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SÍNDROME METABÓLICA E IAM viviani.rastelli@cruzeirodosul.edu.br CARACTERISTICAS CLÍNICAS I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica Avaliação de Risco cardiovascular - Homens PREVENÇÃO CLÍNICA DE DOENÇA CARDIOVASCULAR, CEREBROVASCULAR E RENAL CRÔNICA – Cadernos de Atenção Básica n.º 14 Avaliação de Risco cardiovascular - Mulheres PREVENÇÃO CLÍNICA DE DOENÇA CARDIOVASCULAR, CEREBROVASCULAR E RENAL CRÔNICA – Cadernos de Atenção Básica n.º 14 Antidiabéticos Diretrizes (2019-2020). Sociedade Brasileira de Diabetes. Número do Diabetes no mundo Pacientes com diabetes no Brasil: 12,5 milhões (International Diabetes Federation, 2017) Classificação etiológica do DM Diretrizes (2019-2020). Sociedade Brasileira de Diabetes Classificação do Diabetes Classificação do Diabetes Tipo 1 (10%) Tipo 2 (90%) Fatores de Risco Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2019-2020) Hálito cetônico Dificuldade de cicatrização Neuropatia diabética > Risco de amputações Fármacos antidiabéticos São fármacos utilizados para diminuir a glicemia em pacientes diabéticos Dinâmica de Tratamento Diabetes Mellitus tipo I Insulinoterapia plena + medidas não farmacológicas Diabetes Mellitus tipo II Dieta e exercícios Antidiabéticos em monoterapia Antidiabéticos associados Antidiabéticos + insulina Insulina – Conceitos Gerais Liberada pelas células beta do pâncreas Estímulo de liberação: GLICOSE Curva Fisiológica da insulina Vias de sinalização da insulina. Insulina Hormônio anabólico: carboidratos, proteínas, lipídeos; aumenta GLUT-4 Mecanismo de ação: receptor do tipo tirosina-quinase Insulinoterapia Porcina ou bovina: maior resposta imune Humana: tecnologia do DNA recombinante Vias de administração Oral é destruída (estudos tentam reverter este problema) Parenteral: SC, IV, IM (emergências), IP, pulmonar Insulinoterapia Efeitos adversos Esquemas de Tratamento Diabetes Mellitus tipo 2 Diminuição da secreção ou ação da insulina Glicose Produção de glicose Utilização de glicose Hiperglicemia Polifagia Poliuria Polidipsia Glicosúria Diurese osmótica Critérios para a Escolha do Antidiabético Estado geral do paciente e suas comorbidades Valores das glicemias de jejum, pós-prandial e HBA1C Peso e idade do paciente Interações medicamentosas, reações adversas e contraindicações. FÁRMACOS HIPOGLICEMIANTES Secretagogos de insulina (hipoglicemiantes) Sensibilizadores de insulina (anti-hiperglicemiantes) Moduladores da absorção de nutrientes no TGI Sulfonilureias (ex:glibenclamida) Metiglinidas (ex:repaglinida) Inibidores da DPP IV (ex:vildagliptina) Incretinomiméticos (ex:liraglutida) Biguanidas (ex:metformina) Tiazolidinedionas (ex:pioglitazona) Inibidores da alfa-glicosidase intestinal (ex:acarbose) Inibidores da SGLT2 (promovem glicosúria) Dapagliflozina Empagliflozina Canagliflozina Secretagogos de Insulina – Sulfonilureias Sulfonilureias – Mecanismo de Secreção de Insulina Sulfonilureias – Efeitos Adversos Ganho de Peso Mudança de comportamento Tontura Palidez Sudorese Palpitação Tremores Sensação de fome Hipoglicemia Hiponatremia Secretagogos de Insulina – Meglitinidas Repaglinida - Prandin® Nateglinida - Starlix ® Mesmo Mecanismo das sulfoniulreias. Atua em local diferente no receptor Meglitinidas – Efeitos Adversos Menor Ganho de Peso Menor Hipoglicemia Diarreia Náuseas e vômitos Dor abdominal Alergias Coceira Sensibilizadores de Insulina - Biguanidas Metformina: Utilizada para pacientes com DM II e obeso Não induz hipoglicemia Não aumenta o peso corporal Não atua diretamente sobre a secreção de insulina Mecanismo de ação da Metformina Inibe a Absorção Intestinal de Glicose Redução dos níveis de glucagon Estimula glicólise nos tecidos Inibe gliconeogênese hepática Diminuição do peso Aumenta a Sensibilização dos Receptores de Insulina Metformina Efeitos adversos da Metformina Diarreia Náuseas e vômitos Anemia Megaloblástica INDICAÇÕES Glicemia de jejum < 99mg/dL + HbA1c alterada Glicemia de jejum entre 100 e 125mg/dL MEV (30-40%) e Metformina (20%) Diabéticos que também são: Hipertensos Dislipidêmicos Obesos Aumento do risco de resistência insulínica Adolescentes, exceto: cetoacidose, hiperglicemia significativa e não distinção entre DM1 e 2. Pode ser associada com: Sulfoniluréia Acarbose Tiazolidinediona Repaglinida Inibidores da DPP4 Insulina Interações medicamentosas: IECA = Hipoglicemia β-bloqueador = mascara sintomas da hipoglicemia Cimetidina = aumento dos níveis plasmáticos de metformina (competição secreção tubular) Nifedipina = aumento da absorção da metformina Sensibilizadores de Insulina - Glitazonas Ativa receptor de insulina no tecido adiposo, muscular e hepático Aumenta a sensibilidade para insulina Aumenta a expressão de GLUT-4 Mecanismo de Ação das Glitazonas Arq Bras Endocrinol Metab vol.50 no.2 São Paulo Apr. 2006 Efeitos Adversos das Glitazonas Ganho de Peso Edema Inibidores da α- Glicosidase Acarbose Não induz hipoglicemia; Indicados para pacientes com hiperglicemia pós-prandial; Retardam a Absorção de Carboidratos Inibidores da α- Glicosidase Mecanismo de ação 44 Efeitos Adversos da Acarbose Meteorismo Diarreia Dor abdominal Funcionamento das Incretinas Papel do GLP-1 Liraglutida Agonistas do Receptor GLP-1 Liraglutida Victoza Exanatida Byetta Lixisenatida (Lyxumia®) Efeitos adversos dos Agonistas de Receptores GLP-1 Mudança de comportamento Tontura Palidez Sudorese Palpitação Tremores Sensação de fome Hipoglicemia Diarreia Náuseas e vômitos Neoplasia de Tireoide Pancreatite Bócio Inibidores da DPP-4 Siltagliptina – Januvia ® Vidagliptina – Galvus ® Saxagliptina – Onglyza® Linagliptina – Trayenta ® Efeitos Adversos dos Inibidores da DPP-4 Diarreia Náuseas e vômitos Dor abdominal Dapagliflozina Inibidor do co-transporte tubular renal de sódio-glicose. Inibe a reabsorção tubular proximal de glicose e sódio, por mecanismo independente de insulina, Promove um aumento de glicosúria Melhora do controle glicêmico, Leva à perda de peso Reduz da pressão arterial. Inibidores da reabsorção renal de glicose: Fármaco Nome comercial Dapagliflozina Forxiga® Empagliflozina Jardiance® Canagliflozina Invokana® Mecanismo de ação 54 Dapagliflozina Diabetes – Algoritmo de Tratamento Diabetes Diabetes Farmacologia das Dislipidemias Lipídeos plasmáticos: Colesterol Triglicerídeos Ácidos graxos livres Fosfolípideos Lipoproteínas: Dislipidemias Funções das lipoproteínas: Quilomícrons: transporte de TGL exógenos VLDL: transporte dos TGL endógenos LDL: transporte do COL para dentro dos tecidos HDL: transporte de COL para fora dos tecidos Dislipidemias Alterações nos níveis circulantes de lipídeos Há quatro tipos bem definidos: a) Hipercolesterolemia isolada: LDL-C (≥ 160 mg/dl); b) Hipertrigliceridemia isolada: TGs (≥ 150 mg/dl) c) Hiperlipidemia mista: LDL-C (≥ 160 mg/dl) e TG (≥ 150 mg/dl). d) HDL-C baixo: HDL-C (homens < 40 mg/ dl e mulheres < 50 mg/dl) isolada ou em associação a aumento de LDL-C ou de TG. Antilipêmicos Estatinas Inibição da Hidroximetilglutaril Coenzima A (HMGCoA) redutase. Aumento do número de receptores de LDL Diminuição do LDL plasmático Aumento do HDL Exemplos: Sinvastatina Atorvastatina Pravastatina Fluvastatina Efeitos adversos: 64 Estatinas Estatinas Ezetimiba Ação direta na borda em escova do enterócito Inibe absorção de colesterol Dieta e biliar Não afeta a absorção de TGL ou vitaminas lipossolúveis Associado às Estatinas Função potencializadoraFibratos Ligantes do receptor ativado pelo proliferador peroxissômico α (PPARα) Hepatócitos, Músculo esquelético, Macrófagos e Coração Reduz síntese de triglicérides Aumentam HDL Exemplos: Bezafibrato Ciprofibrato Fenofibrato Genfibrozila Efeitos adversos: Miosites: Dores musculares Rigidez Fraqueza Fibratos Resinas fixadoras de sais biliares Diminuem a reabsorção de sais biliares Aumentam a degradação de colesterol Exemplo: Colestiramina Colestipol Colesevelam Efeitos adversos: Constipação, náuseas e pirose Ácido nicotínico (Niacina – Vit B3) Inibe a lipólise no tecido adiposo, diminui ac.graxos livres. Diminui a síntese de TGL, VLDL, LDL Diminui as concentrações plasmáticas de COL, VLDL e LDL Aumenta HDL Efeitos Adversos Rosto vermelho e prurido Hiperglicemia Aumento do ácido úrico Calculose biliar Ácidos graxos - ômega-3 Ácido eicosapentaenoico (EPA) Ácido docosaexaenoico (DHA Fontes: Redução de TGL: 50% Aumento do colesterol. Efeitos Adversos: Dor Abdominal, Náusea, Diarreia Atum Salmão Alabote Dislipidemias Obesidade CONDIÇÃO IMC Abaixo do peso < 18,5 Peso normal 18,5 - 25 Acima do peso 25 - 30 Obeso > 30 Circunferência abdominal: Mulheres : > 89 Homens : > 102 IMC = peso / (altura)2 Tratamento não Farmacológico Tratamento não farmacológico: Dieta com baixo teor de: Calorias (1000 cal/dia) Gorduras Açucares Atividade física aeróbica Prática de exercícios moderados, 30-40 minutos por dia Indicações para o Tratamento Farmacológico Uso Off Label de Medicamentos Orlistate Liraglutida Sibutramina Lorcaserina Fármacos Aprovados no Brasil Fluoxetina e ISRS Topiramato Bupropriona + Naltrexona Anfepramona Femproporex Mazindol Projeto de Lei 2.431/2011 Lei nº 13.454/2017 Ação Periférica 77 Sibutramina - Mecanismo de Ação Inibe a recaptação da: NORADRENALINA SEROTONINA DOPAMINA. Tanto a Sibutramina como M1 e M2: Não liberam monoaminas Não inibem a MAO Não interagem com receptores: Serotoninérgicos (5-HT1, 5-HT1A, 5-HT1B, 5-HT2A, 5-HT2C) Adrenérgicos (Alfa e Beta) Dopaminérgicos (D1 e D2) Muscarínicos Histaminérgicos (H1) Benzodiapínicos Glutamato (NMDA) 78 Sibutramina – Efeitos Terapêuticos Inibição da fome: 5HT2A e 5HT2C (serotonina) e β1 adrenérgico (noradrenalina) Aumento da taxa metabólica (efeito periférico) β3 adrenérgico (noradrenalina). Reduz o ganho de peso: Ingesta calórica – aumento da saciedade Gasto de energia – taxa metabólica Reduz circunferência abdominal Reduz níveis de TGL, LDL e aumenta HDL Sibutramina - Farmacocinética Ligação as proteínas plasmáticas: Sibutramina: 97% Metabólito 1: 94% Metabólito 2: 94% Principal via de eliminação Metabolismo hepático Eliminação: Urina e fezes (10:1) Administração por via oral; Extenso metabolismo de primeira passagem T1/2: Sibutramina: 1,1 hrs Metabólito 1: 14 hrs Metabólito 2: 16 hrs Css: 4 dias Sibutramina - Efeitos adversos: Contra- indicada para pacientes com: Diabetes mellitus tipo 2: Hipertensão controlada por medicação, Dislipidemia, Prática atual do tabagismo Nefropatia diabética com evidência de microalbuminúria; Doenças cardíacas: Doença arterial coronariana Insuficiência cardíaca congestiva Taquicardia Doença arterial obstrutiva periférica Arritmia Doença cerebrovascular: Acidente vascular cerebral Hipertensão controlada inadequadamente (> 145/90 mmHg) Transtornos alimentares: Bulimia e anorexia Medicamentos de ação central: Redução de peso Tratamento de transtornos psiquiátricos; Pacientes recebendo inibidores da monoaminoxidase. Índice de massa corpórea (IMC) menor que 30 kg/m². Anfetaminas Anfepramona (dietilpropiona), Femproporex e Mazindol Mecanismo de ação: Aumento da liberação de Noradrenalina e Dopamina Inibe a recaptação das Monoaminas Efeitos: Melhora do humor Inibe o apetite Aumenta o metabolismo (menor efeito) Estimula o centro respiratório Menor sensação de fadiga Aumento da atividade motora e fala Aumento do sistema de alerta Usos Clínicos: Tratamento da Narcolepsia Síndrome de hiperatividade Obesidade Efeitos Adversos: Abuso, Tolerância, Dependência comportamental Psicose tóxica (grandes doses) Depressão mental e fadiga (uso prolongado) Agitação e insônia Taquicardia e hipertensão Midríase e boca seca Tratamento da intoxicação: Acidificação da urina Clorpromazina (bloqueio da Dopamina e NE Anfetaminas Topiramato Aprovado para tratamento da epilepsia e da enxaqueca Reduz o apetite Aumentar a termogênese Aumenta a oxidação de gorduras Inibição da anidrase carbônica – efeito anorético Efeitos colaterais Boca seca Parestesias Constipação Infecção das vias aéreas superiores Alteração do gosto Insônia. Contraindicado: glaucoma de ângulo fechado mulheres em idade fértil devem ser alertadas sobre toxicidade fetal. Bupropiona/Naltrexona Bupropiona é um inibidor da recaptação de dopamina e norepinefrina Naltrexona é um antagonista de receptor opioide POMC: pró-opiomelanocortina α-MSH: horm. estimulador do α-melanócito Dose de 3,0 mg de liraglutida foi aprovada para o tratamento da obesidade Liraglutida Benefícios Reduções: Peso corporal Média da circunferência da cintura Redução de peso Cirrose hepática não alcoólica Pressão arterial Efeitos adversos Náusea, vômito e diarreia. Pancreatite Colelitíase e colecistite Doenças da tiroide Aumento na frequência cardíaca Desidratação Comprometimento renal e insuficiência renal aguda, Hipoglicemia Orlistate - Mecanismo de Ação Inibidor de lipases gastrintestinais (GI) Liga no sítio ativo da enzima Diminui a absorção de cerca de um terço dos triglicérides ingeridos Farmacocinética Administração por via oral; Absorção irrelevante Volume de distribuição: Não pode ser determinado, uma vez que a absorção do fármaco é mínima e não apresenta farmacocinética sistêmica definida Eliminação: Excreção fecal do fármaco não absorvido Orlistate Benefícios: Diminuição da pressão arterial Redução da insulinemia, hemoglobina glicada e da glicemia. Perda de peso. Benefícios no perfil lipídico Redução da circunferência abdominal. Efeitos Adversos Perdas oleosas Flatulência com perda Urgência fecal Aumento das evacuações Incontinência fecal Deficiência de vitaminas lipossolúveis (A, D, E K) Contra- indicada para pacientes com: Síndrome de má-absorção crônica Colestase: Qualquer condição em que o fluxo de bile do fígado diminui ou pára. Hipersensibilidade conhecida orlistate ou a qualquer um dos componentes contidos na fórmula. Tratamento Farmacológico da Obesidade Hipertensão Arq Bras Cardiol 2010; 95(1 supl.1): 1-51
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