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Imuno-hematologia

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Clínica Complementar ao Diagnóstico - Laboratório 
Imunohematologia 
• Introdução: 
o Área da imunologia cuida de toda parte de medicina transfusional. 
o Os estudos nesta área se iniciaram desde o século IXX, porém com maior intensidade e aplicação na medicina a partir do século XX 
(período da 2ª guerra mundial). 
o Inicialmente realizavam transfusões interespécies (de animais para humanos), o que provoca diversas reações e muitos óbitos. Ao 
longo do tempo este cenário mudou. 
o Atualmente existem diversos centros de referência para cuidados com esta área. Estes centros possuem estoque com bolsas de 
sangue de variadas espécies. 
o Hoje em dia diversas foram as evoluções nesta área dentro da medicina veterinária, como: 
▪ Bolsas plásticas e múltiplas (incluindo para neonatos – muito utilizada em gatos) 
▪ Fracionamento de sangue em hemocomponentes 
▪ Máquinas processadoras de hemocomponentes 
▪ Diminuição da casuística em transfusão de sangue total 
▪ Estudos sobre indicações terapêuticas 
▪ Estudos sobre reações trasnfusinais na Veterinária 
o Importante compreender que toda transfusão sanguínea é uma situação emergencial e exige acompanhamento minucioso dos 
pacientes: TRATAMENTO PARA SUPORTE EMERGENCIAL ATÉ QUE A DOENÇA BASE SEJA DIAGNOSTICADA E DEVIDAMENTE 
TRATADA, POIS QUALQUER TRANSFUSÃO ENVOLVE RISCOS! 
• Tipagem Sanguínea do Humanos: 
o Para compreender melhor a tipagem dos animais, é preciso uma introdução sobre a tipagem sanguínea humana 
o Basicamente funciona assim: 
▪ Na hemácia existem antígenos. Estes antígenos podem ser de alguns tipos, no caso, são classificados como: A, B, O 
▪ Os antígenos são pequenas estruturas que se aderem nas membranas da hemácia e são capazes de “incomodar” o sistema 
imunológico, podendo fazer com que ele (sistema imunológico) desenvolva uma resposta, “um ataque”, contra as hemácias. 
▪ Porém, não é comum que o corpo desenvolva um ataque contra suas próprias hemácias. 
▪ O problema ocorre nas transfusões: um sangue externo é dado ao receptor. Quando as hemácias do doador são percebidas pelo 
sistema imune do receptor, pode desencadear uma resposta contra estes antígenos. 
o Entretanto, o sistema ABO não é o único que existe para “tipar” o sangue humano, pois ao longo dos anos foi se descoberto que 
existem outros tipos de antígenos que também podem desencadear reação transfusionais: 
▪ Século XIX – Intensifica o estudo em Reações Transfusionais 
▪ Karl Landsteiner em 1930 - Prêmio Nobel – Sistema ABO 
▪ Landsteiner and Wiener em 1940 – sistema Rh (Rhesus) 
▪ HUMANOS HOJE: Aprox. 308 antígenos eritrocitários distribuídos em aprox. 30 sistemas 
(ABO, Rh, Kell, Duffy, Mns, Kidd, Lutheran, Colton, Diego, etc.) 
o Os antígenos ABO são os principais, de fato, porém existem diversos outros. Nesta imagem 
demonstra uma membrana de um eritrócito com vários antígenos. 
o Como se define quem pode receber ou quem pode doar? 
▪ Uma pessoa só pode receber sangue de alguém que possua os mesmos antígenos que ela: 
• Sangue tipo A → Recebe de doador tipo A 
• Sangue tipo B → Recebe de doador tipo B 
• Sangue tipo AB→ Recebe de doador tipo A, B e AB 
• O sangue tipo AB, são de pessoas que possuem esses dois antígenos na membrana de suas hemácias. 
• Existe uma terceira categoria que é o sangue tipo “O”: Este não possui nenhum desses antígenos na membrana de suas hemácias. 
Por isso, ele consegue receber e doar para qualquer tipo sanguíneo. 
• Dada essas informações se diz como: 
o Receptor Universal → AB 
o Doador Universal → O – 
o Como já foi dito existem várias tipagens, uma que associada ao sistema ABO é o sistema Rh. As hemácias podem ser Rh – (negativo) 
ou Rh + (positivo), sendo outro modo de evitar reações transfusionais. Sendo assim: 
▪ Aquela hemácia que tiver Rh +, só poderá doar para alguém do mesmo tipo. 
▪ Aquela hemácia que tiver Rh -, poderá doar para Rh+ e Rh- 
▪ O grande problema está nas hemácias que são “O – “, pois ela não possui nenhum antígeno, qualquer tipo sanguíneo que tenha 
algum antígeno, pode provocar reações transfusionais. Basicamente “O-“ só recebe de “O – “ 
• Conceitos que devem estar bem definidos para compreensão da tipagem animal: 
o ANTICORPO: 
▪ são moléculas de glicoproteínas (imunoglobulinas) que atuam no sistema imunológico. 
▪ Estão no soro sanguíneo e são nossas defensoras contra os antígenos (microorganismos, substâncias e corpos estranhos). 
▪ Os anticorpos são recrutados para combaterem tudo aquilo que o corpo entende com “externo”. No caso, se o sistema imune 
notar antígenos diferentes dos que sempre estiveram no corpo, ele libera anticorpos para combatê-los. Exemplo: 
• Sou A + e me transfundem um sangue B+ → Meu corpo recrutará anticorpos contra o antígeno B ocasionando uma reação 
transfusional. 
o Tipos de anticorpos: 
▪ AUTOANTICORPO: 
• Quando um indivíduo produz anticorpos que reagem com seus próprios antígenos. (doenças autoimunes como Lúpus e AHIM). 
• Autoanticorpos são um problema, pois eles entendem como externo aquilo que realmente era do corpo e começam a 
desenvolver uma resposta contra as hemácias do próprio corpo. 
▪ ALOANTICORPO (ou isoanticorpo): 
• anticorpos produzidos que reagem com antígenos da mesma espécie pertencente a indivíduos geneticamente diferentes. 
(Gestação, reações transfusionais e felinos nascem com anticorpos naturais). 
• Tipagem Sanguínea na Veterinária: 
o FELINOS: 
▪ Consistem em um grupo (sistema AB) de dois componentes antigênicos (não tem relação com sistema humano) 
▪ Todos os tipos sanguíneos dos felinos apresentam anticorpos (não é como o do humano que existe o tipo “O”) 
▪ Aparecem isolados ou associados: “A”, “B” ou “AB” 
▪ Presença de Aloanticorpos naturais (Anti-A e Anti-B): 
• As outras espécies precisam entrar em contato ao menos 1 vez com o outro 
tipo sanguíneo para desenvolver uma resposta imune específica. 
• Os gatos nascem com essa resposta específica contra o outro antígeno. 
• Sendo o tipo “B” o que mais produz esses aloanticorpos, desenvolvendo uma 
resposta muito mais intensa em reações transfusionais. 
• “AB” possui baixíssima presença de aloanticorpos pois já possui estes antígenos em sua membrana. 
▪ 96% dos gatos apresentam o tipo “A”; 3% “B” e 1% “AB” 
▪ O tipo “A” é de longe o tipo mais prevalente em felinos, mas entre certas 
raças puras, a frequência do tipo “B” é bem mais alta. 
▪ Em 2007 foi descoberto outro tipo sanguíneo felino, chamado de MIK; 
porém ainda está em estudo e como no Brasil a incidência é baixa, não 
possui tanta relevância na rotina. 
▪ A presença de aloanticorpos nos felinos é intensa, de um modo que 
mesmo ele recebendo transfusão de outro felino do mesmo tipo 
sanguíneo, ainda sim pode produzir uma resposta imune. Os aloanticorpos do receptor destroem o os antígenos do doador, 
fazendo com que os eritrócitos permaneçam por um curto período na circulação: 
• TIPO A para TIPO A ou TIPO B para TIPO B: vida-média entre 29-39 dias. 
• Eritrócito NATURAL: vida-média de 70 dias 
▪ Se for uma transferência de tipos sanguíneos diferentes: 
• TIPO B para TIPO A: 
▪ vida-média de eritrócitos 2,1 dias. 
▪ Geralmente, produz sinais clínicos leves = baixo título de anticorpos naturais anti-B que geralmente apresentam. 
▪ REAÇÃO MUITAS VEZES NÃO APARENTE - o hematócrito do receptor diminui até os níveis pré-transfusionais rapidamente = 
BENEFÍCIO 
▪ TRANSITÓRIO... 
▪ MAS... pode resultar em INDUÇÃO DE UM AUMENTO DO TÍTULO DE ANTICORPOS ANTI-B = no futuro = REAÇÃO 
TRANSFUSIONAL AGUDA SEVERA 
▪ Basicamente: Ocorre uma melhora rápida, ocorre reação transfusional, porém com sinais clínicos leves. O grande problema é 
que o efeito benéfico é rápido, afinal as hemácias serão destruídas em torno de 2 dias. O animal precisará de outra transfusão 
e provavelmente em uma segunda transfusão, os sinais clínicos começam a se tornar mais graves. 
• TIPO A para TIPO B: 
▪ O tipo B, como já foi dito, produz uma quantidade muito maiorde aloanticorpo natural, por isso as reações transfusionais 
podem ser muito mais intensas: 
• Reação aguda nas hemácias: vida média de 1 a 2 horas 
• Rápida destruição do sangue Tipo A com sinais clínicos severos 
• PODE RESULTAR EM ÓBITO! 
 
Sem utiliza 
estes 
animais para 
serem 
doadores 
tipo “B” em 
bancos de 
sangue 
▪ ISOERITRÓLISE NEONATAL: 
• Uma doença que provoca óbito em filhotes, devido a diferença de tipagem sanguínea da mãe e do filhote. 
• Como ocorre? 
o Exemplo: 
▪ Filhotes do tipo A (ou AB) mamam o colostro de uma fêmea (mãe do tipo B) 
▪ No colostro vão ter os anticorpos/aloanticorpos da mãe. Como ela é do tipo B, produz anticorpos tipo A 
▪ O filhotinho que é do tipo A, mama esse colostro e seu sangue acaba sofrendo uma reação hemolítica devido aos anticorpos 
da mãe. 
▪ Isto provoca uma reação hemolítica nas primeiras 16 horas da mamada, ocasionando icterícia intensa e morte em poucos 
dias! 
▪ Por isto é uma CAUSA IMPORTANTE DE MORTALIDADE NEONATAL em felinos e equinos (em equinos é comum pois acabam 
utilizando muito banco de colostro) 
▪ Resumindo: 
• NÃO EXISTE DOADOR UNIVERSAL nos felinos 
• Pouca quantidade do sangue pode ser INCOMPATÍVEL e levar a ÓBITO!!!!!!!! 
• O tipo AB podem receber (preferencialmente A ou AB). Por isso alguns consideram RECEPTORES UNIVERSAIS, mas não são! 
• Anticorpos anti-A de doadores do tipo B podem reagir com antígenos do tipo B de gatos AB 
• Escolher doador A!!!!! 
o CÃES: 
▪ A tipagem sanguínea dos cães é realizada através do Sistema DEA (Dog Eritrocyte Antigen) 
▪ Existem 13 grupos sanguíneos sendo destes 08 mais comuns/principais 
▪ São classificados em grupo e subgrupos: 
• Grupo: DEA 1; DEA 3; DEA 4; DEA 5 e DEA 7 
• O DEA 1, apresenta Subgrupos: 1.1; 1.2 e 1.3 
• Sendo que a maioria dos animais apresentam o tipo DEA 1.1. (isoladamente ou não) 
▪ É possível se ter vários grupos de antígenos em uma única hemácia, Exemplo: ANIMAL DEA – 1.1, 5 
▪ Um cão pode apresentar qualquer combinação dos antígenos eritrocitários reconhecidos sobre a superfície do eritrócito... 
 
 
 
 
 
▪ Outros grupos descritos ... ainda não estão padronizados internacionalmente 
▪ Diferente dos felinos eles não produzem aloanticorpos naturais. As reações transfusionais só ocorrem em múltiplas transfusões – 
(relatadas em reações após a segunda transfusão e reações tardias). Ou seja, na primeira transfusão pode não haver reação 
alguma. 
▪ TIPOS SANGUÍNEOS: 
• DEA 1 (subgrupo 1): 
o É considerado o mais importante no que diz respeito às transfusões de sangue, pois é o grupo que possui alto potencial de 
estimulação antigênica (O QUE MAIS PROVOCA REAÇÕES TRANSFUSIONAIS) 
o 50 a 80% da população canina é + (POSITIVO) para presença de DEA 1.1 
o NÃO OCORREM REAÇÕES NAS PRIMEIRAS TRANSFUSÕES. 
o MAS, UMA VEZ SENSIBILIZADOS EM TRANSFUSÕES PRÉVIAS PODEM CAUSAR REAÇÕES TRANSFUSIONAIS HEMOLÍTICAS 
AGUDAS GRAVES 
o Se o animal for DEA 1.1 e receber de outro animal 1.1, não ocorre reação. Porém, se ele for negativo para 1.1 e receber de 
1.1, ocorre reação transfusional severa. 
• DEA 3, 5 e 7 
o Apresentam menor incidência na população canina dos EUA e outros países 
o Podem provocar reações transfusionais tardias (por sequestro e destruição de eritrócitos no baço em 72 horas) 
o Hematócrito, volta ao valor pré-transfusional em 3 a 5 dias... 
o Se o animal for positivo para esses tipos e receber de outros, não terá uma reação transfusional severa. Normalmente a 
reação só ocorre em transfusões repetidas. 
• DEA 4 
o Grupo de alta prevalência - 100%. 
o Cães negativos para todos os outros grupos e positivos só p/ DEA 4: “DOADORES UNIVERSAIS” 
o Também se considera um bom doador o animal que é DEA 1.1 negativo 
o Se o animal receber um DEA 4, independente de qual tipagem que ele se encaixe, não terá reação. 
 
 
▪ Como tipificar? 
• No Brasil, tipar todos somente através de importação e pesquisa. 
• Como apenas o DEA 1.1 possui uma maior relevância (ocasiona reações transfusionais severas): 
o Ao invés de tipar todos os outros, apenas identifica este. 
o Se for DEA 1.1 positivo, é indicado não utilizar este animal como doador. 
o Apenas é indicado a transfusão, se o receptor também for positivo para DEA 1.1. 
o Porém, como a tipagem não é realizada na rotina, comumente não se sabe o tipo sanguíneo do receptor. O IDEAL É SEMPRE 
PEDIR DEA 1.1 NEGATIVO 
o Tipagem DEA 1.1 é feita por kit comercial (Alto custo para tipagem, então não são todas as bolsas que são classificadas). 
▪ Novos antígenos: 
• Alguns estudos identificaram uma nova tipagem chamada de “DAL”; porém o estudo foi específico para dálmatas de uma 
ninhada. 
o EQUINOS: 
▪ Equinos possuem 7 grupos de antígenos que categorizam a tipagem sanguínea: 
• GRUPOS: A, C, D, K, P, Q e U 
• Existem diversos subgrupos 
▪ A tipagem sanguínea de equinos é mais utilizada na área de pesquisa do que na rotina clínica. Pois existem 32 antígenos por 
combinações dos 07 descritos e 400 mil possibilidades de mistura. 
▪ Porém, como há incidência de isoeritrólise neonatal, identificaram que os grupos mais imunogênicos: Aa e Qq. 
▪ Sendo assim, os doadores devem ser negativos para estes (Aa e Qq) e não ter anticorpos contra os mesmos! 
o ANIMAIS DE PRODUÇÃO: 
▪ Transfusões de sangue são incomuns 
▪ RUMINANTES: 
• BOVINOS - 11 GRUPOS 
o A B C F J L M S Z 
o Sendo “B” e “J” os mais imunogênicos. 
• OVINOS – 7 GRUPOS 
o A B C D M R X 
o 22 SUBGRUPOS RECONHECIDOS INTERNACIONALMENTE 
• CAPRINOS – 5 GRUPOS 
o A B C M J 
o Não há descrição de aloanticorpos naturais e por isso a primeira transfusão tem muito menor risco de reações hemolíticas 
agudas. 
o Cuidados até ~7 dias para demais transfusões. 
▪ SUÍNOS 
• 16 GRUPOS – Eventuais reações relacionadas ao Fator “A” 
• A B C D E F G H I... 
• Como evitar reações transfusionais: 
o Quando não houver possibilidade de tipagem sanguínea: 
▪ Realiza-se o teste de compatibilidade ou "Prova Cruzada” 
• “Mistura” Sangue do doador X sangue do receptor 
o Centrifuga os sangues em tubo de EDTA (tudo de tampa rocha) 
o Com isto separa-se a parte celular da parte líquida, em 4 tubos diferentes 
 
 
o Teste maior: 
▪ Após, pega o plasma do receptor e cruza com os eritrócitos do doador 
(parte celular) 
▪ Verificar a ocorrência de aglutinação indicativa de incompatibilidade 
o Teste menor: 
▪ Em outro tubo, mistura-se o plasma do doador com os eritrócitos do 
receptor. 
▪ Se houver alguma reação de aglutinação em ambas as misturas, indica-
se como incompatível (diz que a bolsa de sangue do doador foi 
positiva para o sangue do receptor). 
• Estes testes, apenas conseguem detectar as reações agudas, aquelas que são tardias apenas se confirma analisando o quadro 
do paciente pós transfusão. 
 
Hemácias em Roleaux 
Hemácias empilhadas, quando há hiperproteinemia 
Não necessariamente problemas imunológicos 
(comum em equinos) 
• Seleção de Doadores 
o Os doadores, são animais que se encaixam em um perfil específico. Estes doarão seu sangue, que ficará armazenado em bolsas nos 
chamados hemocentros. Quando necessário, os veterinários podem solicitar estas bolsas (com tipagem ou realizando teste de 
compatibilidade) para realizaras transfusões. 
o Em quais casos há indicação de transfusão sanguínea? 
▪ Exemplos: 
• Anemias severas 
• Hemorragia severa com risco de choque hipovolêmico (traumas, cirurgias extensas, qualquer evento que traga o risco de o 
animal perder muito sangue) 
• Hemofilia (distúrbio em que o sangue não coagula corretamente) 
• Queimaduras graves 
• Hipoproteinemia 
o É importante compreender: 
▪ Transfusão sanguínea não é a “cura”, apenas é o tratamento de algumas disfunções, a meta principal é estabilizar o paciente. 
▪ Primeiramente, deve-se buscar a causa base para saber como trata-la. Pois, o efeito da transfusão passa e se a causa base não for 
diagnosticada, este animal precisará de diversas transfusões e isto aumentamuito as chances de reações transfusionais severas. 
▪ Além disto, definindo a causa base, encontram-se opções mais viáveis de como fazer esta transfusão (sangue total? Só uma 
parte?). Tendo sempre como apoio os exames complementares mais atuais possíveis (de preferência do mesmo dia) 
o Doadores Felinos: 
▪ Aspectos físicos: 
• >4,0 Kg 
• Idade entre 1 a 8 anos (adultos) 
• Clinicamente saudáveis 
• Vacinados e vermifugados 
• Sem procedimentos cirúrgicos recente (cirurgia grandes 
devem ter sido realizadas no mínimo a 2 meses) 
• Temperamento dócil (para permitir a coleta do exames) 
• Como os animais normalmente são ariscos, se faz necessário Sedação para realizar a coleta da bolsa de sangue; 
• Hematócrito (HT)> 35% 
• Intervalo de 90 a 120 dias entre doações (tem que tomar muito cuidado para não super estimular a medula ou provocar eventos 
de estresse muito frequentes em gatos) 
▪ Exames de triagem: 
• PCR (procura o antígeno específico), ELISA ou IF (sorologias que procuram anticorpos) 
o A escolha do método, varia conforme aquilo que se tem disponível no lab/clínica 
• Negativo para Mycoplasma spp 
• Negativo para FIV/ FeLV 
• Hemograma, plaquetas, perfil renal e hepático, colesterol e glicemia (em felinos normalmente se dosa frutosamina) 
• PIF não realiza 
o falta de especificidade e sorologia para teste. 
o Doadores Caninos: 
▪ Aspectos físicos 
• >25 Kg 
• Idade entre 1 a 7 anos 
o Os doadores, normalmente são animais maiores, que possuem expectativa de vida menor, por isso 7 anos já considerada uma 
idade senil 
• Clinicamente saudáveis 
• Vacinados e vermifugados 
• Sem procedimentos cirúrgicos recente 
• Normalmente o temperamento é dócil, não há necessidade de sedar 
• Hematócrito (HT) > 40% 
• Intervalo de 90 a 120 dias entre doações 
• Volume coletado: 16 a 18 mL / kg 
▪ Exames de triagem 
• (PCR, ELISA ou IF) 
• Negativo para Babesia sp Leishmania sp Ehrlichia sp Brucella canis 
• Dirofilaria immits e Bartonella vinsonii 
• Hemograma, plaquetas, perfil renal e hepático, colesterol e glicemia 
 
• A medula óssea é divida em vermelha e amarela. 
• A vermelha é onde ocorre a produção de células e a amarela 
é um tecido gorduroso. 
• Em filhotes a parte vermelha não está bem desenvolvida. 
• Em animais senis, a parte gordurosa aumenta muito, 
ocupando o espaço e fazendo a produção pela vermelha 
diminuir. Tirar sangue deste animal pode colocá-lo em risco. 
o Exames de triagem (técnicas para os exames): 
 
 
 
 
 
 
 
• Como realizar a coleta: 
o GATOS: 
• Coletar 11 a 13 mL/ kg 
• Ajustar o anticoagulante (CPDA 1) 
o Para cães armazena-se o sangue em uma bolsa igual a de humanos (o equipo é o mesmo); está bolsa 
em questão possui uma quantidade de anticoagulante apropriada para grandes volumes de sangue. 
o Gatos doam um volume muito menor, se armazenar nesta bolsa, o sangue coagula. Por isso ajusta-
se o anticoagulante, colocando em outra bolsa menor. 
o Basicamente: 
▪ Pega uma bolsinha pediátrica para armazenar o sangue, acrescenta anticoagulante retirado da bolsa maior (usada para cães) 
• Se coletar em uma seringa de 60 ml, puxa 6 ml de anticoagulante da bolsa maior. 
▪ O sangue é um meio de cultura rico, predispõem o crescimento bacteriano, para evitar contaminações cuidados devem ser 
tomados. 
▪ Existem dois métodos para a coleta 
• Aberto: sem conexão direta com a bolsa de sangue, menos indicado pois expõem este sangue a maiores riscos de 
contaminação. 
• Fechado: a seringa que puxa o sangue já possui conexão direta com a bolsa (por meio da torneira de três 
vias), isto evita a contaminação. Além disto este equipo já vem autoclavado (esterilizado) 
• Sedação leve IM: 
o Existem alguns protocolos que podem ser seguidos: 
 
 
 
 
o Realiza-se a reposição com solução fisiológica, na mesma quantidade (volume) de sangue que foi doado, para repor volemia. 
• A coleta é feita através da veia jugular 
▪ CÃES: 
• Também se coleta da veia jugular, realizando um garrote 
• Não necessita de sedação, mas ainda sim necessita de contenção (a veia de coleta é calibrosa, pode incomodar o animal e em 
um movimento bruto, pode até mesmo lesionar) 
• Como a coleta é mais volumosa e acaba demorando mais, utiliza-se um homogeneizador (aparelhinho 
que fica balançando o sangue evita coagulação) 
 
 
 
 
 
 
 
SNAP com técnica ELISA qualitativo 
Sorologia que diz se a amostra é reagente 
ou não, se há ou não anticorpos contra o 
agente (mais comuns são FIV e FELV) 
Existe um outro aparelho igual a esse 
chamado 4DX que pesquisa Erliquia, 
Borrélia, Anaplasma e Dirofilária. 
ELISA quantitativo 
Sorologia que também demonstra a 
presença de anticorpo, porém indica a 
quantidade. 
Teste de imunofluorescência indireta 
Sorologia, toda porção que fica 
fluorescente, indica a junção de antígeno 
anticorpo, sendo analisada a quantidade 
(quantitativo) 
• Sangue Total x Hemocomponentes: 
o Importante saber, é possível utilizar tanto a bolsa total de sangue ou apenas alguns componentes dela 
o Preparo de Hemocomponentes: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Sangue Total: 
• O mais ideal é de fato trabalhar apenas com os componentes que estão em déficit no animal, porém, alguns locais 
não possuem centrifuga para estar realizando esta separação. Então, acaba se tornando comum a utilização de 
sangue total. 
• Fresco: 
o Até 6 horas após a coleta (mantido em 20◦C a 24◦C) 
o Indicação: 
▪ reposição de hemácias, fatores de coagulação, proteínas e plaquetas (pouco aproveitada) 
• Estocado 
o Refrigerado (mantido em 2◦C a 6◦C, viável por 28 a 35 dias) 
o Indicação: 
▪ apenas para correção de anemia em pacientes hipovolêmicos 
▪ quando refrigera o sangue, apenas ficam viáveis as hemácias e o líquido presente ajuda repor volemia. 
• Quanto transfundir? 
o Em casos graves de hipovolemia (acidente com hemorragia por exemplo), transfundir 20 mL/kg. 
o Isto aumento 10% o hematócrito (deve ser um aumento gradativo e não brusco/repentino) 
▪ Concentrado de Hemácias: 
• Minimiza a ocorrência de reações transfusionais 
o Indicação: 
▪ Quando o animal só tem uma Anemia Severa: lembrando que anemia não é diagnóstico, sempre que for 
detectada, o passo seguinte é determinar a causa base, pois sem tratar a causa base, não tem como curar o 
animal. Possíveis causas e anemia: 
• erliquiose, insuficiência renal, síndrome paraneoplásica etc. 
▪ Quando eu devo considerar que é uma anemia severa? 
• Primeiro sempre levar em consideração a condição clínica do paciente 
(mucosas, icterícia, dispneia) 
• CÃES < 19% HT; GATOS < 14% HT 
• Bolsa 
o Volume médio de 210 a 260 mL 
o Viável por 21 dias (se venceu joga no lixo! Proibido congelar pois provoca hemólise 
▪ Se houver Solução aditiva (ADSOL, SAGM), pode ser viável por 35 dias (mais cara e necessidade de importar) 
o Diluição da bolsa 30 a 40 mL de concentrado acrescentar 10 mL sol. Fisiológica (o concentrado de hemácia é 
muito denso, então precisa ser diluído para fluir melhor) 
o Quanto transfundir? 
▪ 10 mL/kg para elevar 10% o hematócrito 
Fresco- Não congelado 
Fatores de coagulação + alb+glob 
Não é comum em lab/clínica 
Conseguir separar 
• Há uma grande vantagem em transfundir 
apenas hemácias, pois se o animal está só 
anêmico, não é necessário suprir volume. 
• A bolsa de hemácia garante o aumento 
do hematócrito, com um volume menor. 
• Então é um tratamento mais específico e 
não sobrecarrega a volemia do paciente. 
▪ Plasma: 
• Existem dois tipos (como já foi citado) 
o Fresco: até 6 a 8 horas após a coleta 
o Congelado: deve ser armazenado em 20 ◦C e pode ser preservado por até 1 ano 
o Indicações: 
▪ Controlar hemorragia ativa ou como profilaxia pré operatória 
▪ Coagulopatias hereditárias, doença de Von Willebrand hemofilia 
▪ Coagulopatias adquiridas de insuficiência hepática, deficiência de vitamina K, picadas de animais peçonhentos 
(coagulação intravascular disseminada 
▪ Hipoproteinemiao Quanto transfundir? 
▪ 10 mL/kg a 45mL /kg 
▪ normalmente começa com volumes menores, após avaliar a reação do animal, determina se há necessidade de 
uma nova transfusão ou não. 
▪ Concentrado de Plaquetas: 
• Viáveis por 5 dias em temperatura ambiente (20◦C a 25◦C) em constante agitação. (se congelar, já se tornam 
completamente inviáveis) 
• Indicação 
o Transfusão terapêutica: 
▪ Trombocitopenia (plaquetas baixas) com sangramento ativo 
• A função das plaquetas é formar os tampões plaquetários, se não houver onde ela agir, ocorre sua degradação, 
ou seja, se não houver uma lesão/sangramento, ela não vai ser útil. 
• Por isso apenas se transfunde se o animal estiver trombocitopênico e demonstrar sinais de sangramento 
(petéquias, sufusões, hemorragia evidente) 
o Transfusão profilática: 
▪ Quando o animal está com a Contagem plaquetária inferior a 10 000 plaquetas/ μL (valor de normalidade é de 
200 000 a 500 000), mesmo sem sinais de sangramento. 
▪ Paciente cirúrgico em torno de 50 000 a 100 000 plaquetas/ μL (trombocitopênico que por causa do processo 
cirúrgico vai sangrar). Normalmente no pré/trans/pós cirúrgico. 
• Quanto transfundir? 
o 1 concentrado de plaquetas para cada 10kg de peso. 
• Reações Transfusionais: 
o Interação dos eritrócitos do doador com os anticorpos naturais ou secundários circulantes do receptor 
o A severidade dos sintomas está diretamente ligada a diversos fatores. 
o As reações podem ser: 
IMUNOLÓGICAS 
▪ Aguda 
• Reação hemolítica aguda (MAIS TEMIDA NA MEDICINA TRANSFUSIONAL), quando o corpo do receptor desenvolve 
uma resposta contra as hemácias recebidas. 
• Reação não hemolítica febril, quando o corpo do receptor desenvolve uma resposta contra outros tipos celulares 
recebidos (contra leucócitos e plaquetas – ação de CITOCINAS contra estas células, por isso causa febre) 
• Urticária 
• Isoeritrólise neonatal 
▪ Tardia 
• Reação hemolítica tardia (dias após) 
• Púrpura pós transfusão – destruição de plaquetas (trombocitopenia cinco a oito dias pós transfusão) 
NÃO IMUNOLÓGICAS 
▪ Aguda 
• Embolia (ar ou coágulo) 
• Contaminação do sangue (se deve ter cuidados com o armazenamento das bolsas) 
• Hipervolemia (tomar cuidado para não transfundir um volume muito grande) 
▪ Tardia 
• Transmissão de enfermidades (leishmaniose, erliquiose, brucelose, babesiose , entre outras). Por isso se faz 
imprescindível os exames de triagem (porém, mesmo assim ainda há riscos)

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