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Desenvolvimento de Sistema Acadêmico com ASP.NET

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3 
 
 
UNIP INTERATIVA 
 
Projeto Integrado Multidisciplinar 
 
Cursos Superiores de Tecnologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aplicação ASP. NET 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
Unip Interativa- Polo Paulista 
2018 
 
UNIP INTERATIVA 
 
Projeto Integrado Multidisciplinar 
 
Cursos Superiores de Tecnologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aplicação ASP. NET 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nome: Hendrel Y Oliveira 
R.A: 1774005 
Análise e Desenvolvimento de Sistemas 
PIM VIII- DP 
 
 
5 
 
 
Unip Interativa- Polo Paulista 
 2018 
3 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho tem como objetivo o planejamento e o processo de 
desenvolvimento de um sistema acadêmico, Faculdade de Tecnologia de 
Taquaritinga apoiando-se nas principais técnicas de programação para Internet 
através da plataforma. NET da Microsoft, com a linguagem C# em conjunto 
com as tecnologias oferecidas pelo ASP. NET 2.0. São discutidas todas as 
escolhas tecnológicas para a criação do sistema, apresentando de forma 
sucinta com dados e gráficos o porquê de cada decisão, a fim de demonstrar a 
viabilidade das propostas deste trabalho e como cada uma delas favorece a 
criação do sistema e pode facilitar sua manutenção. Por fim, tornou-se 
possível constatar que a utilização da Internet como base para sistemas de 
gestão – sejam eles acadêmicos ou não – pode ser um grande atrativo, 
além de facilitar um dos maiores desafios de sistemas a serem 
acessados por diferentes usuários em diferentes lugares, que é a 
distribuição do mesmo. 
 
 
Palavras chave:​ Sistema; Gestão; Acadêmico; CGA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
ABSTRACT 
 
In this work is presented the planning and the development process of 
an academic system, focused in the necessities of the using the main 
programming techniques for Internet through the Microsoft .NET 
platform, with the C# language and the technologies offered by ASP.NET 
2.0. The technological choices for the system creation are evaluated, 
presenting in resumed data and graphs the reason of each choice, in 
order to demonstrate the viability of this work proposals and as each 
one of them allow the system creation and are able to turn its 
maintenance more easy. Finally, was became possible to evidence that the 
use of the Internet as base for management systems – academics 
systems or not – can be a great attractive, facilitating one of the biggest 
challenges of systems to be had accessed for different users in different 
places, that is it distribution. 
 
 
 
Keywords​: System; Management; Academic; CGA. 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
INTRODUÇÃO 8 
1. LEVANTAMENTO DE REQUISITOS 9 
1.1. Cenário Atual 10 
1.2. Escolhas Tecnológicas 12 
2. PLATAFORMA .NET 17 
2.1. Framework. NET 18 
2.2. Linguagem C# 20 
2.3. ASP.NET 24 
3 ​- CENTRAL DE GESTÃO ACADÊMICA 28 
3.1. Definição de Escopo 28 
3.2. Desenvolvimento Iterativo e Incremental 29 
3.3. Modelo de Banco de Dados 30 
3.4. Segurança de Acesso 31 
8 
 
3.5. Cadastros 33 
3.6. Matrícula 33 
3.7. Arquitetura 35 
CONCLUSÃO 37 
REFERÊNCIAS 38 
 
 
 
 
 
 
9 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
Desde os primórdios da humanidade, organizar as informações vem sendo um 
desafio. E é este mesmo desafio que ainda hoje impulsiona os avanços na 
área de tecnologia da informação. Nas últimas décadas, o processo de 
informatização deixou de ser estritamente científico militar e acadêmico, para 
se tornar comercial. Desde então, a informatização tornou-se um instrumento 
administrativo, mostrando-se uma ferramenta poderosa de gestão. 
As principais vantagens agregadas pela tecnologia foram: capacidade de 
manipular uma enorme quantidade de dados simultaneamente; precisão, 
velocidade, menor desperdício e redução de custo (automação de tarefas) e, 
com o advento da Internet, ampliou-se os mercados consumidores a o tamanho 
atingido pela grande rede. Transformar toda a tecnologia que está disponível 
em oportunidades é o grande desafio, assim como compreender exatamente 
para que a informatização seja desejada (Orlandini, 2005). 
Sendo assim, a informatização pode oferecer inúmeras vantagens e 
oportunidades. Além disso, com a proliferação da Internet, a criação de 
sistemas totalmente conectados e disponíveis todo o tempo tornou -se 
simples e, o mais importante, barata. Dadas estas oportunidades, este 
trabalho pretende apresentar a criação de um sistema de gestão acadêmica 
online, facilitando as operações das três entidades principais envolvidas: 
alunos, professores e funcionários administrativos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
1. LEVANTAMENTO DE REQUISITOS 
 
O objetivo de construir um sistema acadêmico aproveitando-se das 
oportunidades oferecidas por um ambiente de Internet vai de encontro à 
necessidade por este tipo de sistema. Tal necessidade não se trata de um fato 
isolado, mas algo comum a diversas instituições de ensino. Segundo Orlandini 
(2005), com a presença cada vez mais constante de serviços de hospedagem 
de sistemas pela Internet, é provável que a informatização esteja tão acessível 
e tão presente nas organizações quanto à energia elétrica. Um número cada 
vez maior de empresas está aderindo a esse serviço, que possibilita acima de 
tudo uma redução dramática nos custos inerentes à infraestrutura de TI. 
Esta evolução da Internet como base p ara sistema s de informação 
pode ser observada no FIG. 1. Em um período de dez anos, sistemas 
publicados para Internet cresceram aproximadamente 60%. 
 
 
 
Figura 1- Evolução da utilização de Sistemas. 
Fonte: Info Online ​(http://info.abril.com.br/) e IBGE (​http://www.ibge.com.br​). 
 
http://www.ibge.com.br/
11 
 
 
As instituições de ensino superior, em especial as instituições públicas, 
parecem estar no extremo oposto deste cenário. Mesmo instituições 
diretamente relacionadas à tecnologia, muitas vezes não possuem ferramentas 
de ponta aproveitando-se deste conhecimento. 
Uma das preocupações deste trabalho, desde o início do levantamento de 
requisitos, foi avaliar como elaborar o proposto sistema acadêmico de forma 
que se torne facilmente manutenível e expansível, pela própria instituição, 
através de seus alunos e estagiários. Também existe a preocupação com a 
continuidade do projeto, possibilitando que, com o passar do tempo, o sistema 
se torne cada vez mais produtivo e, o mais importante, auxiliando a faculdade a 
também se tornar mais produtiva. 
 
1.1. Cenário Atual 
 
O primeiro passo tomado no processo de modelagem foi o entendimento do 
cenário atual da instituição em relação à automação acadêmica. Para uma 
melhor compreensão, pode-se dividir este cenário em três fases principais. 
A primeira fase está ligada ao início das atividades da faculdade. Este período 
é marcado justamente pelo inverso à proposta deste trabalho, ou seja, pela 
inexistência de qualquer tipo de sistema de apoio às atividades acadêmicas. 
Paralelamente, a faculdade estava se formando e adquirindo seu formato de 
trabalho. Nesta etapa inicial, surgem muitos costumes – os quais por diversas 
vezes vem a se tornar regras – de como as tarefas devem ser realizadas na 
instituição. 
O início da segunda fase deixa bem claro este ponto. Neste período, surge o 
primeiro sistema acadêmico da instituiçãomoldado com o fim principal de 
substituir algumas operações manuais, as mesmas operações consolidadas 
durante a primeira fase. Esta abordagem de desenvolvimento, onde o sistema 
12 
 
apenas informatizar determinadas tarefas, não apresentando melhorias no 
processo da organização, era totalmente normal e ainda hoje é muito 
frequente. De pouco adianta todo o potencial da informatização se os sistemas 
não estiverem muito bem coordenados e analisados. Informatizar tarefas mal 
formuladas traz novos problemas e nenhuma solução, além de nublar as 
possíveis causas dessas falhas. Essa situação infelizmente é comum, pois 
existe uma grande confusão sobre a análise de sistemas e a programação dos 
mesmos (Orlandini, 2005). 
 
Este primeiro sistema, desenvolvido em Clipper, ganhou o nome de Cadastro 
Geral de Alunos (conhecido também pela sigla CGA), visto que seus objetivos 
eram estritamente os de manter o cadastro dos dados pessoais do s 
alunos e automatizar a geração do RA (registro acadêmico) para novos 
alunos. 
 
 
Figura 2- Primeira Versão do CGA. 
Fonte: Sistema CGA versão 5.1 Y2K. 
 
Por fim, a terceira fase é corresponde à criação da segunda versão do CGA 
(FIG. 3), o que ocorreu no final de 2004. Tal versão pode ser descrita como 
uma adaptação do CGA original com a inclusão de algumas novas ferramentas 
13 
 
para automação de tarefas acadêmicas, tais como matrícula de alunos, 
lançamento de notas e faltas e impressão de alguns relatórios. 
 
Figura 3- Segunda Versão do CGA. 
Fonte: Sistema CGA versão 2004. 
 
Esta segunda versão do sistema foi desenvolvida em parceria com a empresa 
de tecnologia Politec S/A, a qual havia acabado de abrir sua filial na cidade de 
Taquaritinga, como uma forma prática de treinar alguns de seus funcionários e 
ao mesmo tempo retribuir o apoio da faculdade durante o processo seletivo 
destes funcionários. O sistema começou a ser desenvolvido sem uma fase 
elaborada de análise e com a versão 1.1 da plataforma. NET da Microsoft, 
sendo migrado posteriormente para as versões Beta 1, Beta 2 e Final da 
plataforma .NET 2.0. Este desenvolvimento sem planejamento acabou 
deixando o sistema com alguns problemas, principalmente em relação à 
arquitetura e à manutenção, segundo os próprios participantes do projeto. 
 
1.2. Escolhas Tecnológicas 
 
Verificados os problemas encontrados nos sistemas anteriores e delineados os 
principais objetivos do novo sistema, algumas escolhas tecnológicas 
começaram a ser tomadas. 
14 
 
O primeiro passo foi definir a metodologia a ser utilizada. Escolheu-se a 
Análise Orientada a Objetos, por ser amplamente utilizada e de fácil 
compreensão. Além disso, visto que o alvo do sistema é o ambiente de 
Internet, a orientação a objetos mostra-se um grande atrativo, pois as duas 
maiores tecnologias de desenvolvimento para Internet atualmente existentes 
são JSP, para desenvolvimento Java, e ASP.NET, para desenvolvimento 
.NET (Johnson, 2007). Além disso, uma das maiores vantagens da orientação 
a objetos é a reutilização do código, possibilitada em sua maior parte graças ao 
recurso de herança de classes, onde classes específicas podem se aproveitar 
de recursos de classes mais genéricas, evitando repetições desnecessárias de 
código (Cardoso, 2006). Em um sistema projetado para se tornar facilmente 
manutenível e expansível, este recurso representa um ganho considerável, 
tornando a escolha da orientação a objetos um bom diferencial. 
Já a escolha entre uma das duas maiores plataformas de desenvolvimento 
orientado a objetos, Java ou. NET, nem sempre é fácil. Enquanto Java possui 
ao seu lado a força do software livre, a plataforma. NET demonstra cada vez 
mais seu crescimento e ganha espaço em relação à produtividade. Sistema 
Acadêmico em ASP. NET 2.0 – 
 
Além disso, a plataforma. NET vem se mostrando cada vez mais performática 
em diversos fatores, como o tratamento de documentos DOM (Document 
Object Model) e XML (Extensible Markup Language), padrões incrivelmente 
utilizados e disseminados. A figura 4 exibe um comparativo de desempenho na 
leitura e interpretação de documentos XML entre as versões 1.1 e 2.0 do 
Framework .NET em relação ao Java 1.5. 
 
15 
 
 
Figura 4- Desempenho na interpretação de documento XML. 
Fonte: ​Microsoft Developers Network (​http://www.msdn.com​). 
Até pouco tempo, nenhum tipo de comparativo poderia ser decisivo na escolha 
entre Java e. NET, visto que o primeiro era gratuito enquanto o segundo não. 
Esta situação foi resolvida em 2005, com o lançamento das versões Express 
Edition de diversos produtos de desenvolvimento da Microsoft, versões essas 
que possuem licença de utilização livre, contanto que o produto final não seja 
comercializado, algo que não representa um problema para o sistema 
acadêmico da faculdade. 
Já a escolha entre as versões 1.1 ou 2.0 do NET Framework não exige 
grandes análises. Segundo Marques (2005), a quantidade de recursos e o 
aumento de produtividade no desenvolvimento para a versão 2.0 é visível 
conforme será discutido mais profundamente no decorrer deste trabalho – o 
que facilita a escolha. 
A escolha do banco de dados, o SQL Server 2005 Express Edition, está 
diretamente relacionada às duas escolhas citadas acima. Sendo uma versão 
Express Edition, sua limitação é quanto à comercialização e quanto ao 
tamanho limite do arquivo do banco de dados no disco rígido (no máximo 
quatro GB). Esse limite não representa um problema, já que atualmente, 
usando o SQL Server 2000, com 15 anos de dados cadastrados, o banco de 
dados não ultrapassou 25 MB. Além disso, o SQL Server 2005 foi desenhado 
para ser totalmente Sistema Acadêmico em ASP. NET 2.0.integrado ao 
16 
 
desenvolvimento. NET. O uso de SQL Server 2005 em conjunto com o. NET 
2.0 representa mais um grande ganho de produtividade para o 
desenvolvimento (Ryan, 2006). 
A figura 5 demonstra como todos os recursos de visualização e edição dos 
dados e da própria estrutura das bases de dados estão totalmente integrados 
com o ambiente de desenvolvimento do NET 2.0, o que agiliza e facilita o 
desenvolvimento. 
 
 
 
FIGURA 5 - Integração do SQL Server 2005 com o Visual Studio 2005. 
FONTE: Microsoft Visual Studio 2005. 
 
 
Escolhidas as tecnologias de desenvolvimento e armazenamento das 
informações, faz-se necessário realizar definições sobre o ambiente esperado 
17 
 
para os usuários do sistema, visto que não é possível controlar a forma como 
cada usuário acessará a aplicação, sendo esta publicada pela Internet. 
Quando o foco é desenvolvimento Web, é essencial ter definido desde o início 
quais navegadores serão adotados para navegar pelo sistema, visto que cada 
navegador possui suas próprias peculiaridades em relação à interpretação dos 
padrões. 
O órgão que regulamenta a padronização de desenvolvimento para Internet, 
chamado W3C (World Wide Web Consortium), possui diversas recomendações 
de melhores práticas de desenvolvimento e para quais navegadores são 
voltadas. 
 
Além disso, possui diversas estatísticas que auxiliam a escolheros 
navegadores -alvos na hora da definição de escopo. 
A Figura 6 apresenta estatísticas de janeiro de 2002 a julho de 2007 quanto à 
utilização de navegadores. É possível perceber que, segundo o W 3C (2007), 
os únicos navegadores com utilização maior que 10% são: Internet Explorer 
6, Internet Explorer 7 e Firefox. 
 
 
18 
 
FIGURA 6 - Estatística de utilização de navegadores. 
FONTE: W3 Schools (http://www.w3schools.com) 
 
Outra preocupação importante está relacionada ao suporte a Java Script pelos 
navegadores escolhidos. Apesar de toda a evolução a corrida nos servidores e 
plataformas de desenvolvimento para Internet, no lado do usuário final o 
navegador ainda é capaz apenas de executar instruções simples realizadas 
por scripts. Dentre as linguagens de script existentes para Internet, a mais 
utilizada e suportada é o Java Script. 
Mesmo assim, sempre existem pessoas que desabilitam a execução de Java 
Script em seus navegadores. Contudo, a Tabela. 1 mostra que atualmente 
existem poucos motivos para se preocupar com isto, segundo o W3C (2007). 
 
 
 
 
2.​ ​PLATAFORMA .NET 
 
19 
 
Para o entendimento do sistema proposto, deve -ser primeiro entender o 
funcionamento geral da plataforma .NET e seu ambiente de desenvolvimento 
para Internet. 
Denomina-se plataforma .NET o conjunto de componentes desenvolvidos pela 
Microsoft, com alvo em sistemas Windows, desenhados para suportar 
aplicações e serviços de última geração (Ryan, 2006). 
Um grande destaque da plataforma .NET está na facilidade de 
desenvolvimento de aplicações para os mais diversos tipos de dispositivos. 
Parte desta facilidade está nos vastos recursos do Framework .NET, a ser de 
talhado a seguir, e do ambiente de desenvolvimento produtivo, chamado 
Microsoft Visual Studio (FIG. 7). 
 
 
FIGURA 7 - Ambiente do Visual Studio 2005. 
FONTE: Microsoft Visual Studio 2005. 
 
2.1. Framework. NET 
 
20 
 
O Framework .NET é a base da plataforma. Muitos especialistas realizam 
comparações com a JVM (Java Virtual Machine). 
De certa forma, o Framework .NET também é uma máquina virtual, pois 
representa uma camada adicional entre o sistema operacional e código das 
aplicações desenvolvidas para a plataforma. Porém, mais do que uma 
máquina virtual sobre o sistema operacional, o Framework .NET possui um 
conjunto de bibliotecas de componentes completa, automatizando diversas 
tarefas. 
Além disso, assim como em Java, o código escrito não é compilado em 
linguagem de máquina, mas sim e uma linguagem intermediária, chamada de 
MSIL (Microsoft Intermediate Linguagem), interpretada pelo Framework no 
momento da execução, de forma similar ao que ocorre com o código 
intermediário de Java, chamado byte-code, interpretado pela JVM. 
O Framework .NET abrange uma estrutura de objetos, classes e ferramentas 
que se integram ao sistema operacional para fornecer suporte ao 
desenvolvimento. Ao instalar o .NET Framework em uma máquina não é 
necessário fazer a distribuição de outros componentes, uma vez que todos já 
estão instalados. Isto facilita o desenvolvimento e a distribuição de aplicações 
(Sinsic, 2004). 
A base do Framework .NET é o componente CLR (Common Language 
Runtime), responsável pela comunicação direta com o sistema operacional, 
gerenciando o uso da memória, requisitando a execução de instruções na 
CPU, etc. Também é responsabilidade do CLR interpretar a MSIL gerada 
durante a compilação dos programas .NET, traduzindo em linguagem de 
máquina. De forma a traçar um comparativo mais específico, pode -se dizer 
que o CLR é a parte do Framework .NET que corresponde à Java Virtual 
Machine. 
Isto garante que a portabilidade na plataforma não é responsabilidade do 
compilador de cada linguagem e sim do CLR, ou seja, todos os hardwares e 
sistemas operacionais cuja Microsoft desenvolve uma versão do Framework 
.NET são automaticamente capazes de executar qualquer aplicação 
desenvolvida em qualquer uma das linguagens suportadas. Além disso, 
21 
 
existem projetos de migração, como o Mono, para sistemas não suportados 
pela Microsoft, como Linux e Solaris, que garantem grande compatibilidade 
com o Framework .NET original (Leitão,2007). Sistema Acadêmico em 
ASP.NET 2.0 - 
Acima do Common Language Runtime, existe uma gama de bibliotecas 
especializadas nas mais diversas tarefas e ambientes, como ADO.NET e 
ASP.NET, dentre outros (FIG. 8). Os blocos em cinza representam os 
componentes existentes em todos os sistemas Windows, independentes do 
.NET Framework. 
 
FIGURA 8 Componentes do .NET Framework​. 
FONTE: Microsoft (http://www.microsoft.com​). 
Sobre o suporte a diversas linguagens, cabe citar que Visual Basic .NET, C#, 
C++.NET, Perl.NET, J# e aproximadamente mais 35 outras linguagens podem 
ser utilizadas no desenvolvimento. Qualquer linguagem que manipule objetos 
pode ser utilizada com o Framework .NET. Até linguagens antigas como 
COBOL, Mumps e Python estão disponíveis em versão atualizada e orientada 
a objetos para o Framework .NET. 
Em teoria, como o Framework é um repositório de componentes e objetos e 
todas as linguagens se transformam na mesma MSIL durante a compilação, as 
linguagens funcionam apenas como script, instanciando os objetos que 
precisam, alimentam suas propriedades e respondem aos eventos. 
Dentre toda esta gama de linguagens, podemos dar maior ênfase ao C#, visto 
que, segundo Petrucelli (2007), foi uma linguagem criada especificamente para 
22 
 
a plataforma .NET e é a mais utilizada. Sistema Acadêmico em ASP.NET 2.0 - 
2 
 
2.2. Linguagem C# 
 
O C# é uma linguagem de programação totalmente nova, inspirada no C++, 
orientada a objetos e que foi lançada juntamente com a plataforma .NET, ou 
seja, tem como principal foco o desenvolvimento para Web e dispositivos 
móveis. 
Todo código em C#, assim como nas outras linguagens da plataforma .NET, é 
compilado duas vezes antes de ser executado. A primeira compilação, pelo 
compilador C#, gera um executável ou arquivo com extensão dll que contém o 
código MSIL. Posteriormente, este será interpretado pelo compilador JIT (Just 
in Time Compiler), componente do CLR (Common Language Runtime) que 
gera código nativo para a CPU que está executando a aplicação (Ryan, 2006). 
Este código é mantido na memória enquanto estiver sendo utilizado. Mas o 
desempenho do restante do sistema operacional não é afetado drasticamente 
já que, caso essa rotina não seja mais utilizada, existe outro item do CLR, 
chamado Garbage Collector, literalmente um “coletor de lixo”, que limpa da 
memória os objetos não usados. 
Segundo Leitão (2007), a linguagem C# é mais performática que outras 
linguagens orientadas a objeto clássicas. Como exemplo, citemos o Smalltalk, 
onde tudo que está instanciado na memória é tratado como um objeto. O custo 
de performance que isto implica é demasiadamente alto. O extremo oposto, 
que é o Java, onde os tipos mais primitivos (como números, textos, booleanos, 
etc.) não “funcionam” como objeto, atrapalha a codificação e dificulta 
conversões entre tipos de dados. 
O C# unifica os tipossem alto custo em tempo de execução. Para isso, ele 
realiza a divisão dos tipos por valor e por referência. Um tipo por valor só é 
convertido para tipo por referência quando necessário, ou seja, certos valores 
23 
 
são diretamente alocados na memória e só se tornam objetos quando, e se, 
necessário (Leitão, 2007). 
Além de ser uma linguagem robusta para gerenciar a memória 
automaticamente, o C# possui outras vantagens como: mecanismo único de 
tratamento de erros, verificação de todas as conversões entre tipos de dados, 
segurança contra overflow (estouro de tamanho de variáveis, tabelas, 
arrays, etc.), pois sempre valida qualquer atribuição de valor, 
impossibilidade d e ambiguidade (não possui valores default) e facilidade 
de documentação do código. Tudo isso evita falhas de codificação, 
execução e segurança, além de tornar o desenvolvimento mais produtivo. 
Sistema Acadêmico em ASP.NET 2.0 – 21. 
 
Outro atrativo da linguagem C# é sua sintaxe, incrivelmente parecida com 
Java, o que facilita a codificação e quase tão flexível quanto C++, o que atrai 
os programadores mais experientes. 
A linguagem C# mostra -se a mais eficiente da plataforma .NET, por ter sido 
criada especialmente para a mesma e por seguir todos os padrões ISO e 
ECMA (Ryan, 2006). 
Uma declaração de classe, por exemplo, segue a sintaxe abaixo: 
 
<visibilidade> <tipo> <nome> 
public class Mensagens 
 
Neste exemplo, a visibilidade define como esta classe poderá ser enxergada 
durante a codificação, podendo assumir os valores private (invisível p ara 
outras partes do código), protected (visível apenas para classes que 
herdarem de sta), internal (visível para todas as classes codificadas dentro 
do projeto desta) ou public (visível para todas as classes de todos os 
projetos, assim como as classes do Framework). 
24 
 
Em seguida, o tipo classe é obrigatório para criação de classes, mudando para 
outras palavras da linguagem no caso de criação de outros tipos de estruturas, 
como structs, enums, etc., os quais não serão tratados aqui. 
 
E por fim o nome desejado para a classe pode utilizar letras e números, 
contanto que não contenha espaços e pontuações. 
As classes no Framework .NET sã o tipos customizados que podem conter 
variáveis, constantes, métodos, atributos e propriedades. Para garantir a 
consistência entre as classes, é possível se utilizar de herança (onde você 
deriva uma nova classe de uma já existente, seja ela customizada ou nativa do 
próprio Framework) ou uma interface (a qual especifica quais métodos e 
atributos são obrigatórios para determinadas classes). Além disso, para que a 
aplicação esteja apta a responder a determinadas ações do usuário ou de 
componentes externos, você pode se utilizar de evento sem qualquer classe 
(Ryan, 2006). 
 
Os tipos de dados em C# também são completos e flexíveis, adaptando-se 
facilmente a outras tecnologias, como bancos de dados e Web Services 
(bibliotecas de componentes acessíveis pela Internet, com o protocolo HTTP), 
e facilitando a interoperabilidade. Já que as classes são tipos customizados, 
um atributo ou propriedade pode assumir qualquer tipo, sendo este nativo do 
Framework ou customizado. Sistema Acadêmico em ASP.NET 2.0 – 22. 
 
 
25 
 
 
 
Com o lançamento da versão 2.0 do Framework .NET, a Microsoft buscou 
inovar a linguagem com recursos existentes até então somente em linguagens 
experimentais e acadêmicas, pouco aplicados a linguagens comerciais. Esta 
inovação faz parte ​dos objetivos de evolução da linguagem C#, conforme 
pode ser observado na figura nove. 
 
 
 
21 
dos objetivos de evolução da linguagem C#, conforme pode ser observado na FI G 
FIGURA 9 - Evolução da linguagem C#. 
FONTE: Microsoft (​http://www.microsoft.com​). 
 
http://www.microsoft.com/
26 
 
 
 
2.3. ASP.NET 
 
Uma aplicação baseada em formulários Windows utiliza os recursos locais da 
máquina do cliente, necessitando que se instale o .NET Framework e um poder 
de processamento acima de Pentium II 300 e memória de 64 MB, além de 
exigir Windows 98 ou superior. Com estas características limitamos em muito 
a distribuição e utilização fora do ambiente corporativo (Sinsic, 2004). 
Com os recursos presentes e adicionados nos navegadores Web e a 
aplicação de servidores inteligentes, foi possível criar um ambiente de 
aplicações rico e funcional. 
Antes disso, a área de aplicações para Internet passou por outras duas fases 
distintas. Na primeira fase, os primeiros servidores para Internet eram somente 
transmissores de texto em formato HTML (Hype Têxt. Markup Language, a 
linguagem de formatação de documentos para Internet). Esta fase iniciou 
-se com o Windows NT 4.0 e o IIS 2.0, que fazia apenas o transporte de 
dados, recebendo uma solicitação de página e retornando o texto sem qualquer 
processamento prévio antes da resposta, conforme figura 10. 
 
27 
 
 
Na segunda fase, os servidores passaram a ser “inteligentes” e a permitir o 
processamento da página antes de retornar ao cliente. Segundo Petrucelli 
(2007), nesta época os arquivos de processamento eram códigos script 
mesclados com o HTML. Em se tratando de tecnologias Microsoft, a tecnologia 
utilizada era o ASP (Active Server Pages). A codificação de uma página ASP 
simples pode ser conferida 
abaixo: 
 
<HTML> 
<P>Bem-Vindo! </P> 
<P>Agora são <% Request.Write 
(Time ()) %></P> 
</HTML> 
 
As linhas delimitadas pelos sinais “<%” e “%>” eram as chamadas de diretivas, 
ou seja, código que antes de retornar ao cliente era processado pelo servidor 
de aplicações Web (podendo ser IIS 4.0 ou 5.0), e o que chegava ao 
navegador do usuário era algo como 
 
<HTML> 
<P>Bem-Vindo</P> 
<P>Agora são 09:41:30</P> 
</HTML> 
O modelo gráfico pode ser representado com a FIG. 11: 
28 
 
 
 
FIGURA 11 - Geração 2: páginas passam por processamento prévio. 
FONTE: Sincic (2004). 
 
 
Este modelo era lento, pois o servidor era o brigado a ler a página e substituir 
os dados, ou seja, trabalhava em modo interpretado, ocasionando erros de 
desenvolvimento. Além disso, a verificação de sintaxe acabava sendo uma 
tarefa adicional aos programadores, por não haver compilação prévia 
(Petrucelli, 2007). 
 
Para ganhar performance eram criados componentes compilados do tipo 
Win32, em linguagens como Visual Basic 6.0, C++ ou Delphi. Estes então 
eram chamados pelas diretivas do código ASP. 
Outra desvantagem do ASP era a necessidade de montar a página 
manualmente pela codificação, uma vez que era necessário colocar a diretiva 
exatamente no local onde o resultado deveria ser apresentado, impossibilitando 
a utilização de ferramentas de design para facilitar o processo. Estes 
problemas e dificuldades também eram marca de tecnologias semelhantes e 
concorrentes, como PHP e ColdFusion. 
No modelo atual de comunicação e processamento Web, iniciado com o 
ASP.NET 1.1 e continuado com o 2 .0, as páginas não precisam ser 
processadas, uma vez que as diretivas não precisam mais ser utilizadas e 
passamos a ter o conceito de Code Behind. 
29 
 
 
Neste modelo, aparte doscódigos é compilada e se transforma em um 
arquivo com extensão dll e os blocos HTML permanecem em um arquivo 
separado, que será mesclado ao resultado do processamento da DLL (Sinsic, 
2004). Dessa forma, se ganha desempenho por não mais interpretar o código 
página por página. Além disso, a construção dos códigos é idêntica ao 
desenvolvimento comum. Podemos, por exemplo, arrastar uma caixa de texto 
para a página e manipularmos seus atributos, como feito em aplicações de 
formulários Windows. 
Outra interessante inclusão é a capacidade do servidor adaptar a página e o 
HTML retornado ao cliente conforme a versão do navegador e sistema 
operacional, incluindo celulares WAP. 
O modelo gráfico pode ser representado com a figura. 12. 
 
 
 
O modelo do ASP.NET traz diversas vantagens em relação às gerações 
anteriores. Segundo Johnson (2007), podemos dar destaque a: Modelo de 
Desenvolvimento de Aplicação Avançado: o ASP.NET é focado no 
Desenvolvimento Rápido de Aplicações (RAD, na sigla em inglês) e criação de 
programas Orientados a Objetos (OOP). Permite que você trabalhe com 
elementos HTML, tratando-os como objetos. 
30 
 
Gerenciamento Nativo de Estado: para simplificar ainda mais o modelo de 
programação, o ASP.NET mantém automaticamente o estado e os controles 
da página durante o seu ciclo de vida, ou seja, todos os dados preenchidos 
pelo usuário são mantidos automaticamente entre várias requisições do 
servidor. Por mais trivial que pareça, isso não acontece por padrão para 
aplicações Web com outras tecnologias anteriores ao ASP.NET. 
Suporte a uma Rica Biblioteca de Classes: em seu programa ASP.NET você 
tem acesso a todas as classes do Framework .NET, o que torna incrivelmente 
semelhante o desenvolvimento para várias plataformas, como Windows, Web e 
Mobile. 
Desempenho: no ASP.NET todas as páginas são compiladas antes de serem 
executadas, além de serem mantidas em cache na memória, fazendo com que 
normalmente precisem ser processadas somente uma vez. 
Escalabilidade: as aplicações ASP.NET podem rodar tanto em um único 
servidor como em múltiplos servidores integrados. 
 
Segurança: o ASP.NET tem várias formas automatizadas de autenticação 
para 
aplicações Web, tornando a tarefa de desenvolver aplicações seguras muito 
mais simples. 
Gerenciamento: os arquivos de configuração do ASP.NET são gravados 
como texto simples, normalmente em formato XML, o que facilita o trabalho de 
administração das aplicações. 
Extensibilidade: você pode estender a funcionalidade do ASP.NET pela 
escrita de seus componentes customizados, herdando funcionalidades do 
Framework e melhorando. 
 
 
3 ​- CENTRAL DE GESTÃO ACADÊMICA 
 
31 
 
Terminado todo o processo de levantamento de requisitos e realizadas as 
principais escolhas tecnológicas, pode-se direcionar ao objeto do trabalho: o 
novo sistema acadêmico para a FATEC Taquaritinga. Conforme visto 
anteriormente, a sigla CGA foi consolidada para definir o sistema. 
Contudo, como o escopo não é mais apenas o cadastro de alunos, o nome do 
mesmo foi modificado para Central de Gestão Acadêmica, visto que o conjunto 
de todas as suas funcionalidades prevê apoiar em todos os passos a gestão 
de assuntos acadêmicos. 
 
3.1. Definição de Escopo 
 
Para o novo sistema, ficaram definidos os seguintes pontos -chave: 
Deve estar pronto para ser acessível pela internet, cabendo à instituição 
apenas definir um servidor de hospedagem pela Internet com suporte a 
ASP.NET 2.0 e SQL Server 2005; 
Deve diferenciar os usuários em Alunos, Professores e demais funcionários, 
apresentando conteúdo customizado a cada um desses grupos; 
Deve conter todos os recursos existentes na versão anterior do CGA, que 
esteve rodando desde 2004 na faculdade; 
 
Deve implementar novas operações relativas à matricula, com destaque para a 
possibilidade de os próprios alunos realizarem sua matrícula pela internet; 
 
Deve ser bem elaborado e conter um código coeso e acoplável, de fácil 
manutenção e expansão; 
Deve conter código-fonte aberto, permitindo que a própria instituição seja 
responsável pelas futuras manutenções. 
32 
 
Sistema Acadêmico em ASP .NET 2.0 – 29 
 
3.2. Desenvolvimento Iterativo e Incremental 
 
Outro ponto importante sobre o processo de desenvolvimento do sistema está 
na abordagem de gerenciamento de projetos a ser utilizada, que é o processo 
de desenvolvimento iterativo e incremental. Com isto, o ciclo de vida de análise 
e desenvolvimento do sistema torna-se incrivelmente flexível. Desta forma, a 
base do sistema pode ser e laborada de forma 
simples e rápida, conforme apresentado neste trabalho, e o objetivo da 
facilidade de manutenção pode ser alcançado sem grandes esforços. 
Após este primeiro ciclo de desenvolvimento, que está sendo concluído em 
conjunto com este trabalho, a implantação da primeira iteração do sistema 
pode ser realizada com facilidade na instituição, em um ambiente controlado de 
homologação. A partir daí diversos testes de performance, usabilidade e 
aderência podem ser realizados pelo próprio cliente, no caso a FATEC 
Taquaritinga. 
Estes testes podem ser realizados de forma controlada em um primeiro 
momento, com dados fictícios e situações planejadas. Em seguida, dados 
replicados do ambiente de produção atualmente funcional na faculdade podem 
ser utilizados de forma a simular situações reais e tentar expor o sistema o 
máximo possível à realidade da instituição. 
 
Consequentemente, torna-se fácil e rápida a obtenção de resultados, 
observando -se os pontos críticos a serem solucionados e as sugestões de 
melhorias. Com isto, fica simples elaborar a próxima iteração do processo de 
análise e desenvolvimento, voltados para estes itens a pontados. Dessa forma, 
o sistema fica auto expansível e praticamente ilimitado, sempre sendo possível 
criar um novo processo iterativo com novas funcionalidades e correções. Além 
disso, quando tornar-se perceptível a possibilidade de utilizar integralmente o 
sistema, é necessário somente migrá-lo para um ambiente de produção, 
33 
 
podendo por fim abandonar quaisquer versões anteriores e se aproveitar 
totalmente dos novos recursos. 
 
 3.3. Modelo de Banco de Dados 
 
O modelo de banco de dados segue os preceitos de bancos objeto -relacionais, 
apesar de ser criado com uma ferramenta relacional, o SQL Server 2005, 
conforme discutido anteriormente. Tais preceitos ajudam a implementar, 
principalmente, o conceito de herança, existente nas linguagens orientadas a 
objetos, em bancos relacionais. 
A figura 4 demonstra as principais tabelas envolvidas com o cadastro de 
pessoas, sejam alunos, professores ou funcionários, simulando a herança entre 
estas entidades. 
De forma prática, a tabela T Pessoa deve conter os dados de todas as 
pessoas 
relacionadas diretamente com a instituição, ou seja, alunos, professores e 
funcionários. 
Consequentemente, as tabelas filhas, Aluno e Professor, devem conter os 
dados específicos de cada um destes dois perfis. 
Independentemente, a tabela Usuário também se relaciona com a tabela 
Pessoa, representando os dados de acesso desta pessoa no sistema. 
Observa -se que a pessoa não precisa ser obrigatoriamente professorou aluno 
para acessar o sistema, visto que a relação ocorre com a tabela mais genérica, 
que é a Pessoa. Isto também evita dados desnecessários no banco de dados, 
pois é totalmente plausível que existam diversos alunos e professores que não 
fazem mais parte da instituição e, portanto, não devem possuir registros 
associados em Usuário, ou seja, não possuem permissão para acessar o 
sistema. 
 
 
34 
 
A integridade desta regra deve ser considerada quando os alunos estiverem se 
formando ou os professores deixando a instituição, ou seja, o sistema deve 
automaticamente remover os registros de Usuário para estes usuários que 
deverão automaticamente deixar de ter acesso ao sistema. 
 
3.4. Segurança de Acesso 
 
Conforme citado anteriormente, o sistema precisa estar acessível para 
diferentes grupos de usuários, cada qual com determinadas permissões de 
acesso aos conteúdos. Isto é possível graças às associações existentes entre 
as funcionalidades, os usuários e seus perfis de acesso. 
Além de trabalha r com a permissão geral de cada um destes tipos de usuário 
(aluno, funcionário e professor), o sistema deve possuir a possibilidade de 
configuração de grupos de usuários específicos para acessar de determinados 
recursos. Por exemplo, determinados relatórios podem estar acessíveis 
somente a professores do curso de Processamento de Dados. É possível 
então criar um perfil de acesso para professores deste curso, com acesso a 
tais relatórios. Professores de outros cursos, apesar de também serem 
professores e terem basicamente as mesmas permissões, não terão 
possibilidade de acessar estes conteúdo específicos. Tais configurações 
podem ser realizadas de forma simples. 
Além disso, também é possível configurar permissões personalizadas para 
cada usuário. Sendo assim, é possível que um professor ou funcionário 
específico possua acesso completo a outras áreas, como a manutenção do 
próprio sistema. Também é possível definir professores coordenadores, que 
poderão acessar conteúdos específicos para eles. Por fim, o sistema tem 
que e star preparado para bloquear usuários não autorizados, como 
ex-alunos ou outras pessoas que não tenham vínculos com a faculdade. 
Este bloqueio não deve ser realizado somente na prime ira tentativa de 
35 
 
acesso, mas sim constantemente, verificando todas a s tentativas 
posteriores e garantindo inclusive que as permissões do usuário não se 
mantenham abertas por um longo tempo, o que permitiria que, por 
exemplo, outra pessoa se utilizasse destas permissões caso utilize o 
mesmo computador num curto espaço de tempo. Sistema Acadêmico em 
ASP.NET 2.0 - 35 
 
Aproveitando-se de recursos existentes no ASP.NET 2.0 para segurança de 
acesso, em conjunto com ou traz boas práticas, é possível tornar o site até 
95% seguros, visto não existem meios de tornar-se um site 100% seguro em 
nenhuma hipótese (Johnson, 2007). 
Tais recursos englobam: criptografia de dados, autenticação e autorização e 
podem ser amplamente configurados com arquivos XML do próprio Framework 
.NET. Um exemplo é a criptografia realizada com todas as senhas do sistema, 
que utiliza chaves de 128 bits, teoricamente impossíveis de serem quebradas. 
Com tais técnicas, nem mesmo usuários autorizados com acesso direto ao 
banco de dados conseguem entender e/ou decifrar as senhas de nenhum 
usuário do sistema. 
Os recursos de personalização também são flexíveis e extensíveis. A tela 
principal para os três tipos de usuário pode ser configurada constantemente 
para condizer com a situação da faculdade. É possível, por exemplo, que na 
época das matrículas a tela principal dos alunos seja configurada para 
destacar de forma visível a possibilidade de realizada da matrícula pela 
Internet. É possível associar um endereço ao alerta, que neste caso pode ser 
a tela de rematrícula que deve abrir para o aluno. 
A tela também fornece suporte a conteúdo dinâmico, como exibição de notícias 
diversas. Tais notícias pode ser alimentada em forma de feeds RSS (Really 
Simple Syndication, um conjunto de “dialetos” padronizados para distribuição 
de 
conteúdos agregados, os quais vem se tornando populares principalmente para 
divulgação de notícias). 
36 
 
Com o tempo a instituição pode personalizar a tela principal de alunos, 
professores e funcionários para enfocar as reais necessidades de cada um 
destes, aumentando consideravelmente a produtividade dos mesmos para com 
o sistema. 
 
3.5. Cadastros 
 
O sistema também é composto por diversas telas de cadastro, de forma a 
garantir a disponibilidade do s mais diversos dados, de apoio ou não. Dois 
exemplos de cadastros de apoio são cidades e países. Outros cadastros 
essenciais ao sistema são, por exemplo: alunos, disciplinas, professores, 
cursos, etc. 
 
3.6. Matrícula 
 
Um dos requisitos m ais importantes para o sistema trata -se da matrícula do s 
alunos. Na verdade, não é apenas um único requisito, pois existem 
basicamente três tipos de matrícula. 
O primeiro tipo é a matrícula automática realizada quando o aluno ingressa na 
faculdade. 
Neste caso de uso, é necessário somente selecionar o aluno ingressante de 
acordo com uma lista de classificados, disponibilizada para todas as 
instituições dias antes da matrícula. Tal lista contém todos os candidatos, 
ordenados pela classificação, de forma que seja possível selecionar candidatos 
aprovados diretamente ou através de lista de suplentes. 
Selecionado o novo aluno, é gerado automaticamente um número de registro 
(conhecido como RA, ou registro acadêmico) para o mesmo. Este número 
será sua chave única de identificação durante todo o curso. Em seguida, são 
gravados os dados básicos deste novo aluno e criada automaticamente sua 
37 
 
primeira matrícula, contendo todas as disciplinas do primeiro semestre, já que o 
aluno provavelmente irá cursar exatamente estas disciplinas. Em todo caso, 
deve ser possível editar esta matrícula posteriormente, para o caso de o aluno 
realizar dispensa de disciplinas ou cursar outras disciplinas em regime 
especial. 
Para tornar a iteração do aluno simples, esta tela se apoia em dois conceitos 
difundidos de interface: navegação estilo wizard e interatividade estilo chat. 
Quando o aluno acessa a tela, recebe boas vindas e um texto introdutório, 
informando qual funcionário está disponível para lhe atender. Através de uma 
arquitetura de chat, o funcionário estará, nos dias de matrícula virtual a serem 
definidos pela instituição, presente virtualmente para atender o aluno, da 
mesma forma que ocorreria presencialmente. 
O aluno é guiado por várias telas que simulam o processo real de matrícula, 
como a confirmação de dados pessoais e a escolha de disciplinas a serem 
cursadas. 
Lembrando que esta última só deve estar disponível caso o aluno possua 
disciplinas pendentes de outros semestres, caso contrário não é necessário, 
pois todas as disciplinas do ciclo atual do aluno podem ser automaticamente 
adicionadas em sua matrícula. 
Sempre que o aluno precisar realizar alguma interação(como editar dados 
pessoais ou escolher disciplinas), terá disponível um botão de envio. Neste 
momento, os dados aparecerão na tela do funcionário que está lhe atendendo. 
O funcionário pode então aprovar ou reprovar os dados recebidos do aluno. Em 
caso de reprovação, pode digitar algum texto e aplicativo, para que o aluno 
proceda da forma correta. 
Quando todos os dados estiverem de acordo com o esperado pelo 
funcionário a matrícula puder ser aceita, o funcionário precisa apenas acionar 
um botão de aceite e automaticamente o aluno receberá em sua tela um 
comprovante de matrícula que poderá ser impresso. Da mesma forma, o 
funcionário também recebe um comprovante, a fim de assegurar a 
autenticidade da operação para ambas as partes. 
38 
 
Terminados estes passos, a matrícula está realizada sem que o aluno precise 
se direcionar até a faculdade. 
 
 
3.7. Arquitetura 
 
Além da definição das principais funcionalidades e criação de protótipos das 
telas abordadas pela prime ira iteração do sistema, toda a arquitetura da 
aplicação deve ser formulada O primeiro componente, CGA.Web representa a 
interface da aplicação. Este componente na prática é uma aplicação Web, ou 
seja, um site programa do em ASP.NET e C#. Sistema Acadêmico em 
ASP.NET 2.0 – 43. 
 
Tal aplicação necessita apenas de um servidor de hospedagem Windows 
Server com .NET Framework 2.0 e SQL Server 2005 para estar disponível pela 
Internet. 
Dentro deste componente as páginas do ASP.NET, os arquivos visuais, como 
imagens, temas e folhas de estilo, e os scripts executados no navegador do 
usuário, conforme discutido anteriormente neste trabalho. 
Vinculado a este componente, está o CGA.Negócios. Esta camada 
representa a lógica de negócio da aplicação. Além disso, encapsula as 
chamadas utilizando -se do padrão de projeto Facade (Cardoso, 2006), a fim 
de fornecer um ponto de acesso único a todas as aplicações de interface que 
tenham necessidade de acessar as informações oferecidas por este sistema. 
Isto se torna simples não a penas pelo padrão do Facade, mas também por tal 
componente ser um Web Service. Segundo Sincic (2004), um pacote de 
classes a cessíveis de forma remota através do protocolo de Internet, o HTTP. 
A utilização de Web Services permite inclusive que outros sistemas da 
instituição realizem operações providas pelo sistema CGA d e forma simples e 
eficiente, inclusive independente da tecnologia utilizada. É possível, por 
exemplo, que um sistema para controlar a reserva de projetos pelos 
professores acesse operações do Web Service do CGA afim de buscar os 
39 
 
dados dos professores, evitando a existência de diversos bancos de dados 
com dados replicados na faculdade. 
A camada seguinte à de negócio é a CGA.Framework. Dados. Tal camada 
pequena, tem a responsabilidade apenas de executar comandos no banco de 
dados. Para este sistema em específico, adotou-se a utilização de Stored 
Procedures como forma de acesso padronizado ao banco. Tais Stored 
Procedures encontram-se armazenadas no pacote denominado SQLObjects. 
Sendo assim, a responsabilidade da camada de dados é simplesmente 
executar determinada Stored Procedure retornando dados do banco de dados 
e transformando os mesmos em objetos do .NET, para que a camada de 
negócio possa trabalhar de forma fácil. 
O último componente d a arquitetura é o CGA.Framework. Web Controls. Tal 
componente prevê a abstração e automatização de tarefas repetitivas no 
sistema, principalmente voltadas à interface e às validações de dados. 
Diversos controles customizados estão previstos neste componente, a fim de 
tornar os códigos HTML mais limpos e o desenvolvimento o mais produtivo 
possível. 
Com a utilização correta desta arquitetura, prevê -se que o tempo de 
desenvolvimento de uma tela de complexidade média caia de 8 horas para 
apenas 3 horas de codificação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
CONCLUSÃO 
 
Com a utilização de sistemas informatizados moldados visando a melhoria de 
processos, em conjunto com o poder de distribuição e abrangência das 
aplicações para Internet, é possível obter ganhos significativos em relação a 
produtividade e eficiência em tarefas nas mais diversas áreas. Um sistema 
acadêmico voltado a três tipos diferentes de público tem potencial para 
melhorar inúmeras atividades na instituição. 
Esta monografia foi elaborada visando demonstrar as necessidades do 
proposto sistema acadêmico para a FATEC Taquaritinga e as escolhas 
tomadas para possibilitar o desenvolvimento do mesmo. Com base neste 
estudo, conclui -se que as escolhas tecnológicas foram satisfatórias e a base 
do sistema pôde ser elaborada, podendo o mesmo ser expandido futuramente 
de acordo com as necessidades da instituição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
 
 
 
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