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Direito Tributário Noções Preliminares

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ATIVIDADE AULA III – 19/03/20
Acadêmica: Monitiele Rodrigues Pinheiro
Disciplina: Direito Tributário
Período: 3º
1. O brasileiro se diferencia dos outros povos, pois ele não gosta de pagar tributos. A frase é correta? Por quê?
Não. Os contribuintes constantemente buscam meios de diminuir a carga tributária para preservar a continuidade dos negócios. Essa prática evidencia que nenhum povo gosta de pagar tributos, uma vez que o poder fiscal envolve o poder de destruir.
2. Quais as razões da complexidade do sistema tributário brasileiro?
O Brasil possui o sistema tributário mais complexo e mais caro do mundo. Além de trazer um custo financeiro enorme ao contribuinte, traz ainda a constante insegurança de se estar ou não cumprindo todas as obrigações exigidas pelo fisco. O país tem cerca de 61 tributos, entre impostos, taxas e contribuições. Para discipliná-los, a legislação é modificada com frequência: mais de 3.200 normas estão em vigor. Não bastasse a grande quantidade de normas, também é exigido o cumprimento de cerca de 97 obrigações acessórias, como declarações, formulários, livros, guias, etc. Ademais, os tributos possuem cumulatividade, isto é, a multiincidência sobre uma mesma base de cálculo e várias vezes na cadeia produtiva, gerando o famigerado efeito cascata. 
3. Relacione 20 tributos cobrados no Brasil, atualmente.
Tributos federais
II – Imposto sobre Importação.
IE – Imposto sobre Exportação
IOF – Imposto sobre Operações Financeiras. Incide sobre empréstimos, financiamentos e outras operações financeiras, e sobre ações.
IPI – Imposto sobre Produto Industrializado. Cobrado das indústrias.
IRPF – Imposto de Renda Pessoa Física.
IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica. Incide sobre o lucro das empresas.
ITR – Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural.
Cide – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico. Incide sobre petróleo e gás natural e seus derivados, e sobre álcool combustível.
Cofins – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. Cobrado das empresas.
CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.
FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Percentual do salário de cada trabalhador com carteira assinada depositado pela empresa.
INSS – Instituto Nacional do Seguro Social. Percentual do salário de cada empregado cobrado da empresa (cerca de 28% – varia segundo o ramo de atuação) e do trabalhador (8%) para assistência à saúde.
PIS/Pasep – Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público. Cobrado das empresas.
Impostos estaduais
ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias. Incide também sobre o transporte interestadual e intermunicipal e telefonia.
IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores.
ITCMD – Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação. Incide sobre herança.
Impostos municipais
IPTU – Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana.
ISS – Imposto Sobre Serviços. Cobrado das empresas.
ITBI – Imposto sobre Transmissão de Bens Inter Vivos. Incide sobre a mudança de propriedade de imóveis.
4. No seu entender, o sistema tributário brasileiro é justo? Por quê?
Não. A injustiça tributária materializa-se, principalmente, no fato de que quem ganha menos (trabalhadores assalariados e pobres) paga mais, favorecendo proprietários e aplicadores, que, proporcionalmente, recolhem menos impostos. Essa realidade, que se manifesta também territorialmente, é decorrência de cinco características que se inter-relacionam: o sistema tributário é regressivo e a carga é mal distribuída; o retorno social é baixo em relação à carga tributária; a estrutura tributária inibe as atividades produtivas e a geração de emprego; o pacto federativo é inadequado em relação às suas competências tributárias, responsabilidades e territorialidades; e, finalmente, não há cidadania tributária.
5. Você considera a carga tributária brasileira alta, em relação ao PIB? Por quê?
Não. Segundo os dados da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), um grupo internacional, formado por 35 países, em sua maioria de IDH elevado, que tem o objetivo de levantar e comparar dados entre as nações para ajudar na promoção do desenvolvimento econômico, social e sustentável das mesmas, a carga tributária brasileira, ao contrário do que se pensa, está abaixo da média. Enquanto a média da organização varia em torno de 34% a 35% sobre o PIB (ou sobre a renda da população), a brasileira oscila em torno de 32% a 33%. Portanto, embora a diferença seja pouca, notamos que, ao compararmos o Brasil com os países desenvolvidos, pagamos tributação menor que eles.
Já em relação à carga tributária da América Latina e Caribe, o Brasil possui uma proporção muito maior, já que a média da tributação nestes países se aproxima dos 22% de incidência sobre o PIB, 12% a menos que em terras tupiniquins. É importante ressaltar que a nossa média se assemelha com a da Argentina (aproximadamente 32%).
Portanto, conclui-se que a carga tributária brasileira, em montante percentual arrecadado, não se difere muito dos países de IDH elevado, mas apresenta proporção consideravelmente maior que a dos países latino americanos e caribenhos (em sua maioria, em desenvolvimento). Contudo, devido à corrupção brasileira, desigualdade e baixo retorno social, entre outros problemas, há a sensação de se pagar uma carga tributária extremamente onerosa em relação ao PIB.
6. Relacione alguns pontos do Projeto de Reforma Tributária em discussão no Congresso Nacional.
Em linhas gerais, os textos propõem simplificar a cobrança de tributos com a unificação de vários impostos.
Atualmente, o Poder Legislativo analisa mais de 100 propostas de emenda à Constituição (PECs) para reformar o Sistema Tributário Nacional, mas o esforço recente gira em torno de duas matérias: a PEC 45/2019, apresentada em abril pelo deputado Baleia Rossi (MDB-SP), aguarda parecer na comissão especial da Câmara e a PEC 110/2019, sugerida em julho pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, está pronta para votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.
Retirado em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2020/01/27/reforma-tributaria-e-prioridade-deste-ano-no-congresso
7. Por que o governo federal tem preferido a instituição de contribuições à instituição de impostos?
Com o agigantamento das atividades estatais, tornou-se necessária a busca por novas formas de financiamento, evitando-se, contudo, a imposição de encargos financeiros sobre toda a sociedade, que visariam somente o benefício de alguns. Ademais, havia a necessidade de aumentar a arrecadação tributária, sem que isso gerasse descontentamentos, como ocorre no aumento de tributos tradicionais, mostrando à sociedade que os novos recursos teriam uma arrecadação vinculada a um determinado fim, sem possibilidade de desvios.
Estes fatores justificaram a necessidade de criação de exações próprias para o custeio do novo modelo protetivo, diversificando as bases de financiamento, a fim de evitar a dependência das contribuições incidentes sobre a folha de salários - mais sensíveis aos ciclos econômicos - e, ao mesmo tempo, blindando os recursos destinados ao atendimento dos direitos sociais da interferência do Tesouro Nacional.
A solução encontrada pelo Brasil, nesse sentido, foi a instituição de contribuições para o financiamento dessas novas atividades que demandavam uma intervenção estatal, bem como a criação de um orçamento específico para a seguridade social, separado do orçamento das demais receitas da União.
8. Qual a importância do planejamento tributário diante da globalização e da nova economia?
O planejamento tributário é um importante componente da vida organizacional capaz de determinar o sucesso ou até mesmo o fracasso de um determinado empreendimento.
Nesse sentido, sua importância concerne à diminuição dos custos da empresa, contribuindo para a saúde financeira desta e também para evitar problemas fiscais com a Receita Federal.
É sabido que os tributos (impostos, taxas e contribuições) representam importanteparcela dos custos das empresas, senão a maior. Com a globalização da economia, tornou-se questão de sobrevivência empresarial a correta administração do ônus tributário.
De acordo com Bangs Jr. (1999, p. 190), “O planejamento é um importante componente da vida organizacional, capaz de dar-lhe condições de rumo e continuidade em sua trajetória rumo ao sucesso”. Desta forma, ininterruptamente a organização deve estabelecer suas metas, constituir objetivos e definir recursos e tarefas necessários para alcançá-los, primordialmente, com início na escolha do negócio, até a sua efetiva entrada no mercado.

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