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MIRIÃ ORTEGA . 1 BBPM 2 Biologia Celular – MARINA -O formato nuclear geralmente acompanha o formato da célula -Geralmente o núcleo é bem delimitado e visível durante a divisão celular -Existe diferentes tipos celulares com diferentes tipos de núcleo IMPORTÂNCIA DO NÚCLEO -Separação do processo de transcrição e tradução -Organização espacial do material genético -Determinação da forma nuclear e proteção mecânica nuclear (envoltório) Posição nuclear: Pode variar → interações com citoesqueleto que posiciona-o Formato do núcleo → semelhante com o formato da célula Tamanho do núcleo: depende da quantidade de DNA e do metabolismo da célula COMPONENTES DO NÚCLEO INTERFÁSICO 1. ENVOLTÓRIO NUCLEAR 2. CROMATINA 3. NUCLÉOLOS 4. NUCLEOPLASMA 1. ENVOLTÓRIO NUCLEAR -Separa núcleo-citoplasma → barreira seletiva -Realiza a manutenção do núcleo como compartimento distinto -Permite controle ao acesso do material genético -Não é possível observar o envoltória em microscopia óptica -Possui uma bicamada lipídica -Possui um espaço entre essas membranas: espaço perinuclear (cisterna) → possui proteínas solúveis que foram sintetizadas pelo ribossomos que estão aderidos ali -CAMADA DE FORA DA MEMBRANA: é associada com ribossomos: síntese proteica MIRIÃ ORTEGA . 2 BBPM 2 Biologia Celular – MARINA Ainda, a membrana externa pode ser contínua ao RER -CAMADA DE DENTRO: se associa com a lâmina nuclear (filamentos) e, também, interage com a cromatina O envoltório nuclear não é continuo → possui poros (ou complexos de poro) Essenciais pois é através dele que ocorre a passagem de moléculas COMPLEXO DE PORO NUCLEAR -Formado por uma associação de muitas proteínas -Permitem e regulam o trânsito de macromoléculas → quanto maior a atividade da célula, mais poros ela tem → pois maior vai ser a síntese de RNA e a passagem desses materiais passam para o citosol para realizar a tradução Também, para esses processos é preciso de enzimas que estão no citosol → entram pelos poros → fazerem a transcrição OVÓCITOS -Extremamente ricos em complexos de poros → pois possuem uma atividade sintética muito alta ESPERMATOZÓIDE -Complexos de poro é raro → o material genético é tão condensado que não está ativo (convertendo proteínas) ORGANIZAÇÃO DO PORO NUCLEAR • Dois anéis proteicos: estabelecimento do perímetro do poro ANEL CITOPLASMÁTICO: dele partem os filamentos citoplasmáticos → interagem com moléculas do citoplasma que querem entrar no núcleo ANEL NUCLEAR: filamentos que formam cesta de basquete -Possui cerca de 100 moléculas proteicas → NUCLEOPORINAS • Complexo de proteínas : filamentos citoplasmáticos, anéis citoplasmáticos e nuclear; inserção do poro no envoltório nuclear; filamentos nucleares MIRIÃ ORTEGA . 3 BBPM 2 Biologia Celular – MARINA COMO O PORO NUCLEAR REGULA A PASSAGEM DE MOLÉCULAS -Moléculas com até 50kDa → difusão → água, íons, pequenas moléculas → equilíbrio entra citosol e núcleo -Moléculas maior (entre50kDa – 60 kDa → transporte ativo → RNA, DNA polimerase ou proteínas → interação com o complexo (reconhece regiões ricas em FG) -Moléculas maiores que 60kDa: Precisam de sinais de importação ou exportação → importinas e exportinas que funcionam com clivagem de GTP Requer uma sequência de importação ou exportação e também precisam de receptores IMPORTAÇÃO MEDIADA POR SINAL→Molécula é reconhecida pela importina → se liga a importina → interage com componentes do poro → é liberada para o núcleo Proteínas importantes que entrem no núcleo: histonas, DNA polimerase, fatores de transcrição EXPORTAÇÃO MEDIADA POR SINAL: Interagem com as exportinas + sinal de exportação nuclear Moléculas: RNA + proteínas, subunidades ribossomais, proteínas citoplasmáticas No caso de moléculas maiores, precisam de sinais de localização nuclear (NLS e sinais de exportação (NES) O TRASPORTE ATIVO USADO: Hidrólise de GTP → GDP + Pi Receptores de importação/exportação → importinas e exportinas Interação com as nucleoporinas (sequências de fenilalanina e glicina – FG) -A importina/exportina precisa ter um sítio de ligação → devido a isso, a molécula a ser transportada deve ter uma sequência sinal (SLN) A proteína de transporte ainda tem um sítio de reconhecimento para a molécula de Ran Essa molécula de Ran tem a capacidade de se ligar e clivar o GTP → ao clivar tem-se a molécula de Ran GDP MIRIÃ ORTEGA . 4 BBPM 2 Biologia Celular – MARINA IMPORTAÇÃO 1. Proteína com sequência de localização nuclear (NSL 2. Importina reconhece o NLS 3. Entra no núcleo após de interagir com o complexo de poro 4. Dentro do núcleo: a importina se liga ao Ran-GTP 5. Ao se ligar ao Ran, a importina perde a afinidade com a molécula que estava carregando → liberação da proteína no núcleo 6. A importina ligada ao GTP vai para o citosol 7. No citosol, a enzima GAP auxilia a clivagem da Ran-GTP → Ran-GDP + Pi + importina no plasma disponível para ser usada em outro ciclo de importação Após a entrada da proteína transportada, ela não perde o NSL → isso de da pois, em divisões celulares o núcleo vai desorganizar e as proteínas ficam espalhadas no citosol. Para elas regressarem ao núcleo, depois da divisão celular, necessitam do sinal. Cassa estivesse sido clivado, a proteína não poderia regressar EXPORTAÇÃO 1. Molécula com uma sequência de exportação → se liga a uma exportina + Ran-GTP 2. Atravessa o complexo de poro 3. Ação da GAP → clivagem da Ran-GTP → Transformação em Ran-GDP 4. Isso faz com que a exportina perca sua afinidade com a molécula e também com a Ran 5. Essa exportina liberada volta para o núcleo da célula CITOPLASMA: GAP (proteína ativadora de GTPase) transoforma GTP em GDP (hidrólise) → liberação das proteínas carreadores (importina e exportina) Há sempre uma maior concentração de Ran-GDT no citosol → pois toda GTP é clivada pela GAP NÚCLEO: O GDP passa pelo poro → enzima GEF (fator de troca de guanina) → fosforilação da GDP → transformação para GTP Há sempre uma maior concentração de Ran-GTP no núcleo MIRIÃ ORTEGA . 5 BBPM 2 Biologia Celular – MARINA LÂMINA NUCLEAR -Associada à superfície interna do envoltório nuclear -Laminas A-C e B (filamentos intermediários) -Manutenção da forma e suporte estrutural nuclear -Associação de fibras cromatínicas ao envoltório -Participação no controle da expressão gênica, na manutenção do citoesqueleto e na sobrevivência da célula -ela é fosforilada durante a mitose para que as fibras do fuso tenha acesso ao material genético FORMAÇÃO DA LÂMINA NUCLEAR -Ela é formada por filamentos intermediários (laminas A-C e lamina B) → -Possui o NLS → são reconhecidas pelas importinas e vão para o núcleo -Quando a célula é sinalizada para que entre em divisão celular → há fosforilação da lâmina nuclear → desorganização da lamina → núcleo é desorganizado → exposição dos cromossomos para que haja o ligamento das fibras do fuso -Após a divisão → desfosforilação → reorganização do núcleo -As laminas estão associadas a proteínas que visam impedir o desenvolvimento do câncer: entrar em senescência, apoptose... MIRIÃ ORTEGA . 6 BBPM 2 Biologia Celular – MARINA LAMINOPATIAS MIRIÃ ORTEGA . 7 BBPM 2 Biologia Celular – MARINA 2. CROMATINA -DNA complexado a proteínas específicas (histonas) Organização: Compactada → heterocromatina → na microscopia, são as regiões mais escuras Descompactada → eucromatina → regiões mais claras NÚCLEO EM DIVISÃO →altamente condensada HISTONAS: interagem com os radicais fosftos do DNA e por isso se enrolam → essa interação não depende da sequência do DNA NUCLEOSSOMO: unidade estruturalbásica da cromatina Associado 8 histonas: 2 dimeros de H2A-H2B + 1 tetrâmero de H3-H4 200 pares de base de DNA CENTRO DE NUCLEOSSOMO: são as 8 histonas + 146 pares de base de DNA NÍVEIS DE COMPACTAÇÃO 1. ASPECTO DE COLAR DE CONTAS: Primeiro nível de compactação da cromatina Fibra de 10NM Eucromatina ativa -Não há associação com histonas H1 2. Associação entre dos DNA de ligação → fibras de 30nm Associação com a histonas H1 MIRIÃ ORTEGA . 8 BBPM 2 Biologia Celular – MARINA MIRIÃ ORTEGA . 9 BBPM 2 Biologia Celular – MARINA EPIGENÉTICA Modificações no DNA, sem alterar a sequência de pares de base • Metilação/desacetilação (histonas) → silenciamento da transcrição. → histonas perde acetila → mais condensação. EX: genes supressores tumorais → o gene supressor é silenciado e a célula perde um dos controles de reprodução acelerada • Demetilação/acetilação/ubiquitinação → aumento da transcrição gênica → afrouxamento do DNA (EX: oncogenes) 3. NUCLÉOLOS -Estrutura esférica não envolvida por membrana, presente em todas as células nucleadas -Tamanho depende da intensidade de síntese proteica da célula -Geralmente é único -Desorganizado durante a divisão celular – parada de transcrição O QUE TEM NOS NUCLEOLOS: -RNAr, NDAr, Proteínas estruturais, RNA polimerase I, Topoisomerase I e II, snoRNA (clivagem de rRNA) NOR: Regiões organizadoras do nucléolo → ONDE O NUCLEOLO ESTÁ Toda NOR precisa de uma sequência de RNA ribossômico Esse RNA ribossômico forma subunidades ribossomais que vai para o citosol para síntese proteica Por isso, células com nucléolos evidentes → bastante rna → bastante síntese proteica ORGANIZAÇÃO DO NUCLEOLO • Centro fibrilar (CF Transcrição de rRNA rDNA RNA pol I DNA topoisomerase I e II Fatores de transcrição do rRNA • Componente fibrilar denso (CFD) -Moléculas de rRNA recém-transcritas -Processamento pós-traducional do rRNA • Componente granular (CG) -Montagem das subunidades ribossômicas -Processamento final do rRNA Grânulas de rRNA + proteínas MIRIÃ ORTEGA . 10 BBPM 2 Biologia Celular – MARINA 4. NUCLEOPLASMA Solução aquosa que tem proteína, RNA, nucleosídios, nucleotídeos, íons onde estão mergulhados nucleotídeos e cromatina -MATRIZ NUCLEAR: Citoesqueleto nuclear -Organização da cromatina nos territórios cromossômicos (eucromatina no centro do núcleo e heteromatina na periferia) -PROTEOSSOMOS: Degradação de proteínas envolvidas no controle do ciclo celular MIRIÃ ORTEGA . 11 BBPM 2 Biologia Celular – MARINA