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TUTORIAL 3 - tipos sanguíneos; sistema ABO e RH (módulo 5 - hematologia)

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TUTORIAL 3 – PODE?
1- Estudar os tipos sanguíneos (sistema ABO e RH)
Os anticorpos no plasma de um tipo sanguíneo não reagem com os antígenos nas superfícies das hemácias de outro tipo sanguíneo. Assim, ocorre aglutinação imediata ou retardada com hemólise das hemácias. 
No corpo humano há pelo menos 30 antígenos comuns e centenas de outros raros nas superfícies das membranas, que podem causar reações antígeno-anticorpo. 
TIPOS SANGUINEOS ABO: antígenos ou aglutinogênios tipo A e tipo B, ocorrem na superfície das hemácias. 
	GENÓTIPOS
	TIPO SANGUINEO
	AGLUTINOGÊNIOS
	AGLUTININAS
	OO
	Tipo O
	-
	Anti-A e Anti-B
	OA ou AA
	Tipo A
	IA
	Anti-B
	OB ou BB
	Tipo B
	IB
	Anti-A
	AB 
	Tipo AB
	IA e IB
	- 
· Tipo O: ausência dos aglutinogênios A e B 
· Tipo A: aglutinogênio A presente
· Tipo B: aglutinogênio B presente 
· Tipo AB: presença dos aglutinogênios A e B
Determinação genética dos aglutinogênios: o lócus do grupo sanguíneo ABO possui três alelos, ou seja, três formas diferentes do mesmo gene. Esses três alelos (IA, IB e Io) determinam três tipos sanguíneos e são chamados de alelos A, B e O. A letra I significa imunoglobulina. 
· Alelo tipo O – sem função, não determina nenhum aglutinogênio tipo O nas células. 
· Alelo tipo A e tipo B – determinam fortes aglutinogênios nas células 
Obs: o alelo O é recessivo para os alelos A e B que demonstram codominância 
Apenas um desses alelos está presente em cada um dos cromossomos (uma pessoa possui dois conjuntos de cromossomos). A presença de três alelos diferentes significa que há 6 possíveis combinações (genótipos) de genes – OO, OA, OB, AA, BB e AB. Cada pessoa possui uma combinação das 6 possíveis. 
Frequências relativas dos tipos sanguíneos: O – 47%, A – 41%, B – 9% e AB – 3%. 
Aglutininas: são anticorpos; quando o aglutinogênio tipo A não estão presente nas hemácias, os anticorpos são chamados aglutininas anti-A no plasma, por exemplo. 
· Concentração título métrica das aglutininas em diferentes idades: após o nascimento, a quantidade de aglutininas é quase zero. Após 2-8 meses o lactente começa a produzir aglutininas (anti-A ou anti-B). A titulação máxima ocorre ao 8-10 anos e declina gradualmente com o passar dos anos.
· Origem das aglutininas no plasma: aglutininas são gamaglobulinas, assim como a maioria dos anticorpos. É produzida pelas mesmas células da medula óssea e órgãos linfáticos. Na maioria são moléculas das imunoglobulinas IgM e IgG. Essas aglutininas são produzidas em pessoas que não possuem os respectivos aglutinogênios pois pequenas quantidades de antígenos anti-A e anti-B entram pelos alimentos, bactérias e desencadeiam o desenvolvimento de aglutininas anti-A e anti-B. 
Processo de aglutinação nas reações de transfusão: ocorre quando sangue não compatíveis são misturados e as aglutininas (anti-A ou anti-B) são misturadas com hemácias com aglutinogênios A e B, as hemácias se aglutinam, formando grumos que ocluem os vasos. A mesma aglutinina pode se fixar em duas ou mais hemácias ao mesmo tempo, pois as aglutininas têm 2 locais de fixação (IgG) ou 10 locais de ligação (IgM). Após horas ou dias, a distorção física das células e/ou o ataque por leucócitos destroem as membranas das células liberando hemoglobina no plasma (hemólise das hemácias). 
· Hemólise aguda: ocorre em algumas reações de transfusão, quando os anticorpos causam a lise de hemácias pela ativação do sistema do complemento, que libera enzimas proteolíticas (completo lítico) e rompe as membranas celulares. A hemólise imediata é menos comum que a hemólise tardia, e geralmente ocorre devido a presença de anticorpos IgM diferentes, como a hemolisina. 
Tipagem sanguínea: (1) as hemácias são separadas do plasma e diluídas com solução salina. (2) parte da solução é misturada com aglutinina anti-A e outra com anti-B. (3) após minutos, se houver formação de grumos/aglutinação sabe-se que ocorreu reação antígeno-anticorpo. Por exemplo, o sangue tipo AB possui aglutinogênios A e B e aglutina com ambos os tipos de aglutininas. 
	Tipo de hemácias
	Soro Anti-A
	Soro Anti-B
	O
	-
	-
	A
	+
	-
	B
	-
	+
	AB
	+
	+
TIPOS SANGUINEOS RH: diferente do sistema ABO em que as aglutininas se desenvolvem espontaneamente, no sistema Rh quase nunca ocorrem aglutininas espontâneas. Ocorre que a pessoa precisa primeiro ser exposta excessivamente ao antígeno Rh antes que o desenvolvimento suficiente de aglutininas cause reação de transfusão significativa.
· Antígenos Rh – Rh positivos e Rh negativos: há 6 tipos de antígenos Rh, chamados fator Rh C, D, E, c, d, e. Cada pessoa tem 3 pares de antígenos. Quem tem o antígeno C não tem o antígeno c, mas quem não tem o antígeno C sempre tem o c. 
· O antígeno D é muito prevalente na população. Quem o possui é considerado Rh positivo, quem não possui é Rh negativo. 
· 85% da população branca é Rh positiva e 15% Rh negativa
· 95% dos negros norte-americanos e 100% dos negros africanos são Rh positivos. 
Resposta imune Rh: 
· Formação das aglutininas Rh: quando hemácias com fator Rh são injetadas em uma pessoa com sangue sem fator Rh (Rh -), aglutininas anti-Rh se desenvolvem lentamente, obtendo concentração máxima em 2-4 meses. Essa resposta imune ocorre em variados graus dependendo da pessoa. Com exposições múltiplas ao fator Rh, a pessoa Rh negativa fica sensibilizada contra o fator Rh. 
· Características das reações de transfusão Rh: se a pessoa Rh negativa nunca foi exposta ao sangue Rh positivo, sua primeira transfusão de sangue ocorrera normalmente pois o corpo produzira anticorpos anti-Rh nas próximas semanas – transfusão retardada. Entretanto, na próxima transfusão de sangue incorreta na pessoa já imunizada contra o fator Rh, pode ser grave. 
Eritroblastose fetal (doença hemolítica do recém-nascido): causada pela aglutinação das hemácias do feto, quando a mãe é Rh negativa e o feto Rh positivo herdado do pai. A mãe desenvolve aglutininas ANTICORPOS anti-Rh (por exposição ao antígeno Rh do feto) que se difundem através da placenta para o feto, aglutinando as hemácias fetais. 
Contato antes do nascimento extravasamento da barreira placentária 
· Incidência da doença: mãe Rh negativa do 1º filho Rh positivo geralmente não desenvolve a doença; cerca de 3% dos 2º filhos Rh positivos possuem sinais de eritroblastose fetal; 10% dos 3º filhos exibem a doença e a incidência aumenta com as gestações seguintes. 
· Efeito dos anticorpos da mãe sobre o feto: depois que os anticorpos anti-Rh da mãe passam da membrana placentária para o feto, causam aglutinação no sangue, as hemácias se hemolisam liberando hemoglobina no sangue que é convertida em bilirrubina, causando icterícia no neonato. Os anticorpos podem atacar outras células do corpo.
· Quadro clínico da eritroblastose: o recém-nascido ictérico e eritroblastótico é anêmico ao nascer e as aglutininas anti-Rh circulam no sangue por 1-2 meses após o nascimento, destruindo cada vez mais as hemácias. O fígado e o baço estão aumentados para produzir mais hemácias, e devido a essa produção acelerada formas precoces (eritroblastos) passam da medula óssea para o sistema circulatório, como as formas blásticas nucleadas. As crianças podem apresentar retardo mental, lesões das áreas motoras do cérebro devido a precipitação da bilirrubina nas células neuronais, as destruindo (kernicterus) 
· Tratamento do neonato: existem outras formas de tratamento; substituição do sangue do bebê por sangue Rh negativo enquanto o sangue Rh positivo do bebê é retirado. 400mL são transfundidos a cada 1,5h. processo repetido por várias semanas. Com o passar do tempo as células Rh negativas transfundidas são substituídas pelas células Rh positivas próprias do neonato, levando 6 ou mais semanas até que as aglutininas Rh negativas da mãe sejam destruídas. 
· Prevenção: o antígeno D (soro) é o responsável principal pela imunização da mãe Rh negativa. Foi desenvolvido em 1970 a imunoglobulina Rh globulina, um anticorpo anti-D administrado à gestante na 28-30 semana de gestação para impedir a sensibilização da mãe contra o antígenoD. não se sabe certo o mecanismo de ação do antígeno D, mas um efeito é inibir a produção de anticorpos pelos linfócitos B induzida pelo antígeno na gestante. 
Reações de transfusão resultantes de tipos sanguíneos não compatíveis: são as hemácias do sangue do doador que são aglutinadas. Raramente ocorre aglutinação das células do receptor pois a porção plasmática do sangue do doador é diluída pelo plasma do receptor, diminuindo a titulação das aglutininas transfundidas até um nível muito baixo para causar aglutinação. De forma inversa, a pequena quantidade de sangue infundido não dilui significativamente as aglutininas no plasma do receptor. Assim, as aglutininas do receptor ainda podem aglutinar as células não compatíveis do doador. Todas as transfusões de sangue não compatíveis irão causar hemólise, seja imediata ou tardia pelo auxílio das hemolisinas. 
Obs: a hemoglobina liberada pelas hemácias é convertida em bilirrubina e pode causar icterícia se não for excretada pelos intestinos. 
· Insuficiência renal aguda após reações de transfusão: pode iniciar em minutos ou horas e continuar até que a pessoa morra. Causas:
1. Reação antígeno-anticorpo libera substâncias toxicas do sangue hemolisado, causando vasoconstrição renal intensa
2. Perda de hemácias circulantes pelo receptor e produção de substâncias toxicas das células hemolisadas e das reações imunes causa choque circulatório. PA cai, fluxo e débito renal diminuem.
3. Se a quantidade total de hemoglobina livre no sangue for maior que a quantidade que pode se ligar a haptoglobina, ocorre extravasamento do excesso através das membranas glomerulares para os túbulos renais, causando bloqueio dos túbulos renais 
2- Pesquisar os critérios para a transfusão de sangue e doação de sangue
Transfusão de sangue:
· Nenhuma transfusão deve exceder o período de infusão de 4 horas. Quando este período for ultrapassado a transfusão deve ser interrompida e a unidade descartada.
· Não deve ser adicionado nenhum fluido ou droga ao produto hemoterápico a ser transfundido.
Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10)
· Grupo C – neoplasias em geral incluindo doenças hematológicas malignas (leucemias,
· linfomas, doença de Hodgkin e Mieloma Múltiplo).
· Grupo D – neoplasias, hemoglobinopatias, síndromes mielodisplásicas e outras doenças
· hematológicas.
· Grupo P – afecções do feto e do recém-nascido.
· Grupo S – traumatismos osteo-articulares entre outros.
· Grupo T – traumatismos e queimaduras.
· Grupo V – acidentes envolvendo pedestres, carros, bicicletas, trem e avião.
· Grupo W – acidentes com projétil de arma de fogo, explosão, mordedura e esmagamento
Critérios de Inclusão: Pacientes que necessitem do uso de hemocomponentes, para estabilização hemodinâmica, no curso de seu quadro clínico de acordo com suas patologias e comorbidades apresentadas
O médico assistente devera avaliar criteriosamente a real necessidade do paciente a ser transfundido, levando em consideração todo o quadro clínico, diagnostico e os resultados de exames laboratoriais recentes, 
Riscos associados ao procedimento: adequada seleção do hemocomponente a ser transfundido em cada situação clínica, a realização dos testes de compatibilidade pré-transfusionais e o acompanhamento do paciente pelo profissional de saúde durante e após a transfusão
Doação de sangue:
Podem doar sangue pessoas entre 16 e 69 anos e que estejam pesando mais de 50kg. Além disso, é preciso apresentar documento oficial com foto e menores de 18 anos só podem doar com consentimento formal dos responsáveis.
Pessoas com febre, gripe ou resfriado, diarreia recente, grávidas e mulheres no pós-parto não podem doar temporariamente.
Os requisitos para doar sangue é estar com bom estado de saúde e seguir os seguintes passos:
· Estar alimentado. Evite alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação de sangue.
· Caso seja após o almoço, aguardar 2 horas.
· Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas.
· Pessoas com idade entre 60 e 69 anos só poderão doar sangue se já o tiverem feito antes dos 60 anos.
· A frequência máxima é de quatro doações de sangue anuais para o homem e de três doações de sangue anuais para as mulheres.
· O intervalo mínimo entre uma doação de sangue e outra é de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.
Quais são os impedimentos temporários para doar sangue?
· Gripe, resfriado e febre: aguardar 7 dias após o desaparecimento dos sintomas;
· Período gestacional;
· Período pós-gravidez: 90 dias para parto normal e 180 dias para cesariana;
· Amamentação: até 12 meses após o parto;
· Ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação;
· Tatuagem e/ou piercing nos últimos 12 meses (piercing em cavidade oral ou região genital impedem a doação);
· Extração dentária: 72 horas;
· Apendicite, hérnia, amigdalectomia, varizes: 3 meses;
· Colecistectomia, histerectomia, nefrectomia, redução de fraturas, politraumatismos sem seqüelas graves, tireoidectomia, colectomia: 6 meses;
· Transfusão de sangue: 1 ano;
· Vacinação: o tempo de impedimento varia de acordo com o tipo de vacina;
· Exames/procedimentos com utilização de endoscópio nos últimos 6 meses;
· Ter sido exposto a situações de risco acrescido para infecções sexualmente transmissíveis (aguardar 12 meses após a exposição).
· 
Quais são os impedimentos definitivos para doar sangue?
· Ter passado por um quadro de hepatite após os 11 anos de idade;
· Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: Hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas;
· Uso de drogas ilícitas injetáveis;
· Malária
Quem recebeu transfusão de sangue pode ser doador de sangue? Sim. Quem recebeu transfusão de sangue pode doar sangue, mas precisa esperar um ano para fazer a doação. Quem recebeu transfusão de sangue há menos de 12 meses pode estar ainda no período em que as doenças nem sempre são detectadas nos exames, o que é conhecido como janela imunológica; por isso fica temporariamente impedido de doar sangue
O que são situações de risco acrescido para se transmitir doenças por meio da doação de sangue? Ter múltiplos parceiros sexuais ocasionais ou eventuais sem uso de preservativo, usar drogas ilícitas, ter feito sexo em troca de dinheiro ou droga, ter sido vítima de estupro, ser parceiro sexual de pessoa que tenha exame reagente para infecções de transmissão sexual e sanguínea, ter parceiro sexual que pertença a alguma das situações acima, dentre outros.
Quanto sangue é extraído?
Se pode retirar no máximo 9ml de sangue por quilo de peso. O mínimo de peso é 50 kg, para uma doação de uma bolsa com 450 ml sem nenhuma repercussão negativa para o organismo. O máximo de volume é 495ml.
3 -Estudar os tipos de transfusão (sangue total e de hemoderivados)
Transfusão de sangue total: Quase sempre, a transfusão de sangue total não oferece benefícios em relação à transfusão de hemocomponentes, daí o seu uso extremamente restrito. O ST pode ser reconstituído pela combinação de uma unidade de concentrado de hemácias (CH) com uma unidade compatível de plasma fresco congelado (PFC).
Indicações
· Exsanguíneo transfusão para: Doença hemolítica do RN e Hiperbilirrubinemia com risco de kernicterus - tem como objetivos remover as hemácias ligadas aos anticorpos e o excesso de bilirrubina
· Bypass cardiopulmonar: conduta muito controversa. Não há evidências do benefício do ST como prime dos circuitos
· Oxigenação através de Membrana Extracorpórea (ECMO): não há protocolos definitivos. Muitos serviços utilizam o ST reconstituído para o prime
Transfusão de hemoderivados: 
Hemácias: a transfusão de concentrado de hemácias (CH) deve ser realizada para tratar ou prevenir iminente e/ou inadequada liberação de oxigênio (O2) aos tecidos, ou seja, em casos de anemia, porém nem todo estado de anemia exige a transfusão de hemácias.
· O hematócrito não é bom parâmetro para nortear a decisão de transfundir, uma vez que só começa a diminuiruma a duas horas após o início da hemorragia. Em hemorragias agudas o paciente deve ser imediatamente transfundido quando apresentar sinais e sintomas clínicos Freqüência cardíaca acima de 100bpm a 120bpm. • Hipotensão arterial. • Queda no débito urinário. 30 • Freqüência respiratória aumentada. • Enchimento capilar retardado (> 2 segundos). • Alteração no nível de consciência.
· Deve ser transfundida a quantidade de hemácias suficiente para a correção dos sinais/sintomas de hipóxia, ou para que a Hb atinja níveis aceitáveis. Em indivíduo adulto de estatura média, a transfusão de uma unidade de CH normalmente eleva o Hct em 3% e a Hb em 1g/dL. Em recém-nascidos, o volume a ser transfundido não deve exceder 10 a 15mL/kg/hora. O tempo de infusão de cada unidade de CH deve ser de 60 a 120 minutos em pacientes adultos.
Plaquetas: as indicações de transfusão de CP estão associadas às plaquetopenias desencadeadas por falência medular, raramente indicamos a reposição em plaquetopenias por destruição periférica ou alterações congênitas de função plaquetária
Transfusões terapêuticas (contagem desejada superior a 40.000/µL):
· Adultos > 55kg de peso – dose mínima de 6,0 X 1011 (8-10U de CP unitários ou 1U CP obtidos por aférese).
· Pacientes 15-55kg de peso – dose mínima de 3,0 X 1011 (4-6U de CP unitários ou 0,5-1U CP obtidos por aférese).
· Crianças < 15kg – dose de 5-10mL/kg.
Transfusões profiláticas (contagem desejada superior a 25.000/µl):
· Adultos > 55kg de peso – dose mínima de 4,0 X 1011 (6-8U de CP unitários ou 1U CP obtidos por aférese).
· Pacientes menores – dose 1U de CP unitários para cada 10kg de peso.
A dose de plaquetas pode ser calculada de maneira mais detalhada ou precisa, identificando-se o incremento plaquetário desejado (IP) e levando-se em conta a volemia sanguínea (VS) e o seqüestro esplênico estimado (aproximadamente 33%), utilizando-se para isso a fórmula abaixo:
Plasma: As indicações para o uso do plasma fresco congelado são restritas e correlacionadas a sua propriedade de conter as proteínas da coagulação. O componente deve ser usado, portanto, no tratamento de pacientes com distúrbio da coagulação, particularmente naqueles em que há deficiência de múltiplos fatores e apenas quando não estiverem disponíveis produtos com concentrados estáveis de fatores da coagulação e menor risco de contaminação viral
Deve ser ressaltado como contra-indicação o uso de PFC, PIC ou P24h nas seguintes situações:
· Como expansor volêmico e em pacientes com hipovolemias agudas (com ou sem hipoalbuminemia).
· Em sangramentos sem coagulopatia.
· Para correção de testes anormais da coagulação na ausência de sangramento.
· Em estados de perda protéica e imunodeficiências
4 - Conhecer quais são os mitos e crenças que a afetam a transfusão sanguínea e a conduta médica frente a eles (idade e consequências)
Testemunha de Jeová: As Testemunhas de Jeová aceitam todos os tratamentos médicos, exceto as transfusões de sangue. Sua recusa, que é bem conhecida, se deve ao seu respeito à santidade da vida expresso por meio da obediência ao mandamento bíblico de ‘abster-se de sangue’, registrado na Bíblia no livro de Atos dos Apóstolos, capítulo 15, versículos 28 e 29. As Testemunhas de Jeová encaram a vida como uma dádiva de Deus e, portanto, acreditam que devem salvaguardar sua saúde. Por essa razão, não hesitam em procurar assistência médica, já que não crêem nas “curas pela fé” ou em “curas por oração”. Como não defendem o “direito de morrer” nem pretendem ser mártires, conscienciosamente buscam tratamento médico de qualidade para si e suas famílias. Por não aceitarem transfusões de sangue, elas procuram ativamente tratamentos médicos isentos de sangue. Atualmente, há muitos hospitais ao redor do mundo com programas médicos e cirúrgicos sem transfusões de sangue. Por exemplo, só nos Estados Unidos existem mais de 100 desses programas. No Brasil, esse programa se acha implantado, até o momento, em cinco hospitais. Além disso, há cerca de 4.500 médicos em todo o Brasil conhecedores de terapias e técnicas de gerenciamento e conservação do sangue dispostos a tratar as Testemunhas de Jeová sem hemotransfusão.
As Testemunhas de Jeová não aceitam também transfusões de hemácias, leucócitos, plaquetas ou de plasma sanguíneo e frações menores como de imunoglobinas.
Quando o paciente tiver uma perda significativa de sangue, portanto possuindo menos glóbulos vermelhos, os médicos podem restaurar o volume do plasma, administrando o oxigênio em alta precisão. Tal prática tem gerado resultados positivos.
Há também a possibilidade de os médicos ajudarem os pacientes a formar mais glóbulos vermelhos, dando-lhes concentrados de ferro no músculo ou na veia, ajudando a produzir glóbulos vermelhos três a quatro vezes mais rápido que o normal.[11]
Outro método é a utilização do hormônio chamado de eritropoietina (EPO), produzida pelos rins, tal hormônio estimula a medula óssea a produzir hemácias. Para esse procedimento encontra-se disponível a EPO sintética, sendo aplicada em pacientes anêmicos, para ajudar-lhes a produzir glóbulos vermelhos mais rapidamente
Conduta médica: PARECER PROC. CFM nº 21/80 O problema criado, para o médico, pela recusa dos adeptos da Testemunha de Jeová em permitir a transfusão sangüínea, deverá ser encarada sob duas circunstâncias: 
1 - A transfusão de sangue teria precisa indicação e seria a terapêutica mais rápida e segura para a melhora ou cura do paciente. Não haveria, contudo, qualquer perigo imediato para a vida do paciente se ela deixasse de ser praticada. Nessas condições, deveria o médico atender o pedido de seu paciente, abstendo-se de realizar a transfusão de sangue. Não poderá o médico proceder de modo contrário, pois tal lhe é vedado pelo disposto no artigo 32, letra "f" do Código de Ética Médica: "Não é permitido ao médico: f) exercer sua autoridade de maneira a limitar o direito do paciente resolver sobre sua pessoa e seu bem-estar". 
2 - O paciente se encontra em iminente perigo de vida e a transfusão de sangue é a terapêutica indispensável para salvá-lo. Em tais condições, não deverá o médico deixar de praticá-la apesar da oposição do paciente ou de seus responsáveis em permiti-la. O médico deverá sempre orientar sua conduta profissional pelas determinações de seu Código. No caso, o Código de Ética Médica assim prescreve: "Artigo 1º - A medicina é uma profissão que tem por fim cuidar da saúde do homem, sem preocupações de ordem religiosa..." "Artigo 30 - O alvo de toda a atenção do médico é o doente, em benefício do qual deverá agir com o máximo de zêlo e melhor de sua capacidade profissional". "Artigo 19 - O médico, salvo o caso de "iminente perigo de vida", não praticará intervenção cirúrgica sem o prévio consentimento tácito ou explícito do paciente e, tratando-se de menor incapaz, de seu representante legal". Por outro lado, ao praticar a transfusão de sangue, na circunstância em causa, não estará o médico violando o direito do paciente
Conclusão: Em caso de haver recusa em permitir a transfusão de sangue, o médico, obedecendo a seu Código de Ética Médica, deverá observar a seguinte conduta: 
1º - Se não houver iminente perigo de vida, o médico respeitará a vontade do paciente ou de seus responsáveis. 
2º - Se houver iminente perigo de vida, o médico praticará a transfusão de sangue, independentemente de consentimento do paciente ou de seus responsáveis. 
Assim, em resposta às consulentes, respondemos: 1) Os limites e indicações para tx de sangue são os da literatura médica e dependem de fatores clínicos e laboratoriais Como estabelecido na resolução vigente, nas situações de risco iminente de morte vale o preceito de se manter a vida. Entretanto, esta decisão não se encontra totalmente pacificada. A legislação, em especial a CR88 privilegia o direito a vida, entretanto a jurisprudência, em alguns aspectos, considera a dignidade tão ou mais importante que a vida. Não há consenso sobre o tema, mas do ponto de vista ético, a resolução vigente permite a transfusão. Entretanto, a ResoluçãoCFM 1995/2012 privilegia a dignidade e a vontade do paciente. Assim, no caso em tela deve-se analisar a situação fática e tomar a decisão terapêutica levando em conta preceitos éticos, legais e técnicos.
Segundo as Testemunhas de Jeová, o sangue é considerado “líquido que circula no sistema vascular dos humanos e da maioria dos animais multicelulares, suprindo nutrientes e oxigênio de todas as partes do organismo”. Consequentemente, tem objetivo de levar embora resíduos e desempenha função de proteção contra infecções. É considerado uma composição química extremamente complexa, tendo diversas características que os cientistas ainda desconhecem.
Para as Testemunhas de Jeová a questão do sangue é de ordem bíblica, tendo em vista que acreditam que Deus entende melhor o funcionamento do corpo humano, sabendo o que é melhor para as pessoas.
[...] se estiver o médico diante de urgência ou perigo iminente, ou se o paciente for menor de idade, pois, fazendo uma ponderação de interesses, não pode o direito à vida ser suplantado diante da liberdade de crença, até porque, a Constituição não ampara ou incentiva atos contrários à vida. (2009, p. 01).
Com relação à postura do médico, se esse não prestar a devida assistência poderá configurar omissão de socorro, descrito no art. 135 do Código Penal.
O Conselho Federal de Medicina, por meio da Resolução 1.931/2009, veda ao médico (art. 22) deixar de obter consentimento do paciente ou de seu representante legal após esclarecê-lo sobre o procedimento a ser realizado, salvo em caso de risco iminente de morte, além de (Art. 31) desrespeitar o direito do paciente ou de seu representante legal de decidir livremente sobre a execução de práticas diagnósticas ou terapêuticas, salvo em caso de iminente risco de morte. (2009, p. 173).
Para o autor Novelino (2009, p. 180), quando houver eminente risco de morte, após esgotados todos os meios alternativos e restar apenas a transfusão de sangue como meio de salvação, esta deverá ser efetuada mesmo contra a vontade do paciente. Dessa forma, o médico não é passível de punição, pois sua conduta tem respaldo no ordenamento jurídico.
Quando se tratar de pessoa incapaz ou inconsciente, os pais ou responsáveis não poderão substitui-la na manifestação de vontade, pois nesse caso a vida do incapaz deve ser protegida até o momento em que possa exercer seus direitos individuais conscientemente, incluindo o direito à liberdade religiosa.
O médico deverá agir em caso de eminente perigo de vida, mesmo se houver possíveis divergências inerentes ao procedimento, sob pena de responsabilização no caso de omissão e o paciente vier a falecer.
Quando uma pessoa perde muito sangue em um curto espaço de tempo, cai a pressão arterial podendo entrar em choque hipovolêmico, sendo necessário cessar a hemorragia e posteriormente restaurar o volume do sistema circulatório. Com tais procedimentos alternativos será impedido o choque e irá manter em circulação as restantes hemácias e outros componentes do sangue. A reposição do volume do plasma que foi perdido poderá ser recuperada sem utilizar sangue total ou plasma sanguíneo.[10]
 As Testemunhas de Jeová não aceitam também transfusões de hemácias, leucócitos, plaquetas ou de plasma sanguíneo e frações menores como de imunoglobinas.
Quando o paciente tiver uma perda significativa de sangue, portanto possuindo menos glóbulos vermelhos, os médicos podem restaurar o volume do plasma, administrando o oxigênio em alta precisão. Tal prática tem gerado resultados positivos.
Há também a possibilidade de os médicos ajudarem os pacientes a formar mais glóbulos vermelhos, dando-lhes concentrados de ferro no músculo ou na veia, ajudando a produzir glóbulos vermelhos três a quatro vezes mais rápido que o normal.[11]
Outro método é a utilização do hormônio chamado de eritropoietina (EPO), produzida pelos rins, tal hormônio estimula a medula óssea a produzir hemácias. Para esse procedimento encontra-se disponível a EPO sintética, sendo aplicada em pacientes anêmicos, para ajudar-lhes a produzir glóbulos vermelhos mais rapidamente.

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