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NOÇÕES PRELIMINARES DE DIREITO TRIBUTÁRIO

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NOÇÕES PRELIMINARES DE DIREITO TRIBUTÁRIO – PARTE I
O esquema a seguir apresenta uma espécie de fluxograma, iniciando-se com a riqueza ou propriedade individual, a qual é sujeita ao tributo, por uma necessidade da existência do Estado e da manutenção de sua própria máquina, com o objetivo de promoção do equilíbrio social. 
VIGÊNCIA E APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
A legislação tributária deve submeter-se aos mesmos princípios e regramentos do Direito em geral e, inclusive, conter os mesmos requisitos de existência, validade e eficácia. Essas mesmas normas submetem-se aos limites territoriais previstos na Constituição Federal e no Código Tributário Nacional.
Em 2017, o Brasil passou por um momento de instabilidade econômica e financeira. Muitos recursos não são suficientes para cobrir as despesas das finalidades a que se destinam. Partindo desses princípios, o Governo Federal fez um estudo que traz como resultado o fato de que a única forma de atingir o valor para cobrir suas metas de gastos é aumentar as alíquotas de impostos.
principais diferenças entre a existência, a validade e a eficácia das normas jurídicas. 
A vigência da norma tributária está sujeita a que princípio?
 A vigência da norma tributária está sujeita ao princípio da anterioridade. A previsão legal desse princípio está prevista no art. 150 da Constituição Federal.
 O que é vigência tributária?
É a validade formal da norma tributária. A vigência tributária é a validade formal da norma tributária. Quando preenchidos os requisitos de trâmite e promulgação, a norma estará vigente e, portanto, válida.
A legislação tributária no espaço está submetida a que princípio?
A legislação tributária no espaço está submetida ao princípio da territorialidade. As leis tributárias têm vigência dentro do território nacional.
O que estabelece o princípio da anterioridade nonagesimal ou princípio da noventena?
 O princípio da anterioridade nonagesimal ou princípio da noventena estabelece que não haverá cobrança de tributo senão decorridos, no mínimo, 90 dias após a promulgação da lei que o instituiu. Esse princípio está previsto na Constituição Federal, art. 150, III, c.
Assinale a alternativa a seguir que apresenta uma das hipóteses de regra especial de vigência das normas tributárias:
Uma das hipóteses de regra especial de vigência das normas tributárias é a de que as leis definem novas hipóteses de incidência. As hipóteses são definidas pelo art. 104 do Código Tributário Nacional.
No ano de 2016, o Governo Federal editou a lei complementar sobre o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). A Lei Complementar n.º 157, de 2016, trouxe várias alterações em relação ao imposto, que é de competência dos Municípios, mas regulado por legislação federal. Tal legislação fez várias atualizações, inclusive sobre majoração de alíquotas, instituindo que a alíquota mínima a ser cobrada pelos serviços deverá ser de 2%. Em seus últimos artigos, a vigência da norma é estabelecida da seguinte forma: "[...] produzirá efeitos a partir do primeiro dia do exercício subsequente ao da entrada em vigor desta Lei Complementar, ou do primeiro dia do sétimo mês subsequente a esta data, caso este último prazo seja posterior". Esses efeitos foram assim colocados para respeitar o que preceitua o art. 150 da Constituição Federal (CF), ou seja, a vigência deve respeitar o princípio da anterioridade tributária. O art. 150 da CF assim dispõe:
· INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO
​​​​​​​DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
· A legislação tributária, assim como todo regramento jurídico, necessita de formas e regras de aplicação e interpretação. Em relação à legislação tributária, o Código Tributário Nacional é quem dispõe sobre a sua aplicação.
A legislação tributária deve ser interpretada conforme a legislação prevista no Código Tributário e, na falta dele, será interpretada conforme a analogia, os princípios gerais de direito tributário, os princípios gerais de direito público e a equidade.
Como deverá ser interpretada a legislação tributária?
 Conforme o artigo 107 do CNT, a legislação tributária deverá avocar uma atividade interpretativa calcada nas diretrizes impostas pelo CTN. O art. 107, assim, traz à baila o princípio da exclusividade dos critérios de interpretação, ao representar balizamentos no trabalho hermenêutico, dispostos com privatividade no próprio CTN.
1. Por que a doutrina entende que seria melhor a aplicação integrada dos métodos de interpretação?
 Não subsiste uma “técnica específica de interpretação”, o que nos leva a desafiar o critério cartesiano imposto pelo art. 107 do CTN. Vale dizer que o ideal na atividade investigativa passa a ser o pluralismo metodológico, sem prevalência de um único método e sem hierarquização entre eles: ora se recorre a um, ora se recorre a outro.
1. De que forma pode-se interpretar a lei?
 Pela fonte, pelos meios adequados para sua exegese e pelos resultados da exegese. Pode-se interpretar a lei conforme: (I) a fonte, (II) os meios adequados para sua exegese e (III) os resultados da exegese.
1. Em ausência de disposição expressa, qual das alternativas abaixo apresenta um item de aplicação da legislação tributária?
 Analogia. Tal previsão encontra amparo no artigo 107 do CTN.
1. O que é uma interpretação autêntica da lei?
É a interpretação da lei por intermédio da doutrina. Autêntica (ou legal): é o mecanismo de interpretação da lei por intermédio de outra lei. Quando uma nova lei é editada, esclarecendo o teor da lei anterior, diz-se que se tem a interpretação autêntica ou legal.
FATO GERADOR
O fato gerador é o marco inicial da obrigação tributária. Ele determina o momento inicial da existência do tributo e o momento a partir do qual a cobrança por ele pode ser exigida pelo Estado. Constitui, ainda, o marco temporal de princípios tributários, como, por exemplo, o da irretroatividade tributária, o qual dispõe o que é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado.
Fato gerador é a ocorrência do tributo em si, gerando a obrigação tributária ao contribuinte. Mas você sabe quais são os elementos do fato gerador? 
O que é fato gerador?
 É a materialização da hipótese de incidência do tributo. É a situação definida em lei como necessária e suficiente à ocorrência do tributo.
Qual das alternativas abaixo está correta em relação ao fato gerador da obrigação tributária principal?
Lei necessária e suficiente à sua ocorrência. A obrigação é principal quando o contribuinte tem por prestação (dever) o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.
Qual o fato gerador do Imposto Sobre Serviços (ISS)?
 A prestação de serviços. O imposto tem seu fato gerador na prestação do serviço, mesmo que esta não seja a sua atividade principal.
Qual o momento de extinção da obrigação tributária?
 O Código Tributário Nacional (CTN) nos traz, em seu art. 156, as hipóteses de extinção do crédito tributário: pagamento, compensação, transação, remissão, prescrição e decadência, conversão de depósito em renda, pagamento antecipado, consignação em pagamento, decisão administrativa irreformável, decisão judicial passada em julgado e dação em pagamento em bens imóveis.
Qual das alternativas abaixo apresenta um aspecto estruturante do fato gerador?
Temporal.  Os elementos estruturantes do fato gerador são: pessoal, espacial, material e temporal (diz respeito ao momento de sua ocorrência). Portanto, os aspectos de validade, de eficácia, obrigacional e legal não implicam para a ocorrência de um fator gerador, a natureza dos atos praticados, nem de seus efeitos.
Em 2017, uma lei promoveu diversas mudanças em relação ao ICMS no setor elétrico do estado do Rio de Janeiro. Com a justificativa de simplificar a arrecadação do tributo, ampliou as hipóteses de substituição tributária, aderindo às concessionárias distribuidoras de energia a responsabilidade pelo pagamento do imposto.
Tal legislação acaba por ferir o art. 128 do CTN,que diz:
O art. 128 da CTN permite somente a atribuição de responsabilidade a terceiros que tenham relação direta com a ocorrência do fato gerador do tributo, o qual está diretamente relacionado ao consumo final.
INFRAÇÕES TRIBUTÁRIAS
O contribuinte, muitas vezes tem formas de reduzir, licitamente, o que deve ser pago ao fisco em decorrência da tributação. Em alguns casos, os contribuintes também agem de má-fé, incorrendo em infrações tributárias e sonegando impostos. Tais infrações, sendo algumas de natureza grave, acabam incorrendo em ilícitos penais.
O Direito Tributário prevê, para a hipótese de descumprimento da obrigação principal ou do dever instrumental, várias espécies de infrações tributárias, geralmente na forma de sanções pecuniárias.
Nesse sentido, a obrigação tributária principal é o gênero que compreende, ao lado dos tributos e as penalidades pecuniárias, seguindo o disposto no artigo 113, § 1.º, do Código Tributário Nacional.
Veja no Infográfico a seguir, as três espécies de infrações que originam os ilícitos tributários, advindos do descumprimento de uma lei fiscal.
O s ilícitos contra a ordem tributária estão tipificados em diversos dispositivos legais no ordenamento jurídico. Tais ilícitos são passíveis de tutela pela ordem tributária, sob forma de multa ou pela esfera penal, configurando crimes que podem sofrer pena de prisão. Tais crimes geralmente assumem a forma de uma fraude, ou seja, deixam de pagar tributos dando ao fisco a forma de uma tributação legal. A legislação também prevê formas legais de redução ou isenção de impostos, não incorrendo em infrações tributárias.
A ideia de infração ou ilícito relaciona-se com o não cumprimento de determinadas prestações. Por infração tributária ou ilícito tributário, entende-se todo e qualquer comportamento, omissivo ou comissivo, que represente desatendimento de deveres jurídicos previstos em normas que cuidem da tributação.
O ilícito contra a ordem tributária ganhou expressão e forte relevo na dinâmica da Lei n.º 8.137, de 27 de dezembro de 1990, evidenciando o tipo normativo e as respectivas regras de conduta na dimensão de ampliar a metodologia da repressão e cercear o comportamento nocivo ao fisco.
O que é elisão fiscal?
Meio utilizado para não pagar ou pagar menos impostos de forma lícita. A legislação permite, em alguns casos, de forma lícita, a redução ou isenção de impostos.
Qual alternativa traz uma infração exclusivamente tributária?
 plicação equivocada de alíquota do ICMS. Infração exclusivamente tributária é aquela descrita apenas na lei fiscal.
Qual das alternativas a seguir tem apenas uma espécie de sanção fiscal?
 Pena de perdimento. É a sanção imposta no caso de importações acima do valor limite permitido, sem que os tributos correspondentes sejam pagos. O fisco, então, apreende tudo o que foi comprado.
Qual das alternativas a seguir traz um hipótese de situação agravante ao se fixar a pena de multa?
 Reincidência. Tal previsão está contida no art. 68, § 1, da Lei 4.502/64, que traz o rol de situações agravantes na aplicação da pena de multa
 Qual das alternativas traz um hipótese de crime contra a ordem tributária​​​​​​​?
 Omitir informação ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias. Tal crime está previsto na Lei 8.137/1990, art 1.º, inciso I.
FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO
A fonte do direito tributário é a lei. Sendo assim, só será tributo o que estiver estabelecido em lei, da forma que a mesma estabelecer. A administração pública só poderá exigir determinada conduta se houver previsão legal e está respeitar os princípios estabelecidos no Sistema Tributário Nacional.
A administração pública só poderá exigir determinada conduta se houver previsão legal e esta respeitar os princípios estabelecidos no Sistema Tributário Nacional.
Tomamos como base o fato de que o direito tributário visa manter o Estado, pois ele gasta mas não gera riquezas, e efetuar o equilíbrio social. Partimos do pressuposto de que há uma organização de Estado Democrático de direito, onde o Executivo governa respeitando a vontade popular, traduzida em leis pelo Poder Legislativo.
Se uma lei fere a Constituição, é como se ela não existisse, pois fere a Constituição. Agora, uma lei abaixo da Constituição será uma lei infra-constitucional. Isto significa que a Constituição está no topo da hierarquia das leis.
As fontes do direito tributário são:​​​​​​​
 As fontes primárias são as Leis Ordinária, Complementar e Constitucional, além de Medida Provisória, Decretos Legislativos e Resoluções. As fontes secundárias são decretos, portarias e atos normativos, entre outros.
 Assinale a alternativa que contém a ordem hierarquizada das fontes do direito tributário:​​​​​​​
 Constituição Federal - Leis Complementares - Medidas Provisórias - Circulares. No topo da hierarquia do direito tributário está a Constituição Federal. Logo abaixo, as Leis Complementares. Na sequência estão as Leis Ordinárias, Medidas Provisórias, Leis Delegadas, Decretos Legislativos e Resoluções. Por fim, Decretos-Regulamentares, Instruções Ministeriais, Circulares, Portarias e Ordens de Serviço.
Em que casos a Administração Pública pode iniciar a cobrança de um novo tributo?​​​​​​​
 Se houver previsão legal e respeitar os princípios do Sistema Tributário Nacional. Perfeito. A fonte do direito tributário é a lei e somente pode existir um tributo se estiver estabelecido em lei.
Entende-se por fonte do direito tributário:​​​​​​​
 Os institutos jurídicos de que decorrem as normas vigentes de direito fiscal. Exato, ou ainda, é o conjunto das leis reguladoras da arrecadação dos tributos (taxas, impostos e contribuição de melhoria), bem como de sua fiscalização.
RepresentaM uma fonte secundária do direito tributário:​​​​​​​
Usos e Costumes.
Jurisprudência.
Decisão Administrativa.
Portarias.
A principal fonte do direito tributário é a legislação. Desta forma, quando há a necessidade de alteração da legislação em vigor, é necessária a criação de uma Lei Complementar.

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