
ocorrer. 
Ontico: principio da casualidade. Relação necessária. Se A, NECESSARIMENTE, deve ocorrer B. 
Toda norma tem relação deôntica. 
A relação ôntica ocorre geralmente dentro da hipótese de incidência, porém a norma continua 
a ser deôntica. Exemplo: (Se Xe,Ye) deve ser B. | Se eu der uma marretada num para-brisa, ele 
vai quebrar, deve-se então ressarcir os prejuízos. 
Uma norma pode descrever uma relação ôntica, desde que esta esteja restrita ao seu 
suporte fático. 
2) Diferencie norma, suporte fático abstrato de suporte fático concreto. 
Suporte fático abstrato: descrição da incidência de um fato relevante ao processo de 
adaptação social. 
Suporte fático concreto: descrição de um fato imputado a alguém em função da ocorrência 
descrita na hipótese. 
Norma: descrição de dois fatos correlacionados deonticamente (A e B). 
3) Quais os fundamentos da ultratividade da norma? 
É quando uma norma já revogada é aplicada pelo juiz. Diferente da retroatividade. 
Autonomia da norma. O fato jurídico é autônomo. 
4) Por que a eficácia normativa não implica necessariamente na eficácia jurídica? 
Não implica devido à natureza deôntica do modal que não exprime uma relação necessária. 
5) Diferencie ordenamento jurídico de mundo jurídico. 
Ordenamento jurídico: conjunto de normas jurídicas. 
Mundo jurídico: conjunto de fatos jurídicos. 
O mundo jurídico depende do ordenamento jurídico. 
Mundo jurídico: conjunto de fatos jurídicos, ou seja, fatos relevantes num relacionamento 
inter-humano enquanto o ordenamento jurídico é o conjunto de normas jurídicasexistentes 
no pais. 
Rafael Barreto Ramos 
© 2011 
 
6) Por que durante o tempo de vacância uma norma pode apresentar efetividade? 
Porque as dimensões do direito são independentes, logo que, a dimensão normativa e 
sociológica sem uma relação direta. 
7) Em que medida uma norma existente vigente e válida pode não ser eficaz? 
Na medida em que o suporte fático abstrato não incide. 
8) A eficácia do fato jurídico depende da existência da norma jurídica? 
Não. O fato jurídico é autônomo e, uma vez criado, é independente da norma. 
9) Diferencie as dimensões analíticas do direito. 
 Política: tem caráter é axiológico. Ao estudar se uma norma é justa, adequada, está-se 
estudando sua dimensão política. 
 Normativa: Tem caráter dogmático. A eficácia de uma norma é de caráter normativo. 
Exemplo: professor dizer que crime de homicídio tem pena de XX anos. 
 Sociológica. Busca estudar a efetividade da norma. Exemplo: Norma da proibição da 
venda de produtos piratas é completamente não efetiva. 
10) A invalidação da norma implica na perda da eficácia jurídica? 
Não, porque o fato jurídico é autônomo. 
Respostas Geraldo 
4) porque a eficácia normativa diz respeito à incidência do suporte fático abstrato sobre um 
suporte fático concreto, enquanto que a eficácia jurídica diz respeito aos efeitos de correntes 
do fato jurídico, sendo que a eficácia jurídica está condicionada a natureza deontica do modal. 
5) mundo jurídico é o conjunto de fatos jurídicos, ou seja, fatos que são relevantes no 
relacionamento inter-humano, enquanto que ordenamento jurídico é o conjunto de normas 
jurídicas existentes no país. 
6) em função do cumprimento voluntario de um anorma que ainda não entrou em vigor, tendo 
as pessoas por base a norma publicada. É como se fosse um período de adaptação, ou seja, as 
dimensões sociológica e normativa são independentes. 
8) não. Se estamos falando de fato jurídico é porque algum momento a norma existiu, a sua 
revogação não exclui a autonomia do fato jurídico. 
10) não. O fato jurídico continua a existir, e, se existe o fato jurídico, existe a eficácia jurídica. 
Rafael Barreto Ramos 
© 2011 
30/03/11 
Características da incidência: 
 Incondicionalidade: a incidência não está condicionada à concordância, à aceitação 
dos destinatários. 
O difícil é você constatar a incondicionalidade da norma não cogente. 
Norma não cogente é aquela qual que se pode abrir mão. Sua utilização não é 
obrigatória. 
Ex: No código civil diz que o transporte do bem é de responsabilidade do comprador, 
porém o lojista e o comprador podem abrir mão desta norma através de um acordo 
prévio. 
Não há critério definido para diferenciar uma norma cogente de uma norma não 
cogente. 
Há um critério bem lacunoso que afirma que as normas não cogentes são de ordem 
privada e as normas cogentes são de ordem pública. Conceito a ser utilizado apenas a 
priori. 
Uma norma não cogente tem incidência incondicional, ou seja, não depende da sua 
concordância? 
TODA NORMA TEM INCIDÊNCIA INCONDICIONAL. 
Off: 
Ônus: é de interesse apenas ao indivíduo. Ex: a falta de provas não é um benefício ao 
ministério público. 
Pretensão: ter o direito de pedir ao judiciário uma sentença, seja ela qual for, 
concordante ou não. “direito de movimentar o judiciário. Não necessariamente seu 
próprio direito.” Ex: ao ter o carro atingido por outro, nasce o direito do indivíduo à 
pretensão. 
Pretensão, ônus, diretos são todos elementos da eficácia jurídica. 
 Inesgotabilidade: a norma pode incidir quantas vezes for necessário sem que isto 
afete a sua existência, sua vigência ou sua validade. 
Norma de efeito concreto é aquela que incide em uma situação. Ex: a nomeação de 
uma pessoa a um cargo público. 
Rafael Barreto Ramos 
© 2011 
01/04/11 
Consequencias da incidência: 
 Juridicização: é a criação do fato jurídico; 
 Desjuridicização: é a incidência que tem por finalidade extinguir a existência do fato 
jurídico. (a norma perde sua eficácia). Em alguns ramos a revogação resulta na 
desjuridicização; 
 Deseficacização: Extinção da eficácia jurídica da norma. 
 Pré-exclusão de juridicidade: apesar de o suporte fático concreto estar de acordo com 
o suporte fático abstrato, não há a criação do fato jurídico. Exemplo: casos de legítima 
defesa. 
 Invalidação: 
Análise do fato jurídico: 
a) Existência: juridicização 
b) Não Existência: desjudiricização 
c) Validade: volitivo: é quando a hipótese de incidência exige a expressão de 
uma vontade*. 
*Vontade: a vontade no sentido jurídico é definida quando o “querer” se 
transforma em capacidade (vide código civil). 
A desjuridicização implica na deseficacização, ou seja, extinguindo o fato, extingue-se também 
seus efeitos, pois os efeitos são do fato. 
Deseficacização não implica na desjuridicização, pois a retirada dos efeitos não implica na 
retirada do fato. 
Off: o fato jurídico não prescreve. O que prescreve são seus efeitos. 
Nem toda incidência cria fato jurídico. 
O fato jurídico é retirado através da desjuridicisação. A norma perde então sua eficácia 
normativa. 
O suporte fático abstrato é retirado através da revogação. 
Rafael Barreto Ramos 
© 2011 
 08/04/11 
 
 Uma norma existe a partir do momento de sua publicação. 
 Nem todo fato jurídico passa pelo plano da validade, pois depende da vontade. 
 Toda norma jurídica passa pelo plano da validade, pois a norma é fruto de um ato de 
vontade. É explicitado pelo modal deôntico. 
Exemplo: matar alguém poderia ser relacionado à tortura, ou à morte, etc. Porém 
“alguém” determinou que se matar alguém, deve ser preso, ou seja, um fenômeno não 
natural, isto é, uma expressão de vontade. 
 A validade do fato é comprovada através do código civil. 
 A validade da norma é comprovada através da constituição federal. 
 Quando a norma jurídica incide, o fato jurídico existe (juridicização). São 
 Qualquer plano analítico do fato precisa necessariamente da sua eficácia. Para um fato 
jurídico existir, é necessária a eficácia da norma. 
 A validade do fato não pressupõe a validade da norma. 
 A norma pode ser revogada e se manter eficaz devido à autonomia do fato jurídico. 
 O plano de validade do fato NÃO depende do plano de validade da norma, pois o plano 
de eficácia da norma não depende de seu plano de validade. 
 TUDO QUE É DO FATO TEM COMO REQUISITO O PLANO DE EFICÁCIA DA NORMA. 
 A eficácia jurídica DEPENDE da existência do fato, que, portanto, depende da eficácia 
normativa. (!!!!!!!!!!!!!) 
 Afirmar que a validade do fato depende de sua existência é o mesmo que afirmar que 
a validade do fato depende da eficácia normativa. 
 A norma não precisa ser válida para ser eficaz. Esta pode ser INVÁLIDA e EFICAZ. 
 Na norma jurídica é validade de lei. No fato jurídica é validade de contrato. 
Rafael Barreto Ramos 
© 2011 
 Não um consenso entre os autores sobre se a sentença se relaciona com a norma ou 
com o fato. 
Rafael Barreto Ramos 
© 2011 
13/04/11 
Rafael Barreto Ramos 
© 2011 
15/04/11 
Fato Strictu Sensu 
Requisitos do ato jurídico Lato Sensu 
1) Expressão da vontade: 
Duas formas fundamentais da expressão da vontade. São elas: 
a) Manifestação: ao agir 
b) Declaração: ao dizer. Forma oral ou escrita. 
O código declara que as declarações são formas melhores de 
expressão de vontade. 
Forma é DIFERENTE de formalidade 
Formalidade: quando há exigência no ordenamento jurídico. 
 
Exemplo: a forma como a compra e venda de um imóvel está descrita no Código Civil, portanto, 
é formal. 
Já a compra de um pão ou de um carro não está descrita, portanto, é informal. 
 
2) Consciênciada Vontade: 
Consciência é dizer e saber o que se está dizendo. 
Depende da identidade de dois elementos: a vontade em si mesma e a vontade 
declarada. A vontade em si mesma é o que se passa na cabeça, a intenção. A vontade 
declarada é aquilo que é expresso. 
3) Objeto lícito e possível 
Possível é estar disponível. 
3º Critério de diferenciação do Ato Jurídico Strictu Sensu & Negócio Jurídico 
Se a vontade pode ou não atuar sobre a extensão do preceito. Diminuir ou aumentar seus 
efeitos. 
 Ato jurídico Strictu Sensu: se a vontade NÃO pode atuar na extensão do preceito. 
Todos os efeitos estão pré-determinados. 
Exemplo: adoção. 
 Negócio Jurídico: se a vontade ATUA na extensão do preceito, dentro de determinados 
limites. 
Rafael Barreto Ramos 
© 2011 
Exemplo: contrato de trabalho. Pode-se contratar um indivíduo para trabalhar durante 
um minuto ou até mesmo por 8 horas diárias. Os efeitos do contrato advém da 
vontade. 
Rafael Barreto Ramos 
© 2011 
27/04/11 & 29/04/11 
Questionário Livro a Ciência do Direito 
1) O que significa Ciência do Direito? 
Interpretação sistematizada que busca dar um sentido ao direito, combinando os três 
modelos. 
Modelo analítico: Norma em si. 
Modelo Hermenêutico: Interpretação. 
Modelo empírico: Decisão. Estudar “como colocar em prática”. 
Caráter prático 
2) Diferencie a interpretação objetivista da interpretação subjetivista. 
Interpretação subjetivista: tem por vista retroagir a norma até o sentido atribuído 
pelo legislador com a finalidade de limitar o poder do intérprete. 
Interpretação objetiva: interpretação da norma pela norma sem valorizar o contexto e 
sentido atribuídos pelo legislador. 
3) Quais as críticas a ciência do direito como teoria da norma? 
4) Quais os métodos de integração do ordenamento jurídico? 
5) Qual o sentido de decisão jurídica para o modelo pragmático? 
6) Qual a importância da escola dos Glosadores? 
Não se escreve o texto e sim se explica. 
7) O que significa Zetética? 
Ato/postura de questionar. Ato de se postar diante de um objeto. Exemplo: questionar 
o artigo 121. 
8) Qual o método da ciência do direito como teoria da norma? 
9) Quais os tipos de validade apresentados no texto? 
10) A sanção é um elemento essencial para a ciência do direito? 
Vinculação de um estado psicológico a determinados problemas. 
Método integrador é um método de solução de lacunas. 
 
 
Rafael Barreto Ramos 
© 2011 
04/05/11 
Rafael Barreto Ramos 
© 2011 
06/05/11
Rafael Barreto Ramos 
© 2011 
11/05/11 & 13/05/11 
01. Por que a deseficacização implica na desjuridicização? 
02. A revogação implica na invalidação? 
Pela teoria da norma a revogação da norma não implica em sua invalidação. 
03. Por que toda norma passa pelo plano da validade? 
Porque ela é sempre fruto de um ato de vontade. Fato perceptível através do modal 
deontico, pois o fato A e B não estão naturalmente ligados. Cabe a alguém, 
competente ou não realizar esta relação. 
04. O que é pré-exclusão de juridicidade? 
05. Diferencie expressão da vontade de consciência da vontade. 
Expressar vontade é quando sua vontade atinge o exterior através de uma manifestação ou 
declaração. 
06. Formalidade está relacionada à forma escrita? 
Se há forma escrita não há necessariamente formalidade e vice-versa. 
A declaração é superior à manifestação. A superior NÃO aceita a inferior, porém a 
inferior aceita a superior. 
Rafael Barreto Ramos 
© 2011 
Christians 
01. Por que a deseficacização não implica em desjuridicização? 
A deseficacização se refere apenas aos efeitos do fato jurídico. 
02. A revogação implica a invalidação? 
Não. A revogação é a retirada da norma e não a retirada do fato, sendo que a revogação 
impossibilita questionamento sobre a validade da norma. O fato é autônomo em relação à 
norma e continua a existir. 
03. Por que toda norma pode ser considerada sob o ponto de vista da validade? / Por 
que toda norma passa pelo plano da validade? 
Porque ela é sempre fruto de um ato de vontade. Já o fato só passa pelo plano da validade 
quando é volitivo. 
04. Um ato jurídico inválido pode apresentar eficácia jurídica? 
Sim, o plano de existência depende apenas da eficácia jurídica não passa pelo plano da 
validade. 
05. O que significa pré-exclusão de juridicidade? 
A incidência de uma outra norma que impede a criação do fato jurídico. 
Ou 
A incidência de uma outra norma que impede a criação do fato jurídica. 
Exemplo: Legítima defesa. João mata uma pessoa, porém não é preso em razão da legítima 
defesa. 
 
06. Quais os critérios utilizados para classificação dos fatos jurídicos? 
1º) se a conduta é contrária ou não ao ordenamento jurídico (lícito ou ilícito); 
2º) se a hipótese de incidência descreve uma conduta volitiva ou avolitiva; 
3º) se a vontade atua sobre a extensão do preceito. 
Rafael Barreto Ramos 
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07. O suporte fático concreto de um fato jurídico strictu sensu pode conter uma 
expressão de vontade? 
Sim. Por exemplo: registrar em cartório que deseja-se ter um filho. Independente da vontade 
manifestada, o filho nascerá e terá todos seus direitos garantidos. 
OU 
Ato jurídico “strictu sensu” pode-se haver manifestação de vontade no suporte fático 
CONCRETO. Este é descaracterizado a partir do momento que a manifestação de vontade se dá 
no suporte fático ABSTRATO. 
Exemplo: Pode-se registrar o interesse na adoção em cartório, porém este fato é IRRELEVANTE. 
08. Diferencie expressão de vontade de consciência da vontade. 
Expressão da vontade se refere exteriorização de um querer com capacidade. 
Consciência d vontade 
09. A exigência de formalidade implica na exigência da forma escrita? 
Não. A formalidade acontece quando a norma exige determinada forma de realização de um 
ato, que não obriga nem está relacionado com forma escrita. 
10. Diferencie declaração de vontade de manifestação da vontade 
Declaração se refere ao dizer, seja escrito ou oral. Já a manifestação está ligada ao agir. Se 
refere-se em manifestação, admite-se declaração, porém o inverso não se aplica. 
11. Por que um ato-fato jurídico não é considerado sob o plano da validade? 
Porque a hipótese de incidência descreve uma conduta avolitiva. Não passa pelo plano da 
validade. 
12. É possível diferenciar um ato jurídico “strictu sensu” de um negócio jurídico a partir 
do suporte fático? 
13. Por que o código civil não trata dos atos-fatos? 
Porque ele retrata basicamente de questão da validade, início de vontade, elementos da 
vontade, e o ato-fato jurídico não passa pelo plano de validade. 
14. Diferencie um ato jurídico strictu sensu de um fato jurídico latu sensu. 
15. Todo fato jurídico é considerado sob o ponto de vista da validade? 
Não. Somente os volitivos passam pelo plano da validade. 
Rafael Barreto Ramos 
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16. A invalidação da norma implica na invalidação do fato? 
Não, porque a invalidação de norma não gera a perda da eficácia da norma, estando a 
norma eficaz, o fato jurídico poderá existir. 
Rafael Barreto Ramos 
© 2011 
25/05/11 
Classificação Negócios Jurídicos 
 Unilaterais 
 Bilaterais 
 Plurilaterais 
Critérios para classificação: 
 Quantidade de centros de interesse; 
 Reciprocidade entre eles. 
Para o entendimento do critério diferenciador, deve-se entender a ideia de centro de 
interesse. 
A ideia de centro de interesse está ligada à ideia de vontade. Um centro de interesse expressa 
uma vontade. Este centro de interesse pode ser formado por uma pessoa ou mais. Na medida 
que é formado por apenas uma pessoa, é classificado como unipessoal ou também 
unisubjetivo. 
A partir domomento que é formado por mais de uma pessoa expressando uma vontade, será 
classificado como pluripessoal ou também plurisubjetivo. 
Para ser caracterizado como negócio jurídico, os interesses devem ser POSSÍVEIS. 
O negócio jurídico só se caracteriza a partir do momento em que há o ACORDO. 
Negócio jurídico unilateral 
Negócio jurídico unilateral é necessariamente formado por apenas um centro de interesse. 
Este centro de interesse pode ser unisubjetivo ou plurisubjetivo. 
P.S.: Um único centro de interesse implica na manifestação de apenas uma vontade. 
Exemplo: a venda de um bem é um negócio jurídico unilateral, pois os critérios da venda (preço, 
etc etc.) são definidos pelo vendedor. 
Rafael Barreto Ramos 
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Negócio jurídico bilateral 
Apresenta 4 características: 
I. As vontades devem ser distintas. 
Característica relacionada à quantidade de centros de interesse. Necessita-se de, pelo 
menos, de dois centros de interesse. 
Exemplo: João comprou uma bicicleta de José. João expressa uma vontade e José 
expressa outra. 
II. As vontades devem ser coincidentes. 
Vontades são coincidentes quando estão direcionadas ao mesmo objeto. 
Exemplo: As vontades de João e José são coincidentes por visar o mesmo objeto, a 
bicicleta. 
III. Que as vontades sejam concordantes. 
As vontades distintas e coincidentes devem entrar em acordo. 
Se divide em dois tipos relacionados ao tipo/sentido de expressão de vontade: 
a) Vontades concordantes divergentes: são vontades opostas. Um quer uma 
coisa e o outro quer outra. 
Exemplo: um quer vender uma coisa e o outro quer comprar. 
b) Vontades concordantes convergentes: Caso em que duas vontades 
caminham para o mesmo sentido. 
Exemplo: Município entra em convênio com o Estado na construção de um 
hospital. Município cede o terreno e o Estado a mão de obra e o material. 
Ambos almejam a construção do hospital. 
Off: Esta vontade está ligada à RESPONSABILIDADE. No exemplo acima, o não cumprimento do 
acordado por uma das partes poderia acarretar num processo. 
Já em casos onde há apenas um centro de interesse, não existe a possiblidade de processo, 
pois vontade, interesse e responsabilidade estão caminhando num mesmo sentido. 
IV. Que as vontades sejam recíprocas. 
Deve-se haver uma relação jurídica direta entre os dois centros de interesse. 
Exemplo: Caso José não entregue a bicicleta, João poderá exigir a entrega. 
Rafael Barreto Ramos 
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IMPORTANTE: Um negócio jurídico pode possuir três centros de interesse e ser BILATERAL e 
não plurateral. Tal fato é possível devido à RECIPROCIDADE. 
Ex: contrato de compra e venda onde há o envolvimento de seguradora. 
Negócio Jurídico Plurilateral 
Tem como exemplo o contrato de FORMAÇÃO de uma sociedade. Naquele momento em que 
várias pessoas se unem para formar a sociedade e não quando a sociedade já está formada e 
deseja realizar um contrato de compra e venda, por exemplo. 
Critérios para a classificação 
I. Que as vontades sejam distintas. 
Mesmo que haja apenas duas pessoas com o interesse de formar uma sociedade, o 
negócio jurídico continua a ser PLURILATERAL, pois as vontades não são recíprocas. É 
devido a isso que não há a possibilidade de um sócio processar o outro, pois não há 
relação jurídica entre eles. 
II. Devem ser coincidentes. 
III. Devem ser concordantes e CONVERGENTES. 
IV. NÃO recíprocas. 
 
Rafael Barreto Ramos 
© 2011 
27/05/11 
01. A plurilateridade implica em pluripessoalidade? 
Não. 
02. O negócio jurídico unilateral pode ser formado por duas pessoas? 
Sim, desde que elas expressem a mesma vontade. 
03. Em que medida um negócio jurídico bilateral pode ser formado por três centros de 
interesse? 
Vide matéria acima. 
04. A divergência entre vontades pressupõe sua distinção? 
Sim. 
05. Diferencie coincidência de vontades de convergência de vontades. 
06. Todo negócio jurídico é um contrato? 
Não. Mas todo contrato é um negócio jurídico. 
07. Todo negócio jurídico estruturado por vontades divergentes deve ser classificado como 
bilateral? 
08. Quais os critérios para classificação dos negócios jurídicos?

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