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Trab Imuno- Transfusão sang

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INTRODUÇÃO 
O presente trabalho tem como objetivo explicar a tipagem sanguínea de animais domésticos, em específico cães e gatos, com algumas individualidades e restrições, pois apesar de serem mamíferos, possuem grupos sanguíneos diferentes. É necessário realizar alguns exames obrigatórios, saber se animal se encontra em condições de doador saudável, para até mesmo evitar possíveis problemas caso não sejam tomadas as medidas cabíveis.
Podemos ver também como é elaborada uma possível reação cruzada antes de realizar o procedimento, para que não haja nenhum risco após, através desses testes podemos verificar anticorpos resistentes contra antígenos, no doador e receptor. Existem vários tipos de reações que podem levar o animal á quadros graves, se não houver todos os cuidados exigidos antes da coleta.
Alguns casos de transfusões em espécies diferentes e até mesmo em humanos foram feitas quando não havia toda a informação necessária que existe nos dias de hoje, e não foram obtidos resultados satisfatórios. Por isso para ser elaborado até o presente momento possui todos os cuidados necessários e suporte para que haja o retorno esperado.
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Caracterização sanguínea entre cães e gatos
Para ser doador de sangue, tanto os cães quanto os felinos, precisam estar saudáveis, vacinados e vermifugados, não fazer uso de medicações contínuas, não ter recebido nenhuma transfusão sanguínea para evitar presenças de outros anticorpos, não sendo recomendado também fêmeas em período de gestação e lactação. É realizado uns processos de exames clínicos e laboratoriais para saber se o doador está em condições favoráveis. Nessa triagem exames como hemograma completo, bioquímica sérica de função renal e hepática, urinalise e exames de fezes, o hematócrito deve estar acima de 40% para prevenir uma possível anemia secundária, testes específicos para possíveis doenças infecciosas também devem ser elaborados, pois pode haver riscos na transfusão e até mesmo causar impacto na saúde do doador, por agentes infecciosos. A transfusão de sangue é um procedimento que deve ser muito bem analisado quanto aos riscos e benefícios ao ser incluído no tratamento do paciente, em cães esse procedimento ocorre com maior frequência do que em gatos, e bancos de sangue desta espécie já são realidade em grandes cidades. 
Doadores caninos precisam ter idade entre 2 a 8 anos, e peso em volta de 28 kg, podendo doar de 13 a 17 ml de sangue por kg de peso corporal com intervalos de 3 a 4 semanas.
Doadores felinos devem ter entre 1 a 8 anos, e ter peso de 4 kg aproximadamente, por serem maiores os machos são mais procurados, de preferência os que não tem acesso á rua. Por serem muito ariscos, os gatos precisam de algum tipo de sedativo para realizar a coleta, e podem doar no máximo 11 a 13 ml por kg a cada dois a três meses.
Tipo Sanguíneo dos Cães
Os cães possuem diferentes tipos sanguíneos: DEA 1.1, DEA 1.2, DEA 3,DEA 4,DEA 5, DEA 7. Os grupos DEA 6 e DEA 8, não tem sido estudados devido inexistência de de anti soros para esses antígenos. Cães apresentam anticorpos naturais apenas nos sistemas DEA 3,DEA 5, e DEA 7. Se o cão recebe transfusão incompatível, o destinatário pode desenvolver uma reação hemolítica aguda.
Anticorpos contra DEA 1.1 ou 1.2 são produzidos num receptor negativo 4 a 14 dias depois a primeira transfusão para ambos e induz uma reação retardada que leva uma destruição rápida de eritrócitos transfundidos.
A tipagem sanguínea com mais relevância entre os antígenos é DEA 1.1 considerada mais forte e altamente recomendada.
São considerados doadores universais os cães DEA 4 negativos para todos grupos e positivos para DEA 4. Cães DEA 3 tem baixa prevalência nos EUA, e DEA 4 alta prevalência. Antígenos DEA 5 e 7 estão presentes 23 e 45% da população canina.
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A prática de transfusão de produtos DEA 1.1 limita a ocorrência de reações de transfusão hemolítica aguda. O tipo para outros antígenos DEA 5 tem sido difícil devido a disponibilidade limitada dos reagentes e a dificuldade nos resultados. A tipagem sanguínea é sempre recomendada em cães, em caso de emergência é utilizado os doadores de DEA 1.1 negativo por ser mais seguro.
Tipo sanguíneo dos gatos
Os felinos contém três tipos de sangue: Tipo A, tipo B e tipo raro AB. Seu sistema de grupo sanguíneo é diferente do ABO humano, Eles possuem aloanticorpos naturais (isoanticorpos) contra antígenos de grupo sanguíneo falante, e são de grande importância na prática clínica e podem induzir a reações de incompatibilidade sanguínea.
O tipo A é dominante sobre o raro AB, que é dominante sobre B. O tipo A é mais comum encontrado em gatos domésticos SRD, enquanto raças como Angora Turco 46% e Van Turco 60% do sangue tipo B.
Gatos tipo A tem fracos anticorpos anti B, que pode causar uma sobrevida curta, gatos tipo B tem fortes anticorpos anti A, que pode causar uma reação fatal com apenas 1 ml de sangue, o tipo AB não possui anticorpos nem A nem B. Os gatos AB só podem receber do tipo A e AB, pois o tipo B possui muitos anticorpos tipo A.
Essas incompatibilidades sanguíneas podem gerar reações fatais como: Uma anemia hemolítica grave, choque anafilático e pode levar a morte, se um tipo B recebe um tipo A, causando uma reação transfusional hemolítica aguda.
E quando filhotes do tipo A ou AB são gerados pela gata tipo B, uma reação de incompatibilidade é a isoeritrólise neonatal felina, provocada pela absorção de aloanticorpos anti A no colostro da gata tipo B, podendo ser evitado no acasalamento de gata tipo B com gatos tipo A e AB.
Os gatos não são doadores universais, mesmo em caso de emergência, para não correr risco de vida, deve sempre realizar uma tipagem sanguínea antes da transfusão.
Prova Cruzada (Teste de compatibilidade)
Esse procedimento é essencial para ser feito antes de realizar a transfusão sanguínea, pois pode evitar possíveis riscos á saúde do doador e receptor, pois ele pode detectar a presença de anticorpos contra antígenos.	São realizados duas provas, onde a prova maior verifica se o plasma do receptor tem anticorpos contra antígenos dos eritrócitos do doador, que possam aglutinar ou provocar lise, é a mais importante porque indica que as células do doador serão destruídas pelos anticorpos presentes no plasma do paciente.																																		 5
A prova menor onde o volume do plasma é pouco do doador nos concentrados de hemácias, sendo diluído no paciente, se o plasma do doador contém anticorpos contra antígenos.
Todas reações negativas devem ser confirmadas, um resultado positivo indica incompatibilidade. Esses testes devem ser realizados caso o tipo sanguíneo não seja conhecido, ou o receptor já tenha recebido transfusão sanguínea. Mesmo quando há compatibilidade sanguínea, pode haver uma reação positiva, pois só testam anticorpos contra hemácias e não contra células como plaquetas e leucócitos que podem causar reação.
O teste deve ser feito em cães que já tenham histórico de doações, mesmo transfundidos com sangue do mesmo doador. E também entre gatos que não possuem histórico pode ser incompatível, pois há presença de anticorpos naturais na espécie.
Tipos de Reações Transfusionais
Se não forem realizados os testes antes da transfusão, podem ocorrer alguns tipos de reações que podem prejudicar o animal, levando a graves riscos depois. Os exames realizados antes da doação sanguínea são essenciais.
· Reação Hemolítica aguda ou de hipersensibilidade tipo II: Por hemólise intra ou extra vascular, mediadas por IgG ou IgM, nos cães do grupo DEA1.1, pode ocorrer fixação do complemento, liberação de substâncias vasoativas e de citocinas inflamatórias. Com sinais de hipertermia, taquicardia, taquipneia, dispneia, vômito, icterícia, hemoglobinemia, entre outros, nesse caso suspender a transfusão e monitorar o paciente. Esses mesmos sinais ocorrem quando há contaminação bacteriana da bolsa de sangue.
· Reações não hemolíticas aguda: classificadas como reações de hipersensibilidade tipo I, alergia ouanafilática, muitas vezes mediadas pelo IgE e mastócitos, com sinais de prurido, eritema, vômito, dispneia, e quando ocorre a transfusão deve ser suspensa, revertendo o caso pode retomar.
· Reações hemolítica tardia: pode ocorrer de 2 a 21 dias após a transfusão, e os sianis são de uma hemólise extra vascular e uma redução do hematócrito é observada.
· Reações hemolíticas não tardia: reações a leucócitos e plaquetas que podem ocorrer por febre e pode durar até 20 horas após a transfusão, pelo aumento da temperatura corporal acima de 1Cº, pode ser reduzida com uso de filtros leucorredutores.
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· Reações não imunológicas: Há uma sobrecarga circulatória que pode ocorrer caso o paciente receba uma quantidade excessiva de sangue, ou com doença renal ou cardíaca, o uso de diurético pode ser necessário. A hipocalcemia quando há muita quantidade de anticoagulante, onde se observa tremores musculares e alterações eletrocardiográficas, o tratamento é gluconato e/ou cloridrato de cálcio. Outras manifestações são policitemia, hiperproteinemia, hipotermia, trombose, contaminação bacteriana, acidose e doenças infecciosas.
Transfusão entre espécies
Os animais só podem receber sangue se for de um grupo compatível com o seu, se não houver compatibilidade o sangue é rejeitado pelo organismo, podendo levar á óbito. Os cães não possuem anticorpos naturais, assim como alguns gatos, um sangue diferente não será rejeitado pelo corpo num primeiro contato, mas sim numa segunda transfusão, quando já houve sensibilização do sistema imune pode haver uma rejeição.
Há tempos atrás quando não havia conhecimento suficiente para realização de transfusões, mas ainda assim tinha a necessidade, eram feitos experimentos com sangue de outros grupos de animais e até mesmo de humanos, embora fosse bastante arriscado, tanto que com passar dos anos foi interrompida pois foi comprovada que a mistura dos sangues de indivíduos não compatíveis coagulavam, levando o paciente a morte.
 
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CONCLUSÃO
A transfusão sanguínea é realizada no intuito de salvar vidas, sem ocasionar qualquer tipo de dano ao doador e indivíduo que recebe a doação. Com todos as medidas necessárias, é um procedimento que vem sendo realizado em meio á muitos animais sem deixar nenhuma sequelas.
Podemos chegar a conclusão que há alguns tipos de problemas que podem aparecer caso o profissional qualificado não faça todos exames obrigatórios, ou animal não esteja em condições favoráveis conforme é preciso.
Há uma dificuldade nos dias de hoje muito grande de se obter doadores com características parecidas, pois essas exigem para administração da coleta, quando paciente tem determinada urgência, mas vale ressaltar a importância dos animais saudáveis doarem para o banco de sangue, pois muitas vidas precisam para sobreviver.
	
							 
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BIBLIOGRAFIA:
SORATTO, Priscila. TIPOS SANGUÍNEOS EM CÃES E GATOS. Ufrgs.br, 2016. Disponível em: https://www.ufrgs.br/lacvet/site/wp-content/uploads/2016/07/tipos_sangPriscila.pdf, acesso em: 20 de novembro de 2020.
BANSHO, Mayara Tammi. TRANSFUSÃO SANGUÍNEA EM GATOS: REVISÃO DE LITERATURA. Equalis Veterinária, 2016. Disponível em: https://www.equalisveterinaria.com.br/wp-content/uploads/2016/05/Transfusao-de-sangue-em-gatos-revisao-de-literatura-Mayara-Tammi-Bansho.pdf, acesso em : 20 de novembro de 2020.
																									
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